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1 Por: RODRIGO PEREIRA DE OLIVEIRA RANGEL Orientadora: ANA CLAUDIA MORRISSY Rio de Janeiro Fevereiro 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMO APOIO NAS TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO.

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Por: RODRIGO PEREIRA DE OLIVEIRA RANGEL

Orientadora:

ANA CLAUDIA MORRISSY

Rio de Janeiro

Fevereiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMO APOIO NAS TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DO RISCO DE

CRÉDITO.

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMO

APOIO NAS TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DO

RISCO DE CRÉDITO.

Monografia apresentada ao Instituto a Vez do Mestre, da Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção de grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa.

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RESUMO

A necessidade de gerenciar com eficiência o mercado de crédito tornou

os sistemas de informação um grande aliado das organizações na busca da

vantagem competitiva.

As reformas do Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB), influenciada

diretamente pelas diretrizes firmadas nas duas fases do Acordo Basiléia,

trouxeram uma maior segurança para a economia ao retirar do Banco Central

Brasileiro (BACEN) a responsabilidade dos riscos de crédito e liquidez e fraude

das transações entre as instituições financeiras. Porém essa mudança

aumentou a restrição de crédito no mercado, pois os bancos passaram a atuar

com limites mínimos de capital e patrimônio líquido e suas atividades passaram

a ser monitoras por sistemas de informação de alto poder de controle.

As organizações lidam com a gestão de crédito através de sistemas

integrados de apoio da tomada de decisão na busca de maximizar suas

operações de crédito, além de fortalecer suas relações com os clientes e

fornecedores.

As empresas implementam estratégias competitivas que permitam uma

gestão eficiente que controle os erros e as perdas existentes que fazem parte

do risco do mercado de crédito, complexo por si só,

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METODOLOGIA

Para a elaboração desta pesquisa foram coletados dados e informações

de livros, revistas, artigos, e quaisquer estudos já realizados sobre o assunto

em questão.

A análise e o tratamento de dados coletados foram feitos de forma

qualitativa, por meio dos dados coletados que serviram de suporte que

possibilitaram retificar e ratificar hipóteses.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPITULO I

Compreensão do Mercado de crédito

1.1 O Antigo Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) 12

1.2 O Acordo Basiléia 12

1.3 O Novo Sistema de Pagamento Brasileiro 13

1.4 A Reforma do SPB e o Aumento da Restrição do Crédito 14

1.5 Compreensão do Risco do Ciclo de Crédito 15

1.5.1 O Efeito das políticas Monetárias sobre a Economia Real 15

1.5.2 Gestão de Riscos Massificados 16

CAPITULO II

Utilizando os Sistemas de Informação

2.1 Conquistando a Excelência Operacional e Relacionamento com os

Clientes 18

2.2 Os Sistemas Integrados Elevam a Eficiência Operacional 19

2.3 Trocas Comerciais mais Eficientes 20

2.4 Apoio à Tomada de Decisão 21

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CAPITULO III

A Influência da Tecnologia na Competitividade

3.1 A Tecnologia e a Vantagem Competitiva 25

3.2 A Tecnologia e a Concorrência 26

3.3 A Estratégia de Tecnologia 27

3.4 A Evolução Tecnológica e a Formulação da Estratégia 28

CAPITULO IV

Conquistando Vantagem Competitiva com os Sistemas de Informação

4.1 As Cinco Forças Competitivas e as Estratégias de Sistemas de

Informação.. 29

4.2 Cadeia e Rede de Valores 31

4.3 As Vantagens Estratégicas Competitivas 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

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INTRODUÇÃO

A necessidade de gerenciar efetivamente o mercado de crédito tornou

os sistemas de informação um grande aliado das instituições financeiras.

A reforma do Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) iniciada em 1995

influenciou o aumentou da restrição do crédito, pois existia a possibilidade de

uma crise financeira gerada por falhas no SPB.

Antes, em 1988, os bancos centrais dos países do G-10 ao redor do

mundo já se preocupavam com o problema que as variáveis econômicas

poderiam ocasionar no sistema financeiro global, e assim se reuniram para

firmar o Acordo Basiléia.

A reforma do SPB foi norteada pelo acordo Basiléia, que na sua primeira

fase buscou adequar o setor bancário para resolver os problemas de liquidez

das instituições financeiras públicas e privadas, e na sua segunda fase buscou

unificar e criar regras compatíveis com os ativos e riscos das operações

financeiras.

Mas qual é realmente o efeito das políticas monetárias sobre a economia

real? Há duas visões que respondem ao seu jeito essa resposta: a visão

monetária que defende que a as políticas monetárias afetam a demanda

agregada e o produto real através de mudanças induzidas na taxa de juros de

curto prazo, e a visão do crédito que acredita que nem todos os ativos

financeiros de origem bancária ou não são substitutos perfeitos, porém ambas

defendem que a economia real busca sempre um equilíbrio para se adequar

aos constantes choques das autoridades monetárias, e que além dos canais

tradicionais das políticas monetárias, elas afetam também a economia real

através do mercado de crédito.

As organizações financeiras e não financeiras lidam com o crédito

através de uma gestão de risco massificada, que utiliza diversos mecanismos

de gestão para utilização e controle do chamado ciclo de crédito, no qual busca

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o gerenciamento do risco na concessão de crédito aos seus clientes em suas

fases inter-relacionadas.

Para compreender a realidade do ciclo de crédito existem os indicadores

de gestão, que buscam compreender as variáveis de cada etapa do ciclo, que

somente por sistemas de informação é possível medir e avaliar cada etapa do

processo e o risco, que faz parte do negócio das organizações.

Os sistemas de informação com os seus aplicativos integrados são

utilizados para conquistar a excelência operacional e intimidade com os

clientes, integrando e coordenando as diversas funções e processos dos

negócios organizacionais.

Os novos modelos de negócios via comércio eletrônico e a concorrência

global exigem que as organizações acelerem o seu tempo de comercialização,

melhorem o seu atendimento ao cliente e se tornem mais eficientes. Essas

mudanças demandam novos sistemas, capazes de integrar os dados de todas

as partes da empresa e criar laços mais estreitos com os clientes, além de

coordenar as atividades organizacionais com os fornecedores e parceiro de

negócio.

