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A PRESENÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO EM 2015NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
São Paulo, março de 2016 no 27
n Taxa de participação feminina cresce ligeiramente
n Desemprego aumenta mais para homens que para mulheres
n Nível de ocupação feminina diminui e formalização do trabalho se mantém praticamente estável
n Rendimento médio por hora diminui mais para homens e mulheres passam a ganhar 84,0% do obtido pelos homens
Diretora ExecutivaMaria Helena Guimarães de Castro
Diretora-adjunta Administrativa e FinanceiraMarcia Jungmann Cardoso Nogueira
(respondendo pelo expediente)
Diretor-adjunto de Análise e Disseminação de Informações
Edney Cielici Dias (respondendo pelo expediente)
Diretora-adjunta de Metodologia e Produção de Dados
Margareth Izumi Watanabe
Chefe de GabineteSergio da Hora Rodrigues
Conselho de CuradoresCarlos Antonio Luque (Presidente)Antonio de Pádua Prado Junior
Hubert AlquéresJosé Antonio Parimoschi
José Carlos de Souza BragaJosé Paulo Zeetano ChahadMárcia Furquim de Almeida
Rogério Luiz BuccelliSérgio Besserman Vianna
Wanderley Messias da Costa
Conselho FiscalMirella Micioni
Mirtes Lika TukadaNelson Ferreira Simões
Diretoria Adjunta de Análise e Disseminação de Informações – Daadi
Vagner de Carvalho Bessa(gerente de Indicadores Econômicos)
Responsável técnico: Alexandre Jorge LoloianEquipe técnica: César Andaku, Leila Luiza Gonzaga
e Marcia Halben Guerra
Diretoria Adjunta de Metodologia e Produção de Dados – Dampd
Maria Paula Ferreira (gerente de Metodologia e Estatística)
Equipe técnica: Edna Yukiko Taira, Neuci Arizono e Susana Maria Frias Pereira
Coordenadoria de Comunicação – CoordPatrícia Queiroz
Gerência de Editoração e ArteIcléia Alves Cury
Programação visual: Cristiane de Rosa Meira, Elisabeth Erharter, Tânia Pinaffi Rodrigues
Preparação de texto: Rita Bonizzi e Vania Regina Fontanesi
Revisão de texto: Maria Aparecida Andrade
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SeadeAv. Prof. Lineu Prestes, 913 – Cidade Universitária
05508-000 São Paulo SPFone (11) 3324.7400
[email protected] / [email protected]
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
Governador do EstadoGeraldo Alckmin
Vice-Governador do EstadoMárcio França
Secretário de Planejamento e GestãoMarcos Monteiro
Rua Aurora, 957 3o andar – República 01209-001 São Paulo SP Fone (11) 3821.2140
www.dieese.org.br / [email protected]
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
3
SUMÁRIO
Principais resultados ____________________________________ 5Taxa de participação feminina cresce ligeiramente ____________ 6Taxa de desemprego cresce em menor intensidade para as mulheres ____________________________________________ 7Nível de ocupação feminina diminui e a formalização se mantém praticamente estável _____________________________ 9Rendimento por hora feminino diminui em menor intensidade que o dos homens e passa a equivaler a 84,0% do masculino _ 14
5
A PRESENÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 2015
PRINCIPAIS RESULTADOS
Em 2015, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo aumentou ligeiramente (de 55,1% para 55,4%), após estabilidade observada no ano anterior. Mesmo comportamento foi registrado para os homens, cuja taxa passou de 70,5% para 70,8%.
A taxa de desemprego feminina cresceu, pelo segundo ano consecutivo, após longa trajetória de declínio inicia-da em 2004, ao passar de 12,2% para 14,3%, entre 2014 e 2015. Ainda assim, é uma das mais baixas da série, iniciada em 1985. Entre os homens o acréscimo foi mais intenso (de 9,6% para 12,2%).
Para mulheres e homens o aumento do desemprego refletiu a expansão da força de trabalho da RMSP concomitan-temente à retração do nível de ocupação, que foi mais intensa entre os homens.
