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Professor Doutor Carlos Amaral Dias

nota de Abertura

E ste número do Boletim Informativo, para além das rubricas habitu-ais, dá ênfase especial ao último Fórum Miguel Torga.

Não é preciso realçar a qualidade rara, o saber e a capacidadeexpositiva que fazem do Professor Miguel Beleza um universitáriode excelência, bem como uma figura pública e política cuja palavraé sempre da maior influência.

É pois com particular alegria que dedicamos este número à sua in-tervenção, crucial para a compreensão do actual momento da eco-nomia portuguesa.

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“O fotojornalismo será aquilo que os novosleitores exigirem da comunicação social”

O ISMT é a única instituição do Ensino Superior em Coimbraonde é leccionada a disciplina de Fotojornalismo. O Boletim Infor-mativo foi conhecer o Dr. Manuel Correia, fotojornalista do Jornalde Notícias e docente do ISMT, para tentar perceber o que é o

fotojornalismo...

Boletim Informativo (BI)- Oque é o fotojornalismo?Manuel Correia ( MC )- Ofotojornalismo é, basicamente, umadisciplina do jornalismo. É um jor-nalismo exercido com equipamen-to fotográfico, que tem que sercontextualizado por um texto parafazer sentido.

BI- Dizem que é uma discipli-na nobre do jornalismo...MC- É uma disciplina nobre comoqualquer outra. Acho que qualquerdisciplina do jornalismo é uma disci-plina nobre, na medida em que temum papel preponderante na comu-nicação social, que é a única activida-de profissional que vem consignadana Constituição. Todas as disciplinasda comunicação social têm seguro oseu carácter de nobreza.

BI- Há muito tempo que se dizque uma imagem vale mais doque mil palavras. Parece-lhe queum profissional que está atrásde uma câmara fotográfica temmaior impacto que o profissio-nal que escreve?

o Nosso Instituto

MC- Mais impacto tem com cer-teza, mas não concordo que umaimagem que vale mais do que milpalavras se aplique com proprieda-de na comunicação social, nomea-damente no fotojornalismo. Nofotojornalismo, a fotografia é ummeio, não é um fim. O fim é o jor-nalismo. A fotografia surge-nos aquicomo um medium a atingir umdeterminado fim, que é o própriojornalismo. Por isso, a imagemjornalística tem de ser semprecontextualizada, ou com uma legen-da ou com um pequeno texto. As-sim, não vale por si, ao contrário dafotografia artística e de outros gé-neros da fotografia que transmitemuma mensagem com outra densi-dade que não se aplica no caso dojornalismo. No jornalismo quer-seuma fotografia de fácil leitura paraas pessoas que cada vez têm menostempo para ler jornais no dia-a-dia.

BI- Está a dizer que existemvários tipos de fotografias?MC- Há vários tipos de fotografi-as, ou melhor, há várias categoriasaplicadas à fotografia. O

fotojornalismo é um género maislinear da fotografia, menos elabo-rado, mas está inserido num con-texto da comunicação social, comoutra profundidade, como meiode comunicação.

BI- Há quantos anos está nestaprofissão?MC- Há cerca de 35 anos.

BI- Dá para assistir a uma gran-de evolução ou não?MC- Sim, uma grande evolução.

BI- Recorda-se com que máqui-na é que começou?MC- Comecei com uma máquinapolaca, de formato 6/6, sem gran-des atributos de ordem técnica enessa altura podemos dizer que euseria mais fotógrafo do que souhoje, porque tinha que dominaruma série de técnicas da fotogra-fia, no domínio da física, no do-mínio da óptica e no domínio daquímica fotográfica. Faziamos umtipo de fotografia quase ensaística,porque fazemos ensaios sempreque possível para tentar inovar. As

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dificuldades eram muitas na altura.Já que a fotografia é um meio paraatingir um determinado fim, mui-tas vezes, para atingi-lo, era preci-so usar uma série de habilidades etruques, uma vez que os materiaiseram caríssimos e até, muitasvezes,inacessíveis. Tudo isso a pardo facto de se trabalhar fora deum grande centro.

BI- Revelava as próprias foto-grafias?MC- Revelava os negativos, am-pliava as cópias e depois era o gran-de problema: colocá-las na redac-ção para publicar. Hoje temos umaoutra disponibilidade, por isso éque eu digo que conseguimos hojeser realmente jornalistas, enquantoque antigamente eramos mais fo-tógrafos e menos jornalistas. Co-locar uma foto no Porto era terrí-vel. Tinhamos de andar atrás de ca-mionetas, de comboios, à boleia...

BI- Onde é que começou a tra-balhar?MC- No Jornal de Notícias, tra-balhei sempre no Jornal de Notíci-as. Pelo meio trabalhei noutros la-dos em colaboração. Iniciei a mi-nha actividade profissional no Jor-nal de Notícias com 14 anos.

BI- E sempre se sentiu recom-pensado?MC- Sim, sem dúvida nenhuma.Gosto muito do que faço e pensoque foi uma profissão bem escolhi-da. O meu sonho não era ser jorna-lista, mas acabei por ser e estoumuito contente com esta opção.

BI- Nestes últimos anos terá ha-vido uma grande evolução nofotojornalismo. Há algum espa-ço do tempo em que haja umaruptura mais profunda ou umavanço mais importante e sig-nificativo?

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MC- Há sem dúvida! A partir dosanos 90. Em termos académicoschamamos até a terceira revolu-ção do fotojornalismo, que é a in-trodução das técnicas digitais. Osmeios digitais postos à disposiçãopermitiram que cada vez mais nosafastassemos da vertente fotográ-fica e nos aproximassemos maisdaquilo que nos realiza, que é comojornalistas. Hoje temos uma gran-de disponibilidade mental para pen-sarmos o acontecimento, porquejá não temos de estar tão preocu-pados com as questões de ordemtécnica e fotográfica.

BI- A rapidez aí introduzida tam-bém teve um papel importante?MC- Sim, sobretudo para nós quetrabalhamos fora dos grandes cen-

tros e que tinha sempre muita difi-culdade em colocar o trabalhojornalístico nas editorias e nas re-dacções. Muitos trabalhos não erampublicados porque não chegavamàs redacções a tempo de o serem.Hoje já se consegue um períodode trabalho muito mais longo, per-mitindo uma grande melhoria edi-torial em termos de actualidade.Conseguimos colocar em páginatrabalhos que de outra forma nãoeram feitos.

BI- Antes dessa evolução dosanos 90, qual tinha sido umaoutra importante?MC- Uma significativa, mais emtermos técnicos, que é a passagempara o Sistema Reflex. Trabalháva-mos com equipamentos de gran-

de formato e depois passámos ausar formas mais ligeiras, que jáexistiam desde os tempos dos pri-meiros fotojornalistas, mas no nos-so país ainda se trabalhava comequipamentos de grande formato.Não consideramos isto uma revo-lução, mas um meio que facilitoumuito o exercício dofotojornalismo. De qualquer ma-neira, fora dos grandes centros es-távamos sempre muito condicio-nados com as questões de trans-portes. Muitas vezes terminava omeu dia de trabalho por volta das14 horas porque mesmo que fizes-se os serviços já não conseguiacolocá-los na redacção a tempo deserem publicados no dia seguinte.Isto para um jornal diário era mui-to complicado. Com o apareci-

“Esta é também a primeira experiência do ensino superior dofotojornalismo em Coimbra. O curso de Ciências da Informação éo único da cidade que tem esta disciplina.”

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JFA / Andrea Marques

mento do digital, este problemadeixa de existir. Podemos hoje co-locar fotos em página um minutodepois de serem tiradas no localde reportagem.

BI- A actualidade dofotojornalismo em Portugalacompanhou, nestes anos da suaexperiência, a qualidade na Eu-ropa?MC- Julgo que sim. Muitos fotó-grafos fugiram do nazismo e mui-tos deles vieram para Portugal e dealgum modo condicionaram oexercício do fotojornalismo emPortugal. Creio que ofotojornalismo em Portugal, sobre-tudo ao nível dos jornais diários ede alguns semanários, está ao níveldo fotojornalismo de qualquerponto da Europa e até do mundo.Pertencemos a uma escola france-sa, não somos muito influenciadospela escola anglo-saxónica dofotojornalismo, que é bem distin-ta.

BI- O que é que marca a dife-rença entre uma e outra?MC- Há várias diferenças. As dife-renças são ao nível dos própriosjornais. A maneira como se cobremos acontecimentos. Tecnicamente,não há grandes diferenças.

BI- Alguém o influenciou naprática do fotojornalismo?MC- Ninguém me influenciou.Procurei fazer um caminho sozi-nho. Vivi sempre um bocado mar-ginalizado, com poucas saídas. Nãotive o mesmo desenvolvimento queos meus colegas de Lisboa e doPorto. Vivi um bocado isolado noexercício do fotojornalismo.

BI- Há algum nome de referên-cia no fotojornalismo português?

MC- Sim. É o caso de EduardoGageiro. E há outros que nem se-quer são falados. Alguns deles aca-baram mesmo por fazer escola.

BI- E quanto a referências dofotojornalismo internacional?MC- Eu destaco dois: um deles éo Robert Capa e outro é o Henri-Cartier Bresson. São para mim osdois grandes fotojornalistas mun-diais.

BI- São os tais mestres a seguir?MC- Eu não os considero mestres,porque não fizeram a tal escola. Osfotojornalistas trabalham muito deforma isolada, sempre à procurada melhor foto.

BI- Quando é que surge a aven-tura de ensinar?MC- Não é uma aventura, é umarealidade. O Dr. Francisco Amaralconvidou-me e eu aceitei, porqueachei que era um desafio interes-sante. É a minha primeira experi-ência no ensino. Achei que podiatransmitir alguma coisa da minhaexperiência profissional aosmais novos. Esta é também aprimeira experiência do ensinosuperior do fotojornalismo emCoimbra. O curso de Ciênciasda Informação é o único da ci-dade que tem esta disciplina.

BI- Como é que os alunosreagem ao revelar a realida-de do que é o fotojornalismo?MC- Os alunos ficam muitoadmirados. Pensam que ofotojornalista é alguém que fazo que quer, viaja pelo mundo,trabalha apenas nos palcos deguerra, está em todo o lado, équase omnipresente. A realida-de é completamente diferente.

É um profissional que se subor-dina a uma agenda e à redac-ção.

BI- Como é que está ofotojornalismo em Portugalao nível dos profissionais fe-mininos?MC- Já aparecem alguns profis-sionais femininos e isso foi maisvisível a partir dos anos 90.

BI- Não é um meio profissio-nal fechado às mulheres?MC- Não, de modo algum. Oproblema é as oportunidades detrabalho, que se colocam tantopara os homens como para asmulheres. Não há nenhum tipode discriminação sexual.

BI- Como é que antevê umapossível evolução dofotojornalismo?MC- Não sei. Tudo vai depen-der das necessidades de infor-mação dos leitores. Ofotojornalismo no início do sé-culo XXI está aí bem vivo. Ofotojornalismo será aquilo queos novos leitores exigirem dacomunicação social.

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processo de recons-trução económica ob-servado no Ocidenteapós a Segunda Gran-

de Guerra, conduziu a um grandedesenvolvimento que atingiu o seuauge na década de sessenta. As ta-xas de desemprego tornaram-se in-significantes e os índices de produti-vidade bem como os salários atingi-ram um crescimento sem preceden-tes. O consumismo, fortemente esti-mulado pela publicidade, acarretavanovos hábitos e novos estilos de vida,que cada vez mais se alargavam àsdiferentes camadas sociais.

Eram, por um lado, tempos deoptimismo e de esperança. No en-tanto, inúmeras contradições mina-vam, neste momento, a sociedadeocidental. Vivia-se sob a permanenteameaça da Guerra Fria. A SegundaGuerra Mundial havia deixadocomo herança dois blocos ideolo-gicamente antagónicos, que contro-lavam os destinos do mundo: a les-te, a União Soviética, com o regimecomunista; a ocidente, os EstadosUnidos da América, dominadospelo sistema capitalista. Estas duassuperpotências debatiam-se em con-flitos regionais e mediam forçasnuma incessante corrida aos arma-mentos. Temeroso, o mundo acom-

panhava os acontecimentos, man-tendo vivos na memória os horro-res de Hiroxima e Nagasaki…

Por outro lado, a discriminaçãoracial, assim como a fome e a misé-ria que assolavam os países do Ter-ceiro Mundo, punham em causa assolidariedades tradicionais e faziamemergir as profundas contradiçõesde um mundo bipolar. Tudo istoiria provocar um sentimento gene-ralizado de mal-estar e de insatisfa-ção ao longo da década de sessen-ta. É de salientar que este fenómenode revolta não partiu dos grupostradicionalmente desfavorecidos,tais como os camponeses ou mes-mo os operários. O processo decontestação iria ser protagonizadopela famosa “geração do baby-boom”. Estes jovens eram os filhosda burguesia rica e instalada do pós-guerra, que vivia enredada nas teiasdo consumismo. Mas eram tambémos herdeiros da Guerra Fria. Daí asua revolta contra todo o tipo deinjustiças sociais, contra a sociedadede consumo e, desde logo, contra aestrutura familiar tradicional. Con-testavam o autoritarismo dos seusprogenitores e faziam a apologia dodesejo de auto-realização. Iniciava-se, pois, um processo de rejeiçãoexistencial dos valores assumidos

pelo mundo dos adultos. Estefenómeno manifestou-se, desdelogo, através da música. Cada vezmais os jovens aderiam aoRock’n’roll, que se tornava o sím-bolo de uma autonomia que sem-pre lhes fora negada. E a sociedadeinquietava-se ao ver a juventudemexer-se ao ritmo de músicas“frenéticas e provocantes”. Mas orock tornava-se a experiência de umanova forma de pensar e de viver. Eracomo que um grito de liberdade.