A Internet torna as informações mais amplamente disponíveis, reduzindo

radicalmente os custos de criação, envio e armazenamento das informações.

As informações já não se limitam aos métodos físicos tradicionais, e à medida

que as informações se libertam dos canais de valor tradicionais, antigos

modelos de negócio sobrem um efeito perturbador, enquanto novos modelos

de negócio emergem.

Esse novo modelo de negócio trouxe novos sistemas de pagamento,

além do já conhecido cartão de crédito, participam ativamente novas

tecnologias, como a carteira digital, sistemas de pagamento de saldo devedor

acumulado e outros que tem como objetivo principal permitir a realização

completa dos negócios via Internet.

Como melhorar a tomada de decisão para tornar os negócios mais

eficientes? Os especialistas em sistemas de informação defendem que por

meio de sistemas integrados aliado à gestão de conhecimento é possível tomar

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decisões de maneira mais eficientes e trazendo assim benefícios reais à

empresa.

Os sistemas de apóio a decisão: Sistema Informações Gerenciais (SIG),

Sistema de Apoio à Decisão (SAD), os Sistemas de Apoio a Decisão em Grupo

(SADG) e os Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE), atrelados aos processos

decisórios trazem valor para empresa. Esses sistemas de apoio atuam

conforme os diferentes níveis da organização com necessidades diferentes de

informação e profissionais responsáveis por diferentes tipos de decisão.

Os sistemas de informação fazem parte das tecnologias que as

empresas investem para conquistar vantagem competitiva, tanto na

diferenciação quanto no custo. Essas tecnologias estão inseridas na cadeia de

valores dessas empresas, acirrando a concorrência e desempenhando um

papel importante na mudança estrutural das organizações.

Há uma ligação muito importante entre as transformações tecnológicas e

a vantagem competitiva, pois todas as mudanças na cadeia de valores de uma

empresa têm impactos competitivos consideráveis.

Os sistemas de informação são empregados em diversas atividades das

organizações, tais como: programação, controle, otimização, avaliação e outras

atividades que permitem o gerenciamento e interdependências de tecnologia

nas atividades de valor da empresa, trazendo vantagem competitiva quando

exerce um papel significativo na determinação do custo relativo ou da

diferenciação.

A estratégia de utilização de tecnologia é um ingrediente essencial na

estratégia competitiva geral de uma empresa. No entanto, esse foco

tecnológico deve ser consistente e atrelado com outras atividades de valor

atuantes.

É importante analisar a formulação da estratégia tecnológica como uma

arma competitiva e não uma curiosidade científica, na qual exerce influência

considerável na cadeia de valores es, e determina o foco que a empresa

atuará na vantagem competitiva em custo ou diferenciação.

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Para obter vantagem competitiva é necessário reconhecer que os

sistemas de informação são ferramentas essenciais para a formulação de uma

estratégia competitiva.

O modelo das cinco forças competitiva de Michael Porter é o modelo

mais usado para entender a vantagem competitiva, pois ele fornece uma visão

geral da empresa, dos seus concorrentes e do seu entorno.

O que uma empresa deve fazer ao deparar com todas essas forças

competitivas? É possível responder essa questão por meio das quatro

estratégias genéricas (liderança em custos, diferenciação de produto, foco em

nicho de mercado e intimidade com o cliente e o fornecedor), nas quais todas

se beneficiam dos sistemas de informação.

No modelo de cadeia de valores empresarial é realmente onde a

empresa implementa suas estratégias diretamente com foco em excelência

operacional ou em tecnologia da informação, tanto nas atividades primarias

quanto nas atividades de suporte.

Ao observar o modelo da cadeia de valores é possível visualizar como

os sistemas de informação podem auxiliar na interação mais eficiente com os

fornecedores, parceiros estratégicos e clientes. A vantagem competitiva

nascerá de sua capacidade de integrar a própria cadeia de valores com as

cadeias de valores dos parceiros de negócio.

A globalização cria uma importante oportunidade de utilização dos

sistemas de informação para coordenar o trabalho de diferente parte da

empresa em diferentes partes do mundo e ainda possibilitando uma conexão

mais próxima com os clientes e fornecedores.

Em praticamente todos os setores é possível encontrar empresas

saindo-se melhor do que as outras, por possuir algum tipo de vantagem

competitiva sobre as outras. Ou elas têm recursos especiais que as outras não

possuem, ou são capazes de usar os recursos disponíveis de maneira mais

eficiente.

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As empresas com vantagem competitiva ganham em crescimento de

receita, lucratividade ou crescimento da produtividade, fatores que, em última

instância, se traduzem e um valor no mercado acionário superior ao da

concorrência.

As empresas utilizam os sistemas de informação para desenvolver

estratégias competitivas e para tornar o processo operacional mais eficiente,

para isso elas focam as suas estratégias, geralmente, nos quatro principais

tipos de vantagens estratégicas utilizadas no mercado: barreiras de entrada,

controle de demanda, economia de escala e eficiência de processos.

As empresas devem maximizar suas operações de crédito através de

uma estratégia competitiva clara que busque a parceria com os fornecedores e

clientes, para que assim conquiste a vantagem competitiva perante aos seus

concorrentes.

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CAPITULO I

Compreensão do Mercado de Crédito

1.1 O Antigo Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)

O antigo SPB possibilitava uma crise financeira gerada por falhas de

pagamento do seu sistema.

Os principais riscos assumidos pelo Banco Central do Brasil (BACEN)

eram os riscos de crédito e liquidez por parte das instituições financeiras

participantes, pois as trocas interbancárias eram realizadas com liquidação

líquida ao final do dia, sem um controle sobre o saldo bancário das instituições.