O comportamento da ocupação para as mulheres deveu-se ao desempenho negativo na Indústria e nos Serviços,
concomitante ao aumento no Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas e na Construção. Já entre os homens, registrou-se retração em pra-ticamente todos os setores de atividade econômica analisados, com exceção dos Serviços, que teve ligeiro aumento.
A formalização das relações de tra-balho assalariado manteve-se pratica-mente estável para as mulheres e dimi-nuiu para os homens.
O rendimento médio real por hora das mulheres diminuiu, interrompendo crescimento registrado nos últimos seis anos, passando a equivaler a R$ 10,25, em 2015. Para os homens a retração foi mais intensa, passando a corresponder a R$ 12,20.
Essa variação diferenciada dos ren-dimentos por hora entre os sexos, já ob-servada no ano anterior, quando as mu-lheres recebiam 81,5% do valor auferido pelos homens, elevou a proporção para inéditos 84,0%, em 2015.
6
MERCADO DE TRABALHO
Taxa de participação feminina cresce ligeiramente
A proporção de mulheres com dez anos ou mais de idade inseridas no mer-cado de trabalho, na situação de ocu-padas ou de desempregadas – taxa de participação feminina –, aumentou li-geiramente de 55,1% para 55,4%, entre 2014 e 2015 (Gráfico 1). Esse indicador, que apresentou crescimento importante principalmente a partir da década de 1990, vem mantendo-se nesse patamar nos últimos 12 anos.
Entre os homens, cuja taxa vem de-clinando lentamente há décadas, verifi-cou-se também ligeiro crescimento en-tre 2014 e 2015 (passou de 70,5% para 70,8%), alcançando o terceiro menor patamar da série da pesquisa, iniciada em 1985.
A proporção feminina no total da Po-pulação Economicamente Ativa – PEA
pouco se alterou, sendo que a parcela de mulheres permanece a menor entre o total de ocupados da RMSP (46,0%) e, ligeiramente, a maior entre os desempre-gados (50,5%), como mostra o Gráfico 2. Ainda assim, em 2015, a proporção de mulheres no total de ocupados é a maior da série e a de desempregadas a menor desde 2000.
Gráfico 1Taxas de participação, segundo sexo
Região Metropolitana de São Paulo – 2005-2015
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
O comportamento da taxa de partici-pação das mulheres foi diversificado, segundo atributos pessoais, observan-do-se aumentos entre as mulheres de 40 a 49 e de 50 a 59 anos, entre as filhas e negras. Retrações ocorreram, principalmente, entre jovens e ado-lescentes de 16 a 24 anos, chefes e não negras.
Em %Homens
Em %Mulheres
55,5 55,4 55,1
56,455,9
56,2
55,4
56,1
55,1 55,155,4
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
72,4
71,3 71,4
72,071,5 71,6
71,3 71,5
70,6 70,5 70,8
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
7
A taxa de desemprego total feminina aumentou pelo segundo ano consecuti-vo, passando de 12,2% para 14,3%, en-tre 2014 e 2015 (Gráfico 3), movimento menos intenso do que ocorreu entre os homens, cuja taxa passou de 9,6% para 12,2%.
Gráfico 3Taxas de desemprego total, segundo sexo
Região Metropolitana de São Paulo – 2005-2014
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
As mulheres apresentam, historica-mente, as maiores taxas de desem-prego total e de desemprego aberto. Entretanto, ao observar a taxa de desemprego oculto, constata-se que vem registrando menores taxas nos últimos três anos.
Em %Mulheres Homens
19,718,6 17,8
16,5 16,214,7
12,5 12,5 11,7 12,214,314,4 13,4
12,310,7 11,6
9,5 8,6 9,4 9,2 9,612,2
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 2Distribuição da População Economicamente Ativa − PEA, dos ocupados e desempregados, segundo sexo
Região Metropolitana de São Paulo – 2014-2015
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
Em % Mulheres Homens
46,4 46,6 45,7 46,0 52,4 50,5
53,6 53,4 54,3 54,0 47,6 49,5
2014 2015 2014 2015 2014 2015PEA Ocupados Desempregados
Taxa de desemprego cresce em menor intensidade para as mulheres
8
Embora historicamente a taxa de desemprego feminina seja superior à masculina, nota-se um lento movimento de aproximação dessas taxas, ainda que as diferenças permaneçam grandes. Em 1998, esse indicador para as mulheres era 5,0 pontos porcentuais superior ao dos homens, passando para 2,1 p.p., em 2015.
