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A reforma Sindical e TrabalhistaA reforma Sindical e Trabalhista
Vagner FreitasVagner Freitas
A estrutura sindical brasileira e aIntervenção do Estado
A Estrutura sindical brasileira elaborada nos anos trinta por Getulio Vargas têm três pilares fundamentais:
Colaboração e Harmonia de Classes
Fragmentação em categorias profissionais
O Estado como tutor das relações sociais
Estrutura Sindical dosEstrutura Sindical dosTrabalhadoresTrabalhadores
Confederações
Federações
Sindicatos
* Ministério do Trabalho
Ausência de OLT
*As centrais sindicais não estão reconhecidas dentro da estrutura oficialEm 2008, 09 10 seis centrais sindicais foram reconhecidas pelo MTE
Os opositores
ENOS (Encontro Nacional das Oposições Sindicais) 1979
ANAMPOS (Articulação dos Movimentos Popular e Sindical) 1980
ENTOES (Encontro Nacional dos Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical) 1980
Acumularam discussões no campo combativo que levaram às negociações com o bloco de dirigentes ligados à Unidade Sindical, para a realização da 1ª CONCLAT.
As concepções que os blocos tinham em relação a Central Sindical eram diferentes
Bloco Combativo
O bloco Combativo tinha um projeto que partia da sindicalização do sindicato por assembléia de base e defendia a necessidade de se construir um novo sindicalismo classista,de luta e independente do Estado. Romper com a estrutura sindical oficial.
Bloco daUnidade Sindical
O bloco da chamada Unidade Sindical tinha um projeto vinculado à estrutura sindical oficial e defendia o imposto sindical . Priorizava o sindicalismo de cúpula, por isso, não reconhecia as oposições e queria uma Central sob controle das federações e confederações oficiais.
A CUT e seus principios
Princípios fundamentais da CUT
Defesa da Liberdade e Autonomia SindicalFim do Imposto SindicalOrganização dos sindicatos por Ramo.Direito a Organização no Local de Trabalho.Direito a Negociação Estes eixos vão servir de base para a proposta da CUT de
um Sistema Democrático de Relações de Trabalho
Problemas do atual modelo de Problemas do atual modelo de organização sindical.organização sindical.
• Sindicatos por categoria fracionamento das entidades
• Unicidade impede, na prática, que categorias subdivididas se reunifiquem.
• Imposto sindical criou e sustenta sindicatos sem sócios e que não representam, de fato, trabalhadores.
• Ausência de garantias para a Organização no Local de Trabalho, que significa o sindicato fora da empresa.
A CUT e o FNTA CUT e o FNT
O 8º CONCUT de 2003 delibera:
• CUT DEVE PARTICIPAR DO FNT
• BUSCAR CONSTRUIR A UNIDADE DAS CENTRAIS
• DISPUTAR COM AS PROPOSTAS CONSTRUIDAS AO LONGO DA SUA HISTÓRIA
DUAS REFORMAS EM DEBATE: DUAS REFORMAS EM DEBATE: SINDICAL E TRABALHISTASINDICAL E TRABALHISTA
NA TRABALHISTA A CUT PROPÕENA TRABALHISTA A CUT PROPÕE
AMPLIAR DIREITOS; REFERENDAR AS CONVENÇÕES DA OIT EM ESPECIAL A 158, a 151; REDUÇÃO DA JORNADA E MANUTENÇÃO DO ART. 7º DA CF
SINDICALSINDICAL
RECONHECE A IMPORTÂNCIA DO FNT COMO ESPAÇO DE DIALÓGO TRIPARTITE
SE ORGANIZA PARA A DISPUTA NO CONGRESSO NACIONAL
Fórum Nacional do TrabalhoFórum Nacional do Trabalho
• A CUT seguindo deliberações congressuais participa do FNT para defender suas posições entre elas:
• Sindicato por Ramo• Reconhecimento das Centrais• Direito de Greve• Negociação Coletiva no Setor Publico e Privado• Fim do imposto Sindical (Negocial)• Fim das Práticas Anti Sindicais• Liberdade Sindical• Organização no Local de Trabalho
PERÍODO DE NEGOCIAÇÃO
No FNT – 16 Meses, 44 Reuniões Oficiais, mais de 500 representantes envolvidos nos vários Grupos Temáticos e na Comissão de Sistematização.
