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1 A utilização da medida de independência funcional (MIF) em pacientes com lesão medular no ambiente hospitalar Cristiane Peinado de Macedo 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em fisioterapia hospitalar - Faculdade Sul-Americana/FASAM Resumo As lesões medulares ocorrem cada vez com mais frequência, devido ao crescimento de acidentes de trânsito, aos ferimentos por arma de fogo e as quedas. O objetivo desta pesquisa foi investigar a utilização da Medida de Independência Funcional (MIF) na lesão medular e verificar os benefícios da reabilitação no ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, por meio de busca em artigos localizados na base de dados Scielo, Bireme e Google Acadêmico, nos últimos 10 anos, os critérios de inclusão foram todos os tipos de desenho de estudo, artigos que tratavam do tema, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os resultados obtidos revelam que a aplicação da MIF é uma alternativa de baixo custo, permite saber quais as limitações e dependências, destaca a importância dos cuidados e planejamento da reabilitação desde a admissão a alta hospitalar e correlacionam melhores resultados no nível de autocuidado. Entretanto ainda são poucos os estudos que fazem ligação da MIF aplicada em indivíduos com lesão medular nas unidades hospitalares. Conclui-se que é fundamental a realização de novos estudos com propostas de aplicação da MIF nessa população e destacando a importância na atenção para a prevenção desse tipo de lesão. Palavras-chave: Medida de independência funcional; lesão da medula espinhal; reabilitação. 1. Introdução A lesão da medula espinhal é uma das complicações mais graves que causam incapacidade, em razão das alterações na funcionalidade e sistemas do organismo, além de modificações na vida do paciente, da família e da sociedade. A lesão medular traumática resultante de um dano inesperado é a mais frequente e grande parte da população acometida é de jovens com idade inferior a 30 anos, tornando um grande problema de saúde no Brasil (PÁDULA; SOUZA, 2007). Os pacientes com lesão medular podem ser avaliados a partir do nível de comprometimento da lesão. A Associação Americana do Trauma Raquimedular (ASIA) padronizou uma escala de classificação neurológica da lesão medular que é exclusivamente utilizada para a avaliação da motricidade e sensibilidade. Posteriormente com objetivo de obter uma classificação que permitisse a avaliação completa no nível de independência funcional, foi traduzido e validado no Brasil a Medida de Independência Funcional (MIF), um instrumento de avaliação que atende a critérios de forma clara e precisa, sendo amplamente utilizada e aceita como medida de avaliação funcional internacionalmente (SILVEIRA et al 2011). A Medida de Independência Funcional (MIF) foi um instrumento desenvolvido em 1980 e somente traduzido para Brasil em 2000, para o acompanhamento de pacientes em fase de reabilitação. Tem como objetivo avaliar de maneira quantitativa o desempenho funcional do paciente através de um conjunto de 18 tarefas como autocuidados, transferências, locomoção, 1 Pós graduanda em fisioterapia hospitalar 2 Orientadora fisioterapeuta, especialista em metodologia do ensino superior

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A utilização da medida de independência funcional (MIF) em pacientes com lesão medular no ambiente hospitalar

Cristiane Peinado de Macedo1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia 2

Pós-graduação em fisioterapia hospitalar - Faculdade Sul-Americana/FASAM Resumo As lesões medulares ocorrem cada vez com mais frequência, devido ao crescimento de acidentes de trânsito, aos ferimentos por arma de fogo e as quedas. O objetivo desta pesquisa foi investigar a utilização da Medida de Independência Funcional (MIF) na lesão medular e verificar os benefícios da reabilitação no ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, por meio de busca em artigos localizados na base de dados Scielo, Bireme e Google Acadêmico, nos últimos 10 anos, os critérios de inclusão foram todos os tipos de desenho de estudo, artigos que tratavam do tema, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os resultados obtidos revelam que a aplicação da MIF é uma alternativa de baixo custo, permite saber quais as limitações e dependências, destaca a importância dos cuidados e planejamento da reabilitação desde a admissão a alta hospitalar e correlacionam melhores resultados no nível de autocuidado. Entretanto ainda são poucos os estudos que fazem ligação da MIF aplicada em indivíduos com lesão medular nas unidades hospitalares. Conclui-se que é fundamental a realização de novos estudos com propostas de aplicação da MIF nessa população e destacando a importância na atenção para a prevenção desse tipo de lesão. Palavras-chave: Medida de independência funcional; lesão da medula espinhal; reabilitação. 1. Introdução

