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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS – GRADUAÇÃO “LATU SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE Francisca Aurélia Oliveira do Nascimento A VIABILIDADE DO P ACIENTE DE HOME CARE EM SAUDE SUPLEMENTAR ORIENTADOR: Professor Clovis Ricardo Monteiro de Lima RIO DE JANEIRO 2006

A VIABILIDADE DO PACIENTE DE HOME CARE EM SAUDE … AURÉLIA OLIVEIRA DO NASCIMENTO... · Este tipo de estudo foi escolhido, através de pesquisas e dados obtidos em campo de trabalho,

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS – GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Francisca Aurélia Oliveira do Nascimento

A VIABILIDADE DO PACIENTE DE HOME CARE EM

SAUDE SUPLEMENTAR

ORIENTADOR: Professor Clovis Ricardo Monteiro de Lima

RIO DE JANEIRO

2006

Page 2: A VIABILIDADE DO PACIENTE DE HOME CARE EM SAUDE … AURÉLIA OLIVEIRA DO NASCIMENTO... · Este tipo de estudo foi escolhido, através de pesquisas e dados obtidos em campo de trabalho,

2UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS – GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A VIABILIDADE DO PACIENTE DE HOME CARE EM

SAUDE SUPLEMENTAR

Francisca Aurélia Oliveira do Nascimento

Projeto de pesquisa atende a

complementação didática pedagógico da

produção de monografia, para o curso de

pós-graduação de administração em

saúde.

RIO DE JANEIRO

2006

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AGRADECIMENTOS

1. Aos professores

2. Aos meus amigos

3. E a todas as pessoas que diretamente ou indiretamente contribuíram para

esse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos aqueles

que contribuíram para que o mesmo

desse certo.

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RESUMO

O objetivo deste estudo para a conclusão do curso de pós-graduação

em administração saúde foi demonstrar as vantagens da assistência domiciliar

em saúde suplementar. A fim de aumentar a adesão das operadoras para a

desospitalização de pacientes com indicação de continuidade da assistência

possível em domicilio, comprovando a viabilidade econômica desta

modalidade. Para tanto optei pela abordagem descritiva qualitativa envolvendo

pesquisa de custos em campo para demonstrar a viabilidade desta modalidade

tanto para as operadoras quanto para os pacientes.

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METODOLOGIA

Esta é uma pesquisa que teve um desenvolvimento metodológico

através de um estudo descritivo, e para tanto a abordagem foi de natureza

qualitativa e quantitativa.

Este tipo de estudo foi escolhido, através de pesquisas e dados obtidos

em campo de trabalho, relacionados com Assistência Domiciliar/

Hospitalização.

A opção pela pesquisa qualitativa revela-se a mais adequada pois

explica os meandros das relações sociais consideradas essência e resultado

da atividade humana criadora, afetiva e racional que pode ser aprendida

através do cotidiano, da vivencia e da explicação do senso comum( Minayo

1994,p.11).Tendo como objetivo correlacionar custos e pesquisar sobre o

assunto em diversas fontes existentes para este tema. A coleta de dados foi

obtida junto a operadoras de planos de saúde e medicina de grupo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................8

CAPITULO I.......................................................................................................11

Suporte teórico...................................................................................................11

Regulamentação do Atendimento Domiciliar.....................................................14

Certificação uma ferramenta de gestão em Assistência Domiciliar...................15

CONCLUSÃO....................................................................................................17

ANEXO 1...........................................................................................................18

Gráfico...............................................................................................................18

ANEXO 2...........................................................................................................19

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária....................................19

Referencias Bibliográficas.................................................................................29

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INTRODUÇÃO

Na prática de enfermagem pude evidenciar a problemática envolvendo

a liberação de pacientes hospitalizados para internação domiciliar por parte das

operadoras de planos de saúde. “Esta internação em domicilio leva toda

estrutura de um hospital até a casa do paciente, reduzindo os riscos de

infecção hospitalar e os efeitos psicológicos negativos da hospitalização, além

de oferecer menor tempo de recuperação, reduzindo assim os custos com

relação à internação hospitalar”... (Home Care Brasil, 2006,13)

O resultado positivo é creditado aos diversos benefícios desta

modalidade médica, tanto para os pacientes como para hospitais, seguradoras

e operadoras dos planos de saúde. Para os pacientes, a Assistência Domiciliar

proporciona a personalização e humanização, com o retorno da figura do

médico de família. Este processo diminui o tempo de tratamento e as chances

de complicações. Ministério da Saúde brasileiro informa que atualmente 13%

dos pacientes internados vão a óbito por infecção hospitalar.

