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VIVIANE CHIARELLI VALLIM
A MUSICALIZACAO NA PRE-ESCOLA
I
Monografia apresentada it Pr6-Reitoria de Pesquisa eExtensao do Curso de Pre-Escola, da Universidade Tuiutido.Parana.Orientadora: ProF. Mestre OlgaMaria Silva Mattos.
)
CURITIBA2003
RESUMO
A todo 0 momenta no decorrer da hist6ria da educagao no Brasil e no mundo, hapessoas sonhando com uma escola ideal, sem fronteiras, sem medos. 0 grandeobjetivo e contribuir para tomar este mundo 0 verdadeiro lar de todos os sereshumanos, em sintonia e harmonia consigo mesmo, com os outros e com a natureza.Mas isso s6 sera posslvel se todas as pessoas tiverem acesso a uma educagao voltadaa vida e a felicidade. Conhecer 0 mundo a sua volta e 0 desafio para todos os queaprendem, para todos que educam, e para todas as pessoas que desejam ter ummundo melhor. Neste contexte a Escola tem um papel fundamental, 0 de viabilizar 0
processo de articulagao do conhecimento, proporcionando aos educandos eeducadores, liberdade de expressao e criatividade, fazendo com que as pessoasdescubram 0 seu eu, conhecendo a si mesmos. Pensar assim significa ouvir 0inaud[vel, significa voltar os olhos para 0 invis[vel. Ever e ouvir aquelas coisas taosimples, tao insignificantes, que as vezes passam desapercebidas: 0 brilho de umaestrela, 0 canto dos passaros. Educar para 0 futuro e lembrar que vale a pena sonhar!Assim, este trabalho de pesquisa propoe uma analise e refiexao sobre alguns temasreferentes a musica, a fim de auxiliar e possibilitar a agao dos professores e estudiososda Educagao Infantil , a refietirem sobre a sua pratica, identificando os beneflcios que amusica pode trazer, nao s6 para a alma, mas para a formagao do indiv[duo como umtodo. Meu desejo e que a Escola possa utilizar a musica para tomar-se mais agradavel,proporcionando aos seus alunos a alegria e entusiasmo em aprender. Gardner (1983)ao descobrir que 0 ser humano possui multiplas inteligencias, abriu um caminhomisterioso e ao mesmo tempo, encantador. Cabe aos educadores utilizar estasinteligencias, e em especial a musical, a servigo do conhecimento, proporcionando aoeducando 0 despertar de sua criatividade, sensibilidade e liberdade de expressao.
Palavras-chave: Reflexao I Ac;ao I Aprendizagem.
IV
SUMARIO
RESUMO IV
1 INTRODUc;:AO 01
2 ASPECTOS CONCEITUAIS ABORDADOS NA MUSICALlZAc;:Ao 05
2.1 COMO PERCEBEMOS 0 SOM? 06
2.1.20 sistema auditivo 09
2.1.3 As intelig€mcias multiplas 13
2.1.4 A inteligencia musical. 14
2.1.5 Como musicalizar: pressupostos metodoI6gicos 15
2.1.6 Atividades musicais na pre-escola. 16
3 CONSIDERAC;:OES FINAIS 17
REFERENCIAS 20
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR. 21
1
1 INTRODUCAO
Toda aprendizagem vem seguida de estfmulos e respostas. Estimular as
habilidades e competencias do ser humano, e um dos caminhos para formar
indivfduos pesquisadores, capazes de utilizar suas habilidades para transformagao
de si e do mundo. A escola tem aqui 0 seu papel fundamental, assim como os
educadores, 0 de estimular a crianga a explorar suas multiplas inteligencias.
Sonha-se com uma escola ideal, onde 0 conhecimento pode ter sab~r e pode
ser adquirido com prazer. Assim, a criatividade toma forma e conquista espagos
unicos, transformando em realidade a escola que se almeja, sem fronteiras, capaz
de vencer a barreira do medo e da inseguranga.
Somos seres criativos e em dado momenta da nossa vida tal criatividade foi
aflorada ou adormecida. Talvez porque tentamos direciona-Ia ao campo artfstico,
corporal, ou quem sabe dirfamos, ao campo dos prazeres. No entanto, essa
criatividade nem sempre e constitufda numa area educacional especffica. Ela pode
fluir em todas as areas do conhecimento, seja ffsica, emocional, social, afetiva,
transcendental ou ainda, multidisciplinar. Um dos motivos que nao nos permite
seguir em frente e viajar pelo vasto e encantador campo do conhecimento e 0 fato
de nao trabalhar a criatividade em todas as areas do conhecimento.
E necessario ter uma nova visao de educagao, tendo como relevante, as
diferengas individuais. E preciso conhecer e agir de forma personalizada, para que
cada ser humane seja capaz de compreender 0 seu mundo e aprenda a Iidar com as
mudanc;as que ocorrem nele, de forma a conquistar 0 seu espac;o na sociedade.