A lesão da medula espinhal é uma das complicações mais graves que causam incapacidade, em razão das alterações na funcionalidade e sistemas do organismo, além de modificações na vida do paciente, da família e da sociedade. A lesão medular traumática resultante de um dano inesperado é a mais frequente e grande parte da população acometida é de jovens com idade inferior a 30 anos, tornando um grande problema de saúde no Brasil (PÁDULA; SOUZA, 2007). Os pacientes com lesão medular podem ser avaliados a partir do nível de comprometimento da lesão. A Associação Americana do Trauma Raquimedular (ASIA) padronizou uma escala de classificação neurológica da lesão medular que é exclusivamente utilizada para a avaliação da motricidade e sensibilidade. Posteriormente com objetivo de obter uma classificação que permitisse a avaliação completa no nível de independência funcional, foi traduzido e validado no Brasil a Medida de Independência Funcional (MIF), um instrumento de avaliação que atende a critérios de forma clara e precisa, sendo amplamente utilizada e aceita como medida de avaliação funcional internacionalmente (SILVEIRA et al 2011). A Medida de Independência Funcional (MIF) foi um instrumento desenvolvido em 1980 e somente traduzido para Brasil em 2000, para o acompanhamento de pacientes em fase de reabilitação. Tem como objetivo avaliar de maneira quantitativa o desempenho funcional do paciente através de um conjunto de 18 tarefas como autocuidados, transferências, locomoção,

1 Pós graduanda em fisioterapia hospitalar 2 Orientadora fisioterapeuta, especialista em metodologia do ensino superior

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controle esfincteriano, comunicação e cognição social, que inclui memória, interação social e resolução de problemas (RIBERTO et al, 2005). Segundo estudos dos últimos dez anos a independência funcional do paciente aumenta durante a reabilitação, possibilitando a aprendizagem das atividades de vida diária de forma mais adequada e independente e se necessário com adaptações das atividades e utilização de equipamentos assistivos, tornando possível o enfrentamento de obstáculos no cotidiano dos pacientes com lesão medular. A avaliação de resultados funcionais deve ser objetiva e responsável pela formação de um bom plano de reabilitação, devendo permitir que a fisioterapia identifique tanto as limitações como as potencialidades do paciente com base nas necessidades comprovadas. Embora sejam desenvolvidos os mais diversos tipos de instrumentos de avaliação para a promoção de saúde, atualmente as formas mais encontradas para a avaliação é por meio da utilização de escalas funcionais, por isso é importante que se conheça as características do instrumento para melhor abordagem terapêutica. Desta forma realizou-se este artigo com objetivos principais de caracterizar a lesão da medula espinhal, identificar a avaliação da Medida de Independência Funcional (MIF) e verificar os benefícios da reabilitação no ambiente hospitalar, com o intuito de promover o desenvolvimento de novas pesquisas e ações voltadas a essa população, a qual cresce cada dia mais no país, com limitações tanto em orientações quanto a um acompanhamento profissional adequado.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Lesão Medular

A coluna vertebral é composta por sete vértebras cervicais (C1 a C7), doze vértebras torácicas (T1 a T12), cinco lombares (L1 a L5) e cinco sacrais (S1 a S5). Quanto mais alto o nível, maior é o acometimento neurológico motor e sensitivo do corpo: tetraplegia – acima de C7 atinge os quatro membros – superiores e inferiores, e paraplegia – abaixo de T1, acomete membros inferiores (BORGES et al, 2012:120).

