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Oficina de trabalho Fronteiras do Brasil: uma avaliação do arco Norte

Ipea, Ministério da Integração Nacional, Governo do Estado de Roraima

A pesquisa Fronteiras do Brasil

Boa Vista, 23 e 24 de novembro de 2016

Fronteiras do Brasil: uma avaliação do arco Norte

Equipe técnica do Ipea Projeto Fronteiras do Brasil Bolívar Pêgo (coordenador) Rosa Moura Caroline Krüger Maria Nunes Paula Moreira Samara Oliveira


Roteiro da apresentação

1. Objetivos do projeto

2. Caracterização geral da fronteira do Brasil

3. Arco Norte: “achados” da oficina Ipea

4. Pontos vulneráveis da fronteira

5. Vulnerabilidade social

6. Primeiros produtos

7. Próximos passos


Objetivos do projeto

• Organizar informações e produzir um conjunto sistemático de estudos que compreendam aspectos econômicos, sociais, ambientais e de governança em relação aos municípios localizados na faixa de fronteira brasileira e seus vizinhos sul-americanos

• Caracterizar e analisar os arranjos transfronteiriços

• Analisar e avaliar as políticas públicas ora em curso na faixa de fronteira brasileira e as relações transfronteiriças

• Organizar oficinas temáticas para debater questões, hipóteses e conhecer melhor a realidade local da fronteira, visando contribuir para a melhoria das políticas públicas sobre fronteiras

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Caracterização geral da Fronteira do Brasil

• Abrange 27% do território brasileiro (3 regiões e 11 estados)

• Área de 2,3 milhões de km2

• Possui 16,9 mil km de extensão (9,5 mil km de rios, lagos e canais e 7,4 mil km de linha seca)

• Tem faixa de fronteira de 150 km de largura

• Envolve todos os países da América do Sul, exceto Equador e Chile (10 países)

• Total de 588 municípios (sendo 122 municípios limítrofes, com 29 cidades gêmeas)

• Maior município em população: Porto Velho (RO) - 511.219 hab./estimada 2016

• Menor município em população: Santiago do Sul (SC) - 1.341 hab./estimada 2016

• Faixa de fronteira com 10,9 milhões de habitantes/2010

• Enorme diversidade e “hibridismo” cultural

• Baixa densidade demográfica

• Alta concentração de pobreza

• Possui modelo próprio de organização e complexo arcabouço legal

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Arcos Norte, Central e Sul da fronteira brasileira 2


Fonte: IBGE, IPEA Elaboração: IPEA.

Urbanização, distribuição da população e crescimento nos

municípios da Faixa de Fronteira – Brasil - 2010 2


Arco Norte – achados da Oficina Ipea/junho 2016

• A grande diversidade regional da Amazônia: necessidade de se redefinir e elaborar políticas públicas em torno dessa realidade regional diversificada, com ênfase na dimensão ambiental e dos recursos naturais

• O desafio da dimensão da Amazônia: reconhecer que a Amazônia não é uma “terra sem homens”

• Presença de áreas indígenas: exigem tratamento especial, reconhecimento de sua concentração de pobreza, avaliação da presença de grupos religiosos em áreas indígenas, integração dessas áreas com outros setores da sociedade, facilitar a mobilidade, compreender que para muitos povos indígenas não existe fronteira, prestar serviços essenciais, como saúde e educação, ausentes devido o isolamento das comunidades, ampliar diálogo entre a Funai, governos estaduais e municipais para que sejam elaboradas estratégias para essas áreas de fronteira

• Concluir obras e repensar projetos de infraestrutura econômica a partir dos interesses das populações fronteiriças e de suas necessidades

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Região (Arco) Pontos vulneráveis (16)

Norte

1. Região do Oiapoque e cidades portuárias de Santana e Laranjal do Jarí (AP) 2. Região de Óbidos e Abaetetuba (PA) 3. Região de Pacaraima e Bonfim (RR) 4. Tríplice fronteira Colômbia - Peru – Brasil (Tabatinga - AM) 5. Região de São Gabriel da Cachoeira e Base Garateia (AM) 6. Tríplice fronteira Peru – Bolívia – Brasil e região de Epitaciolândia (AC)

Centro-Oeste (Central)

1. Região de Guajará-Mirim (RO) 2. Região das cidades de Costa Marques e Pimenteiras (RO) 3. Área de fronteira do Pantanal Mato-grossense com a Bolívia (200 km) 4. Toda extensão de fronteira seca de MT com a Bolívia (700 Km) 5. BR-262 – Saída de Corumbá para Campo Grande (MS) 6. Área do Pantanal Sul-matogrossense fronteira com a Bolívia, Região de Amambaí 7. Fronteira seca de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, entre as cidades de Antônio João e Mundo Novo (MS)

Sul 1. Tríplice fronteira Argentina – Paraguai – Brasil e Guaíra (PR) 2. Região de Dionísio Cerqueira (SC) 3. Tríplice fronteira e BR-290, região de Uruguaiana (RS)

Fonte: MJ (PF, PRF, FN e Senasp). Elaboração: Ipea (Dirur).

Pontos vulneráveis da fronteira brasileira 4


Pontos vulneráveis, cidades gêmeas e tríplice fronteira

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A - Educação B - Longevidade C - Renda

Fonte: PNUD, IPEA e FJP (2013) Elaboração: IPEA.

Dimensões dos componentes do Desenvolvimento Humano

(IDHM) dos munícipios da FF brasileira – Brasil - 2010 5


Fonte: IPEA(2015) Elaboração: IPEA.

Dimensões dos componentes do Índice de Vulnerabilidade Social

(IVS) dos munícipios da FF brasileira – Brasil - 2010

A – Capital Humano B - Infraestrutura C – Trabalho e Renda

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Primeiros produtos • Realização da Oficina de Trabalho • “Fronteira do Brasil: uma análise de Políticas

Públicas” • Ipea, Brasília, 15 e 16 de junho de 2016 • Publicação de livro “Fronteiras do Brasil: uma oficina

de trabalho”, com os resultados da oficina no Ipea • Realização da Oficina de Trabalho do Arco Norte • Elaboração de texto a ser apresentado em audiência

pública do Senado Federal sobre Segurança Pública na Fronteira Brasileira

• Participação como observadores em reunião sobre Segurança Pública no Arco Sul, realizada no Itamaraty, em 16 de novembro de 2016

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Próximos passos • Organização do material e publicação dos resultados

da Oficina de Trabalho do Arco norte • Participação em audiência pública no Senado Federal

sobre Segurança Pública na Fronteira Brasileira • Organização do livro “Fronteiras do Brasil: uma

análise de políticas públicas”, que reúne os resultados das pesquisas em andamento (conceitos e métodos, caracterização, regulação e instituições, diagnóstico e avaliação, estudos de caso, desafios e perspectivas

• Organização das oficinas de trabalho para os arcos Central e Sul, previstas para o primeiro e segundo semestre de 2017


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