48
1

Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

  • Upload
    hadieu

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

1

Page 2: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

2

Page 3: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

3

Dr. Henrique Amaral Dias

nota de Abertura

T endo sido designado como Director do Boletim Informativo do ISMT, foi comprazer e honra que aceitei esta função.

Antes de mais, uma palavra de apreço ao anterior Director, o ProfessorDoutor Carlos Amaral Dias, que embora tenha assumido esta posição transitori-amente, deixou, como aliás é seu timbre, uma marca indelével na orientaçãoeditorial e jornalística deste órgão de informação.

A entrevista ao Director do ISMT, faz com que descortinemos algumasfacetas curiosas e inéditas da sua vida e personalidade. Mas, sendo na sua essên-cia uma memória do passado, deixa em aberto uma memória do futuro: “A minhavida é um acto completamente inacabado.” O contrário não seria de esperar, poisestamos perante alguém que ama a liberdade, conhecendo também o seu negati-vo: é dono absoluto das suas capacidades e talentos intrínsecos e a ninguémreconhece o direito de os violar — os seus ou os de qualquer outro ser humano.

A sua obra é o testemunho de um académico e pensador de excepção, quereivindica sempre o primado do último sobre o primeiro.

A entrevista à Dr.ª Sofia Figueiredo demonstra a dedicação, lucidez ecompetência invulgares, com que vem dirigindo a licenciatura de Ciências daInformação, cuja reestruturação melhorou visivelmente a qualidade ecompetitividade deste curso superior. A Dr.ª Sofia Figueiredo permanece atentaàs necessidades dos alunos, às exigências do mercado de trabalho e, sobretudo,às alterações estratégicas que se avizinham nas áreas da Comunicação Social eEmpresarial.

Por fim, quero expressar o meu profundo agradecimento a toda a equipaque elaborou este número do Boletim Informativo: Ana Cristina Abreu, AndreaMarques, Carla Silva e Cesário Damas.

Page 4: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

4

Editorial

Boletim Informativo (BI) merece uma atenção particular, pois espelha, para o bemou para o mal, as actividades que vão decorrendo na instituição em que se insere,bem como o papel desempenhado pelos seus principais protagonistas. Deste modo,não pretendendo alijar qualquer fardo, é justo afirmar que somos todos nós quepara a sua qualidade jornalística e informativa contribuímos.

O ISMT tem como matriz originária a escola platónica. Como tal, deve estar empermanente contacto com o que o rodeia. Decidimos pois tomar algumas decisõesque virão ao encontro deste desiderato:

1. Divulgar o BI junto de outras entidades, congéneres ou não;2. Incluir reportagens, artigos e transcrições de programas radiofónicos,

cujos conteúdos abranjam temas de escopo nacional e internacional;3. Incentivar os leitores a uma participação mais crítica e criativa, fundan-

do uma secção específica com esse propósito;4. Dedicar uma atenção particular a eventos culturais, viagens, publicação

de livros e edição de discos;5. Publicar um editorial em cada edição do BI, de modo a que os membros

da equipa que o compõem possam expressar rotativamente as suas opi-niões livremente, sobre os mais variados temas;

6. Finalmente, definir regras e princípios transparentes, para que os queneste órgão colaboram, ou venham a colaborar, tenham um instrumentode trabalho na definição do tipo de jornalismo a que nos propomos, bemcomo submetê-los à apreciação de um público que se quer exigente.

Iniciamos assim este caminho, com a convicção de que ele será tanto nosso, comovosso.

HENRIQUE AMARAL DIAS

O

Page 5: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

5

guerra israelo-árabede 1973 e a formaçãoda OPEC em 1974,levaram ao aumento

do preço do petróleo e, conse-quentemente, a uma investigaçãopor uma “Subcomissão deCorporações Multinacionais” doSenado norte-americano, presididapelo senador democrata porIdaho, Frank Church, sobre o boi-cote de Israel pela liga árabe.Church descobriu pagamentos daLoockheed no Irão, Filipinas,Arábia Saudita, Indonésia, Japão,Itália, Alemanha, Suécia, ao agenteda família Bin Laden, o estudantesaudita em Stanford, AdnanKhashoggi, e uma conta secreta naSuíça para pagar “a uma alta auto-ridade do governo na Holanda”(NOONAN, John T, Jr., Subornos,Bertrand Brasil, Rio de Janeiro,1989, p. 859).

A LOOCKHEED é aLookheed Aircraft Corporation deCalifórnia, a maior fornecedora dedefesa na guerra do Vietname, umaespécie de reedição da simbioseentre o império vitoriano e a Com-panhia das Índias Orientais; tantoela dependia das encomendas doDepartamento de Defesa, como oDepartamento de Defesa depen-

reflexões

Loockheed, or look at thecorruption here!

René Tapia *

A dia dela, dos seus aviões e dos seusmísseis. Ela provém da fusão daGlen L. Martin Company - criadaem Los Angeles, em 1909, pelopioneiro com o mesmo nome, quenesse ano realizou o primeiro voona Califórnia num aeroplanoconstruído por ele com seda ebambu, e que incorporou os enge-nheiros D. Douglas e J. Mcdonnell,cujo modelo para treino TT foivendido à armada em 1914 –com a Alco Hydro-AeroplanCompany, criada em 1912, porAllan e Malcom Loughead, trans-formada na Loughead AircraftManufacturing Company de San-ta Bárbara, Califórnia, em 1916,ano da construção do F-1 e davenda dos Curtiss HS-2L à U.S.Navy. Durante décadas ambascompanhias foram fornecedorasde aviões militares ao governo.Em 1926, por motivos fonéticos,oficialmente o nome foi mudadopara Loockheed, com sede emHollywood.

Em 1971, o governo norte-americano criou o Conselho deGarantia de Empréstimos deemergência para assegurar os cré-ditos internacionais à Loockheed.Posteriormente, o senador porWisconsin, William Promire, pre-

sidente da Comissão de Opera-ções Bancárias do Senado desco-brira que, entre 1970 e 1975, ti-nham sido depositados $106 mi-lhões de dólares numa conta doLiechtenstein ao ex-estudante deStanford, Adnan Khasoggi, parainfluenciar o governo do seu país,a Arábia Saudita, na compra deaviões militares.

Khasoggi nasceu em Meca,1935, filho do médico do rei AbdulSaud I, estudou em Alexandria, noVictoria College, tendo sido cole-ga do futuro rei Hussein daJordânia. Posteriormente, estudouEconomia na Califórnia, onde, em1953, estabeleceu contactos com aFamília Bin Laden. Financiador dascampanhas de Nixon e Reagan, erapropietário do edifício Watergate.A sua irmã foi casada comMohamed Al-Fayed (proprietáriodos edifícios e grandes armazénsHarrod’s). Khasoggi foi implicadono Irãogate, assim como em ne-gócios com Ferdinando Marcosdas Filipinas e Mobutu do Zaire.

Um dos vice-presidentes daLookeed, Daniel Haughton, reco-nheceu estes procedimentos noIrão e nas Filipinas como “o pre-ço para ganhar a concorrência”.

Page 6: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

6

*Docente ISMT

O presidente da empresa, CarlKotchien, testemunhou sobre umaconta secreta na Suíça, de onde ummilhão de dólares foi pago “a umaalta autoridade do governo naHolanda” e algo de semelhante sepassou em Itália e noutros paíseseuropeus.

Em 1979, o general DiulioFenali, antigo comandante do esta-do maior da aeronáutica italiana, oex-ministro Tanassi, entre outros,foram condenados por terem re-cebido da Loockeed US$1.600.000 para a compra de 14aviões Hércules em 1970-71.

Não foram mencionados no-mes quando Kotchien falou à Co-missão do senador Church, sobreo $1.000.000 pago a uma alta au-toridade da Holanda, mas uma fugade informação na comissão reve-lou o nome do corrompido. EraSua Alteza Real Bernhard, Príncipeda Holanda, consorte da RaínhaJuliana. O primeiro-ministro destepaís criou uma comissão para apu-rar a verdade: a Loockheed tinhaacabado de ganhar um contratomilitar holandês relativo ao seuStarfighter F-104.

Em 1968, o Orion P-3 daLookheed estava perdendo quotade mercado para a BréguetAtlantique, na escolha da MarinhaReal Holandesa como aviãoantisubmarino. Kotchien enviaraRoger Smith, conselheiro jurídicoda Loockheed, em visita ao prínci-pe Annecy, em França. Bernhard ti-nha 49 anos quando conheceraRoger Smith em Soestdjik, em1960, e negociou com ele em 1974.O salário do príncipe, pago pelo

governo da Holanda, era cerca de$300.000 por ano, e o da esposa (asegunda mulher mais rica do pla-neta, a seguir a Isabel de Inglater-ra), era de $1.700.000. O príncipefoi afastado das funções militarese de negócios e teve que entregaruma declaração pública desculpan-do-se à nação.

A Loockheed admitiu quepagamentos deste tipo eram“endémicos” em “um grande nú-mero de países estrangeiros”, re-conhecendo que “os beneficiários

habituais eram funcionários de li-nhas aéreas nacionais, partidos po-líticos estrangeiros e colaborado-res dos governos de todo o mun-do”.

Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foideclarado culpado de ter recebidoUS$ 2,1 milhões de dólares daLoockheed pela compra de 211011-L Tri-Star para a All NipponAirlines.

Page 7: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

7

reflexões

Hugo Dias *

Palavras…o terminar este se-mestre, e, obviamen-te, ao culminar estacaminhada, às vezes

difícil, árdua e com alguns sacrifí-cios, posso, agora, com segurança,dizer que estou satisfeito com aqui-lo que aprendi.

Ao longo deste tempo, fuiaprendendo a ver as coisas poroutro prisma, de uma maneira ele-gante, sincera, política e profissio-nal. Porque já tinha, anteriormente,passado por uma experiência ne-gativa e deformadora de um está-gio, sentia que a supervisão seriamais um momento em que nos ten-tariam vender ideias corrompe-doras das nossas, mas sobretudo,dos nossos ideais. Felizmente, estepreconceito não se veio a verificar.Nesta disciplina puderam-se apre-ender coisas que nos fazem CRES-CER. Foi crucial perceber o que éum estágio e qual o papel, na suaessência, do supervisor. Agora o,supervisor, já não é só a pessoa queestá ali para formar (programar) eavaliar, mas é alguém, mais velho,que está sempre disponível paraconnosco pensar a melhor manei-ra de ultrapassar todas as dificul-dades que se nos impõem numanova e desconhecida prática pro-fissional.

Neste momento, o supervisa-do, também já não é vítima dossupervisores, nem carrasco da suaprópria ignorância. Ele é, em pri-meiro lugar, uma pessoa privilegi-

A ada, que no seu espaço, no seu tem-po e marcado pelas suas convic-ções, pelo facto de ter agora, umlugar para aprender fazendo, por-que passa a dispor de um lugar parareproduzir, não demagogicamen-te, o seu saber. O estágio deixoude ser, para mim, uma palavra te-merosa e uma experiência timorata.Agora, o estágio é, pelo menos nodomínio teórico, uma experiênciacriativa, um momento único de a-preender, interagindo e cruzando,a realidade prática com o saber te-órico. O estágio é o momento pré-profissional onde a experiência pes-soal e o saber livresco se encon-tram, se completam e produzemum verdadeiro conhecimento, querno supervisor quer no supervisa-do.

A supervisão deixou de ser odia e o momento de ouvir críticasdestrutivas e “ralhetes” injuriosos.Agora, supervisão é tempo de tro-car ideias, confrontar saberes, ex-por dificuldades e medos e corri-gir erros. A supervisão é o recon-forto do estágio, é a fonte de águafresca para a caminhada que seaproxima e nos depara com novoalento.

Posso assim concluir que estafoi a maneira de nos apresentarem,embora que teoricamente, o mo-mento da supervisão num estágio.Assim se pode desconstruir precon-ceitos e abrir novos horizontes naforma de estar e de fazer supervi-são.

* Hugo Diasaluno do 3º ano de Serviço Social,do ano lectivo de 2003-2004O texto que publicamos é da suaautoria e apresenta uma reflexãosobre as aulas da disciplina deSupervisão em Serviço Social,leccionada pela Dra. Regina Tralhão.

Page 8: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

8

Marta Lopes *

Reflexão Crítica ma das minhas auto-ras preferidas, SusannaTamaro diz que “Es-crever é um dos siste-

mas mais simples e mais profun-dos para tornarmos tudo mais clarodentro de nós e para transmitirmosa memória das nossas existências.E é precisamente por esse valor dememória e de conhecimento que aescrita deve ser encorajada e pro-tegida.”

Durante este semestre, resolviir escrevendo, conforme dava amatéria, tudo aquilo que sentia e queme vinha à mente. Realmente, falarde sentimentos e experiências éalgo que quando se passa para opapel, perde sempre algum signifi-cado.

Esta disciplina trouxe-me denovo aquilo a que posso chamarde “antecipação de sentimentoscontraditórios”, isto é, fez-me en-frentar uma realidade próxima, fa-zendo-me sentir ansiosa, mas aomesmo tempo receosa de chegarao estágio por ter de enfrentar umasérie de coisas novas. Tudo istotornou-me insegura por ter plenaconsciência de que não sei nadasobre a prática; tudo o que apren-di estes anos me parecia ter senti-do prático. Fiquei um pouco maisaliviada quando, ao ler os textos dadisciplina, descobri que autorescomo Marques e Estêvão sentemo mesmo do que eu: um grave erroé facilmente cometido quando aInstituição de ensino e a Instituiçãodo local de estágio não têm gran-de ligação. Como consequência, ateoria e a prática tornam-se duas

realidades separadas e sem que as-sim, o supervisado receba uma for-mação adequada.

