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Profissionalização docente: texto roteiro para debate
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE QUÍMICA
COLEGIADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
MODALIDADE A DISTÂNCIA
DISCIPLINA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM QUÍMICA IV
Texto roteiro para debate
Alunos: Alene Fernandes, Jenner Williamberg, Jerlinês Chaves
Texto: A Profissionalização Docente
Por: Mariza da Gama Leite de Oliveira
O objetivo é analisar a profissionalização da profissão docente na qual pretende
trazer inicialmente as raízes históricas de desprestígio profissional do professor, que
também se reflete na formação docente. Pretende-se esclarecer que as competências
profissionais são essenciais para o processo de profissionalização e analisar em que
espaço deve ocorrer seu desenvolvimento.
Segundo Perrenoud (2001) a profissão de professor é como uma semiprofissão;
como um ofício em vias de profissionalização, ou seja, respondem a alguns critérios e
não a outros, ou satisfazem razoavelmente cada um deles, como é o caso da
enfermagem, do trabalho social e do ensino.
Raízes Históricas do Desprestígio da Profissão Docente
De 1500 a 1759 imperou no Brasil a educação jesuítica, que tinha como objetivo
principal a catequese. Em 1759 os jesuítas foram expulsos de Portugal e de seus
domínios, pois surgiu um descontentamento geral devido ao fanatismo religioso, que
promovia o atraso cultural, assim leigos começaram a ser introduzidos no ensino e o
Estado assumiu pela primeira vez os encargos da educação.
Na segunda metade do século XIX, o Capitalismo Industrial gerou a necessidade
de fornecer conhecimento a camadas cada vez mais numerosas, seja pelas exigências
da própria produção, seja pelas necessidades do consumo que essa produção acarreta.
Atualmente atende aos interesses de uma economia globalizada regulada pelo
Mercado.
Formação: Momento-chave da Configuração Profissional
A proposta de Nóvoa resume-se na valorização dos grupos e das pessoas, numa
perspectiva de educação continuada; estímulo à perspectiva crítico-reflexiva, auto
formação participada.
A formação de bons principiantes tem haver, acima de tudo, com a formação de
pessoas capazes de evoluir, de aprender de acordo com a experiência, refletindo sobre
que gostariam de fazer, sobre o que realmente fizeram e sobre os resultados de tudo
isso (Perrenoud, 2002, p. 17).
Os saberes dos professores são pouco compartilhados; não são comparados
com os outros. Como combatentes solitários, os professores não falam do que sabem
fazer. Assim pensa também Nóvoa, que declara: “A organização das escolas parece
desencorajar um conhecimento profissional partilhado dos professores, dificultando o
investimento das experiências significativas” (1992, p. 26).
O Saber da Experiência Pode Viabilizar o Processo de Profissionalização
Os estudos de Tardif destacam os saberes experienciais como os fundamentos
da prática e da competência profissional. É a partir deles que os professores julgam sua
formação anterior ou sua formação ao longo da carreira; e assim concebem os modelos
de excelência profissional dentro de sua profissão.
Uma maneira de se criar uma nova profissionalidade entre os professores, seria
liberarem os seus saberes da prática cotidiana, de modo a levá-los a serem
reconhecidos por outros grupos produtores de saberes, reivindicando assim um
controle social legítimo sobre os mesmos. Porém, exigem a parceria entre professores,
corpos universitários de formadores e responsáveis pelo sistema educacional.