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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E VIG. EM SAÚDE NÚCLEO MUNICIPAL DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM SAÚDE – NUTES PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE TUBERCULOSE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR São José dos Pinhais, 2018

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E VIG. EM SAÚDE NÚCLEO MUNICIPAL DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO EM SAÚDE –

NUTES

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE TUBERCULOSE

DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR

São José dos Pinhais,

2018

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Esta obra é baseada no Protocolo de Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose na Atenção Basica, Ministério da Saúde, 2011, adaptada para utilização no Município de São José dos Pinhais.

FICHA TÉCNICA

Antonio Benedito Fenelon Prefeito Municipal São José dos Pinhais Giovani de Souza Secretário Municipal de Saúde Cintia Mazur Diretora do Departamento de Atenção Primária Odevair da Silva Mathias Diretor do Departamento de Promoção e Vigilância em Saúde Alessandra Caron Fernandes/Silvana Carla Vidal de Carvalho Chefe da Divisão de Vigilância Epidemiologia Lisene Aparecida da Silveira Coordenadora do Núcleo Municipal de Testagem e Aconselhamento em Saúde – NUTES EQUIPE ELABORADORA: Karine Fontana Maciel Enfermeira no Núcleo Municipal de Testagem e Aconselhamento em Saúde Luís Henrique Becker Biólogo no Núcleo Municipal de Testagem e Aconselhamento em Saúde Wanderley Higino Kowalski Médico pneumologista – programa Municipal de Tuberculose EQUIPE TÉCNICA APROVADORA:

Flaviane Marizete Limas (Revisão) Enfermeira no Núcleo Municipal de Testagem e Aconselhamento em Saúde Karen Kalben Krast Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde Ivete Martines Munhoz Villar Enfermeira responsável técnica do NUTES Mauro Cesar Luis Barroso Medico – SCVGE Coordenador Regional do Programa de Controle da Tuberculose EQUIPE TÉCNICA COLABORADORA: Leonilda Repczuk Nogueira Assistente Social

3

Maria de Fátima da Silva Valim Auxiliar de enfermagem do Programa Municipal de Tuberculose

LISTA DE ABREVIATURAS

BAAR- Bacilos álcool-ácido resistente

E- Etambutol

GAL- Gerenciador de Ambiente Laboratorial

H- Isoniazida

ILTB- Infecção Latente da Tuberculose

MR- Multiresistente

NUTES- Núcleo Municipal De Testagem E Aconselhamento Em Saúde

OMS- Organização Mundial de Saúde

PCT- Programa de Controle Da Tuberculose

PET- Pósitron Emission Tomography – Tomografia com Emissão de Pósitrons

PT- Prova Tuberculínica

PNT- Programa Nacional de Tuberculose

R- Rifampicina

RM- Ressonância Magnética

SINAN- Sistema de Informação de Agravos e Notificação

TCAR- Tomografia Computadorizada de Alta Resolução

TB- Tuberculose

TDO- Tratamento Diretamente Observado

WHO- World Health Organization – Organização Mundial da Saúde

USF- Unidade Saúde da Família

US- Unidade de Saúde

4

Z- Pirazinamida

QUADROS e FIGURAS

Quadro 1 - Esquema básico para o tratamento da tuberculose em adultos e

maiores de 10 anos

Quadro 2 - Esquema básico para o tratamento da tuberculose em crianças

menores de 10 anos

Quadro 3 - Efeitos adversos “menores” e conduta

Quadro 4 - Efeitos adversos “maiores” e conduta

Quadro 5 – Resultado de prova tuberculínica na criança

Figura 1 – Imagens radiológicas de alteração pulmonar

Figura 2 - Tela do Software Winsaude® utilizada para a solicitação do RX

Figura 3 – Máscara cirúrgica/ Máscara N95

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 9

2.1 Objetivos Específicos ........................................................................................... 9

3. ESTRUTURA DE ATENÇÃO À TUBERCULOSE .................................................. 10

3.1 Atribuições da Unidade de Referência Municipal para o Controle da Tuberculose – NUTES .............................................................................................. 10