Nas próprias aulas e com a to-mada de consciência da aproxima-ção do estágio, foram-me surgin-do uma série de questões: Será queapesar da minha motivação vouconseguir ser uma boa profissional?O meu esforço bastará? E se eufalhar? E se eu não corresponderàs expectativas? E se eu não sou-ber o que fazer? De facto o des-conhecido é o impacto inicial, porisso é normal sentir medo, não é?Acho que o Supervisor sabe quetudo isto é novo para mim, e vaiter em consideração os nervos e aansiedade… Já Susanna Tamarodizia que “é natural cometer erros,partir sem os ter compreendido éque torna inútil o sentido de umavida”. Pensar que, ao nos tornar-mos profissionais, vamos ser 100%competentes e infalíveis… é purailusão. Toda a nossa vida é feita decrescimentos, de aprendizagens ede mudanças que exigem de nóscomportamentos adaptativos.Tudo o que nos é novo traz-nosinsegurança e resistência face ao des-tino. Temos que ser capazes deavançar no nosso crescimento, ape-sar dos erros que possamos come-ter. Como diz a sabedoria popular“é com os erros que se aprende!”.E quanto mais cairmos, mais pre-parados estaremos para nos alei-jarmos, e a supervisão ajudar-nos-á neste processo.

Foi algo motivador para mimquando li, o que mais uma vez,Susanna Tamaro disse: “e quando

à tua frente se abrirem muitas es-tradas e não souberes a que hás-deescolher, não te metas por uma, aoacaso, senta-te e espera. Respiracom a mesma profundidade comque respiraste no dia em que viesteao mundo, e sem deixares que nadate distraia, espera e volta a esperar.Fica quieta. Em silêncio, e ouve oteu coração. Quando ele te falar, le-vanta-te, e vai para onde ele te le-var”. Também no Principezinho deSaint-Exupéry se diz que “só sepode ver bem com o coração. Oessencial é invisível aos olhos.” Istopermite-me concluir, e traz-me al-gum consolo saber, que não preci-so de dar logo uma resposta, masque posso e devo pensar primeiroe levar o tempo que for necessáriopara melhor esclarecer e servir ocliente.

Creio que um dos defeitos quetemos é o de não nos permitirmoserrar! Não podemos querer acabarcom o risco de errar; podemos étentar fazer com que os erros te-nham consequências menos graves.Mas isso só se consegue, se colo-carmos as dúvidas que temos pe-rante o supervisor. Assim, atravésdas aulas apercebi-me da relevân-cia da relação supervisor/supervi-sado; o sentimento foi muito en-graçado, pois mesmo a professoradizendo que o supervisor não eraum “monstro”, mas sim alguémque ajuda, eu saía de lá com o co-ração a bater muito forte!

Que diferenças verifico antese após ter esta disciplina? Talvez ummaior esclarecimento no que me es-pera daqui a pouco tempo, e algu-

U

Page 9: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

9* Marta Lopesaluna do 3º ano de Serviço Social,do ano lectivo de 2003-2004O texto que publicamos é da suaautoria e apresenta uma reflexãosobre as aulas da disciplina deSupervisão em Serviço Social,leccionada pela Dra. Regina Tralhão.

ma tranquilidade e atenuação des-ses tais sentimentos contraditórios.Sei que se der o meu melhor e meesforçar, tudo correrá bem; com aajuda do meu supervisor ultrapas-sarei as barreiras e este será o meuestímulo. Necessitarei de ter humil-dade suficiente para saber escutaras críticas que me fizerem, poispartem de um profissional combastante conhecimento, com expe-riência de trabalho e de vida e sãofeitas com o objectivo de me fazercrescer e de me ajudar a uma mai-or prestação e aperfeiçoamento nomeu desempenho.

A professora mostrou comoé importante não nos esquecermosde que a nossa identidade profissi-onal tem de ser feita sozinha masnão de forma solitária. Dispomosde ajuda do supervisor e doorientador, e a relação com estestem que ter por base a confiançamútua, para que possamos reve-lar-lhes os nossos medos e o nos-so pânico. É o primeiro passo paraganharmos auto-confiança. A an-siedade é normal quando se tratade aprender algo de novo ou quan-do se enfrenta uma nova experiên-cia. É, assim fundamental que eleconheça o nosso estado de ânimoe as preocupações que nos pertur-bam, para que não influenciem ne-gativamente o processo de super-visão.

O termo utilizado por outraspessoas era que a disciplina era um“cadeirão”, logo comecei o semes-tre com essa ideia pré-concebida.Mas nas aulas, parecia-me que eradas poucas, ou mesmo a única dis-

ciplina que discorria e incidia so-bre o tema prática/estágio. Isso foialiciante e a vontade de ir às aulasera sempre muita, precisamenteporque a matéria tinha algo demuito pessoal e que me interessa-va, pois iria ser defrontada breve-mente com ela.

O conteúdo leccionado (ape-sar de ter muitos pormenores) foicativante e elucidativo… enfim,gostei!!! Acho que me vai permitiracalmar e ir mais confiante para opróprio estágio, pelo simples fac-to de ter compreendido qual o ver-dadeiro papel a desempenhar pelomeu futuro supervisor.

Espero que com a minha ac-tividade profissional possa vir a aju-dar e dar o meu máximo áquelesque verdadeiramente necessitam demim, mas sempre o fazendo comos pés bem assentes no chão, demodo a não sofrer muito com asinevitáveis decepções.

Page 10: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

10

Sara Mateus *

Reflexão pessoal

A professora pediu-nospara fazer uma refle-xão crítica, pessoal eintransmissível, abor-

dando a temática da aula. Pois bem,para realizar este trabalho passei ho-ras e horas e não cheguei para alémde sete linhas de rascunho. Pensei,estou perdida!! Contudo, houve umdia, que de repente, como que pormagia (há dias assim!) percebi, domeu ponto de vista, (se estiver er-rada, peço desculpa) que a profes-sora não pretendia um desbobinarde matéria, mas sim, que simples-mente falássemos de nós. Algo queengana, pois parece fácil, mas nãoé! Por isso, fiz o que há muitos anosfaço quando preciso de tomar de-cisões importantes ou quando es-tou triste e não tenho com quemdesabafar: coloquei-me diante deum espelho e comecei a discursarpara mim própria.

Tenho-me sentido como pei-xe na água nesta cadeira. Conside-ro-a de extrema importância antesdo estágio, visto que nos permiteter uma ideia clara e concisa dosvários papéis: do supervisor e demim como supervisado. E isso aju-da-me muito, pois gosto de teruma linha de orientação, que meleve a decidir pelo melhor cami-nho a percorrer, mas tendo eu, sem-pre, a decisão de optar pelo cami-nho a seguir. Penso que na minhafutura profissão tenho duas op-ções: ou sou como uma entre tan-tas assistentes sociais que seatafulham de burocracias e pape-lada tendo um serviço apenas deremediadora e não de inovação e

criatividade. Definitivamente, nãoé isto que eu quero para mim, ouentão, esforçar-me-ei por não seruma mera executora de políticasburocráticas e que muitas vezes nãose adequam à situação específicado utente, e que ao invés de o aju-dar, estigmatizam e humilham-no.Sou realista: e por isso sei que nãoconseguirei resolver todos os pro-blemas, longe de mim querer ter apresunção de carregar o mundo nascostas, mas certamente, farei detudo, para dar o meu melhor. Ain-da tenho um longo percurso decrescimento e amadurecimento pelafrente, sei que tudo tem o seutempo, e a sua espera. O sofri-mento e a ansiedade por vezes atésão precisos para a construção dapersonalidade. São experiênciasriquíssimas para a nossa vida.

O Homem deve ter “sede” deconhecimento, de curiosidade so-bre o mundo e do que o rodeia,senão é controlado pelos instintos,pulsões, hormonas… sem vonta-de própria. Não quero ter isso paramim: quero ter um olhar críticosobre as coisas, ter uma consciên-cia plena para afirmar “sim” ou“não”.

Vou terminar com umas pa-lavras de Paulo Coelho, as quais metocam particularmente e na minhaopinião descrevem muito bem avida das pessoas : “Todos os diasprocuramos fingir que não nosapercebemos desse momento, queele não existe, que hoje é igual aontem e será igual ao amanhã. Masquem presta atenção ao seu diadescobre o instante mágico. Ele

pode estar escondido na altura emque enfiamos a chave na porta, pelamanhã, no instante de silêncio logoapós o jantar, nas mil e uma coisasque nos parecem iguais. Mas essemomento existe – um momentoonde toda a força das estrelas pas-sa por nós, e nos permite fazermilagres.”

* Sara Mateusaluna do 3º ano de Serviço Social,do ano lectivo de 2003-2004O texto que publicamos é da suaautoria e apresenta uma reflexãosobre as aulas da disciplina deSupervisão em Serviço Social,leccionada pela Dra. Regina Tralhão.

Page 11: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

11

aeISMT

IV Torneio de FutsalO núcleo de Desporto da A.E. organizou mais um Torneio de Futsal e a Taça

da AEISMT. A competição começou no dia 18 de Fevereiro e findou a 5 deMaio. Os jogos foram realizados no Pavilhão dos Olivais.

O grande vencedor do torneio foi a equipa A.E. Torgas com 21 pontos quevenceu o campeonato e a taça. Para a posteridade ficam os nomes dos “briososatletas” que faziam parte dessa equipa: Bruno Cordeiro, Pedro Macedo, Alex;

Nuno Lourenço, Firmino, Hugo, Danny, Gonçalo e Carlos Miguel.A classificação final foi: 1º A.E. Torgas; 2º Real Kaloiros; 3º Psicadélicos; 4º F.C.Fluvial; 5º Psycho; 6º H-Raki;

7º Galácticos; 8ª Trashins.O troféu de melhor marcador foi para Pedro Macedo da A.E. Torgas, e o de melhor guarda-redes foi para

Bruno Cordeiro também da A.E.Torgas.A Associação de Estudantes aproveita para agradecer a participação de todas as equipas, bem como o fair-

play por elas demonstrado.

Realizou-se no passado dia 8 de Junhoum Mega Jantar de encerramento das aulasdo ano lectivo 2003/2004.

Mais uma vez a Liga dos Combatentesabriu-nos as portas para uma noite de conví-vio e confraternização entre os alunos doISMT.

Depois da habitual refeição, que contoucom cerca de 150 estudantes, seguiu-se a en-trega dos troféus respeitantes ao torneio defutsal realizado pela Associação de Estudan-tes. Logo após dois momentos muito fortesque deixaram os sentimentos dos alunos aorubro: o primeiro foi a entrega de uma salvade prata ao Sr. Paixão, uma forma singela delhe prestar uma pequena homenagem, o se-gundo foi a apresentação da nossa Tuna quenos brindou com uma divertida actuação.

E assim, com algumas lágrimas nosolhos, nos despedimos de mais um ano lec-tivo.

A nossa Tuna já estreou!

É verdade, a Tuna já fez as suas primeiras apresenta-ções ao público. Apesar dos poucos ensaios e da poucaexperiência de grande parte dos seus membros, este pro-jecto arrancou com a garra de quem tem um sonho.

A primeira actuação deu-se no Mega Jantar de Finalde Ano da AEISMT, realizado na Liga dos Combatentes,dia 8 de Junho. A segunda aconteceu dias depois, 11 deJunho, em Vale de Canas, a convite do Sr. José Sequeira (aquem aproveitamos para agradecer).

Com o início do ano lectivo, iremos continuar a traba-lhar, tendo em vista um repertório e uma qualidade sem-pre maior. Esperamos conseguir com este projecto a uniãodos alunos do ISMT, a criação de pontos de convergênciaentre os vários cursos e os vários edifícios, além do louvorà tradição, ao envergar do traje, ao fado, ao sonho e aoentusiasmo que queremos partilhar com todos…

Ao público que assistiu à estreia, o nosso muito obri-gado e àqueles que ainda não nos viram, não percam asnossas actuações futuras, porque tentaremos torná-las me-moráveis.

Jantar de final de ano Tuna da AEISMT

Nuno Lourenço

Bruno Cordeiro Gisa Barata

Page 12: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

12

A Árvore das Flores Amarelas é o títuloda peça com que os torgas fizeram a suaestreia. Esta deu-se no Portugal profundo dointerior, no mês de Agosto, por ser maisdesprovido de actividades culturais para osmais jovens (e não só) no período não lec-tivo.

A peça resulta da adaptaçãodramatúrgica do Conto homónimo deArgentina Silvia Long-Ohni, por mariatoscano, igualmente a tradutora da obra.

A acção centra-se nas peripécias, des-cobertas, rupturas e autonomia do proces-so de crescimento e maturação de umaacácia – a Árvore das Flores Amarelas.

O processo narrativo é conduzido, nopresente, pela Jardineira, num discurso quese reporta ao tempo da sua infância, quan-do fora dona da árvorezinha.

O guião da peça está embebido noconto original de Argentina Silvia Long-Ohni que articula, de forma ímpar, o estilodas tradicionais fábulas, sem incorrer no as-fixiante moralismo destas, com o riquíssimoimaginário não normativo dos contos de fa-das, aliando três vectores que nos garantema qualidade da nossa escolha: valor peda-gógico-literário e propedêutica das atitudesintercultural e ecológica.

Esta tournée constou de três actuações,Idanha-a-Nova dia 12, Ladoeiro dia 13 eMação dia 15. Nas três actuações estive-rem presentes cerca de 600 pessoas.