A lesão medular é parte importante das deficiências físicas e pode causar alterações de modo temporário ou permanente, abaixo do nível da lesão, atingindo as funções motoras e/ou sensoriais. O primeiro momento após o trauma da medula espinhal é definido como Choque Medular, esta é a fase crítica da lesão a qual o sistema nervoso permanece em completo silêncio, provocando disfunção cardíaca e disreflexia autonômica, além das modificações nas funções digestivas, urinárias, endócrinas e etc. No final do choque medular alguns reflexos patológicos aparecem devido à ausência de controle supra espinhal (DEL BEL; SILVA; MLADINIC, 2009). Sisção et al (2007) afirmam que as causas são respectivamente de acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo, queda de altura e acidente por mergulho em água rasa. Além disso, as perícias técnicas realizadas nos estudos acentua relação direta entre a velocidade dos veículos durante a colisão e a ocorrência de fraturas da coluna e relata também que os ferimentos por armas de fogo tiveram aumento importante devido ao alto nível de violência nas grandes cidades. Segundo o Ministério da Saúde (2012), “no Brasil a incidência é de 40 casos novos/ano/milhão de habitantes, ou seja, cerca de 6 a 8 mil casos/ano, sendo que destes 80% das vítimas são homens e 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade”. Conforme a rede Sarah de Hospitais de Reabilitação (2013) uma pesquisa realizada abrangendo todas as internações registradas por causas externas, no período de janeiro a junho, os resultados alarmantes são que as causas externas vitimaram grande parte de

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adolescentes e adultos, entre 15 e 39 anos de idade sendo 69,5% dos casos. E de casos isolados a incidência ocorreu na faixa de 30 a 39 anos, seguido pelas faixas de 20 a 24 anos e também de 25 a 29 anos, resultando em uma idade média da população investigada de 29,1 anos (Figura 1).

Fonte: Rede Sarah (2013)

Figura 1 – Distribuição de pacientes internados por causas externas

A sintomatologia depende do nível da lesão, grau de acometimento e tempo após o trauma, pode ser classificada como completa, quando as funções motora e sensitiva estão ausentes abaixo do nível da lesão e incompleta quando as funções motora e/ou sensitiva encontram-se mantidas abaixo da lesão, com isso o lesado medular pode apresentar complicações funcionais como perda da motricidade voluntária (CAVENAGHI et al, 2005).

Além da disfunção física e sensorial, várias são as sequelas da lesão medular, por exemplo, atrofia do sistema musculoesquelético, espasticidade, disfunção autonômica, mudanças metabólicas, hormonais e neuromusculares, redução da capacidade respiratória, da circulação sanguínea e das dimensões das estruturas cardíacas, que juntamente com o estado sedentário podem conduzir a doenças cardiovasculares e respiratórias. Estas alterações limitam as respostas fisiológicas à atividade motora, podendo ocorrer à rápida instalação da fadiga. (PAOLILLO F.R; PAOLILLO A.R; CLIQUET, 2005:149).

A Associação Americana do Trauma Raquimedular (ASIA – American Spine Injury Association) descreveu em 1969 e padronizou a classificação neurológica da lesão medular com o objetivo de avaliar a motricidade e a sensibilidade (Figura 2). A escala de classificação é divida em: ASIA A: lesão medular completa; ASIA B: lesão motora completa e sensitiva incompleta); ASIA C: lesão sensitiva e motora incompletas; e ASIA D: lesão incompleta com função motora preservada abaixo do nível da lesão (FERREIRA; MARINO; CAVENAGHI, 2012). Para Sartori et al (2009) a classificação e padronização de instrumentos que avaliam os déficits neurológicos de pessoas com lesões traumáticas na medula espinhal são plenamente aceitos e empregados pelas equipes médicas e grupos especializados com o autocuidado do paciente. No entanto há dificuldades de encontrar uma classificação completa e objetiva que permita a avaliação da deficiência neurológica, logo, surgem novos enfoques para avaliar as complicações e sequelas da lesão medular nas atividades da vida diária e função do paciente.