Em resumo, na última década, a redução da taxa de desemprego total esteve associada ao crescimento eco-nômico e ao aumento do nível de ocu-pação, movimentos que favoreceram particularmente as mulheres, mas que também refletiram as transformações nas relações familiares, em que o modelo de família baseado no chefe masculino provedor vem se alterando paulatina-mente e criando novas dinâmicas nas relações dos membros da família com
Por posição na família, apesar de menos intenso do que o dos homens, vale destacar o aumento registrado na taxa de desempre-go entre as mulheres chefes de família, que têm a peculiaridade de viverem, geralmente, apenas com seus filhos e, na maioria das vezes, como únicas responsáveis pela sobrevivência familiar.1
o mundo do trabalho. Além disso, têm--se o aumento da capacitação das mu-lheres, que permite melhor inserção no mundo do trabalho, e o crescimento da sua escolaridade. Na atual conjuntura, os efeitos do baixo crescimento econômico têm sido menos perversos entre as mu-lheres, ao considerar o aumento menos intenso de sua taxa de desemprego, se comparada à dos homens.
1. Ver: Arranjo familiar e inserção feminina no mercado de trabalho da RMSP na década de 90. Boletim Mulher & Trabalho, n. 10 dezembro 2002 e A inserção de chefes e cônjuges no mercado de trabalho, Estudo Especial, março 2009. Disponível em <www.seade.gov.br>.
O tempo médio despendido pe-los desempregados na procura de trabalho, em 2015, aumentou em duas semanas tanto para as mulheres (passando para 28 se-manas) como para os homens (27 semanas).
9
Gráfico 4Índices do nível de ocupação, segundo sexo
Região Metropolitana de São Paulo – 2005-2015
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
Mulheres HomensBase: média de 2005 = 100
101,1104,1
108,1 107,5
112,0 113,1 113,8 113,4 114,2112,0
100,0102,6 104,2
110,0 110,4
114,7117,0
119,1 119,2 119,1 118,2
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Em 2015, o nível de ocupação di-minuiu para mulheres (-0,8%, ou elimi-nação de 33 mil ocupações) de forma menos intensa do que para os homens (-1,9%, ou menos 104 mil postos de trabalho) (Gráfico 4 e Tabela 1).
A retração mais acentuada do ní-vel de ocupação entre os homens fez com que a proporção de mulhe-res no total de ocupados passasse de 45,7%, em 2014, para 46,0%, em 2015, registrando a maior pro-porção de ocupadas desde o início da pesquisa, em 1985.
O comportamento do nível de ocu-pação das mulheres refletiu os decrés-cimos registrados na Indústria de Trans-formação (-6,3%) e Serviços (-1,6%), não compensados pelos acréscimos na Construção (11,0%) e Comércio; Repa-ração de Veículos Automotores e Moto-cicletas (7,0%).
No setor de Serviços, que emprega 70,3% do total das mulheres ocupadas (Tabela 2), praticamente todos os ramos
analisados apresentaram retração, com exceção de alojamento e alimentação; outras atividades de serviços; artes, cul-tura, esporte e recreação que aumentou 7,0%. O subsetor de serviços domésti-cos, importante empregador de mão de obra feminina, apresentou redução de 5,1% (Tabela 1).
Entre os homens, a retração do nível de ocupação deveu-se aos decréscimos na Construção (-7,9%), Indústria (-4,4%)
Nível de ocupação feminina diminui e a formalização se mantém praticamente estável
10
e Comércio; Reparação de Veículos Au-tomotores e Motocicletas (-1,4%), par-cialmente compensados pelo pequeno aumento dos Serviços (1,0%), principal-mente na administração pública, defesa e seguridade social; educação, saúde hu-mana e serviços sociais (6,3%).
