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A Relação Jurídica "Relações Jurídicas propriamente ditas são as ligadas às normas jurídicas - que (...) muitas vezes repetem normas morais, usuais e até religiosas." (p.161) É uma relação (em que há pelo menos duas pessoas) regulada pelo Ordenamento Jurídico. O fato de haver a regulação do ordenamento traz a possibilidade de exigência de determinados comportamentos ou ações para as chamadas "partes". Nesse sentido, pode-se considerar a existência de pelo menos um Sujeito Ativo e pelo menos um Sujeito Passivo na dita relação. Nesse sentido ela pode ser definida como o vínculo que une duas ou mais pessoas, regulado por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos. Sujeitos da Relação Jurídica ou Sujeitos de Direito: Aqueles que estão aptos a adquirir e exercer direitos e obrigações. Podem ser Pessoas Físicas, Jurídicas ou Entes Despersonalizados. a) Sujeito Ativo: O titular do direito objetivo instaurado na relação jurídica. b) Sujeito Passivo: Aquele que está obrigado diante do sujeito ativo a respeitar o seu direito. A Pessoa Física ou Pessoa Natural: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. Tem personalidade Jurídica: Aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações; e capacidade Jurídica: Medida jurídica das atribuições da personalidade jurídica. Tal capacidade subdivide-se em: a) Capacidade de fato e de direito: Exercida pessoalmente pelo titular do direito ou dever subjetivo. b) Capacidade apenas de direito: Aquela que o titular não pode responder pessoalmente, necessitando de substituição ou assistência de um terceiro. A Pessoa Jurídica: "Entidade ou Instituição que, por força das normas jurídicas criadas, tem personalidade e capacidade Jurídicas para adquirir direitos e contrair obrigações." (p.164) Pode ter natureza Pública: Quando nasce de uma lei que a institui; ou Privada: quando nasce de instrumento formal e escrito que a constitui. Uma vez constituída adquire personalidade jurídica. Sua capacidade jurídica decorre a estrutura disposta no instrumento ou lei que a constitui: Varia

A Relação Jurídica

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Resumo da Relação Jurídica

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Page 1: A Relação Jurídica

A Relação Jurídica

"Relações Jurídicas propriamente ditas são as ligadas às normas jurídicas - que (...) muitas vezes repetem normas morais, usuais e até religiosas." (p.161)

É uma relação (em que há pelo menos duas pessoas) regulada pelo Ordenamento Jurídico. O fato de haver a regulação do ordenamento traz a possibilidade de exigência de determinados comportamentos ou ações para as chamadas "partes". Nesse sentido, pode-se considerar a existência de pelo menos um Sujeito Ativo e  pelo menos um Sujeito Passivo na dita relação. Nesse sentido ela  pode ser definida como o vínculo que une duas ou mais pessoas, regulado por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos.

Sujeitos da Relação Jurídica ou Sujeitos de Direito: Aqueles que estão aptos a  adquirir e exercer direitos e obrigações. Podem ser Pessoas Físicas, Jurídicas ou Entes Despersonalizados.      a) Sujeito Ativo: O titular do direito objetivo instaurado na relação jurídica.      b) Sujeito Passivo: Aquele que está obrigado diante do sujeito ativo a respeitar o seu direito.

A Pessoa Física ou Pessoa Natural: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.  Tem personalidade Jurídica: Aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações; e capacidade Jurídica: Medida jurídica das atribuições da personalidade jurídica. 

Tal capacidade subdivide-se em:a) Capacidade de fato e de direito: Exercida pessoalmente pelo titular do direito ou dever subjetivo.b) Capacidade apenas de direito: Aquela que o titular não pode responder pessoalmente, necessitando de substituição ou assistência de um terceiro.

A Pessoa Jurídica: "Entidade ou Instituição que, por força das normas jurídicas criadas, tem personalidade e capacidade Jurídicas para adquirir direitos e contrair obrigações." (p.164)Pode ter natureza Pública: Quando nasce de uma lei que a institui; ou Privada: quando nasce de instrumento formal e escrito que a constitui. Uma vez constituída adquire personalidade jurídica. Sua capacidade jurídica decorre a estrutura disposta no instrumento ou lei que a constitui: Varia de acordo com a finalidade específica de sua atividade. Rizzatto Nunes faz a seguinte classificação:

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Pessoa Jurídica

De Direito Público

ExternoOutros EstadosOrganismos Internacionais

Interno

AdministraçãoDireta

- União- Estados-Membros- Territórios- Municípios- Distrito Federal

AdministraçãoIndireta

- Autarquias- Fundações Públicas

De DireitoPrivado

Associações

- Sociedades Empresárias- Empresário Individual- Sociedades Simples

Fundações Particulares

Os entes "despersonalizados":Emboara capazes de adquirir direitos e contrair obrigações, não preenchem as condições legais para serem considerados Pessoas Jurídicas. Estão entre eles:

* A Pessoa Jurídica "de fato": Qualquer pessoa que exerça alguma atividade econômica e que não tenha constituído adequada e legalmente o seu negócio.* A Massa Falida: Que surge a partir da declaração judicial de falência de alguma sociedade. É constituída do patrimônio arrecadado pelo juízo falimentar.* Espólio: Composto do patrimônio oriundo da arrecadação dos bens, direitos e obrigações de pessoa falecida.

O Objeto da Relaçao Jurídica

-> O Objeto imediato: Obrigação de fazer, de dar e de não fazer

O objeto imediato é o que toca imediatamente o sujeito, também chamado de "prestação". A prestação consiste em certo ato ou sua abstenção, que o sujeito ativo da relação tem direito de exigir do sujeito passivo. Está dividida em:a) Positiva: Ato atribuído ao sujeito passivo. Pode ser a "obrigação de fazer"; "obrigação de dar" ou entregar alguma coisa.b) Negativa: Abstenção por parte do sujeito passivo que pode ser exigida pelo sujeito ativo. É a chamada "obrigação de não fazer".

-> O objeto mediato: bens jurídicos (coisas e pessoas)

Tocam o sujeito de maneira indireta. São objetos mediatos os "bens jurídicos" sobre os quais recarem, e para os quias se dirigem os direitos e obrigações. O termo "bem jurídico"significa tudo aquilop que é protegido pelo Direito: São as coisas móveis caracterizadas como aquelas que tem movimento próprio como os animais ou

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removíveis por força alheia como objetos, mercadorias, etc. Inclui-se no coneito, a própria pessoa na sua condição física e espiritual ou moral: Bens jurídicos nesse caso são a vida, a integridade física, a dignidade, a honra, a imagem, etc.

Objeto da Relação Jurídica

Objeto Imediato- prestação(Tocam o Sujeito Diretamente)

- Obrigação de fazer- Obrigação de dar ou de entregar- Obrigação de não fazer

Objeto mediato- “bens jurídicos”(Tocam o sujeito indiretamente)

- Coisas- Pessoas

Classificação Fundada no Objeto da Relação Jurídica (Pessoas, Coisas e Ações)

Direitos Obrigacionais ou Direitos Pessoais: São aqueles que o titular tem em relação as prestações de outra pessoa - Obrigações de fazer, de dar e de não fazer. 

Direitos Reais: Aqueles que o sujeito tem sobre as coisas. Ex.: O direito de propriedade.

Direitos da Personalidade: Aqueles ligados diretamente  a pessoa jurídica do sujeito. Por iso tem distinção entre pessoas físicas, jurídicas ou os entes despersonalizados.

O Nascimento da Relação Jurídica

Elemento gerador da relação jurídica: O fato jurídico.Fato Jurídico: Acontecimentos atraves dos quias as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se. Podem ser divididos em:a) Fatos Naturais: Alheios a vontade daação humana. Ex: o nascimento, a morte, as figuras jurídicas que dependem da passagem do tempo como a maioridade, a aquisição da propriedade por usucapião, etc.

b) Atos Jurídicos: Os que dependem da vontade ou ação humanas.    Lícitos: Quando uma vez praticados preenchem os requisitos legais exigidos pelas normas jurídicas. Ex.: Casamento, Contrato de compra e venda, etc.    Ilícitos: Quando infringem as normas legias instituídas. Ex.: Agressão, furto, homicídio, etc.        A responsabilidade subjetiva nasce do dolo ou da culpa do causador do dano:       -> Dolo: Intenção ou vontade consciente, que sustenta um atocapaz de causar dano a outrem.       -> Culpa: Execução de ato danoso por negligência, imprudência ouimperícia.             * Negligência: Causar dano a outrem por omissão.                 * Imprudência: Causar dano por ação.             * Imperícia: Profissional que não age com o cuidado que dele se espera.      A responsabilidade objetiva é a que gera a relação jurídica com a obrigação de idnenizar, independente da apuração do dolo ou da culpa.