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Fonte: American Spine Injury Association (ASIA)

Figura 2 – Escala de Classificação Neurológica

O avanço de pesquisas relacionadas à reabilitação do lesado medular aumentou no últimos anos, devido à queda das taxas de morbidade ligadas a deficiência e por isso aumento da expectativa de vida do paciente quando comparado à de um indivíduo normal. Entretanto, não existe cura das funções perdidas da medula, o tratamento objetiva-se na reabilitação e readaptação por meio de uma equipe multidisciplinar. Contudo as pesquisas afirmam que o melhor é o investimento na conscientização da população para as principais causas da lesão medular (CUSTÓDIO et al, 2009). 2.2 Medida da Independência Funcional (MIF) A Medida de Independência Funcional (MIF) é um escala de avaliação que têm por objetivo medir o grau de independência funcional do indivíduo. É bastante utilizada para avaliar o nível de comprometimento do lesado medular sobre as atividades de vida diária e que ganha espaço no planejamento dos grupos de reabilitação, porque mostra através de uma pontuação fidedigna a gravidade e o potencial de incapacidade da lesão (NEVES et al, 2007).

Desenvolvida na América do Norte, na década de 1980 [...] é multidimensional e avalia o desempenho do indivíduo em 18 atividades distribuídas em dois grandes domínios: motor e cognitivo/social. Esse instrumento foi traduzido para a língua portuguesa no Brasil em 2000 e nessa época foram realizados testes de reprodutibilidade e confiabilidade, que se mostraram adequados na aplicação total, bem como nos domínios motor e cognitivo. (PEREIRA e BESSE, 2011:67).

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Entre as atividades avaliadas dos dois domínios motor e o cognitivo estão o autocuidado, controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e cognição social (Tabela 1). Cada dimensão é analisada pela soma de suas categorias referentes de 1 a 7, quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência. Somando-se os pontos das dimensões do instrumento, chega-se a um escore total mínimo de 18 e o máximo de 126 pontos, que caracterizam os níveis de dependência pelos subescores (VIANA et al, 2008).

NÍVEIS DE DEPENDÊNCIA FUNCIONAL Níveis Descrição

DE

PE

ND

ÊN

CIA

M

OD

IFIC

AD

A 1 Ajuda Total (Indivíduo >=0%) AJUDA

2 Ajuda Máxima (Indivíduo >=25%) 3 Ajuda Moderada (Indivíduo >=50%) 4 Ajuda Mínima (Indivíduo >=75%) 5 Supervisão 6 Independência Modificada (ajuda técnica) SEM AJUDA 7 Independência Completa (em segurança, em tempo normal)

AUTOCUIDADO A – Alimentação B - Higiene Pessoal C – Banho D – Vestir a metade superior E – Vestir a metade inferior F- Utilização do vaso Sanitário CONTROLE DE ESFÍNCTERES G – Controle da Urina H – Controle das Fezes MOBILIDADE – TRANSFERÊNCIAS I – Leito, cadeira, cadeira de rodas J – Vaso sanitário K – Banheira, chuveiro LOCOMOÇÃO L – Marcha cadeira de rodas Marcha= Cadeira de Rodas= M – Escadas COMUNICAÇÃO N – Compreensão Auditiva= Visual= O – Expressão Verbal= Não verbal= COGNIÇÃO SOCIAL P – Interação Social Q – Resolução de problemas R – Memória ESCORE DA MIF MOTORA: COGNITIVA SOCIAL: TOTAL:

Fonte: Adaptação do original traduzido para o Brasil apud Viana (2008)

Tabela 1 – Escala da Medida de independência Funcional Segundo Riberto et al (2004) a avaliação e descrição de incapacidade para programas de reabilitação, a busca de complicações a serem tratadas, assim como a quantificação dos avanços dos pacientes e o planejamento de novas metas, requerem a documentação da funcionalidade de forma clara e reprodutível. E afirmam que um elemento fundamental de avaliação dos efeitos de um programa de tratamento é a coleta sistematizada de dados da capacidade funcional durante todo o processo de reabilitação, modificando a estratégia de tratamento para maximizar os resultados funcionais. Posteriormente Riberto et al (2005) testou a Validação da Versão Brasileira da MIF, em uma população de brasileiros com lesão medular e pacientes com lesões encefálicas tratados exclusivamente em ambiente ambulatorial. Nesse estudo obteve resultados positivos, onde os

