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A VISÃO BASEADA EM RECURSOS (RBV) COMO ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
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A VISÃO BASEADA EM RECURSOS (RBV) COMO ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Gisele Dos Santos Ferreira
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Curso in Company – Unibanco/Itaú Especialização em Gestão Empresarial – TURMA I (1/3)
Disciplina: Estratégia Empresarial
Professora: Gisele Di Dio
O texto visa salientar as teorias a respeito da Resource-based view,
sob ponto de vista de vários autores.
Segundo eles a visão baseada em recursos é fundamental para
sustentar a vantagem competitiva, pois no mercado atual o posicionamento da
empresa deixa de ser relevante comparado com o valor agregado que a
mesma pode oferecer.
Para Galbreath e Galvin (2004), recursos dentro do RBV são
geralmente divididos em duas categorias fundamentais: recursos tangíveis e
recursos intangíveis. Recursos tangíveis incluem os fatores que contem valores
possíveis de serem contabilizados ou registrados como balanços empresariais.
Recursos intangíveis são recursos não físicos ou não financeiros.
Para Pike, Roos e Marr (2005), recursos intangíveis são categorizados
em três grupos principais: humanos, organizacionais e relacionais.
Humano: Recursos que são intrínsecos as pessoas como sua
criatividade, comportamento, educação e capacidades pelos empregados pela
empresa.
Organizacional: Recursos desenvolvidos pela empresa como: marca,
imagem, know-how, cultura, sistemas e estratégias.
Relacional: Recursos externos que a empresa necessita ou que afetam
a empresa como: fornecedores, clientes, reguladores e parceiros.
Físico: Propriedades da empresa, prédios, equipamentos, materiais e
produtos.
Monetário: Dinheiro da empresa ou outro bem financeiro equivalente
que possa ser convertido em dinheiro pela empresa.
Para que se sustente a vantagem competitiva é necessário que os
recursos apresentem heterogeneidade, o qual pode ser entendido como a
posse de recursos diferenciados que não podem ser facilmente copiados e
imobilizados onde os recursos possuídos pelas empresas não devem ser
facilmente móveis, pois uma vez que seja todos poderão ter acesso.
Estes recursos têm de possuir potencial de valor, devem ser capazes
de explorar oportunidades ou neutralizar ameaças expostas no ambiente de tal
forma que permita à empresa obter redução de custos ou incremento de
receita; serem escassos: os recursos devem ser raros, serem imperfeitamente
imitáveis.
Para tanto as competências tácitas são importantes para a vantagem
competitiva, pois como não são explicitas se tornam difíceis de serem imitadas.
Segundo Vollman apud Manfredini (2005), as competências podem ser
classificadas em quatro categorias: competências terceirizáveis, competências
rotineiras,competências essenciais e competências distintivas. As
organizações, em geral, apresentam – de uma forma ou de outra – os três
primeiros tipos de competência, contudo, é a competência distintiva que gera o
diferencial estratégico competitivo e a possibilidade de liderança em um
determinado mercado.
De acordo com Leask (2004) as empresas elaboram suas estratégias
baseadas primordialmente em sua combinação de recursos e as oportunidades
de mercado que elas identificam. Assim, a teoria da visão baseada em
recursos surgiu com o objetivo de desenvolver ferramentas para analisar a
posição da empresa em relação aos recursos por ela utilizados e, a partir
dessa análise, propor opções de estratégias a serem seguidas pela empresa
(WERNEFELT, 1984).
Kraatz e Zajac (2001) afirmam que recursos podem também ser
barreiras para o aprendizado, uma vez que as empresas tendem a explorar um
recurso já conhecido em vez de partirem para a busca ou desenvolvimento de
um novo recurso. Isto se deve ao fato de que os retornos financeiros na
exploração de recursos já conhecidos são mais garantidos do que os
provenientes de novos recursos ainda por serem desenvolvidos ou
descobertos.