Os torgas estão, pois, Muitíssimo Gra-tos à Autora que nos confiou a exclusivida-de deste diamante (outro “Principezinho”?) paraa nossa Estreia, esta gratidão é extensiva àAssociação de Estudantes e ao ConselhoDirectivo do ISMT, pela respectivaviabilização orçamental.

Os torgas estão de igual modo muitogratos estão aos Profissionais – Jorge Ri-beiro e Rui Simão – e aos peritos que nosapoiaram – Pintor Carlos Croft, Sr. AntónioMingocho, Cris e Nuno - por apostarem,solidariamente, na nossa loucura. A todos,«jamais em todos os jamaizes» conseguiremosagradecer como merecem.

Talvez o público consiga…

1ª Tournée dostorgasDApedrabranca

“Eu amo as árvores, principalmente as que dão pássaros”Ruy Belo

Bruno Cordeiro

Page 13: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

13

Mais um ano lectivo que se inicia e com ele a esperança de este ser o melhorde sempre.

A Associação de Estudantes parte naturalmente com esta ambição, sabendode antemão que nos esperam momentos bons e outros mais difíceis. Mas é assim,que crescemos e nos tornamos mais fortes.

Queremos dar as boas vindas a todos os alunos que se encontram pela pri-meira vez no ISMT, que rapidamente se adaptem a esta nova realidade e queconsigam tirar o máximo de proveito destes 4 anos que têm pela frente. Paraaqueles que já iniciaram essa caminhada é o regresso a “casa” e a alegria de reveros colegas que deixámos. Esperamos que voltem cada vez mais ambiciosos edeterminados a ultrapassar o ano que temos pela frente.

Fazemos votos que o ambiente de amizade e companheirismo seja cada vezmais reforçado e alargado.

A A.E. está cá, como sempre, para vos apoiar e com as portas abertas paravos receber.

Um grande ano para todos!!!!!!!

O Presidente da Associação de EstudantesNuno Lourenço

le dispensa apresentações. É uma figura carismática equerida deste Instituto. Simpatia e boa disposição é oque encontramos todos os dias quando nos desloca-mos ao nosso bar. Não é difícil adivinhar que estamos a

falar do Sr. Paixão.Como todos sabemos, ele teve um pequeno problema de

saúde que felizmente ultrapassou.Aproveitando o jantar de despedida na Liga dos Combaten-

tes, fizemos questão de lhe oferecer uma salva de prata. Foi aforma que encontrámos para lhe mostrar a nossa admiração erespeito por tudo o que tem sido para nós e para este Instituto.

FORÇA PAIXÃO.

Homenagem ao Sr. Paixão

E

Nuno Lourenço

“Um grande ano para todos!”

Page 14: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

14

Biblioteca do ISMT atravessa um dosmais significativos períodos de mudan-ça da sua já longa história. Os serviçosinformatizados que possui estão a atin-

gir um novo patamar.A nossa Biblioteca foi pioneira na

informatização do seu catálogo de obras, logo emmeados dos anos 80. Ainda era hábito pesquisar,nas bibliotecas, o que se pretendia ler com recursoa uma imensidade de fichas de cartão, e já a nossainstituição fornecia aos utilizadores um serviço depesquisa informática. Aliás, para este e outros efei-tos, a Biblioteca do ISMT foi também pioneira naadesão a um protocolo de colaboração com a Bi-blioteca Nacional.

Os actuais responsáveis da Biblioteca não po-diam deixar de honrar esta tradição de pioneirismoe hoje, que os meios informáticos permitem cadavez mais, mais está a ser feito. Actualmente, a pes-quisa dos vários tipos de obras consultáveis já podeser feita no conforto da casa de cada um. Bastaráaceder à Internet, no endereço www.ismt.pt, paraconhecer, em qualquer terminal doméstico, o queexiste para consulta no espaço físico da Bblioteca.

Simultaneamente, a Biblioteca do ISMT dis-põe de uma base de dados de utilizadores, passan-do agora a proceder aos empréstimos domiciliáriospelo cruzamento da base de dados de utilizadorescom a base de dados do catálogo. O mesmo serádizer que deixa de ser necessário preencher manu-almente fichas em papel para que os empréstimossejam processados.

Claro está que, para maior segurança do utilizador, o sistema informático, ligado a uma impressora,poderá imprimir comprovativos de empréstimo e de devolução.

Refira-se ainda que a adopção do sistema informatizado completo permite a rápida elaboração de váriasestatísticas úteis para a gestão da Biblioteca.

Paralelamente, tem-se verificado um aumento extremamente significativo do fundo documental. É evi-dente que qualquer biblioteca carece, em primeiro lugar, de muitas e boas obras para consulta.

BIBLIOTECA& INFORMATIZAÇÃO

Dr. Afonso Madeira

A

dar a Conhecer

Dr. Afonso Madeira

Page 15: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

15

Boletim Informativo (B.I.) - O curso de Ci-ências da Informação foi reestruturado, quaisforam os principais motivos que levaram a essareestruturação?Sofia Figueiredo (S.F.) - A licenciatura em Ciên-cias da Informação sofreu uma reestruturaçãoporque surgiu a necessidade de colmatar váriasdeficiências. Em primeiro lugar, o antigo plano deCiências da Informação já existia há 8 anos, ouseja, estas áreas são áreas que de há oito anos paracá sofreram bastantes alterações e nós não estáva-mos adaptados a essas exigências do mercado. Nósestamos a formar alunos, futuros profissionais, queterão de ser capazes de responder a essas necessi-dades do mercado. Com o antigo plano isso nãoacontecia. Surgiu uma necessidade de preparar osalunos para o futuro profissional adequado às exi-gências do mercado. Depois, também pelas exi-gências de homogeneização do ensino na Comu-nidade Europeia de acordo com os princípios daDeclaração de Bolonha. Todas as instituições deensino vão ter de corresponder até 2006 e todas aslicenciaturas vão ter de estar reestruturadas paraquatro anos.

B.I. - Quais eram os grandes défices do pla-no anterior?S.F. - Estava de facto um pouco mais virada parao domínio da Comunicação e não tão específicano âmbito da Comunicação Social.

Neste momento, a licenciatura assume um ca-rácter de especificidade na Comunicação Social,essencialmente nas quatro manifestações mediáticasda licenciatura; Televisão, Imprensa, Rádio e o

Ciberjornalismo. Apesar de ser uma disciplina do último anonão descuramos a Realização e a Produção Televisiva. Além dis-so, equipámos o Instituto com um estúdio de rádio, um estúdiode televisão e um laboratório de fotografia. Aliado a isto, temosum corpo docente de elevado nível.

B.I. – Antes da reestruturação, nos dois primeiros anoshavia muitas disciplinas comuns a Serviço Social...S.F. - Eram outras realidades. Este curso foi enviado para oMinistério em finais de 2001 e só veio aprovado do Ministérioem 2003. Há sempre uma decalage entre a data em que se envia ea data de aprovação...

As realidades da Comunicação Social estão diferentes. Hádez anos atrás no Brasil, talvez já se falasse nisso mas em Portugala Comunicação Social era Televisão, Rádio e Imprensa... saberescrever umas notícias. Não havia a consciência que também sepoderia ser Técnico de Comunicação Social por se editar umaspeças ou realizar uma reportagem. Há outras profissões associ-adas à Comunicação Social e os alunos não estavam tambémcientes disso.

Penso que nos estamos a conseguir adaptar à realidade eaproveito para dizer que como primeiro ano de Projecto foiuma boa surpresa. Os Projectos funcionaram em pleno e eraverdadeiramente esse o nosso objectivo. Há certamente ajustesque terão de ser feitos, mas no geral os projectos resultarammuito bem.

Ciências daInformação: o que

é que mudou?Em vésperas da entrada no novo ano lectivo, aDirectora Executiva da Licenciatura em Ciênci-as da Informação, Dra. Sofia Figueiredo, expli-ca o porquê das alterações sofridas no planocurricular, destaca a “boa surpresa” que foramos Projectos e fala na “realidade diferente” nomeio da Comunicação Social.

o nosso Instituto

Page 16: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

16

B.I. - Temos incidido mais sobre a ComunicaçãoSocial e a outra vertente da licenciatura?S.F. - Nós fizemos esta licenciatura e reestruturámo-lacom consciência de que estávamos a fazê-la apenas paraa especificidade das áreas da Comunicação Social, masnão descurámos a vertente da Comunicação Empresari-al. Enviámos para o Ministério uma licenciatura de Co-municação Empresarial há dois anos (Novembro de2002). Neste momento, e até com todos estes aconteci-mentos de Governo e de Estado, ficámos um poucoem estado de sítio, e não temos a informação da apro-vação da licenciatura...

Já me reuni com os alunos do 4º ano. A disciplinade Relações Públicas, Publicidade e Marketing vai funci-onar como uma disciplina extra-curricular até que a li-cenciatura de Comunicação Empresarial seja uma reali-dade. O aluno que esteja interessado em frequentar estaárea, vai cumprir exactamente o mesmo plano de estu-dos que os seus colegas que pretendem enveredar pelaoutra área mas têm como extra-curricular esta disciplina.Vai funcionar, no fundo, como uma especialização na

área e no final, nós daremos aos alunos um certificado, oque se tornará certamente enriquecedor para o seu currí-culo. Não há outra possibilidade de a incluir no currículo,nós tentámos analisar com o Ministério mas não dá mes-mo. Quem quiser inscreve-se nesta disciplina extra, nãovai pagar nada, o instituto suporta o encargo dessa espe-cialização, que eu considero que é assim que deve serentendida, mas não vai poder fazer Projecto nesta área.No ano de 2003/2004 as coisas funcionaram de outra

forma porque se tratava de um plano de transição, apro-vado pelo Ministério. A disciplina de Relações Públicas,Publicidade e Marketing não faz parte da estruturacurricular. Não podemos fazer nada, tentámos revalidaresse plano de transição mas não podemos. Criou-se en-tão esta situação que considero que virá a tornar-se umamais-valia para os alunos que querem esta área.

B.I. - Considera que os alunos que decidirem enve-redar pela área da Comunicação Social estão maisbem preparados do que os que preferirem a área dasRelações Públicas, Publicadade ou Marketing?S.F. - Não. Eu posso ser uma Relações Públicas, umaMarketeer ou Técnica de Publicidade de uma empresa etenho de saber como promover um determinado pro-duto na Rádio ou na Televisão. Eu posso estar numaempresa e ter de gerir a página de Internet dessa empresa,terei de saber escrita de Ciberjornalismo e hipertexto... Asduas áreas tocam-se, depois claro que há especificidades...

B.I. - Uma das questões que mais polémica tem le-vantado prende-se com o facto da substituição doEstágio pelo Projecto, bem como o peso que cadaum deles assume no plano curricular...S.F. - De acordo com a Declaração de Bolonha há equa-ções científicas a que temos de responder para chegar àcontabilidade final dos créditos. As unidades de créditonesta nova licenciatura, são feitas numa outra lógica, emque as disciplinas têm um peso diferente consoante o seuteor (teórica, prática, teórico-prática). Está legislado, regu-lamentado que é assim.

Não podemos fazer uma leitura linear de o Estágioigual a 6 e o Projecto a 1.

B.I. - Tendo em conta a sua formação na área dojornalismo, considera o Projecto uma alternativa vi-ável ao Estágio?S.F. - Sem dúvida. Antes de mais, convém esclarecer queera o Projecto ou então não era nada.

Os órgãos de Comunicação Social vão deixar deassumir estágios, desta forma, o Projecto impõe-se.

B.I. - Considera que os alunos do Instituto saembem preparados para o mercado de trabalho?S.F. - Tendo em conta a predisposição de cada um pen-so que com esta licenciatura têm a capacidade de percor-rer os vários domínios da Comunicação Social. Não saema saber tudo mas saem preparados para poder começara aperfeiçoar a área pela qual pretendam enveredar.

Ricardo Duarte / Nuno Ferreira (Fotos)

Page 17: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

17

notícias do Instituto

cerimónia de entrega de diplomas da Pós-Graduação em Gestão Autárquica realizou-se no passadodia 23 de Junho. Nesta sessão estiveram presentes o Professor Doutor Amaral Dias, o Dr. HenriqueFernandes assim como os alunos que finalizaram o MBA.Durante o MBA “...fizemos um teste de learning organization. Aprendemos a funcionar melhor com a

aprendizagem. Tudo isto foi possível com um ano e pouco de formação. Os formandos prestaram-se tanto a essaaprendizagem como a organização a aprender”, afirmou o Dr. Henrique Fernandes.

O Professor Amaral Dias esclareceu “a ideia do curso e a organização partiu do Dr. Henrique Fernandes. Estecurso deve-se fundamentalmente a ele. O curso decorreu de uma forma excelente e os alunos participaram deuma maneira empenhada”. Toda esta convivência que se gerou entre alunos e docentes serviu para melhorar opróximo curso pois “temos vontade de fazer ainda melhor”, concluiu o Dr. Henrique Fernandes.

Ao terminar o seu discurso, o Director do ISMT dirigiu-se aos alunos desejando “que aquilo que vos foitransmitido durante este tempo vos possa ter alguma utilidade na vossa vida profissional, porque é exactamentepor isso que nós criámos este curso”.