Na CUT – Elaboração de 28 boletins com o relato de cada passo da negociação no FNT desde a primeira reunião; elaboração de um vídeo e uma cartilha sobre Liberdade e Autonomia Sindical; Um Jornal com as principais propostas defendidas pela CUT, alem Material de Campanha
A PROPOSTA FINALA PROPOSTA FINAL
•PEC - Projeto de Emenda Constitucional altera os artigos 8º, 11º, 37º da Constituição Federal.institui a liberdade sindical, assegura a representação dos trabalhadores no local de trabalho, regulamenta o direito de greve e torna obrigatória a participação das entidades na negociação coletiva.
•PL - Projeto de Lei 238 Artigos que regulamentam a Organização Sindical, a Sustentação Financeira das entidades sindicais e o sistema de Solução de Conflitos.
O projeto foi apresentado pelo executivo a Câmara Federal emMarço de 2005
Entrega da PEC e Ante projeto de Lei a presidência da Câmara e Senado pelo Ministro Ricardo Berzoini
Todo mundo contra Todo mundo contra
1. A PEC 369 e o ante projeto de lei abrem uma crise no movimento sindical, de um lado toda a velha estrutura baseada nas Federações e Confederações oficiais partem para um ataque com um intenso movimento junto a parlamentares construindo um amplo leque de apoio a retirada da PEC e do Anteprojeto de Lei.
2. O governo estava recuado pela crise instalada com as denuncias sobre sua base parlamentar.
3. Dentro da CUT os debates eram intensos e com divergências profundas sobre o tema.
4. A bancada patronal minava as discussões propondo a retirada de qualquer menção a OLT
Medida Provisória 293 e 294 Medida Provisória 293 e 294
1. As Medidas Provisórias, 293 e 294 que respectivamente tratam do reconhecimento jurídico das Centrais Sindicais e da Criação do Conselho Nacional de Relações do Trabalho sofrem novamente forte ataque de vários setores do sindicalismo.
2. Organizado por Federações e Confederações o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) novamente joga toda a sua estrutura junto aos parlamentares para rejeição das Medidas provisórias sob o argumento que a 293 destruía o sistema confederativo ao permitir que o sindicato indicasse a qual central sindical deveria contribuir com os respectivos percentuais do Imposto Sindical.
3. As vésperas das eleições presidenciais de 2006 as medidas são rejeitadas pela Câmara sem rejeição do mérito
Reconhecimento das CentraisReconhecimento das Centrais
Em 2007 o Ministério do Trabalho e Emprego envia pela segunda vez o Projeto de Lei de reconhecimento das Centrais Sindicais que é aprovado pela Câmara em março de 2008.
A CUT apóia o projeto condicionando ao envio do Projeto de Lei que cria a Contribuição Negocial democrática aprovada em assembléia e que extingue o Imposto Sindical. A lei contem a seguinte redação:
Art. 7º Os arts. 578 a 610 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, vigorarão até que a lei venha a disciplinar a contribuição negocial, vinculada ao exercício efetivo da negociação coletiva e à aprovação em assembléia geral da categoria.
Atingem critérios de representatividade seis centrais sindicais
Reconhecimento das CentraisReconhecimento das Centrais
Reconhecimento das Centrais 2008Reconhecimento das Centrais 2008
•Projeto de Lei 1990/2007 de Reconhecimento das Centrais
•Aprovado após um período de grandes enfrentamentos no Congresso Nacional, com regras de representatividade nos Estados, Ramos e percentual de representação de sócios nacionalmente 5% na criação e neste ano 7%.•Sofre uma forte intervenção de setores da direita e do patronato contra a possibilidade de sustentação financeira das centrais.•Emenda da Câmara, do deputado Augusto de Carvalho (PPS/DF) posteriormente derrubada no Senado, propondo o fim do Imposto Sindical somente para os trabalhadores.