Também a moda soube reco-lher toda a efervescência juvenil domomento para expandir estilos maisinformais e “transgressores”, comoaconteceu com a mini-saia e com aexplosão dos estampados de florese cores brilhantes. Por seu turno, asadolescentes insurgem-se contra omodelo da família tradicional, rei-vindicando a liberdade sexual, o usode anticoncepcionais e o direito aoaborto.

Para além deste terrível choquede gerações, o processo de contes-tação juvenil manifestou-se tambématravés dos movimentos pacifistas.Milhões de jovens ocidentais saíramde casa na procura de uma identi-dade própria. As comunidades“hippies” propunham uma alterna-tiva a este mundo hipocritamente

reflexões

Anos Sessenta:a Contestação Juvenil

Maria Assunção Pinto*

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estável e ordeiro. Aspiravam à paz,rejeitavam toda a forma de materi-alismo e mostravam profundas pre-ocupações com o meio ambiente.Daí a sua nova forma de viver e deamar. De vestir e de partilhar. Departilhar tarefas e emoções. De des-cobrir novas sensações, tendo comolema o “make love, not war” ecomo símbolo a flor, fonte de pazespiritual. No entanto, o excessivoconsumo de alucinogéneos, apesarde “colorir”, veio tambémensombrar toda esta visão pacifistae naturalista da vida.

Os anos sessenta foram aindapalco de fortes contestações estu-dantis. Os jovens manifestavam-secontra o imperialismo norte-ame-ricano e soviético e também contraa violência da Guerra do Vietname.Por outro lado, defendiam os direi-tos cívicos e exigiam profundas re-formas políticas, sociais e culturais,desde logo no que respeita ao ensi-no superior. A massificação das uni-versidades ocidentais, resultante dasnovas oportunidades educativasproporcionadas pela sociedade deconsumo, originou uma onda de re-volta por parte dos estudantes. Es-tes insurgiam-se ainda contra o ar-caísmo e a excessiva burocratizaçãodo ensino universitário. O culminarda expressão desta revolta juvenilocorreu em França, em Maio de1968. A contestação começou nasuniversidades, alastrou aos operári-os e durante um mês subverteu avida em Paris, ameaçando o pró-prio poder político.

A explosiva geração dos anossessenta impôs novos valores, no-vos códigos de comportamento euma mudança ao nível das menta-lidades. Alertou para os problemasecológicos e intensificou a defesados direitos humanos. Acelerou oprocesso de emancipação femini-na e reagiu contra a discriminação

racial. Mas quando estes agitadores rebeldes se transformaram nos pais dosanos setenta, muitos perderam os seus sentimentos de revolta. E o mal-estar social continuou com formas cada vez mais acentuadas de exclusãosocial, pobreza e desemprego. É de referir que muitos dos principais car-gos de chefia são hoje desempenhados por antigos activistas dos anossessenta. E algumas perplexidades me ocorrem: onde ficou o espírito pa-cifista? O nosso mundo não se encontra cada vez mais envolto em guerras,em constantes escaramuças? E a defesa das causas ambientais? Afinal onosso planeta vive a braços com gravíssimos problemas ecológicos queameaçam a sobrevivência das várias espécies animais. E tudo isto em nomedo lucro, das enormes ambições capitalistas. Por outro lado, o consumismoe o desperdício desenfreados são marcas fundamentais da sociedade oci-dental. Como diz o poeta, “mudam-se os tempos, mudam-se as vonta-des”.

No entanto, algo se modificou com os anos sessenta: as ideias dosjovens venceram e foram penetrando em quase todos os sectores da vidaem sociedade. Muitas dessas ideias deixaram de ser vistas como forma derebeldia e passaram a integrar-se na vivência do cidadão comum. E muitose poderá ganhar se se valorizar a força do idealismo juvenil, as suas preo-cupações e a sua energia. Todos estes valores poderão ser importantesalicerces para a construção de um verdadeiro estado democrático.

*Docente ISMT

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* Aluno 5º AnoCiências da Informação

reflexões

Ricardo Silva *

O legado de Abril mês de Abril para aspessoas que têm hojeidades compreendidasentre os 40 e 60 anos

é, sem dúvida alguma, um mês derevolução, de mudança, de agita-ção política, de criação artística, deexageros. Em suma é um mês aoqual ficará sempre associado a li-berdade de expressão, o fim domedo, o fim da PIDE, os famo-sos cravos, o fim da guerra, a li-bertação de presos políticos e ou-tras coisas mais sobre as quais nãotenho conhecimento.

Mas não é sobre o 25 de Abrilque me proponho reflectirconvosco, mas sim sobre nós, a talgeração “rasca”, designação quenos foi atribuída carinhosamente.

Nós hoje, homens e mulheres,somos filhos dos actores de mu-dança de uma realidade que inibiuo nosso país de um desenvolvimen-to social, cultural, económico, po-lítico e que acima de tudo retar-dou a evolução das mentalidades.No entanto foi graças aos nossospais, e outros valentes, que hoje nósvivemos em liberdade. Não consi-go imaginar viver sem ela, pode-mos mesmo dizer que somos unsprivilegiados pois não tivemos desentir na pele a repressão, o lápisazul, a ausência de um filho na guer-ra, o ter que ler nas entrelinhas parase andar informado.

Esta dolorosa realidade de há30 anos, que ainda hoje se vêem osefeitos e que para sempre estará gra-vada no peito e estampada nos

rostos de quem a viveu, parece quepara a nossa geração nada diz, quenão tem grande significado. O res-peito que devíamos mostrar e agratidão que devíamos sentir nãoé de todo visível. É verdade, e commuito pesar afirmo aquilo que es-crevo, a minha geração é muito in-grata pois não se lembra de que,quem à custa da sua luta, que paramuitos foi toda a sua vida, nosproporcionou hoje podermos viverem liberdade e sem qualquer tipo demedo pela nossa forma de pensar.

Quem se lembra de um Sal-gueiro Maia, de um Adriano Cor-reia de Oliveira, de um Zé MárioBranco, de um Ary dos Santos, deum António Portugal, de um Ma-nuel Alegre, de um Fausto de umZeca? Talvez este último seja maislembrado pela célebre 2 senha,Grândola Vila Morena. Estes ho-mens foram Homens ímpares nanossa história, alguns deles aindavivos, mas provavelmente aindamais esquecidos que os outros quejá faleceram. Eram estes homensque davam ânimo aos Portugue-ses, foram estes homens que de-ram a coragem necessária às nos-sas tropas para aguentar uma guerraimensamente estúpida, embora ain-da que tivessem de ouvir as can-ções de embalar às escondidas paraconfortar os seus corações e liber-tar os seus pensamentos. Ninguémse lembra destes homens porquê?Que geração é a minha, que cadavez mais se interessa por Big

Brother’s e tamanhas futilidades?Afinal que valor temos?

Bem sei que existem excepções,mas não chegam, nós somos o san-gue novo deste país e cabe-nos anós levar este país para a frente, nãopodemos desonrar aquilo que foifeito para nós, não podemos virarcostas ao legado que nos foi dei-xado e arduamente conquistado,chegou a nossa hora. Já chega devivermos através da imagem dosnossos pais, pois eles estão cansa-dos e infelizmente não duram parasempre, é tempo agora de eles seorgulharem de nós assim como nósnos orgulhamos imensamente de-les.

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O Derradeiro Adeus!pesar de não ser naturalde Coimbra, situaçãoincontornável e que porisso ter-me-ei de confor-

mar, quero perante vós caros cole-gas, professores, funcionários e al-guns (sei que poucos mas do peito)amigos, dizer-vos que tragoCoimbra sempre no coração e sintoCoimbra de uma forma muito me-lancólica e saudosista. Não sei muitobem porquê, mas quer-me parecerque o amor tem destas coisas. O chei-ro de Coimbra, as vozes deCoimbra, a Guitarra de Coimbra, aCabra, o Mondego, a Lapa, os Pe-nedos, as Tertúlias, a boémia, os Fa-dos e as Canções de Coimbra sãoalgo que transporto sempre comigová para onde for. Em tempo de des-pedida como este, facilmente ficocom as lágrimas a quererem escor-rer pelo meu rosto, seja pelo abanardas minhas fitas seja pelo esvoaçar daminha capa, ou ainda por um abraçomais apertado que um Amigo dospoucos que tenho me oferece.

Ser-se estudante em Coimbranão é só, como alguém me disse umdia, numa famosa viagem de Com-boio para a Figueira, a fim de ir ver eparticipar na Garraiada, vestir o tra-je, envergar a capa e a batina e já está....Não são estes os condimentos ne-cessários para se cozinharem os ver-dadeiros estudantes de Coimbra. Poispara se ser realmente um Estudantede Coimbra, tem de se sentirCoimbra, o seu Fado, chorar o pran-to de Coimbra, sentir a verdadeiraSaudade do que foi viver momen-tos inesquecíveis e que não voltammais. Vaguear pela cidade de madru-gada à procura de inspiração pararesolver problemas académicos e nãosó, pois esta cidade é muito rica emproblemas do coração, não os car-

díacos, mas sim dos outros.... Fazeras tão famosas serenatas, e aqui ver-go-me perante aqueles que me acom-panharam a fazer algumas. Ser estu-dante em Coimbra é antes de maisuma grande preparação para a vidapois Coimbra é para nós em deter-minadas alturas da nossa passagempor cá, Mãe e Madrasta.

Agora que o meu tempo de es-tudante, e penso que fui um verda-deiro Estudante de Coimbra, está aacabar, tenho um apelo que quase emjeito de conselho tenho de fazer... Aosmais novos desejo que ao ingressa-rem nesta caminhada das vossas vi-das, sejam o mais críticos possíveisconvosco e com tudo aquilo que vosrodeia, pois será nesta altura que en-quanto homens e mulheres vão dei-xar marcas profundas daquilo que fi-zeram. Senão o fizerem na devidaaltura então quando derem conta serádemasiado tarde e vão olhar paratrás com a noção que nunca foramrealmente Estudantes de Coimbra,mas sim estudantes de uma deter-minada faculdade ou instituto. Aosmeus colegas Quintanistas e não ou-

tros finalistas, que por força do des-tino também eles acabam o cursona mesma altura que eu, quero dese-jar o meu mais profundo e humilde,bem haja, pois durante cinco anosvivemos de uma forma ou de outraas mesmas preocupações e ansiámospelo mesmo objectivo.

No entanto e porque as coisas davida são mesmo assim, existem aque-les que nos marcaram mais por estaou por aquela razão, para esses quese alojaram no meu coração comolapas e que em muitas alturas me dis-seram que estava a agir mal, e quenunca desistiram de mim quero di-zer-lhes que estarei eternamente gra-to, pois sem eles tenho quase a certe-za que não teria chegado ao fim. Eporque muitos se poderiam revernestas palavras e não quero nem nun-ca quis deixar dúvidas aqui ficam os“Nomes de Guerra”, Neide, Lobo,Nuno Silva, Tupak, Tóchiba,Ricardito, Armanda, Patão, Zé Gor-do e Ju, para estes Guerreiros sai domeu peito um enorme Eferreah ...

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aeISMT

Colóquio

“Desaparecimento e Abuso Sexual deMenores”

Realizou-se no passado dia 17 de Maio no Auditório da Casa da Cultura de Coimbra um colóquio subordina-do ao tema “ Desaparecimento e Abuso Sexual de Menores”.

Este colóquio contou com a presença do Dr. Pedro Rodrigues (Assistente Social no IAC), Dr. Carlos Farinha(Inspector da P.J.), Dra. Luísa Lima (Docente da Faculdade de Psicologia) e com o Vice-Presidente do Núcleo deDireitos Humanos da AAC.

Esta ideia foi o culminar de um desafio proposto pela docente Clara Santos aos alunos de 3º ano, na cadeira deMetodologias do Planeamento em Acção Social.

Contando com a colaboração da Associação de Estudantes, os alunos meteram mãos à obra e o resultado foium enorme sucesso como se comprova pela participação massiva dos alunos, lotando por completo a sala eoriginando uma enorme interactividade entre oradores e o público!

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CONVÍVIO no BAR CLEPSYDRA com 20% dos LUCROS REVERTIDOSpara a ASSOCIAÇÃO JUVENIL SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Na noite de 15 de Abril realizou-se umconvívio organizado pelos alunos de Psico-logia que teve lugar no Bar Clepsydra, como slogan “ABRE A MENTE E VEM CUR-TIR CA`GENTE”. Esta iniciativa teve duasparticularidades: a participação do GinásioBody Fitness com a apresentação de 3 mo-dalidades (Step, Hip Hop e Body Combat) eo facto de 20% dos lucros reverterem a fa-vor da Associação Juvenil São Francisco deAssis. Esta iniciativa foi um enorme sucessocom uma forte adesão por parte dos alunos.Esta acção foi a prova de que com a diver-são também se podem abordar assuntos sé-rios.

Daniela Roda

“O nosso país através da lente”Foi este o mote que deu nome ao Concurso de Fotografia organizado pelo núcleo de Internet, Fotografia e

Jornalismo, no âmbito das actividades inseridas na Semana Cultural da AEISMT.Para a realização do mesmo, e porque o

quisemos tornar o mais credível possível, con-vidámos para nosso júri dois grandes profis-sionais de Fotografia de Coimbra, o Sr. JoséBatista e o Sr. Arlindo Almeida Santos, bemcomo uma docente do ISMT a Dr.ª InêsAmaral, para que nos pudesse representar naavaliação das fotografias e também peloprofissionalismo que tem vindo a revelar.

A promoção do Concurso e o respectivoregulamento esteve à disposição dos alunosem “www.psica-te.com”, a qual agradecemosa sua disponibilidade.