Entrega de diplomas do MBA em Gestão Autárquica

Andrea Marques / Carla Silva

A

Dr. HenriqueFernandes,

Prof. Doutor AmaralDias e aluno

Alunos do MBA emGestão Autárquica

Page 18: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

18

Apresentação oficial do Webjornal

Webjornal do ISMT foi apresentado oficialmente no dia 9 de Junho. Na cerimónia esteve presen-te a Dr.ª Cristina Quintas (representante da Direcção do ISMT), a Dr.ª Sofia Figueiredo ( Direc-tora da Licenciatura de Ciências da Informação) e a Dr.ª Inês Amaral (Directora do Webjornal).“Com este projecto pretendemos criar uma comunidade académica mais esclarecida. (...) O

Webjornal enquadra-se num projecto de âmbito maior que é o Ciberlab”, afirmou a Directora do Webjornal.O Ciberlab é um laboratório de comunicação online que não se destina exclusivamente à disciplina de

Ciberjornalismo, englobará todas as disciplinas de todas as licenciaturas do ISMT. “O objectivo do Ciberlab éser um site feito por estudantes mas com uma perspectiva profissional”, explicou a Dr.ª Inês Amaral.

Andrea Marques / Carla Silva

OInserido no âmbito do

Ciberlab, o Webjornal “surgiucom objectivo de ser uma ferra-menta para a disciplina deCiberjornalismo do 3º ano de Ci-ências da Informação. (...) OWebjornal segue a lógica dobreaking news, isto é, trabalhar a in-formação em cima do aconteci-mento- lógica do online”, concluiua Directora.

A Directora da Licenciatura deCiências da Informação agradeceuaos alunos de Ciberjornalismo do3º ano, à AEISMT e aos alunosdo 4º ano de Ciências da Infor-mação que realizaram o projectona área da Comunicação e Ima-gem. A Dr.ª Sofia Figueiredo lem-brou ainda que o Webjornal “estáaberto a todos os alunos, a todosos professores, a todas as áreas eas todas as entidades externas aoISMT que queiram colaborar”.

A Dra. Inês Amaral, Directora do Web Jornal

A assistência

Page 19: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

19

Nome do Projecto: A Nova História da Torre de BabelDate: 2004 11 24 – 12 05Local: Vilnius, Lithuania

Breve discrição do Projecto: O objectivo principal doprojecto é dar a oportunidade a jovens artistas e interventoressociais a possibilidade de conjuntamente criar umaperformance, juntando musica, dança, vídeo, etc com vistaa desenvolver novas possibilidades de expressão individuale grupal na denúncia e consciencialização da comunidade,face aos problemas da exclusão social e formas de terrorismoque alastram na nossa sociedade.

Deste modo jovensartistas (não profissionais)e jovens estudantes deServiço Social da Lituânia,Polónia, Itália e Portugalcriarão conjuntamente umaperformance que permitirá

mostrar visões culturais diferenciadas e globalizadas resultantes deste projecto interartístico e social.

A delegação Portuguesa contará mais uma vez com os alunos do ISMT, que no âmbito do Grupo deAprendizagens Interculturais do Instituto Superior Miguel Torga, e em parceria com alunos da disciplina de “Teoriase Metodologias do Serviço Social I” orientados pelo Dr. Eduardo Marques conceberam o projecto.

Esta iniciativa é financiada pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Juventude.

Para assegurar uma participação de excelência que dignifique e represente bem Portugal neste importanteevento Europeu, o GDAI abriu a participação neste projecto a alunos da ARCA e da Associação de IntervençãoCultural Objectos Perdidos a fim de poder responder com qualidade aos desafios que se colocam na utilização daARTE com metodologia de trabalho no Serviço Social.

“New story of the Tower ofBabel”

2004 November 24 – December 5Lituânia

PROJECTO

Mestre Eduardo Marques

Vilnius

Page 20: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

20

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE A UNIVERSIDADEDA PARAÍBA – JOÃO PESSOA

E O INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGAA Universidade Federal da Paraíba e o ISMT estabeleceram um acordo de colaboração ao nível do ensino e

da investigação.A UFPB e o ISMT comprometeram-se em promover uma cooperação recíproca no que diz respeito à

realização de intercâmbio de pesquisadores e de professores, envolvendo actividades e projectos conjuntos deensino e pesquisa, intercâmbio de estudantes de graduação e de pós-graduação, organização de cursos, conferên-cias, seminários e outras actividades de carácter académico e científico e intercâmbio de informação e publicaçõespertinentes para os objectivos estabelecidos. O acordo foi assinado em 18 de Maio de 2004.

Ana Cristina Abreu

ISMT, através do seu Centro de Investigação, estabeleceu um protocolo com a Delegação Regio-nal do Centro do IDT, a fim de desenvolver um projecto de investigação sobre “Monitorizaçãodos resultados no tratamento da toxicodependência”, tendo como instituição parceira o Centrode Investigação em Psicologia do Departamento de Psicologia do IEP da Universidade do Minho,

cujo director, o Prof. Doutor Paulo Machado, assegura a direcção científica, no âmbito do projecto de investiga-ção sobre “Monitorização dos resultados e gestão em psicoterapia e saúde mental” financiado pela Funda-ção para a Ciência e Tecnologia. O Doutor Carlos Farate fará a coordenação local do projecto a desenvolver,numa primeira fase no CAT de Coimbra, com a colaboração operacional da Dra. Sónia Simões.

O Centro de Investigação do Instituto Superior Miguel Torga viu aprovado pela Fundação CalousteGulbenkian o financiamento, para o período de um ano, do projecto intitulado “Repercussões do consumo dotabaco, do álcool e de outras drogas na saúde das crianças e dos adolescentes - modalidades de interacçãoe influência recíproca”. O estudo inscreve-se na área designada por “projectos sobre característicascomportamentais com repercussão na saúde, particularmente a utilização de substâncias psicotrópicas, álcool etabaco” no âmbito do concurso para projectos de saúde pública aberto pelo Serviço de Saúde e Desenvolvimen-to Humano da Fundação Calouste Gulbenkian, e decorre em parceria com o Centro de Investigação em Psicolo-gia do Departamento de Psicologia do I.E.P. da Universidade do Minho, com a Sub-Região de Saúde de Coimbra,e com a equipa “Santé de l’Adolescent” da Unidade 472 do INSERM, de Villejuif.

Dra. Sónia Simões

O

A Assessoria de Formação Permanente está a promover o Curso de Iniciação às Técnicas Projectivas que, irádecorrer no ISMT, nos dias 6, 13, 20 e 27 de Novembro das 10.00 às 13.00 e das 14.30 às 18.30 sob a orientaçãodo Mestre Mário Santos Horta (Licenciado Psicologia Clínica e Mestre Psicopatologia e Psicologia Clínica) e aDra. Joana Coelho (Licenciada em Psicologia Clínica).

Este Curso, de vocação clínica, procura introduzir os participantes ao conhecimento das principais técnicasprojectivas (estruturais e temáticas) bem como aos seus princípios gerais de utilização, cotação e análise. Utiliza-secomo referência básica a escola francesa para interpretação/análise. Fazem-se, ainda, estudos de caso cruzando osdados da prova com dados de observações, entrevistas e outras provas (psicométricas).

Os destinatários deste Curso são essencialmente, Psicólogos, Finalistas de Psicologia, Finalistas de ServiçoSocial (Ramo de Aconselhamento), Mestrandos em Aconselhamento Dinâmico e outros profissionais com for-mação na área clinica.

Para mais informações contactar o Secretariado da Assessoria de Formação Permanente pelo telefone239 488030/43/44

Curso de Iniciação às Técnicas Projectivas

Mestre Sara Lopes Borges

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO DO ISMT

Page 21: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

21

O simbolo do Prémio Carlos V empedra e prata que se entrega ao

galardoado

Tendo sido o Instituto Superior Miguel Torga uma das entidades pro-ponentes da atribuição do Prémio Carlos V ao Exmo. Senhor Presidenteda República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio, o Director do ISMT, SenhorProf. Doutor Carlos Amaral Dias, esteve presente, no Mosteiro de Yuste,em Cáceres, Extremadura, Espanha (Sede de La Fundación Academia Europeade Yuste, que concedeu o prémio), na Cerimónia de atribuição do referidogalardão, entregue pelo Rei de Espanha, S.A.R. D. Juan Carlos. Este im-portante acontecimento decorreu no dia 13 de Outubro de 2004.

Ana Cristina Abreu

Associação para o Planeamento da Famíliahttp://www.apf.pt

Contact a Family For Families With DisabledDisordershttp://www.cafamily.org.uk

Associação Portuguesa das Famílias Numerosashttp://www.apfn.com.pt

Single-Parent Familyhttp://www.single-parent.family.org

Australian Institute of Family Studieshttp://www.aifs.org.au

SITES NA NETAssunto: família

Ana Cristina Abreu

Page 22: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

22

CÁTEDRASSigmund Freud e Max Weber

Page 23: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

23

em Foco...

Boletim Informativo (B.I.) –Quem é o Carlos Amaral Dias?Carlos Amaral Dias (C.A.D) –É uma pessoa igual às outras.

B.I. – Qual foi o percurso quefez desde a sua infância até hoje?C.A.D. – Nasci em Coimbra, naRua Bernardo de Albuquerqueonde é actualmente um lar de 3ªidade. Estudei numa escola primá-ria a 20 metros daqui, fazia estepercurso todos os dias a pé. Viviaali por razões conjunturais porqueos meus pais eram os Chefes deEnfermagem da Clínica dos Oli-vais e vivíamos numa espécie deanexo - apartamento, junto da clí-nica. Era assim a vida na altura.

Estudei no antigo Liceu D.João III, actualmente chamado JoséFalcão, até ao meu 5º ano de liceu.O meu 6º e 7º ano fiz no antigoColégio de S. Pedro perto da Pra-ça da República, na Rua AlexandreHerculano. Estudei Medicina emCoimbra. Fiz o curso direitinho,excepto quando foi a crise de 69,na qual fui dirigente associativo eestive preso. Depois de licenciadoem Medicina fui para Lisboa fazer

“A minha vida é um actocompletamente inacabado.”

Professor Doutor Amaral Dias. É assim que todos oconhecem e reconhecem. Mas, quem é afinal este Homem?

Page 24: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

24

o meu primeiro internato no Hos-pital de Santa Maria por causa daminha formação Psicanalítica. Fuipreso a segunda vez porque dirigiuma greve de médicos nesse Hos-pital. Estive detido em Caxias cer-ca de dois meses. Regressei aCoimbra no final de 71, porque fuiconvidado para Assistente de Psi-quiatria do Professor Vaz Serra.

Em 75 fiz a Especialidade da Or-dem dos Médicos e em 76 a Es-pecialidade dos Hospitais. Em1977/78 fui convidado para Di-rector do Centro de Estudos eProfilaxia da Droga, devia ter 29/

30 anos. Fui o Director Hospitalarmais novo em Portugal. Posterior-mente, fiz um curso para Chefe deServiço Hospitalar. Aos 32 anos fuitambém o Chefe de Serviço Hos-pitalar mais novo em Portugal.Tive 20 por unanimidade nesseconcurso para Chefe de ServiçoHospitalar, tendo achado o factosuspeito e por isso protestei. O Tri-

bunal Administrativo não me deurazão e mantiveram-me o 20. Dou-torei-me, em 1981, em PsicologiaClínica e depois agreguei-me em1986 em Psicologia e em 87 emMedicina. Tenho uma carreira uni-

versitária completa porque a agre-gação é o grau mais alto desta car-reira universitária. Em 88 zanguei-me com os hospitais. Pedi a minhademissão depois de uma carreirahospitalar concluida. Fiquei só nauniversidade, fui Professor Catedrá-tico em 1990. Fundei o Centro deApoio Médico Psicopedagógico deCoimbra, o Centro de Orientação

Psicopedagógico em Leiria e a So-ciedade Portuguesa de PsicodramaPsicanalítica de Grupo. Aos 35 anosfui o Analista Didacta mais novodo mundo, quando o grau Didactanormalmente se obtém aos 50/60

“Tive 20 por unanimidade nesse concurso para Chefe de Serviço Hospitalar, tendo achado o facto suspeito e por isso protestei.”

Page 25: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

25

anos, fui Membro da ComissãoPortuguesa de Psicanálise, fiz tudomuito cedo. Na altura era Chefede Serviço Hospitalar, Perito daOrganização Mundial de Saúde(OMS), Perito do Conselho daEuropa e Perito da UNESCO.Quando em 88 pedi a minha de-missão de Director do Centro deEstudos e Profilaxia da Droga pediigualmente a minha demissão de

todos os outros cargos já referi-dos. Decidi que ia começar a fazeroutras coisas na vida. Tinha-me can-sado de dedicar a minha vida pes-soal e profissional sempre aos ou-tros. Para mal dos meus pecados,um ano e meio depois aceitei o de-

safio de dirigir o actual ISMT, car-go que tenho mantido desde essaaltura. O máximo de tempo queestive numa instituição foi 11 anos,portanto neste momento já bati omeu recorde pessoal. Eu tenho umaideia própria, gosto de fazer nas-cer as coisas, de vê-las crescer edepois de me ir embora e fazeroutras. Este processo tem sido de-masiado longo, as ambições têm

crescido e eu tenho acompanhadoesta evolução. Eu estive na suagenese, logo não tenho outro re-médio senão manter-me nele maisuns anos. Aproveito também paradizer que farei um único reitorado,no caso de haver fusão.

B.I. – O que é que o influencioua tirar o curso de Medicina?C.A.D. – O meu bisavô paternoera médico. O meu avô era umanarquista de convicção pessoal, demodo que exigiu ao meu bisavôque o deserdasse porque não tinhanada a ver com ele. Ele assim fez.O meu avô começou a fazer a vidadele mas, infelizmente morreumuito cedo, aos 49 anos. Os filhos

eram pequenos e, portanto, tiveramque tirar cursos de saúde mais rá-pidos. O meu pai e as minhas tiastiraram todos cursos de Enferma-gem de maneira a assegurarem (jáque eram os mais velhos) a sobre-vivência da família e também a so-

“Fui o analista didacta mais novo do mundo.”