3.2 Atribuições das Unidades de Saúde para o Controle da Tuberculose .......... 11

4. RASTREAMENTO DE CASOS SUSPEITOS DE TUBERCULOSE ....................... 12

5. RISCO DE TRANSMISSÃO ................................................................................... 13

6. FORMAS CLÍNICAS DA TUBERCULOSE ............................................................. 13

6.1 Tuberculose Pulmonar ....................................................................................... 13

6.2 Tuberculose Extrapulmonar .............................................................................. 14

7. DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR ............................................... 14

7.1 Fluxograma para investigação de TB pulmonar (caso novo): ........................ 15

7.2 Fluxograma para investigação de Tuberculose recidiva ou reingresso após abandono .................................................................................................................. 16

8. SOLICITAÇÃO DE EXAMES ................................................................................. 17

8.1 Exames Radiológicos ......................................................................................... 17

8.2 Baciloscopia de Escarro (BAAR) ....................................................................... 19

8.3 Solicitação de Cultura de Escarro: .................................................................... 20

8.4 Teste Rápido Molecular ..................................................................................... 20

8.5 Biopsias e Exames Histopatológicos ................................................................ 21

8.6 Exames de Imagem ............................................................................................. 21

8.7 Prova Tuberculínica ............................................................................................ 22

9. O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE NA CRIANÇA .......................................... 22

10. TRATAMENTO DA TUBERCULOSE ................................................................... 23

10.1 Condutas ao Iniciar Tratamento: ..................................................................... 23

6

10.2 Reações Adversas: ........................................................................................... 26

10.3 Condições especiais: ....................................................................................... 27

11. ALTA HOSPITALAR ............................................................................................ 28

12. INFECÇÕES LATENTE DA TUBERCULOSE ...................................................... 29

12.1 Avaliação de Comunicantes: ........................................................................... 29

12.2 Procedimentos de Avaliação de Comunicantes : ........................................... 29

12.3 Fluxo para atendimento de Comunicantes Maiores de 15 anos: ................... 30

12.4 Fluxo para atendimento de Comunicantes Menores de 15 anos: ................ 31

13. TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE .......................................................... 32

13.1 Tratar ILTB independentemente da PT: .......................................................... 33

14.TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO(TDO) .......................................... 33

15. MEDIDAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE- BIOSSEGURANÇA .................................................................................................... 36

15.1 Medidas administrativas: ................................................................................. 36

15.2 Medidas de controle ambiental: ...................................................................... 37

15.3 Medidas de proteção individual: ...................................................................... 37

16. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 40

17. ANEXOS............................................................................................................... 41

7

1. INTRODUÇÃO

A tuberculose (TB) é um agravo secular que continua a merecer atenção

especial dos Serviços de Saúde no Brasil, o município de São José dos Pinhais

por meio da Secretaria de Municipal de Saúde, Divisão de Vigilância

Epidemiológica e o Programa Municipal de Combate a Tuberculose executa

ações programáticas, com o objetivo de reduzir a prevalência desta doença e

ampliar a cura de tuberculose bacilífera diagnosticada a cada ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos, a incidência de

tuberculose no Brasil reduziu 20,2%, passando de 38,7 casos/100 mil

habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015. Neste

mesmo período, a taxa de mortalidade também teve redução de 2,2 óbitos para

cada 100 mil habitantes, contra 2,6 registrados em 2006. Acredita-se que um

dos principais fatores que contribuíram para a redução nos índices da doença

em termos nacionais, foi à descentralização do tratamento para a Atenção

Primária (BRASIL, 2015).

No estado do Paraná registrou-se em 2014 um índice de abandono de

8,9%, enquanto no Brasil este mesmo indicador ficou em 10.9%. No município

de São José dos Pinhais segundo Sistema de Informação de Agravos e

Notificação (SINAN, 2016), observa-se no período de 2012 a 2016 dados

epidemiológicos preocupantes com relação aos indicadores de cura 75%,

abandono 6,2%, co-infecção TB/HIV 13,9% e óbito 9,9% dos casos em

tratamento.

Para o controle da doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe

o Tratamento Diretamente Observado (TDO) como estratégia para atingir 85%

de cura, 70% de detecção de casos e reduzir o abandono ao tratamento em

5%.

Para atingir tais metas o que se espera em relação ao Programa de Con-

trole da Tuberculose (PCT), é que a Unidade de Saúde da Família (USF) seja a

porta de entrada da clientela, promova o acesso à população e preste uma

atenção básica de qualidade, inclusive com o diagnóstico precoce da TB e

supervisão do tratamento por intermédio da visita domiciliar.

8

Diante da realidade acima apresentada e em consonância com as

Diretrizes do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNT) elaborou-

se o Protocolo Municipal de Atendimento a Tuberculose, que visa dar suporte a

todos os profissionais envolvidos na rede de assistência e controle deste

agravo.