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c) O abuso de direito: O resultado do excesso de exercício de um direito, capaz de causar dano a outrem. Se caracteriza pelo uso irregular do direito em seu exercício, por parte do titular. As práticas abusivas são proibidas por muitas normas jurídicas. O "abuso do direito" é situado por Rizzatto ao lado do ato ilícito, sem se confundir com ele, já que o ilícito é figura típica, reconhecida pelo ordenamento como tal.

Da Personalidade e da Capacidade

Da personalidade e da capacidade, personalidade jurídica, capacidade jurídica e legitimação, sujeitos da relação jurídica, pessoa natural.

Nota introdutória: o Código Civil pátrio, “disciplina as relações sociais, de pessoa a pessoa, física ou jurídica, que produzem efeitos no âmbito do direito” (Carlos Roberto Gonçalves).

Tais relações são jurídicas, de direito privado, decorrentes da vida em sociedade e se formam apenas entre pessoas.

Personalidade

Conceito de pessoa: em consonância a doutrina dita como tradicional, “pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito” (Maria Helena Diniz).

Sujeito de direito: é aquele que é “sujeito de um dever jurídico, de uma pretensão ou titularidade jurídica, que é o poder de fazer valer, através de uma ação, o não-cumprimento do dever jurídico, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial” (Clóvis Beviláqua).

Personalidade jurídica: toda pessoa é dotada de personalidade, é conceito básico da ordem jurídica, que a estende a todos os homens indistintamente, consagrando-a na legislação civil e nos direito constitucionais de vida, liberdade e igualdade. É a qualidade jurídica que se revela como condição preliminar de todos os direitos e deveres (Haroldo Valladão in Maria Helena Diniz).

Para Caio Mário da Silva Pereira, liga-se à pessoa a idéia de personalidade, que exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações.

O conceito de personalidade está totalmente relacionado ao conceito de pessoa, pois àquele que nasce com vida, torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Ser pessoa e consequentemente adquirir personalidade, é pressuposto básico para inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica.

O CC de 2002 reconhece a personalidade para toda pessoa natural (ser humano), bem como para certas entidades morais, denominadas pessoas jurídicas (agrupamentos humanos), que se subordinam aos preceitos legais e se associam para melhor atingir seus objetivos sejam de ordem econômica ou social, como associações e sociedades, ou através de fundações, constituídas de um patrimônio destinado a um fim determinado.

Capacidade jurídica e legitimação:

Art. 1º, CC, “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”.

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Para Sílvio Rodrigues, “afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos”. O direito civil pátrio encaixou o conceito de capacidade ao de personalidade, assim pode-se dizer que a capacidade é a medida da personalidade, ou seja, para alguns a capacidade é plena e para outros é limitada.

Assim sendo “para ser pessoa basta que o homem exista, e, para ser capaz, o ser humano precisa preencher os requisitos necessários para agir por si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação jurídica. Eis porque os autores distinguem entre capacidade de direito ou de gozo e capacidade de exercício ou de fato” (Antônio Chaves).

No entanto, apesar dos autores via de regra considerarem sinônimas as expressões personalidade jurídica e capacidade jurídica, para José Carlos Moreira Alves, se faz necessário diferenciá-las. Assim, personalidade jurídica é conceito absoluto, ou seja, ela existe ou não existe enquanto capacidade jurídica é conceito relativo, ou seja, pode ter-se mais capacidade jurídica, ou menos. Concluindo, a personalidade jurídica é a potencialidade de adquirir direitos e contrair obrigações; a capacidade jurídica é o limite dessa potencialidade.

Capacidade de direito ou de gozo: é a que todos têm e adquirem ao nascimento com vida, não pode ser recusada ao indivíduo, sob pena de se negar sua qualidade de pessoa. Pode ser chamada também de capacidade de aquisição de direitos.

Todo ser humano possui a capacidade de direito, indistintamente, estendendo-se aos privados de discernimento e as crianças, independentemente do seu grau de desenvolvimento mental, podendo assim herdar, receber doações, etc.

Capacidade de fato ou de exercício ou de ação: é a aptidão para exercer por si só, os atos da vida civil. Por faltarem para algumas pessoas requisitos como a maioridade, saúde, desenvolvimento mental, a lei no intuito de protegê-las, exige a participação de outra pessoa, que as represente ou assista.

Por isso os recém-nascidos e amentais possuem apenas a capacidade de direito, mas não capacidade de fato.