Depois da avaliação das fotografias, or-ganizou-se um convívio para a exposição dasmesmas e entrega dos prémios.

As fotografias vencedoras foram:1º Prémio: Carla Luiz2º Prémio: Joana Salgado3º Prémio: Bruno Cordeiro.As fotos do concurso encontram-se na AEISMT para todos os que não tiveram oportunidade, na altura, de as admirar.Tivemos ainda o contributo de um estúdio fotográfico (Labfoto), que amavelmente se dispôs a patrocinar as

revelações das fotografias.O nosso muito obrigado a todos os que participaram e aos que permitiram que este concurso fosse um êxito!

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SEMANA CULTURAL DA A.E.I.S.M.T.Decorreu de 27 de Abril a 5 de Maio a Semana Cultural

do ISMT, organizada pela Associação de Estudantes.Durante esses dias foram várias as actividades desenvolvi-

das e nas quais todos os alunos puderam participar.Além da já habitual Feira do Livro (onde se podia com-

prar, entre outras coisas, as bibliografias recomendadas pelosprofessores) realizou-se também a Feira da Música, na qual sevendiam cd’s e dvd’s para todos os gostos.

A A.E. promoveu ao longo da semana, actividades que serevelaram apelativas aos estudantes. Estas centraram-se emworkshops de: Fotografia, Jornalismo e Teatro. Organizou-se igualmente um concurso de fotografia no qual ficamosagradavelmente surpreendidos com a qualidade dos nossosfotógrafos.

Como não poderia deixar de ser, durante os dias da Se-mana Cultural, foram vários os convívios realizados, não sópela convivência entre os alunos deste Instituto, como tam-bém pela animação sócio-cultural de que é exemplo a noitede Poesia realizada pelo grupo de teatro torgasDapedrabrancano “GardenBar”, que se saldou num enorme sucesso!!!

A turma do primeiro ano deMultimédia, com o apoio da Associ-ação de Estudantes e do Instituto Su-perior Miguel Torga, organizaram nopassado dia 25 de Abril uma visita aoprograma HermanSic. Esta deslocaçãoteve como objectivo o conhecimentoda organização e estrutura de um es-túdio, bem como o acompanhamen-to de um programa de televisão emdirecto – integrado na cadeira de Es-tética do Audiovisual – aproveitandopara a divulgação do próprio Institu-to do qual nos orgulhamos de fazerparte.

A comitiva de oitenta pessoas queassistiu ao programa em directo foicomposta por alunos e professoresdesta instituição, que tiveram a opor-tunidade de oferecer ao Herman Joséalgumas lembranças do Instituto(fotobiografia de Miguel Torga e um

livro do Prof. Dr. Carlos Amaral Dias), da Associação de Estudantes (um pólo exclusivo da associação), bemcomo algumas iguarias da região (vinho da Bairrada e pastéis de Tentúgal e de Santa Clara).

Em nome da Associação de Estudantes, o nosso obrigado a todos os que contribuíram para mais umainiciativa que dignifica o nome da nossa instituição, e de todos nós.

Por: Gustavo JesusVISITA ao HERMAN SIC

Tuna da AEISMTCom vista à realização do sonho de várias pessoas

demos início ao projecto da nossa Tuna. A Tuna: “RealTorga” começou em Abril com um grupo inicial decerca de 30 pessoas, e todas as semanas tem vindo aaumentar.

O que começou por ser mais uma tentativa, está já adar os seus frutos, tendo sido, inclusive, convidada aparticipar em alguns eventos, mesmo tendo em conta oreduzido reportório da qual dispõe.

Os ensaios têm decorrido todas as terças-feiras noedifício azul da Rua Augusta às 21h, espaço esse, quetem sido amavelmente cedido pelo nosso Instituto, queaproveitamos para agradecer. Gostaríamos também dedeixar o nosso agradecimento ao Sr. José Sequeira, quegraciosamente tem tido a disponibilidade para nos “atu-rar” a horas impróprias, durante os ensaios.

Fica também o convite, para quem se queira juntar aeste ambicioso projecto. Inscreve-te e traz a tua boa dis-posição!!!!!!!

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torgasDApedrabranca: rolling on…O grupo de teatro torgasDApedrabranca da oficina de teatro universitário da AEISMT cumpriu o

prometido e entrou em acção.A sua primeira apresentação em público foi feita no dia 25 de Abril, inserida no programa de

actividades da Feira do Livro que decorreu em Coimbra entre 22 de Abril a 9 de Maio. O convite foifeito a Maria Toscano, na qualidade de autora de poesia (e docente do ISMT) para a preparação de umrecital de poesia, como tantos outros que já fez. O objectivo foi comemorar os 30 anos de liberdadedemocrática e, neste seguimento, a autora Maria Toscano implicou a oficina de teatrotorgasDApedrabranca (do qual é fundadora e directora artística) para a realização do recital.

O recital, que se intitula “Abril, Terra daFraternidade” é composto por um conjunto depoemas alusivos ao 25 de Abril de vários au-tores, nomeadamente Natália Correia, JoaquimPessoa e José Carlos Ary dos Santos.

Ainda no âmbito das comemorações do25 de Abril, o grupo foi convidado para aapresentação do mesmo recital na praia daTocha ( Bar Tichico) no dia 1 de Maio; foitambém apresentado no Garden Bar no dia 3de Maio inserido nas actividades da SemanaCultural da AEISMT que se realizou de 27 deAbril a 5 de Maio.

O impacto perante o público foi positivo eao longo das três apresentações o grupo for-taleceu-se e ganhou ânimo para novas experi-ências.

Outra iniciativa por parte dostorgasDApedrabranca foi a realização do “IWorkshop dos torgas”, no dia 3 de Maio no Grupo Desportivo e Recreativo Os Pirilampos (tambémenquadrado na Semana Cultural da AEISMT) e esteve aberto a todos os que quiseram “espreitar” esaciar a curiosidade sobre o que é o trabalho de Formação de Actor.

Boa sorte torgasDApedrabranca!

ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE SERVIÇO SOCIAL

A A.E. está neste momento a preparar o XI Encontro Nacional de Estudantes de S.S., encontro esse que se irárealizar na cidade do Porto. As datas estão ainda por definir sendo certo que serão 3 dias no início de Novembro.

Neste sentido tivemos já duas reuniões preparatórias, a primeira no Instituto Superior Bissaya Barreto emCoimbra no dia 17 de Março e a segunda realizada no Instituto Superior de Serviço Social do Porto no dia 22 deAbril. Além da participação da nossa Associação representada pelo Nuno Lourenço e pelo Bruno Cordeiro,estiveram também presentes representantes da A.E. da Bissaya Barreto de Coimbra, A.E de Serviço Social doPorto, A.E. da Universidade Católica de Braga e A.E. da Universidade Fernando Pessoa do Porto.

Ficou agendada nova reunião para Junho no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa.Destas reuniões ficaram desde já estipulados quais serão os temas a abordar respeitantes à nossa futura profis-

são, sendo eles os seguintes: Intervenção do Assistente Social no mundo de hoje; Intervenção do A.S. Contrastemeio urbano/rural; Mercado de Trabalho e a Ordem do Assistente Social.

Parece-nos que os assuntos a abordar são bastante pertinentes e de extrema importância para o futuro dospróximos Assistentes Sociais começando por nós próprios!

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dar a Conheçer

uma aposta do ISMT na InternetWEBJORNAL

O desenvolvimento das novas tecnologias originou complexas mutações no campo do Jornalismo. Osnovos suportes mediáticos – em particular a rede, tornaram possível o Ciberjornalismo. Para além deser um importante instrumento de pesquisa na actividade jornalística, a Internet é um canal ou meio decomunicação de excelência. A linguagem não-linear e dinâmica (o texto, o som, a imagem em movi-

mento) obriga à reconfiguração da prática de produção de informação jornalística. É a era do jornalista multimédia.A premissa de que o futuro pertence ao digital é óbvia, mas é ainda reduzida a aposta na especialização neste novo

campo da comunicação. O ISMT deu um passo em frente criando um laboratório de comunicação online –CIBERLAB (disponível em http://www.ciberlab.net). A ideia central é proporcionar uma oficina multidisciplinar nasvárias áreas de estudo do ISMT, associando a vertente técnica ao desenvolvimento de conteúdos dinâmicos e interactivosou estáticos.

O CIBERLAB engloba os projectos WEBJORNAL (a funcionar regularmente em http://webjornal.ciberlab.net),WEBTV, WEBRÁDIO, WEBTECA (biblioteca online de investigação académica), REVISTA INTERACÇÕES eBOLETIM INFORMATIVO (transposição do im-presso) – ainda em fase de estudo e concepção técnica.Este laboratório de comunicação online enquadra-seno âmbito curricular das licenciaturas em Ciências daInformação e em Multimédia, e está aberto a todos oscursos da instituição. O objectivo foi criar um labora-tório online – à semelhança do que vem sendo feitoem várias universidades, mas numa perspectiva maisabrangente.

A produção e disponibilização da informaçãojornalística em suporte digital é o desafio doWEBJORNAL, criado no âmbito da disciplina deCiberjornalismo, leccionada ao 3º ano de Ciências daInformação. É um jornal em suporte online, comactualização contínua e informação no âmbito do jor-nalismo de rotina e do jornalismo de investigação. Éum espaço de convergência dos media tradicionais, fa-zendo a fusão de texto/imagem/som/vídeo. O cená-rio de trabalho do WEBJORNAL é o espaço virtual eas suas características trazem à prática do jornalismovárias inovações. Esta oficina tem como objectivo cen-tral colocar os estudantes em contacto com os proces-sos e fundamentos da produção, publicação e ediçãode notícias online.

Aos alunos caberá a responsabilidade de, mediantecoordenação editorial da direcção, redigirem e edita-rem informação online. Nas secções ISMT, CIÊN-

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Inês Amaral

CIA E TECNOLOGIA, CUL-TURA, DESPORTO, SOCIE-DADE, PAÍS E MUNDO, ME-DIA E PUBLICIDADE serápublicada informação nos mais va-riados géneros jornalísticos: notíci-as, artigos de fundo, reporta-gens, entrevistas, dossiers espe-ciais, perfis, críticas culturais…

A secção OPINIÃO está reser-vada à publicação de crónicas e ar-tigos de comentário de autor, sen-do uma área privilegiada para osdocentes do ISMT e profissionaisda área da comunicação.FOTOJORNALISMO é umaárea do WEBJORNAL destinadaa publicar fotoreportagens – estasecção será essencialmente mantidapelos alunos da disciplina deFotojornalismo do 4º ano de Ciên-cias da Informação. Na secçãointitulada DOSSIERS são editadostextos estáticos em formato .pdfsobre assuntos de interesse geral, do

âmbito nacional e inter-nacional. Neste sentido,o Laboratório de Im-prensa terá igualmenteum espaço noW E B J O R N A L .AGENDA (cultural eacadémica) e RE-CORTES DE IM-PRENSA (destaquesda imprensa regional,nacional e internacional)são também áreas detrabalho relevantes desteprojecto e têm comoobjectivo fazer umaponte entre o mundovirtual e a realidade.

A linha editorial doWEBJORNAL centra-se no livre acesso à in-formação nacional e in-ternacional, com parti-cular relevância para oespaço lusófono. A po-

lítica editorial e as rotinas produti-vas são passíveis de discussão porum fórum específico, representadopelo Conselho Editorial.

São membros permanentes daredacção do WEBJORNAL os alu-nos matriculados na disciplina deCiberjornalismo. Actualmente, aequipa é reforçada por dois alunosa desenvolver o projecto do 4º anona área do Jornalismo Online e umaaluna do 5º ano a realizar o estágiocurricular. Existem ainda colabora-ções de alunos dos vários anos deCI. Importante será referir que to-dos os alunos, independentementedo ano curricular e da licenciaturaem que estão matriculados, têm amesma importância de voz noWEBJORNAL.

A área de Comunicação e Ima-gem é actualmente assegurada portrês alunos que estão a realizar oprojecto do 4º ano no âmbito doMarketing Online. As actividades

desenvolvidas passam pela divulga-ção do jornal digital, a concepção edesenvolvimento de estratégias pu-blicitárias e a promoção de umevento de lançamento doWEBJORNAL. Este departamen-to enquadra-se no âmbito da Co-municação Organizacional, da Pu-blicidade Criativa e do Marketing.Sempre na perspectiva do online.

O Departamento de Multimédiaé a área mais técnica deste projecto.Tem como função a realização deconteúdos dinâmicos, convergindotexto/imagem/som/vídeo. Estedepartamento será assegurado poralunos da Licenciatura emMultimédia e vai “ilustrar” os con-teúdos jornalísticos ou conceber tec-nicamente os projectos de Comu-nicação e Imagem.

As sinergias com outros órgãosde comunicação são também umobjectivo do WEBJORNAL. Nes-te sentido, foram estabelecidas par-cerias com o site de cultura Vida.pt(http://vida.aeiou.pt) e o Jornal deCoimbra (http://www.jornaldecoimbra.pt) com vistaa intercâmbio de conteúdos. O Bo-letim Informativo é também umparceiro importante para oWEBJORNAL, sendo que a con-vergência aqui supera a sinergia. Éigualmente parceiro deste projectoa empresa que o concebeu gráfica etecnicamente – HBIOS.net (http://www.hbios.net).

O WEBJORNAL e oCIBERLAB são projectos cujo es-paço está aberto à criação de con-teúdos online e à participação dedocentes e discentes de todos oscursos do ISMT. E porque é certoque o futuro é o digital, fica o con-vite.