Todo mundo contra Todo mundo contra
• Após meses de debate o projeto de criação de uma Contribuição Negocial democraticamente aprovada em assembléias e com um teto é enviado a Casa Civil sem o parecer favorável do Ministério do Trabalho e Emprego, apesar dele ser elaborado com a colaboração de técnicos do M.T.E.
• O DEM entra com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o repasse de dinheiro do Imposto Sindical às Centrais.
Situação das Centrais – Abril2011Situação das Centrais – Abril2011
Distribuição dos Sindicatos por Central Sindical (atualizada até 06/04/2011 09:00)
Central Sindical CNES - Atualizações
Validadas
ASSOCIACAO COORDENACAO NACIONAL DE LUTAS 71
CENTRAL NACIONAL SINDICAL DOS PROFISSIONAIS EM GERAL - CENASP
2
CENTRAL SINDICAL DE PROFISSIONAIS - CSP 53
CENTRAL UNIFICADA DOS PROFISSIONAIS SERVIDORES PUBLICOS DO BRASIL
3
CGTB - CENTRAL GERAL DOS TRABALHADORES DO BRASIL
387
CTB - CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL
501
CUT - CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES 2029
FS - FORÇA SINDICAL 1548
NCST - NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES 853
UGT - UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES 901
UNIAO SINDICAL DOS TRABALHADORES - UST 4
Total 6352 Fonte: Sistema Integrado de Relações do Trabalho (SIRT)
Situação das Centrais - Março Situação das Centrais - Março 2009/2011 2009/2011
Filiados – Não filiados
Filiação à Central Sindical: Sindicatos de Trabalhadores com Cadastro Ativo no CNES
0% 50,00% 100%
54,20%
4512 Filiados
45,80%
3812 Não filiados
0% 50,00% 100%
8324 Total
Fonte: Sistema Integrado de Relações do Trabalho (SIRT)
Filiados - Não filiados
Filiação à Central Sindical: Sindicatos de Trabalhadores com Cadastro Ativo no CNES - Atualizações Validadas até
06/ 04/ 2011 0% 50,00% 100%
66,98%
6352 Filiados
33,02%
3131 Não filiados
0% 50,00% 100%
9483 Total
Fonte: Sistema Integrado de Relações do Trabalho (SIRT)
Desafios para o Movimento Desafios para o Movimento Sindical CutistaSindical Cutista
Organização Sindical
Organizar as entidades sindicais cutistas para a disputa em eleições sindicais dentro do novo cenário:
1 – Centrais reconhecidas com critérios de representatividade no M.T.E
2 – Partidarização do Movimento Sindical.
3 – Disputas
Desafios para o Movimento Desafios para o Movimento Sindical CutistaSindical Cutista
Liberdade e Autonomia
Superar e estrutura sindical corporativista e dividida em categorias avançando no debate da unidade e fusão de entidades de ramos.
Avançar nas negociações coletivas por ramo e setor
Representatividade da CUTAvançar no processo de filiação de sindicatos e federações.
Representatividade dos sindicatos
Ampliar o número de trabalhadores sindicalizados com organização no local de trabalho.
Desafios para o Movimento Desafios para o Movimento Sindical CutistaSindical Cutista
Sustentação Financeira
• Preparar as entidades cutistas para o fim da Preparar as entidades cutistas para o fim da Contribuição Sindical (Imposto Sindical).Contribuição Sindical (Imposto Sindical).
•Criação de uma nova forma de sustentação financeira Criação de uma nova forma de sustentação financeira que possa ser democraticamente em assembléias e que possa ser democraticamente em assembléias e vinculada a negociação coletiva.vinculada a negociação coletiva.
Central Única dos Central Única dos TrabalhadoresTrabalhadores