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A “Queima das Fitas” - alperce.com · Mérito Humanitário”. A Dra. Laurinda Ferreira Gomes (4ª a contar da esquerda) recebeu a comenda em nome do Professor Joaquim Ferreira

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A “Queima das Fitas” é o tema central desta edição do Bole-tim Informativo. Os alunos do quarto ano da licenciatura emCiências da Informação falam das suas experiências, alegri-as e emoções.Trabalho, experiência inesquecível, momento mágico, foramexpressões que utilizaram para descrever tudo o que vive-ram na edição deste ano da “Queima das Fitas”.

Na rubrica “O Nosso Instituto”, fica registada a atribuição,pelo Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, da “Cruz doMérito Humanitário” a quatro docentes ligados ao InstitutoSuperior Miguel Torga, e a nomeação de catorze novos “Mem-bros de Honra”. O Professor Doutor Carlos Amaral Diaspresidiu à cerimónia, na qualidade de representante doI.B.E.S. junto da União Europeia.

A “Declaração de Bolonha”, e a utilização das “NovasTecnologias na Educação” são dois temas abordados nas con-ferências que resumimos neste número do Boletim Informa-tivo.A Dra. Estela Pereira explicou como é que o ensino superi-or, a nível europeu, vai sofrer uma revolução, provocadapela “Declaração de Bolonha”. O Dr. Francisco Amaral dis-sertou sobre os entusiasmos, os receios e os perigos quepodem ser gerados pela introdução das novas tecnologiasno ensino.

Nesta edição damos, ainda, conta de várias “Notícias doInstituto”: Mestrados concluídos e vários Colóquios realiza-dos no Instituto Superior Miguel Torga, durante os últimosmeses.

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Na cerimónia de outorgação das Comendas do MéritoHumanitário, e de nomeação dos novos Membros de Hon-ra, o Professor Carlos Amaral Dias aproveitou para recor-dar a génese do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais.

Tudo começou no dia 20 de Maio de 1955 quando foicriado, em S. Paulo, o Centro de Estudos de SociologiaGilberto Freyre, com o objectivo de difundir junto dos es-tudantes do ensino secundário e universitário o gosto peloEstudos Sociais. Este centro acabaria por transformar-seno I.B.E.S., a 9 de Dezembro de 1957, tornando-se umaentidade com personalidade jurídica sem fins lucrativos,de âmbito nacional e internacional, tendo como objectivoprincipal propiciar, através dos Estudos Sociais, “o bemestar social da humanidade, sob a égide cristã do povobrasileiro”. A 15 de Fevereiro de 1958, a Câmara Munici-pal de São Paulo declarou a utilidade pública do I.B.E.S.,que foi confirmada pela Assembleia Legislativa do Estadode S. Paulo, a 24 de Abril do mesmo ano.

Na “Galeria de Honra” do Instituto Brasileiro de Estu-dos Sociais figuram ilustríssimas figuras da sociedade bra-sileira e internacional: Jânio da Silva Quadros, Presidenteda República Federativa do Brasil; Juscelino Kubítschekde Oliveira, Presidente da República Federativa do Brasil;Rafael Mendes Caldeira, Presidente da República daVenezuela; Tarso Dutra, Ministro da Educação; Otto CyrílloLehmann, Ministro do Tribunal de Contas de São Paulo;José Carlos de Macedo Soares, Ministro das Relações Ex-

O Instituto Brasileiro de Estu-dos Sociais (I.B.E.S.) tem no-vos “Membros de Honra”, emPortugal, e atribuiu a“Comenda do Mérito Humani-tário” a quatro docentes liga-dos ao Instituto SuperiorMiguel Torga. A entrega dostítulos foi feita pelo ProfessorDoutor Carlos Amaral Dias,Director do I.S.M.T. e repre-sentante do I.B.E.S. junto daUnião Europeia.

CONDECORAÇÕES

DO I.B.E.S.

O Professor Carlos Amaral Dias, acompanhado pelos agraciados com a “Cruz doMérito Humanitário”. A Dra. Laurinda Ferreira Gomes (4ª a contar da esquerda)recebeu a comenda em nome do Professor Joaquim Ferreira Gomes.

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teriores; Favorino Mercio, Ministro da Educaçãoe Cultura; Clovis Salgado, Ministro da Educaçãoe Cultura; Alfredo Nasser, Ministro da Justiça eNegócios Interiores; Adhemar Pereira de Barros,médico, Governador do Estado de São Paulo;Antônio Luís Ippolito, engenheiro, Reitor da Uni-versidade Mackenzie; Carlos Luís Guedes, gene-ral; Frederich Wichtermann, Presidente doInstitute de Recherches Scientifiques de Paris;Gioia Júnior, deputado estadual, radialista, jor-nalista, filósofo, escritor; Gregório Wamerling,Bispo Diocesano de Florianópolis; MauriceMarchal, Director da Escola de Altos Estudos daSorbonne, entre muitos e muitos outros.

OS AGRADECIMENTOS

Coube ao Professor Doutor Amadeu Car-valho Homem usar da palavra em nome dos quetinham sido agraciados com a “Comenda doMérito Humanitário”. O Professor da Universi-dade de Coimbra disse estar emocionado, por-que “Há situações na vida que se revestem deum significado de tal modo transcendente, quepara elas não estamos preparados. Nunca pen-sei vir a ser condecorado, mas também queroassumir frontalmente que foi com o maior gostoe a maior honra que recebi esta condecoração, epor dois motivos fundamentais: por a receberdas mãos de um grande, velho (no bom sentido)

e querido amigo, que o Professor Carlos AmaralDias, e pela circunstância desta distinção advirde uma instituição que não é apenas sumamen-te credível , mas também se integra numapanóplia de distintas instituições, à qual nãopodemos ser indiferentes.”

O Professor Carvalho Homem acrescentouainda querer “recordar a memória do ProfessorFerreira Gomes, um dos mestres mais notáveise distintos que eu tive a honra de conhecer, eque soube tornar o seu magistério de raríssimaqualidade intelectual e humana.”Por seu lado, o Professor Doutor Carlos AlbertoAfonso usou da palavra, em nome de todos osque tinham acabado de ser nomeados Membrosde Honra do I.B.E.S., e salientou que “o Institu-to Brasileiro de Estudos Sociais não é apenas uminstituto de Ciências Sociais, não é apenas maisuma faculdade brasileira, mas é, antes, o maisimportante instituto de Ciências Sociais da Amé-rica Latina.O facto do I.B.E.S. reconhecer ao nosso Institutoa qualidade de um seu igual, é um sinal do mo-mento académico que esta instituição está a vi-ver, é um sinal de reconhecimento internacio-nal, e é sobretudo a ideia que o Instituto MiguelTorga não é, hoje, apenas um lugar onde se for-mam pessoas, dando aulas, mas é uma institui-ção produtora de conhecimento.”

Os novos “Membros de Honra” do IBES

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Comenda Cultural e Cívica“Cruz do Mérito Humanitário”

Prof. Doutor Amadeu Carvalho HomemDra. Emília Gomes da Silva Corga Ma-

chadoProf. Doutor Joaquim Ferreira Gomes

(a título póstumo)Prof. Doutor José Henrique Rodrigues

Dias

“Membros de Honra” do IBES

Prof. Doutora Alcina Maria CastroMartins

Prof. Doutor Carlos Alberto AfonsoDr. Cipriano Rodrigues MartinsDra. Dulce Serra SimõesDr. Eduardo José da Silva Tomé

MarquesDr. Henrique José Lopes FernandesDr. Henrique Nunes Vicente Amaral DiasDr. José Filipe de Castro Nunes VicenteDra. Maria Cândida Tavares PinheiroDra. Maria Cristina Garcez dos Santos

QuintasDra. Maria Helena Fernandes MouroProf. Doutora Maria João Xarepe da

Costa PereiraDr. Mário Nobre JoãoDr. Vasco Alves Sousa Almeida

JFA / Andrea Marques

Em declarações ao Boletim Informativo, a viúvado Professor Doutor Joaquim Ferreira Gomes, Dra.Laurinda Ferreira Gomes, disse que “Isto foi o reco-nhecimento do Instituto pela dedicação do meu ma-rido ao ensino, e ao próprio Instituto também.”, en-quanto o Professor Doutor José Henrique Dias refe-ria que, “antes de mais, é uma grande honra ter rece-bido a Comenda do Mérito Humanitário, de uma ins-tituição com a grandeza e com o prestígio científicointernacional como é o I.B.E.S. Por isso, efectivamen-te, tenho um grande orgulho em receber esta distin-ção.” Por seu lado, a Dra Emília Corga recordou quejá trabalha há 26 anos no I.S.M.T., e por isso, “sendoesta condecoração entregue pela mão do ProfessorAmaral Dias, como Director desta instituição ondetrabalho há tanto tempo, penso que ela me foi entre-gue pelo reconhecimento do meu trabalho, e vou fa-zer tudo para a continuar a merecer, porque semprehonrei o nome desta escola.”