Acredita-se que descentralizar as ações de controle da tuberculose para

os serviços de Atenção Primária a Saúde, pode contribuir no aumento do

diagnóstico da doença e na qualificação do acompanhamento. Pois, a grande

maioria dos casos de tuberculose diagnosticada no município pode ter a sua

resolução na Atenção Primária. Sendo assim, o Protocolo Municipal de

Atendimento dos Casos de Tuberculose é uma ferramenta de suporte a

todos que de uma forma ou de outra, nos diferentes papéis desempenhados,

vislumbram o controle deste que ainda é um grave problema para a nossa

saúde pública.

9

2. OBJETIVOS

Instrumentalizar os profissionais da Rede Pública de Saúde do Município de

São José dos Pinhais a realizarem, o rastreamento, diagnóstico, tratamento e

acompanhamento dos casos tuberculose.

2.1 Objetivos Específicos

Identificar os sintomáticos respiratórios e solicitar exames para

investigação;

Iniciar o tratamento dos casos novos de tuberculose pulmonar com

resultado de baciloscopia positiva;

Realizar consulta médica mensal para o acompanhamento das pessoas

com diagnóstico de tuberculose;

Solicitar exames complementares e prescrever medicações, observadas

as disposições legais da profissão, conforme o protocolo vigente e

normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde;

Investigar os comunicantes domiciliares dos casos confirmados de

tuberculose;

Orientar pacientes e familiares quanto ao uso correto da medicação;

Esclarecer dúvidas e desmistificar tabus e estigmas sobre o agravo;

Realizar busca ativa dos faltosos ao tratamento;

Notificar os casos confirmados de tuberculose;

Expandir o Tratamento Diretamente Observado (TDO) na Atenção

Primária especialmente pelas equipes da Estratégia Saúde da Família.

10

3. ESTRUTURA DE ATENÇÃO À TUBERCULOSE

FONTE: BRASIL, 2011.

3.1 Atribuições da Unidade de Referência Municipal para o Controle da Tuberculose – NUTES Realizar elucidação diagnóstica de casos sem confirmação

bacteriológica (pulmonares e extra-pulmonares);

Avaliar os casos com exames de baciloscopia positiva que não estão

evoluindo bem ao tratamento;

Atender eventos adversos maiores relacionados ao esquema de

tratamento da tuberculose (Veja quadro 4 pg. 26 );

Acompanhar pacientes em tratamento com esquemas especiais,

droga-resistente e co-infecção TB/HIV;

Realizar diagnóstico e tratamento para micobactérias não

tuberculosas;

Investigação de contatos de tuberculose droga-resistente (TBDR);

Acompanhar os casos com evolução clínica desfavorável;

Monitorar todos os casos de tuberculose em tratamento no

município;

Atenção Básica Tratamento de casos de TB

com baciloscopia positiva; TDO em todos os casos de TB; Atender efeitos adversos

menores ao tratamento.

BCG; Baciloscopia de escarro; RX de tórax; Cultura de escarro; Investigação dos contatos; Notificação no SINAN.

Referência Terciária (2 ªRS / SESA) Esquema de multirresistência ao tratamento; Esquemas de tratamento individualizados

para qualquer tipo de resistência; Suporte técnico aos programas municipais.

Referência Secundária (NUTES) Acompanhar os esquemas especiais de

tratamento, TB extra-pulmonar e pulmonar não bacilífera;

Atender efeitos adversos maiores ao tratamento;

Comorbidades (HIV, outras); Suporte técnico as Unidades de Saúde.

11

Oferecer suporte técnico sobre a tuberculose a todos os

equipamentos públicos e privados.

