A TRIBUTAÇÃO DA RENDA A TRIBUTAÇÃO DA RENDA AUFERIDA NO EXTERIOR PELA AUFERIDA NO EXTERIOR PELA

PESSOA JURÍDICA RESIDENTE NO PESSOA JURÍDICA RESIDENTE NO BRASILBRASIL

GABRIELA LASMAR , LITZA SESTER E THAÍSSA VALLE

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer NaturezaImposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

TRIBUTAÇÃO DA RENDATRIBUTAÇÃO DA RENDA EM BASES MUNDIAISEM BASES MUNDIAIS

Art. 25. Os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior serão

computados na determinação do lucro real das pessoas jurídicas correspondente ao balanço levantado em 31 de dezembro de

cada ano.        

OBRIGAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DEMONSTRAR OS LUCROSDEMONSTRAR OS LUCROS

•FILIAIS FILIAIS

•SUCURSAISSUCURSAIS

•COLIGADASCOLIGADAS

•CONTROLADA NÃO RESIDENTESCONTROLADA NÃO RESIDENTES

LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERALTRIBUTÁRIA FEDERAL

Art. 1º Os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas serão adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real correspondente ao balanço levantado no dia 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil.

             

NOVO TRATAMENTO NOVO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO AOS LUCROS TRIBUTÁRIO AOS LUCROS AUFERIDOS NO EXTERIORAUFERIDOS NO EXTERIOR

Art. 74.  Para fim de determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL, nos termos do art. 25 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e do art. 21 desta Medida Provisória, os lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior serão considerados disponibilizados para a controladora ou coligada no Brasil na data do balanço no qual tiverem sido apurados, na forma do regulamento.

        Parágrafo único.  Os lucros apurados por controlada ou coligada no exterior até 31 de dezembro de 2001 serão considerados disponibilizados em 31 de dezembro de 2002, salvo se ocorrida, antes desta data, qualquer das hipóteses de disponibilização previstas na legislação em vigor.

PARAÍSOS FISCAISPARAÍSOS FISCAIS

•DIFICULTA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIFICULTA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADETERRITORIALIDADE

•ULTRAPASSA O PRINCÍPIO DA ULTRAPASSA O PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADEUNIVERSALIDADE

•NÃO APRESENTA ELEMENTOS DE NÃO APRESENTA ELEMENTOS DE CONEXÃOCONEXÃO

•DESCONSIDEROU O CONCEITO DE DESCONSIDEROU O CONCEITO DE CONTROLECONTROLE

INCONSTITUCIONALIDADESINCONSTITUCIONALIDADES

•VIOLAÇÃO AO ART. 62 DA CRFB – AUTORIZAÇÃO VIOLAÇÃO AO ART. 62 DA CRFB – AUTORIZAÇÃO EXCEPCIONALEXCEPCIONAL

•VIOLAÇÃO AOS ARTS. 153,III, E 195,I, c – IMPOSTO DE VIOLAÇÃO AOS ARTS. 153,III, E 195,I, c – IMPOSTO DE RENDARENDA

•VIOLAÇÃO ÀS ALÍNEAS a E b DO ART. 150 III DA CRFB - VIOLAÇÃO ÀS ALÍNEAS a E b DO ART. 150 III DA CRFB - ANTERIORIDADE E IRRETROATIVIDADEANTERIORIDADE E IRRETROATIVIDADE

PEDIDO PEDIDO PROCEDENTE EM PROCEDENTE EM

PARTEPARTE

A

BOFENSA AO

ART. 146, III, “a”CRFB

LC – FATO GERADOR

Equivalência patrimonialEquivalência patrimonial

Art. 7º A contrapartida do ajuste do valor do investimento no exterior em filial, Art. 7º A contrapartida do ajuste do valor do investimento no exterior em filial, sucursal, controlada ou coligada, avaliado pelo sucursal, controlada ou coligada, avaliado pelo método da equivalência método da equivalência patrimonialpatrimonial, conforme estabelece a legislação comercial e fiscal brasileira, , conforme estabelece a legislação comercial e fiscal brasileira, deverá ser registrada para deverá ser registrada para apuração do lucro contábil da pessoa jurídica no apuração do lucro contábil da pessoa jurídica no BrasilBrasil..