A Mestre Sara Lopes Borges, Secretária do IBES, no início da cerimónia

Um momento convívio após a cerimónia

QUADRO DOS CONDECORADOS

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Prof. Doutor AMADEU CARVALHO HOMEMé licenciado em Filosofia, pela Universidade deCoimbra, onde também fez o Doutoramento emHistória Moderna e Contemporânea.É docente das licenciaturas em História e em Jor-nalismo, na Universidade de Coimbra, e criou aLicenciatura em Ciências da Informação no Ins-tituto Superior Miguel Torga, em 1996. É tam-bém Conferencista permanente do Instituto deAltos Estudos da Força Aérea, no âmbito doscursos de formação para Oficiais Generais.Em termos bibliográficos, destaque para asobras “A propaganda republicana. 1870—1910”e “Da Monarquia à República”. Colaborou na“História de Portugal” dirigida por José Mattoso,na “História de Portugal” dirigida por JoãoMedina, e colaborou também na obra “Históriade Portugal” editada em Bauru (S. Paulo - Bra-sil) pela Fundação UNESP-Editora e pela Uni-versidade do Sagrado Coração (EDUSC). Temainda algumas dezenas de artigos, referentes àHistória Contemporânea portuguesa, espalhadospelas mais prestigiosas revistas universitárias, A convite do então Presidente da República,Dr. Mário Soares, proferiu em 1989, em PontaDelgada, uma alocução sobre a vida e a obra deTeófilo Braga, no âmbito da Presidência Abertaque decorreu no arquipélago dos Açores.Pertence, desde 1989, ao Conselho Directivo doCentro de Documentação “25 de Abril”.

Mestre EMÍLIA GOMES DA SILVA CORGAMACHADO é licenciada em Serviço Social, peloInstituto Superior de Serviço Social de Coimbra,licenciada em Política Social, pelo Instituto Su-perior de Ciências Sociais e Políticas da Univer-sidade Técnica de Lisboa, e concluiu o Masteren Gerencia de Servicios Sociales, na Universi-dade da Extremadura (Espanha).Coordenou o Projecto de Luta Contra a Pobrezade Mulheres em Situação de Risco/Prostituição,de 1991 a 1996, apoiado pelo Comissariado deLuta Contra a Pobreza do Norte.Docente, desde a sua fundação, no Instituto Téc-nico Artístico e Profissional de Coimbra (ITAP),até ao ano lectivo 1995/96, leccionou tambémno Instituto Superior de Serviço Social deCoimbra, actual Instituto Superior Miguel Torga,desde 1976, na Licenciatura em Serviço Social.Exerceu, igualmente, cargos de Gestão no ISSSC,actual Instituto Superior Miguel Torga, desde oano lectivo 1976/77.Actualmente, é Vice-Presidente do ConselhoDirectivo e do Conselho Científico do ISMT,Membro do Conselho Administrativo e daAssembleia de Representantes, sendo tambémResponsável pelo Departamento de FormaçãoPermanente, e Directora Académica do ISMT.

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Prof. Doutor JOSÉ HENRIQUE DIAS é licenci-ado em História, pela Universidade de Coimbra,com Pré-Especialização em História do Absolutis-mo e Génese do Liberalismo.É Mestre em História Cultural e Política, pela Uni-versidade Nova de Lisboa, e Doutor em História eTeoria das Ideias, com a Especialidade de Históriadas Ideias Sociais, também pela UNL.No campo da docência, é Professor Apº. da Uni-versidade Nova de Lisboa, Professor do InstitutoSuperior de Comunicação Empresarial e do Insti-tuto Superior Miguel Torga. É, também, ProfessorConvidado da ULBRA (Universidade Luterana doBrasil), e da Universidad de Extremadura(Espanha).É investigador do Centro de História da Cultu-ra, da Universidade Nova de Lisboa, membrodo Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, e inte-grou o Plano Internacional Piedade Popular, emcolaboração com o CNRS de Paris. É, ainda,membro do Conselho de Redacção das revistascientíficas CULTURA- História e Filosofia, Comu-nicação e Marketing, e Interacções.Da sua bibliografia, destacam-se as obras: JoséFerreira Borges. Política e Economia; A Carta Consti-tucional Prometida; O Rosto e o Espelho. A sociedadelisboeta e o teatro romântico (1838-1870); “Poliedro”sociocomunicativo (tese de doutoramento).

Prof. Doutor JOAQUIM FERREIRA GOMEScompletou o Curso Teológico no Seminário deCoimbra, licenciou-se em Filosofia, na Universi-dade Gregoriana de Roma, e licenciou-se em Ci-ências Histórico-Filosóficas, na Universidade deCoimbra, onde também fez o Doutoramento emFilosofia.Fez parte do Gabinete do Ministro da EducaçãoNacional, Professor Doutor Veiga Simão, em 1973.Foi Presidente da Comissão Instaladora do Cur-so Superior de Psicologia, e Presidente do Con-selho Directivo e do Conselho Científico da Fa-culdade de Psicologia e de Ciências da Educa-ção, da Universidade de Coimbra.Na qualidade de docente, leccionou no Seminá-rio Maior de Coimbra, no Instituto Superior deServiço Social, na Faculdade de Letras e na Fa-culdade de Psicologia e Ciências da Educação.Autor de uma vasta bibliografia, podem desta-car-se as obras, “Dez Estudos Pedagógicos”, “AEducação Infantil em Portugal”, “Estudos paraa História da Educação no Século XIX”, “O Mar-quês de Pombal e as Reformas do Ensino”, “No-vos Estudos de História e Pedagogia” e “A Mu-lher na Universidade de Coimbra”. Publicoumais de uma centena de artigos em Revistas Ci-entíficas, nacionais e estrangeiras, e foi membrode várias Sociedades Científicas, nacionais e in-ternacionais.

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Estela Pereira introduziu aconferência afirmando que “éimportante discutir as grandesmudanças que estão a ser fei-tas no ensino superior, a níveleuropeu, no âmbito do Proces-so de Bolonha, e as implica-ções que elas têm.” Um dosinstrumentos dessa mudança,que contribui para uma maiormobilidade dos estudantes, éo Europe Credit TransferSystem (ECTS).

O Processo de Bolonha

O ECTS apareceu “de uma forma muito modesta, estan-do exclusivamente ligado ao problema da mobilidade dosestudantes”, disse a oradora, acrescentando que “dado exis-tirem diversos sistemas de ensino e atribuição de notas, en-tre os vários países, o ECTS foi a solução encontrada paraultrapassar estas diferenças, facilitando a comparação entreos diferentes modos de formação nos diversos países”. Foiassim que surgiu o sistema de atribuição de créditos às vári-as disciplinas, complementou a conferencista, “como umaforma de medir o trabalho exigido ao estudante relativamen-te a cada uma das disciplina no plano curricular”.

O E.C.T.S.

Após esta introdução, Estela Pereira falou um pouco so-bre a história de todo este percurso, para lembrar que “du-rante os primeiros anos, o sistema de créditos passou umpouco à margem da universidade como um todo, porque emcada universidade existia apenas um departamento envolvi-do neste processo, e não havia uma reflexão profunda sobreo modo como os créditos eram atribuídos. Isso aconteceu emPortugal e em toda a Europa”. Depois, a conferencista escla-receu que, para generalizar a mobilidade e o reconhecimen-to, “é necessário que exista uma confiança mútua e um co-nhecimento mútuo entre as instituições. Um instrumento fun-damental é a existência de um sistema de créditos aceite uni-versalmente na Europa, e que sirva também para acumula-ção.”

Inicialmente, segundo a oradora, “o ECTS funcionava ex-clusivamente para mobilidade dos estudantes, mas neste mo-mentos já se fala no ECTS para acumulação de créditos. Qual-quer curso do ensino superior deverá estar organizado emunidades de crédito. A própria Declaração de Bolonha refereque se o ensino superior europeu quer ser competitivo, aprimeira coisa a fazer é mostrar uma imagem de coerênciapara fora da própria Europa”. Um sistema único de acumu-lação e transferência de créditos representa um instrumentoimportante para se alcançar esse objectivo.