Para os planos de saúde e operadoras, a Assistência Domiciliar

proporciona o melhor gerenciamento de cada paciente, o que gera otimização

de recursos, materiais e medicamentos e, conseqüentemente, redução de

custos. Exatamente por estes fatores existe um enorme potencial para o

crescimento do segmento. É difícil falar em números, pois não existe

centralização ou mesmo padronização de dados referentes ao setor. O NEAD -

Núcleo Nacional de Empresas de Assistência Domiciliar - está elaborando

estratégias para coletar alguns dados importantes de forma confiável. Parte

desse trabalho já surtiu efeito, começando por São Paulo. Após uma pesquisa

direta com as empresas cadastradas no CRM-SP e no COREN-SP, existia em

2004 o total de 77 empresas e entidades no estado que atuam no Atendimento

Domiciliar, na Internação Domiciliar ou em ambas. Algumas estimativas

mostram que existem no Brasil 250 empresas em atuação. Apenas como

referência, nos EUA, já existe mais de 20 mil empresas prestadoras de

serviços e, se transportados os indicadores americanos para a realidade

brasileira, o segmento já poderia movimentar anualmente cerca de R$ 1,4

bilhão, atendendo a uma população potencial de 4,7 milhões de pessoas.

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9Dados estimados apontam para mais de 20 mil profissionais de saúde, entre

médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem,

fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais,

farmacêuticos, psicólogos, e outros, que atendem diariamente um número

aproximado de cinco mil pacientes. Quanto aos prestadores de serviços é difícil

falar de forma abrangente, pois existem desde pequenas empresas que

atendem dez pacientes por mês a grandes negócios, que chegam a atender

800 pacientes por mês. Considerando que a assistência domiciliar é um

mercado recente dentro do setor de saúde, Por falta de modelos e

informações, as empresas partiram para a criação de modelos de gestão

próprios, por tentativa e erro, mas evoluímos muito nesses 10 anos e há uma

busca constante pela atualização de processos e sistemas. Por necessitar de

uma logística complexa para a execução da assistência, as empresas

aprenderam rapidamente que precisavam investir no desenvolvimento de

processos inovadores. Com isso, as grandes empresas estão acompanhando a

evolução do mercado da saúde nesse campo.

Existe um enorme potencial para o crescimento do segmento,

principalmente nas áreas de promoção e prevenção de saúde O tratamento em

casa, na internação domiciliar, é entre 30% a 70% mais baixo do que a

internação hospitalar.

Já se observa na internação domiciliar, dados que demonstram uma

importante redução do tempo de doença do paciente isto é, a recuperação

parece ser mais rápida, pois o atendimento é quase sempre personalizado com

um profissional de enfermagem 24 h. exclusivo para o paciente. Em cima disto

e gravitando em torno do paciente existe uma equipe multidisciplinar com

esquema de nutricionistas (comida feita em casa), de fisioterapeutas, de

assistentes sociais, de psicólogos, e um ambiente acolhedor que inspira

confiança e não temor. Tudo isto somado, deve influenciar positivamente o

sistema imunológico do paciente, favorecendo uma recuperação mais rápida.

Um outro lado bem positivo em Home Care é a ausência de "infecção

hospitalar". A Infecção Hospitalar é uma praga que acontece em grande parte

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10dos Hospitais Brasileiros e que em Home Care é reduzido a zero. A ausência

de "infecção hospitalar" tem efeito impactante nos custos operacionais dos

Planos de Saúde.

Home Care é uma arte que poucas instituições fazem bem. A parte

mais específica e mais difícil é a "alta" do paciente, isto acontece quando a

equipe, de acordo com o medico assistente, se retira da casa do paciente e

transfere os cuidados para o próprio paciente, familiares ou cuidadores.

A previsão para o Brasil, por exemplo, é de que a população tenderá a

estabilizar e decrescer a partir do ano 2.020. O envelhecimento da população

acarretará conseqüências sociais profundas em todo o dinamismo saúde,

trabalho e lazer. A preocupação alarmante dos Planos de Saúde com os

elevados custos desta população tem procedência e vão ter que investir em

programas de prevenção básicas e tecnológicas. Ao tomar contato diário com

os serviços prestados ao paciente, observando diretamente o tratamento da

enfermagem, a tendência dos familiares é absorver estes ensinamentos,

depois, de posse destes conhecimentos poderiam usá-los para o seu próprio

benefício ou repassá-los para outras pessoas gerando uma ótima forma de

difundir informações médicas a níveis de conhecimentos leigos.

O HOME CARE propicia verdadeiras aulas de cuidados de

enfermagem, prevenção e educação sanitária. É um efeito colateral saudável.

Para o financiador da assistência, além do conforto que a proximidade

dos familiares traz, o Home Care é sinônimo de redução de custos, que são,

entre 30% a 70% inferiores ao tratamento hospitalar convencional.

Partindo desse pressuposto, o objetivo do estudo é mostrar a melhor

relação custo/beneficio de uma internação domiciliar em saúde suplementar em

relação à internação hospitalar para todo tipo de paciente desde que exista

uma adequação deste serviço priorizando cada patologia.

