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A Nova Gestão Clínica para a Doença Crónica
Escola Nacional de Saúde Pública
23/04/10 João Guerra
A Nova Gestão Clínica para aDoença Crónica
1. Prevalência das Doenças Crónicas2. Perspectiva clínica da Gestão da Doença3. Modelo tradicional vs modelo de parceria4. Sistema de saúde – desafios5. Modelo de Cuidados Crónicos6. Questões
Definição de Doenças e
Condições* Crónicas
• Ausência de cura
• Geralmente duram mais de 1 ano
• Limitam as actividades da vida diária
• Tipicamente progressivas
• Requerem cuidados contínuos
• Muitos têm mais do que uma DC
• Incerteza * Condições crónicas – referem-se estados sintomáticos
como as lombalgias.
Prevalência das Doenças Crónicas
CUIDADOS CRÓNICOS
TRADICIONAIS
Os profissionais de saúde apenas interagem com os doentes crónicos durante algumas horas por ano… no resto do tempo os doentes cuidam de si próprios…
Cuidados Tradicionais vs Cuidados de Parceria
Questão Cuidados Tradicionais/
Educação do doente
Cuidados Parceria/
Educação p/ autogestão
Relações Profissionais são os peritos. Doentes são passicvos.
Competências partilhadas com doentes activos. Doente peritona sua experiência de doença
Necessidadesde avaliação
Prestador define o que o odente precisa de saber.
Doente define os problemas
Conteúdos Abordagem reactiva Gestão da doença, papeis e gestão emocional
Processos Prescrição de mudançscomportamentais. Prestadorresolve os problemas. Motivação external. Apresentações didacticas.
Objectivos auo-definidos. Doente aprende a resolver problemas. Foco na motivaçãointerna e na auto-eficácia. Interactivos.
Resultados Conhecimento e comportamento
Estado de saúde e utilizaçãoapropriada
adaptado from Bodenheimer, Lorig, et al JAMA 2002;288:2469.
Porquê um Modelo de Parceria
•O modelo tradicional posiciona os prestadores como peritos e
directores dos cuidados e os doentes como receptores passivos dos
cuidados. Este é o Modelo de Cuidados Agudos.
•A redução da assimetria de informação e as mudanças de atitudes
dos consumidores sobre os prestadores de cuidados de saúde estão a
pressionar a mudança de atitude destes - há menos aceitações
passivas das suas recomendações.
•Uma evidência crescente também sugere que os resultados nas DC
podem ser melhorados quando os prestadores se deslocam do papel
tradicional como directores dos cuidados para consultores e
parceiros com doentes activados e informados.
•Podem resultar consequências sérias de comunicações deficientes
frequentes entre os doentes e os prestadores, em áreas como as
prescrições medicamentosas.
Componentes que integram um Programa de Gestão da Doença
1. Mecanismos de identificação de populações.2. Guidelines clinicas práticas baseadas na evidência.3. Modelos de prática colaborante que incluam o médico e prestadores de
serviços de apoio.4. Educação do doente para a auto-gestão (pode incluir a prevenção
primária, programas de modificação comportamental e vigilância/adesão).
5. Gestão, avaliação e medição de indicadores de processo e de resultados,6. Relatórios de rotina/informação de retorno (pode incluir comunicação
com o doente, médico, plano de saúde, serviços auxiliares e perfis de prática).
Um serviço completo de Programas de Gestão da Doença deve incluir, segundo a DMAA, todas estas componentes, considerando-se que os programas que incorporem menor número do que as seis componentes referidas, são apenas serviços de apoio à GD (DMAA, 2001).
RELAÇÃO ENTRE AS COMPONENTES BÁSICAS DA GESTÃO
Tratamento
Médico
Apropriado
Comportamentos
Básicos
de Saúde
Comportamentos
Específicos
da Doença
Perspectiva Clínica da Gestão da Doença Guidelines Baseadas na Evidência
(suportes à decisão clinica)
• Prestadores têm acesso a padrões de cuidados BE quando necessitam deles, nos locais em que prestam cuidados
• Estas Guidelines Práticas BE – incorporadas na infraestrutura de suporte à decisão (Sistemas de Informação Clínica)
• Contributo da GD para a Medicina (clínica)– O agente de translação mais efectivo e eficiente
para a difusão das práticas médicas BE através de todo o sistema de saúde.
Perspectiva Clínica da Gestão da Doença ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
1)Determinar e atribuir a intensidade de cuidados
2)Captar um quadro clínico global
3)Ajustar as necessidades do doente às intervenções mais adequadas
4)Evitar falsos negativos e falsos positivos
5)Valor – instrumento de avaliação da descompensação clínica.
Reconfiguração dos Cuidados de Saúde …
Devido à recente e continua convergência entre o conhecimento e a tecnologia …
… nós temos uma oportunidade sem precedentes de repensar e de redesenhar o sistema de prestação de cuidados.
Todos temos a vontade de implementar
projectos bem sucedidos que melhorem os
cuidados, mas encontramos obstáculos na
concretização. Quais são esses obstáculos?