Partindo de uma análise da “Declaração de Bolonha”, aDra. Estela Pereira explicou que “para nós podermos res-ponder em termos colectivos, pelo ensino superior, é neces-sário que haja uma avaliação da qualidade.”

Estela Pereira enunciou de seguida os pontos de partidado ECTS, para explicar que este se baseia “no trabalho anualde um estudante, e é comparável em diferentes países e sis-temas de ensino. Essa quantidade de trabalho é medida por

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60 créditos. Estes créditos serão distribuídos pe-los diferentes módulos de ensino de forma pro-porcional ao trabalho exigido. O projecto Erasmusmostrou que, de facto, 60 créditos, ou seja, umano de trabalho numa universidade é compará-vel a um ano de trabalho noutra, com objectivosde formação comparáveis”, explicou a conferen-cista.

A oradora comparou o ECTS com o SistemaNacional de Créditos e esclareceu que “nos cré-ditos nacionais transforma-se onúmero de aulas num número decréditos através de uma fórmula,enquanto que no ECTS os crédi-tos são distribuídos proporcional-mente ao trabalho que é exigidoao aluno. No ECTS não há, por-tanto, uma relação directa entrecarga horária e créditos, e por issoé possível quantificar de formadiferente as componentes do en-sino, consoante o trabalho exigi-do.” Fazendo um resumo compa-rativo, Estela Pereira consideroupoder chegar-se à conclusão queo ECTS tem vantagens: “O ECTStem uma grande vantagem que éaceitar formas de práticas peda-gógicas diversificadas. O ECTSobriga a uma reflexão sobre a organizaçãocurricular, e permite uma comparação mais fácilentre programas de estudo a nível nacional e in-ternacional. Acima de tudo, é um sistema euro-peu.” A conferencista explicou ainda que o ECTSse pode alargar para uma educação ao longo davida, para competências adquiridas fora do siste-ma regular de ensino e, como recomenda a “De-claração de Bolonha”, como sistema de acumula-ção de créditos.

A Declaração de Bolonha refere como pontoimportante para a competitividade do ensinosuperior europeu a empregabilidade dos gradu-ados. O projecto “Tuning” Higher EducationStructures in Europe fez um estudo sobre o queos empregadores, graduados e docentes consi-deram as competências mais importantes que oensino superior deve fornecer. Essa análise dascompetências feita “a nível europeu, envolveucerca 6000 alunos e cerca de 500 empregadores.Os resultados foram extremamente interessantes,tendo sido registada uma coincidência entre asrespostas dadas pelos empregadores e pelos no-vos graduados. Quando as mesmas perguntas

foram feitas aos professores, estes tenderam avalorizar mais o conhecimento e menos as capa-cidades.”

Estela Pereira concluiu que se verifica, cadavez mais, a necessidade de os alunos graduados“já saberem fazer, quando chegam ao mercado detrabalho, e rematou: “A Europa está a mexer, masainda tem que alterar muito das suas formas deensino, inclusivamente, se quer tornar-se compe-titiva com o resto do mundo”.

AS DÚVIDAS

Mais à frente na sua exposição, e em relação àatribuição de créditos ECTS, a conferencista lan-çou algumas questões: “Como é que nós pode-mos avaliar a quantidade de trabalho do estu-dante? Que tipo de trabalho eu vou exigir aosmeus alunos para atingir os objectivos?; e escla-receu, “eu tenho que atribuir créditos que sãoproporcionais à quantidade de trabalho que vouexigir ao aluno. Assim, há uma necessidade dereflectir sobre as metodologias de ensino. Atéagora, o ensino era centrado no professor, mascom o ECTS o importante é o que o aluno apren-de.” Esta mudança de atitude obriga a uma refle-xão dos professores sobre os seus métodos deensino e conteúdos da formação.

Prosseguindo, Estela Pereira afirmou que “oECTS é um instrumento, não é um fim em si, eajuda a tornar os nossos cursos inteligíveis. Poroutro lado, também é importante referir que ocrédito não indica o nível de estudo, o créditosozinho não diz nada, é necessário que esteja en-quadrado no plano de estudos.”

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A abordagem da oradora passou depois paraum outro plano, tendo sido afirmado que “exis-tem algumas diferenças entre a acumulação e atransferência de créditos. Na acumulação o pro-grama de estudos está perfeitamente definido, odiploma é atribuído quando o aluno completatodas as disciplinas, e o eventual reconhecimentode créditos feitas noutras instituições ficam aocritério da Instituição que concede o grau.. Natransferência de créditos, num programa de mo-bilidade, existe um acordo prévio com a outrainstituição.”

O PROGRAMA “ERASMUS”

Em relação ao programa Erasmus, a conferen-cista esclareceu que “todo o aluno deve levar umdocumento prévio, assinado por ele, pela insti-tuição de partida e pela instituição de acolhimen-to, que define as disciplinas que ele lá deve fa-zer.” Ainda relativamente a este programa, a ora-dora explicou que tem sido bastante complicado“saber ler” as notas que são atribuídas nos ou-tros países. Estela Pereira deu o exemplo da Itá-lia, que tem uma escala de 0 a 30, e usa pratica-mente as notas de passagem entre 26 e 30, “querdizer que os alunos trariam notas entre 17 e 20valores, o que não é a tradição na nossa classifi-cação.”, disse. Por isso, prosseguiu, “é necessá-rio ter um certo cuidado ao fazer a conversão,porque aquilo que é válido para as Ciências Soci-ais pode não ser válido para a área do Direito, daEngenharia ou da Medicina. Assim, não é possí-vel fazer escalas universais”, concluiu.

Depois, a oradora esclareceu que para umamaior clarificação na atribuição das notas foi feitauma escala complementar, que é baseada apenasna distribuição de notas entre os alunos de umdeterminado ano / semestre ou disciplina. As-sim, a acompanhar a nota, na escala nacional, éusada uma letra de “A” a “E”. A letra “A” é atri-buída às 10% melhores classificações , a “B” às 25% seguintes, a “C” às 30% na média, “D” às 25%logo abaixo da média e “E” às 10% mais baixas. Èfácil encontrarmos exemplos de disciplinas emque, por exemplo, 14 pode ser um “B” ou um“C”, dependendo por vezes da área da discipli-na. Estela Pereira terminou a conferência infor-mando que há cada vez mais adesões, por partedas instituições, ao ECTS. “As universidades pú-blicas já propuseram ao Ministério que o ECTS

passe a ser adoptado como Sistema Nacional deacumulação de créditos, esquecendo o anteriorsistema. Curiosamente já tive a oportunidade defalar com o Professor Victor Crespo que introdu-ziu o sistema antigo, e ele reconhece que este ésuperior.”, concluiu a conferencista.

Andrea Marques

Estela Pereira:“Se o ensino superior europeu quer ser competitivo,tem que mostrar uma imagem de coerência para forada própria Europa.”

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Francisco Amaral começou por colocar as novas tecnologiasutilizadas na educação em dois níveis distintos “na utilização dainformática, no sentido tradicional do termo, há quem utilize oscomputadores como suporte para o ensino, e na distância emrelação à tradicional fonte de captação de conhecimento. Estadistância torna-se cada vez mais perigosa. É meio caminho paradiminuir a veracidade da pesquisa, a profundidade das coisas.”

Para o conferencista, a grande atracção do hipertexto é “acirculação em torno de páginas que se abrem a novas realidadese conexões que nunca seriam possíveis no texto de suporte físi-co. Os estudos em Portugal sobre o assunto não estão muitodesenvolvidos, não há investigação e conclusões como, por exem-plo, nos EUA, onde foram feitos estudos sobre o ensino univer-sitário e a utilização da Internet. “. “A Internet é um procedi-mento tecnológico que provém da ideia de criar uma redeindestrutível. Foi trazido para a educação, mas é provenientedos Serviços de Segurança Militar norte-americano, que desen-volveram a rede. Quando passou para os meios académicos,não era este processo tão atractivo como é agora. Até 1995 aInternet, em Portugal, não era mais do que a Internet de umaparte da comunidade académica, mais ligada à Informática e àsCiências Não Sociais. Eram muito utilizadas as BBSs e formasmuito fechadas de troca de informação. A partir de 1995 as coi-sas alteraram-se com rapidez”, afirmou Francisco Amaral.

À medida que ilustrava a conferência com imagens, o confe-rencista deu um conselho para os novos cibernautas “para quemnão sabe nada sobre Internet, pode começar por aqui. É umaexcelente forma de começar, pelo endereço :www.estudar.org/pessoa”.