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CAPITULO I

Suporte teórico

(Haddad Presidente da Aliança Cooperativa Nacional Unimed) afirma que:

“O Home Care é uma tendência mundial, tendo como os principais objetivos

um atendimento humanizado a saúde, evitar infecção hospitalar e acelerar o

processo de recuperação do paciente pelo afeto e proximidade que irá

manter com a sua família e/ou seu cuidador. Temos evidencias claras que o

doente se recupera melhor no seu próprio ambiente, cercado por pessoas

queridas e em quem confia. A redução de custos e despesas de internação

de usuários, em casos de doenças crônicas e outras patologias, tais como

Neoplasias, Patologias Ortopédicas Doenças pulmonares; Infecciosas;

Degenerativas; Neurológicas e Cuidados Pós-Cirúrgicos, não pode deixar de

ser considerada. Nesses casos, sem prejuízos ao paciente que além de evitar

riscos de infecção hospitalar, contribui para liberação de leitos hospitalares e

do atendimento ambulatorial a outros pacientes não-crônicos. Também é

importante lembrar que hoje grandes empresas apostam na desospitalização

e oferecem mais recursos e equipamentos para este mercado que cresce no

País. Os equipamentos utilizados de uma forma geral são praticamente os

mesmos de uma unidade de internação e atendimento hospitalar. Todos os

recursos necessários para o acompanhamento em domicílio são oferecidos. A

indústria, diante da tendência à desospitalização, tem acrescido mais

produtos às linhas ligadas à Home-Care. Do outro lado, as empresas

especializadas neste tipo de assistência têm melhorado o relacionamento

com fornecedores, e ampliado suas opções de cobertura”.

Desta forma a internação domiciliar se adapta a várias situações,

podendo apresentar desde uma estrutura pequena, para alguns casos, até uma

equipe multidisciplinar para casos mais complexos. Uma equipe completa de

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12atendimento domiciliar é composta por vários profissionais: assistente social,

nutricionista, fisioterapeuta, psicólogos, enfermeiro, motoristas e médicos.

Para Emílio de Fina Jr, Diretor Administrativo da Home Doctor,

Existem critérios de elegibilidade que devem ser preenchidos antes que o

domicílio receba os equipamentos, especialmente os de internação. “Antes

de o paciente ter alta do hospital, disponibilizamos uma equipe de

implantação, com médicos, enfermeiros e assistentes sociais, que avaliam o

paciente e o domicílio integralmente (condições clínicas, sociais e

ambientais), e verificam a viabilidade de transferir o paciente para casa.

Existem, em alguns casos, limitações como o tamanho da casa e/ou o

ambiente que será destinado ao paciente, condições elétricas, hidráulicas, e

outras”.

Segundo ele, a maior parte dos equipamentos de alta tecnologia, como os

respiradores, é importada, mas ainda existe dificuldade de mensurar o

percentual de utilização com comparado aos nacionais. “Atualmente,

estamos atendendo 220 pacientes somente em Internação Domiciliar, sendo

que, 54 destes pacientes em ventilação mecânica. Com isso, pelo menos

80% de nossos equipamentos são nacionais”.

O executivo explica que ainda existe espaço para que novos recursos

tecnológicos sejam incorporados na indústria de equipamentos para home-

care, como a tele consulta videoconferência, monitorização remota de dados

vitais, etc. “Porém estes recursos ainda não são utilizados em larga escala, o

que acaba inviabilizando sua implantação em virtude dos altos custos”,

conta. Só no passado, a Home Doctor investiu com equipamentos, entre

locações e aquisições, mais de um R$ 1 milhão.

A Master Nursing vem ampliando seus serviços focando a incorporação

de novas tecnologias e o atendimento a pacientes de alta complexidade. Há

dois e meio implantou um sistema de gerenciamento que permite o controle de

estoque nas residências de todos os pacientes e a rastreabilidade dos

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13materiais e medicamentos, o que representa uma garantia tanto para a

empresa quanto para o paciente, além de ser um instrumento essencial na

gestão do negócio. Em 2004 o desempenho da empresa levou à obtenção do

prêmio Quality Brasil, outorgado pela Divisão de Qualidade do International

Quality Service.

A Presidente do Grupo Dal Ben, Luiza Watanabe, explica que:

“As perspectivas econômicas para o setor de home care sofrem as mesmas

influências do contexto econômico nacional. Sabe-se que na saúde a

agregação de tecnologia gera custos para a prestação dessa assistência e

sendo assim, o home care tanto na modalidade de atendimento e de

internação domiciliária quando bem indicadas sempre implicarão em melhora

da qualidade de vida do paciente e seus familiares, conseqüentemente

teremos uma redução dos custos dessa assistência. Essa redução de custos

advém do entendimento de uma co-responsabilidade da família, da

competência dos profissionais que assistem o paciente e da visão do

responsável financeiro”.