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pacientes com maior comprometimento motor apresentaram valores menores de independência funcional nos itens de domínio motor, enquanto que ao domínio cognitivo foi demonstrado que pacientes com lesões encefálicas que apresentavam menor comprometimento da comunicação, têm melhor desempenho funcional. Concluiu que o instrumento é valido e útil na reabilitação ambulatorial. Para Barbeta e Assis (2008) alguns estudos apontam que a MIF mostra fiel concordância e boa reprodutibilidade, além de boas respostas no que diz respeito à validade e à responsividade. A MIF é uma escala que dispõe de elementos essenciais de avaliação da independência funcional e que proporciona resultados através de seu escore total. Com isso torna-se um instrumento frequentemente analisado em estudos devido à divisão da escala em atividades motora e cognitiva. A classificação da ASIA têm limites no que refere à função radicular e de sensibilidade. Sabe-se que a utilização da ASIA associada à MIF pode atender as expectativa relacionadas à gravidade da lesão, prognóstico e tratamento. Por isso com o intuito de obter uma classificação padronizada na avaliação e cuidados do paciente com lesão medular a American Spinal Injury Association (ASIA) criou um manual que é amplamente aplicado nos grandes centros de reabilitação, logo a escala da MIF foi escolhida por conter critérios válidos, confiáveis, precisos e práticos, estabelecendo o planejamento terapêutico para a realização de atividades da vida diária. A MIF faz parte do Sistema Uniforme de Dados para Reabilitação Médica (SUDRM), sendo bem aceita como medida de avaliação funcional (SARTORI et al, 2009). De acordo com Silveira et al (2011) a MIF é frequentemente aplicada por diversos especialistas (fisioterapeutas, geriatras e neurologistas) como instrumento de avaliação de funcionalidade e que cada dia mais ganha espaço na comunidade científica. Alguns trabalhos sobre lesões medulares e encefálicas, que avaliam o nível de independência funcional com o uso da MIF, apresentaram relação entre o comprometimento motor e os transtornos de conduta e mostraram resultados benéficos ligados ao baixo custo, permitindo-lhes confrontar com as reais limitações do doente e assim prever as suas necessidades futuras em termos de cuidados de saúde e adaptações ao meio. Conforme Silva et al (2012) as vantagens da aplicação da MIF são de proporcionar cuidados necessários a partir do momento da admissão do paciente no plano de reabilitação e mudanças dos objetivos com o avanço do estado do paciente até a alta hospitalar. A avaliação dos resultados permite estabelecer o desenvolvimento do progresso funcional de cada indivíduo, de forma que a pessoa possa ser devolvida o mais breve possível para o meio social e familiar, desta maneira avaliar a capacidade de função motora e cognitiva do lesado medular promove a equipe multidisciplinar um olhar específico para o ganho de independência funcional. Estudos sobre a qualidade de vida do lesado medular em várias condições clínicas foram realizados com o objetivo de promoção do bem estar com certo grau de independência funcional e reinserção do portador de lesão medular na sociedade, tais ensaios clínicos mostram que a gravidade e a irreversibilidade exigem maior e longa intervenção multidisciplinar e que os aspectos sociais interferem na readaptação da nova condição física. Concluíram que no Brasil ainda são escassos os trabalhos ligados à qualidade de vida e lesão medular, sendo de grande importância no contexto de ampliação das decisões da equipe de saúde, estendendo-se aos programas e políticas assistenciais (VALL; BRAGA; ALMEIDA, 2006). Para Dantas et al (2012) a lesão medular é uma lesão devastadora que se caracteriza pelo comprometimento de uma série de funções vitais, como também às restrições impostas ao desempenho dos seus papéis ocupacionais, atividades e participação social. Baseado nesse contexto, realizou um trabalho com a população de lesionados medulares submetidos ao programa de reabilitação no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco

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Pais (CMRRC-RP), onde se observou que à data de entrada e à data de alta são claramente significativas e percentualmente o maior progresso visto foi ao nível do subdomínio dos autocuidados. No estudo com uma população de pacientes com déficit motor investigou-se as diferenças étnicas e raciais nos dados do instrumento da MIF e as principais medidas incluíram na admissão e na alta os escores totais do instrumento de avaliação. Concluíram ligação direta com raça e etnia dos pacientes, diferenças na independência funcional na admissão para a o inicio do programa de reabilitação e a evolução na melhora das atividades de vida diária. Por fim sugerem estudos para identificar as razões que possam explicar porque os hispânicos obtiveram maiores escores de ganhos na MIF do que os negros (CRUZ, 2010). Pompeu et al (2010) Analisaram o nível funcional de 93 indivíduos com déficits sensório-motores e perda da independência funcional, que encontravam-se em tratamento de fisioterapia no Centro de Promoção e Reabilitação em Saúde e Integração Social – PROMOVE São Camilo. O perfil funcional foi traçado através da MIF, na qual os resultados obtidos foram: como diagnóstico mais frequente o Acidente Vascular Encefálico (63%), lesões crônicas com média do tempo de lesão de 73 meses, pontuação média da MIF foi de 65,81 demonstrando uma população funcionalmente independente ou semidependente. Contudo, concluíram que não houve diferença estatística significativa entre as MIFs para essa população, porém destacou que a mínima MIF obtida foi de paciente com traumatismo raquimedular cervical caracterizando a doença mais incapacitante desse estudo. Viana et al (2008) descreve que a MIF tem como vantagem o fato de compreender as atividades motoras, os aspectos cognitivos e capacidade de comunicação, é utilizada principalmente em lesões neurológicas e recentemente em crianças por trazer resultados quanto ao tratamento e como forma de planejamento terapêutico. A maneira de obter informações vem da observação do desempenho do paciente e nas informações obtidas pela família, acompanhantes e equipe, pois a identificação precoce e o tratamento adequado desses danos colaboram para a melhora da qualidade de vida desses indivíduos. De acordo com Pereira e Araújo (2005) os programas de reabilitação vêm ganhando enfoque devido ao aumento do número de pessoas com lesões na medula espinhal. E para que estes possam viver com independência e de maneira que lhes permitam realizar suas necessidades básicas como banhar-se, vestir-se, cuidar de sua higiene pessoal, alimentar-se, deslocar-se, realizar atividades físicas, tarefas do seu cotidiano e principalmente o enfrentamento do paciente e seu acompanhante durante a participação em um programa de reabilitação hospitalar. 2.3 Reabilitação funcional no Ambiente Hospitalar

No ambiente hospitalar, a assistência promovida pelos profissionais da saúde tem como objetivo recuperar a condição clínica dos pacientes, a fim de que eles possam retornar à realidade em que se inserem com qualidade de vida. No entanto, pacientes críticos, caracterizados por se encontrarem instáveis, com prognóstico grave, e sob alto risco de morte, representam outra realidade, na qual a meta da assistência está centrada na manutenção da vida do sujeito, muitas vezes sem estimativa de alta hospitalar. Assim, a imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular acabam sendo problemas frequentes e que estão associados à maior incapacidade e à reabilitação prolongada (PINHEIRO; CHRISTOFOLETTI, 2012:188).

As alterações secundárias à lesão medular se não tratadas adequadamente, poderão gerar prejuízos na participação social e qualidade de vida desses indivíduos (Figura 3). Logo, é de extrema importância à intervenção fisioterapêutica precoce no tratamento das lesões medulares desde a chegada ao hospital, seja no pronto atendimento, enfermarias ou na unidade de terapia intensiva. A fisioterapia possui métodos simples e efetivos evitando a

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imobilidade no leito por meio da mobilização precoce, exercícios terapêuticos e treinamento funcional ( SISCÃO et al, 2007).

Fonte: Adaptado de Truong et al apud França et al (2012)