Na conferência sobre“Novas tecnologias naEducação”, FranciscoAmaral afirmou “ porum lado, há um grandeentusiasmo, mas poroutro existem muitasinterrogações e dúvidasacerca do interesse edo perigo de serem uti-lizadas.”

Novas tecnologias na Educação

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No domínio da educação “a pesquisa naInternet e o correio electrónico são as duas com-ponentes mais importantes. A questão do cor-reio electrónico, o contacto fácil que existe entreprofessores e alunos, põe em causa a distânciaentre eles, cultivada pelos detentores do conhe-cimento. Quanto à pesquisa, sobretudo abre re-ceios”, realçou o orador.

“Porque é que um livro é credível e uma pá-gina na Internet não é ?” foi a pergunta que Fran-cisco Amaral lançou, acrescentando “o proble-ma é que os livros têm uma editora, têm alguémque se responsabiliza e há páginas na Internetque não são responsabilizáveis. Não vejo quehaja uma diferença tão grande quanto isso entrea credibilidade de um livro e as páginas naInternet.”

Devido à utilização da Internet no universodo ensino, houve uma diminuição de consultasnas bibliotecas e nos livros. O conferencista re-velou uma conclusão a que estudos sobre esteassunto chegaram “as consultas nas bibliotecasestão a ser feitas, a maior parte das vezes, apósconsultas na Internet. As consultas nas bibliote-cas são muitas vezes provenientes de algo quese encontrou na Internet (extractos de livros, pe-quenos resumos que estão na Internet). Depois,é possível imaginar que remeta para a necessi-dade de ir ver o livro.”

Durante a conferência, Francisco Amaral mos-trou aos presentes vários exemplos. “Muitaspáginas educativas são feitas para obter respos-ta através da Web. Por exemplo, através do emailo professor pode ser contactado a qualquer horae responder ao aluno. Foi uma forma muito có-moda de ultrapassar a falta de gabinetes paraatender alunos. Os webquests, outra forma deutilizar a Net na Educação, são lúdicos, mas tam-bém têm uma parte de avaliação. Há diversasinformações sobre as tarefas e o processo de asrealizar. Para realizar a tarefa é preciso seguirtodos os passos do processo. Há um sistema de“linkagens” interno, e esta interacção é funda-mental.”

Para concluir, Francisco Amaral afirmou “ac-tualmente, é possível estabelecer um diálogo on-line em tempo real através das webcam. Por ve-zes, gostaríamos imenso que os nossos alunostrocassem ideias com certas personalidades dasmais diversas áreas. Com as novas tecnologiasisso passou a ser possível. Dentro do mundoacadémico, até particularmente no estrangeiro,há muita gente disponível para estabelecer este

Francisco Amaral

É licenciado pela Escola Superior de Belas Ar-tes de Lisboa, e frequentou a licenciatura emHistória da Arte, na Universidade de Coimbra.Actualmente, é docente na Escola Superior deEducação de Coimbra, onde lecciona cadei-ras nas licenciaturas em Comunicação Sociale Design e Comunicação Multimédia, e no ISMT,onde lecciona cadeiras na licenciatura em Ci-ências da Informação.No campo profissional, tem uma vasta activida-de ligada aos média, que vai da rádio à televi-são. Na área televisiva, já trabalhou para a RTPe SIC; no domínio da rádio, já trabalhou naRDP e TSF, de que foi Director de Programas,para a região centro.

contacto, seja através de e-mail, chat (conversaon-line) ou Netmeeting (através de câmaras devídeo ligadas à internet) . A distância ficou mui-to mais pequena.”

Andrea Marques

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CÂMARA OCULTA,2003

Mais um mês de Maio passou, emais uma “Queima das Fitas”ficou para trás. Diz o fado que“Coimbra tem mais encanto nahora da despedida”. Mas será aqueima das fitas uma despedi-da? Ou é apenas mais um anolectivo que se aproxima do fim,na prenhe certeza de que umoutro começará, alguns mesesapós?Este ano, o Boletim Informativoparticipou na “Queima”, com osalunos de Ciências da Informa-ção, para sentir as emoções, eauscultar sentimentos, anseios,alegrias... e não só.

Lágrimas. Nalguns rostos, muitas; noutros, menos...mas lágrimas. Lágrimas de saudade – já – por um tem-po que, se adivinha, não volta mais. Lágrimas de angús-tia, por ver chegar ao fim – de modo tão rápido – umtrabalho que tão intensamente tinha sido vivido, ao lon-go dos últimos, escassos, três ou quatro meses.

Tinha terminado o “cortejo”!O “nosso” carro, o “Câmara Oculta”, tinha feito su-

cesso... e certamente muitas filmagens. Eles, os que nosviam passar, e sorriam com os nossos cânticos e os nos-sos gritos, eles, os que, incessantemente, nos pediamcervejas, nem imaginavam que estavam a ser filmados,gravados na fita das nossas memórias, já que os nossosolhos eram as objectivas da máquina de filmar que é onosso cérebro. Todos eles ficaram gravados, com maiorou menor nitidez, na memória de cada um de nós. To-dos gravados... na nossa “câmara oculta”.

Mas para que tudo isso fosse possível, naquele dia,muito trabalho tinha, já, ficado para trás. Alguns dosque participaram nesse trabalho (e o Boletim Informati-vo não podia ouvir todos), contaram-nos o que custou, eo que significou esta etapa da vida académica.

Ricardo Duarte / Mário Gaspar / JFA

A festa no carro de Ciências da Informação

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Os Quartanistas de CI, e as respectivas assinaturas

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Rute Melo

Quanto é que custou o carro?Cerca de 4.500 euros.

De que material era feito?Papel, próprio para as flores; a estrutura foi feitade arame, que foi oferecido pelo pai de uma cole-ga nossa, e ferro soldado.

Quantos guardanapos de papel foram utiliza-dos?Nós fizemos quase 65 mil flores, mas foi um exa-gero, porque sobraram cerca de 10 mil.

O símbolo do carro (uma câmara oculta), o quesignificava?Nós somos alunos de Ciências da Informação e,apesar de a grande maioria das pessoas querer irpara Publicidade e Marketing, ouve-se falar emCiências da Informação e pensa-se logo em Jor-nalismo. Chegámos a um consenso, tendo em con-ta aquilo que se viu nos anos anteriores, porque acâmara de filmar nunca ninguém tinha feito

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Claro, super-especial. De certeza que nunca maisvai haver uma “Queima” como a deste ano. Sen-timos que somos os protagonistas da festa.

Quantas horas investiste na realização do carro?Muitas. Falando em dias, são três semanas a tra-balhar a fio, a sério.

Qual a memória que te fica deste cortejo?Fica tudo, é tudo inesquecível. Não há nenhummomento mais especial do que outro.

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?Completamente. Dificilmente o próximo cortejoserá tão bom, porque este foi muito bom, de facto.

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?O nome Câmara Oculta surgiu mais pelo nomedo que por outra coisa qualquer. As pessoas gos-taram do nome, até talvez porque no curso deCiências da Informação somos um bocado isso,andamos à procura de toda a informação, e te-mos de nos esconder um bocado, ou seja, as coi-sas não nos aparecem, temos de ir em busca dainformação, portanto, de certa forma essa infor-mação está oculta, e daí a Câmara Oculta.

Fernanda Amado

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Tem. Este ano é o ano em que nós nos dedicamosmais à queima das fitas. No primeiro ano tam-bém o tínhamos feito, mas o 4º ano é mesmo aque-la emoção...

Quantas horas investiste na realização do carro?Dias. Não pode ser contabilizado em horas, émesmo dias. Talvez duas, três semanas.

Qual a memória que te fica deste cortejo?A memória mais forte que me fica é a do final,em que toda a gente chorou. Toda a gente se di-vertiu muito mas, no fim, toda a gente fica...

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?É. É a emoção, mesmo. Não dá para traduzir empalavras... é aquilo que se sente mesmo...

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Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Era bem oculta. Entre outras ideias foi a queagradou a toda a gente. Tinha um bocadinhomais a ver com o curso. Não resultou muito bem,porque saiu mais tipo “um caixote”, não era bemuma câmara. Era oculta, estava mesmo oculta,ninguém a identificou...

Guida Cunha

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Claro. Foram muitas emoções juntas. É diferen-te. Estivemos todos unidos, neste dia. Emboratenha havido vários problemas antes de fazer ocarro, acabámos por estar todos unidos. Eu gos-tei imenso, de facto.