Aquele que possui as duas capacidades tem a chamada capacidade plena, já os que só têm a de direito, tem a capacidade limitada, necessitando que outra pessoa o substitua ou complete sua vontade, por essa razão são denominados incapazes.

Legitimação: é uma espécie de capacidade especial exigida em certas situações, é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos, como por exemplo, o casado, exceto no regime de separação absoluta de bens, de alienar imóveis sem outorga do outro cônjuge (art. 1.647, CC), ou os tutores ou curadores de dar em comodato os bens confiados a sua guarda sem autorização especial (art. 580, CC), etc.

Não há que se confundir capacidade com legitimação, pois esta consiste em averiguar se uma pessoa, perante determinada situação jurídica, tem ou não capacidade para estabelecê-la. É como um plus que se agrega à capacidade em determinadas situações, é uma forma específica de capacidade para determinados atos da vida civil (Sílvio Venosa).

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Sujeitos da relação jurídica:

O estudo do direito civil, inicia-se com as pessoas que são sujeitos das relações jurídicas.

O direito subjetivo, “consiste na relação jurídica que se estabelece entre um sujeito ativo, titular desse direito, e um sujeito passivo, ou vários sujeitos passivos, gerando uma prerrogativa para o primeiro, em face destes” (Sílvio Rodrigues).

Relação jurídica: “é toda relação da vida social regulada pelo direito” (José Tavares in Carlos Roberto Gonçalves). O sujeito da relação jurídica é sempre o ser humano, enquanto um ser que vive em sociedade.

Juridicamente, reconhecem-se dois tipos de pessoas, a natural que é o ser humano ou também chamado de pessoa física e a pessoa jurídica que é um agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar fins de interesse comum, também chamada de pessoa moral e pessoa coletiva.

PESSOA NATURAL:

"É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações" (Maria Helena Diniz), que para receber essa denominação de pessoa, basta nascer com vida, e desse modo adquirir personalidade.

Art. 1ºdo CC, "toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem jurídica” (grifo nosso).

A pessoa a que se reporta o artigo é a pessoa natural, sujeito ativo e passivo da relação jurídica.

Nota: há que se observar a mudança na redação do dispositivo supra citado no que se refere a dois vocábulos: pessoa, adequando a redação a nova ordem constitucional, anteriormente no CC de 1916, homem enquanto gênero humano e deveres, considerado mais apropriado e amplo ao invés de obrigações.

Início da personalidade civil:

Art.2º, CC "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".

Tem-se então no nascimento com vida, o marco inicial da personalidade, muito embora os direitos do nascituro são respeitados desde a concepção, considerando-se que a partir deste momento inicia-se a formação de um novo ser, esse é o entendimento adotado pelo direito pátrio, ficando sob condição os direitos do nascituro (se com vida ou não). Ao primeiro sopro de vida após a separação da mãe, ainda que não cortado o cordão umbilical, cabe-lhe todos os direitos reconhecidos à pessoa humana no plano jurídico. Ainda que venha falecer em seguida, consideram-se adquiridos seus direitos, para todos os efeitos próprios, protegendo-se assim, todos os seus direitos.

Dá o nascimento no momento em que a criança é separada do ventre materno, não importante qual foi o tipo de parto, nem se foi a termo ou não, só se faz necessário desfazer-se a unidade biológica, separando-se em dois corpos distintos, com vida orgânica própria.

Nascer com vida é respirar, assim, se respirou, viveu, ainda que em seguida venha a falecer. Neste caso lavra-se dois assentos, um de nascimento e outro de óbito (LRP, art. 53, parágrafo 2º).

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O nosso código, como diversos diplomas contemporâneos, não faz exigências como a do feto ter que parecer com a pessoa humana e nem tempo estipulado para se saber será viável (irá “vingar”).

Para o direito pátrio, “a viabilidade é aptidão para a vida, da qual carecem os seres em que faltam os órgãos essenciais” (Carlos Roberto Gonçalves), assim, qualquer criatura que venha a nascer com vida será uma pessoa, não importando o tipo de anomalia ou deformidade.

No entanto o que se faz necessário é saber se o feto que faleceu durante o parto, veio a respirar, vivendo ainda que por alguns segundos, pois sendo seu genitor, recém-casado pelo regime de separação de bens, vindo a falecer e seus pais estando vivos, tal certeza do ponto de vista jurídico é de grande relevância.