Dra. Inês Amaral - Directora do WEBJORNAL

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notícias do Instituto

Projecto “Via Alternativa”

PROJECTO“UMA PORTA ABERTA, NUMA ESCOLA EM MUDANÇA”

Os alunos estagiários de Serviço Social do Ramo de Aconselhamento do ISMT, em colaboração da Junta deFreguesia e do Centro Paroquial de Solidariedade Social de São Martinho do Bispo marcaram presença na Feirados 23 através de uma exposição e venda de trabalhos executados nos ATL’S de Casais, Espírito Santo dasTouregas, Fala e S. Martinho do Bispo e também à venda de doces e salgados, jogos tradicionais e quermesse.

O projecto “Uma Porta Aberta Numa Escola em Mudança” destina-se a intervir junto de crianças, concreta-mente cerca de 300 em todos os ATL’s , entre as quais 60 em situação de risco.

Ana Cristina Abreu

Com o enraizamento dos valo-res globais na sociedade ocidentalpós-moderna, assiste-se àuniversalização de problemas sociaise culturais, que reflectem, por vezes,uma tentativa de fuga à realidade eformas maladaptativas de lidar comas dificuldades. Neste contexto, oGAP elegeu como pertinente o de-senvolvimento de actividades de pre-venção de comportamentos de ris-co, nas áreas da sexualidade, drogas

sintéticas e álcool. No que respeita àSexualidade, as Doenças SexualmenteTransmissíveis (DST) assumem umpapel de destaque no mundo con-temporâneo. Progridem sob o efei-to “bola de neve” e têm por baseinformação errónea e falta de infor-mação. O aumento do consumo dedrogas sintéticas surge, actualmente,como dado revelador da alteraçãono sentido dos consumos de dro-gas. É, portanto, importante o deba-

te em torno desta questão para com-preender o que leva a estas mudan-ças nos padrões de consumo. O ál-cool e as problemáticas resultantesdo seu consumo excessivo estiveramsempre presentes ao longo da histó-ria das civilizações e, assim como asproblemáticas anteriores, devem seranalisadas e contextualizadas. Assu-mindo assim, uma posição de res-ponsabilidade perante a comunida-de estudantil, e mais concretamente,para com os estudantes do ISMT, oGAP levou a cabo o projecto “ViaAlternativa”. Este visou contribuirpara a prevenção deste tipo defenómenos, clarificando eventualdistorção da informação, esclarecen-do e informando, propondo com-portamentos alternativos. Para o efei-to, contámos com a colaboração dediversas instituições, nomeadamenteo Instituto Português da Juventude(IPJ), a Unidade de Prevenção deCoimbra do Instituto da Droga eToxicodependência (IDT), o CentroRegional de Alcoologia do CentroMaria Lucília Mercês de Mello(CRAC), a Casa Municipal da Cultu-ra, Associação de Estudantes do Ins-tituto Superior Miguel Torga(AEISMT) e Sound Caffé.

Este projecto teve como desti-natários a população estudantil do

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ISMT, sendo que todas as activida-des se encontravam abertas à comu-nidade em geral. A concretização doprojecto “Via Alternativa” esteve acargo da equipa técnica do GAP, Dr.ªAna Galhardo, Dr.ª Teresa Carva-lho, Dr.ª Rita Joana Santos, e dos es-tagiários do 5.º ano da Licenciaturaem Serviço Social, no Ramo de Es-pecialidade em Aconselhamento,Márcio Oliveira e Zaida Ferreira. Omesmo teve lugar durante os mesesde Março e Abril de 2004.

A 3 de Março realizou-se a pri-meira conferência, intitulada “Vemexplorar a sexualidade”, apresenta-da pela Dr.ª Maria Alfaiate, Coorde-nadora do Gabinete de Apoio à Se-xualidade Juvenil do IPJ deCoimbra, que procurou desconstruirfalsos conceitos acerca da sexualida-de e informar a audiência sobre asDST.

A segunda conferência, denomi-nada “As rodas da noite”, decorreua 31 de Março e teve como orado-ras as técnicas da Unidade de Pre-venção de Coimbra do IDT, Dr.ªCristina Roma, Dr.ª Cristina Buco eDr.ª Teresa Olaio. A intervenção pau-tou-se por distinguir os diferentes ti-pos de drogas de síntese e os con-textos em que cada uma delas é utili-zada. A terceira conferência, desig-nada “Consumo de álcool em Por-tugal, entre o gosto e o desgosto - odesafio da prevenção”, realizou-se a21 de Abril e contou com a presen-ça do Dr. Augusto Pinto, Directordo CRAC, que abordou alguns as-pectos relacionados com a evoluçãodo consumo de álcool ao longo dahistória, o álcool e os falsos concei-tos, o álcool e o indivíduo, asconsequências sociais do alcoolismo,a prestação de cuidados terapêuticosao doente alcoólico e a prevençãode problemas ligados ao álcool.

O terminos deste projecto foirealizado sob a forma de uma festaque se designou de “Uma cena dife-

rente”, e teve por objectivo proporalternativas ao consumo de álcool.Esta teve lugar no dia 21 de Abril,pelas 22 horas no Sound Caffé. Como objectivo de se avaliar a pertinênciadas conferências junto dos participan-tes, foi-lhes solicitado o preenchimen-to de um breve questionário. Após arealização do tratamento estatísticodo referido questionário, constatou-se que estas iniciativas foram avalia-das como muito interessantes e mui-to úteis pelos mais de 500 participan-tes que aderiram a este projecto. Con-clui-se assim que actividades desta

natureza têm receptividade e o seuespaço próprio, junto de estudantesdo ensino superior.

O GAP, com a sua vocação parao desenvolvimento deste tipo de ini-ciativas, que visam a prevenção decomportamentos de risco pela viada informação, continuará em anosvindouros a promover acções destegénero, que procuram ir ao encon-tro das lacunas de informação queexistem no seio da comunidade emque se insere.

A Equipa do GAP

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Boletim Informativo (BI) -Qual o balanço que faz do “es-tado” do Ensino Superior Pri-vado em Portugal?

Jorge Carvalhal (JC) - Eviden-temente que o Ensino SuperiorPrivado, tal como o sistema deEnsino Superior em geral, atraves-sa um período crítico. Temos hojeum problema em que a oferta deEnsino superior ésuperior à procura,ou seja, temos, porrazões de diversaordem, um proble-ma de uma procu-ra insuficiente emrelação à oferta ins-talada e, natural-mente que as insti-tuições privadas,uma vez que con-correm em situa-ções de total desi-gualdade com asinstituições públi-cas, são as primei-ras a ser afectadas.

Penso que onosso país precisa de um EnsinoSuperior modernizado, muito maisadaptado às necessidades de for-mação dos jovens para o mercadode emprego. Eu espero que o pro-cesso a que vamos assistir em rela-ção ao sistema de Ensino Superiorem geral de adaptação aos chama-dos objectivos de Bolonha, sejamuma oportunidade a aproveitar portodo o nosso sistema de EnsinoSuperior, privado e público, no sen-tido de adequarmos melhor as

ofertas de formação às necessida-des de desenvolvimento do país eàs expectativas dos jovens. (…)

O período é difícil, não há dú-vida que grande parte das institui-ções estão a viver dificuldades mas,apesar de tudo, eu sou optimista epenso que é indispensável no nos-so sistema de Ensino Superior apresença de um sector privado

prestigiado e de qualidade que dêum efectivo contributo para amodernização do nosso sistema deEnsino Superior.

BI - Em comparação com oEnsino Superior público, háuma grande discrepância para osector privado? Há uma grandedesigualdade?

JC - Evidentemente que em ter-mos de liberdade de escolha, elanão existe, ou seja, a nossa Consti-

tuição consagra o princípio da li-berdade de aprender e de ensinar,das quais decorre, a nosso ver, oprincípio da liberdade de escolhadas famílias ou dos estudantes,quando maiores, pelo projectoeducativo que querem desenvolver.Essa liberdade de escolha não exis-te em concreto porque os estudan-tes e as suas famílias que optam

pelas instituições privadas têm depagar duas vezes o seu ensino. Pa-gam o ensino dos portugueses emgeral através dos seus impostos eno ensino privado pagam directa-mente o custo do ensino que lhes éproporcionado. Portanto, as con-dições de concorrência entre pri-vado e público, na realidade, nãoexistem porque são profundamentedesiguais, o ensino público temuma posição privilegiada, e anticoncorrencial, que a meu ver é ne-

“O nosso país precisa de um Ensino Superior modernizado”

O presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, Prof. Dr. Jacinto JorgeCarvalhal, esteve no ISMT para participar na Assembleia-geral da Associação e partilhoucom o B.I. algumas considerações sobre o Ensino Superior Privado em Portugal...

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gativa para a melhoria da qualida-de do ensino.

BI - Quais são as medidasque a APESP está a tomar, oupensa tomar, para a resoluçãodessa situação?

JC - A APESP e as instituiçõesprivadas infelizmente não podemadoptar medidas de alteração des-ta situação de desigualdade. O quenós podemos é lutar, batalhar emdefesa dos valores e dos princípi-os em que acreditamos. O primei-ro dos quais é o princípio da liber-dade de escolha dos estudantes edas famílias, em igualdade de con-dições de concorrência entre pú-blico e privado. Tendo consciênciade que essa é uma batalha difícil eprolongada, essa não deixará deconstituir a nossa primeira preocu-pação, procurar continuar a sensi-bilizar a sociedade portuguesa emgeral para a necessidade e para ointeresse em que para a moderni-zação do nosso ensino e,designadamente do nosso ensinoSuperior. É necessário pôr-mos asinstituições a concorrer em igual-dade de condições.

BI - Quais são os principaisobjectivos desta associação?

JC - Promover o desenvolvi-mento da qualidade da oferta dasinstituições privadas, promover areunião das mesmas em termos deobjectivos comuns, é no fundo, aju-dar a criar condições para que osector privado possa dar de factoum contributo positivo no sentidoda melhoria do desempenho dasnossas instituições.

Ricardo Duarte

“AS PALAVRAS NO CORPO” (...silêncios e melodias...)Fundação Eng. António de Almeida - Porto, 23 e 24 de Abril

O Professor Doutor Carlos Amaral Dias participou no Colóquio “AsPalavras no Corpo” apresentando a conferência “ O Verbo e a Carne”que teve como comentadora Celeste Malpique. O Sr. Professor estevetambém como comentador, em conjunto com Celeste Malpique e Jai-me Milheiro, à Conferência “ Sonoridades, Palavras, Silêncio” apresen-tada por Frederico Pereira. A organização do evento esteve a cargo doInstituto de Psicanálise do Porto.

CONGRESSO BIENAL DA LÍNGUA PORTUGUESA NA CPLP1ª EDIÇÃO19 a 21 de Abril

O Congresso Bienal da Língua Portuguesa na CPLP decorreu no Ins-tituto Piaget , no Campus Universitário de Viseu. Teve com objectivoso aprofundamento e consolidação da língua portuguesa no mundolusófono e possibilitar uma reflexão conjunta considerando as diferen-tes dimensões em que esta problemática pode, e deve, ser perspectivada.Um dos congressistas presentes foi o Professor Doutor Carlos AmaralDias que participou na Conferência “A Língua Portuguesa e a Proble-mática da Defesa e da Segurança no Quadro da CPLP”.Estiveram, também, presentes os Docentes do ISMT, Dr. João CarlosVasconcelos, na Conferência “A Língua Portuguesa a ComunicaçãoSocial” e Dr. Jorge Dias Figueiredo, na Conferência “ A Língua Portu-guesa e o Ensino-Aprendizagem do Direito”.

III CONGRESSO SOBRE TOXICODEPENDÊNCIAS NOCINE-TEATRO DE POMBAL“ A Câmara Municipal de Pombal, juntamente com a OPTAR (Associa-ção de Promoção de Hábitos de Vida Saudáveis e Prevenção dasToxicodependências de Pombal), organizam, dias 13 e 14 de Maio, o IIICongresso sobre Toxicodependências do concelho de Pombal.A iniciativa tem como objectivo sensibilizar e informar para as problemá-ticas associadas às toxicodependências , projectos e recursos disponíveis.(...) O segundo dia do encontro começa pelas 9h30 com a apresenta-ção do tema “Velhas drogas, novos percursos”, por Luís Patrício, mé-dico psiquiatra, Joana Amaral Dias, psicóloga, Célia Franco, psiquiatrado Hospital Sobral Cid, e Maria do Carmo Carvalho, psicóloga e in-vestigadora do Centro de Ciências do Comportamento Desviante”.

XVII COLÓQUIODA SOCIEADE PORTUGUESA DE PSICANÁLISELisboa, 28 e 29 de MaioO Professor Doutor Carlos Amaral Dias participou neste evento coma comunicação intitulada “Terror e Justiça Global” e teve como modera-dor o Professor Doutor José Henrique Dias.

Ana Cristina Abreu

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Foi num ambiente descontraídoe bem-disposto que decorreu a ini-ciativa do projecto “Via Alternati-va”, que propunha aos presentesuma noite diferente, onde o alcooltinha “entrada proibida”.

Desta vez a cerveja e as bebi-das espirituais foram substituídaspor batidos de frutas e chás gela-dos.

A ideia da festa no Sound Café,local onde é propício o consumode bebidas alcoolicas, foi de “pro-porcionar uma experiência alterna-tiva, ou seja, passar uma noite agra-dável sem álcool”, afirmou a DrªAna Galhardo, coordenadora doGAP.

Com a Queima das Fitas à por-ta, e o consumo de álcool a au-mentar, este projecto “serve paradesmitificar a ideia, sobretudo dosmais jovens, de que as pessoas sóse divertem se consumirem álco-ol”, acrescentou.

O projecto “Via Alternativa” foidesenvolvido por alunos de Servi-ço Social (área de Aconselhamento)que estão a estagiar no GAP. Oprojecto englobou três conferên-cias. Este convívio serviu de fechoa um dia dedicado ao alcoolismo.