Em 1983, estudos realizados na universidade de Harvard, sobre cognigao,
aprendizagem e artes, revelaram que 0 homem possui multiplas potencialidades.
Pouco tempo depois, essas potencialidades abriram espago a outras, de modo que
formavam um "agrupamento de potencialidades". Howard Gardner chamou esse
agrupamento de "Inteligencias Multiplas". Segundo Gardner, 0 ser humane possui
pelo menos oito inteligencias. Sendo assim, e um erro pensar que existe uma unica
inteligencia em termos da qual todas as pessoas podem ser acopladas. Alguns
autores comparam essas inteligencias a habilidades especfficas. Ha os que
consideram 0 ser humane capaz de desenvolver todas as inteligencias, mesmo que,
2
umas mais do que outras. No entanto, e necessario "Iibertar 0 homem de seus
limites estreitos" (Celso Antunes, 1997 - p.14). 0 que justificaria 0 fato de alguns
autores, denominarem as Inteligencias Multiplas de Inteligencias Libertadoras.
Portanto, cabe a Escola propiciar um ambiente multiplo, para formar cidadaos
plenos, agentes transformadores da realidade.
A linguagem musical e considerada por Gardner, uma das inteligencias
multiplas. E universal, traduz-se em diferentes formas sonoras, capazes de
expressar e comunicar sensac;oes, sentimentos, pensamentos, por meio da
organizac;ao e relacionamento expressivo entre 0 som e 0 silencio. E atraves da
musica que habilidades e sentimentos sao aflorados e colocados a disposic;ao da
aprendizagem nas diversas areas do conhecimento. A musica desenvolve
habilidades no educando que 0 ajudarao a conhecer diversas culturas e a criar
possibilidades de ac;ao em busca de um mundo melhor.
A princfpio a proposta objetivava criar um material de apoio aos professores
de Educac;ao infantil para que desenvolvessem esta inteligencia em seus alunos de
modo simples e pratico, mas pesquisas revelaram que mais de 70% dos educadores
do Pre-escolar, tanto de escolas publicas, quanto de instituic;oes particulares, nem
sequer cantam com seus alunos. Propoe-se entao, uma analise e reflexao sobre os
temas referentes a musica, a fim de auxiliar e possibilitar a ac;ao dos professores e
estudiosos da Educac;ao Infantil, a refletirem sobre a sua pratica, identificando os
beneffcios que a musica pode trazer, nao s6 para a alma, mas para a formac;ao do
indivfduo como um todo.
o objetivo geral do presente estudo e levar 0 educador e instituic;6es de
ensino a refletirem sobre a musicalizac;ao na pre-escola como fator relevante no
processo de ensino-aprendizagem. E, especificamente pretende-se levar os
professores a utilizarem a musica como recurso didatico para as demais areas do
conhecimento; proporcionar ao educador uma maior compreensao te6rica sobre a
forma como a crianc;a aprende, a fim de ele possa estimular ainda mais as
potencialidades do educando; estimular ao educador e educando a conhecer outras
culturais por meio da musica.
Portanto, justifica-se esta monografia pois, a musica desperta no indivfduo a
explorac;ao de varias, se nao todas, as formas de inteligencias. A musicalidade
3
natural do ser humane e um campo vasto para se aplicar 0 conceito das
inteligencias multiplas, pois desenvolve habilidades no educando que 0 ajudarao a
conhecer diversas culturas e a criar novas possibilidades de a<;ao.
Apesar de valorizar e reconhecer a importancia de se ensinar teoria musical,
apreciando os grandes compositores que fizeram parte da historia, percebe-se uma
necessidade natural e intrlnseca nas crian<;as de 5 a 6 anos de criar, inventar, fazer
diferente. Entretanto, nao existe um incentivo a liberdade musical, existe sim,
"metodos" especfficos para trabalhar modelos musicais. Apesar disso, ha muita
vontade de se libertar dos prototipos e do que esta posto.
Ja existem algumas possibilidades de a<;ao dentro do que se pretende,
fundamentando a pratica a um direcionamento de conteudos e procedimentos.
Porem, faz-se necessario despertar no educador 0 interesse, propiciando ao
mesmo, perceber que a cada situa<;ao existem varias possibilidades de
aprendizagem. Vale investir na observa<;ao, lembrando que cada crian<;a procura
como forma de lazer, atividades ligadas as competencias que tem.
A musica atende uma necessidade vital e espontanea da crian<;a de
cantarolar, dan<;ar, movimentar-se, inventar, correr, brincar, alem de promover a
socializa<;ao e articula<;ao no desenvolvimento cognitiv~. E uma linguagem universal
que se traduz em diferentes formas sonoras, capazes de expressar e comunicar
sentimentos e pensamentos, por meio da organiza<;ao e relacionamento expressivo
entre 0 som e 0 silencio.