Tendo a criança respirado, recebeu nos seus poucos segundos de vida todo o patrimônio que lhe cabe, deixado pelo falecido pai, a título de herança, e a transmitiu em seguida por sua morte, à sua herdeira, sua genitora. Mas se nasceu morto, não adquiriu personalidade jurídica, nem recebendo nem transmitindo a herança deixada por seu pai, ficando esta, com os avós paternos.

Relação Jurídica

Na visão histórica de Savigny, relação jurídica vem a ser um vínculo entre as pessoas, em virtude do qual uma delas pode pretender algo a que a outra está obrigada.

Obs.: De ver-se que são as relações jurídicas que dão movimento ao direito, nas quais incidem as normas jurídicas, definindo os direitos e deveres dos sujeitos. A relação pode ser passageira, como no caso do contrato de transporte, ou pode ser permanente, como se dá com as relações matrimoniais.

Requisitos configuradores

- Elemento material: Existência de uma relação intersubjetiva.

- Elemento formal: a correspondência do vínculo com uma hipótese normativa.

Elementos da Relação Jurídica

Os elementos da relação jurídica são o sujeito ativo, o passivo, o vínculo de atributividade e o objeto. O fato social e a norma jurídica não são elementos, mas pressupostos de existência da relação.

Sujeitos:

Sujeito ativo - É o portador do direito subjetivo que tem o poder de exigir do sujeito passivo o cumprimento do dever jurídico.

Sujeito passivo - É ele responsável pela obrigação principal.

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Vínculo de atributividade: É o vínculo que confere a cada um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável.

Objeto: é a causa material da relação, em função do qual existe o vínculo, vez que as relações jurídicas são estabelecidas visando a um bem específico (coisa), sobre o qual recai a exigência do sujeito ativo e o dever do sujeito passivo. Ex. na relação de compra e venda tem-se por objeto a entrega da coisa. O objeto da relação jurídica recai sempre sobre um bem. Em função deste, a relação pode ser patrimonial ou não-patrimonial, conforme apresente um valor pecuniário ou não.

OBS: Objeto ≠ Conteúdo

O primeiro também chamado de objeto imediato, é a coisa sobre a qual recai o poder do sujeito ativo. Já conteúdo, ou objeto mediato, é o fim que o direito garante.

Ex.: A propriedade, o conteúdo a utilização plena da coisa e o objeto é a coisa em si.

A relação jurídica pode ser:

Simples: quando envolve apenas duas pessoas;

Plurilateral: quando mais de uma pessoa se apresenta na situação jurídica ativa ou passiva;

Relativa: quando uma pessoa ou grupo de pessoas determinadas se apresenta como sujeito passivo;

Absoluta: ocorre quando a coletividade como todo se afigura como sujeito passivo da relação. É o que ocorre com o direito de propriedade, com os direitos personalíssimos, nos quais todas as pessoas têm o dever de respeitá-los;

De subordinação ou de direito público: ocorre quando o Estado participa da relação como sujeito ativo, impondo seu imperium;

De coordenação ou de direito privado: quando é integrada por particulares em um plano de igualdade, podendo o Estado dela participar sem se investir do poder de imperium.

Espécies de Relação Jurídica:

- Relação pessoal, onde o objeto é a pessoa. Ex: Poder familiar.

- Obrigacionais, o objeto é a prestação. Ex.: contrato de compra e venda.

- Reais, o objeto é uma coisa. Ex.: a propriedade.

Capacidade de Direito x Capacidade de Fato

Capacidade de Direito, também chamada de Capacidade de Gozo, consiste na possibilidade que toda pessoa tem de ser sujeito de Direito, isto é, figurar num dos pólos da Relação Jurídica. É característica inerente ao ser humano, e nenhum pode

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ser privado dessa capacidade pelo ordenamento jurídico, como está no Art. 1º do Código Civil: "Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil".

Já a Capacidade de Fato consiste na possibilidade de estar a frente de seus direitos e deveres (é o que os incapazes não podem fazer). Ou seja, é a aptidão que o ser humano tem ou não de exercer os seus direitos, o que relaciona a Capacidade de Fato com a de Direito e, ao contrário desta, pode ser retirada caso seja entendido que a pessoa não possui discernimento o suficiente para tal.

MACETE:

Tudo que é "de Direito" é algo que está escrito na lei. E tudo que é "de Fato" precisa de uma ação, de algo para existir. A Capacidade de Direito está na lei, por isso não se pode impedir ninguém de tê-la. Já à Capacidade de Fato precisa que exista na pessoa discernimento o suficiente para isso.

Pessoa é o ente suscetível de direito e Obrigações.

