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A
República
Velha
(1889-1930)
www.historiasdomedeiros.blogspot.com
Os Presidentes da
República Velha
1889-1891: Marechal Deodoro da Fonseca
1891-1894: Marechal Floriano Peixoto
1894-1898: Pudente de Morais
1898-1902: Campos Sales
1902-1906: Rodrigues Alves
1906-1909: Afonso Pena
1909-1910: Nilo Peçanha
1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca
1914-1918: Wenceslau Brás
1918-1919: Delfim Moreira
1919-1922: Epitácio Pessoa
1922-1926: Arthur Bernardes
1926-1930: Washington Luís
Uma visão gera do
O Início da República:
- Um Golpe de Estado (15 de novembro de 1889);
- Queda da Monarquia;
- Ascensão ao poder dos militares e das oligarquias cafeicultoras.
Movi-mento
de 1930.
REPÚBLICA DA ESPADA (1889-1894):
Mal. Deodoro da Fonseca e Mal. Floriano Peixoto
O Governo Provisório do Mal.
Deodoro da Fonseca (1889-1891):
- extinção das instituições do Império;
- instalação da República;
- separação Igreja/Estado; - naturalização em massa;
- tentativa de superação da crise econômica com Rui Barbosa (Ministro da
Fazenda): o Encilhamento;
- convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
O encilhamento foi uma medida tomada no governo provisório para
estimular o crescimento econômico
e acelerar o desenvolvimento da indústria brasileira.
Ministro da Fazenda Rui Barbosa
A especulação financeira foi iniciada em janeiro de 1890. O movimento produziu um alvoroço na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e nos demais
centros financeiros do Brasil.
http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/encilhamento/
A Constituição Brasileira de 1891:
A Constituição Brasileira de 1891: - República Federalista;
- 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário;
- Legislativo Federal Bicameral (Câmara dos
Deputados e Senado);
- Eleições diretas para os cargos do Executivo e
Legislativo;
- Mandatos (Presidente, Governadores,
Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e
Vereadores) de 4 anos, exceto para os senadores
(8 anos);
- Voto universal masculino (aberto e excluía
mulheres, menores de 21 anos, soldados, padres,
mendigos e analfabetos).
A Primeira Eleição (indireta):
- Candidatos: Deodoro da Fonseca (Presidente)
Eduardo Wandenkolk (Vice)
X Prudente de Moraes (Presidente)
Floriano Peixoto (Vice)
A Primeira Eleição (indireta):
- Candidatos: Deodoro da Fonseca (Presidente)
Eduardo Wandenkolk (Vice)
X Prudente de Moraes (Presidente)
Floriano Peixoto (Vice)
- Venceram:
Deodoro da Fonseca (Presidente) Floriano Peixoto (Vice)
O Governo Constitucional do
Mal. Deodoro da Fonseca (1891): - março a novembro de 1891;
- extrema conturbação política, agravada pelas características comportamentais de Deodoro e pela
crise econômica;
- 3 de novembro de 1891: Deodoro decreta Estado
de Sítio, fechamento do Congresso e a prisão de alguns opositores (uma tentativa de Golpe de
Estado).
- setores do Exército (liderados por Floriano
Peixoto) e da Marinha (o Almirante Custódio de Melo ameaçou bombardear o Rio de Janeiro) evitaram a
concretização do Golpe e Deodoro renunciou.
Estado de Sítio
O Estado de Sítio é um instrumento que o Chefe de Estado pode utilizar em casos extremos: agressão efetiva por forças estrangeiras, grave ameaça à ordem constitucional democrática ou calamidade pública.
Esse instrumento tem por característica a suspensão temporária dos direito e garantias constitucionais de cada cidadão e a submissão dos Poderes Legislativo e Judiciário ao poder Executivo, assim, a fim de defender a ordem pública, o Poder Executivo assume todo o poder que é normalmente distribuído em um regime democrático.
O Estado de Sítio é uma medida provisória, não pode ultrapassar o período de 30 dias, no entanto, em casos de guerras, a medida pode ser prorrogada por todo o tempo que durar a guerra ou a comoção externa. Para decretar o Estado de Sítio, o chefe de Estado, após o respaldo do Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicita uma autorização do Congresso Nacional para efetivar o decreto.
Embora, nestas condições, o Governo tenha legalidade para tomar atitudes que podem ferir a liberdade dos cidadãos, como a obrigação de residência em localidade determinada, a busca e apreensão em domicílio, a suspensão de liberdade de reunião e associação e a censura de correspondência, etc., em nenhum caso o
Estado de Sítio pode interferir nos direitos à vida, à integridade pessoal, à identidade pessoal, à capacidade civil, à cidadania, etc. Por isso, se um cidadão tiver seus direitos suspensos, porém essa suspensão é inconstitucional, este cidadão tem direito à correspondente indenização.
http://www.brasilescola.com/politica/estado-sitio.htm
O Governo do Mal. Floriano Peixoto
(1891-1894):
- a inconstitucionalidade ou não de seu mandato;
- as atitudes fortes e centralistas de
Floriano, o “Marechal de Ferro”; - paternalismo: redução de preços de
alguns produtos e de aluguéis; - redução da inflação e retomada da
atividade produtiva;
- revoltas: Revolução Federalista e Revolta da Armada.