Neste mundo agitado cheio de "barulhos" e informa<;oes e importante que 0
aluno aprenda a ouvir, perceber e transformar a informa<;ao em conhecimento e 0
conhecimento em sabedoria. A musica e um grande velculo para isso, haja visto que
por si so, ja trabalha muitos conteudos alheios as questoes proprias dessa
linguagem.
Normalmente a musica na escola e desenvolvida de maneira superficial, por
meio da imita<;ao e repeti<;ao de atividades, ao inves da explora<;ao de sons,
trabalhos com sucatas, confec<;ao de instrumentos e outros procedimentos que
contribuem para 0 desenvolvimento da inteligencia musical. Muitos sao os fatores
que contribuem para isto: falta de um material de apoio, desconhecimento na area
4
musical por parte de alguns educadores, excesso de conteudos a serem aplicados
em sala, falta de tempo para expressar-se musicalmente.
Por estas e outras razoes, perde-se um excelente recurso didatico para a
elaborag8o de projetos e pianos de aula, 0 que seria uma grande oportunidade para
trabalhar a inteligencia musical, desenvolvendo aspectos cognitivos e afetivos, de
suma importancia nesta faixa-etaria.
Reconhecendo a importancia da musicalizag80 na pre-escola, pretende-se
atraves desta pesquisa mostrar a necessidade de investir na arte musical nas
escolas a fim de promover uma educag80 criadora musical baseada no prazer e
envolvimento do aluno.
Para a realizag80 desta pesquisa foram utilizados recursos bibliograficos, tais
como: livros, revistas, publicagoes, Internet, reportagens e observagoes realizadas
em campo.
5
2 ASPECTOS CONCEITUAIS ABORDADOS NA MUSICALIZACAO
A musicalizac;ao participa do processo de desenvolvimento da personalidade
e amadurece 0 carater. Todos os sentidos podem ser desenvolvidos atraves da
musicalizac;ao, pois musicalizar significa provocar estfmulos, levando 0 educando a
um desenvolvimento pleno. A musica desinibe, traz alegria, propicia a socializac;ao,
ja que promove 0 trabalho individual e coletivo e e responsavel por mudanc;as
geradoras de atitudes no comportamento. Nas escolas, deve-se dar prioridade a
musicalizac;ao nas series iniciais com base na maturac;ao dos sentidos. Segundo
Arnold Gessel, 0 trabalho de musicalizac;ao nao ensina ninguem, apenas estimula 0
conhecimento. Para ele, a musica nos primeiros anos de vida fundamenta-se no
estfmulo-sensac;ao que vai resultar numa resposta motora. Alem disso, a musica se
reparte em sons e silencios, e um acontecimento gestaltico (aqui-agora) e um
acontecimento de resposta total (corpo-mente).
Um dos elementos fundamentais da musica e 0 ritmo. Esta presente num
simples andar, correr, saltitar. As proprias batidas do corac;ao da mae que a crianc;a
sente durante a vida intra-uterina, ja enfatiza 0 ritmo como vital para todo ser
humano. Sabe-se que a crianc;a que desenvolve boa percepc;ao rftmica tem mais
facilidade na alfabetizac;ao, garantindo uma leitura fluente, sem marcas fonologicas
alem de desenvolver 0 raciodnio logico com mais facilidade.O ritmo faz parte dos
processos ativos que sao conhecidos como: audic;ao, canto, danc;a, percussao
corporal e instrumental e ate mesmo a criac;ao melodica. Esses elementos sao
fundamentais para ativar 0 desenvolvimento cognitivo-lingufstico, psicomotor,
afetivo-social da crianc;a.
* Cognitivo-lingufstico: Jean Piaget, epistemologo e educador sufc;o, explica a
capacidade do conhecer como sendo a capacidade do indivfduo de estabelecer
relac;6es. Ao imitar 0 canto dos passaros, a crianc;a descobre seus proprios poderes
e a sua relac;ao com 0 ambiente em que vive, ou seja, a propria crianc;a abre a porta
para 0 mundo exterior.
* Psicomotor: As atividades musicais podem oferecer inumeras oportunidades
para a crianc;a aprimorar sua capacidade motora, controlar seus musculos e mover-
se com desenvoltura. Quando se desenvolve a coordenac;ao motora a
6
expressividade rftmica melhora e vice-versa. WEIGEL, Ana Maria Gon9alves, no
seu livre "Brincando com a Musica", enfatiza 0 ritmo como fundamental na forma980
do equillbrio do sistema nervoso, pois toda express80 musical ativa age sobre a
mente favorecendo a descarga emocional e a rea980 motora (como reflexo rftmico),
aliviando as tensoes.