O BACEN desempenhando o papel de mantedor do equilíbrio do SFN assumia

a responsabilidade de fornecer liquidez e crédito ao sistema, entretanto, essa

prática incentivava o comportamento de risco das instituições financeiras, esse

papel involuntário de mantedor das operações cursadas no SPB das

instituições financeiras e câmaras de compensação ocasionou vazamentos

monetários, pois os processos de recuperação da dívida das instituições

financeiras eram pouco eficientes, o que acarretou em fechamentos das

instituições devedoras e custo elevado ao Fisco.

1.2 O Acordo Basiléia

O problema que as variáveis econômicas poderiam ocasionar no

sistema financeiro global no final do século XX preocupava os bancos centrais

das economias mundiais, então em 1988 os países do G-10 firmaram o Acordo

Basiléia.

O Acordo Basiléia II, realizado em 2004 (fórum mantido pelo Banco de

Compensações Internacionais - BIS, em Basiléia, na Suíça) com os objetivos

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de promover a estabilidade financeira, fortalecer a estrutura de capital das

instituições, favorecer a adoção das melhores práticas de gestão de riscos e

estimular maior transparência e disciplina de mercado, possibilitou a discussão

de mudanças da regulamentação bancária predominantes nos países

participantes. Todavia, as regulamentações e supervisões bancárias são de

decisões domésticas, assim as decisões firmadas no acordo apenas geraram

recomendações influentes às economias mundiais, porém o Acordo se tornou,

o principal nivelador do “campo de jogo” das decisões e regulamentações por

parte dos bancos centrais das principais nações participantes da economia

global.

1.3 O Novo Sistema de Pagamento Brasileiro

O Acordo Basiléia em suas duas fases iniciais norteou a reforma do

Sistema de Pagamento Brasileiro, que buscou resolver os problemas de

liquidez das instituições financeiras públicas e privadas, e unificar e criar regras

compatíveis com os ativos e riscos das operações financeiras.

A criação de programas econômicos que auxiliaram bancos em

dificuldades; PROER (para as instituições privadas) e do PROES (para as

instituições públicas) deram suporte para a reestruturação do SFN, com isso,

iniciou-se o projeto para o novo SPB, cujas premissas eram: o gerenciamento

dos riscos sistêmicos; implantação dos sistemas de transferência de grandes

valores com liquidação em tempo real; alteração no regime operacional das

contas de reservas bancárias que passaram a ser monitoradas em tempo real.

O objetivo dessas inovações foi retirar do BACEN a responsabilidade

dos riscos de crédito, liquidez e fraude das transações entre as instituições

financeiras. Com isso, os riscos de fraude e operacional seriam minimizados,

tendo em vista que o novo SPB exigiu a modernização dos sistemas de

informação, trazendo mais agilidade, eficiência e segurança para o Banco

Central Brasileiro e as demais instituições participantes do Sistema de

Pagamento Brasileiro. Para o regulação dos riscos de crédito e liquidez o

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BACEN passou a ter controle automático do saldo disponível para transferência

entre as trocas das instituições financeiras detentoras de controle de reserva

bancária, ou seja não era mais permitidos transferências com saldo a

descoberto.

As chamadas clearings, câmaras de compensação, assumiram a

contraparte dos riscos das operações dos participantes do SPB, e nesse

sentido , buscaram instrumentos de gerenciamento de risco e mecanismos

contingenciais, tais como: exigência de garantias individuais e/ou coletivas;

estabelecimento de limites de exposições por participantes e/ou operações;

instituição de fundos de liquidez e/ou mútuos de solvência para atuação,

solidária ou não, em casos de falhas dos participantes, dentre outras medidas.

1.4 A Reforma do SPB e o Aumento da Restrição do Crédito

A reforma do SPB exigiu limites mínimos de capital e patrimônio líquidos

para as instituições financeiras participantes do seu sistema. Antes, o Banco

Central era o responsável direto para evitar falhas nos processos de

transferência da dívida de pagamento. Com a criação do PROER, do PROES e

das câmaras de compensação as instituições financeiras ficaram proibidas de

operar a descoberto e por isso, elas passaram a adotar regras mais rígidas de

concessão de crédito baseadas no seu patrimônio líquido e dos seus ativos.

Para o estabelecimento de uma política de crédito eficiente, as

instituições devem trabalhar com a interação entre as variáveis nominais do

Sistema Financeiro Nacional com as variáveis do lado real da economia. O

canal de volume de crédito é afetado diretamente pelas políticas monetárias,

tendo em vista que as decisões estipuladas pelo BACEN são cruciais para a

oferta de crédito no mercado.

.

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1.5 Compreensão do Risco do Crédito

1.5.1 O Efeito das Políticas Monetárias sobre a Economia Real

Segundo Bernanke e Blinder (1992), dois temas têm ocupado as

pesquisas em economia monetária. O primeiro tema: os efeitos da política

monetária sobre a economia real e o segundo tema: canais de transmissão

monetária. Com relação ao primeiro tema, os fatos que a correlação entre o

crescimento da moeda e a taxa de inflação é um e a correlação entre o

crescimento monetário e o crescimento do produto real resultando em zero

chamam atenção do efeito das políticas monetária, e que os choques

monetários exógenos produzem efeito no produto real, com picos ocorrendo a

cada dois ou três anos após o choque monetário. O Segundo tema: duas

visões dominam as pesquisas em economia monetária; a visão monetária

defende que as políticas monetárias afetam a demanda agregada e o produto

real através de mudanças induzidas na taxa de juros de curto prazo, que por

sua vez, influenciam diretamente no custo do capital, e com isso, influencia nas

decisões de investimento e dispêndio agregado; e, segundo Souza (2003), a

visão do crédito é mais completa do que a visão monetária, pois os modelos

macroeconômicos analisam apenas dois ativos: moeda e título, esse último

engloba os demais ativos, que na visão monetária os considera esses ativos

financeiro como substitutos perfeitos, classificação que não pode se aplicada a

todos os ativos financeiros.

A visão do crédito sugere a existência de dois canais de crédito distintos,

o broad credit channel e o bank lending channel. O primeiro reúne uma

definição mais geral para o canal de crédito, pois considera que todas as fontes

de financiamento externas, incluindo os créditos bancários, são substitutas

imperfeitas para fundos internos – geração de caixa de lucros retidos. O

segundo é um caso particular do broad credit channel, ele enfatiza apenas as

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fontes de financiamento de origem de créditos bancários para a transmissão da

política monetária.