Com esses movimentos, no total de mulheres ocupadas, a Indústria regis-trou sua menor proporção desde 2011 (11,7%), quando a pesquisa adotou a Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE 2.0 Domiciliar (Ta-bela 2). Entre 2014 e 2015, praticamente não se modificou a parcela da Constru-
ção no total de mulheres ocupadas (de 0,8% para 0,9%), aumentou a proporção do Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (de 15,3% para 16,5%) e diminuiu ligeiramente a dos Serviços (de 70,9% para 70,3%).
Sob a ótica do tipo de vínculo estabe-lecido com o trabalho (Tabela 3), merece destaque o comportamento verificado nas ocupações mais protegidas pela le-gislação trabalhista, em que as mulheres apresentaram variação positiva entre as assalariadas do setor privado com cartei-ra de trabalho assinada (0,4%) e diminui-ção daquelas que exerciam suas ativida-
Tabela 1Variação do nível de ocupação, por sexo, segundo setores de atividade econômica
Região Metropolitana de São Paulo – 2014/2015Em porcentagem
Setores de atividade Mulheres Homens
TOTAL GERAL -0,8 -1,9Indústria de Transformação (1) -6,3 -4,4Construção (2) 11,1 -7,9Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3) 7,0 -1,4Serviços (4) -1,6 1,0 Transporte, armazenagem e correio (5) -8,6 2,0 Informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas (6) -6,5 -0,9 Atividades administrativas e serviços complementares (7) -0,8 -1,8 Administração pública, defesa e seguridade social; educação, saúde humana e serviços sociais (8) -1,6 6,3 Alojamento e alimentação; outras atividades de serviços; artes, cultura, esporte e recreação (9) 7,0 1,4 Serviços domésticos (10) -5,1 -Outros (11) 1,0 -12,8
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar. (2) Seção F da CNAE 2.0 domiciliar. (3) Seção G da CNAE 2.0 domiciliar. (4) Incluem Atividades Imobiliárias (Seção L da CNAE 2.0 domiciliar). (5) Seção H da CNAE 2.0 domiciliar. (6) Seções J, K, M da CNAE 2.0 domiciliar. (7) Seção N da CNAE 2.0 domiciliar. (8) Seções O, P, Q da CNAE 2.0 domiciliar. (9) Seções I, S, R da CNAE 2.0 domiciliar. (10) Seção T da CNAE 2.0 domiciliar. (11) Inclui Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (Seção A); Indústrias Extrativas (Seção B); Eletricidade e Gás (Seção D); Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação (Seção E); Organismos Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais (Seção U); Atividades Mal Definidas (Seção V). As seções mencionadas referem-se à CNAE 2.0 domiciliar.
11
Tabela 2Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo setores de atividade econômica
Região Metropolitana de São Paulo – 2014-2015Em porcentagem
Setores de atividadeMulheres Homens
2014 2015 2014 2015
TOTAL GERAL 100,0 100,0 100,0 100,0
Indústria de Transformação (1) 12,4 11,7 20,1 19,6
Construção (2) 0,8 0,9 13,2 12,4
Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3) 15,3 16,5 18,8 18,9
Serviços (4) 70,9 70,3 46,1 47,5
Transporte, armazenagem e correio (5) 2,6 2,4 10,2 10,6 Informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais, científicas e técnicas (6) 10,4 9,8 10,0 10,1
Atividades administrativas e serviços complementares (7) 8,4 8,4 8,2 8,2 Administração pública, defesa e seguridade social; educação, saúde humana e serviços sociais (8) 22,0 21,8 7,2 7,8 Alojamento e alimentação; outras atividades de serviços; artes, cultura, esporte e recreação (9) 12,9 13,9 9,2 9,5
Serviços domésticos (10) 13,7 13,1 0,4 -Outros (11) 0,6 0,6 1,8 1,6Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar. (2) Seção F da CNAE 2.0 domiciliar. (3) Seção G da CNAE 2.0 domiciliar. (4) Incluem Atividades Imobiliárias (Seção L da CNAE 2.0 domiciliar). (5) Seção H da CNAE 2.0 domiciliar. (6) Seções J, K, M da CNAE 2.0 domiciliar. (7) Seção N da CNAE 2.0 domiciliar. (8) Seções O, P, Q da CNAE 2.0 domiciliar. (9) Seções I, S, R da CNAE 2.0 domiciliar. (10) Seção T da CNAE 2.0 domiciliar. (11) Inclui Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (Seção A); Indústrias Extrativas (Seção B); Eletricidade e Gás (Seção D); Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação (Seção E); Organismos Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais (Seção U); Atividades Mal Definidas (Seção V). As seções mencionadas referem-se à CNAE 2.0 domiciliar.