* S6cio-Afetivo: Neste processo, a crian9a forma sua propria identidade, vai
se descobrindo como pessoa e se diferenciando do outre. Assim, as atividades
musicais coletivas favorecem a auto-estima, bern como a socializa980. Preporciona
auto-satisfa980 e prazer, possibilitando a expans80 dos sentimentos. Mesmo a
crian9a tfmida ou inibida, sente-se encorajada ao cantar em grupo, desenvolvendo 0
sentimento de seguran9a que vai favorece-Ia na vida futura.
2.1 COMO PERCEBEMOS 0 SOM?
Oeterminadas areas cerebrais est80 mais diretamente ligadas a certas fun90es,
conforme visualizadas na Figura 1 e explicitadas no Quadro 1:
Figura 1- Areas Corticais
3
2
65
Fonte: Adaptada de Cardoso (1997)
7
Quadro 1 - Areas Corticais e suas fun~oes
AREA CORTICAL FUNC;Ao
1 C6rtex Motor Primario Iniciay80 do comportamento motor
(giro pre-central em vermelho)
2 C6rtex Somatossensorial Primario Recebe inforrnay80 tatil do corpo
(em azul escuro) (tato, vibray80, temperatura, dor)
3 C6rtex Pre- frontal Planejamento, emoy8o, julgamento
(em pink)
4 C6rtex de Associay80 Motor Coordenay80 do movimento
(area pre-motora em verde) complexo
5 Centro da Fala Produy80 da fala e articulay80
(Area de Broca em preto)
6 C6rtex Auditivo Detecy80 da intensidade do som
(em marrom)
Fonte: Adaptado de Cardoso (1997)
As areas corticais diferenciam-se anatomicamente entre si pela espessura e
composi<;aodas camadas celulares e na quantidade de fibras nervosas que chegam
ou partem de cada uma. Na superffcie externa do cerebro, a "massa cinzenta", ou
c6rtex cerebral, podem ser distinguidas diversas areas funcionais que assumem
tarefas receptivas, integrativas ou motoras no comportamento.
Existe um verdadeiro mapa cortical com divisoes precisas em nfvel anatomo-
funcional, mas todo ele esta praticamente sempre mais ou menos ativado,
dependendo da atividade que 0 cerebro desempenha, dada a interdependencia e aintegra<;aoconstante de suas informa<;oesfrente aos mais simples comportamentos.
As areas corticais sao responsaveis por todos os nossos atos conscientes, nossos
pensamentos e pela capacidade de respondermos a qualquer estfmulo ambiental de
forma voluntaria.
Embora nao seja posslvel localizar qualquer faculdade mental espedfica ou
fra<;aoda experiencia consciente, existem areas que sao conectadas com varias
areas sensoriais e motoras por fibras de associa~ ssas areas de associa~ao~~s\OAD( J":
~ ~g ~,EUBLIOTECA -~),
Sydnti Ant.i.io IUnfl'i Sanjo,
,p ·'1cP"o,.. 0 ~'-~~':/
lal va. ;/
8
sao importantes na manutengao de atividades mais elevadas no homem, conforme
apresentadas na Figura 2 e no Quadro 2, a seguir:
Figura 2 - Areas de Associac;ao
10 11
7
Fonte: Adaptada de Cardoso (1997)
Quadro 2 - Areas de Associac;ao e suas func;oes
AREA DE ASSOCIAyAO FUNC;Ao7 Area de AssociaC;8o Auditiva Processamento complexo da
( em azul claro) informac;ao auditiva e memoria
8 Area de associac;ao sensorial Processamento da informaC;8o
(em amarelo) multissessorial
9 Area de AssociaC;8o Visual Processamento complexo da(em laranja) informaC;8o visual, percepC;8o do
movimento
10 Cortex Visual DetecC;8o de estimulo visual
(em verde musgo) simples
11 Area de Wernicke Compreens8o da linguagem
(em verde lim8o)
Fonte: Adaptado de Cardoso (1997)
Para Samples, 1990, p.22,"tradicionalmente, considerava-se que os sentidos captavam
apenas as informa~oes vindas do mundo exterior. Por muito tempo, as pessoas acostumaram-se
9
com a ideia de que os nossos sentidos eram cinco. Hoje se reconhece que diferentes modalidades
sensoriais transmitem informa90es tanto do mundo exterior (exteroceptoras), como as internas do
corpo (propioceptoras, por exemplo, dor e tensao muscular, pressao sangOfnea e outros).Ha quem ja
tenha identificado quatorze diferentes modalidades sensoriais (sentidos), alem das cinco
tradicionalmente aceitas".
2.1.2 0 sistema auditiv~
A audic;ao e uma das capacidades mais sofisticadas do cerebra humano.