Quantas horas investiste na realização do carro?Foram muitas horas a fazer as flores de papel, adecorar o carro, foram muitas horas... Diariamen-te, foram umas 6 ou 7 horas, durante três sema-nas... fazer flores, carro, tudo...

Qual a memória que te fica deste cortejo?É um dia diferente, é o dia em que vamos nocarro, trabalhámos todos em conjunto, e... é dife-rente... as sensações são diferentes... há um tra-balhar para alguma coisa, por um objectivo.

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?É diferente, muito diferente. A tradição tambémtem um bocadinho a ver com isso...

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Uma câmara de filmar, uma câmara oculta... Não

saiu nada bem... Entrámos todos em consenso ecomo não tinha havido outras ideias... Acho quefoi a única ideia que nos ocorreu, acho que foilogo à primeira, até porque há pessoas que que-rem seguir jornalismo, há pessoas que queremseguir jornalismo televisivo.

Kim Napoleão

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Tem um grande significado. Foi fantástico!

Quantas horas investiste na realização do carro?Não têm conta. Foram vários dias, muitas horasmesmo. Talvez umas quatro horas por dia, du-rante 5 ou 6 dias. Não me recordo muito bem.

Qual a memória que te fica deste cortejo?Uma memória que fica guardada para sempre...foi fantástico. Não há palavras que descrevam oquanto foi bom.

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?É totalmente diferente, não tem nada a ver. So-mos os reis, os maiores!

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Tentava ser (risos)... Alguém surgiu com essaideia, gostámos todos e ficou.

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Nuno Lobo

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Tem muito. Acho que é o ano por que todos ansi-amos. Chegar ao 4º ano é o concretizar de umsonho. A construção do carro, globalmente, foitodo um espaço de divertimento, por um lado, ede concretização desse sonho, por outro.

Quantas horas investiste na realização do carro?Talvez 5 ou 6 dias, a trabalhar 6 horas por dia.

Qual a memória que te fica deste cortejo?É um dia especial, um dia mágico. Não tenhopalavras para explicar como é que foi o dia. Sómesmo indo, só mesmo participando.

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?Não tem nada a ver. Tu, estando do lado de fora...veres, é bonito sem dúvida... mas, estares lá den-tro e ver o trabalho realizado, e estares a concre-tizar um sonho... é mágico, aquilo é mágico! Sen-tes-te como uma estrela! É mesmo isso.

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Porque está ligada um pouco ao nosso curso, etambém à matéria que demos até ao 4º ano. É umpouco isso, é um tema especial.

O carro de Ciências da Informação

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Ricardo Marques

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Tem. Este ano foi o melhor ano. Deu muito tra-balho e deu algumas chatices , mas foiespectacular, valeu a pena. No fim, valeu muitoa pena.

Quantas horas investiste na realização do carro?Não dá para dizer. Muitas mesmo.

Qual a memória que te fica deste cortejo?É inesquecível!

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?Claro. Este ano, talvez por ter dado tanto traba-lho, a turma chateou-se muito, mas depois ficoutudo unido. Mesmo na hora do trabalho, unimo-nos todos (quase todos), apesar de haver sempreaqueles que trabalham mais. Mas, no fim, é sem-pre recompensante.

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Tivemos a ideia da câmara, tivemos a ideia defazer o desenho do carro como uma câmara, e onome surgiu depois. Tínhamos vários nomes, masacabámos por escolher a “Câmara Oculta”.

Ricardo Silva

Este ano, devido ao carro, tem algum significa-do especial?Tem um significado especial porque é o ano emque, grosso modo, todos trabalhámos em con-junto, e queremos assumir uma posição peranteCoimbra, que é a de dizer a Coimbra que somosquartanistas, e estamos quase a acabar o curso; etodas aquelas noites que vivemos desde o pri-meiro dia da “Queima” é para assinalar um fac-to: esta vida de estudante está a acabar, e é comsaudade que a vamos deixar.

Quantas horas investiste na realização do carro?Em termos de horas é um bocado difícil estar acontabilizá-las, mas posso dizer que houve umdia que me levantei às cinco da manhã, para le-var o carro para a GNR às seis. Mas, a dividir portodos, devemos ter empenhado três ou quatrodias, na realização do carro.

Qual a memória que te fica deste cortejo?A memória que me fica, antes de mais, é que amalta devia ter metido “bocas” no carro, porqueo que caracterizava, e caracteriza a queima, aindahoje (embora cada vez menos), são as “bocas”,porque nós, estudantes, sentimos na pele as coi-sas que o governo não faz e devia fazer.Mas para além disso, fica-me a memória de umgrande amigo, o Nuno Lobo, com quem fiz umajura, quando entrámos (que eu não vou dizer ago-ra, obviamente), e que está a ser cumprida atéagora, e fica-me na memória também um outro

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amigo, o Nuno Silva, com quem me emocioneidurante o cortejo, e chorámos os dois, abraçados.São estas as memórias que ficam.

É diferente da memória dos cortejos dos outrosanos?É. É um ano marcante, apesar do primeiro anotambém o ser. Mas quase de certeza absoluta queo quarto ano é o mais marcante. Há determina-das coisas que só sentindo, só passando lá é queas pessoas sentem, e é muito difícil descrever,com palavras, aquilo que sentia. O quarto ano é,efectivamente, muito diferente.

Porquê o símbolo de uma câmara oculta?Isso foi um nome que foi proposto, e votado pelamaioria da Comissão de Curso. Aquilo que nósdesenhámos no papel, não o conseguimos trans-por para a realidade, e foi por isso que o carroestava assim um bocado esquisito. Não foi o quenós queríamos, mas foi o possível.

Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,É ver que na vindimaDe cada sonhoFica a cepa a sonhar outra aventura...E que a doçuraQue se não provaSe transfiguraNuma doçuraMuito mais puraE muito mais nova...

Neste momento de pós-lágrimas e quase certeza de que nenhuma outra queima das fitas voltará agerar as sensações e emoções que esta gerou, talvez valha a pena lembrar um poema de MiguelTorga, que fala da “Confiança”, todos os dias, e sempre, ao longo da vida.

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Colóquio Interacções

Os Professores Carlos Amaral Dias, e CarlosAlberto Afonso, o Dr. Carlos Magno e o General Lou-reiro dos Santos foram os convidados para este coló-quio organizado pela revista “Interacções”.

O Director do ISMT, Professor Amaral Dias, fezuma breve introdução do colóquio, afirmando que“a sociedade portuguesa é apenas um eco das suaspróprias conflitualidades e das opiniões que dividemos vários componentes dessa mesma sociedade, e étambém um eco daquilo que se passa em toda a Eu-ropa e um pouco por todo o mundo”. Por isso, conti-nuou, “Não espero deste colóquio um discurso quemantenha a discussão a um nível morno. Vamos ter,aqui, vários pontos de vista que eu espero que nãocolham a unanimidade de ninguém, e que criem umadiscussão séria sobre o assunto”.

Os conferencistas: General Loureiro dos Santos, Professor Carlos AmaralDias, Dr. Carlos Magno, Professor Carlos Alberto Afonso

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“ O terrorismo visa o terror, enquanto efeitoda acção terrorista “

O General Loureiro dos Santos fez umaabordagem das questões do terrorismo e

do terror. Segundo o conferencista, existe nes-te momento (de pós-Guerra Fria) “um centro,de natureza imperial, que exerce um império pla-netário, usando toda a gama de intervenção es-tratégica”, sendo os Estados Unidos o “actor”que exerce maior poder. Para além dos E.U.A,existem uma série de “outros actores estratégi-cos de natureza global”, sendo “um deles a Eu-ropa, a área da Euro-Ásia, um outro a China,um terceiro o sub-continente Indiano, e tambémalguma importância da Ásia Central, e ainda oMédio Oriente, a África e a América Latina”. Nodia 11 de Setembro, prosseguiu, “ao lado des-tes, surgiu um novo actor estratégico: o terroris-mo global”.

Loureiro dos Santos acrescentou que “o ter-rorismo surgiu à luz dos nossos olhos, com o 11de Setembro, mas ele começou a aparecer nosanos 90”, sendo que este fenómeno teve a suagénese devido ao facto de “em certos países,nomeadamente países com religião muçulmana,o Estado laico ter começado a ser posto em cau-sa”, por “ser incapaz de resolver os problemasnacionais”. O General explicou então que, porisso, surgiram “movimentos que pretendiamsubstituir os estados laicos por movimentos po-líticos inspirados na religião, surgindo assim ospartidos islâmicos, mas simultaneamente, sur-giram elementos mais radicais a disputar o po-der político”.