3.2 Atribuições das Unidades de Saúde para o Controle da Tuberculose Identificar em sua área de abrangência casos de sintomáticos

respiratórios (pessoas com tosse e expectoração por três semanas ou

mais semanas), fazer o diagnóstico de tuberculose, iniciar o tratamento

para os casos bacilíferos, acompanhar os casos em tratamento, dar alta

aos pacientes;

Realizar notificação na ficha do Sistema de Informação de Agravos e

Notificação (SINAN) de todos os casos confirmados de TB;

Coletar material para pesquisa direta de bacilos álcool-ácido resistente

(BAAR) no escarro (Anexo 5);

Oferecer exame anti-HIV a todos os pacientes com diagnóstico de TB e

seus comunicantes;

Realizar a supervisão diária (segunda a sexta-feira) da utilização do

medicamento anti-TB;

Manter o Livro de Controle de Tratamento dos Casos de Tuberculose

(Anexo 4) com informações atualizadas acerca do seu

acompanhamento, baciloscopias mensais, cultura, e critério de alta;

Enviar mensalmente para a Unidade de Referência boletim de

acompanhamento (Anexo 6) dos casos de tuberculose da sua área de

abrangência ;

Realizar busca ativa dos faltosos ao tratamento da TB;

Realizar avaliação dos comunicantes dos casos confirmados de TB;

Proporcionar ações educativas sobre tuberculose na sua área de

abrangência.

12

4. RASTREAMENTO DE CASOS SUSPEITOS DE TUBERCULOSE

O Ministério da Saúde estima que 1% da população seja composta por

sintomáticos respiratórios (SR), que constituem em indivíduos que apresentam

tosse por três ou mais semanas. A busca de sintomático respiratório deve ser

uma atitude incorporada à rotina de atividades de todos os membros das

equipes de saúde, tendo em vista que a detecção precoce dos casos de TB é

uma das prioridades contempladas no Programa Nacional de Controle da

Tuberculose (PNCT).

O rastreamento de casos sintomáticos respiratórios pode ocorrer de

duas formas:

Busca Passiva: é aquela em que a equipe de saúde investiga os

pacientes que procuram espontaneamente o serviço de saúde;

Busca Ativa: é aquela em que a equipe estabelece ações fora da

Unidade de Saúde, na comunidade como um todo.

A busca ativa de TB em populações vulneráveis é a estratégia mais

efetiva para reduzir custos e aumentar a detecção de casos. Deve-se priorizar

a busca ativa especialmente entre:

a) Sintomáticos Respiratórios (pessoas com quadro de tosse por três ou

mais semanas);

b) Comunicantes de pessoa com TB;

c) Populações de maior risco de adoecimento, como os residentes em

comunidades fechadas, instituições de longa permanência, pessoas

privadas de liberdade, dependentes químicos, população em situação de

rua, imunodeprimidos, trabalhadores que mantêm contato próximo ao

paciente com TB pulmonar;

d) Suspeitos radiológicos.

Para auxiliar no processo de busca ativa e torná-lo mais efetivo faz-se

necessário identificar parceiros na comunidade, tais como associação de

moradores, líderes comunitários, grupos religiosos, sindicatos, pastorais de

saúde, entre outros.

13

5. RISCO DE TRANSMISSÃO

O indivíduo só pode transmitir a tuberculose se ele desenvolver uma

tuberculose pulmonar. Todavia, depende da intensidade do contato:

proximidade, continuidade, ambiente propício (condições insalubres, pouca

ventilação, umidade, aglomeração de pessoas).

6. FORMAS CLÍNICAS DA TUBERCULOSE A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais

freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma

pulmonar bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão

da doença (BRASIL, 2011).

6.1 Tuberculose Pulmonar Os sintomas clássicos da TB pulmonar são:

Fonte: BRASIL (2011)

Em populações especiais, tais como população privada de liberdade, pessoas em situação de rua, imunodeprimidos, crianças, considera-se que tosse por duas semanas ou mais, pode ser sugestiva de

tuberculose pulmonar e DEVE ser investigada.

Tosse persistente por três semanas ou mais, produtiva ou não (com

muco e eventualmente sangue);

Febre vespertina;

Sudorese noturna;

Emagrecimento; Fraqueza.

Uma pessoa bacilífera (fonte de infecção)

Contaminar em média 10 a 15

pessoas

Pode...

14

6.2 Tuberculose Extrapulmonar Em 10 a 15% dos casos, a tuberculose acomete outro local do

organismo que não o pulmão, é a chamada tuberculose extra-pulmonar. Os

locais mais comumente atingidos depois dos pulmões são a pleura (que é uma

membrana que reveste os pulmões) e os gânglios linfáticos. Pode ainda ocorrer

tuberculose na meninge, nos ossos, nos rins, no intestino, enfim, em todos os

órgãos. Existem os sintomas gerais, que todos os pacientes com tuberculose

têm em maior ou menor intensidade como febre (especialmente final da tarde),

perda do apetite, emagrecimento, cansaço crônico e desânimo. Existem ainda

os sintomas específicos, que dependem do local em que a pessoa desenvolva

o agravo. Sua ocorrência aumenta entre pacientes com

imunocomprometimento grave, principalmente naqueles com aids. A

realização do diagnóstico da tuberculose extra-pulmonar é mais difícil de ser

efetivado, tornando-se importante os critérios clínicos, epidemiológicos e

laboratoriais para a conclusão do diagnóstico provável. O tratamento não é

diferente da forma pulmonar da doença (Capítulo 10), com exceção da

meningoencefalite, cuja duração do tratamento é de nove meses, a fase

intensiva com duração de dois meses e a fase de manutenção sete meses.

7. DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR

Clínico + Laboratorial

Paciente sintomático respiratório, acompanhado ou não de outros

sintomas deve-se solicitar para investigação diagnóstica:

RX de tórax PA + perfil: código Winsaude (988);

Baciloscopia de escarro (2 amostras): código Winsaude (612);

Teste rápido molecular: código Winsaude (1015).

Sintomatologia +

Histórico

RX de tórax +

Escarro (2 amostras) e

Teste rápido molecular (TRM/PCR)

15

7.1 Fluxograma para investigação de TB pulmonar (caso novo):

Fonte: Autores (2016) com base Brasil (2011).

Negativo

Normal Suspeito

Paciente Sintomático Respiratório

Baciloscopia 2 amostras + Teste Rápido Molecular (TRM)

+ RX de Tórax

Resultado da amostra baciloscopia/TRM

Iniciar tratamento Tuberculose na US

Positivo

Avaliação de RX de Tórax

Prosseguir investigação

Encaminhar ao NUTES

Prosseguir orientação

16

7.2 Fluxograma para investigação de Tuberculose recidiva ou reingresso após abandono

Resultado da baciloscopia Positivo

Iniciar tratamento para TB até resultado de cultura e teste

de sensibilidade

Resultado da Cultura

Negativo

Manter baciloscopias mensais

Positivo

Teste de sensibilidade

Realizar tratamento Diretamente Observado

(TDO)

Encaminhar ao NUTES

Resistente

Negativo

Avaliação Raio X

Encaminhar ao NUTES

Normal

Aguarda resultado da cultura

Negativo

Descartar caso

Positivo

Teste de sensibilidade

Normal

Encaminhar ao NUTES

Resistente

Realizar tratamento Diretamente Observado

(TDO)

Paciente com suspeita de Tuberculose

Solicitar: 2 amostras de escarro, teste rápido molecular, cultura, teste de sensibilidade e Raio X de Tórax

Avaliação de Raio X

Manter tratamento na US

Alteração radiológica

Normal

Fonte: Autores (2016) com base Brasil (2011).

17

8. SOLICITAÇÃO DE EXAMES Abaixo serão descritos os exames para diagnóstico e acompanhamento da tuberculose.

8.1 Exames Radiológicos

São exames auxiliares no diagnóstico da tuberculose que permite a

visualização de imagens sugestivas de tuberculose em atividade, seqüelas da

doença ou presença de outras patologias das vias aéreas. Deve ser solicitado

para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar, pois auxilia na

avaliação da extensão do comprometimento pulmonar.

Figura 1 – Imagens radiológicas de alteração pulmonar

Fonte: www.mdsaude.com/2016 Para solicitação de Raio x de tórax com Laudo:

A radiografia de tórax deve ser solicitada pelo profissional médico

no sistema Winsaúde utilizando o código 988 (Radiografia de

tórax para o diagnóstico da Tuberculose), após a solicitação,

cadastrar o paciente no sistema de regulação conforme

procedimento para outros exames, sinalizando como prioritário ;

Fazer contato prévio com o setor de regulação por email ou

telefone para solicitar a liberação do exame com prioridade;

18

Todas as guias devem estar com carimbo do PNT (Programa

Nacional de Tuberculose) para que o atendimento seja priorizado

no local;

Ao encaminhar o paciente para a realização do exame, os

pacientes sintomáticos respiratórios devem estar com máscara cirúrgica (Figura 3 Pg. 38) fornecido pelo serviço solicitante.