Para o Gerente Nacional de Atendimento Domiciliar da Air Liquide, Érico

Coelho, toda expectativa ampara-se à regulamentação da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) e também à formatação de leis governamentais

específicas sobre o setor.

“Existem algumas portarias vigentes (oxigenoterapia e distrofia muscular),

porém suas abrangências não contemplam todas as necessidades das

empresas provedoras de soluções à saúde como a Air Liquide”, conta. A

companhia fornece toda gama de equipamentos para Oxigenoterapia,

Apnéia do Sono e Ventiladores microprocessados, com um apoio especial na

área de fisioterapia e logística, 24 horas e 7 dias por semana. O atendimento

hoje é de mais de 255 mil clientes em todo o mundo.

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Regulamentação do Atendimento Domiciliar

As constantes mudanças e permanentes movimentações dos planos

de saúde, provocadas pela instabilidade econômica de alguns anos, alem de

gerar muitas dificuldades para os dirigentes e profissionais do setor, também

levaram muita insegurança aos titulares do benefício, quanto ao conjunto de

direitos (tratamentos, serviços, procedimentos médicos, hospitalares e/ou

odontológicos) a que, assim como seus dependentes, fazem jus com a

contratação de seguro de saúde, enfim preocupando a todos os que vivem

nesse e desse mercado. Diante dessa situação, o governo criou a Agencia

Nacional de Saúde Suplementar – ANS, como órgão de regulação,

normatização, controle e fiscalização das atividades das operadoras dos planos

de saúde, para que assim se garantisse uma assistente médica digna aos

beneficiários. Independente da forma de contratação - individual ou coletiva.

Com a entrada em vigor da Lei 9.656/98, o consumidor pode evitar futuras

negativas de assistência domiciliar, desde que conste no contrato,

obrigatoriamente, de forma clara que este serviço está coberto pelo plano de

saúde, assim como acontece com outros benefícios.

Conforme resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária de 26 de janeiro de 2006 foi aprovado o Regulamento

Técnico para o funcionamento dos Serviços de Atenção Domiciliar - RDC

nº11, (anexo 1).

O objetivo desta resolução é na verdade promover e assegurar o bem

estar do paciente, usuário dos serviços de saúde e assistência domiciliar, que

são oferecidos pelas operadoras de planos de saúde.

Segundo a Associação Brasileira de Atendimento Domiciliar, oito

milhões de brasileiros usam esse tipo de serviço, de consultas a internações

em casa. Para a presidente da associação, o atendimento deve melhorar, mas

pode ficar mais caro. “No Brasil, tudo o que é regulamentado fica mais caro. No meu

ponto de vista não tem que subir preço. Mas pode", disse Poliana Pescaroli em

entrevista à Rede Globo no dia 7 de fevereiro de 2006.

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Certificação uma ferramenta de gestão em Assistência

Domiciliar

Os custos médicos e de saúde estão aumentando em todo o mundo,

nos Estados Unidos crescem cerca de 15% ao ano e já corresponde 15% do

PIB, e com a nossa população se tornando cada vez mais idosa um dia

atingiremos os mesmos patamares. Com recursos cada vez mais escassos,

somos obrigados a refletir como prever saúde maximizando qualidade e

minimizando custos.

As indústrias já vêm a muitos anos descrevendo seus processos,

definindo procedimentos, criando metas e controlando seus indicadores, para

atingir Qualidade e as certificações geradas pelas “ISOS”, criadas

principalmente para serem utilizadas como ferramentas de gestão, gerando

competitividade dentro dos setores através da manutenção da qualidade e

conhecimento dos custos. A saúde chega um pouco atrasada neste processo,

mas não menos necessitada. Hoje em dia há a necessidade de termos

processos e procedimentos consistentes e controlados, definindo a política de

qualidade baseada em alguns princípios básicos como: segurança, efetividade,

eficiência, equidade e assistência focada no paciente.

A maioria das empresas de assistência domiciliar está desenvolvendo

um trabalho que elege a todos que trabalham extremo envolvimento, requisito

principal, para que seja possível definir uma estrutura baseada na busca da

melhoria continua através da utilização da metodologia do PDCA (planejar,

fazer, checar, agir).

Em um trabalho conjunto, processos são revistos e indicadores de

serviços prestados avaliados.

A criação de indicadores como ferramenta de gestão permite hoje que

mensuremos todo desempenho através da comparação dos resultados obtidos

em outros períodos, portanto os índices sejam financeiros, ou de qualidade,

transmitem com maior fidedignidade a realidade da empresa, o que

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16consequentemente promove mudanças em um período curto de tempo, com

maior segurança.