A equipa técnica do GAP afir-mou ainda que “queremos dar con-tinuidade a esta iniciativa até por-que consideramos que constituiuma mais valia para os alunos do

“Uma cena diferente”“Uma cena diferente”, o slogan não podia ser mais sugestivo, para mais quando o consumo deálcool e, principalmente entre os jovens, não pára de aumentar. A iniciativa foi do projecto “ViaAlternativa”.

Ricardo Duarte / Andrea Marques / Nuno Ferreira (Fotos)

instituto e, em termos de formação, para aqueles que estão a estagiar noGAP”.

A diversão e o convívio estiveram sempre presentes durante a noite emque houve “uma cena diferente” sem álcool.

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Boletim Informativo (BI) -Qual o significado do nome docarro?

Mário Amaral (MA) - Mata-ra-tos significa vinho ou bebida de máqualidade. Sendo o carro uma com-pleta sátira, a todos os níveis, deci-dimos aplicar este conceito ao tipode informação que é distribuídahoje em dia em Portugal.

BI - Que dificuldades tive-ram para fazer o carro?

MA - Este é um projecto queeu nunca tinha imaginado que des-se tanto trabalho. Desde alugar ocarro, encontrar carpinteiros para

fazer a estrutura, decidir que comi-das e bebidas comprar e, acima detudo, arranjar maneiras de ter di-nheiro para tudo isto... É necessá-rio conseguir uma boa equipa ondeninguém se iniba de trabalhar por“amor à camisola”. Não querocom isto gabar-me, mas a Comis-são Organizadora deste projecto,da qual sou o presidente, teve dese esforçar muito para conseguirque o objectivo de ir no carro esteano se concretizasse.

BI - Quanto tempo trabalha-ram para o carro?

MA - Desde o 1º ano que to-dos os inscritos trabalham para ocarro pagando quotas mensais, par-ticipando nas actividades criadas,como por exemplo a festa de na-tal, e, mais tarde, com a angariaçãode patrocínios. Em termos de cons-trução do carro, visto que nos de-ram apenas 4 dias, tivemos de osaproveitar bem. A todos foramdadas resmas de papel para fazeras conhecidas flores e, nos dias emque podiam, tinham de ir colocá-las na armação do carro. Foi um

“Mata-Ratos da Informação” com “Assistência 24 Horas”Com a queima das fitas à porta são muitos os preparativos para mais um cortejo onde vão

participar quatro carros do ISMT.Com o objectivo de conhecer os pormenores da construção dos carros alegóricos, o Bole-

tim Informativo foi ao encontro de dois representantes das quatro comissões de curso. Um deCiências da Informação e um dos três de Serviço Social.

Os alunos garantem que irão representar o instituto da melhor forma e que estão reunidasas condições perfeitas para mais um desfile académico: comida, bebida e boa disposição.

Pairava no ar a ansiedade e a euforia de mais um cortejo. A dedicação e o espírito de grupofazem deste, mais um momento inesquecível da vida académica.

O Boletim Informativo foi entrevistar o Mário Amaral (Ciências da Informação) e o GonçaloMota (Serviço Social), dois dos alunos que participaram activamente na construção dos seuscarros alegóricos.

Nome do carro:“Mata-Ratos daInformação”

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trabalho que se tornou bastanteagradável de realizar porque hou-ve muitas demonstrações de ami-zade por parte de todos enquantose preparava o carro.

BI - Vão ter comida e bebida?MA - Claro. Iremos passar cer-

ca de nove horas dentro ou à voltado carro. Necessitamos de “abas-tecimento” para nós e para os nos-sos colegas de outros anos. Esteano calhou-nos a sorte de sermoso primeiro carro do instituto a se-guir no cortejo. Isto faz com quemuitos estudantes aproveitem parafazer o percurso a pé perto donosso carro. Cartolados são cercade 90, o que fez com que tivésse-mos de pensar também na sua sede.Levaremos cerca de 100 grades decerveja. Optámos por comprarpoucas bebidas brancas, para queos ânimos não aqueçam ao pontode mudar o sentido da festa. Ire-mos também ter sumos e água, poisuma festa de estudantes não temsó, obrigatoriamente, bebidas alco-ólicas. Em termos de comida va-mos ter muita variedade.

BI - Quais os custos do carro?MA - Gastámos cerca de 2500

euros no aluguer do carro, compo-sição da estrutura e condutor. Embebida gastámos 750 euros. No querespeita a comida, considero que ti-vemos sorte, pois apareceram bas-tantes patrocínios em géneros ali-mentícios, o que fez com que gas-tássemos menos, mas ainda assimforam 150 euros. Além destes cus-tos, ainda tivemos de mandar fazeras plaquetes, como é tradição, o quenos custou mais 1400 euros. Aindabem que todos os inscritos conse-guiram arranjar o montante de pa-trocínios que foi proposto em di-nheiro, pois se não fosse isso, nãosei se haveria possibilidade de tor-nar este sonho realidade.

Boletim Informativo (BI) -Qual o Significado do nome docarro?

Gonçalo Mota (GM) - Onome surgiu de uma proposta,votada por larga maioria dos mem-bros do carro. “Serviço Social:Assistência 24 horas”, porque qui-semos juntar o curso e a profissão,a uma conotação um pouco maisdivertida, em que demonstramoster uma disponibilidade de 24 ho-ras para dar “assistência” a quemprecisa.

BI - Que dificuldades tive-ram para fazer o carro?

GM - Quem teve mesmo pordentro da construção do carro,sabe que não foi fácil. Perdemosmuito tempo para a resolução dedeterminadas situações, e houveum reduzido número de pessoasque realmente ajudaram no carro,o que é difícil de compreender, vis-to os objectivos serem comuns.

BI - Quanto tempo trabalha-ram para o carro?

GM - A sério começámos emOutubro. No ano anterior apenasnos organizámos numa comissão,de forma a saber quem realmentequeria ir no carro.

BI - Vão ter comida e bebida?GM - O carro leva sandes de

leitão, frango, doces caseiros (osquais agradecemos às mães que osfizeram), chocolates, entre outros.Nas bebidas inclui-se bastante cer-veja, cerca de 3000 cervejas e umaquantia avultada de bebidas bran-cas.

BI - Quais os custos do carro?GM - Não sabemos ao certo,

pois são muitas as contas a fazer,cerca de 6500 euros. Incluindo tudo,e por isto entende-se, a construção,motorista, segurança, comida, be-bidas, etc.

Nome do carro:“Serviço Social: Assistência 24 Horas”

Nuno Ferreira

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em Foco...

Apesar do momento difícil quea economia portuguesa está a atra-vessar “as perspectivas de algumarecuperação são razoáveis. A reto-ma em Portugal vai depender, deuma forma estreita, do que se pas-sar nos nossos parcei-ros principais. Nós pre-cisamos de ser puxa-dos de fora. Não te-mos grandes hipótesesde uma retoma queseja impulsionada porfactores domésticos”,explicou o orador.

Razões darecessão em

Portugal

O Prof. DoutorMiguel Beleza fez umabreve análise da econo-mia portuguesa nos úl-timos anos para expli-car o porquê darecessão que se vive ac-tualmente em Portugal.

A RetomaO Prof. Doutor Miguel Beleza iniciou o seu dis-

curso com uma questão que interessou a todos.“Vamos ter uma retoma económica num futuro

próximo?”

“Em 1995/1996 tivemos a ade-são ao euro e a principalconsequência foi uma descida mui-to baixa das taxas de juro. O queaconteceu com essa descida (naordem dos 14/15%) foi o aumen-

to das despesas por parte do sec-tor privado e das empresas.

A partir de 1996/1997 com astaxas muito baixas, e com a possi-bilidade de concessão de crédito, apoupança das familias caiu muito

Dr. Miguel Beleza num momento da sua intervenção

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e as empresas investiram muito. Éum pensamento inteiramente ra-cional. Se eu posso aumentar omeu bem-estar agora sem ter quesacrificar o futuro, eu estou maisrico do ponto de vista técnico.

Depois deste breve resumoMiguel Beleza acabou por concluirque a primeira causa da recessãoem que estamos se deve “à ressa-ca de um aumento enorme da des-pesa privada durante os anos de2000-2001”, e acrescentou, “o au-mento da despesa pública foi mui-to forte e isso também contribuiupara a recessão”.

Ao mesmo tempo que houveuma ressaca da procura em Por-tugal, houve também “umatravagem importante dos nossosparceiros principais. Não só a pro-cura principal baixou, porqueestamos a pagar os excessos, masa procura de fora também bai-xou o que agravou o fim do pro-cesso de ajustamento da procuraprivada em Portugal”, explicou.

O Prof. Doutor Miguel Belezaapontou “o dia do juízoorçamental” como terceiro factorpara explicar a recessão. Afirmouque existe a necessidade de ter umorçamento mais restritivo.

A recessão que se vive desdemeados de 2002 deve-se, na opi-nião do orador, a três factores:

- Fim do Processo de Ajustamen-to;

- Anemia nos principais parceiros- Dia do Juízo Orçamental.

Estes factores “explicam arecessão em Portugal neste mo-mento e condicionam as possibili-dades e a forma que a retoma podevir a ter” concluiu.

_______________________

“O que é que pode base-ar uma retoma? O que é

que pode basear umrecomeço do crescimen-

to em Portugal?”

Foram estas as perguntaslançadas para continuar o discur-so. O Prof. Doutor Miguel Belezaadmitiu a dificuldade de uma reto-ma económica e explicou, “dadoo endividamento que já existe emPortugal, mesmo com taxas de juromuito baixas é pouco provável,num futuro próximo, uma retomada procura do consumo do inves-timento português.

Neste momento defender quedeveria ser o sector público (querpelo investimento, quer por outrotipo de despesas) a puxar a econo-

mia corresponde exactamente aisto: nós, neste momento, não nospodemos dar ao luxo de quererque as despesas públicas aumentempara querer puxar a economia. Res-ta-nos esperar que essa retoma, esserecomeço, nos venha de fora”.

O orador assumiu ter algumaesperança na retoma económica emostrou aos presentes o crescimen-to dos EUA e do Japão como es-tímulo para acreditar num cresci-mento Europeu.

“É razoável admitir que, aolondo deste ano e do próximo, aEuropa também comece a crescer,que as exportações portuguesaspossam recuperar e que isso puxea economia portuguesa. Se isso nãoacontecer é difícil acreditar numapossível retoma”.

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Andrea Marques / Carla Silva / JFA (Fotos)

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O que é que podemosesperar?

“Após a contracção da activi-dade económica em 2003, o PIB(Produto Interno Bruto) portugu-ês deverá registar, em 2004, umcrescimento no intervalo de 1 a 1½ por cento. A recuperação daeconomia portuguesa deverá serimpulsionada pelo comportamen-to das exportações, prevendo-seainda, uma variação ligeiramentenegativa da procura interna em2004. À medida que o estímuloexterno se fôr transmitindo à pro-cura interna, nomeadamente ao in-vestimento, a expansão da activi-dade económica tornar-se-à maisfirme. Para 2005 espera-se umcontributo já claramente positivo”.

Partindo destas previsões e emjeito de resumo o convidado lançououtra questão que deu seguimentoao seu discurso: “o que é que se podedizer da retoma em Portugal?”

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A retoma em Portugal

Para explicar esta questão nadamelhor do que questionar o moti-vo do actual estado da economiaportuguesa. A resposta é simples:“porque temos a ressaca dos anosanteriores, porque a conjuntura dosnossos principais parceiros é fracae porque foi preciso, a partir de2002/2003, ter um orçamentomais reduzido numa altura em quenão era muito simpático porquetinhamos os outros dois factores”.

São estas as razões que levam oeconomista a afirmar convicta-mente que “a retoma tem que virde fora. O sector privado está dé-bil porque deve muito dinheiro. O

sector público não pode puxar aeconomia porque as finanças pú-blicas têm que recuperar. É cedopara avaliar os resultados visto quetudo o que seja alterações destegénero só dão resultados após al-guns anos”.

_______________________

O alargamento da UniãoEuropeia

Na opinião do orador o alar-gamento da UE “é outra questãoque assusta muita gente. Fala-se napossibilidade de haver mais con-corrência e menos fundos paraPortugal. Isso não é exactamenteverdade porque nós não vamos termais concorrentes.

Neste momento já épracticamente livre o comércio debens e serviços entre os países doalargamento.”._______________________

Fundos Estruturais

“Os fundos estruturais que aEuropa pôs à disposição de Por-tugal foram muito importantes

mas, mais importante do que issofoi a obrigação que eles trouxeramde alterar a despesa pública.

Para utilizar os fundos estrutu-rais é preciso um contributo dopaís em causa e isso obrigou, a par-tir de 1985, a uma alteração muitoimportante da despesa pública emPortugal, com bastante mais inves-timento e, em termos relativos,menos das outras despesas.

Portugal tem, desde há muito tem-po, uma das maiores taxas de inves-timento pública da Europa, senão amaior numa quantidade de anos.

A contribuição que se diz queesses fundos deram para a balançade pagamentos, ou para o cresci-mento em Portugal, foi grosseira-mente exagerada”.

Foi deste modo que o convi-dado especial do Fórum MiguelTorga terminou o seu discurso.

O director do ISMT, Prof.Doutor Carlos Amaral Dias, agra-deceu a presença do Prof. DoutorMiguel Beleza. O debate entre oconvidado e todos os que estavampresentes prolongou-se durante anoite.

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A ideia da criação destes pro-jectos partiu do Dr. Eduardo Mar-ques, docente da referida disciplina.“Ao longo dos últimos anos na abor-dagem que tenho feito do ServiçoSocial, pareceu-me importante in-troduzir uma vertente de aplicaçãoprática de teorias e conhecimentosabordados no processo formativo.Neste sentido, atendendo àespecificidade e à dificuldade comque os alunos se confrontavam natransposição do conhecimento àrealidade social concreta, decidi es-tabelecer uma estratégia educativaem que é dado aos alunos um pa-pel activo de concepção, realizaçãoe de avaliação de pequenos projec-tos de intervenção sociocultural nacomunidade. Isso tem sido feitoatravés de diferentes modalidadesque têm englobado conferências anível nacional ou internacional e comprojectos diferenciados”, explicouo docente.