Basta que tenha nascido com vida para que se atribua personalidade, passando a ser sujeito do direito.

Nascituro, mesmo sendo um feto, ou seja, que não tenha nascido já terá seus direito assegurados.

A personalidade civil da pessoa começa a partir do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção, os direitos do nascituro.

1. Dá-se o nascimento com a positiva separação da criança das vísceras da mãe, pouco importando que ocorra naturalmente ou artificialmente (cesárea ou parto normal).

A prova inequívoca que o sujeito tenha respirado pertence à medicina, mas somente com o ato de respirar ele ganhará sua personalidade.

A posição do nascituro é peculiar, pois o nascituro possui, entre nós, um regime que o protege tanto no Direito Civil, como no Direito Penal, mesmo não tendo todos os requisitos de personalidade. Embora o nascituro não seja considerado pessoa, tem a proteção de seus direito desde a concepção e os mesmo resguardados por lei.

1. A personalidade nasce somente proveniente do nascimento com vida!

O nascituro tem direito a alimentos por parte de quem o concebeu.

A pessoa interditada legalmente, incapaz de realizar atos da vida civil, continua tendo personalidade, podendo então figurar como sujeito de direito, porém necessita que alguém, por ele, exercite a capacidade de fato. Sendo praticados os atos da vida civil por um curador.

Pessoas tuteladas ou que possuem respectivos curadores serão assistidos em sua capacidade de gozo, mas não na sua capacidade de direito.

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Não existem relações jurídicas que não seja o ser humano o Titular.

Toda pessoa é dotada de personalidade, sendo ela intransferível.

Pessoa é o ser ao qual se atribuem direitos e Obrigações.

Animais e seres inanimados não podem ser considerados sujeitos de diretos, quando muito, serão considerados objeto de direito.

A capacidade é a medida da personalidade.

Todo ser humano é sujeito de direito, portanto, podendo agir pessoalmente ou por meio de representante legal.

A capacidade de fato ou de exercício é a aptidão para pessoalmente o individuo adquirir direitos e contrair obrigações.

O conjunto de poderes conferidos ao ser humano para figurar nas relações jurídicas dá-se o nome de personalidade.

1. A capacidade, da o limite da personalidade.

Absolutamente incapazes

1. São absolutamente incapazes, os menores de 16 anos, os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos, os que mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Relativamente Incapazes

1. São relativamente incapazes, os maiores de 16 anos e menores de 18, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que por deficiência mental tenham discernimento reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; pródigos.

Índios/ Silvícolas

A incapacidade dos indígenas perdurará ate a adaptação na vida civilizada. Os índios enquanto não absorvidos pelos costumes da civilização, submetem-se ao regime tutelar da União (FUNAI).

1. A capacidade dos Índios, ou seja, dos silvícolas serão regulamentadas por uma legislação especial.

Ausentes

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1. Os ausentes devem ser entendidos, como aquela pessoa cuja habitação se ignora ou que sua existência se duvida, e cujos bens ficam ao desamparo.

2. Ausente é a pessoa que deixa seu domicilio e não há mais noticias de seu paradeiro. Sendo que deve ser declarado assim por um juiz.

3. Para que se consiga declarar a ausência, o ausente não pode ter deixado representante legal ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens.

4. O juiz a requerimento de qualquer interessado ou do ministério publico, declarará ausência, e nomear-lhe-á curador. Sendo estabelecida a preferência pelo conjugue para o cargo de curador, desde que não esteja separado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antes da declaração de ausência.

5. A ausência não acaba com o vinculo do casamento, essa somente se anulara pelo divorcio ou com a certeza de reconhecimento de morte presumida.

6. O ausente não é considerado incapaz em razão de seu desaparecimento. A curatela, portanto, é para os bens e não para o ausente.

7. A curadoria dos bens, em regra dura um ano, porque nesse prazo o juiz manda publicar de dois em dois meses um edital chamando o ausente para vir tomar posse de seus bens.

8. A curadoria dos bens do ausente pode durar 3 anos, se o ausente tiver deixado PROCURADOR.

9. A sentença em que é declarada a ausência deve ser levada a cartório de registro, sendo que somente começa a produzir efeitos 180 dias após sua decretação, assim passando os 180 dias inicia-se a sucessão provisória.

10. Os herdeiros que não forem herdeiros necessários devem prestar caução, isto é garantia para ser emitido na posse dos bens do ausente.

Na sucessão definitiva os herdeiros passam a ser donos dos bens.