des no setor público (-2,7%). Já entre as formas de vínculos mais precários, houve decréscimo do assalariamento no setor privado sem carteira (-7,9%), seguido pelo emprego doméstico (-5,1%), prin-cipalmente das mensalistas, e aumento do trabalho autônomo (7,9%).
Entre os homens, diminuíram o as-salariamento no setor privado com car-teira assinada e, mais intensamente, o sem carteira. O setor público registrou aumento e o trabalho autônomo retração.
As mulheres ocupadas estão inseridas, principalmente, nos Serviços, com destaque para as áreas de saúde, educação, servi-ços sociais, serviços domésticos, etc. O Comércio vem em seguida, acompanhado pela Indústria e, por último, a Construção.
12
Tabela 3Variação do nível de ocupação, por sexo, segundo posição na ocupação
Região Metropolitana de São Paulo – 2014/2015Em porcentagem
Posição na ocupação Mulheres Homens
TOTAL DE OCUPADOS -0,8 -1,9Total de assalariados (1) -0,8 -2,4 Setor privado -0,6 -3,3 Com carteira assinada 0,4 -1,6 Sem carteira assinada -7,9 -12,8 Setor público (2) -2,7 7,3Autônomos 7,9 -1,9Empregados domésticos -5,1 - Mensalistas -6,7 - Diaristas -2,5 -Demais posições (3) -6,9 1,8
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Exclui os empregados domésticos e incluem aqueles que não informaram o segmento em que trabalham. (2) Inclui os estatutários e celetistas que trabalham em instituições públicas (governos municipal, estadual, federal, empresa de economia mista, autarquia, fundação, etc.). (3) Incluem empre-gadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e outras posições ocupacionais.
Os serviços domésticos, que vêm perdendo importância na absor-ção da mão de obra feminina na última década, respondiam, em 2015, por 13,1% da ocupação das mulheres. Em 1998, esse con-tingente correspondia a 19,3% do total de mulheres ocupadas.
Como consequência desse desempe-nho, elevaram-se a proporção de assala-riadas no setor privado com carteira de trabalho assinada (de 51,1%, em 2014, para 51,7%, em 2015) e a de autônomas (de 11,3% para 12,3%) (Tabela 4).
Destaque-se que a proporção das empregadas domésticas no total das ocu-
pações femininas diminuiu de 13,7% para 13,1%, entre 2014 e 2015, menor parcela da série da pesquisa, repetindo comportamento verificado na última década, em que a maior e mais diver-sificada oferta de trabalho fez com que as mulheres tendessem a se ocupar em atividades de maior prestígio e em se-tores mais estruturados, permanecendo nos serviços domésticos, principalmen-te, aquelas nas faixas etárias mais eleva-das e com menor escolaridade.
Entre 2014 e 2015, mulheres e ho-mens, de forma geral, permaneceram mais tempo em seus trabalhos, uma vez que o tempo médio de permanência dos assalariados no posto de trabalho atual ampliou-se em um mês para as mulhe-
13
Tabela 4Distribuição dos ocupados, por sexo, segundo posição na ocupação
Região Metropolitana de São Paulo – 2014-2015Em porcentagem
Posição na ocupaçãoMulheres Homens
2014 2015 2014 2015TOTAL DE OCUPADOS 100,0 100,0 100,0 100,0Total de assalariados (1) 68,9 68,9 72,9 72,6 Setor privado 58,2 58,3 67,5 66,6 Com carteira assinada 51,1 51,7 57,5 57,7 Sem carteira assinada 7,1 6,6 10,0 8,9 Setor público (2) 10,8 10,6 5,4 5,9Autônomos 11,3 12,3 18,8 18,8Empregados domésticos 13,7 13,1 0,4 (4) Mensalistas 8,4 7,9 (4) (4) Diaristas 5,3 5,2 (4) (4)Demais posições (3) 6,1 5,7 7,9 8,2
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Exclui os empregados domésticos e incluem aqueles que não informaram o segmento em que trabalham. (2) Inclui os estatutários e celetistas que trabalham em instituições públicas (governos municipal, estadual, federal, empresa de economia mista, autarquia, fundação, etc.). (3) Incluem empre-gadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e outras posições ocupacionais. (4) A amostra não comporta desagregação para esta categoria.