A avaliação completa sobre os canais de crédito define quais são os

impactos das políticas monetárias nos canais de crédito, e como isso afeta a

economia real, a partir da análise da oferta de crédito e da reação dos

demandantes de recursos externos ao choques monetários.

A compreensão dos ciclos econômicos enriquece o conjunto de

informações da autoridade monetária. Além dos impactos através do canal

monetário ou do canal da taxas de juros, a política monetária afeta a economia

real por via do mercado de credito.

1.5.2 A Gestão de Riscos Massificados

Segundo Manfio (2007), a gestão de riscos massificados gerencia os

conceitos básicos de gestão atuarial, risco e recompensa, decisões objetivas,

testes e pilotos, qualidade de dados e informações, treinamento e processos,

que buscam o controle do chamado “ciclo de crédito”.

O ciclo de crédito é dividido nas seguintes fases: planejamento do

produto, iniciação ao crédito, manutenção de contas, cobrança e perda de

crédito. Essas fases em conjunto permitem ao gestor o planejamento e

desenho do crédito participando intensamente entre distintas áreas, além da

gestão de risco, marketing e sistema de informações. O planejamento parte da

premissa básica implícita de um acordo preestabelecido deve estar atrelado à

expectativa de risco compreendida e dentro da expectativa de retorno que a

empresa definiu para aquele produto. Ao conceder o crédito a empresa inicia

um relacionamento com o seu cliente, porém esse relacionamento apresenta

um grau de risco que deve ser considerado, compreendido e dimensionado,

mas não perdendo o foco de atender as necessidades do cliente.

A empresa deve manter o cliente satisfeito e lucrativo durante todo o

ciclo de concessão do crédito e posterior venda, porém quando o cliente

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“quebra” esse acordo, ela deve atuar de forma eficiente para recuperar o

montante devido.

Segundo Manfio (2007), o risco é necessário para expansão do negócio

da empresa, e todas as etapas do ciclo de crédito estão interligadas para

compreensão e transformação da realidade em conhecimento tangível. Com os

indicadores de gestão é possíveis essa compreensão, e cada decisão e reação

do cliente é dimensionada, nessa parte, entram o Sistema de Informações

Gerenciais para medir e avaliar as etapas do ciclo.

A avaliação objetiva dos sistemas de informação traz segurança e

conhecimento e é enriquecida com avaliação subjetivas do gestores aplicadas

no momento certo. O risco faz parte do negócio, e por isso se torna bem claro

quando é incorporado dentro do ciclo de crédito e no contexto do negócio.

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CAPITULO II

Utilizando os Sistemas de Informação

2.1 Conquistando a Excelência Operacional e relacionamento com

os Clientes

Os sistemas de informação com os seus aplicativos integrados são

utilizados para conquistar a excelência operacional e estreitar o relacionamento

com os clientes, integrando e coordenando as diversas funções e processos

dos negócios organizacionais.

Segundo Laudon (2007), para conquistar a excelência operacional e

intimidade com os clientes, é necessário investir em aplicativos integrados para

integrar e coordenar as diversas funções e processos de negócios

organizacionais. Os aplicativos integrados são responsáveis em quantificar os

dados das diversas áreas da empresa tornando possível qualificar as

informações essenciais para as tomadas de decisão dos diversos níveis da

empresa.

O comércio eletrônico e a concorrência global exigem que as empresas

acelerem o seu tempo de comercialização, melhorem o atendimento ao cliente

e se tornem mais eficientes aos tradicionais e novos negócios.

As mudanças demandam por sua vez novos sistemas, capazes de

integrar os dados advindos dos diversos setores organizacionais e criar laços

mais estreitos com o seus clientes, além de coordenar e gerar um ambiente de

ganho mútuo com os fornecedores e outros parceiro de negócio.

Na área de economia e finanças ou contabilidade, os sistemas de

planejamento de recursos empresarias com módulo financeiro permitem a

integração das informações financeiras com as áreas de produção, marketing e

venda (relacionamento com o cliente). Na gestão de operações e prestação de

serviços, o sistema de gerenciamento da cadeia de suprimentos permite a

prestação de serviços aos clientes de maneira mais veloz e precisa a um custo

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mais baixo. Na área de vendas e marketing os sistemas de gerenciamento com

o cliente permitem o planejamento de campanhas de marketing, implantando

atividades de vendas cruzada, identificando os clientes mais lucrativos, através

de indicadores de venda, permitindo a administração e aperfeiçoamento do

atendimento ao cliente.

2.2 Os Sistemas Integrados Elevam a Eficiência Operacional

Os sistemas integrados utilizados para conquistar a excelência

operacional e intimidade com os clientes, refletem as melhores práticas e

soluções ou métodos de resolução de problemas mais bem sucedidos de

conquista de vantagem competitiva. Eles elevam a eficiência operacional

fornecendo informações sobre a empresa em sua totalidade, trazendo assim

valor à empresa, no momento que auxilia os gestores a tomarem as melhores

e mais eficientes decisões.

Segundo Laudon (2007), os sistemas integrados contém ferramentas

analíticas que utilizam os dados capturados para avaliação do desempenho

organizacional. Os dados dos sistemas de informação integrados têm

definições e formatos comuns padronizados e aceitos por todas os sistemas da

organização. As empresas percebem que o relacionamento com o cliente é um

ativo valioso da empresa, e que é necessário lidar com os clientes de forma

mais personalizada possível, para que seus bons cliente se sintam especiais, e

para isso entram em cena os Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento

com o Cliente (Customer relationship Management – CRM) , que oferecem

uma visão única dos clientes e respondem as principais dúvidas das

organizações, tais como: Qual o risco na concessão de crédito ao cliente? Qual

o valor ao longo do tempo do cliente? Quem são os clientes mais lucrativos e

fiéis? E o que esses clientes querem comprar?