Page 26: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

26

brevivência pessoal. Portanto, dealguma maneira essa tradição desaúde estava na família.

Eu sempre quis ser psiquiatra,nunca quis ser médico. Quandocheguei ao antigo 7º ano de liceu,que é o actual 12º ano, tinha duascoisas na minha cabeça: ou ia paraParis estudar Jornalismo ou tiravaMedicina para ser Psicanalista. Eusabia que tinha que ser médico psi-

quiatra, portanto quando eu fui paraMedicina tinha uma finalidade e umpropósito. As minhas leituras deFreud quando eu tinha 17/18 anosmarcaram-me irredutivelmente demodo que eu fui fazer Medicina,Psiquiatria, porque era uma condi-

“Por muito que eu faça nunca consigo pagar o sentimento de ter sido amado em exclusividade.”

ção sine qua non para poder atingir omeu objectivo.

B.I. – Na altura com 18 anos eranormal ler Freud?C.A.D. – Bom, quando tinha 9anos lia Shakespeare, aos 10 anoslia Platão e Sócrates, aos 11 anoslia Literatura Clássica Portuguesa eEuropeia. Lembro-me que me ofe-receram aos 12 anos a colecção “A

Casa dos Mortos” e eu li-a numatarde. Aos 12 anos eu tinha umaformação Clássica que poucas pes-soas tinham com a minha idade.Era um devorador compulsivo delivros, adorava ler. Passava horas afio lendo, até aos meus 17 anos.

Depois comecei a fazer coisas paraalém de ler compulsivamente.

B.I. – E o tempo para brincar?C.A.D. – Até essa idade era paraler. Depois, quando decidi diversifi-car fui para a AAC, pratiquei rugbyonde fui Campeão Nacional. Fizvários rallies e ganhei várias taças.Sempre achei graça aos desportosde alta competição ou desportos

físicos que tinham alguma virilida-de. Depois, quando estava maisvelhinho pratiquei ténis. Pratiqueidesporto intensamente durantemuitos anos, mas tinha sempre umproblema; quando estava com aspessoas de rugby não podia falar

Page 27: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

27

Andrea Marques / Carla Silva

Sonho – Vida. A vida é um sonho. Tal comodiz James Bond só se vive duas vezes, umapela nossa vida e outra pelos nossos so-nhos. Eu vivo uma vida de sonho no sentidoem que o sonho é uma realização de umdesejo. A minha vida é tentar realizar algunsdesejos pessoais ou colectivos.

Infelicidade – A perca. A perca de uma pes-soa é a única infelicidade.

Prazer – Os prazeres comuns. O prazerde amar, de comer, de beber, conversar...Todos os prazeres que são dos humanos.Eu reconheço-me em todos.

Fobia – Nunca tive.

Ambição – Já realizei a maior das ambições,que é estar vivo.

Poder – Poder é uma coisa desinteressante.O fazer é uma coisa interessante.

Saúde – É um conceito global. Já os roma-nos diziam “mente sã em corpo são”.

Desporto – Actualmente não pratico. Façoginástica, tenho uma treinadora pessoal queme obriga a faze-la. Às vezes, aos fins desemana ou nas férias, jogo ténis que é umdesporto que se pode praticar toda a vida.

Orgulho – É o clitóris da alma. Só o coça-mos quando não temos ninguém que o coce.

Ídolo – Ídolo não tenho. Tenho mestres –Freud. Não só pela ciência que fundou maspela coragem que ele teve. Desde que eleestivesse convicto do seu ponto de vista, era-lhe indiferente estar acompanhado ou sozi-nho.

ISMT – É um dos múltiplos filhos que tive.Espero que cresça e sobreviva como é obri-gação de todos os filhos.

de Filosofia, com as pessoas de Fi-losofia não podia falar de rugby equando estava com os de Medici-na não podia falar nem de umacoisa nem de outra. Tinha que es-tar um bocadinho dividido entreos grupos de amigos e assim ia-me divertindo.

B.I. – Neste momento o que éque ainda falta fazer?C.A.D. – A mim? Tudo! Consi-dero a minha vida um acto com-pletamente inacabado.

B.I. – As ambições ainda sãomuitas?C.A.D. – Eu acho que não sãoambições, são obrigações. Comosou filho único, na minha própriaauto-análise, quer dizer que pormuito que eu faça nunca consigopagar o sentimento de ter sidoamado em exclusividade. De modoque, cada livro que eu escevo, já lávão 21, é mais uma quota partepara isso, mas ainda não paguei.Como é uma quota muito altaacho que vou pagar até morrer.

Quem está vivo tem uma res-ponsabilidade social. Tenho a cons-ciência exacta que tudo o que eufiz na vida será esquecido pelas ge-rações vindouras mas, pelo menostentei fazer algo. Tenho a consci-ência que não fiz nada de impor-tante.

B.I. – Se pudesse alterava algu-ma coisa que fez no passado?C.A.D. – Não alterava nada por-que sei que o passado não se podealterar.

Page 28: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

28

publicações

DESTAQUEFUNDO DOCUMENTALdo PROFESSOR CARLOS AMARAL DIAS

DIAS, Carlos Amaral; PEDRO,Henrique DiasToxicomania e DelinquênciaConsiderações a propósito de 61casosInfância e Juventude. Lisboa. 1(1979)“O vivido do toxicómano é umapassagem ao acto praticamente per-manente. O pensamento – eperguntamo-nos hoje a nós mesmosse existe um verdadeiro processo deapreensão da realidade interna e ex-terna no dependente – mesmo naausência de uma actividade ou des-carga motora, acaba também porobedecer ao princípio do agir. Ofalar, que, como sabemos, tem umimportante papel no problema dadistância objectal é, por exemplo,num grupo de dependentes, um“curtir”, isto é, uma certa forma deexpressar um vivido instintual, asmais das vezes, ou sempre, pré-genital. Esta verdade, que se podedizer constante mesmo na toxico-mania clássica, isto é, a referida pelosautores até ao actual surto epidémi-co, é hoje, permita-se o reforço duasvezes verdadeira, em razão da coin-cidência entre a toxicomania e os pro-blemas da juventude.”

DIAS, Carlos Amaral;SEQUEIRA, Maria de FátimaEstatuto e Identidade: de umapsicologia manipulatória a umaprática de identificaçãoPsicologia. Lisboa. 1: 2 (1980)“Este texto constitui o retomar deuma reflexão que os autores tinhaminiciado a propósito da implantação,na instituição onde trabalham, deum movimento de psicoterapia

institucional, conduzido segundoo modelo Ballint (1960). Oaprofundamento deste, resultounuma efectiva dissolução do poderterapêutico delegado na realidade clí-nica a qualquer nível técnico. Psicólo-gos, psiquiatras e assistentes sociais,estruturada esta instituição sobre oideal do EU cognitivo, dispuseram-se a uma prática que previligiando arelação psicoterapêutica levou para-doxalmente e um aprofundamentodas motivações que empurram o ho-mem para a esfinge inquietante doadoecer psíquico.”

A Influência Relativa dos Facto-res Psicológicos e Sociais noEvolutivo Toxicómano. Disser-tação de Doutoramento em Psi-cologia Clínica apresentada àFaculdade de Psicologia e Ciên-cias da Educação da Universida-de de Coimbra em 1980“O problema da toxicomania tem-nos interessado há alguns anos, querpor motivações pessoais, quer porrazões de carácter profissional, já quedesde Maio de 1977, desempenha-mos o lugar de Director do Centrode Estudos e Profilaxia da Drogade Coimbra. Por outro lado, a pre-sença em múltiplas reuniões interna-cionais, das Nações Unidas, daUNESCO e do Conselho da Eu-ropa, onde desempenhamos o lu-gar de Perito num Comité restritosobre as toxicomanias, veio-nos aalertar progressivamente, para a im-portância do estudo dos factoresambienciais e demográficos da toxi-comania, sobretudo a forma comolocalmente estes elementos encontramo seu valor, relação e incidência.”

As Teorias e as ForçasPsicologia. Lisboa. 3: 3,4 (1982)“Neste capítulo, extraído da tese deDoutoramento do autor, (...), são-nosdadas algumas das mais recentes for-mas de abordagem e possíveis mo-delos explicativos da problemáticainerente ao consumo abusivo de subs-tâncias psicoactivas, nos seus aspec-tos individuais psico e socioculturais.Dados obtidos através da experiên-cia pessoal do autor com toxicóma-nos confirmando, infirmando oudando continuidade a outros autorespermitem e facilitam-nos uma com-preensão mais vasta e integrativa deconceitos, factores e vivênciasoperantes no evolutivo do toxicóma-no e dos que directa ou indirectamenteo rodeiam.”

Os Modelos da Angústia e De-pressão na Problemática da Ado-lescênciaPsicologia. Lisboa. 3: 1,2 (1982)“O autor apresenta neste trabalhouma concepção sobre a adolescên-cia do ponto de vista do desenvol-vimento “normal”. Neste os mo-mentos de angústia e depressão sãoconsiderados obrigatórios e até ne-cessários a fim de liquidar no ado-lescente as formas resultantes dasidentificações infantis. Tenta-se tam-bém aproximar esta fase das descri-tas por outros autores.”

Moderna Teoria Analítica: aidentificaçãoJornal de Psicologia. Porto. 4: 2(1985)“O conceito de identificação pare-ce-nos fundamental numa modernateoria analítica. Nesta a identificação

Page 29: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

29

não seria um mecanismo, mas omecanismo por excelência, de for-mação da vida e do aparelho psíqui-co. A evolução do conceito de iden-tificação e nomeadamente o concei-to de identificação espacial, parecetambém ser de inserir no contextoteórico-clínico descrito.”

DIAS, Carlos Amaral;COELHO, AnaUm Caso de Psicoterapia Infan-til ou os Golias de DavidSeparata da Revista Portuguesade Pedagogia. Coimbra. 19 (1985)“A partir da observação de uma cri-ança fortemente perturbada e comgraves transtornos do comporta-mento, os autores ilustram uma téc-nica de psicoterapia infantil, bem as-sim como a sua importância para aintegração das fantasias clivadas edesintegradas no espaço mental dojovem paciente, ou por eleexternalizadas através do agir. Dá-separticular realce à progressivamaturação das funções psíquicas deDavid e à sua crescente capacidadede lidar com as angústias internas ede poder trabalhar com elas.”

O Papel das Instituições ePessoas Significativas noProcesso de Desenvolvimento eEstruturação da PersonalidadeJornadas Pedagógicas. Açores.1987“O BÉBÉ” de Fran Manushkin“Na História deste bébé, e de todosos bébés do mundo, descobrimosque antes de nascermos já sentimosaquilo que havemos de procurardurante toda a vida – o bem estar, oconforto, o equilíbrio e a felicidade...e o prazer de ter um lugar que seja onosso lugar, de sermos amados eretribuir amor, de sermos pensadospara poder pensar, criados para po-dermos nascer.”

Avaliação do Programa deTratamento paraToxicodependentes do Centrode Estudos da Profilaxia daDroga de CoimbraJuventude e Toxicomanias.Lisboa. 1 (1987)“Este trabalho descreve o progra-ma de tratamento para toxico-de-pendentes do Centro de Estudos daProfilaxia da Droga de Coimbra,sob a direcção do prof. DoutorCarlos Amaral Dias. Define as basesteóricas em que se organizou, a es-trutura que adopta para o seu funci-onamento, assim com faz uma ten-tativa de avaliação do seu funciona-mento nos últimos oito anos e dosresultados obtidos nos últimos trêsanos. É uma estrutura de saúde men-tal juvenil que se assume como fa-zendo parte do movimento daspsicoterapias institucionais. Tem ateoria dinâmica e, em particular, ateoria psicanalítica como substrato àcompreensão do adolescente toxi-cómano e à sua prática terapêutica.”

Recuperação, Reabilitação eReinserção do Toxicodependente:droga, ano 2000, que futuro ?Fundo de Formação e Reinserçãode Toxicodependentes.1988“O Fundo de Formação eReinserção de Toxicodependentes,com o apoio do Fundo Social Eu-ropeu, vem desenvolvendo acçõesde formação profissional desde1986, pensando ser este umcontributo possível e válido à abor-dagem da problemática em questão.Essas acções, destinadas a jovens entreos 18 e 25 anos, abrangeram 200jovens em 1986 e 139 em 1987, co-locados à formação em sectoresprofissionais e locais distintos, previ-amente definidos em função das dis-ponibilidades e necessidadesformativas, bem como das caracte-rísticas e interesse desta população.”

Para Uma Psicanálise da RelaçãoAfrontamento, 1988“A presente obra aborda de uma for-ma inovadora um vasto conjunto dequestões, muitas delas centrais na prá-tica psicoterapêutica e psicanalítica. Re-sultante de uma de uma investigaçãorigorosamente centrada na prática dapsicanálise (cura-tipo), e por issoabundantemente ilustrada com exem-plos clínicos, Para uma Psicanálise daRelação introduz-nos em plena Psi-cologia das Profundidades. À voltade um conceito nodal, a Identifica-ção Projectiva, Carlos Amaral Diaspropõe-nos uma Psicanálise “diferen-te”, em que a Procura da Verdade seconstitui como referente último doque se passa entre o Analista e o Ana-lisando. Os novos caminhos abertospor esta obra irão concerteza fecun-dar a Psicanálise e a Psicoterapia emPortugal.”

A Fantasia da RazãoColóquio-Debate sobreLiteratura Infantil e JuvenilCoimbra 23 e 24 de Maio 1988“Mas o sonho ou a fantasia vem-nos da Literatura Infantil a que cadaum de nós teve acesso quando cri-ança, ou da complexidade e totali-dade da nossa própria história in-fantil? Por outras palavras, trata-se desaber que “leituras iniciais” são ne-cessárias à criança para que ela possavir a ler, lendo-se a si própria, co-nhecendo e fantasiando a partir daleitura de qualquer história.”