Figura 2- Tela do Software Winsaude® utilizada para a solicitação do RX

Fonte: Winsaude®, 2016 Para RX de tórax sem Laudo:

O RX de tórax sem laudo é realizado pela UPA Afonso Pena e

disponibilizado imediatamente após a execução do exame pelo Sistema Centro

de Imagens;

O exame pode ser solicitado por profissional médico e/ou enfermeiro e

todas as guias devem estar com carimbo do PNT (Programa Nacional

de Tuberculose) para que o atendimento seja priorizado no local;

Deve-se seguir as orientações do item anterior em relação ao uso de

máscaras para paciente sintomático respiratório;

19

8.2 Baciloscopia de Escarro (BAAR)

É o exame mais importante para o diagnóstico de Tuberculose,

detectando de 60 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar.

Para o diagnóstico da tuberculose deve-se colher pelo menos duas

amostras de todos os Sintomáticos Respiratórios, e de pacientes com suspeita

clínica ou radiológica de tuberculose, sendo a 1ª amostra no momento do

atendimento e a 2ª no dia seguinte de preferência em jejum.

A solicitação de baciloscopia de escarro deve ser feita em requisição de

exame normal e preenchido o formulário do GAL (Anexo 2) pelo profissional de

saúde (médico ou enfermeiro). OBS: é necessário o preenchimento de apenas

um formulário mesmo que sejam encaminhadas duas amostras ou solicitado

cultura.

Veja abaixo as orientações técnicas de coleta de escarro: Todas as baciloscopias solicitadas devem ser registradas no Livro de

Registro de Baciloscopia e Cultura para o Diagnóstico e Controle da

Tuberculose (Livro Verde Menor);

Identificar a requisição do exame adequadamente, incluindo o nome

completo do paciente, data de nascimento, endereço e telefone para

contato; Providenciar pote estéril de coleta de escarro, de boca larga e tampa

com rosca, (o mesmo utilizado para a coleta de fezes);

Identificar em uma etiqueta o nome do paciente, a data de nascimento,

especificar primeira ou segunda amostra, e o exame que será realizado

(BAAR). Esta etiqueta deverá ser colada no corpo do frasco;

Assegurar-se de que o material colhido é proveniente das vias aéreas inferiores

- escarro; e que seja em quantidade mínima de 3 ml; (veja orientações

especificas para coleta de escarro (Anexo 5);

Acondicionar em recipiente adequado e encaminhar imediatamente ao

laboratório. Caso não seja possível encaminhar a amostra no mesmo dia

da coleta, manter em temperatura de 2 a 8°C até 48 horas no máximo;

Se necessário, prever caixa térmica para possibilitar a boa conservação

da amostra de escarro, durante o transporte para o laboratório;

20

Após estes procedimentos o usuário deverá ter seu agendamento de

retorno assegurado para o recebimento dos resultados das

baciloscopias.

8.3 Solicitação de Cultura de Escarro: O Ministério da Saúde (2011) recomenda a coleta de cultura de escarro nas seguintes situações:

Todas as culturas devem ser mantidas sob refrigeração no máximo até

48 horas. Encaminhar ao Laboratório Municipal mediante o preenchimento do

formulário GAL com solicitação de cultura e teste de sensibilidade aos anti-

microbianos (Anexo 2). Para a coleta do material, proceder conforme as

recomendações citadas no item anterior (coleta de baciloscopia), lembrando

que a solicitação de cultura pode ser realizada concomitante a baciloscopia,

assim como, pode ser utilizada a mesma amostra coletada para realização de

ambos os exames.

8.4 Teste Rápido Molecular

Trata-se de um teste rápido para diagnóstico de tuberculose pulmonar.

Leva cerca de duas horas para ser realizado e tem capacidade de detectar até

92,2% a presença do bacilo causador da doença. O Gene Xpert®, como é

denominado, também identifica se a pessoa tem resistência ao antibiótico

rifampicina, utilizado no esquema de tratamento.

Todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose pulmonar no início do tratamento;

Contatos de casos de tuberculose resistente;

Pacientes com antecedentes de tratamento prévio de TB, independente do tempo decorrido;

Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores de HIV;

Suspeita clínica e ou radiológica de TB com baciloscopias repetidamente negativas;

Falência do tratamento anti-TB;

Em investigação de populações com maior risco de adquirir cepas resistentes de M. tuberculosis

(profissionais de saúde, população de rua, privados de liberdade, procedentes de outras

instituições fechadas;

Reingresso após abandono.

21

A OMS (2012) recomenda utilizar o Teste Rápido Molecular como

primeira prova diagnóstica especialmente para indivíduos suspeitos de TB

resistente e para pacientes coinfectados TB/HIV.