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CONCLUSÃO

Os hospitais, por motivos comerciais e de demanda, cresceram e foram

obrigados a absorver os valores da alta tecnologia nos últimos tempos,

encarecendo internações. As doenças se tornaram mais complexas e também

mais caras.

Como pude observar é possível prestar uma assistência atendendo

todas as necessidades dos pacientes com redução significativa de custos, dos

riscos próprios do ambiente hospitalar e do tempo de recuperação, o conjunto

destes fatores comprovadamente reduz as despesas em Saúde Suplementar.

Em alguns casos, os custos médicos de uma internação domiciliar

podem ser até 70% menos. Essa porcentagem vale para pacientes de baixa a

alta complexidade. No entanto, há casos em que o home care custa mais caro

do que uma internação convencional. Dessa forma, é preciso avaliar cada

caso, embora muitas vezes o atendimento domiciliar provoque uma melhora

em pacientes que demandam um nível de atenção maior.

Para os hospitais o serviço pode liberar vagas para procedimentos

mais caros, uma vez que em certos procedimentos o mais caro é a hotelaria.

Sendo assim concluo que a modalidade de Assistência Domiciliar é uma

grande ferramenta estratégica.

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ANEXO 1

O gráfico abaixo compara os custos médios diários de uma internação

hospitalar e de uma internação domiciliar considerando um paciente com as

mesmas necessidades de enfermagem.

R$ 900,00

R$ 323,33

R$ 0,00

R$ 100,00

R$ 200,00

R$ 300,00

R$ 400,00

R$ 500,00

R$ 600,00

R$ 700,00

R$ 800,00

R$ 900,00

R$ 1.000,00

R$ 1.100,00

Internação Hospitalar Internação Domiciliar

Custo Médio Diario Hospitalar X Custo Médio Diario Domiciliar

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ANEXO 2

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº11, DE 26 DE JANEIRO DE 2006.

Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção

Domiciliar

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe

confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Anvisa aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16

de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1°, do Regimento Interno aprovado pela

Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000,

em reunião realizada em 23 de janeiro de 2006, considerando a necessidade de propor os

requisitos mínimos de segurança para o funcionamento de Serviços de Atenção Domiciliar nas

modalidades de Assistência e Internação Domiciliar; considerando que os serviços de saúde

que oferecem esta modalidade de atenção são responsáveis pelo gerenciamento da estrutura,

dos processos e dos resultados por eles obtidos, devendo atender às normas e exigências

legais, desde o momento da indicação até a alta ou óbito; considerando a necessidade de

disponibilizar informações aos serviços de saúde, assim como aos órgãos de vigilância

sanitária, sobre as técnicas adequadas de gerenciamento da atenção domiciliar e sua

fiscalização; adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,

determino a sua publicação:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para o funcionamento dos Serviços de Atenção

Domiciliar, nas modalidades de Assistência e Internação Domiciliar, constante do Anexo desta

Resolução.

Art. 2º Determinar que nenhum Serviço de Atenção Domiciliar pode funcionar sem estar

licenciado pela autoridade sanitária local, atendendo aos requisitos do Regulamento Técnico de

que trata o Art. 1° desta RDC e demais legislações pertinentes.

Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, visando o

cumprimento do Regulamento Técnico, poderão estabelecer normas de caráter supletivo ou

complementar, a fim de adequá-lo às especificidades locais.

Art. 4º Todos os atos normativos mencionados neste regulamento, quando substituídos ou

atualizados por novos atos devem ter a referencia automaticamente atualizada em relação ao

ato de origem.

Art. 5º O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui infração de

natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº 6.437 de

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20 de agosto de 1977, suas atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem

prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis.

Art. 6º Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.

DIRCEU RAPOSO DE MELLO

ANEXO

Regulamento Técnico para o funcionamento de Serviços de Atenção Domiciliar

Objetivo

Estabelecer os requisitos de funcionamento para os Serviços de Atenção Domiciliar.

Abrangência do Regulamento

Esta resolução é aplicável a todos os Serviços de Atenção Domiciliar, públicos ou privados, que

oferecem assistência e ou internação domiciliar.

Definições

3.1 Admissão em Atenção domiciliar: processo que se caracteriza pelas seguintes etapas:

indicação, elaboração do Plano de Atenção Domiciliar e início da prestação da assistência ou

internação domiciliar.

3.2 Alta da Atenção domiciliar: ato que determina o encerramento da prestação de serviços de

atenção domiciliar em função de: internação hospitalar, alcance da estabilidade clínica, cura, a

pedido do paciente e/ou responsável, óbito.

3.3 Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção,

tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio.

3.4 Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e

continuadas desenvolvidas em domicílio.

3.5 Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o paciente em suas

necessidades e atividades da vida cotidiana.

3.6 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar - EMAD: profissionais que compõem a equipe

técnica da atenção domiciliar, com a função de prestar assistência clínico-terapêutica e

psicossocial ao paciente em seu domicílio.