Page 30: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

30

Só Deus em Mim se Opõe aDeus: um seminário de psica-náliseFenda, 1993“O livro de que hoje damos conhe-cimento público, ou seja, aquele quetransitoriamente contém pensamen-tos e seu(s) pensador(es), e vice-ver-sa, substantiviza o discurso e o diá-logo com mais de uma vintena depsicanalistas, nos dias 24 e 25 de Abril,no Luso.”

Ascensão e Queda dosToxicoterapeutas: ou a demo-cracia da mentiraFenda, 1995“O advento dos toxicoterapeutasconduz paulatinamente às toxico-terapias. Esta é uma muito provávelconsequência do imiscuir de uma cul-tura do Espectáculo, aonde a drogase afirma como sintoma espectacu-lar.”

Efeitos da Psicoterapia Analíti-ca Sobre o Stress de PsicóticosInteracções. Coimbra. 2 (1995)“O autor estuda neste artigo os efei-tos do stress na problemáticapsicótica. Depois de definir o queentende por stress, por factoresstressantes, após uma breve revisãoda literatura, define e exemplifica otrabalho específico em psicoterapiapsicanalítica de grupo para pacientespsicóticos. O autor propõe, emconsequência, uma abordagem tera-pêutica que leva em linha de conta ofuncionamento psicopatológico da-quele tipo de personalidades, basea-da essencialmente na teoria da iden-tificação projectiva.”

DIAS, Carlos Amaral; ALVES,FernandoAvenida de Ceuta Nº 1Relógio D’Água, 1995

“ De Fevereiro de 1994 a Março de1995, Carlos Amaral Dias falou comFernando Alves dos mais diversosacontecimentos. Dos telefones por-táteis até à relação obsessiva com oscarros, passando pelo medo, o bomsenso, as superstições das sextas dia13, o olhar, a morte e os mitos queela cria, sobre Guterres e Cavaco Sil-va. Nascidas como “Espuma dosDias” as conversas tornam-se agoraAvenida, em forma escrita, local decruzamento e interrogação. Os tex-tos mantêm o risco das citações fei-tas de improviso, a audácia do pen-samento conjectural e sobretudo aalegria de pensar que nasceu de umencontro singular nas ondas da TSF.”

(A) Re-Pensar: colectâneaAfrontamento, 1995“Com este livro, retomamos algu-mas das questões subjacentes à obra“Para Uma Análise da Relação”publicada nesta mesma editora. Tal-vez por isso o primeiro título quenos surgiu fosse Para Uma Análiseda Relação II, tanto no nosso espíri-to se abria uma via de continuidadeentre ambas. Mas assim não quis amão e o imaginário, já que desta con-tinuidade ficava excluída a contro-vérsia notória, entrecortada de silên-cios equívocos, que se sucedeu à pu-blicação de Ali-Babá e Aventuras deAli-Babá nos Túmulos de Ur.

Page 31: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

31

(A) Re-Pensar resolvia-nos no títulouma questão pessoal. Sem redençãonem absolvição, já que autorizadoapenas por mim mesmo...Por outro lado nota-se ao longo dosdiversos capítulos uma progressivaprocura de novas vias para o pensa-mento, bem como a experimenta-ção de diatribes estilísticas e incur-sões por outros campos de conhe-cimento que num dado momentonos interessaram. Em todo o casosupomos existir uma unidadeconceptual, que, como o crochet, unefios que aí mesmo se subentendem.”

Tabela Para Uma Nebulosa:desenvolvimentos a partir deWilfred R. BionFim de Século, 1997“Quanto à obra ela destina-se tãosomente àqueles que lidam com a“coisa” psicanalítica. O que nela sedescreve é uma reformulação da Ta-bela, pelo acrescento de duas novascategorias, bem como uma forma dese lidar com o material clínico emer-gente, pela sua colocação (de A a H,de 1 a 7). Compreendendo emboraos dois avisos de Bion, o primeirosobre o seu exclusivo uso extra-clíni-co e o segundo sobre o seu hipotéti-co abandono, nem num, nem noutronos revemos completamente.”

DIAS, Carlos Amaral;FLEMING, ManuelaA Psicanálise em Tempo deMudança: contribuições teóri-cas a partir de BionAfrontamento, 1998“O livro que os autores trazem apúblico resulta de uma propostaconceptual que anunciaram num con-gresso Psicanalítico Internacional.Naquela proposta, a obra de Bion(não confundir com a pessoaW.R.Bion) era considerada com umvertex conceptual para observar arelação analítica, a partir do modelocontinente-conteúdo.O pensamento de W.R.Bion, aindahoje quase desconhecido para gran-de perte do público científico por-tuguês, permitiu aos autores – am-bos psicanalistas – de maneiras dife-rentes, a disciplina necessária para noseu dia-a-dia, como profissionais,catastrofizarem-se o suficiente paraperceberem o quanto tinham dedesaprenderem para viabilizarem ocrescimento das seus analisandos, edeles mesmos, como analistas. (...) Seo leitor conseguir aperceber-se daexpansão de que pode beneficiar pelasua utilização, então o livro obteve oefeito pretendido.Em todo o caso leia-o sabendo quenem Bion era bioniano.”

Carlos Amaral DiasManuela Fleming

DIAS, Carlos Amaral;MONTEIRO, João SousaEu Já Posso Imaginar Que façoAssírio & Alvim, 1998“Este livro é uma versão muitomodificada de dois programas derádio, ambos transmitidos na RádioComercial: o primeiro, de Outubrode 83 a Julho de 84, tinha por título“Quando Olho Para Mim Não MePercebo”, e o segundo, transmitidoentre Outubro de 84 e Julho de 85,chamava-se “O Eu e os Outros”.Um miúdo de nome Dick, no finalda sua análise com Mélanie Klein, umdia disse-lhe espontaneamente: “Eujá estou melhor porque eu agora jánão preciso de fazer, eu já possoimaginar que faço”. Com esta ex-pressão admirável, Dick formulavaum dos aspectos mais básicos doproblema do pensamento, e descre-via a sua própria experiência, naque-le momento descoberta, de pensar.”

DIAS, Carlos Amaral; MUNIZDE REZENDE, Antonio;ZIMERMAN, David E.Bion HojeFim de Século, 1998“Com a publicação deste livro, fe-cha-se um ciclo, iniciada em Janeirode 1996, com o Seminário Interna-cional sobre a obra de Bion, realiza-do nessa data em Lisboa.

Page 32: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

32

Naquele Seminário, aonde intervie-ram nomes significativos da Psica-nálise Portuguesa (Pedro Luzes,Coimbra de Matos, Cleste Malpique,Jaime Milheiro, entre outros), e ani-mado também pelos professoresManuel de Matos e ManuelaFleming, ficou patente a fecundidadedo pensamento daquele analista in-glês, e a potencialidade expansiva dosseus conceitos, hipóteses e intuições.A cargo de nós mesmos, AntonioMuniz de Rezende e DavidZimerman, no prazer da palavracomum, uma fala construiu-se du-rante aqueles dois dias, de que estaobra dá, em parte, conta.”

O Negativo ou o Retorno a FreudFim de Século, 1999“ Este livro compõe-se de três tex-tos, um resultante de um Seminárioefectuado em Lisboa no HotelLutécia, para um grupo depsicoterapeutas e psicanalistas, e dedois outros, apresentados respecti-vamente como Conferência no Co-lóquio sobre Simbolismo da Socie-dade Portuguesa de Psicanálise e comRelatório ao Congresso Ibérico dePsicanálise.Por isso, o primeiro que é tambémo mais substantivo, ressente-se daoralidade, apesar dos esforços doautor e das colegas Ana Almeida,Beatriz Romão e Lubélia Magalhães.”

Volto Já: ensaios sobre o realFim de Século, 2000“ Quis então o destino e a má –ven-tura forçar-nos à reedição num sóvolume de três obras há muito es-gotadas: Ali Babá, Droga: uma neu-rose diabólica do século vinte, Aven-turas de Ali Babá nos Túmulos deUr e Ascensão e Queda dosToxicoterapeutas.Para título conjunto, escolhemos aprática do desvio do banal mais ba-nal. Por este inspirados, nas raras ron-das dominicais pelos centros comer-ciais, aí vemos, pontuando as por-tas, o dístico Volto Já...”

Falas Públicas do InconscienteQuarteto, 2000“ Mas perguntará o leitor, de que tra-ta afinal esta obra? Um pouco detudo. Da arte, da história, da política,do feminino, da vida. A única vanta-gem desta colectânea é poder ser lidasem continuidade. Abra ao acaso edeixe-se ir sem reservas nas teciturase nas armadilhas do discurso. Se lheficar um certo sabor a pouco, os de-sígnios de quem escreveu ficaram emboa parte cumpridos.”

Psicanálise, Psicoterapia,Epistemologia e MétodoCientífico: muitas questões,algumas consideraçõesInteracções.Coimbra.1 (2001)“As transformações do movimentopsicanalítico são avaliadas, neste textoem particular, a partir de uma com-paração analítica entre a psicanálise ea física ou como ambas as disciplinastêm uma história de insatisfação coma “neutralidade”, objectivismo ereducionismo da ciência herdados domodelo das ciências da natureza. Apsicanálise precedeu o que se passounoutras áreas científicas e hoje é po-pularmente constituído como umareferência à “nova física”, ou seja, apassagem da procura de certezas parasistemas probabilísticos de incerteza.Este percurso é observado através dastransições entre Freud, Mélanie Kleine Bion. A ênfase é colocada nos

Page 33: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

33

fenómenos de transferência e contra-transferência como específicos doprocesso psicanalítico, simultaneamen-te enquanto prática terapêutica einteracção analítica, permitindo que odiscurso analítico teológico outranscendental (as transições entre a“Teologia da Ciência” em Freud e aCiência dos Deuses internos em Klein)ganhasse movimento em direcção aum discurso epistemológico própriocom Bion e a sua noção de identifica-ção projectiva na relação terapêutica.”

Da Interpretação PsicanalíticaAnalytica, 2001“O presente livro pretendeconceptualizar de uma forma tãoconcisa quanto possível aquilo que oautor entende sobre o conceito deinterpretação em psicanálise.Para isso, e recorrendo fundamental-mente a Freud, Klein, Bion e algumainvestigação própria, desenvolve emcerca de duzentas teses a forma, oconteúdo, o momento e a origem dainterpretação.”

DIAS, Carlos Amaral; BRAVO,AnaO Inferno Somos Nós: conver-sas sobre crianças e adolescentesQuetzal Editores, 2002

“Esta obra caracteriza-se essencial-mente por retratar um diálogo vivoque se realizou durante anos na TSF.Dia após dia Carlos Amaral Diasrespondia às questões postas porAna Bravo e dos ouvintes sobre osproblemas emocionais que surgemno quotidiano das crianças, dos ado-lescentes, das famílias, ou seja, doshumanos em geral.A sua passagem a livro permite atodos, dos especialistas aos pais, en-contrar respostas pragmáticas, e ade-quadas, para as angústias, as dúvidas,e as perplexidades do dia-a-dia.”

Um Psicanalista no Expressodo OcidenteTemas & Dabates, 2003“Ler Amaral Dias implica que aceite-mos que a análise nos inicia num jogode linguagem que é também, na suadimensão terapêutica, uma forma devida. Há neste processo umadeslocação por vezes tão insólita quenão podemos deixar de sorrir peran-te o modo como se dá o salto doidioma político para o idioma analíti-co(...) Mas de tais coerências não inte-ressa pedir contas se nestes gestosinterpretativos sempre arriscados en-tendemos melhor o que paralisa e oque, no cinzento neurótico do quoti-diano, nos reconforta e euforiza. O Ana Cristina Abreu

livro de Amaral Dias tem este tónusque nos contagia e que nos faz pôr delado eventuais discordâncias de por-menor. Lê-lo e prolongá-lo em nóspode ser uma experiência única noquadro do pensamento português. Eo que está em jogo não são apenas asideias ou a cena política mas a possi-bilidade que nos é dada de vivermosmais, de uma forma mais livre, maispassional e intensa.”

Eduardo Prado Coelho

Costurando as Linhas daPsicopatologia Borderland(estados-limite)Climepsi, 2004“A obra que prefacio é a muitos tí-tulos notável: é um livro sobre teo-ria e um livro sobre clínica psicanalí-tica.(...) Carlos Amaral Dias trabalhasobre o que une e separa os territó-rios ou organizações do funciona-mento mental.”

Page 34: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

34

notícias do Instituto

Escola Superior de Altos Estudos, em colaboração com o Centro de Investigação em MaturaçãoIndividual e Dinâmica Comunitária, organizou o II Colóquio sobre Metodologias de Investigaçãodo Mestrado em Família e Sistemas Sociais, que teve lugar no passado dia 28 de Maio.De seguida o Boletim Informativo dá a conhecer excertos das dissertações apresentadas pelos

Mestrandos à Escola Superior de Altos Estudos do Instituto Superior Miguel Torga.

Mestre Isabel MariaHenriques SimõesTese de Mestrado: “O Aciden-te Vascular Cerebral na Famí-lia: Dificuldades e Mecanismosde Compensação da Mulher noCuidado Informal”

“As alterações socio--demográficas e culturais queocorreram nos últimos anos, tor-naram a prática dos cuidados a fa-miliares com doença crónica ou

incapacitante, numa sobrecarga fí-sica e emocional, com graves re-percussões na qualidade de vidados cuidadores, nomeadamenteno cuidador principal.” (...)