res e em quatro meses para os homens, passando para 60 e 67 meses, respectiva-mente. Destaque-se que entre os homens esse é o maior crescimento de tempo de permanência no posto de trabalho atual desde 1998.
Pode-se afirmar que a proporção de mulheres em ocupações forma-lizadas permaneceu praticamente estável (aumentou 0,4 p.p.), ao se considerar o assalariamento privado com carteira assinada e o público. Entre os homens essa proporção apresentou ligeira elevação (0,7 p.p.).
14
Gráfico 5Relação entre o rendimento médio real por hora de mulheres e homens ocupados (1)
Região Metropolitana de São Paulo – 2005-2015
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV-Dieese/SP.
75,7
77,6 77,9
76,4
79,8
75,2
76,7
75,6
77,1
81,5
84,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Em %
Em 2015, o rendimento médio real2 das mulheres ocupadas na Região Me-tropolitana de São Paulo equivalia a R$ 1.667, enquanto o dos homens corres-pondia a R$ 2.245. Entretanto, como a jornada semanal média de trabalho dos homens (43 horas) é maior do que a das mulheres (38 horas), o rendimento médio real por hora torna-se a medida mais apropriada para comparar esses segmentos.
O rendimento médio real por hora para as mulheres diminuiu 6,0%, inter-rompendo crescimento registrado nos últimos seis anos, passando a corres-ponder a R$ 10,25, em 2015, enquanto para os homens passou a equivaler a
R$ 12,20, com retração mais intensa (-8,8%) do que a das mulheres. Essa va-riação diferenciada dos rendimentos re-pete a aproximação já observada no ano anterior, quando as mulheres recebiam 81,5% do valor por hora auferido pe-los homens, proporção que passou para inéditos 84,0%, em 2015 (Gráfico 5).
A retração do rendimento médio por hora das mulheres (Tabela 5), en-tre 2014 e 2015, refletiu o decréscimo desse indicador em todos os setores de atividade econômica analisados: -5,7% no Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas; -5,1% nos Serviços; e -4,9% na Indústria. O maior rendimento por hora pago, em 2015,
2. Os dados de rendimentos de 2015 referem-se ao perío-do de dezembro de 2014 a novembro de 2015.
Rendimento por hora feminino diminui em menor intensidade do que o dos homens e passa a equivaler a 84,0% do masculino
15
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No setor de Serviços, houve dimi-nuição em praticamente todos os ramos de atividade, com exceção no de servi-ços domésticos, que registrou aumento (4,6%, passando a equivaler R$ 8,01). Vale ressaltar que o ramo que melhor remunera mulheres e homens – informa-ção e comunicação; atividades financei-ras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais científicas e téc-nicas – foi o que registrou maior retração entre as primeiras (-11,7%, passando a equivaler a R$ 16,48).
Entre os homens, a diminuição do rendimento médio real por hora ocorreu em todos os setores analisados: -11,6% no Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas; -8,6% nos Serviços; -5,4% na Construção; e -2,2% na Indústria, notadamente na metal-me-cânica (-7,1%).