Os sistemas integrados ajudam a conquistar a excelência operacional ao

integrar e coordenar as diversas funções os processos de negócios da

empresa, atrelado aos sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos

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que coordenam o planejamento, a produção e a logísticas com os fornecedores

e complementado com os sistemas de relacionamento com o cliente que

integra todos as informações dos clientes e as tornam disponíveis para os

gestores da empresa.

2.3 Trocas Comerciais Mais Eficientes

A evolução dos modelos de negócios via comércio eletrônico, atrelado

ao desenvolvimento surpreendente da concorrência global, forçam as

organizações a acelerarem o seu tempo de comercialização e atendimento ao

cliente. As empresas buscam as plataformas de comércio eletrônico para

ganharem vantagem competitiva em suas áreas, valendo da antecipação das

tendências eletrônicas para se diferenciar e ganhar mercado, além de

conquistar excelência operacional e intimidade com o cliente.

As instituições financeiras cada vez mais buscam para o seu modelo de

negócios meios de acesso e pagamentos via internet com confiabilidade e

segurança.

Segundo Laudon (2007), a primeira onda do comércio eletrônico

transformou os livros, músicas e viagens aéreas. Na segunda onda, oito novos

setores estão enfrentando um cenário de transformação parecido: telefonia,

filmes, televisão, jóias, imóveis, hotéis, pagamento de contas e software.

Os meios de conexão sem fio à internet (wi-fi, wi-max e telefonia móvel

3G) crescem rapidamente e tornam possível a realização de transações

comerciais em ambientes diversos. Atrelados a isso, os preços de

componentes de informática e de rede continuam a cair vertiginosamente.

Esse novo modelo de negócio trouxe novos sistemas de pagamento,

além do já conhecido cartão de crédito, participam ativamente novas

tecnologias, como a carteira digital, sistemas de pagamento de saldo devedor

acumulado e outros que tem como objetivo principal permitir a realização

completa dos negócios via Internet.

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As informações se tornaram algo mais amplo e palpável, pois com a

internet o custo de criar, enviar e armazenar informações se tornou muito mais

acessível. A internet criou um ambiente já não mais limitado aos meios de

divulgação tradicionais, que vêm se tornando dispensáveis ou pouco

econômicos.

A internet ajuda as empresas a criar e capturar lucros em novos meios

transacionais, agregando valor extra aos produtos e serviços existentes ou

provendo fundações para novos produtos e serviços.

2.4 Apoio à Tomada de Decisão

Os especialistas em sistemas de informação defendem que por meio

de sistemas integrados aliado à gestão de conhecimento é possível tomar

decisões de maneira mais eficientes e trazendo assim benefícios reais à

empresa.

Segundo Laudon (2007), existem diferentes tipos de decisão e

processos de tomada de decisão. Na busca de tomadas de decisões de

maneira mais eficientes para trazer benefícios reais para empresa, os gestores

passam a utilizar sistemas integrados, aliados aos sistemas de gestão de

conhecimento para conquistar tal objetivo.

Os diversos modelos de análise de dados tentam maximizar as variáveis

internas e externas do negócio da empresa, tais como: o valor do investimento

organizacional, considerando custos de fabricação e frete, taxas de importação

e exportação, salários locais, câmbio, impostos e o custo do capital. Esses

modelos desenvolvidos buscam aperfeiçoar tais recursos, simulando variáveis

importantes que combinam vários resultados com os resultados financeiros da

empresa e trazendo soluções robustas condizentes com a realidade da

organização e do seu ambiente, com isso, ajudam a operar com mais

eficiência, reduzindo custo e aumentando a capacidade de reação aos clientes

e aos mercados.

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Até a década passada, a maioria dos gestores e funcionários operava

suas atividades sem uma base de informação e conhecimento sólido sobre

suas atividades, eles tomavam decisões baseadas em sentimentos balizados

pela experiência sobre as atividades, cometendo erros dispendiosos para a

saúde financeira da empresa.

O processo de tomada de decisão atrelado aos sistemas de apoio a

decisão: Sistema de Informações Gerenciais (SIG), os sistemas de apoio à

Decisão (SAD), os sistemas de apoio à decisão em grupo (SADG) e os

sistemas de apoio ao executivo (SAE) e por fim os sistemas para gestão do

conhecimento que trazem valor para a empresa. Existem diferentes níveis em

uma organização, cada um desses níveis tem diferentes necessidades de

informação para apoiar suas decisões com gestores responsáveis por

diferentes tipos de decisão.

As decisões podem ser classificadas em estruturadas, semi-estruturadas

e não estruturadas. As decisões não estruturadas são aquelas que o

responsável pela tomada de decisão deve usar o bom senso, sua capacidade

de avaliação e sua perspicácia na resolução do problema. Cada uma dessas

decisões é inusitada, importante e não rotineira, e não há procedimentos bem

compreendidos ou predefinidos para tomá-las. Decisões estruturadas, ao

contrário, são repetitivas e rotineiras e envolvem procedimentos predefinidos,

de modo que não precisam ser tratadas como se fossem novas. Algumas

decisões têm características dos dois tipos precedentes, por isso são

chamadas de semi-estruturadas, nesse caso apenas partes do problema tem

uma resposta clara e precisa dada por um procedimento aceito. Em geral,

decisões estruturadas são mais corriqueiras nos níveis organizacionais mais

baixos, enquanto problemas não-estruturados são mais comuns nos níveis

mais altos da empresa, a figura seguinte apresenta essa relação:

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Muitas vezes, um representante de vendas precisa tomar decisões

quanto a ampliar o limite de crédito de um cliente e por isso consulta o banco

de dados da empresa que contem informações de crédito e critérios pré-

estabelecidos condicionantes da concessão.