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3.7 Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela

atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade

de tecnologia especializada.

3.8 Plano de Atenção Domiciliar - PAD: documento que contempla um conjunto de medidas que

orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos de maneira direta e ou indireta na

assistência a cada paciente em seu domicílio desde sua admissão até a alta.

3.9 Serviço de Atenção Domiciliar - SAD: instituição pública ou privada responsável pelo

gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar.

3.10 Tempo de Permanência: período compreendido entre a data de admissão e a data de alta

ou óbito do paciente.

Condições Gerais

O SAD deve possuir alvará expedido pelo órgão sanitário competente.

O SAD deve possuir como responsável técnico um profissional de nível superior da área da

saúde, habilitado junto ao respectivo conselho profissional.

O SAD deve estar inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.

O SAD deve possuir um regimento interno que defina o tipo de atenção domiciliar prestada e as

diretrizes básicas que norteiam seu funcionamento.

O SAD deve elaborar manual e normas técnicas de procedimentos para a atenção domiciliar, de

acordo com a especificidade da assistência a ser prestada.

A atenção domiciliar deve ser indicada pelo profissional de saúde que acompanha o paciente.

4.7 O profissional de saúde que acompanha o paciente deve encaminhar ao SAD relatório

detalhado sobre as condições de saúde e doença do paciente contendo histórico, prescrições,

exames e intercorrências.

4.8 A equipe do SAD deve elaborar um Plano de Atenção Domiciliar - PAD.

4.9 O PAD deve contemplar:

4.9.1. a prescrição da assistência clínico-terapêutica e psicossocial para o paciente;

4.9.2. requisitos de infra-estrutura do domicílio do paciente, necessidade de recursos humanos,

materiais, medicamentos, equipamentos, retaguarda de serviços de saúde, cronograma de

atividades dos profissionais e logística de atendimento;

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4.9.3. o tempo estimado de permanência do paciente no SAD considerando a evolução clínica,

superação de déficits, independência de cuidados técnicos e de medicamentos, equipamentos e

materiais que necessitem de manuseio continuado de profissionais;

4.9.4 a periodicidade dos relatórios de evolução e acompanhamento.

4.10 O PAD deve ser revisado de acordo com a evolução e acompanhamento do paciente e a

gravidade do caso.

4.10.1 A revisão do PAD deve conter data, assinatura do profissional de saúde que acompanha

o paciente e do responsável técnico do SAD.

4.11 O registro dos pacientes em atenção domiciliar e o PAD devem ser mantidos pelo SAD .

4.12 O SAD deve manter um prontuário domiciliar com o registro de todas as atividades

realizadas durante a atenção direta ao paciente, desde a indicação até a alta ou óbito do

paciente.

4.12.1 O prontuário domiciliar deve conter identificação do paciente, prescrição e evolução

multiprofissional, resultados de exames, descrição do fluxo de atendimento de Urgência e

Emergência, telefones de contatos do SAD e orientações para chamados.

4.12.2 O prontuário deve ser preenchido com letra legível e assinado por todos os profissionais

envolvidos diretamente na assistência ao paciente.

4.12.3 Após a alta ou óbito do paciente o prontuário deve ser arquivado na sede do SAD,

conforme legislação vigente.

4.12.4 O SAD deve garantir o fornecimento de cópia integral do prontuário quando solicitado

pelo paciente ou pelos responsáveis legais.

4.13 O SAD deve fornecer aos familiares dos pacientes e/ou cuidadores orientações verbais e

escritas, em linguagem clara, sobre a assistência a ser prestada, desde a admissão até a alta.

4.14 O SAD deve prover por meio de recursos próprios ou terceirizados, profissionais,

equipamentos, materiais e medicamentos de acordo com a modalidade de atenção prestada e o

perfil clínico do paciente.

4.15 O SAD deve observar, como critério de inclusão para a internação domiciliar, se o domicílio

dos pacientes conta com suprimento de água potável, fornecimento de energia elétrica, meio

de comunicação de fácil acesso, facilidade de acesso para veículos e ambiente com janela,

específico para o paciente, com dimensões mínimas para um leito e equipamentos.

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4.16 O SAD deve controlar o abastecimento domiciliar de equipamentos, materiais e

medicamentos conforme prescrição e necessidade de cada paciente, assim como meios para

atendimento a solicitações emergenciais.

4.17 O SAD deve assegurar o suporte técnico e a capacitação dos profissionais envolvidos na

assistência ao paciente.

4.18 O SAD deve estabelecer contrato formal, quando utilizar serviços terceirizados, sendo que

estes devem ter obrigatoriamente Alvará Sanitário atualizado.

4.19 O SAD deve elaborar e implementar um Programa de Prevenção e Controle de Infecções e

Eventos Adversos (PCPIEA) visando a redução da incidência e da gravidade desses eventos.