Figura 3: Mecanismos e consequências da imobilidade no leito De acordo com Brunozi et al (2011) atualmente pacientes jovens, empregados e com boa orientação demonstram boa inserção social e melhor qualidade de vida, isso se deve ao progresso científico e tecnológico obtendo aumento significativo da expectativa de vida. Porém, as sequelas decorrentes desse trauma, assim como as dificuldades sociais, são realidades presentes na vida desses pacientes e podem interferir em suas atividades de vida diária. Sabe-se que há necessidade de outros estudos mais detalhados para determinação da qualidade de vida desses indivíduos. Alguns estudos afirmam que os pacientes com lesão medular participam de um programa de reabilitação muitas vezes longo e que em sua maioria não leva à cura, mas contribui na adaptação a uma nova vida. As sequelas e as dificuldades que esses indivíduos enfrentam para retornar à sua vida familiar e social se tornam um desafio aos profissionais do programa de reabilitação (BAMPI; GUILHEM; LIMA, 2008). Rabeh e Caliri (2010) realizaram um estudo observacional com 22 pacientes com lesão medular atendidos em hospitais públicos de Ribeirão Preto e avaliaram a independência funcional pelo instrumento da MIF, de acordo com o nível de lesão, tempo pós-lesão e reabilitação. Os resultados descritos após alta hospitalar são que 91% eram homens de 30 a 39 anos, a causa principal da lesão foi acidente de trânsito somando 50%, 11 pacientes sofreram lesão cervical, 10 lesão torácica e um lesão lombar. Destes com lesão cervical os escores na MIF total e motora foram mínimos confirmando maior dependência funcional. E significativamente pacientes com lesão medular apresentaram maior dependência no período até 12 meses pós-lesão, quando comparados com os indivíduos com tempo pós-lesão acima de 13 meses. Os pesquisadores concluíram que é necessário promover aos indivíduos com maiores dependências, acesso imediato aos serviços de reabilitação para a promoção de bem estar e a melhoria da funcionalidade. Com os avanços da medicina nos últimos anos, houve aumento significativo da sobrevida de pacientes com lesão medular. Logo, as condutas fisioterapêuticas passaram a maximizar a independência funcional, incluindo prevenção das complicações ou de incapacidades

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secundárias, restauro da função muscular e da função respiratória, treino de transferências e trocas de posturas, manuseio da cadeira de rodas, treino de equilíbrio, ortostatismo e possível retorno da marcha com uso ou não de dispositivos ortóticos e consequentemente seu retorno a vida social, profissional e familiar (BORTOLLOTI; TSUKAMOTO, 2011). Segundo Vall e Braga (2005) a reabilitação tem como objetivo promover o autocuidado através do alcance da independência nas atividades funcionais e sociais, de acordo com seu nível de lesão, utilizando como ferramenta a busca do desenvolvimento ou resgate das capacidades remanescentes. O programa de reabilitação tem inicio em um centro especializado e deve continuar em domicílio para que sejam realizadas modificações para facilitar o acesso e cuidados a serem realizados. A Organização Mundial de Saúde (apud BAMPI; GUILHEM; LIMA, 2008) descreve que qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. 3. Metodologia

Este estudo constitui-se de um levantamento de dados, reunindo 29 artigos, a partir de pesquisa de literatura com 79 artigos, estes localizados na base de dados Scielo, Bireme e Google Acadêmico, busca manual em livros e jornais científicos, realizada no período de agosto de 2013 a janeiro de 2014. Os critérios de inclusão adotados foram: artigos científicos com o tema: medida de independência funcional, lesão medular e reabilitação, publicados essencialmente entre os anos de 2004 à 2014, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola e todos os tipos de desenho de estudo. Artigos de reabilitação que não estivessem relacionados a pessoas acometidas por lesão medular foram excluídos. 4. Resultados e Discussão Esta revisão de literatura mostra a escassez de estudos relacionados à avaliação da Medida de Independência Funcional (MIF) em unidades hospitalares, mesmo sendo um instrumento descrito e traduzido para o Brasil há mais de dez anos, com sua validade, reprodutibilidade e confiabilidade testada em pacientes com Lesão medular e lesão encefálica, a justificativa para tal pode estar relacionada ao grande desafio de se trabalhar com essa população. Observou-se que grande parte dos artigos analisados a amostra foi composta de adultos jovens do sexo masculino. Este dado confere com o que relata Custodio et al (2009) pois o perfil epidemiológico dessa população é na grande maioria composta de jovens e com sequelas funcionais graves, demonstrando ainda mais a necessidade da divulgação e realização de campanhas de prevenção da lesão medular, assim como o início precoce de reabilitação destes pacientes. O que reforça Rabeh e Caliri (2010) pois a reabilitação deve começar desde a primeira hospitalização após o trauma, de forma a prestar às necessidades específicas de cada paciente e com isso diminuir o custo total do tratamento, devido a maioria das vítimas encontrar-se entre 30 e 39 anos de idade, sendo a causa mais frequente de acidentes de trânsito seguido de quedas. Outros autores falam da importância dos cuidados e planejamento da reabilitação a partir do momento da admissão do doente a alta hospitalar. No entanto Riberto et al (2004) citam que os serviços de reabilitação no Brasil são principalmente a nível ambulatorial e grande parte da reabilitação dos pacientes com esse tipo de lesão inicia-se tardiamente, diferente de outros países, na qual a reabilitação começa principalmente na fase aguda durante a internação hospitalar. Para Siscão et al (2007) os indivíduos com lesão medular necessitam de cuidados