Na opinião de Loureiro dos Santos, o pro-blema actual prende-se “com esses elementosmais radicais”, os fundamentalistas nacionalis-tas, que “ distorcem o que está escrito no Corão”,isto porque o Corão refere que “em certas situa-ções se justifica a Jihad (Guerra Santa), obede-cendo esta a determinadas regras, sendo umadelas a de que não é permitido o terrorismo”.Contudo, o General afirma que para osfundamentalistas “vale tudo para atingirem osseus fins”, por isso,” introduzem um novo con-ceito no Corão, que é o de martírio ofensivo, noqual as pessoas estão dispostas a morrer parainflingir danos aos outros”, justificando-se as-sim o recurso ao terrorismo. Por isso, o GeneralLoureiro dos Santos considera a questão religio-sa muito significativa, neste contexto do terro-rismo, sendo esta o instrumento da ideologia

política dos partidos. Este facto fica demonstra-do, ao verificarmos que “entre 1992 e 1996 ocor-reram, no mundo, quase 360 atentados terroris-tas, e destes, só cerca de 20 é que não foram denatureza religiosa”.

Guerra psicológica

Carlos Magno iniciou a sua conferência afir-mando que “é no espaço mediático que se travaa verdadeira guerra, a guerra psicológica”. O jor-nalista disse que “nos nossos dias, as palavrassão pólvora, e tomam o lugar de armas,perigosíssimas e terríveis”. Carlos Magno citouFernando Pessoa para dizer que “estamos a vi-ver uma hora absurda”.

Depois, o conferencista recordou as palavrasdo Secretário da Defesa norte-americano, DonaldRumsfeld, que afirmou que os Estados Unidosapenas não tinham convertido, à sua cruzadacontra o Iraque, três parceiros: Cuba, Líbia e Ale-manha. O jornalista lançou, então, uma pergun-ta a todos os presentes: “como é que se reageperante um tiroteio verbal destes?”, e explicou“a minha tese é que o maior império mediáticodo mundo, que é o império americano, está emguerra com o império mediático europeu.”

Carlos Magno continuou o seu discurso ci-tando o General Loureiro dos Santos ao afirmarque “a gramática da guerra está a sobrepor-se àlógica da política”. O jornalista disse que os EUAestão a dominar uma gramática tradicional dalíngua e estão a provocar, com palavras, de modoa que todos sejam postos perante os factos. “Eucostumo dizer que a linguagem precede a polí-tica, como as tendências da bolsa precedem aeconomia que vamos ter a curto e a médio pra-zo”, explicou.

Estabelecendo uma comparação entre aAmérica e a Europa, o jornalista afirmou: “en-quanto que na Europa se discute o poder, nosEUA exerce-se o poder”. O orador analisou ocomportamento do Presidente americano e con-siderou que há uma urgência em mostrar que éo novo imperador e que manda. “Julgo que éisso que está a acontecer neste momento, sobre-tudo a partir do 11 de Setembro”, explicou.

Para tentar explicar a sua visão sobre o queaconteceu em Nova Iorque, Carlos Magno citoualguns teóricos, de entre os quais salientouAdriano Moreira que disse, “nós estamos sem-pre a surpreendermo-nos com aquilo de que

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estamos à espera”, e continuou, “Hollywoodrecebeu o 11 de Setembro, e há outras coisas deque nós estamos à espera, que vão inevitavel-mente acontecer e que nos vão surpreenderquando acontecerem.”

O jornalista explicou que o agenda-settingque se vê no espaço mediático não acontece poracaso, “a mão invisível de que tanto se fala naeconomia está cada vez mais visível naquilo quesão os assuntos que vêm pelo espaço mediático,isto é, há uma mão invisível a controlar o agen-da-setting. É no espaço mediático que esta guerrase trava”. E Carlos Magno acrescentou que “esta

guerra que se trava hoje é uma guerra entre cos-mopolitas e fundamentalistas, é uma guerramediática.”

Seguidamente, o jornalista fez um balançode tudo o que aconteceu desde o 11 de Setem-bro de 2001, e concluiu: “entre o 11 de Setembroe hoje, as coisas passaram-se de um modo ex-cessivamente vertiginoso, é por isso que nãoaconteceu nada, e por isso aconteceram coisasdemais”.

Por seu lado, o Professor Carlos Amaral Diasconcordou com o General Loureiro dos Santos,e afirmou que “o que está subjacente à Al-Qaedae ao fundamentalismo islâmico não é ofenómeno anti-globalização, é uma forma depensar a globalização sobre o pensamento, queé próprio do fundamentalismo islâmico. Paraalém desta questão não tenho dúvidas nenhu-

mas que valerá a pena discutir porque é queapenas 2% do terrorismo contemporâneo é umterrorismo não religioso e porque é que esse ter-rorismo tem uma marca islâmica clara”. O ora-dor salientou ainda que “um dos aspectos histó-ricos e que devia ser chamado à atenção é a rela-ção entre a Europa e os EUA. Para mim, não épor acaso que se chama o Novo Mundo à Amé-rica do Norte e não à América do Sul. Os EUAsão o filho privilegiado da Europa, por isso sechama o Novo Mundo, são o filho bem amadoque acabou por se transformar num pai. Houveuma inversão de papéis. Esta inversão é vista

por nós como uma coisa injusta,pois eles são mais poderosos e tra-tam-nos mal, não nos respeitam.Entre a Europa e os EUA criou-seum fosso que nunca se criou entrea Grécia e Roma. Os gregos foramsuficientemente inteligentes paraperceber que o poder estava emRoma, e tratava-se de ensinar osromanos a pensar em grego”.

A finalizar, o Professor AmaralDias afirmou que “a nossa civili-zação é pós—Kantiana, pós- revo-lução francesa, e nós não precisa-mos de responder em espelho, aosproblemas das perturbaçõesidentitárias árabes, com memóri-as do nosso próprio passado. Se aEuropa tem alguma coisa a trazer,como os gregos trouxeram aos ro-manos, é a possibilidade de lidar

criticamente como pensamento, se o fizermostalvez possamos evitar a emergência da próprialinguagem política norte-americana”.

Andrea Marques / Carla Silva / Ricardo Duarte

A assistência seguiu o colóquio com interesse

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Um grupo de alunos do Instituto Superior Miguel Torga, do 3º ano da Licenciatura em ServiçoSocial, acompanhados pelo Dr. Eduardo Marques, deslocaram-se até à capital egípcia para participa-rem no Projecto “Investimento Artístico nos Tempos Livres”. As actividades decorreram entre 13 e 28de Fevereiro, envolvendo mais de três dezenas de jovens do Egipto, Turquia, Jordânia, Palestina, Grécia,Itália e Portugal.

Este projecto foi financiado no âmbito do programa Europeu EURO-MED, o que significa que acomissão Europeia financiou 70% do custo, sendo o resto assegurado por patrocínios privados.

O programa EURO-MED, tem como objectivos:· Desenvolver e melhorar a compreensão mútua e a coesão entre os jovens ao longo da região

mediterrânea, baseada num compromisso de mútuo respeito, tolerância e diálogo entre várias culturas.· Aumentar a importância das organizações e participação juvenis no desenvolvimento activo de

uma cidadania juvenil, em especial no que diz respeito às mulheres, promovendo a troca de informa-ções, experiências e conhecimentos entre os jovens.

· Facilitar a integração dos jovens na vida social e profissional e estimular a democratização dasociedade civil dos países mediterrânicos.

No âmbito deste projecto, o grupo do ISMT optou pela arte como “matéria prima”, pois a arte éuma linguagem de paz, universal e que desde sempre foi utilizada pelo Serviço Social como umatécnica de intervenção em grupos e comunidades. O cruzamento da arte com os tempos livres permitiulibertar a criatividade, o humanismo, a solidariedade e a compreensão entre as diversas culturas, já quea arte não conhece fronteiras, apela aos sentimentos, é independente de convenções e construçõessociais. Em simultâneo, cruzou-se ainda a arte e o artesanato, de acordo com uma tendência queemergiu nos finais da década de 80, no século XX, em que vários artistas integravam projectos sociais,onde o trabalho de mãos, como forma de artesanato, foi utilizado em “aventuras” que envolviamcrianças em idade escolar, prisioneiros, doentes de instituições psiquiátricas, entre outros casos. Estetrabalho teve origem em dinâmicas de grupo, mas os produtos eram com frequência exibidos,subsequentemente, em eventos artísticos. Desta arte social e terapêutica são nomes de referência Christine

O ISMT NO CAIRO

Os participantes no Projecto

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O Instituto Superior Miguel Torga esteve presente na Semana de Informação Escolar e Profissio-nal, “Olhar o Presente, perspectivar o futuro”, realizada pela Escola Secundária Dr. Joaquim deCarvalho, da Figueira da Foz, nos dias 19 e 20 de Março. O ISMT esteve também presente na Feira deFormação Vocacional do Distrito de Viseu, organizada conjuntamente pelo CAE de Viseu e pelasequipas dos Serviços de Psicologia e Orientação de várias escolas do distrito, no dia 20 de Março, eque teve lugar na Escola Secundária Viriato de Viseu. O Instituto Superior Miguel Torga participouainda no “IV Fim-de-Semana da Juventude da Lousã”, nos dias 11, 12 e 13 de Abril, que se realizouno Parque de Exposições da Lousã.