A realização destes projectosimplica grande empenho e uma for-te motivação por parte dos alunos.A preparação teórica para a con-cepção de projectos é feita duranteas aulas de Teorias e Metodologiasde Serviço Social I. Os temas dosprojectos são escolhidos pelos alu-nos a partir de um “menu” de te-mas pertinentes e actuais para o Ser-viço social, que é revisto anualmen-te pelo Dr. Eduardo Marques. “De-pois de estar o tema ou uma pro-blemática escolhida parte-se ao en-contro de parceiros, entidades naci-

O ISMT no Médio OrienteDois grupos de alunos do Ismt estiveram no Egipto (10 a 21 de Março) e na Jordânia (de 29de Março a 4 de Abril). Estas viagens estão inseridas num leque de projectos socioculturaisintegrados na disciplina de Teorias e Metodologias do Serviço Social I.

no Egipto

onais ou internacionais, que queiram trabalhar connosco e que se queiramenvolver nestas experiências que têm sempre uma componente teórico-prá-tica”.

Os últimos projectos realizados em 2004 no Egipto e na Jordânia estive-ram inseridos no Programa Europeu EUROMED. Este programa financiaprojectos de intervenção socio-cultural entre países da União europeia e pa-íses árabes da bacia do Mar Mediterrâneo. São objectivos deste programaEuropeu facilitar a integração dos jovens na vida social e laboral bem comoestimular a democratização dos países mediterrânicos, através da promoçãode oportunidades para o encontro intercultural, que facilita o diálogo e orespeito por outras culturas e ajudam no combate global contra o racismo, adiscriminação e a xenofobia.

No projecto realizado no Egipto os parceiros foram: Espanha(Ayuntamento de Ribadavia), Itália (Cittá di Torino, Ufficio Scambi GiovanilliInternazionali), França (Jeuness et Reconstruction), Malta (JEF Centre), Jordânia(YWCA), Líbano (Progressive Youth Organization), Egipto (Development No BordersAssociation). Na Jordânia estiveram representadas diversas organizações pú-blicas e privadas da Suécia, Dinamarca, Grécia, Chipre, Palestina, Egipto eJordânia. Portugal esteve presente e foi representado pelos alunos do ISMT.Uma associação juvenil de Coimbra (AICOP) tem colaborado no processode enquadramento e formação intercultural e artística dos participantes.

notícias do Instituto

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Rui Lino (aluno do 4º ano deServiço Social), Susana Silva eJennifer Rodrigues (ambas alunas do2º ano de Serviço Social) estiveramna Jordânia e quase não têm pala-vras para descrever a experiência queviveram. Todos afirmam que estesprojectos são enriquecedores paraa formação pessoal e profissional.

A Jennifer Rodrigues chegoumesmo a confirmar “esta viagem àJordânia contribuiu muito para o

meu desenvolvimento pessoal. Vimde lá diferente...”. O Rui Lino este-ve presente em quase todos os pro-jectos realizados pelo ISMT e reve-lou ao Boletim Informativo que “anível escolar é muito bom este tipode iniciativas porque conseguimosaplicar as teorias que aprendemosnas aulas, principalmente na disciplinade Teorias e Metodologias do Serviço So-cial, em que se aborda o ServiçoSocial de Grupos e Comunidade.

Lá conseguimos aplicar algumas te-orias que aprendemos nas aulas evemos que elas realmente funcio-nam.”

Os grupos de trabalho que seformam são sempre constituídospor pessoas de diversos países o quecontribui para uma troca de ideias,pensamentos e experiências que osalunos afirmam serem “muito im-portantes para conseguirmos com-preender diferentes culturas e mes-mo para ver como os grupos serelacionam entre si”. Na Jordâniaconstataram que “ao contrário doque se pensa, os árabes não são nadapreconceituosos. Eles têm as ideiasdeles mas respeitam as ideias dosoutros. São muito simpáticos,prestáveis e hospitaleiros. Os nórdi-cos são muito mais fechados do queos árabes”.

De Portugal os alunos já levamas ideias. No local têm que as pôrem prática. “Temos que dinamizarvários workshops com temas que an-teriormente escolhemos, temos quepreparar noites interculturais comdanças, comidas, vinhos e tudo o queé representativo do nosso patrimó-nio cultural”, afirmou Rui Lino.

Todos são unânimes em afirmarque estas actividades são fundamen-tais para a formação e também paradivulgar o nome do ISMT a nívelmundial.

Á medida que estes projectos seforam concretizando foram aumen-tando o número de convites para aparticipação do ISMT em acçõesde intervenção sociocultural. Assimsendo, houve a necessidade de criaro Grupo Dinamizador de Aprendiza-gens Interculturais (GDAI). Este gru-po é constituido por alunos e pro-fessores do ISMT que, em regimevoluntário, trabalham na concepção,desenvolvimento e implementaçãode Projectos de DesenvolvimentoSóciocultural em Portugal, Europa,Médio Oriente, Africa e América

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Latina. Os principais objectivos des-te grupo são: contactar com dife-rentes culturas e desenvolver expe-riências profissionalizantes que per-mitam um trabalho interdisciplinare intercultural na intervenção social;encorajar a descoberta, a curiosida-de, a tolerância e a solidariedadeentre todos os povos, promoven-do uma cultura de paz e diálogoentre civilizações; aumentar diversi-dade e a pluralidade de pontos devista, para permitir o desenho deprojectos vivos e adaptados aomundo em que vivemos e estimu-lar a cidadania activa e a prática dasolidariedade com todas as vitimasde violações de Direitos Humanos.

Para conseguir realizar este tipode projectos o GDAI está a utilizardois programas da ComissãoEuropeia, o Programa Juventude eo Euromed. Estes programas finan-ciam entre 70% a 100 % do custototal do projecto, dependendo se éum acolhimento ou deslocação. Nocaso das deslocações, os alunos par-ticipantes tem normalmente de pa-gar 30% do custo da viagem.“O ISMT dá um apoio simbólicoque por vezes se traduz no trans-porte dos alunos e dos materiais(necessários para os workshops) aoaeroporto. Pontualmente há tam-bém um pequeno apoio financeiropara a aquisição do dito material oupara a deslocação”, afirmou o Dr.Eduardo Marques.

O docente acrescenta que estesprojectos são uma mais valia para aintegração social e profissional dosjovens, “hoje em dia vivemos nummundo globalizado em que a co-municação e a interacção entre aspessoas é cada vez mais importan-te. Hoje todo o cidadão tem queestar preparado para viver num es-paço que não esta submetido àsfronteiras do seu país. Temos queviver numa grande comunidade,num espaço que está globalizado

pelas questões económicas, políticase também pelas questões do traba-lho. É neste sentido que estes pro-jectos, para além de permitirem aosalunos um contacto com realidadesculturais e sociais diferenciadas, per-mite-lhes também assumir um pa-pel de cidadania e de participaçãoactiva ao nível da intervenção soci-al. Permite-lhes também a aquisiçãode competências profissionais, so-ciais e relacionais extremamente im-portantes para a sua integração so-cial enquanto pessoas, mas tambémenquanto futuros profissionais. Éneste sentido que esta aprendizagem

e estas vivências se tornam funda-mentais para todas as pessoas quevoluntariamente disponibilizam al-gum do seu tempo para criar pro-jectos, para criar respostas aos de-safios e aos problemas do mundode hoje.”

Estes projectos estão abertos atodos os alunos das diferentes licen-ciaturas, e já este ano foi integradoum aluno de Ciências da Informa-ção no projecto do Egipto. Esta co-munidade de aprendizagem preten-de ser um espaço de encontro detodos alunos que queiram inovar,trabalhar e partilhar experiências

na Jordania

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Andrea Marques

num mundo sem fronteiras. É de salientar que os alunos de ServiçoSocial assumem o protagonismo visto serem eles que têm as competên-cias e os conhecimentos na área da concepção, gestão e avaliação deprojectos.

Para o futuro o GDAI esta envolvido em vários projectos que aguar-dam aprovação, designadamente: “Educational games to prevent violencein youth activities”, na Roménia; “Let alive ones not leave the hope”, naPolónia; “Interaction between culture and space”, na Turquia, “Vive eajuda a viver” em Moçambique e “Therapy Trought Art” que é o pro-jecto, mais complexo e exigente, dado que exigiu uma candidatura si-multânea a três programas Europeus (Socrates, Leonardo da Vinci eJuventude) e com um leque diversificado de países parceiros.

Em fase de concepção estão vários projectos designadamente: “Amore Sexualidade: abordagem transcultural – Ocidente / Oriente”, “Arte eNatureza: Consciencialização Ambiental através da arte”, “O Feminino& o masculino: A cidadania do género; Práticas anti opressivas” e “ARota dos Escritores”.

Como afirmou o Dr. Eduardo Marques, “estas iniciativas demons-tram que no ISMT é possível criar e inovar no campo das práticas deensino, desenvolvendo conhecimentos próprios e interacções com a co-munidade, na linha do triângulo virtuoso de Ensino Norte Americanoem que se exige ao professor universitário que ensine, investigue e de-senvolva actividades nas organizações ou na comunidade”.

Mensagens recebidas pelo Dr.Eduardo Marques a felicitar o traba-lho e o comportamento dos alunosdo ISMT

“Eduardo, dile a todo tu grupo que soislos mejores!!! Ha sido un placer conocervosy ojala podamos coincidir en el futuro y hacercosas juntos.”

Eleni

“ I liked you and all of your group. Youwere all wonderful and respeted people torepresent their country”

Shaimaa

“Esta viagem à Jordânia contribuiu muito para o meu desenvolvimento pessoal. Vim de lá diferente...”.Jennifer Rodrigues

“Lá conseguimos aplicar algumas teorias que aprendemos nas aulas e vemos que elas realmente funcionam.”Rui Lino

“Esta aprendizagem e estas vivências tornam-se fundamentais para todas as pessoas que voluntariamen-te disponibilizam algum do seu tempo para criar projectos, para criar respostas aos desafios e aos problemas

do mundo de hoje.” Eduardo Marques

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Com a organização deste Semi-nário pretendeu-se contribuir para:

Debater o desenvolvimen-to social e comunitário emPortugal no novo milénio;Divulgar boas práticas e pro-jectos de sucesso em paísesda União Europeia e emAfrica;Enquadrar o trabalho dasONGD´S nos processos dedesenvolvimento a nível na-cional e internacional;Promover o relacionamen-to entre o sector público eo privado na ajuda ao de-senvolvimento e cooperaçãointernacional.

Foram várias as questões levan-tadas durante a conferência deonde se destacam:

Os processos de mudançasocial planeados e concebidospara promover o bem estardas populações e forneceroportunidades de progresso;As práticas e metodologiaspara conseguir melhorar asrelações entre necessidades,aspirações humanas e aspoliticas sociais;As dinâmicas educativas quepermitem que todos os indi-víduos aumentem as suas ca-pacidades humanas ao máxi-mo e as apliquem aos cam-pos económico, social, cultu-ral e político;

As implicações das estratégi-as individualistas, colectivistase estatais na promoção dobem estar social e de luta con-tra a exclusão social;O conhecimento de boaspráticas, projectos e ideias desucesso na Europa e em Áfri-ca.

Com a realização deste seminá-rio pretendeu-se promover a re-flexão sobre o papel das Organi-zações Não Governamentais nodesenvolvimento de comunidadesurbanas e rurais e na mobilizaçãodas populações para a defesa dassuas necessidades, promovendo aharmonia com a cultura local e aprotecção dos ecossistemas.

“Desenvolvimento Social e Comunitário Sustentável:Contributo das ONGs em Portugal e no Mundo”

O seminário “Desenvolvimento Social e Comunitário Sustentável: Contributodas ONGs em Portugal e no Mundo” realizou-se no passado dia 28 de Abril,no auditório do Instituto Português da Juventude.

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O seminário esteve estruturadoem vários painéis temáticos e comoradores e comentadores convida-dos.

A sessão de abertura foi feita peloDr. Vasco Almeida em representa-ção do Conselho directivo do ISMTe pelo Dr. Sérgio Guimarães, Chefeda Divisão de Apoio à sociedadeCivil do Instituto de apoio ao De-senvolvimento.

O primeiro painel teve comomote “A emergência do TerceiroSector em Portugal e na Europa: Oscontributos do Serviço Social”, econtou com a participação deManuela Coutinho (Assistente Soci-al, Docente na Universidade Católi-ca e Investigadora no CPIHTS), Luisa Oliveira (AssistenteSocial- Coordenadora do Projecto Equal -Economia So-cial - Solidária, Qualificada e Inovadora ) e Carla Duarte(Socióloga – Projecto C3; Consultoria para o 3º sector).

O segundo painel abordou “O papel das Associaçõese das ONGD no desenvolvimento social e comunitário”,e teve a participação de Arnauld de La Tour (INDEIntercooperação e Desenvolvimento), Manuela Biltes(ANDC - Associação Nacional de Direito ao Crédito) eMiguel José (ISU – Instituto de Solidariedade e Coopera-ção Universitária).

O terceiro painel teve como tema “Organizações NãoGovernamentais: Problemas e Desafios”, estiveram presentesPaulo Pereira / Ercilia Bilro (AMI),

Dra. Isabel Ventura (Saúde em Português).O quarto e último painel intitulou-se “Instituto Camões

e Instituto Português da Juventude: experiências diferentesna promoção da cooperação portuguesa no mundo”, econtou com a presença de Madalena Arroja (Chefe Divi-são de Ensino da Língua Portuguesa Instituto Camões ).