Talvez por isso seu desenvolvimento foi lento e seu florescimento tardio, seguindo-
se a visao, ao tate e ao paladar, ja bem desenvolvidos.
A audic;ao pode ser definida como uma estrutura sensorial de captac;ao do
som, composta de tres partes: 0 ouvido extern 0, 0 ouvido medio e 0 ouvido interno.
o ouvido externo e composto por uma estrutura cartilaginosa chamada
orelha; por um conduto auditiv~ e pelo tfmpano, uma membrana vibratil capaz de
captar as ondas sonoras.
o ouvido interne e uma camara oca ligada a faringe pela trampa de
Eustaquio, com a finalidade de equalizar a pressao interna com a pressao externa.
Ligados ao tfmpano, existem tres pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo), que
conduzem mecanicamente as vibrac;6es a janela oval.
E 0 ouvido externo, formado por duas partes: 0 vestfbulo que sustenta tres
canais semicirculares relacionados ao equillbrio, e a coclea, que e responsavel pela
transformac;ao das vibrac;6es em estfmulos nervosos que serao levados pelo nervo
acustico para 0 cerebra.
Estudos recentes comprovam que, atraves da audic;ao, tomamos consciencia
do mundo exterior ja na fase pre-natal. Pesquisas realizadas indicam que fetos
expostos a determinadas musicas durante as ultimas semanas de gestac;ao, apos 0
nascimento demonstram uma memoria extremamente especffica ao ouvi-Ias
(Weinberg, 1999 a, p.1-4).
Nenhum outra senti do pode registrar impulsos tao minusculos quanto 0 nosso
ouvido. "Nosso sentido auditiv~ e de fato uma maravilha e ultrapassa de longe a
capacidade da visao em muitos aspectos", afirma George Leonard (apud
10
Berendt,1993, p. 71). Quando tres cores diferentes sao misturadas por um pintor,
nosso olho percebe uma nova cor unica, ao passo que se ouvirmos tres
instrumentos musicais tocados juntos, discriminamos 0 som de cada um deles,
explica 0 autor.
Berendt (1993, p.172) afirma que uma das faculdades do nosso ouvido e a
capacidade de ouvir numeros. Alem de sua capacidade de avaliar, 0 ouvido tem
tambem a capacidade de sentir. Essas capacidades estao acopladas. E ao que
parece, neste acoplamento esta a maior capacidade do nosso ouvido - a de
transformar com grande precisao as quantidades matematicas em percepg6es dos
sentidos, tanto conscientes como inconscientes coisas mensuraveis em
imensuraveis, conceitos abstratos em conceitos de alma, e vice-versa.
Poderfamos definir 0 som como tudo que soa. Em seu aspecto fisico, 0 que
chamamos de som e 0 avango e 0 recuo de uma onda de moleculas de ar
desencadeados pelo movimento de qualquer objeto e que sao sentidas pelas
estruturas auditivas.
As ondas sonoras chegam ate nossos ouvidos atraves das orelhas, cuja
fungao principal e amplificar 0 som ao verte-Io no canal auditiv~. No instante em que
o som (inclusive 0 som musical) bate nas orelhas, ele e modificado, pois, devido ao
seu formato e tamanho, elas enfatizam certas escalas de freqOencia, priorizando
nos seres humanos aquelas relativas a fala, correspondendo a faixa de 20 a 20.000
Hz.
Ate chegar ao tfmpano, 0 som viaja atraves do ar como onda de pressao, que
o faz vibrar. Essa vibragao aciona, no ouvido medio, tres ossfculos presos a
ligamentos, de modo que 0 tfmpano empurra 0 primeiro, 0 martelo, que aciona em
sequencia 0 segundo, a bigorna, e este 0 terceiro, 0 estribo, conduzindo 0 som
amplificado para dentro de uma cavidade que da no ouvido interno, cheio de flufdo
onde os neur6nios estao a espera.
Na audigao da musica, da mesma forma como as moleculas de ar que a
transportam para 0 tfmpano, esses oss[culos vibram num padrao complexo,
incorporando a todo 0 instante 0 total das freqOencias contidas em cada nota. 0
ouvido medio tambem e concebido para proteger 0 ouvido interne de um som
11
perigosamente alto. Dois minusculos musculos agarram os ossfculos apertando-os
com forc;a, impedindo que dois terc;osda energia do som alcance 0 delicado ouvido
interno. A longa exposic;ao ao volume excessivamente alto exaurem esses
pequenos musculos, provocando em casos mais serios, a diminuic;ao ou perda da
audic;ao.
Completando sua jornada pelos ossfculos, a musica sofre uma onda de
pressao no flufdo para entao chegar ao ouvido interno, onde existe um tubo em
forma de caracol, a c6clea, 0 principal 6rgao da audic;ao, que contem minusculos
pelos que atingem as celulas nervosas, as quais convertem as vibrac;6es do som
em estfmulos nervosos, que serao levados pelas fibras nervosas ate 0 cerebro. A
Figura 3 abaixo ilustra os componentes desse intricado mecanismo.