Estes eventos destinam-se a promover e divulgar a oferta formativa dos vários estabelecimentosde ensino superior, junto dos estudantes com o 9º ano de escolaridade, e também para os que estão afinalizar o ensino secundário.

O Instituto Superior Miguel Torga dá, assim, continuidade à aposta na divulgação dos cursos deLicenciatura que ministra, junto dos potenciais candidatos ao Ensino Superior.

Início do Curso de Pós-Graduação (MBA) em Gestão Autárquica

No dia 11 de Abril teve início o Curso de Pós-Graduação (MBA) em Gestão Autárquica, cujocoordenador científico é o Dr. Henrique Fernandes.

As aulas, que se realizam às sextas-feiras e sábados, irão decorrer até 14 de Novembro de 2003,estando prevista a finalização do curso em finais de Dezembro de 2003.

O Curso de Pós-Graduação (MBA) em Gestão Autárquica visa fornecer formação, no sentido deaprofundar os conhecimentos dos seus participantes e reforçar as suas competências para a definiçãode estratégias de acção e práticas de gestão municipal adequadas.

O ISMT NAS FEIRASDE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR E PROFISSIONAL

Eduardo Marques / JFA

e Irene Hohenbuchler da Austrália, entre outros.Este inovador projecto, em termos de práticas de ensino, foi único no panorama nacional, e é

revelador da dinâmica do ISMT e da sua comunidade estudantil.Num tempo de crise e de conflitos entre nações, a comunidade académica do ISMT afirmou, com

esta iniciativa, a possibilidade real de uma “cultura de paz e de diálogo entre civilizações”.

Em paralelo com esta iniciativa, este grupo de trabalho da Licenciatura em Serviço Social lançouuma ideia intitulada, “Livros em diálogo por uma cultura de paz”, que teve como objectivo, oferecer àrecém inaugurada Biblioteca de Alexandria uma centena de livros, colmatando uma lacuna aí existente,relativa a uma muito fraca representação de nomes da cultura, da ciência e da arte que se faz emPortugal. O Instituto Superior Miguel Torga, Instituto de Emprego e Formação Profissional, e a Livrariade Coimbra “Interlivro” foram as instituições que patrocinaram esta iniciativa.

A biblioteca de Alexandrina, reconhecida pela iniciativa, emitiu diplomas de agradecimento paraas instituições envolvidas, manifestando o seu profundo agradecimento pelo precioso donativo delivros, que assim enriquecerão o conteúdo intelectual desta biblioteca.

Lina Salgueioro

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Num discurso informal, o docente do ISMTfez a apresentação do seu novo trabalho, pegan-do numa critica que lhe tinha sido feita, e quereferia a “falta de opinião”, ou seja, o facto do Dr.Nunes Vicente não ter recorrido a uma opiniãopessoal para fundamentar o seu livro.

O Dr. Nunes Vicente rebateu a critica, afirman-do que “num tempo em que toda a gente temmuita opinião, toda a gente dá muita opinião so-bre muita coisa, Portugal tem dez milhões de trei-nadores de futebol, tem dez milhões de médicos,quando caiu a ponte de Entre-os-Rios, tínhamosdez milhões de engenheiros, num tempo em quetoda a gente fala muito, A Cidade do Ópio”, disse oautor, “é uma historiografia do ópio, que se ba-seia essencialmente em factos e não em opiniões.”

Depois, num alerta acerca do que considerouser “uma guerra silenciosa”, o Dr. Nunes Vicentefalou da discussão de ideias, mas no sentido real,isto é, alertou para a “guerra sem bombas, sembalas, uma guerra que desqualifica a opinião, eque é normalmente um conjunto de pessoas quese arrogam de ter a verdade monopolizante so-bre qualquer coisa. A discussão de ideias estámuitas vezes cortada, porque não se discute aideia, mas o contexto político ideológico.”

PALAVRAS COM ROSTO

Na parte final da apresentação do livro, o au-tor deixou uma mensagem de “liberdade intelec-tual”, recordando tempos ditatoriais, para lem-brar que, agora, “já ninguém nos vai buscar a casapor dizermos o que pensamos, podemos dormirtodos sossegados”.

Na fase de diálogo com a audiência, o Dr.Nunes Vicente recordou o funcionamento dasestruturas burocráticas que vigoram no nosso país,para referir a existência de “falta de pensamentosobre as coisas, de falta de coluna vertebral, e apersistência de uma ideia e um comportamentoque a estrutura burocrática acarinha muito: pen-sarmos aquilo que o chefe manda. Em Portugaljunta-se o pavor ao conflito e à discussão.”

Posteriormente, numa altura em que se falavade prevenção e informação, o Dr. Nunes Vicenterecordou a todos os presentes que “as drogas vão-nos compreender!”, e que Portugal, de uma ma-neira geral, vive desinformado acerca do mundodas drogas. Alertou, por isso, para a necessidadede “quanto mais nós soubermos de uma coisa,mais possibilidade temos de saber navegar nela.Quanto mais soubermos sobre as drogas, maisse torna possível que tenhamos maior capacida-de de as dominar.”

Mário Gaspar

Numa iniciativa coordenada pelo Conselho Pedagógico, foi iniciado no ISMT um novo espaçodedicado à cultura e à troca de ideias. Este novo projecto, intitulado “Palavras com Rosto”, tem comoobjectivos, dar a conhecer um livro, o seu autor, e criar espaço de discussão acerca do tema abordadopela obra.

O primeiro “a dar a cara”, a propósito do seu mais recente livro, “A Cidade do Ópio”, foi o Dr.Filipe Nunes Vicente.

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Maria de Fátima Toscano, docente do Insti-tuto Superior Miguel Torga, editou o seu sextolivro de poesia. Durante a apresentação da obra,a autora afirmou que “a prosa está parada por-que exige um trabalho de construção e convi-vência com as personagens que pressupõe mui-ta disponibilidade. Eu escrevo poesia porquenecessito, é como respirar. A actividade da es-crita de poesia não retira tempo a nenhuma ou-tra actividade, é uma condição para eu conse-guir reorganizar o meu quotidiano; é uma for-ma de pensar e de estar.” Segundo a autora, estelivro “marca o início de uma viragem da minhatrajectória pessoal: é aquele que aparentementetoma como referente um objecto complexo — aidentidade portuguesa. Não tenho a pretensãode abordar tudo o que diz respeito a Portugal,mas é uma abordagem sobre o kitch e sobre opiroso no que diz respeito à nossa identidade.”

Para a apresentação formal deste seu novolivro, Maria de Fátima Toscano escolheu os Pro-fessores Amadeu Carvalho Homem e José Ma-nuel Pureza, que participaram também num de-bate sobre “República, Democracia e Cidadania.”

Durante o debate, o Professor Carvalho Ho-mem afirmou que “O 5 de Outubro, com tudoaquilo que ele conota, representa um passo emfrente no plano da consciência cívica, no princí-pio existencial de que os cidadãos são, ou pelomenos devem ser, iguais perante a lei. A lutapela cidadania empenhada, a ideia de que afinalde contas a pátria é a nossa casa, de que Portu-gal somos nós, de que passa por nós um empe-nho deliberado, consciente e contínuo de cons-truirmos, de fazermos um país, e fazermos des-se país a nossa casa, isto, para mim, é a cidada-nia, é o complexo de valores porque temos quelutar intransigentemente”. Em relação à apresen-tação do livro, Carvalho Homem considerou ser“muito curioso que a Maria Toscano tenha in-cluído no título a palavra Portu, uma identidadeque se trata por tu, que é nossa, que é próxima,e que é emocionalmente vivida. O livro é umaabordagem a este Portugal íntimo e próximo, éuma espécie de psicanálise daquilo que é paranós o modo de ser do português comum, quehabitualmente descobre virtudes insuspeitas so-bretudo nos defuntos. As pessoas morrem, edepois de morrerem descobre-se-lhes um con-

“PORTUGALITO” é poesia

junto de virtudes que antes ninguém viu e nin-guém falou.”