§ 1º Os valores relativos ao § 1º Os valores relativos ao resultado positivo da equivalência patrimonialresultado positivo da equivalência patrimonial, não , não tributados no transcorrer do ano-calendário, deverão ser considerados no tributados no transcorrer do ano-calendário, deverão ser considerados no balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário para fins de balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL.determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL.

Dispõe sobre a Dispõe sobre a tributação de tributação de

lucros, lucros, rendimentos e rendimentos e

ganhos de capital ganhos de capital auferidos no auferidos no exterior pelas exterior pelas

pessoas jurídicas pessoas jurídicas domiciliadas no domiciliadas no

PaísPaís

INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE

RECURSOS FINANCEIROS

EXISTÊNCIA FÍSICA DOS RECURSOS EM CAIXA

PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO ACRESCIDOACRESCIDO DESDE A DESDE A

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DO BALANÇODO BALANÇO

AUMENTO NOMINAL DOAUMENTO NOMINAL DO VALOR DAS AÇÕESVALOR DAS AÇÕES NO CAPITAL SOCIALNO CAPITAL SOCIAL

Número do Recurso:Número do Recurso:153732 Câmara:PRIMEIRA CÂMARANúmero do Processo:16327.001967/2005-89Tipo Câmara:PRIMEIRA CÂMARANúmero do Processo:16327.001967/2005-89Tipo

do Recurso:VOLUNTÁRIOMatéria:IRPJ E OUTRORecorrente:USINA do Recurso:VOLUNTÁRIOMatéria:IRPJ E OUTRORecorrente:USINA BARRA GRANDE DE LENÇOIS S.A.Recorrida/Interessado:5ª TURMA/DRJ-BARRA GRANDE DE LENÇOIS S.A.Recorrida/Interessado:5ª TURMA/DRJ-SÃO PAULO/SP IData da Sessão:13/09/2007 00:00:00Relator:Valmir SÃO PAULO/SP IData da Sessão:13/09/2007 00:00:00Relator:Valmir SandriDecisão:Acórdão 101-96318SandriDecisão:Acórdão 101-96318

Resultado:DPPU - DAR PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADEResultado:DPPU - DAR PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADE

Texto da Decisão: Por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao Texto da Decisão: Por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para: recurso voluntário, para:

I)I) excluir da renda tributável aexcluir da renda tributável a variação cambial sobre o investimentovariação cambial sobre o investimento; ;

II) em relação aoII) em relação ao lucro auferido no exteriorlucro auferido no exterior, , determinar o ajuste do lançamento, determinar o ajuste do lançamento, emem conformidade com a taxa de câmbio vigenteconformidade com a taxa de câmbio vigente à data das demonstrações à data das demonstrações financeiras de apuração dos lucros, e financeiras de apuração dos lucros, e

III) especificamente com relação à CSL,III) especificamente com relação à CSL, excluir da base de cálculo do excluir da base de cálculo do

lançamento os lucros auferidos no exteriorlançamento os lucros auferidos no exterior até a vigência da até a vigência da MP 2.158-35MP 2.158-35, de 2001. Ausente, temporária e Justificadamente, o , de 2001. Ausente, temporária e Justificadamente, o Presidente.Presidente.

CONTROLLED CONTROLLED FOREIGN CORPORATION - CFCFOREIGN CORPORATION - CFC

"A CFC Legislation permite que, por uma "A CFC Legislation permite que, por uma ficção jurídica, a sociedade coligada ou ficção jurídica, a sociedade coligada ou

controlada seja considerada controlada seja considerada transparentetransparente e o e o lucro auferidolucro auferido seja seja

imputado à controladora ou coligada, imputado à controladora ou coligada, como se tivesse sido distribuídocomo se tivesse sido distribuído, sendo , sendo considerado para fins de apuração do considerado para fins de apuração do

imposto de renda devido.”imposto de renda devido.”