“O objectivo deste estudo éconhecer o contexto da prática docuidado informal, das mulheres

que cuidam dos maridos depen-dentes vítimas de AVC, procuran-do identificar as dificuldadespercepcionadas e as estratégias decoping mais utilizadas e a sua re-

lação com a idade, nívelsocioeconómico e tempo na situ-ação de prestadoras de cuidados,assim como a relação entre o usode determinadas estratégias e apercepção dessas dificuldades.

A amostra é constituída por41 cuidadoras. A média de idadesé de 66,98 anos, maioritariamentecom baixa escolaridade, reforma-das, com nível socioeconómicomédio baixo e residentes em meiorural. Em grande parte das situa-ções vivem sozinhas com os ma-ridos e não partilham a responsa-bilidade do cuidado com ninguém.A maioria afirma ter ajuda dos fa-miliares, embora só 12 tenham aju-da diária. Apenas 10 dascuidadoras têm ajuda formal (ser-viços de saúde e sociais).

Foram utilizadas as escalas demedida Carers’ Assessment ofDifficulties Index (CADI) paraidentificação das dificuldades eCarers’ Assessment of ManagingIndex (CAMI) para as estratégiasde coping. Os dados foram co-lhidos através de entrevistasestruturadas.” (...)

II Colóquio sobre Metodologias de InvestigaçãoDO MESTRADO EM FAMÍLIA E SISTEMAS SOCIAIS

A

O Prof. Doutor Jorge Caiado Gomes e a Mestre Maria Isabel Rumor Caetano

Page 35: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

35

Mestre Maria Isabel RumorCaetanoTese de Mestrado: “Estratégi-as Educativas Familiares –Contributo para o Estudo doInsucesso”

“Neste trabalho abordam-sealgumas estratégias educativas fa-miliares. Pretende-se conhecer quetipos de estratégias utilizam os paisem relação aos projectos escola-res dos seus filhos, às práticas es-colares e às actividades extra-es-colares. Pretende-se ainda relacio-nar as práticas educativas dos paiscom o aproveitamento dos alu-nos. A análise das estratégiaseducativas baseou-se em váriosautores dos quais se salienta a teo-ria de reprodução de Bourdieu ePasseron. O estudo centra-se numaamostra de 379 pais de alunosentre os 10 e 13 anos de idade, afrequentar o 5º e 6º ano de esco-laridade, no distrito de Coimbra.

Foi possível, com este estu-do, encontrar diferentes estratégi-as educativas, com variações maisou menos acentuadas, quando re-lacionadas com as variáveis idadedos pais, nível de escolarização etipologia familiar, que explicam asdiscrepâncias encontradas noaproveitamento escolar dos fi-lhos.” (...)

Mestre Maria de LurdesOliveira SantosTese de Mestrado: “A Escolaem Meios Rurais Isolados e asNovas Realidades Sociais”

“Ao elaborarmos este traba-lho tivemos como objectivo abor-dar e levantar algumas questões re-lacionadas com a problemática doencerramento de escolas com me-nos de dez alunos, e asconsequências sociais para as co-munidades desta medida. O Mi-nistério da Educação, pretende dar

cumprimento a uma Lei que nãoé recente, que data de 1988 mascuja aplicação tem ficado um pou-co à mercê das possibilidades ouvontades políticas, das diferentesautarquias, uma vez que esta ma-téria é uma das suas competênci-as. Esta intenção do Ministério, di-vide bastante as opiniões, junto dascomunidades em geral e das fa-mílias em particular, junto dosautarcas, cujo papel édeterminante neste processo, e ain-da, junto dos docentes. Em rela-ção a estes, os motivos das suasrazões estão mais ligados ao de-sempenho profissional e más con-dições em que têm de trabalhar.Pretendemos assim analisar algunsaspectos, que são, em nossa opi-

nião pertinentes, sempre que sepõem em prática mudanças queafectem a vivência e a existênciadas populações.” (...)

Mestre Maria Isabel SãoMiguel Alves FidalgoTese de Mestrado: “Famíliasem Intervenção Precoce – Ava-liação da satisfação das famíli-as em intervenção precoce”

“O quadro conceptual e filo-sófico da Intervenção Precoce tememergido de encruzilhadas inova-doras e geradoras de mudança nasatitudes, valores e formas de es-tar com as famílias e suas crianças.As perspectivas actuais de inter-venção, por vezes, são referidascomo algo utópico ou como umafinalidade desejável mas quase ina-tingível. O desafio deste trabalhositua-se em tentar compreendercomo na realidade se processa otrabalho com as famílias em In-

tervenção Precoce e qual a per-cepção e grau de satisfação queestas têm sobre o apoio prestado.

O presente trabalho caracte-riza-se por uma abordagemconceptual sobre os fundamentosda Intervenção Precoce e o desa-fio de relacionar a teoria com aprática.

O Prof. Doutor Jorge Caiado Gomes e a Mestre Isabel Maria Henriques Simões

Page 36: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

36

Mestrados

ROSA DA PRIMAVERACARVALHO NEVES DECASTROEm 27 de Maio de 2004, concluiuo Mestrado em Serviço Social, coma Tese intitulada “ Ética e ServiçoSocial: Argumentos para Interpe-lar o Debate Contemporâneo doServiço Social Português SobreÉtica Profissional a Partir da Aná-lise do Modelo de Barroco”. OJúri, constituído pelos ProfessoresDoutores Alcina Martins (ISMT),Maria do Rosário Serafim (ISSSL)e Tomaz Jacques (Univ. de Marro-cos), classificou a prova com Mui-to Bom.

RUI CARLOS NEGRÃOBAPTISTAEm 18 de Junho de 2004, concluiuo Mestrado em Sociopsicologia daSaúde, com a Tese intitulada “Re-presentação Social do Consumo deBebidas Alcoólicas em Estudantesdo Ensino Superior de Coimbra”.O Júri, constituído pelos Professo-res Doutores António Proença daCunha (ISMT), Jorge Negreiros

Carvalho (FPCEUP) e CarlosFarate (ISMT), classificou a provacom Muito Bom.

ANA CRISTINA COLAÇO ECASTROEm 23 de Junho de 2004, concluiuo Mestrado em Família e SistemasSociais, com a Tese intitulada “InCorpo – uma análise cultural so-bre a corporeidade”. O Júri, cons-tituído pelos Professores Douto-res António Proença da Cunha(ISMT), Susana Ramos (FCDUC)e José Henrique Dias (ISMT), clas-sificou a prova com Muito Bom.

FERNANDOFERREIRA PINAEm 16 de Julho de 2004, concluiuo Mestrado em Sociopsicologia daSaúde, com a Tese intitulada“Stress, Burnout e Satisfação Pro-fissional dos Enfermeiros daVMER”. O Júri, constituído pelosProfessores Doutores António Pro-ença da Cunha, Wilson Pinto deAbreu (ESEAGP) e Carlos Farate

(ISMT), classificou a prova comMuito Bom.

MARIA CLARAMARTINS CUNHA ANDRÉEm 21 de Julho de 2004, concluiuo Mestrado em Família e SistemasSociais, com a Tese intitulada “OLugar do Outro: o significado doconceito de empatia para os enfer-meiros”. O Júri, constituído pelosProfessores Doutores António Pro-ença da Cunha (ISMT), Maria deFátima Baptista Dias (ESEBB) eJosé Henrique Dias (ISMT), classi-ficou a prova com Muito Bom.

CATARINA ALEXANDRARODRIGUES FARIALOBÃOEm 21 de Julho de 2004, concluiuo Mestrado em Família e SistemasSociais, com a Tese intitulada “ Fi-lhos da Paramiloidose: a importân-cia da descendência no doente comParamidoilose”. O Júri, constituí-do pelos Professores DoutoresAntónio Proença da Cunha

A análise do trabalho recai,num primeiro momento, sobre ospressupostos que estiveram na ori-gem da Intervenção Precoce. Emseguida, são abordados osparadigmas presentes nas questõesdo processo de intervenção, o quepretende contribuir com algunsprocedimentos a ter em conta notrabalho com famílias.

A abordagem prática temcomo objectivo analisar o nível desatisfação das famílias em Inter-venção Precoce. Os resultados en-contrados indicam que há umbom nível geral de satisfação porparte dos pais em relação ao ser-viço de Intervenção Precoce.

Das recomendações apresen-tadas, sugere-se que a avaliação

Andrea Marques / Carla SilvaNuno Ferreira (Fotos)

em Intervenção Precoce seja umarealidade a continuar, abarcandotambém a perspectiva dos técni-cos e a avaliação do desenvolvi-mento das crianças, de forma aatingir conclusões mais holísticas.”

Page 37: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

37

MESTRADOS EM PREPARAÇÃO

Mestrado em Toxicodependências e Patologias Psicossociais, de Nuno Miguel Catela Correia, versando sobreo tema dos factores predisponentes do consumo de substâncias psicoactivas em enfermeiros.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Cristina Maria Rodrigues Silva Ventura, intitulado “ Estratégias deCoping em Famílias com Crianças Autistas”.

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Sandra La Salete Campos Abrantes, intitulado“( Tóxico)Dependência: à descoberta do impacto da heroínodependência no stress parental”.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Sónia Catarina Carvalho Simões, versando sobre o tema dosuporte familiar na maternidade adolescente.

Mestrado em Toxicodependência e Patologias Psicossociais, de Carlos Lopes Cardoso, intitulado “ ImagemCorporal e Depressão na Infância: contributo para a avaliação de uma escala de avaliação da imagem”.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Ana Margarida Loureiro Ferreira, versando sobre o tema da feminizaçãona prestação de cuidados a familiares idosos: uma análise das implicações na vida da mulher cuidadora.

Mestrado em Família e Sistemas Sociais, de Sónia Alexandra Borges Rolo, intitulado “ Homicídio Conjugal noFeminino: da violência conjugal ao acto criminoso”.

Ana Cristina Abreu

Ana Cristina Abreu

(ISMT), Maria de Fátima BaptistaDias (ESEBB) e José HenriqueDias (ISMT), classificou a provacom Muito Bom.

ANA CRISTINA NEVES DACOSTA LOUREIROEm 16 de Julho de 2004, concluiuo Mestrado em Toxicodependênciae Patologias Psicossociais, com aTese intitulada “Atitudes e Vivênciasdo Doente Cirúrgico em Situaçõesde Internamento”. O Júri, consti-

tuído pelos Professores DoutoresAntónio Proença da Cunha(ISMT), Wilson Pinto de Abreu(ESEAGP) e Carlos Farate (ISMT),classificou a prova com Bom.

SÉRGIO BRUNOMOREIRA DO AMARALEm 21 de Julho de 2004, concluiuo Mestrado em Família e SistemasSociais, com a Tese intitulada “Ex-pressão Musical: significados esignificantes”. O Júri, constituído

pelos Professores DoutoresAntónio Proença da Cunha(ISMT), Manuel Filipe Canaveira(FCSHUNL) e José Henrique Dias(ISMT), classificou a prova comMuito Bom.

Page 38: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

38

Ana Cristina Abreu

revista de Imprensa

___________________________

Ministra dá bónus amelhores Universidades

“As universidades públicas melhorclassificadas vão receber em 2005um bónus que pode ir até 3% doorçamento recebido este ano.Segundo uma grelha com váriosindicadores – criada pela ministrada Ciência e do Ensino Superiorpara premiar ou castigar as institui-ções públicas – a Universidade deLisboa fica no primeiro lugar, com89,9 pontos numa escala de 1 a100. Seguem-se as universidadesdo Porto (87,6) e a Técnica deLisboa (79,9). Segundo o novomodelo, com factores como aclassificação das unidades deinvestigação e a qualidade do corpodocente (aferida pelo número demestrados e doutores), estas trêsuniversidades receberão em 2005um prémio. Em contrapartida, aUniversidade da Madeira e o ISCTEficaram no fim da lista, podendo osseus orçamentos diminuir 3%.[…] Oorçamento das universidadesrondou os mil milhões de euros esteano.”

EXPRESSO2004.08.14

___________________________

Desvendar as tecnologiasde “eLearning”

“A conferência eLearning ‘ 04, quevai decorrer em Aveiro, de 27 a 30de Outubro, tem por principalobjectivo ser um fórum de discus-são sobre investigação, estratégiase práticas de utilização demetodologias e tecnologias deeLearning no Ensino Superior,reunindo os contributos e a partici-pação activa de investigadores,docentes, gestores e outros especi-alistas.Para o evento são aceitescontributos em todos os tópicosrelevantes para o tema da conferên-cia, nomeadamente aspectosorganizacionais, legais e financei-

ros, aspectos pedagógicos,tecnologias e outros tópicos.A conferência “eLES ‘ 04 - E-learning para o Ensino Superior”conta com o apoio da Universidadede Aveiro, do Conselho de Reito-res das Universidades Portuguesas,do Conselho Coordenador dosInstitutos Superiores PolitécnicosPortugueses, da Unidade de Missão,Inovação e Conhecimento (daPresidência do Conselho de Minis-tros) e da Comunidade dos Países deLíngua Portuguesa.”

DIÁRIO AS BEIRAS2004.OUTUBRO.06

___________________________

AAC não admite exclu-são de alunos que boico-taram propinas

“A Direcção Geral da AssociaçãoAcadémica de Coimbra (DG/AAC)não admite que os alunos que têmboicotado o pagamento daspropinas venham a ser impedidosde se matricularem no próximoano lectivo, caso não tenhamcondições financeiras paracumprir o plano de pagamentoinstituído pela reitoria, em meadosdo mês passado.”