Os Sistemas de informações Gerenciais (SIG) apóiam os gerentes no

monitoramento e controle dos negócios, fornecendo informações sobre o seu

desempenho. Esses sistemas produzem relatórios fixos, programados

conforme periodicidade definida com base em dados extraídos e resumidos

dos sistemas subjacentes. Enquanto os SIG´s abordam primordialmente

problemas estruturados, os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), são utilizados

para resolução de problemas semi-estruturados e não-estruturados, sua

capacidade de análise baseia-se em teorias ou modelos bem fundamentados,

combinados com uma boa interface para o usuário, apoiando o gestor na

tomada de decisão por permitir a extração de informações conforme

necessidade existente. Para uma visão mais geral do desempenho da empresa

são utilizados os Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE), que auxiliam na

resolução de problemas não-estruturados e semi-estruturados, que através de

ferramentas Web, sistemas de comunicação e recursos gráficos, permite ao

gestor modelar como quiser os dados que necessite, fornecendo um panorama

único de todas as medidas e informações essenciais para a tomada de decisão

executiva. Para as decisões em conjunto, são utilizados os Sistemas de Apoio

à Decisão em Grupo (SADG), com um escopo interativo para resolução de

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problemas não-estruturados, por profissionais que tomam decisões em

conjunto no mesmo lugar ou não, através de ferramentas e tecnologias

moldadas para tomada de decisão em grupo numa atmosfera colaborativa e

seqüencial.

Segundo Laudon (2007), o processo de tomada de decisão consiste em

diferentes atividades, divididos em quatro diferentes estágios: inteligência,

concepção, seleção e implementação. A Inteligência consiste em descobrir,

identificar e entender os problemas que estão ocorrendo na organização : por

que existe um problema, onde ele está e qual o seu efeito. A concepção

envolve a identificação e investigação das várias soluções possíveis para o

problema. A seleção consiste em escolher uma das alternativas de solução. A

implementação da solução envolve fazer a alternativa escolhida funcionar e

continuar a monitorar em que medidas ela está funcionando. A precisão é uma

dimensão importante da qualidade, em geral, consideramos as melhores as

decisões que refletem de maneira mais precisa os dados do mundo real. A

velocidade é outra dimensão, tendemos a supor que o processo de tomada de

decisão deve ser eficiente, mas também rápido, e existem outras dimensões

que dependerão da atuação da empresa. A figura seguinte representa os

processos cognitivos para tomada de decisão:

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CAPITULO III

A Influência da Tecnologia na Competitividade

3.1 A Tecnologia e a Vantagem Competitiva

A tecnologia é um componente importante na cadeia de valores de uma

empresa, pois desempenha um papel importante na determinação da

vantagem competitiva, tanto no nível da diferenciação quanto no custo em sua

participação no mercado

Segundo Porter (1985), a transformação tecnológica é um dos principais

condutores da concorrência, pois desempenha um papel importante na

mudança estrutural de uma empresa. Ela também é um grande equalizador ao

acabar com a vantagem competitiva até mesmo de empresas bem fortificadas.

De todas as premissas que podem modificar as regras da concorrência,

a transformação tecnológica figura entre as mais proeminentes, no entanto, a

relação entre transformação tecnológica e concorrência é muito mal entendida.

A transformação tecnológica costuma ser considerada por si só valiosa,

pois qualquer modificação tecnológica que uma empresa passe é considerada

boa. Isso é visto no sucesso que diversas empresas em diferentes setores

obtêm em suas estratégias competitivas atuantes no mercado, sendo grande

parte baseado em inovação tecnológica, que encorajam diversas companhias a

investirem ainda mais em tecnologia.

A transformação tecnológica não é por si só importante, mas é

importante se afetar a vantagem competitiva e a estrutura empresarial, e ainda,

nem todas as transformações tecnológicas são estrategicamente benéficas,

pois a alta tecnologia não garante rentabilidade. Porém a tecnologia penetra na

cadeia de valores da uma empresa e extrapola as tecnologias associadas

diretamente ao produto.

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Não existe de fato uma empresa de baixa tecnologia, além disso, muitas

inovações importantes para a obtenção de vantagem são comuns e não

envolvem nenhuma ruptura científica. A inovação pode ter importantes

implicações estratégicas para companhias de baixa e de alta tecnologia.

Existem ligações importantes entre transformação tecnológica e

vantagem competitiva, sendo assim, é importante buscar maneiras de

reconhecer e explorar a importância competitiva das transformações

tecnológicas, pois seu envolvimento na cadeia de valores de uma empresa

têm impactos competitivos em potencial.

3.2 A Tecnologia e a Concorrência

A tecnologia é importante na disputa com a concorrência se ela afetar de

alguma forma a vantagem competitiva de uma empresa e a sua estrutura

empresarial.

A cadeia de valores é o instrumento básico para compreensão do papel

da tecnologia na vantagem competitiva, pois a tecnologia está contida em

todas as atividades de valor de uma empresa, afetando assim a disputa com a

concorrência pelo impacto sobre quase todas as atividades da empresa.

Cada atividade de valor emprega alguma tecnologia para combinar

insumos adquiridos com os recursos humanos existentes, com o objetivo de

produzir algum produto ou serviço final.

A tecnologia dos sistemas de informação é particularmente penetrante

na cadeia de valores, visto que cada atividade de valor cria e utiliza

informações. Os sistemas de informação são empregados em programação,

controle, otimização, avaliação e em outras atividades de valor, que são

utilizadas para a conquista da vantagem competitiva, em seu papel significativo

na determinação da posição do custo relativo ou da diferenciação.

Uma empresa que consegue descobrir uma tecnologia melhor que

resulta numa vantagem sobre o seu concorrente, e que consiga gerenciar as

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mudanças comuns no modo com uma empresa executa suas atividades ou

combina as tecnologias existentes em geral, cria base e fundamentos que

sustentam a sua vantagem competitiva no mercado. Além disso, as

transformações tecnológicas são determinantes na criação de barreiras de

entrada, dificultando a participação de novas empresas em seu mercado, e

também muda a relação de negociação entre uma empresa e seus

compradores, assim como com seus fornecedores.

3.3 A Estratégia de Tecnologia

A estratégia de tecnologia é o método de uma empresa para o

desenvolvimento e uso da tecnologia. Embora ela abranja o papel da

organização de P&D, também deve ser mais ampla devido ao impacto

penetrante sobre a cadeia de valores. Ela é um dos elementos da estratégia

competitiva em geral, e deve ser convergente com as diretrizes gerais da

empresa, reforçando assim as escolhas organizacionais nas diversas

atividades de valor da empresa.