Figura 3 - Sistema Auditivo
Ligamenta dosOssos Pequenos Janele.Orol
PavilhaoAuricular
CanaisSemicircular8s
Cam,1Endolinfatico
Endolinfe.
Canal AuditivoExterno Utrlculo
Saculo
Timpeno
Estribo
Janela Redondo.Conduto
Perilin1atico
Fonte:http://www.escola.org/cienciasJauias/nervoso/encfalo.htm#Audi9aO
Quando falamos ou cantamos, ouvimos nossa voz duplamente, pois 0 som
percorre dois caminhos: indiretamente, dos labios ate as orelhas, fazendo 0
percurso normal acima descrito e, diretamente, atraves da cabec;a ate 0 ouvido
interno. A conduc;ao pelo osso torna 0 som mais alto modificando 0 conteudo da
freqOencia, 0 que explica 0 fato de estranharmos nossa voz ao ouvi-Ia em fita
gravada.
12
Temos a tend€mcia de pensar a c6clea como uma especie de microfone
ligado ao cerebro, que transmite fielmente as notas de uma musica a um cerebro
que depois vai escutar. Como ja foi apresentado, quando levantado 0 tema da
percepgao, 0 cerebro comega a processar 0 som ja neste nivel, de uma forma ainda
pouco compreendida, projetando fibras nervosas para os neur6nios da c6clea, a fim
de controlar sua receptividade. Esse processo fisiol6gico e comum a todos os seres
humanos independente de questoes ambientais, ragas e culturas.
Quando os sons sao percebidos conscientemente, 0 processo fisiol6gico
torna-se um processo psicol6gico. Nesse momento, a musica deixa 0 mundo fisico,
o da vibragao, e entra no mundo pSicol6gico, da informagao. Internamente, seria a
passagem da sensagao a percepgao do som.
No nosso dia a dia, quase toda nossa experiencia auditiva volta-se para
identificar as coisas. Estamos mais interessados na natureza dos sons do que no
lugar de onde vem. Somente em situagoes especfficas, como numa rua
movimentada, ou num beco escuro tornamo-nos conscientes da localizagao do som.
Essa habilidade de identificar e localizar os sons foi elaborada ao longo de
nossa hist6ria evolutiva, atraves da construgao do sentido biol6gico do espago e do
tempo.
2.1.3 As inteligencias Multiplas
Inteligencia Verbo-Lingiiistico
Essa inteligencia que erelacionada as palavras e a
lingua escrita e falada domina agrande maioria dos sistemaseducacionais ocidentais.
Inteligencia Intrapessoal
E a inteligencia que se relacionaaos aspectos mais intimos daspessoas com auto reflexao,
metacogni~ao e 0reconhecimento das realidades
espirituais.
Inteligencia Interpessoal
Essa inteligencia tern 0 seucampo de atua~ao na rela~ao ecomunica~ao de pessoa com
pessoa.
Essa inteligencia baseia-se nosentido e na capacidade de
visualizar urn objeto, inclui ahabilidade de criar imagens e
figuras mentais internas.
Inteligencia Logico- Matematica
Frequentemente chamada depensamento cientifico. Essa
inteligencia trabalha 0
pensamento, a razao indutiva ededutiva, os numeros e a resolu~ao
de modelo abstrato.
OITO CAMlNHOSPARA 0
CONHECIMENTO
Inteligencia Visual - Espacial
Inteligencia Corpo-Cinestesica
Essa inteligencia e relacionadaao movimento fisico e aoconhecimento do corpo,
incluindo cortex cerebral quecontrola 0 movimento do corpo.
Inteligencia Ritmico-Musical
Essa inteligencia e baseado noreconhecimento de tons,incluindo vanos sons
ambientais, e na sensibilidadepara ritrnos e compassos.
Inteligencia Naturalista
Essa inteligencia atua noconhecimento, aprecia~ao e
compreensao da flora e da faunado mundo atual.
Fonte: Nova Escola - Setembro 1997, pag.43
13
14
2.1.4 A inteligencia Musical
A abordagem nesta monografia enfatiza a inteligencia musical, portanto,
especificamente, quanto ao objeto de estudo, incidira sobre este tipo de inteligencia,
seguindo que essa inteligencia inclui capacidades como 0 reconhecimento e 0 usa
de modelos rftmicos e tonais e a sensibilidade da voz humana e de instrumentos
musicais. Identificamos esta inteligencia atraves da observagao de algumas
caracterfsticas, dentre as quais podemos citar:
• Sensfvel a entonagao, ao ritmo, ao timbre;
• Sensfvel ao poder emocional da musica;
• Sensfvel a organizagao complexa da musica;
• Pode ser profundamente espiritual.