Alessandra OkumaAlessandra Okuma

CARACTERÍSTICAS DACARACTERÍSTICAS DATRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

FORMAS DE USO INDEVIDO DAS FORMAS DE USO INDEVIDO DAS SOCIEDADES CONTROLADASSOCIEDADES CONTROLADAS

HELENO TAVEIRA TÔRRES

•Um residente é controlador ou possui Um residente é controlador ou possui uma grande participação em uma uma grande participação em uma

sociedade localizada no estrangeiro;sociedade localizada no estrangeiro;

•O regime fiscal do país da residência O regime fiscal do país da residência dessa sociedade estrangeira é mais dessa sociedade estrangeira é mais

vantajoso que o do país onde residem vantajoso que o do país onde residem os acionistas;os acionistas;

•A obtenção dos rendimentos A obtenção dos rendimentos prescinde de desenvolvimento de prescinde de desenvolvimento de

efetivas atividades empresariais no efetivas atividades empresariais no país onde a sociedade controlada país onde a sociedade controlada

encontra-se constituída.encontra-se constituída.

ELUSÃO FISCALELUSÃO FISCAL“Quando alguém promove um negócio jurídico apenas com a finalidade de obter redução de carga tributária incidente, salvo o descumprimento frontal da lei (evasão), das duas uma: ou age com liberdade garantida pelos princípios constitucionais que protegem a autonomia privada, no campo do planejamento tributário legítimo, visando à economia de tributos, constituindo negócios válidos e dotados de causa (elisão), sejam estes típicos ou atípicos, indiretos ou fiduciários, formais ou não formais; ou organiza negócios querendo aparentar um negócio jurídico legítimo e válido, mas desprovidos de causa, organizados com pacto de simular, para retirar os efeitos da causa do negócio aparente, ou ordenados para evitar a incidência da lei imperativa, qualificados como fraudulentos, também estes carentes de “causa” (elusão). Eis como se diferenciam elisão e elusão. Ambos os conceitos decorrem do exercício de autonomia privada, sendo aquele vinculado às opções legítimas do ordenamento e este decorrente do uso das liberdades negociais disponíveis.”

HELENO TAVEIRA TÔRRES

CONTROLLED CONTROLLED FOREIGN CORPORATION - CFCFOREIGN CORPORATION - CFC

TRATADOS INTERNACIONAISTRATADOS INTERNACIONAISCONTRA A BITRIBUTAÇÃOCONTRA A BITRIBUTAÇÃO

•FINALIDADESFINALIDADES

•MODELOMODELO

•EXEMPLOSEXEMPLOS

SITUAÇÃO 1SITUAÇÃO 1

Uma empresa brasileira tem um estabelecimento Uma empresa brasileira tem um estabelecimento permanente na Suécia e os lucros auferidos lá são da permanente na Suécia e os lucros auferidos lá são da

alíquota de 35% enquanto no Brasil são de 30%.alíquota de 35% enquanto no Brasil são de 30%.

SITUAÇÃO 2SITUAÇÃO 2

Uma empresa brasileira tem um estabelecimento Uma empresa brasileira tem um estabelecimento permanente na Suécia e os lucros auferidos lá são da permanente na Suécia e os lucros auferidos lá são da

alíquota de 30% enquanto no Brasil são de 35%.alíquota de 30% enquanto no Brasil são de 35%.

NA AUSÊNCIA DOS TRATADOS NA AUSÊNCIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS...INTERNACIONAIS...

TREATY SHOPPING É A SOLUÇÃOTREATY SHOPPING É A SOLUÇÃO

EMPRESAS CANAISEMPRESAS CANAIS(CONDUIT COMPANIES)(CONDUIT COMPANIES)

A B

C

SOCIEDADE TRAMPOLIMSOCIEDADE TRAMPOLIM(STEPPING STONES)(STEPPING STONES)