A escolha das tecnologias a serem desenvolvidas deve ser orientada

àquelas que prestem a maior contribuição para a estratégia genérica de uma

empresa,.

A seleção de tecnologias específicas na cadeia de valores é governada

pela ligação entre a transformação tecnológica e vantagem competitiva. Uma

empresa deve concentrar-se nas tecnologias com maior impacto sustentável

sobre o custo de diferenciação, diretamente ou cumprindo a diretrizes básicas

da vantagem competitiva.

O Custo do aperfeiçoamento da tecnologia deve ser comparado ao seu

benefício, bem com probabilidade de obter aperfeiçoamento. Além disso, a

estratégia em tecnologia deve ser algo bem estabelecido na estratégia geral da

empresa, e como premissa, ela deve decidir em ser a pioneira em inovações

ou ser do tipo de empresa que aguarda as inovações dos seus concorrentes,

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pois a decisão de se tornar um líder tecnológico ou um seguidor é crucial para

alcançar baixo custo ou diferenciação conforme estratégia da empresa.

3.4 A Evolução Tecnológica e a Formulação da Estratégia

Segundo Porter (1985), como a transformação tecnológica tem um papel

importante na relação com a concorrência, é de extrema importância prever a

trajetória da evolução tecnológica, para que assim a empresa possa antecipar

as transformações tecnológicas e ganhar posição de destaque no mercado.

A maior parte da pesquisa sobre o modo como a tecnologia evolui em

uma empresa teve sua origem no ciclo de vida do produto ou serviço, de

acordo com esse modelo, as transformações tecnológicas estão concentradas

em inovações no início do ciclo de vida do produto ou serviço. Com o

amadurecimento, os projetos começam a modificar mais lentamente e as

técnicas de execução em massa são introduzidas.

As empresas aprendem sobre o projeto do produto ou serviço e sobre

como executar várias atividades de valor no decorrer do tempo com as

mudanças resultantes da tecnologia empregada, reduzindo assim as

incertezas. Existem pressões naturais do sentido da padronização a medida

que elas aprendem mais sobre o que os compradores desejam.

A evolução tecnológica resulta da interação de uma serie de forças que

buscam maximizar os recursos existentes da empresa, fornecendo assim

atividades de valor para a organização.

A formulação da estratégia em tecnologia deve ser por meio de etapas

analíticas para transformar a tecnologia em uma arma competitiva e não uma

curiosidade científica, e para isso ela necessita focar na sua inserção na cadeia

de valores de uma empresa, para identificar as tecnologias potencialmente

relevantes, além de ter que projetar as prováveis transformações tecnológicas,

e determinar as mais significativas para a vantagem competitiva.

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CAPITULO IV

Conquistando Vantagem Competitiva com os Sistemas de Informação

4.1 As Cinco Forças Competitivas e as Estratégias de Sistema de

Informação

Segundo Laudon (2007), o modelo das cinco forças de Michael Porter é

o mais usado para entender a vantagem competitiva, pois esse modelo fornece

uma visão geral da empresa, dos seus concorrentes e do seu entorno. Nesse

conceituado modelo, Porter baseia-se fundamentalmente no ambiente de

negócio em que a empresa se insere, e as cinco forças são determinanteS no

destino da empresa. Na figura abaixo é possível observar o modelo das cinco

forças.

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Todas as empresas dividem o mercado com concorrentes que

continuamente planejam novos e mais eficientes modos de produção, além de

introduzir novos produtos e serviços e tentam atrair os consumidores de

maneiras diversas, seja pelo desenvolvimento de suas marcar, seja pela

imposição de custos de mudanças;

Os novos entrantes no mercado: Novas empresas estão o tempo todo

entrando no mercado, em algum setores, as barreiras de entrada são muito

tênues, enquanto em outros é elas são bastantes difíceis de serem superadas;

Os produtos e serviços substitutos: novas tecnologias estão o tempo

todo criando novos substitutos, e ainda, quanto mais produtos e serviços

substitutos houver em um setor, menos controle sobre o preço é possível ter e

menores serão as margens de lucro;

Os clientes: A lucratividade da empresa, em grande parte, da sua

capacidade e habilidade de atrair e reter clientes, além de mantê-los distantes

da concorrência, e de cobrar preços considerados justos pelos clientes;

Os fornecedores: quanto mais fornecedores tiver uma empresa, maior

controle ele exercerá sobre eles em termos de preço, qualidade e prazo de

entrega.

As estratégias de sistemas de informação que lidam com as cinco forças

competitivas são utilizadas conforme a necessidade e variam conforme a

estratégia geral estipulada pela alta gestão da empresa em liderança de

custos, diferenciação de produto, foco em nicho de mercado e intimidade com

os clientes e os fornecedores.

Os sistemas são utilizados para alcançar baixos custos operacionais e

os menores preços, para isso a empresa deve desenvolver sistemas que

possibilitem uma relação de parceria com seus fornecedores, isso permite a

redução no custo de manutenção de grandes estoques de mercadorias, e

mantém assim os custos de produção mais baixos.

Os sistemas de informação são também utilizados para criação de novos

produtos e serviços com mais valor significativo e mais conveniente que os

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produtos tradicionais, gerando serviços novos e únicos, além de permitir novas

formas de pagamento, para isso, a empresa deve buscar constantes inovações

a fim de possibilitar a prestação de serviços e produtos que ajustado

precisamente conforme as necessidades individuais dos seus clientes.

Os SIG´s são utilizados ainda para identificar e estabelecer um foco de

mercado específico, permitindo a empresa atender ao seu mercado melhor que

a sua concorrência, através de informações que apóiem as estratégias

competitivas de vendas e marketing, áreas nas quais tratam a informação

como uma mina de recursos que a empresa pode explorar para aumentar a

sua lucratividade e penetração no mercado.

Para estreitar os laços com os fornecedores e aumentar a proximidade

com os clientes, além de retê-los, os SIG’s devem apoiar a empresa para que

ela se torne uma máquina enxuta e ágil, capaz de responder imediatamente

aos prazos e encomendas dos clientes.