4.20 O SAD deve possuir sistema de comunicação que garanta o acionamento da equipe,

serviços de retaguarda, apoio ou suporte logístico em caso de urgência e emergência.

4.21 O SAD deve garantir aos pacientes que estão em regime de internação domiciliar, a

remoção ou retorno à internação hospitalar nos casos de urgência e emergência.

5 Condições Específicas

5.1 O SAD deve assegurar os seguintes serviços básicos de retaguarda de acordo com a

necessidade de cada paciente e conforme estabelecido no PAD:

5.1.1 referência para atendimento de urgência e emergência e internação hospitalar

formalmente estabelecida;

5.1.2 referência ambulatorial para avaliações especializadas, realização de procedimentos

específicos e acompanhamento pós alta.

5.2 O SAD deve assegurar os seguintes suportes diagnósticos e terapêuticos de acordo com o

PAD:

5.2.1 exames laboratoriais, conforme RDC/ANVISA nº. 302 de 2005;

5.2.2 exames radiológicos, conforme Portaria SVS/MS nº. 453 de 1998;

5.2.3 exames por métodos gráficos;

5.2.4 hemoterapia, conforme RDC/ANVISA nº. 153 de 2004;

5.2.5 quimioterapia, conforme RDC/ANVISA nº. 220 de 2004;

5.2.6 diálise, conforme RDC/ANVISA nº. 154, de 2004;

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5.2.6.1 na realização da hemodiálise o dialisador deve ser de uso único.

5.2.7 assistência respiratória com oferta de equipamentos, materiais e gases medicinais

compreendendo procedimentos de diferentes graus de complexidade;

5.2.7.1 a ventilação mecânica invasiva só é permitida na modalidade de internação domiciliar

com acompanhamento do profissional da Equipe Multiprofissional de Atenção domiciliar -

EMAD;

5.2.7.1.1 caso o equipamento seja acionado por energia elétrica o domicílio deve ser

cadastrado na companhia de fornecimento de energia elétrica local;

5.2.7.1.2 deve haver sistema alternativo de energia elétrica ligado ao equipamento com

acionamento automático em no máximo 0,5 segundos;

5.2.7.2 quando houver instalação de sistema de suprimento de gases medicinais canalizada,

esta deve estar de acordo com a NBR 12.188;

5.2.7.3 O enchimento dos cilindros de gases medicinais não deve ser realizado no domicilio do

paciente.

5.2.8 Nutrição Parenteral conforme Portaria SVS/MS nº. 272 de 1998;

5.2.8.1 compete a EMAD verificar e orientar as condições de conservação da nutrição seguindo

as exigências do regulamento do item 5.2.8.

6. Recursos humanos

6.1 O SAD deve possuir EMAD que atenda ao seu perfil de demanda e ser dimensionada para o

atendimento de cada paciente conforme o PAD.

6.2 O SAD deve garantir educação permanente para a EMAD.

6.2.1 As capacitações devem ser registradas contendo nome do responsável, especificação de

conteúdo, lista de participantes assinada, data e tempo de duração das atividades.

6.3 O SAD que mantiver em estoque medicamentos sujeitos ao controle especial deve contar

com farmacêutico habilitado, conforme Portaria SVS/MS nº. 344 de 1998.

6.3.1 caso o SAD esteja inserido em um serviço de saúde, pode contar com o apoio do

profissional da farmácia do mesmo.

6.4 O SAD deve garantir o fornecimento e orientar o uso de Equipamento de Proteção

Individual (EPI), conforme as atividades desenvolvidas.

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7. Infra-estrutura física

7.1. O domicilio do paciente deve possibilitar a realização dos procedimentos prescritos no PAD.

7.2 Infra-estrutura da Sede do SAD

7.2.1 O SAD deve possuir infra-estrutura física conforme a RDC/ANVISA nº. 50 de 2002; com

os seguintes ambientes:

7.2.1.1 recepção;

7.2.1.2 área de trabalho para a equipe administrativa com arquivo;

7.2.1.3 área de trabalho para a EMAD;

7.2.1.4 almoxarifado;

7.2.1.5 instalações de conforto e higiene;

7.2.2 O SAD que estiver inserido em um serviço de saúde pode compartilhar os ambientes

descritos no item 7.3.1.

8. Equipamentos, medicamentos e materiais

8.1. O SAD deve prover equipamentos, medicamentos e materiais conforme definido no PAD.

8.2 Os equipamentos, medicamentos e materiais devem estar regularizados junto à

ANVISA/MS, conforme legislação vigente.

8.3 O SAD deve possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade dos

equipamentos, dos medicamentos e dos materiais.

8.4 O transporte de equipamentos, medicamentos e materiais deve ser efetuado conforme

orientação do fabricante, de forma a garantir sua integridade.