E importante salientar que nao se pode afirmar que pessoas que nao
apresentam estas caracterfsticas nao possuem esta inteligencia, ate porque, ela
pode ser desenvolvida ao longo de toda a vida.
A utilizagao desta inteligencia a servigo da aprendizagem acontece com atos
simples e praticos, como por exemplo:
• Tocar um instrumento musical;
• Aprender atraves de cangoes;
• Usar concertos ativos e passiv~s para a aprendizagem;
• Estudar e trabalhar escutando musica;
• Ligar-se a um coral ou a um grupo musical;
• Escrever musica;
• Integrar musica com assuntos de outras areas;
• Mudar de humor com a musica;
• Usar musica para relaxar;
• Fazer imagens I figuras com musica;
• Compor musica no computador.
Fonte: Revista Nova Escola, 1996
15
2.1.5 Como musicalizar: pressupostos metodologicos
Wallon em sua obra "A evoluC;80 da Crianc;a", afirma que toda metodologia de
ensino deve respeitar e estar apoiada num principio basico e fundamental: 0
concretismo no pensamento infantil, 0 qual caracteriza-se por AC;80 I Reflex80 I
Gesto-Palavra I Demonstrar-Explicar, pois 0 sistema motor antecede ao sistema
conceptual (elaboraC;80 de ideias).
A metodologia no processo de ensino-aprendizagem, segundo Edgar Willems
(1961) deve ocorrer de maneira que a crianc;a viva os fatos e fen6menos musicais
profundamente, antes mesmo de adquirir a consciencia dos mesmos.
Para Willems (1961, p.22) 0 processo de aprendizagem musical implica em
tres etapas:
1. Sincrasis ou vida inconsciente: ViS80 global, sincretica;
2. Analise ou tomada de consciencia;
3. Srntese ou vida consciente.
Basicamente, as etapas seguem uma logica em que a crianc;a precisa ouvir,
sentir, vivenciar e internalizar sua pratica.
o ensino da musica obedeceu a normas tradicionais e com 0 tempo foi se
desenvolvendo. Hoje, ja existem os chamados metodos ativos que desafiam a
curiosidade, a imaginaC;80 e a iniciativa propria da crianc;a. Esses metodos partem
da vivencia musical dinamica e ludica e e uma maneira eficaz de atingir 0 aluno e
alcanc;ar os objetivos propostos para uma educaC;80 integral da crianc;a. No entanto,
esses metodos devem ser aplicados por especialistas na area musical, pois exigem
um conhecimento mrnimo na area, haja visto que foram elaborados por musicos
pedagogos, tais como: 0 surC;oJacques Dalcroze, 0 alem80 Carl Orff, 0 compositor
hungaro Zoltan Kodaly e 0 frances Maurice Martenot. Embora existam diferenc;as na
concepC;80 e aplicaC;80 desses metodos, todos contribuem para um mesmo fim: 0 de
propiciar a crianc;a uma educaC;80 integral, em todas as areas do conhecimento
humano.
A musica vem se desenvolvendo no decorrer dos tempos. Antigamente, a voz
ja era considerada um instrumento musical. Somente com a invas80 da cultura
16
europeia, a musica tomou novo rumo, dando ao aluno liberdade de expressao
musical.
2.1.6 Algumas atividades musicais na Pre-escola
o educador deve procurar desenvolver em seus alunos algumas habilidades
musicais, sao elas:
• Sensibilidade auditiva:
Consiste em despertar 0 interesse do aluno nos fen6menos sonoros e
instiga-Io a curiosidade e atengao aos sons que estao a sua volta;
• Canto
A cangao infantil e um elemento que norteia a atividade musical. E atraves do
canto que a crianga desenvolve a audigao interior - 0 que constitui um dos objetivos
mais importantes da educagao musical. A criagao e a palavra-chave para 0
aprendizado das criangas.
• 0 Conto musical
Consiste no relato de uma hist6ria que inclui audigao e execugao da cangao,
assim como movimentos, jogos rftmicos e auditivos vinculados ao conto. Para os
alunos da pre-escola os contos musicais nao necessitam de relatos elaborados,
uma simples cr6nica de um fato cotidiano ja e 0 suficiente. 0 conto musical tem por
objetivo principal deixar com que a Musica possa explicitar por ela mesma 0
conteudo da hist6ria.
• Ritmo
Essa e uma nogao importante porque abrange sucessao, ordem, duragao,
alternancia. Assim, bater palmas a partir de um c6digo pre-estabelecido, reproduzir
o ritmo ouvido, reproduzir estruturas rftmicas a partir de representagao grafica e
outras atividades envolvendo 0 ritmo promovem 0 desenvolvimento.