Implementar qualquer uma das estratégias mencionadas acima não é

tarefa fácil, mas com o auxílio dos sistemas de informação é possível

implementá-las conforme a necessidade e estratégia geral. Quando

implementada com eficiência, com uma coordenação precisa da tecnologia,

com a organização e pessoas, permitem que a empresa conquistem a

vantagem competitiva essencial para a sua sobrevivência no mercado.

4.2 Cadeia e Rede de Valores

Segundo Porter (1985), o modelo da cadeia de valores empresarial diz

respeito ao que realmente a empresa deve fazer e onde a estratégia

empresarial deve atuar diretamente com foco em excelência operacional ou em

tecnologia desenvolvida pelos sistemas de informação. O modelo destaca as

atividades específicas da empresa, nas quais as estratégias competitivas são

melhores aplicadas e os sistemas de informação causarão maior impacto.

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A cadeia de valores identifica os pontos de alavancagem específicos e

críticos nos quais a empresa pode utilizar a tecnologia da informação mais

efetivamente para realçar sua posição competitiva. O modelo enxerga a

empresa com uma série de atividades básicas que agregam valor aos produtos

e serviços, e classifica essas atividades em atividades primárias ou atividades

de suporte.

As atividades primárias estão diretamente relacionadas com a produção

e distribuição dos produtos e serviços da empresa que criam valor para o

cliente. Nelas estão incluídas as atividades de logística de suprimento,

operações logísticas de distribuição, vendas e marketing e serviço.

Enquanto as atividades de suporte, possibilitam a realização das

atividades primarias. Consistem na infra-estrutura da organização

(administração e gerenciamento), recursos humanos (recrutamento,

contratação e capacitação de funcionários), tecnologia (melhoria de produtos e

dos processos de produção) e seleção de fornecedores (compra de insumos).

Através de uma avaliação crítica no desempenho das atividades

agregadoras na cadeia de valores é possível usar os sistemas de informação

para melhorar a eficiência operacional e o relacionamento com os clientes e

fornecedores.

Ampliando a cadeia de valores , é possível verificar um vínculo com as

cadeias de valor dos fornecedores, distribuidores e clientes. Essa relação gera

um ambiente de cooperação com as empresas participantes da cadeia

produtiva, no qual a tecnologia da informação é utilizada para desenvolver

padrões válidos em todo o setor.

Os sistemas de informação permitem mais interação com os parceiros

estratégicos e clientes, cuja vantagem estratégica nascerá de sua capacidade

de integrar a própria cadeia de valores com as cadeias de valores dos

parceiros.

Segundo Laudon (2007), a tecnologia da internet torna possível a

criação de cadeia de valores setoriais altamente sincronizadas – as chamadas

redes de valor. Uma rede de valor é um conjunto de empresas independentes

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que utilizam a tecnologia da informação para coordenar suas cadeias de

valores e fabricar um produto ou prestar um serviço coletivamente no

mercado. Esse modelo é mais orientado e opera de maneira menos linear que

a cadeia de valores tradicional ao sincronizar os processos de negócios dos

clientes, fornecedores e parceiros comerciais entre diferentes empresa de

setores relacionados.

Essas redes de valor são flexíveis e adaptáveis às mudanças no

fornecimento e na demanda. Assim, as empresas podem diminuir o tempo para

chegar ao mercado e aos clientes otimizando os relacionamentos de rede de

valor para tomar decisões rápidas sobre quem pode entregar os produtos e

serviços requisitados no local correto ao preço correto.

4.3 As Vantagens Estratégicas Competitivas

Segundo Laudon (2007), as empresas utilizam os sistemas de

informação para desenvolver estratégias competitivas e para tornar o processo

operacional mais eficiente, para isso elas focam as suas estratégias,

geralmente, nos quatro principais tipos de vantagens estratégicas utilizadas no

mercado: barreiras de entrada, controle de demanda, economia de escala e

eficiência de processos.

As barreiras de entrada restringem a oferta e tem como essência a

criação de características no negócio que dificultam a entrada de novos

concorrentes, e isso, possibilita a estipulação de preços altos para os clientes

sem muita opção no mercado.

O controle da demanda é conquistado por empresas que têm marcas

poderosas e usam têm clientes que usam os seus produtos por considerarem

que a marca tem uma qualidade superior, possibilitando assim o controle da

demanda.

A economia de escala busca controlar os custos das operações e ainda

torná-los mais eficientes ao controlar todas as informações.

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A eficiência de processos consegue criar processos de serviços e

produção mais eficientes, seja como base em um conhecimento especial, seja

simplesmente pela habilidade superior para implantar novas tecnologias.

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CONCLUSÃO

Através do presente trabalho relembramos o processo das reformas

ocorridas no Sistema Financeiro Nacional, que trouxeram uma maior confiança

para a economia brasileira ao garantir as transações entre as instituições

financeiras. Entretanto, essas reformas aumentaram a restrição ao crédito.

As modificações seguiram as diretrizes das duas fases do Acordo

Basiléia, que defendiam o uso de sistemas de informação para um controle

eficiente dessas transações. Essas diretrizes seguiam o modelo de formulação

de estratégias com ênfase em tecnologia.

Conceituamos as diversas estratégias em tecnologias, atrelado aos

conceitos das forças competitivas e cadeia de valores que atuam fortemente na

gestão do risco de crédito.

Concluímos que o momento da definição das estratégias é um momento

crucial, no qual os gestores utilizam os sistemas integrados de apoio a decisão

para auxiliar no processo cognitivo da formulação dessas diretrizes, que

necessitam ter em seu escopo um presença significativa de tecnologia. Esses

fatores permitem que as empresas atuem de forma eficiente perante as forças

competitivas, e com isso, seja possível conquistar a vantagem competitiva.

As empresas devem maximizar suas operações de crédito através de

estratégias competitivas claras que busquem parcerias com os fornecedores e

clientes através da cadeia de valores em rede, e assim, conquistar a

vantagem competitiva perante aos seus concorrentes.

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