1. Se o ausente voltar dentro de 10 anos, ele terá seus bens devolvidos.

A ausência é declarada judicialmente.

1. Curadoria do ausente2. Sucessão provisória3. Sucessão definitiva

Emancipação

1. A emancipação se da por meio de escritura pública e a mesma não pode ser revogada.

Qualquer ato praticado por   menor de 16 anos   é considerado   NULO .

Pródigo

1. Pródigo é, portanto, o individuo que gasta desmedidamente, dissipando seus bens, sua fortuna.

A prodigalidade não deixa de ser uma espécie de desvio mental, geralmente ligado á pratica dos jogos e outros vícios.

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A interdição do pródigo só o privará de sem curador, emprestar, transigir, dar quitações, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral atos que não sejam de mera administração. O conceito será fornecido pela psiquiatria.

1. O pródigo pode praticar qualquer outro ato da vida civil, não ficando privado do pátrio poder, do exercício de sua profissão ou atividades, etc.

Sua curatela pode ser requerida pelos pais ou tutores; pelo conjugue, ou por qualquer parente; pelo ministério público.

Alcoólatras, toxicômanos, ébrios e deficientes mentais leves.

1. Os alcoólatras, toxicômanos, ébrios e deficientes mentais e excepcionais sem desenvolvimento mental completo, serão interrogados pelo juiz e terão uma pericia médica para avaliar o caso, e para Cesar o caso, também.

Surdos e mudos

1. Surdos e mudos, ainda que somente comunicando através da linguagem que lhes é própria, serão considerados capazes.

OBS: Os negócios realizados com menores e demais incapazes, desde que representados ou assistidos, são plenamente válidos e eficazes.

Curador

1. Curador dativo é o curador escolhido pelo juiz na falta de parentes do ausente.

Comoriência

1. Dois ou mais indivíduos falecerem na mesma data, sem poder presumir-se quem morreu primeiro, serão considerados simultaneamente mortos, ou seja, um não recebe herança do outro.

2. Não há necessidade de ser o mesmo evento para que ocorra a Comoriência.

Capacidades

1. Capacidade de Direito, basta o nascimento com vida para adquirir.2. Capacidade Plena ou capacidade de fato é a capacidade de exercer.

Maioridade

1. Aos 18 anos, se adquire a capacidade de fato, é quando a pessoa se torna apto a praticar pessoalmente todos os atos da vida civil.

2. A maioridade somente é atingida ao completar 18 anos.3. Emancipação é irreversível.4. A idade mínima para a emancipação é de 16 anos, sendo que o menor tem que ter

capacidade de sobrevivência por si só (patrimônio + discernimento)

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1. Há varias espécies de emancipação

Emancipação voluntaria: Concedida pelos pais, ocorre por meio de escritura pública, independe de homologação judicial.

Tutor requer judicialmente a emancipação de seu tutelado (pupilo). Casamento

OBS: O casamento putativo Poderá reverter a emancipação para aqueles que agirem de má-fé!

EX: João casa com Maria que tem 14 anos, mas João falsifica sua certidão de nascimento para 18 anos, para não ter que pedir autorização de seus pais e nem do juiz.

A Maria permanece emancipada e João continua sendo relativamente incapaz.

Observações Importantes

1. Capacidade Penal: 18 anos, sendo que os menores de 18 anos são regidos pelo ECA.

2. Capacidade empresarial: 18 anos.3. Capacidade tributaria: 18 anos.4. Capacidade política: 16 anos voluntario.

18 anos Obrigatoriamente.

1. Capacidade plena não se confunde com Legitimidade, eu posso ter capacidade plena e não ter legitimidade para praticar determinados atos.

2. Fim da personalidade civil, com o fim da existência da pessoa natural.

Direitos da personalidade

São os direitos inerentes as pessoas que visam a garantia do principio da dignidade da pessoa humana.

Requisitos

São irrenunciáveis São intransmissíveis São vitalícios São fora de comercio

Existem 3 dimensões para os direitos da personalidade

Garantia da Intereza física Garantia da intereza mental Garantia da produção intelectual (direitos autorais)

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Doação de Órgãos

PERMITIDO

Órgãos duplos

Tecidos, rins, sêmen, óvulo, medula, órgãos regenerativos como o sangue e o fígado.