Da comissão organizadora deste seminário fazem parteo Dr. Eduardo Marques (Instituto Superior Miguel Torga),Jennifer Rodrigues (Estudante), Rui Lino (GDAI), DavidVicente (GDAI), Liliana Borrego (Estudante), Susana Pin-to (Estudante), Mariana Xavier (Estudante) e CarolinaMoreira (Assistente Social).

Esta iniciativa estava integrada na Disciplina de Teoriae Metodologia do Serviço Social.

Andrea Marques / Carla Silva

Dr. Sérgio Guimarães

Prof. Doutora Manuela Coutinho

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O Instituto Superior MiguelTorga é uma das instituições quefazem parte da do Rede temática“Serviço Social Europeu”, no âm-bito do programa Socrates.

O objectivo desta rede que en-volve 40 universidades Europeias ealgumas organizações representati-vas dos assistentes Sociais, é desen-volver um estudo comparativo so-bre o Serviço Social nos aspectoseducativos e profissionais. Pretendese produzir e partilhar saberes rela-cionados com o Serviço Social, efazer a sua disseminação por toda aEuropa. A base de dados que seestá a construir visa disponibilizar in-formação sobre a profissão, a for-mação teórica dos assistentes soci-ais e avaliação de projectos de in-tervenção social na Europa.

A estratégia que está a ser segui-da consubstancia-se em quatro áre-as de intervenção:

1. A produção de livros so-bre Serviço Social Europeu. O pri-meiro livro editado no âmbito darede; “European social work” jáesta no mercado e pode ser adqui-rido em livrarias especializadas portoda a Europa ou através da Internetno site do editor em:

SOCRATES Redes TemáticasEuropean Social Work

“This book represents a freshattempt at developing a generaloverview of basic informationabout social work in 24 Europeancountries. For each country, an authorsuccinctely explores the backgroundof social work, including historical,

political, social and cultural issues ofsignificance, and goes on to considerhow social work educationdeveloped, and into what kind ofinstitutional context and with whatkind of curricula. Professional issuesare then addressed. The differentdefinitions of “social worker” andtheir roles and activities areconsidered alongside theirprofessional status and socialstanding. Finally, each chapter exa-mines the future of social work inrelation to challenges within thespecific country and its currentengagement with Europeandimensions. This book should helpteachers, students, and professionalsto develop a comparativeapproach. It will also I be useful farboth associations and professionalsbecause it offers an insight intopractical issues and social problems

within different regionsof Europe.”2004 pp. 224 / Euro18.20 / Cod ISBN 88-430-2967-3

O livro em análise trazum artigo sobre o Servi-ço Social em Portugal daautoria dos ProfessoresEduardo Marques e He-lena Mouro. Um próxi-mo livro está já no preloe será lançado em Agos-to próximo. Neste mo-mento aceitam-se pro-postas de artigos para oterceiro livro a editar pelarede. Terá como titulo“Theory practice and researchfor social work education”. –Os interessados em apre-sentar propostas devemfazer chegar ao Nufic até

1 de Outubro uma folha A4 (500

http://www.carocci.it/carocci/servlet/LoadPageNet?page=32&init=sec&act=scheda&cod=2706

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palavras) com um resumo do artigo. Será dadapreferencia a propostas que integrem uma dimen-são europeia e escritos em parceria por autores dediferentes países.

2. O desenvolvimento de uma página naInternet sobre o projecto e com informação re-levante para o Serviço Social. O Web Site vai serreformulado e melhorado muito brevemente. Paraconsultar esta página ver:

http://www.eusw.org

3. A produção de Newsletters. Uma novanewsletter está a ser produzida pelo que noticias ououtros contributos são bem vindos.

4. Ensino à Distancia / Sala de aula Vir-tual. Actualmente já existe uma plataforma para e-learning http://home.hib.no/ahs/virclass. É nestaplataforma que se vão abrir as portas da Sala deAula Virtual para o Serviço Social na Europa.

5. Universidade Internacional de Verãode Serviço Social. É já no próximo ano, duran-te a segunda quinzena de Julho, que se vai iniciarna Università degli Studi di Parma o curso pilotoEuropeu em Serviço Social. Os temas a abordarsão: O Serviço Social Anti Opressivo; os Siste-mas de Bem Estar Social na Europa e o ServiçoSocial como Disciplina e como Profissão.

Este importante projecto para o Serviço So-cial na Europa, foi avaliado pela ComissãoEuropeia com 9 valores, isto numa escala de 10.Tal facto é motivo de grande satisfação para to-dos os participantes no projecto e fonte de moti-vação para se trabalhar mais e ainda melhor comvista à excelência do Serviço Social. É também aafirmação do prestigio do ISMT a única institui-ção de Ensino Superior Portuguesa presente nesteprojecto.

O Nufic / Gestão de Projectos convida todosos docentes e discentes que queiram saber mais so-bre o Projecto / nele colaborar ou participar (Uni-versidade de Verão ou sala de aula virtual) paracontactarem directamente o Dr. Eduardo Marquesresponsável por este projecto.

Eduardo Marques

5º CONGRESSO NACIONAL DO BIOÉTICAPorto, 21 e 22 de MaioDESAFIOS À SEXUALIDADE HUMANAA Dra Joana Amaral Dias participou no 5º Congresso Naci-onal de Bioética, no dia 21 de Maio, na Conferência“Abortamento: fronteiras de uma realidade” onde apresen-tou o tema sob a perspectiva social. A Conferência tevecomo Moderador Maria de Belém Roseira, comoComentador Margarida Neto e como Presidente Rui Nunes.A organização do evento esteve a cargo da Associação Por-tuguesa de Bioética, Serviço de Bioética e Ética Médica(FMUP).

ALUNA DO ISMT EM ESTÁGIO NODIÁRIO “AS BEIRAS”MAU TEMPOINUNDAÇÕES A EITO“ A “TEMPESTADE” que Domingo à tarde caiu sobreCoimbra (e não só) prolongou os trabalhos de limpezaaté altas horas da madrugada, apesar de os casos deemergência serem mais esporádicos. Mesmo assim, odia amanheceu com alguns casos que necessitaram apronta intervenção das corporações de bombeiros.De acordo com o segundo comandante, os BombeirosVoluntários foram chamados duas vezes para retirar oexcesso de água da via pública. “A última vez quefomos chamados foi às 22h35”, adianta. Já para ocomandante dos Sapadores, apesar de contabilizaremmais saídas, “a noite foi mais calma. Essencialmentefoi mais um controlar da situação” e remover algumaágua que ainda persistia.Na Rua do Brasil, os trabalhos duraram até à 01h00, eno Campo da União, os Sapadores necessitaram demais duas horas (até às 03h00) para conseguir escoartoda a água.O dia de ontem também amanheceu chuvoso, o quemaios uma vez, provocou algumas inundações quecontinuaram a incomodar as populações. Os BombeirosSapadores foram chamados a desimpedir algumasgaragens e elevadores. Mas, como contou ao diário AsBeiras o Comandante, a situação mais grave ocorreu noCentro Paroquial de são José. A instituição ficouinundada, entupindo o esgoto e provocando mau cheiro,uma situação que começou às 09h00 e só terminou às16h00.Também na sexta-feira, a cobertura do Pavilhão dosolivais ficou com fendas, originando a transferência detrês jogos oficiais-marcados para aquele dia-para outrospavilhões e o adiamento de alguns jogos.”

Ana Silva2004.Maio.25

Ana Cristina Abreu

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Mestrados

FERNANDOSIMÕES CARVALHOEm 03 de Abril de 2004, concluiuo Mestrado em Sociopsicologia daSaúde, com a Tese intitulada “Ac-tividade Simbólica em Filhos deMães Toxicodependentes”. O Júri,constituído pelos Prof. DoutoresAntónio Proença da Cunha(ISMT), Anabela Sousa Pereira(UA) e Jorge Caiado Gomes(ISMT), classificou a prova comMUITO BOM.

MESTRADOS EM PREPARAÇÃO

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Nuno Miguel Catela Correia, versando sobre otema dos Factores Predisponentes do Consumo de Substâncias Psicoactivas em Enfermeiros.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Cristina Maria Rodrigues Silva Ventura, intitulado “Estratégias deCoping em Famílias Com Crianças Autistas”.

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Sandra La Salete Campos Abrantes, intitulado“ (Toxico)Dependência: à descoberta do impacto da heroínodependência no stress parental”.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Sónia Catarina Carvalho Simões, versando sobre o tema do Supor-te Familiar na Maternidade Adolescente.

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Carlos Lopes Cardoso, intitulada “ ImagemCorporal e Depressão na Infância: contributo para a validação de uma escala de avaliação da imagem”. Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Nuno Miguel Catela Correia, versando sobreo tema dos Factores Predisponentes do Consumo de Substâncias Psicoactivas em Enfermeiros.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Cristina Maria Rodrigues Silva Ventura, intitulado “Estratégias deCoping em Famílias Com Crianças Autistas”.

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Sandra La Salete Campos Abrantes, intitulado“ (Toxico)Dependência: à descoberta do impacto da heroínodependência no stress parental”.

Ana Cristina Abreu

MARIA SOLEDADERODRIGUES LOURENÇOEm 05 de Maio de 2004, concluiuo Mestrado em Toxicodependênciae Patologias Psicossociais, com aTese intitulada “Carreiras de Alco-olismo: evolução do consumo deálcool, consequências individuaisdo consumo de álcool e estruturasde saúde disponíveis na região deCastelo Branco”. O Júri, constituí-do pelos Prof. Doutores AntónioProença da Cunha (ISMT), RuiAragão Oliveira (ISPA) e CarlosFarate (ISMT), Carlos Amaral Dias(ISMT) e a Mestre Sandra Oliveira(ISMT) classificou a prova comMUITO BOM.

PEDRO FILIPENABAIS NEVES RENCAEm 05 de Maio de 2004, concluiuo Mestrado em Toxicodependênciae Patologias Psicossociais, com aTese intitulada “Consumo de Subs-tâncias Psicoactivas em Alunos doEnsino Superior”. O Júri, consti-tuído pelos Prof. DoutoresAntónio Proença da Cunha(ISMT), Rui Aragão Oliveira(ISPA) e René Tápia Ormazabal(ISMT), Carlos Amaral Dias(ISMT) e a Mestre Sandra Oliveira(ISMT) classificou a prova comMUITO BOM.

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um Olhar sobre...

Márcio Oliveira é aluno do 5ºano de Serviço Social do ramo deAconselhamento e está a estagiar noGAP (Gabinete de ApoioPsicossocial).

O aluno do ISMT afir-mou que o seu trabalho en-quanto estagiário assenta nodesenvolvimento de activida-des, de organização de con-ferências e colóquios sobre te-mas relacionados com o ál-cool, as drogas e a sexualida-de. Participa igualmente nagestão do site Psica-te.com,um espaço de aconselhamentoon line, de acesso restrito aosalunos do ISMT, onde estespodem colocar as suas ques-tões, dúvidas ou obter infor-mação sobre métodos deestudo, sexualidade,contracepção, acesso ao en-sino superior, entre outros te-mas. Segundo Márcio Olivei-ra, uma das funções dos esta-giários consiste, em articula-ção com a equipa técnica doGAP, na “actualização dos conteú-dos da página do Psica-te”.

O estudante de Serviço Socialconsidera que a relação de trabalhocom a coordenadora do GAP temsido “muito boa. A professora AnaGalhardo sempre nos pôs muito àvontade e uma das coisas que foifundamental foi nós chegarmos aquie começarmos a assistir às reuniões

da equipa técnica, num ambiente degrande informalidade.”

Márcio Oliveira salientou que tra-balhar na área do aconselhamentoem Portugal é “complicado” devi-do às condições existentes. “Se esti-vesse em países como a Inglaterra

ou os Estados Unidos teria muitomais facilidade de trabalhar no ramode aconselhamento”.

Ana Galhardo, a coordenadorado GAP, considera que tem havidouma “grande base de entendimen-to” entre os alunos estagiários e aequipa técnica. “Este é um dos anosem que se tem desenvolvido um ex-

serviço social

Para conhecer melhor os alunos do ISMT e as suas potencialidades,o Boletim Informativo foi acompanhar um dia de estágio de dois futurosprofissionais das áreas de Serviço Social e de Ciências da Informação.

Francisco Vicente / Nuno Ferreira (Foto)

celente trabalho, que passa pela qua-lidade dos alunos que temosconnosco e que têm mostrado co-nhecimentos teóricos e competên-cia para a realização das mais varia-das tarefas”.

Questionada quanto à eventualcontinuidade dos alunos no GAPapós o estágio, Ana Galhardo afir-mou que essa decisão depende dadirecção do ISMT, mas adiantouque “teria todo o gosto que os alu-nos continuassem aqui a trabalhar”.

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um Olhar sobre...

ciências da informação

Quinta das Lágrimas. O nomedispensa apresentações... Um localidílico, revestido de uma carga sim-bólica enorme. Foi aí que o Bole-tim Informativo foi ao encontrode Maria Luís, a aluna do 5º anode Ciências da Informação queconseguiu “o melhor estágio quepodia imaginar”.

Quando questionada sobre oporquê de ter optado pela Quintadas Lágrimas para local de estágio,Maria Luís afirma que “sincera-mente nem nunca tinha cá estadomas quando me falaram em po-der vir estagiar para cá, é lógico queuma pessoa pensa logo que se tra-ta de um lugar diferente, bonito e

que no currículo até é capaz depesar um bocadinho”. A aluna doISMT refere que este lugar “cheiode história” é sem dúvida um “sí-tio óptimo para se estagiar dentroda área das Relações Públicas”.