8.5 Os equipamentos devem ser calibrados periodicamente, conforme instruções do fabricante.

8.6 O SAD deve garantir a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e manter

registros das mesmas.

8.7 Para a instalação dos equipamentos no domicílio, o SAD deve:

8.7.1 Verificar as condições de instalação conforme manual de operação do fabricante;

8.7.2 Realizar os testes de funcionamento dos equipamentos;

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268.7.3 Orientar o paciente, os familiares e cuidadores quanto ao manuseio dos equipamentos e

os riscos a eles associados.

8.8 O SAD deve substituir prontamente os equipamentos com problemas de operação.

8.9 O SAD deve fornecer baterias dos equipamentos de suporte a vida.

9. Procedimentos de suporte técnico e logístico

9.1 O SAD deve garantir a implantação das normas e rotinas de limpeza e desinfecção de

artigos, superfícies e equipamentos utilizados diretamente na assistência ao paciente, sob

supervisão do responsável pelo PCPIEA.

9.2 O responsável técnico do SAD deve elaborar e implantar o plano de gerenciamento de

resíduos de serviços de saúde - PGRSS, conforme RDC/ANVISA nº. 306, de 2004.

10. Avaliação da assistência domiciliar

10.1 Compete ao SAD a realização continuada de avaliação do desempenho e padrão de

funcionamento global.

10.2 A avaliação referida no item 10.1 deve ser realizada levando em conta os indicadores

abaixo:

Nº.Indicador Fórmula e Unidade Freqüência de

Produção

1

Taxa de mortalidade para a

modalidade internação domiciliar

(Número de óbitos de pacientes em internação domiciliar

no mês / Todos os pacientes que receberam atenção na

modalidade internação domiciliar no mês) * 100 [%]

Mensal

2

Taxa de internação após

atenção domiciliar

(Número de pacientes em atenção domiciliar que

necessitaram de internação

hospitalar no mês / Todos os pacientes que receberam

atenção domiciliar no mês) *100 [%]

Mensal

3

Taxa de infecção para a

modalidade internação domiciliar

(Número de pacientes em internação domiciliar com

episódios de infecção no mês / Todos os pacientes que

receberam

atenção na modalidade internação domiciliar no mês) *100

[%]

Mensal

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4

Taxa de alta da modalidade

assistência domiciliar

(Número de pacientes em assistência domiciliar que

receberam alta no mês /

Todos os pacientes que receberam atenção na

modalidade assistência domiciliar no mês) * 100 [%]

Mensal

5

Taxa de alta da modalidade

internação domiciliar

(Número de pacientes em internação domiciliar que

receberam alta no mês / Todos os pacientes que

receberam atenção

na modalidade internação domiciliar no mês) * 100 [%]

Mensal

1 - Pacientes que receberam atenção domiciliar no mês: considerar o número de pacientes do dia 15 de cada mês.

10.3 O SAD deve encaminhar à Vigilância Sanitária local o consolidado dos indicadores do

semestre anterior em todos os meses de janeiro e julho.

10.4 O consolidado do município deverá ser encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde e o

consolidado dos estados à ANVISA.

11. Disposições transitórias

11.1 O SAD já em funcionamento têm prazo máximo de 365 dias após a publicação, para se

adequar aos disposições deste regulamento.

11.2 Para o inicio ou reinicio das atividades os serviços devem atender na íntegra as disposições

deste regulamento.

12. Referências Bibliográficas

1 BRASIL. DECRETO N°. 77052, de 1976 - Dispõe sobre a fiscalização sanitária das condições

de exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares, relacionadas diretamente com a

saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 1976.

2 BRASIL. LEI N°. 6.437, 1977 - Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as

sanções respectivas, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1977.

3 BRASIL, Ministério da Previdência Social. Idosos: Problemas e cuidados básicos. Brasília:

MPAS/SAS, 1999.

4 BRASIL. PORTARIA SVS/MS nº. 272, de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico para fixar os

requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral, constante do texto Anexo

desta Portaria.

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5 BRASIL. PORTARIA SVS/MS nº. 344, de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico sobre

substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.

6 BRASIL. PORTARIA SVS/MS nº. 453, de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico que

estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e

odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá

outras providências.

7 BRASIL. RDC/ANVISA nº. 153, de 2004 - Determina o Regulamento Técnico para os

procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o

armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue, e seus

componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea.

8 BRASIL. RDC/ANVISA nº. 154, de 2004 - Estabelece o Regulamento Técnico para o

funcionamento dos Serviços de Diálise.

9 BRASIL. RDC/ANVISA nº. 220, de 2004 - Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento

dos Serviços de Terapia Antineoplásica.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Janeiro. 4ª edição. Ed. Wak. 2005.

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Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em

Gerontologia, PUC-SP – 2005.

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