1. Requisito essencial: GRATUIDADE.

2. Morto vai para o banco de órgãos.

3.PROIBIDO

1. Defeso

2. Barriga de aluguel

3. Oferta  de órgãos para transplante

4. Mutilação

Estado familiar

1. É a posição que a pessoa ocupa perante a família, matrimônio e parentesco; filho, neto, sobrinho, enteado, marido, esposa, sogro, genro, cunhado, companheiro, casado, divorciado, viúvo, separado.

Estado político

1. Posição frente à nação.

Ius sanguini: Direito do sangue.

Por esse critério a nacionalidade é de acordo com a nacionalidade do PAI.

Ius soli: Direito de solo

Apátrida: aquele que não tem nacionalidade.

DOMICÍLIO

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Domicílio é o local onde a pessoa tem ânimo definitivo de morar. Ou seja, é o local onde a pessoa responde juridicamente pelos seus atos.

Pessoa Jurídica

1. Pessoa jurídica é um ente a quem o ordenamento jurídico confere personalidade, isto é, torna esse ente um sujeito de direitos e obrigações.

São elas:

1. Pessoas jurídicas de Direito Público

2. Pessoas jurídicas de Direito Privado

As pessoas jurídicas do direito público se dividem em:

1. Direito Público Interno

2. Direito Público externo

Perder a personalidade é deixar de existir, desconsideração da personalidade, mas ela continua existindo.

Liquidação: cumprimento de todas as obrigações dissolução final ou fim da existência da pessoa jurídica após a liquidação total.

1. Domicilio da pessoa natural e jurídica

Domicilio voluntario: a pessoa escolhe livremente o seu domicilio.

Domicilio necessário: a lei impõe

Domicilio de eleição: é o domicilio dos contratos. (eleição = escolha)

Particularidades

1. Domicilio necessário é aquele que o juiz determina, igual aos casos do Incapaz, servidor público, militar, marítimo (marinheiro) e preso.

2. Domicilio de eleição é também chamado de domicilio de eleição de foro

3. A mulher casada e os incapazes possuem domicilio especial e podem escolher o domicilio para as ações de divorcio, alimentos, investigação e paternidade.

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4. Os diplomatas e embaixadores podem optar pelo domicilio onde encontram desempenhando suas funções ou pelo último domicilio que tenham tido no Brasil. Caso contrario será o distrito federal.

5. Os itinerantes, andarilhos, ciganos, o domicilio será o local em onde forem encontrados.

6. O domicilio de eleição pode ser completamente diferente do domicilio das partes, exeto se as partes possuírem domicilio legal ou necessário.

7. O domicilio é também chamado de sede jurídica das pessoas natural ou jurídica, por ser o local onde respondem pelas suas obrigações.

8. Para os incapazes o ordenamento adota o domicilio plúrimo.

1. Conforme o Dicionário Michaelis, pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídicas como, por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizadas. Podem ser de direito público (União, Unidades Federativas, Autarquias etc.), ou de direito privado (empresas, sociedades simples, associações etc.). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas. Pessoa física é a pessoa natural, isto é, todo indivíduo (homem ou mulher), desde o nascimento até a morte. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. Para efeito de exercer atividade econômica, a pessoa física pode atuar como autônomo ou como sócio de empresa ou sociedade simples, conforme o caso

Fonte(s): www.sebraesp.com

1. Pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídicas como, por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizadas. Podem ser de direito público (União, Unidades Federativas, Autarquias etc.), ou de direito privado (empresas, sociedades simples, associações etc.). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os efeitos do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas.

1. Pessoa jurídica é uma entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídica, como por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizadas. Podem ser de direito público (união, unidades federais, autarquias, etc..) ou de direito privado (sociedade simples, associações, etc..). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os efeitos de impostos de renda são equiparadas as pessoas jurídicas...

Fonte(s): dicionário de princípios e conceitos jurídicos - Ana Pratas

1. Pessoa física é aquela que tem registro em território nacional por meio do CPF; pessoa jurídica é aquela que abriu uma empresa (de pequeno, médio ou grande porte) e, portanto, tem outro princípio de recolhimento de impostos, ou seja, o registro dela para tanto ocorrerá por meio do CNPJ; daí ter a divisão de pessoa física e jurídica. Isso vemos muito em época de declaração de imposto de renda, assim, de forma geral, quem tem CPF aparece para o governo federal arrecadando impostos por meio

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de declaração de imposto de renda, seja como isento, como dependente ou como declarante... Já a pessoa jurídica paga todos os meses taxas específicas à atividade exercida pela empresa, além do ICMS sobre cada mercadoria vendida.