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3 CONSIDERACOES FINAlS
A inscrigao biol6gica da percepgao e do conhecimento permitiu levar
os leitores a refletirem sobre a grandiosidade do ser humane tanto flsico como
emocionalmente. Esse pensamento torna os educadores mais comprometidos com
o seu trabalho, pois se e posslvel imaginar que cada pessoa (aluno) possui 0 lade
academico (cerebro esquerdo) e 0 criativo (cerebro dire ito), alem de sete a oito
centos de inteligencia diferentes nao ha como deixar esta preciosidade atrofiada.
Tem-se uma responsabilidade enorme e encantadora nas maos, a de levar 0
conhecimento as pessoas levando-as a uma formagao integral. Para isso e preciso
utilizar os recursos posslveis, bem como as diferentes formas de aprendizagens,
traduzidas hoje em inteligencias multiplas, para que a escola seja um ambiente de
aprendizagem concreta, saborosa e feliz.
Nisto, as sensagoes, emogoes, sentimentos, razao e intuigao tecem a
dinamica do conhecer no ambito do existir. E posslvel afirmar que a
transdisciplinaridade tem um fundamento biol6gico. Nao resta duvida que separar,
distinguir e categorizar sao formas de compreender e organizar 0 real. Mas quando
ele nos perturba (no dizer de Maturana e Varela), mesmo que seja atraves da
audigao de um simples som, e quando acompanhamos esse processo, entao
percebemos a teia de significados que emerge dessa complexidade. Complexidade
que envolve nao somente as fungoes pSlquicas humanas, mas a natureza e a
sociedade.
Quanto a isso, Pierre Levy demonstrou nao ter duvidas:
"N6s seres humanos, jamais pensamos sozinhos, nem exercemos nossas
faculdades mentais superiores, senao em fungao de uma implicagao em
comunidades vivas, com suas herangas, seus conflitos e seus projetos" (1996,p.
97). "As instituigoes, as Ifnguas, os sistemas de signos, as tecnicas de
comunicagao, de representagao e de registro informam profundamente nossas
atividades cognitivas"(1996, p.95).
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Nesse contexto, e fundamental 0 papel da educagao, pois os model os que
ela configura sao confirmados pelas visoes de mundo adotados na sociedade. Com
tudo isto, n6s educadores e educandos Estamos sendo desafiados a aprender a
aprender - aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer, e aprender a
viver juntos. Esses sao os desafios que se impoem a todos os indivfduos e sao os
pilares que fundamentam a educagao para este seculo que se inicia (Delors, 1999,
p.90).
As reflexoes acima levantadas demonstram que a busca da compreensao de
como conhecemos transforma-nos, compromete-nos e responsabiliza-nos diante da
vida e conosco mesmos, no sentido de fazer aflorar as potencialidades que
construfmos pelo esforgo evolutivo de nossa especie e aquelas que desenvolvemos
na interagao com os outros. Com 0 outro, quanto ao respeito pela multiplicidade de
suas experiencias e significados. Com a natureza, da qual fazemos parte, pelo
cuidado de sua biodiversidade. E com a sociedade, no contexte em que vivemos.
Pensando na musicalizagao nao apenas como uma das inteligencias, ou
como recurso didatico para 0 saber, mas principalmente como ciencia, percebo que
ainda precisamos aprender a conhecer, a fazer, a viver juntos e a ser tambem
atraves da musica.
• Aprender a conhecer os diferentes modos do conhecer musical; as relagoes
de interdependencia entre a musica e as demais areas do conhecimento; as
relagoes entre as diferentes dimensoes da realidade musical com as
dimensoes da realidade humana: ffsica, mental e espiritual;
• Aprender a fazer: Construir habilidades e competencias de modo a integrar
as diferentes formas de experiencia musicais, como ouvintes, interpretes,
improvisadores, compositores e pesquisadores; reconstruir 0 ensino e 0
trabalho musical - do offcio ou profissao as competencias, numa perspectiva
de educagao permanente, ao longo da vida.
• Aprender a viver juntos: Respeitar a diversidade das diferentes formas de
vida, de culturas e de sociedades.
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• Aprender a ser: Buscar 0 desenvolvimento total e integral como pessoa,
atraves do auto-conhecimento e da descoberta e exerdcio das
potencialidades; Utilizar 0 potencial cognitivo, criativo e sens[vel frente aos
desafios da vida contemporanea;
A/guem perguntou a um indio de 101 anos:
_ 0 que voce faz?
_ Eu ensino meu povo.
_ 0 que voce ensina?
_ Quatro coisas: primeiro a escutar; segundo: que tudo esta /igado com tudo; terceiro: que tudo esta
em transformaqao; quarto: que a terra nao e nossa, n6s e que somos da terra.
Autor desconhecido
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REFERENCIAS
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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