O ritmo distinto na evolução dos rendimentos médios por hora nos setores de atividade para mulheres e homens fez com que a diferença entre os dois aumentasse na Indústria e diminuísse no Comércio, Reparação de Veículos Auto-motores e Motocicletas e nos Serviços. Na Indústria de Transformação, o ren-dimento médio por hora das mulheres, que em 2014 correspondia a 75,3% do masculino, passou a equivaler a 73,2%, em 2015. No Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, essa relação aproximou os respectivos
Em 2015, nos Serviços, a menor diferença de rendimento médio por hora entre mulheres e ho-mens encontra-se nas atividades de alojamento e alimentação; ou-tras atividades de serviços; artes, cultura, esporte e recreação. Já a maior distância ocorre em infor-mação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profis-sionais, científicas e técnicas.
rendimentos de 79,1% para 84,4% e, nos Serviços, passou de 75,5% para 78,4%, no mesmo período.
Por posição na ocupação, a retração do rendimento médio real por hora das mulheres refletiu a diminuição do valor recebido entre as assalariadas do setor privado com carteira de trabalho assi-nada e do setor público, uma vez que entre as assalariadas do setor privado sem carteira ocorreu aumento. Entre as autônomas, também registrou-se decrés-cimo. Já para as empregadas domésticas, houve aumento, principalmente entre as diaristas (Tabela 6).
Para os homens, o rendimento mé-dio por hora reduziu-se em todas as posi-ções na ocupação, principalmente entre os empregadores e autônomos.
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Boletim 1
Mercado de Trabalho Feminino no Estado
de São Paulo 1994/1998
Boletim 2
Mercado de Trabalho da Mulher no Interior
Paulista 1994-1998
Boletim 3
A Busca da Equidade Social
Boletim 4
Inserção das Mulheres Negras no Mercado
de Trabalho da Região Metropolitana de
São Paulo
Boletim 5
O Desemprego Feminino na Região
Metropolitana de São Paulo
Boletim 6
O Trabalho das Mulheres Residentes Rurais
do Estado de São Paulo
Boletim 7
O Mercado de Trabalho Feminino na
Região Metropolitana de São Paulo
Boletim 8
Ocupação Feminina e Flexibilização
das Relações de Trabalho na Região
Metropolitana de São Paulo
Acesse: www.seade.gov.br
Boletim 9
O Emprego Feminino no Estado de São
Paulo
Boletim 10
Arranjo Familiar e Inserção Feminina no
Mercado de Trabalho da RMSP na Década
de 90
Boletim 11
O Mercado de Trabalho Feminino na
Região Metropolitana de São Paulo em
2002
Boletim 12
O Mercado de Trabalho Feminino na
Região Metropolitana de São Paulo em
2003
Boletim 13
Inserção da Mulher no Mercado Formal de
Trabalho no Estado de São Paulo, entre
2000 e 2002: uma abordagem regional
Boletim 14
O Mercado de Trabalho Feminino na Região
Metropolitana de São Paulo em 2004
Boletim 15
Aposentadas e Mulheres de 40 Anos e Mais
no Estado de São Paulo – 1992-2003
Acesse: www.seade.gov.br
Boletim 16
O Mercado de Trabalho Feminino
na Região Metropolitana de São Paulo em
2005
Boletim 17
O Mercado de Trabalho Feminino
na Região Metropolitana de São Paulo em
2006
Boletim 18
O Mercado de Trabalho Feminino
na Região Metropolitana de São Paulo
em 2007
Boletim 19
A Mulher no Mercado de Trabalho em 2008
na Região Metropolitana de São Paulo
Boletim 20
O Trabalho Doméstico na Região
Metropolitana de São Paulo
Boletim 21
Trabalho e Desigualdades de Gênero na
Região Metropolitana de São Paulo
Boletim 22
Inserção das Mulheres com Escolaridade
Superior no Mercado de Trabalho
Boletim 23
A Mulher no Mercado de Trabalho em 2011
na Região Metropolitana de São Paulo
Boletim 24
O Trabalho das mulheres – mudanças e
permanências – Região Metropolitana de
São Paulo
Boletim 25
A presença feminina no mercado de
trabalho em 2013 – Região Metropolitana
de São Paulo
Boletim 26
A presença feminina no mercado de
trabalho em 2014 – Região Metropolitana
de São Paulo
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Apoio: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.
Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho – Sert.
SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados Av. Prof. Lineu Prestes, 913 05508-000 São Paulo SP
Fone (11) 3324.7200 Fax (11) 3324.7324www.seade.gov.br / [email protected] / [email protected]
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