Por seu lado, o Professor José Manuel Pure-za, referindo-se à obra “Portugalito”, sublinhouo que tinha sido dito pelo Professor CarvalhoHomem, e concluiu afirmando que “nestePortugalito, que se imagina centro mas que nuncadeixou de ser periferia, multiplicam-se, comocogumelos, discursos reveladores de trágicasperdas e dolorosas orfandades. Não faz sentidoeducar para a cidadania, mas sim educar na ci-dadania. Aposto que o Portugalito, acoitado eacarinhado nos versos da Maria Toscano, podemudar. E aposto que essa cidadania existente, ea democracia alargada, hão-de estar no centrodesse caminho.”

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a Pedra do Sítio da Fala

só tocaste A Pedrano Sítio da Fala:içou-se o cavalobramiu a ovelharolou o cajado

— no Sítio da fala.

já rachaste A Pedrano Sítio da Fala:orou o Cavaleiro

sorriu o Timoneiromiou o felino

— no Sítio da Fala.

laboraste A Pedrano Sítio da Fala:rosou o coração

rosnou nenhum cãorelinchou O Bodevoaram As Anjasrolaram Espadas

fenderam-se As Horasvolteou o aventalo xaile e o burnalgemeu O Farol

meneiam-se As SaiasSete Barcas-Mães

Sete Cantos-Dardoscântaros do BarroSarças da Metade

— Sete Saias-Mães.

laboraste A Pedraemudece A Fala

— no Sítio da Pedranasce a Pedra-Lava.

(Coimbra, Café Santa Cruz, 30 Jul. 2001)

Muitos responderam ao convite para a apresentação do livro.

Os Professores Amadeu Carvalho Homem e José Manuel Pureza, apre-sentaram a obra.

Fátima Toscano: “Escrevo poesia porque neces-sito: é como respirar.”

Andrea Marques

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MESTRADOSMARIA JOSÉ ROVISCO FERNANDES PEREIRA PAI-XÃOEm 28 de Fevereiro de 2003, concluiu o Mestrado em Fa-mília e Sistemas Sociais, com a Tese intitulada “A Inclusãoda Criança com Deficiência Mental na Escola de EnsinoRegular: um estudo sobre as representações de pais e deprofessores”. O Júri, constituído pelos Professores Douto-res António Proença da Cunha (ISMT), Maria PereiraCoutinho (D.C.E.F.C.S.H.U.N.L.) e Jorge Caiado Gomes(ISMT), classificou a prova com Muito Bom.

TERESA MARGARIDA DUQUE COSTAEm 11 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “Suporte Social e Desemprego: um estudoempírico sobre a importância do suporte social em indiví-duos desempregados”. O Júri, constituído pelos Professo-res Doutores António Proença da Cunha (ISMT), RuiAragão de Oliveira (ISPA) e Carlos Farate (ISMT), classifi-cou a prova com Muito Bom.

ANTÓNIO MANUEL ÁLVARES DE OLIVEIRAEm 11 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “O Auto- Conceito no Doente Psoriático Adultoem Internamento”. O Júri, constituído pelos ProfessoresDoutores António Proença da Cunha (ISMT), Rui Aragãode Oliveira (ISPA) e Carlos Farate (ISMT), classificou a pro-va com Muito Bom.

SOFIA DÓRIA COCHOFEL QUINTELAEm 25 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “Quando o Agir se Substitui ao Pensamento oua Face Visível da Dor Psíquica”. O Júri, constituído pelosProfessores Doutores António Proença da Cunha (ISMT),Maria Emília Marques (ISPA), Luís Soczka (ISMT), CarlosFarate (ISMT) e Otília Fernandes (U.T.M.A.D.), classificoua prova com Muito Bom.

CATARINA ISABEL SILVA CADAVALEm 30 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “Contributo Para o Estudo de Auto- Conceitoem Prostitutas de Rua Toxicodependentes e Não

Toxicodependentes”. O Júri, constituído pelos ProfessoresDoutores António Proença da Cunha (ISMT), Rui Aragãode Oliveira (ISPA) e Carlos Amaral Dias (ISMT), classifi-cou a prova com Muito Bom.

ANA MARIA MARQUES MARTINS ALVESEm 30 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “Burnout nos Profissionais das Equipas Clínicasde Tratamento de Toxicodependentes nos Estabelecimen-tos Prisionais”. O Júri, constituído pelos Professores Dou-tores António Proença da Cunha (ISMT), Rui Aragão deOliveira (ISPA), René Tápia Ormazabal (ISMT) e CarlosAmaral Dias (ISMT), classificou a prova com Bom ComDistinção.

CARLA ALEXANDRA DA SILVA POMBOEm 30 de Outubro de 2002, concluiu o Mestrado emToxicodependência e Patologias Psicossociais, com a Teseintitulada “Suporte Social em Adolescentes Consumidorese Não Consumidores de Substâncias Psicoactivas: estudocomparativo”. O Júri, constituído pelos professores Dou-tores António Proença da Cunha (ISMT), Rui Aragão deOliveira (ISPA), René Tápia Ormazabal (ISMT), CarlosAmaral Dias (ISMT) e Sandra Cristina Pires (ISMT), classi-ficou a prova com Muito Bom.

RUI SANTOS CRUZEm 6 de Novembro de 2002, concluiu o Mestrado emSociopsicologia da Saúde, com a Tese intitulada “EscleroseMúltipla e Lateralidade — uma abordagem psicossomática:estudo exploratório”. O Júri, constituído pelos ProfessoresDoutores António Proença da Cunha (ISMT), Eduardo Sá(F.P.C.E.U.C.) e António Mendes Pedro (ISPA), classificoua prova com Muito Bom.

MARIA DO CÉU BRANDÃO DA SILVAEm 6 de Novembro de 2002, concluiu o Mestrado em Fa-mília e Sistemas Sociais, com a Tese intitulada “Represen-tações Infantis Sobre Poder e Autoridade”. O Júri, consti-tuído pelos Professores Doutores António Proença da Cu-nha (ISMT), Eduardo Sá (F.P.C.E.U.C.) e Eduardo Santos(F.P.C.E.U.C.), classificou a Prova com Muito Bom.

DOUTORAMENTOSSUSANA ISABEL VICENTE RAMOSEm 25 de Fevereiro de 2003, concluiu o Doutoramento em Ciências do Desporto e Educação Física, realizado na Faculdadede Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, sob a orientação do Prof. Doutor Eduardo Santose do Prof. Doutor Francisco Sobral ( F.C.D.E.F.U.C.) Teve como arguentes o Prof. Doutor Saúl Neves de Jesus (U.A.) e oProf. Doutor Eduardo Santos. A tese intitulada “Satisfação /Insatisfação Profissional em Professores de Educação Físicado Quadro de Nomeação Definitiva de Coimbra: um estudo descritivo” foi aprovada com LOUVOR.

Ana Cristina Abreu

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Ana Cristina Abreu

MURTEIRA, Bento J. F.Análise Exploratória de Dados: esta-tística descritivaMcGraw- Hill, 1993

“O presente texto resulta de uma drásti-ca revisão de Estatística Descritiva e deveconsiderar-se um livro completamentenovo. Continua, porém, a ser um traba-lho elementar elaborado sem recorrer aoconceito de probabilidade e a conceitosmatemáticos menos acessíveis a estu-dantes que entram para o primeiro anoda universidade”.

ESTEVES, João Pissarra (org.)Comunicação e Sociedade: os efeitos soci-ais dos meios de comunicação de massaLivros Horizonte, 2002

“O conjunto de textos reunidos nestaobra reconstitui alguns dos momentosmais marcantes do estudo da problemá-tica dos efeitos dos meios de comunica-ção social- um tema central da Sociolo-gia da Comunicação e, em termos maisgerais, uma questão tambémincontornável de toda a pesquisacomunicacional ao longo das últimasdécadas.”

CANAVARRO, José ManuelTeorias e Paradigmas OrganizacionaisQuarteto, 2000

“... optámos pela realização duma sín-tese descritiva dos principaisparadigmas, enunciando, por antecipa-ção, aqueles que consideramos, dumaforma geral, como critérios científicosactuais e aqueles que consideramos,duma forma mais circunscrita ao con-texto organizacional, como guias deconstrução teórica, de investigação e deacção nesse mesmo contexto”.

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