Diário de Coimbra2004.09.10

___________________________

OFERTA DE BOLSASDUPLICAPortugal é cada vez maisum país procurado poralunos estrangeiros parafazer doutoramentos

“Em Portugal a oferta de Bolsas deDoutoramento (BD) e de Pós -Doutoramento (BPD) aumentou emcerca de 50% relativamente ao anopassado. Os dados são avançadospelo presidente da Fundação para aCiência e a Tecnologia (FCT),Fernando Ramoa Ribeiro, depoisde analisar as últimas candidaturas.Estes são índices positivos, numa

altura em que a FCT acaba delançar um novo tipo de bolsasligadas a empresas.O número de bolseiros estrangeirosem Portugal está igualmente acrescer, entre estudantes apoiadospor bolsas portuguesas ou dos seuspaíses de origem, ou ainda combolsas Marie Curie (um programade bolsas criado pela ComissãoEuropeia)”.

EXPRESSO2004.09.04

___________________________

Universidade destina 900mil euros para apoio social

“A Universidade de Coimbra vaicriar um fundo de apoio aosestudantes, dotado de cerca de 900mil euros, para ajudar os maiscarenciados e premiar o mérito eexcelência, revelou ontem o reitorSeabra Santos.Cerca de 500 mil euros serãoaplicados directamente a apoiar osestudantes mais carenciados,representando cerca de 10 porcento da verba que o Estadotransfere para a instituição destina-da à acção social. No âmbito desteprojecto, ontem discutido na reuniãodo senado da instituição, as famíliascom mais de um filho a frequentar aUniversidade de Coimbra verãotambém reduzida a propina a partirdo primeiro descendente, cujomontante máximo para o correnteano lectivo é de 852 euros”.

Diário de Coimbra2004.09.09

________________________________

ACESSO ao SUPERIORna NET

“ Os candidatos ao ensino superiorpoderão conhecer on-line a suaentrada na universidade. OMinistério da Ciência e do EnsinoSuperior disponibiliza os dados apartir de amanhã à noite atravésdo sítio www.mces.gov.pt. Pelaprimeira vez desde 1996, foipossível aceder a Medicina commédia inferior a 18 valores”.

EXPRESSO2004.09.11

_________________________________________________________________________________________

Page 39: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

39

PUBLICAÇÕES EM SÉRIE (ACTIVAS) de

biblioteca

SERVIÇO SOCIAL

ADMINISTRATION IN SOCI-AL WORK: THE QUARTERLY

JOURNAL OF HUMANSERVICES MANAGEMENTNational Network for Social Work

Managers, 1996

JOURNAL OF PROGRESSIVEHUMAN SERVICES

The Haworth Press, 2002INTERVENÇÃO SOCIALCooperativa de Ensino Superior de

Intervenção Social, ISSSL, 1979

INFÂNCIA E JUVENTUDEInstituto de Reinserção Social, 1977

Obs: As datas correspondem ao 1º número de existência da publicação na Biblioteca do ISMT.

Page 40: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

40

RTS:REVISTA DE TREBALLSOCIAL

Collegi Oficial de Diplomats enAssistants Socials de Catalunya, 1971

SERVIÇO SOCIALE SOCIEDADE

Cortez Editora, 1979

DÉVIANCE ET SOCIÉTÉCentre National de la Recherche

Scientifique, 1997

L’OSERVATOIRE : REVUED’ACTION SOCIALE

ET MÉDICO-SOCIALEA.S.B.L, 1993

Page 41: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

41

Ana Cristina Abreu

LES POLITIQUESSOCIALES

Collège International PourL’Étude du Changement Dans

Les Politiques Sociales, 1995

SOCIAL SERVICE REVIEWThe University of Chicago Press,

2003

THE BRITISH JOURNALOF SOCIAL WORK

British Association of SocialWorkers, 2002

TRABAJO SOCIAL YSALUD

Associación Española de TrabajoSocial y Salud, 1995

VIE SOCIALECentre d’Études, de

Documentation, d’Information etd’Action Sociales, 1989

Page 42: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

42

Agenda

ColóquioPROMOÇÃO

DO BEM-ESTAR NOSIDOSOS

26 e 27 de Novembro 2004Auditório da Reitoria da

Universidade de CoimbraTel 239851450

Fax 239851462

PROGRAMA26 de NovembroConferência “ Envelhecimento Bem Sucedido”Conferência “ O Paradoxo do Bem-Estar na Velhice: quanto mais velho(a)melhor”Conferência “ Política Sócio-Educativa e Programas Educativos ParaPessoas Idosas”Mesa -Redonda “ Investigações Sobre o Bem-Estar Subjectivo”Conferência “ Medidas Governamentais Destinadas À Promoção do Bem-Estar Nos Idosos”Mesa -Redonda “ Bem –Estar e Prestação de Serviços”

27 de NovembroWorkshop 1 “ Promoção da Velhice Activa e de Qualidade”Workshop 2 “ Programas de Promoção do Bem-Estar”

XXth ANNUAL MEETING OF THEINTERNATIONAL SOCIETY FORPSYCHOPHYSICSFECHNER DAY 2004

18 a 22 de OutubroAuditório da Reitoria da Universidade de Coimbra

Tel. 239851450Fax 239851462Email [email protected]

XV ENCONTRONACIONAL DEPSIQUIATRUIA DAINFÂNCIA EADOLESCÊNCIA

9 e 10 de Dezembro de 2004Universidade CatólicaFaculdade de FilosofiaBraga

CongressoTOXICODEPENDÊNCIA,SAÚDE MENTAL ECOMUNICAÇÃOSOCIAL

28 a 29 de Outubro de 2004Forum Lisboa

SimpósioSEXUALIDADE ESAÚDE MENTAL

4 e 5 de Novembrode 2004Instituto Superior deCiências da Saúde-Sul(Monte da Caparica)

XIV CONGRESSOINTERNACIONALSOBRE “ESTILOS DEVIDA ECOMPORTAMENTOSADITIVOS - FAMÍLIA,TOXICODEPENDÊNCIA,MEIO PRISIONAL EEXCLUSÃO SOCIAL”

17 e 18 de Novembrode 2004Assembleia da República(Auditório do edifício novo)

Page 43: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

43

FOPEX2004First Portuguese Forum ofExperimental Psychology

27 a 30 de Outubro 2004Laboratório de Psicologia

Universidade do MinhoBraga

Tel.253604240Fax253678987

Email [email protected]

http://www.iep.uminho.pt/fopex2004

PROGRAMA

27 de OutubroCarlos Coelho (Univ. Minho)Virtual Environments in Experi-mental PsychologyRodrigo Saraiva (Univ. Lisboa)The Evolution of Organism-Environment Connecting SystemsOrlando Lourenço (Univ. Lisboa)The Experimental in PortuguesePsychology: conspicuous only byits absence

28 de OutubroExperimentopolisAlan Baddeley (Univ. York)Recent Developments in WorkingMemorySimpósio 1 – ComparativePsychology ISimpósio 2 – Human MemorySimpósio 3 – NeuroscienceSimon Folkard (Univ. WalesSwansea)Modelling The Components ofCircadian Rythms In PerformanceSimpósio 4 – Attention andEmotionSimpósio 5 – Categorization andDevelopment

29 de OutubroExperimentopolisJohn Staddon (Univ. Duke)Dynamics of Interval TimingSimpósio 6 – LanguageSimpósio 7 – Sensation andPerceptionSimpósio 8 – ComparativePsychology IIJohannes M. Zanker (Univ.Londres)Motion Vision: ecology,psychophysics and computationalmodellingSimpósio 9 – Memory IllusionsArmando Machado (Univ. Minho)Toward a Richer View of theScientific Method: the role ofconceptual investigations

30 de OutubroArmando Mónica (Univ.Coimbra)The psychophysical Approach toNon Metric VariablesJohn Staddon (Univ. Duke)Timing and Choice

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO - ISMT 11 de Dezembro 2004

O Centro de Investigação do Instituto Superior Miguel Torga irá promover uma reunião de trabalho subordi-nada ao tema: “O Ensino da Psicanálise na Universidade – Formação e Investigação Científica”, que serápresidido pelo Prof. Doutor Carlos Amaral Dias. Este encontro científico, organizado sob a forma do dia detrabalho, é dirigido a docentes e investigadores universitários que leccionam matérias psicanalíticas, ou ensinamentosde orientação teórica psicodinâmica, em instituições do ensino superior, públicas e privadas, bem como a outrosdocentes que, a despeito de se inscreverem em outras orientações teóricas, estão abertos ao diálogo com as diferentescorrentes do pensamento psicanalítico.

A ideia da sua realização assenta, por um lado, nas interessantes questões que têm sido suscitadas pela colabora-ção portuguesa na iniciativa da elaboração de um directório europeu sobre o ensino e investigação da psicanálise emuniversidades e estabelecimentos do ensino superior, promovida pela European Association of Universities TeachingPsychoanalysis (acrónimo EAUTP) e, por outro, na crescente relevância que este tema vem assumindo nos congressosinternacionais de psicanálise. De realçar, ainda, que se trata do primeiro fórum académico sobre este tema realizadoem Portugal.

Dra. Sónia Simões

Page 44: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

44

eventos Culturais

CITAC – CÍRCULO DEINICIAÇÃO TEATRAL DAACADEMIA DE COIMBRAR. Padre António Vieira, 13000-315 CoimbraTel 239 835853

Círculo da Lua em Noites de Poesia2º piso da AACtodos os mesesnas noites de lua cheiaà meia noitesessão de poesiaentrada gratuita.

TEATRO DO INATELValência Princesa do Mundo2ª a 4ª feira22.00 haté 28 de Outubro

Edifício ChiadoAté 31 de Outubro“As Noites do Ateneu” de AntónioViana

Galeria AlmedinaAté 31 de OutubroA Exaltação dos SentidosExposição de pintura de Celested’Oliveira

Teatro Municipal S. Luiz - Jardimde InvernoCeladonAté 11 de Dezembro

Teatro da TrindadePicasso e EinsteinAté 31 de Outubro

Teatro CinearteSer e Não Ser ou Estórias daHistoria do TeatroAté 31 de Outubro

COIMBRA

TEATRO

TEATRO

LISBOA

Galeria PaletroAté 24 de OutubroExposição colectiva do 2º Aniversário

Galeria Santa ClaraAté 4 de NovembroExposição de pintura de José MaiaeExposição de escultura de Anade Castro

Galeria S. FranciscoOutras BússulasExposição de pintura de AlfredoLuzAté 29 de Outubro

Galeria GalveiasA Lírica do ObscuroExposição de pintura de Marga-rida CepedaAté 29 de Outubro

Galeria Jorge ShirleyNavegadores do EspaçoInstalação de Marcela NavascuésAté 30 de Outubro

Galeria DiferençaExposição de Fotografia deNuno Teotónio PereiraAté 30 de Outubro

Galeria Pedro SerrenhoO Amor da PinturaExposição de pintura de JoãoMoreiraAté 30 de Outubro

EXPOSIÇÕESEXPOSICÕES

EXPOSIÇÕESEXPOSICÕES

Page 45: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

45

2 a 15 de Novembro – Pinturade Norberto Guimarães

16 a 29 de Novembro – Escultu-ra de Ana Couceiro

30 de Novembro a 13 de De-zembro – Homenagem à Magentaà Pintura de Michael Barret

14 a 31 de Dezembro – Escultu-ra/Pintura de Carlos Moço eParracho Alves

5 de Novembro“ Valle Rosa”Ballet Jesús Quiroga Direcção artística e Coreográfica– Jesus QuirogaBailarinos – Ana Bélen, FerreiroLópez, Eva Faraldo, Íris Pintos eJesus QuirogaMúsica – Juan Duràn e BalletCollage Musical

Ana Cristina Abreu

“Agente Triplo”Realização: Eric RohmerIntérpretes: Katerina Didaskalou,Serge Renko, Cyrielle Clair31 Outubro

“O Tempo do Lobo”Realização: Michael HanekeIntérpretes: Isabelle hupert,Béatrice Dalle, maurice benichouData a afixar brevemente

“ Segunda de Manhã”Realização: Otar IosselianiIntérpretes: Anne Kravz-tarnavsky, Narda Blanchet,Radslav KinskiData a afixar brevemente

“ A Vida É Um Milagre”Realização: Emir kusturikaIntérpretes: Slavko Stimac, NatasaSolak, Vesna trivalicData a afixar brevemente

“Wanda”Realização: Barbara LodenIntérpretes: Barbara Loden,Michael higgins, dorothyShupenesData a afixar brevemente

CINEMA

23 de Novembro“O Quebra-Nozes”Ballet da Ópera de NovosibirskCompositor – TchaikovskyCoreografia – Marius Petipa

4 de Dezembro“Branco” e “ Sleeping Budha”Vórtice.Dance – Cláudia Martins& Rafael CarriçoMÚSICA11 de DezembroKátia Guerreiro

18 de DezembroConcerto Sinfónico de NatalOrquestra Sinfónica da Póvoa doVarzimSoprano Petra Van TendelooMúsica – Juan Duràn e BalletCollage Musical

DANÇADANCA

EXPOSIÇÕESEXPOSICÕES

Page 46: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

46

Harriot Blatch (1856-1940) torna-se na pioneira do moviemnto pelo direito de voto das mulheres, nos EstadosUnidos. Nesta imagem, ladeada pelas suas colegas sufragistas, afixa um cartaz que anuncia uma conferência dafamosa feminista britãnica, Sylvia Pankhurst.

Page 47: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

47

Page 48: Dr. Henrique Amaral Dias - alperce.com · res dos governos de todo o mun-do”. Em 1983, o ex-primeiro mi-nistro do partido liberal democra-ta do Japão, Kakuki Tanaka, foi declarado

48