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intensivos específicos desde a chegada ao hospital e atribui a fisioterapia uma grande aliada na recuperação desses pacientes. Os achados inseridos nesta revisão citam que a aplicação da MIF obteve bons resultados em relação ao baixo custo e ainda permitiu confrontar com as reais limitações dos pacientes. Para Dantas et al(2012) é uma ferramenta útil e facilmente aplicável como objeto de avaliação das limitações funcionais, destacando como forma de prevenção e cuidado das necessidades futuras, tanto em termos de saúde quanto adaptações ao meio em que estes indivíduos vivem. Conforme Silva et al (2012) é um instrumento importante, uma vez que dispõe de uma avaliação quantitativa nos níveis de dependência funcional, permitindo uma melhor atuação da equipe durante a reabilitação. 5. Conclusão O principal objetivo da fisioterapia no cuidado com o lesado medular, é a manutenção da independência e autonomia para as atividades básicas da vida diária. Saber qual a principal limitação pode direcionar corretamente no tratamento e assim obter melhores resultados no nível de funcionalidade. As informações obtidas com este estudo foram de grande relevância, pois proporcionaram melhor compreensão no âmbito profissional e permitiu verificar que uma boa avaliação a partir do primeiro atendimento é essencial para o planejamento da reabilitação, orientando na prestação de cuidados específicos para essa população. Além disso, foi visto que quanto mais precoce forem tratadas as incapacidades em decorrência da lesão, as complicações mais graves podem ser minimizadas. Na literatura não foi encontrado estudos que verificassem a influência da realização de fisioterapia no ambiente hospitalar avaliada por meio da MIF em pacientes com lesão da medula espinhal. Contudo, existia a hipótese de que pacientes com lesão medular submetidos inicialmente ao tratamento da fisioterapia pós-trauma poderiam apresentar melhor grau de funcionalidade comparados àqueles que eram submetidos ao tratamento tardiamente, no entanto isso não foi confirmado com esta revisão. Logo é importante uma análise mais aprofundada através de pesquisa de campo, já que esses dados são apontados pela literatura como fatores que podem influenciar no prognóstico desses pacientes. 6. Referências AMERICAN SPINE INJURY ASSOCIATION (ASIA). Disponível em: www.asia-spinalinjury.org/ Acesso em: 10 agosto 2013. BAMPI, Luciana N. S; GUILHEM, Dirce; LIMA, David Duarte. Qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática: um estudo com o WHOQOL-bref. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 1, n. 1, mar. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v11n1/06.pdf />. Acesso em: 12 set. 2013. BARBETTA, de C. D.; ASSIS, de R. M. Reprodutibilidade, validade e responsividade da escala de medida de independência funcional (MIF) na lesão medular: revisão da literatura. Acta Fisiátrica, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 176-181, set. 2008. Disponível em: <http://www.actafisiatrica.org.br /v1/controle/secure/Arquivos/AnexosArtigos/41BFD20A38BB1B0BEC75ACF0845530A7/acta_15_03_176-181.pdf> Acesso em: 8 ago. 2013. BORTOLLOTI, Lígia Franciele; TSUKAMOTO, Heloísa Freiria. Efeitos do treinamento físico sobre a força muscular em paraplégicos. Rev Neurocienc 2011;19(3):462-471. BORGES, Ana Maria Fernandes et al . Percepção das pessoas com lesão medular sobre a sua condição. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre , v. 33, n. 3, Sept. 2012 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198314472012000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 2 Jan. 2014.

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