Quanto à integração e adapta-ção, a jovem estudante adianta que“nos primeiros dias custa semprea toda a gente, não conhecemos aspessoas, mas a pouco e pouco fui-me enquadrando. As pessoas sãobastante simpáticas e acolhedorasaqui”, admitindo que “nunca tinhaestado num ambiente assim, nuncame tinha visto num jantar de 250pessoas, a recebê-las, é complica-do...”, Maria Luís refere que “foi

aos poucos, eu gosto desta confu-são, de telefones a tocar, de falarcom pessoas, foi sempre isso quepensei que iria fazer”.

Papel fundamental nesse pro-cesso de integração foi o das pes-soas com quem trabalha, e que aestudante garante como um apoio“incondicional, é que aqui todas aspessoas me ajudam de igual for-ma, não há aqui estigmas nenhums,somos todos iguais”.

No que toca ao dia-a-dia naQuinta das Lágrimas, Maria Luísadianta que “é imprevisível. Aquicada dia é um dia, mas por normachego, vejo se há alguma coisa parafazer no escritório, mas onde eu

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A Quinta das Lágrimas

Entrou para a famíliados actuais proprietáriosem 1730. Antes disso, aQuinta tinha já pertencidoà Universidade e a umaOrdem Religiosa. OPalácio foi construído noséc. XVIII, no entantodessa primeira construçãoapenas existe ainda aparte de trás (virada para opombal), em virtude de umincêndio ocorrido em 1879e que obrigou a grandesobras de reconstrução,tanto no interior como noexterior. A casa apresentaassim uma arquitectura doséc. XIX, sofrendo asvariadas influências que oentão proprietário, MiguelOsório Cabral de Castro,foi captando nas suasvárias viagens pela Euro-pa.

A principal lenda quegira à volta da Quinta é ado trágico romance de D.Pedro e Inês de Castro.

Ricardo Duarte / Nuno Ferreira (Fotos)

passo mais tempo é na recepção, e a partir daí vão-me encaminhando para diversos trabalhos que surjam, desdeacompanhamento de clientes, mostrar as fontes, visitas aqui no hotel, ou como acontece também várias vezes, ficarà noite quando há jantares grandes, para receber as pessoas, estar um bocadinho a conversar com elas”.

Maria Luís considera que esta tem sido uma experiência bastante gratificante, que está a ser um estágio“espectacular” e “muito enriquecedor”, opinião que é partilhada pela supervisora do estágio, a Dra AssunçãoPinto “penso que o trabalho da Maria Luís está a ser excelente, pelo menos por aquilo que ela me diz nas reuniõesde supervisão. Sinto-a motivada, o processo de integração dela foi excelente. Penso que está a ser um estágio comconteúdo, que está a ser importante para ela porque tem aprendido, tem sido uma boa experiência”.

Em tom de conclusão, Maria Luís refere que gostaria de ficar na Quinta das Lágrimas depois do estágio, atéporque, como ela mesma afirma, se trata de um lugar “bom, mesmo muito bom”, com um ambiente fantástico,onde “todos são muito simpáticos”.

NOTAAntes do fecho da edição o Boletim Infomativo teve ainformação que Maria Luís foi convidada para ficar atrabalhar no “Hotel Quinta das Lágrimas”. O BoletimInformativo felicita a aluna e deseja boa sorte!

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revista de Imprensa

ENSINO SUPERIORFederação quer combaterobesidade dos estudantes“ A federação que representa1000.000 alunos do ensinosuperior particular e cooperativoanunciou ontem um projectopara combater a obesidade dosestudantes universitários,tradicionalmente dados a maushábitos alimentares e alheadosdo exercício físico. No âmbito doprojecto “Privados de Saúde?”técnicos de uma clínica daespecialidade vão deslocar-se,nos próximos dois meses, aosestabelecimentos de ensinosuperiores privados e cooperati-vos para medir a massa muscu-lar dos estudantes.”

Diário de Coimbra2004.Abril.21

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“Retrocesso no sistemademocrático”ANFUP critica reforma noensino superior“A Associação Nacional dosFuncionários das UniversidadesPortuguesas (ANFUP) consideraque a reforma estrutural doensino superior – Lei de Basesda Educação, Lei de Autonomiae as novas orientações para aacção social - é um “retrocessosistema democrático das institui-ções democráticas”.Reunidos em Coimbra durantedois dias, os dirigentes decidi-ram organizar acções de infor-mação, “de modo a proporcionaruma tomada de posição forte,esclarecida e responsável em

tempo útil”, conforme é referidonuma nota de imprensa dadirecção nacional da ANFUP. “

Diário de Coimbra2004.Abril. 20

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Instituto Bissaya Barretolança livro“ Precariadade eVulnerabilidade Psicológica” em pesquisa“Precaridade e VulnerabilidadePsicológica – comparaçõesfranco - portuguesas” , lançadoontem, no Instituto SuperiorBissaya Barreto, em Coimbra.Apresentado por Amaral Dias,o livro faz a análise dos efeitospsicológicos da precaridadesócio-económica e conclui que“em vez das pessoas fazeremface aos acontecimentos e asituações difíceis, desenvolvemreacções defensiva e ofensiva,estratégias individuais ou colecti-vas que lhes permitem adaptar-se, resolver problemas, afirmar asua identidade ou desejo, reduziro stress, fazer face erelançarem-se”.A obra é fruto de uma parceriaentre a Fundação BissayaBarreto e o Centro Europeu deInvestigação sobre Condutas eInstituições (CEICI), sendo osseus autores, Pierre Tap, profes-sor de Tolouse- Le Mirail edirector de investigação doCEICI, e Maria de LourdesVasconcelos, professora noInstituto Superior BissayaBarreto e directora da CEICI.”

Diário de Coimbra2004.Abril. 25

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No âmbito das comemoraçõesdo 25 de AbrilAmaral Dias na Tocha eVitorino d’Almeida em Mira“Integradas no programa dascomemorações do 25 de Abrildecorrem já hoje em Cantanhede,Mira e Tocha diversas iniciativasde âmbito cultural e desportivo.O destaque vai para o concertocom o maestro Vitorino deAlmeida, a decorrer na igrejaMatriz de Mira, pelas 21h30 epara a conferência que decorrehoje, pelas 22h00, na sede daJunta de Freguesia da Tocha,com o Professor Amaral Dias ecom Carlos Magno, subordinadaao tema “ A Sociedade Portugue-sa 30 Anos Depois”.

Diário de Coimbra2004.Abril.24

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PROFESSORES AOQUADROO Governo pretende integrarcerca de quatro mil professo-res auxiliares nos quadro dasuniversidades

“A Ministra da Ciência e doEnsino Superior, Graça Carvalho,disse ao Expresso que vai propora integração dos professoresauxiliares no quadro das universi-dades – cerca de quatro mil,segundo as contas do sindicatodo sector.A FENPROF denunciou estasemana a situação laboral dosdocentes no ensino superiorpúblico: 73% dos 23.400 estãocontratados a prazo. (...) AFENPROF convocou para apróxima quarta-feira uma con-centração à porta do Palácio dasLaranjeiras, onde vai apresentara Graça Carvalho um rol derevindicações para pôr termoàquilo que considera ser “ aprecaridade do emprego”.

Expresso2004.Abril.24

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Ana Cristina Abreu

AAC improvisa cemitério emmais uma acção de protestoGOVERNO “enterrou”ensino superiorDescontentamento com asalterações legislativasno ensino superior levou estudan-tes. A nova acção simbólica.. AACC considera que aspectos comsucesso escolarou a acção social foram enterra-dos por este Governo“ A Associação Académica deCoimbra (AAC) instalou, ontem,no Largo D. Dinis, um cemitériofigurado com 15 campas, emmais uma acção demonstrativa doseu descontentamento com areforma do ensino superiorpúblico. Nas lápides decontraplacado, montadas emfrente da estátua do rei fundadorda Universidade de Coimbrafiguram “epitáfios” como “ Aquijaz ao acção social escolar”“Aqui jaz o sucesso escolar” ou “Aqui jaz a qualidade de ensino”.

Diário de Coimbra2004.Abril.27

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A ACC entrega documen-to na residência oficial deDurão Barroso“ Na cauda da Europa” Sr.Primeiro-ministro!“O Presidente da Direcção da As-sociação Académica de Coimbra( DG/AAC), Miguel Duarte, entre-ga hoje, pelas 11h00, na residên-cia oficial do primeiro-ministroDurão Barroso, um documentointitulado “ Na Cauda da Europa”.É mais um apelo ao Governo parainvestir de forma significativa noensino superior português, por for-ma a que o país consiga deslocardos últimos lugares que, por re-gra, ocupa nas estatísticassectoriais que são feitas no âmbi-to da União Europeia.”

Diário de Coimbra2004.Abril.21

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Noites do Parquecom o melhor damúsica portuguesa“Queima “ sem atracçõesinternacionais“ Ainda com programação incom-pleta, é certo que as noites do Par-que da Queima das Fitas de 2004contarão apenas com artistas na-cionais. Em ano de Rock in Rio ecom o Super Bock/Super Rock,assim com os festivais de Verão,a Comissão Central optou por con-tratar o que de melhor se faz namúsica portuguesa e “não gastardinheiro por gastar” em nomes in-ternacionais, explicou BrunoRodrigues, comissário para a pro-dução do parque. (...) BrunoRodrigues frisou ainda que a pro-cura fez disparar os preços, o quedificultou as contratações por parteda Comissão Central, com orça-mento limitado e mais reduzidoque em edições anteriores, nãorevelado à comunicação social”.

Diário de Coimbra2004.Abril.27

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REITORES CRITICAMQUALIDADE DOS CURSOSO Conselho de Reitores acabade fazer um documento, queconstitui uma verdadeiraautocrítica

“ O Ensino Superior debate-sehoje com problemas de qualidadee excesso de cursos (1600),estes muitas vezes criados pormeras questões comerciais.A denúncia é feita num documen-to- a que o EXPRESSO teveacesso – produzido por umacomissão do Conselho deReitores das Universidades dasUniversidades Portuguesas(CRUP), já entregue à Ministra daCiência e do Ensino superior,onde se diz que “ as designações(dos cursos) são introduzidaspelas instituições por razõesexclusivas de “marketing”.

Expresso2004.Maio.01

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Não são os artigos, Graça!

“ Foi recentemente apresentadopelo Ministério da Ciência e doEnsino Superior (MCES)um novomodelo de financiamento e demedidas para o sistema científiconacional. Os objectivos passam,essencialmente, pelo desenvolvi-mento científico aliado a umafixação de capital intelectual emPortugal. (...) O novo quadro deiniciativas para a Ciência, tem, defacto, um grande incentivo paraos jovens que querem vir a serinvestigadores de renome interna-cional: o incentivo para quefaçam as malas”.

Expresso2004.Maio. 01

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DAR O SALTO“Um estudo do Banco de Portu-gal divulgado pelo “Público” nasegunda-feira veio desmentiruma ideia feita e bastantevulgarizada entre nós: a de que aposse de um diploma universitá-rio vale cada vez menos e já nãoé garantia de melhor emprego,nem nem de maior segurançanele. O que nos diz o estudoem causa é precisamente ocontrário. Os licenciados têmmais e melhores postos detrabalho à sua disposição, comvencimentos 80% acima dosconseguidos pelos trabalhadoresque se ficaram pelo ensinosecundário. (...) O estudo emcausa comprova, porém, aquiloque o Presidente da Repúblicadisse e repetiu nesta semanaque dedicou à Educação: Portu-gal não tem estudantes a maisnem diplomados em excesso.Tem, pelo contrário, índicesbaixíssimos de qualificaçãoescolar, o que se deve a “umalonga história de desinvestimentona Educação”.

Expresso2004. Maio. 08

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Ana Cristina Abreu

SOUSA, Jorge Pais de SousaByssaia Barreto: ordem e progressoMinerva, 1999

“Grande parte das preocupações médicas da obra assistencialdesenvolvida por Byssaia Barreto na Beira Litoral inserem-se naluta secular e ancestral da medicina, contra as grandes doenças ouflagelos sociais que afectaram as sociedades europeias, respecti-vamente: a lepra, as doenças venéreas, a loucura, o paludismo, atuberculose e a mortalidade infantil.Indagar e esclarecer a natureza d percurso político efectuado porByssaia Barreto, para realizar esta obra e bem assim as principaislinhas orientadoras no plano das ideias em termos de assistênciaprestada, designadamente tendo presente o seu passado e a suamilitância no campo republicano e depois a sua ligação ao Esta-do Novo e a Oliveira Salazar em particular, foi o objectivo queestabelecemos para esta investigação.

Assinala-se a edição conjunta e em CD-ROM do filme-documentário do realizador João Mendes, Rumo à Vida: A obra deAssistência na Beira Litoral. Filme que conta com a presença docirurgião conimbricense e revela duas das vertentes da sua con-cepção de Medicina Social: a Obra Anti-tuberculosa e a Obra deProtecção à Grávida e de Defesa da Criança.

PUBLICAÇÕESbiblioteca

Durante o filme pode-se assistir à visualização, embora breve, das instalações daEscola Normal Social, na Rua Oliveira Matos, de uma aula com a professora esuas alunas em plena aula de Metodologia. A criação da Escola Normal Socialde Coimbra deveu-se à iniciativa de Byssaia Barreto a qual garantia a “formaçãode pessoal especializado no domínio da assistência social. Pessoal que era enca-minhado, preferencialmente, para trabalhar nos diversos equipamentos de assis-tência da Junta e, em particular, na rede de ensino pré-escolar- as denominadasCasas da Criança”.

BIBLIOTECA DO ISMT ON LINEA partir de 4 de Junho a Biblioteca do ISMT encontra-se on line e pode ser consultada em

http://biblioteca.ismt.pt/PacWeb/

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