Revolta da Armada (1893): - movimento de oposição a Floriano, ocorrido no Rio de
Janeiro, liderado por Custódio de Melo e Saldanha da Gama duramente reprimido pelo presidente com apoio dos cafeicultores paulistas.
Revolução Federalista (1893-1895): - luta política entre as elites locais do Rio Grande do Sul;
- Júlio Castilhos defendia o governo central e liderava o grupo republicano (composto pelos chimangos ou pica-paus);
- Gaspar da Silveira Martins defendia a descentralização do poder e liderava o grupo federalista (formado pelos
maragatos); - A vitória final coube aos castilhistas com apoio de
Floriano.
Júlio Castilhos
X
Gaspar Martins
REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS
(1894-1930):
Alguns conceitos gerais:
- Coronelismo; - voto de cabresto;
- curral eleitoral; - Comissão Verificadora de
Poderes;
- Política dos Governadores; - Política do Café com Leite.
O Governo de Prudente de Morais
(1894-1898):
- eleito com 290 mil votos;
- colocou fim à Revolta
Federalista (RS); - conseguiu empréstimos de
7,5 milhões de libras junto ao Banco Rothschild
(Londres);
- provocou aumento da dívida externa; - enfrentou a Guerra de Canudos.
O Governo de Campos Sales
(1898-1902): - saneamento financeiro do país; - renegociou com o Banco Rotschild e aumentou a dívida externa brasileira; - nomeou como ministro da fazenda o mato-grossense Joaquim Murtinho, que estrangulou a indústria nacional favorecendo a “tradição” agrícola; - contenção de despesas, aumento de impostos, abandono das obras públicas e impopularidade;
- novo empréstimo, o “Funding Loan”; - estabeleceu a “Política dos Governadores”.
O Governo de Rodrigues Alves
(1902-1906): - novos empréstimos e mais dívidas e agravamento da dependência externa;
- política “progressista” ou “modernizante”; - embelezamento e saneamento da cidade
do Rio de Janeiro; - criou um órgão encarregado pela
vacinação obrigatória; - provocou a Revolta da Vacina (1904);
- realizou a definitiva anexação do Acre ao
Brasil.
O Governo de Afonso Pena
(1906-1909):
- firmou-se o Convênio de Taubaté; - novos empréstimos externos, compra do
café excedente, esgotamento dos recursos
públicos e elevação da inflação; - reforma no Exército, implantadas pelo
Ministro da Guerra, o Mal. Hermes da Fonseca;
- com sua morte, Nilo Peçanha (o vice)
conclui o mandato.
O Governo do Mal.
Hermes da Fonseca (1910-1914): - um dos períodos mais tumultuados da história da República; - Hermes da Fonseca enfrentou uma forte oposição liderada pelo senador Pinheiro Machado, a Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado. - adotou a “Política das Salvações”: intervenções federais nos estados, apoiadas pelo Exército, visando garantir a vitória das
forças emergentes que eram simpáticas ao governo central.
O Governo de Venceslau Brás
(1914-1918):
- lidou com os efeitos da
Primeira Guerra Mundial;
- a importação habitual dos produtos industrializados
europeus foi interrompida; - o “primeiro surto industrial
no Brasil”.
O Governo de Delfim Moreira
(1918-1919):
- vice de Rodrigues Alves (um paulista de plena
confiança dos cafeicultores);
- cumpriu a Constituição, criando condições para
novas eleições.
O Governo de Epitácio Pessoa
(1919-1922):
- início da crise da República
Velha;
- novos setores socioeconômi-
cos, ligados à indústria ad-
quiriam importância política;
- aumentou a dívida externa
com a compra do estoque do
café;
- enfrentou a primeira revolta tenentista; a
Revolta dos 18 do Forte.
O Governo de Arthur Bernardes
(1922-1926):
- um período tenso: gover-
nou sob estado de sítio;
- interveio nos Estados e no Congresso;
- teve forte oposição do Tenentismo: a Revolta de
1924 (SP e RS) e a Coluna
Prestes.
O Governo de Washington Luís
(1926-1930): - articulou os interesses tradicionais (ligados à
oligarquia cafeicultura) com a modernidade do
período;
- governou com “racionalidade administrativa,
além de uma série de investimentos em áreas
como pesquisa social, história, estatísticas,
censos, dando ênfase a uma visão mais científica de administração”;
- “arejou” o Estado: decretou “o fim do estado de
sítio, o fechamento das prisões para prisioneiros
políticos e a volta da liberdade de imprensa”;
O Governo de Washington Luís
(1926-1930): Continuação
- “Governar é abrir estradas.”;
- em 1929, alegando o combate ao comunismo,
publicou a Lei Celerada (suspensão da liberdade
de imprensa e penas aos “crimes ideológicos”);
- “A questão social no Brasil é um caso de
polícia.” (WL);
- mesmo “elegendo” seu sucessor, no final de seu mandato, foi derrubado da presidência por um
movimento armado;
- foi o fim da República Velha.