IOM’s Crossing the Quality Chasm
• Há sérios problemas na qualidade– Entre os cuidados que temos e os que deveriamos ter existe não um
hiato mas um abismo.
• Os problemas surgem de sistemas inadequados …não de más pessoas.
Configuração do Sistema de Saúde: ATENÇÃO!!
It É POSSÍVEL…
(E BASTANTE FREQUENTE !)
…OPTIMIZAR PARTES DE UM SISTEMA E AINDA ASSIM O SISTEMA GLOBAL FALHAR!!!.
Configuração do Sistema de Saúde
1.O macrosistema A organização global dos cuidados
2.O microsistemaAs subunidades do macrosistema que devem trabalhar em conjunto para produzirem os cuidados
DOS SILOS CLÍNICOS À SINERGIA
Insuficiência
Cardíaca
ASMA/
DPOCAVC Diabetes Epilepsia
Registos Efectivos Planos de Cuidados Gestão Suporte
e Integrados Baseados na Evidência Proactiva à Autogestão
Doentes
Serviços
Hospitalares
C S PServiços
SociaisEspecialistas
Saúde
Mental
Componentes do Sistema de Prestação de Cuidados
ATENÇÃO: É POSSÍVEL…
(E BASTANTE FREQUENTE !)
…OPTIMIZAR PARTES DE UM SISTEMA E AINDA ASSIM O SISTEMA GLOBAL FALHAR!!!.
Saúde
Pública
Serviços
Comunitários
Doentes
Serviços
Hospitalares
C S PServiços
SociaisEspecialistas
Saúde
Mental
Configuração do Macrosistema: Questões essencias
1. Como organizar estas componentes para produzir resultados
optimizados para as doenças crónicas e porquê?
2. Deverão ser financiadas iniciativas sem se saber como estas
componentes funcionam em conjunto de forma optimizada?
3. Podem factores externos a estas componentes forçar a sua
reorganização orientada para resultados optimizados?
Saúde
Pública
Serviços
Comunitários
Opções à Configuração do Sistema de Saúde : Centrado no Doente
Serviços
Hospitalares
C S P
Serviços
Sociais
Especialistas
Saúde
Mental
Doentes
Configuração do Sistema de Saúde : Centrado nas Especialidades
Serviços
HospitalaresC S P
Serviços
Sociais
Saúde
Mental
Especialistas &
Doentes
Configuração do Sistema de Saúde : Centrado nos C S P
Serviços
Hospitalares
Serviços
Sociais
EspecialistasSaúde
Mental
CSP, Doentes &
Familia
Saúde Pública
Interacções
Produtivas
Equipa prática
Preparada e
Pró-activa
Doente/Família
Informados e
Activados
System
Design SupportInformation
Self-
Support
O MODELO DE CUIDADOS CRÓNICOSUma Abordagem Sistémica
Planeamento
Prestação CuidadosSuporte à
Decisão
Suporte
Auto-Gestão
Sistema de SaúdeRecursos e Políticas
da Comunidade Organização dos Cuidados Saúde
1 2
3 4 5 6
1 2
3 4 5 6
Wagner EH, et al. A survey of leading chronic disease management programs: Are they consistent with the literature? Managed Care Quarterly. 1999;7(3):56-66.Wagner EH, et al.., Improving chronic illness care: translating evidence into action. Health Aff (Millwood). 2001 Nov-Dec;20(6):64-78.
Planeamento
Prestação Cuidados
Suporte à
Decisão
Sistemas
Informação Clínica
Suporte
Autogestão
Sistema de SaúdeRecursos
e Políticas
da Comunidade
Organizações de Cuidados Saúde
RESULTADOS CLÍNICOS E FUNCIONAIS
-Ênfase no papel do doente
-Avaliação padronizada
-Intervenções efectivas
-Planos de Cuidados (solução
de problemas)
-Equipas multidisciplinares
(papeis e tarefas)
-Consultas colectivas
-Continuidade de cuidados
-Follow-up regular (telefone)
-Guidelines BE
-Especialistas nos CSP
-Educação prestadores
-Estratificação de risco
-Registo de doença
-Uso alertas
-Relatórios desempenho
-Plano individual cuidados
AS INTERACÇÕES PRODUTIVAS como reconhecer as interacções produtivas
RESULTADOS CLÍNICOS E FUNCIONAIS
Interacções Equipa prática
Preparada e
Pró-activa
Doente/Família
Informados e
ActivadosProdutivas
•Gestão clínica baseada em protocolos
•Definição de objectivos em colaboração e com
incidência na solução de problemas
•Plano de cuidados partilhado
•Follow-up sistemático e pró-activo.
O que é que caracteriza um doente
informado e activado?
Doente
Informado,
Activado
Tem a motivação,
conhece o processo da sua doença, tem
competências
e confiança necessárias para aceitar
assumir o papel de gestor diário da sua doença.
Pensamentos e desafios
Isto não é uma questão só dos médicos , enfermeiros ou gestores
É uma questão de sistema/ processo
Trata-se de saber se a estratégia vigentecontempla uma efectiva mudança de paradigma
E de se somos capazes de fazer esta mudançasózinhos
Que tácticas podem ser utilizdas
Obrigado.