Para realizar o exame é necessário seguir os seguintes passos:

Médico ou enfermeiro devem solicitar requisição no sistema Winsaude®

código 1015 – Teste Rápido Molecular para Tuberculose (PCR TB);

Preencher o formulário GAL (anexo 2) o mesmo utilizado para solicitar

baciloscopia de escarro;

Orientar ao paciente sobre a coleta de escarro, sendo necessário

apenas 1 amostra com uma quantidade mínima de 3 ml de material

(seguir as orientações para coleta de escarro convencional);

Encaminhar ao Laboratório Municipal formulário Gal preenchido,

requisição de exame e material coletado (seguir as recomendações de

transporte de material escarro).

8.5 Biopsias e Exames Histopatológicos

São exames utilizados principalmente para auxiliar no diagnóstico da

tuberculose extra-pulmonar. Nos casos sugestivos de tuberculose o resultado

evidencia lesão típica granulomatosa com necrose caseosa e achado com

presença de BAAR na lesão.

8.6 Exames de Imagem

Outros exames de maior complexidade podem ser necessários para

auxiliar no diagnóstico da tuberculose pulmonar e extra-pulmonar, como a

Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR), Ressonância

Magnética (RM) e Tomografia com Emissão de Pósitrons (PET) são

tecnologias propostas para o diagnóstico de TB ativa e latente.

Esses exames deverão ser encaminhados via regulação conforme fluxo

utilizado para encaminhar demais exames do serviço.

22

8.7 Prova Tuberculínica

A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um

derivado protéico do M. tuberculosis para avaliar a resposta imune celular a

estes antígenos. É utilizada nas pessoas (adultos e crianças), para o

diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também

é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB

doença.

No Brasil, a tuberculina utilizada é o Derivado de Proteína Purificada – PPD

recomenda-se que a inoculação e a leitura sejam realizadas por profissionais

com capacitação, sendo que, a leitura deverá ser realizada entre 48 a 72 horas

após a inoculação.

No Programa Municipal de Tuberculose de São José dos Pinhais a

referência para execução do exame é o NUTES, todavia pela

indisponibilidade do produto no país, conforme nota técnica do Ministério da

Saúde, está sendo priorizada a realização do exame para as seguintes

situações (BRASIL, 2015):

Diagnóstico de tuberculose em crianças menores de 10 anos;

Pessoas que vivem com HIV/AIDS;

A utilização do PPD em outras condições não descritas acima deverá

ser avaliada pela Unidade Referência Municipal – NUTES.

A inoculação do exame para as situações acima descritas ocorre as segundas, terças e sextas-feiras na Unidade de Referência em Tuberculose - NUTES das 09:00 as 16:00 horas. Lembrando que após 72 horas o paciente deverá retornar para realizar a leitura.

9. O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE NA CRIANÇA

A TB na criança (menores de 10 anos) apresenta especificidades que

devem ser consideradas durante sua investigação diagnóstica. A forma

pulmonar difere do adulto, pois costuma ser abacilífera, isto é, negativa ao

exame bacteriológico, pelo reduzido número de bacilos nas lesões (BRASIL,

2011). Além disso, crianças, em geral, não são capazes de expectorar, neste

23

caso, além da avaliação clínica o exame de PPD e o RX de tórax são os mais

indicados para a investigação diagnóstica.

Ao término da infância e ao início da adolescência (10 anos ou mais)

aparecem formas semelhantes às encontradas em adultos, os pacientes quase

sempre têm sintomas respiratórios e são mais freqüentes a resultados positivos

na baciloscopia. Nesta faixa de idade é fácil realizar o exame de escarro e o

diagnóstico pode ser comprovado pelos métodos bacteriológicos convencionais

(baciloscopia e cultura) (BRASIL, 2011).

Os casos confirmados de Tuberculose na Criança (menores de 10 anos)

devem ser encaminhados para o Serviço de Referência - Ambulatório do

Hospital de Clinicas do Paraná (HC) via sistema de regulação do município.

10. TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

O início do tratamento possibilita a redução gradativa da transmissão da

doença, para tanto, é importante que o tratamento seja iniciado logo que o

paciente confirme o diagnóstico.

10.1 Condutas ao Iniciar Tratamento:

Na primeira abordagem ao paciente com diagnóstico de TB, a equipe de

saúde deve sensibilizá-lo para importância de sua colaboração no tratamento.

Esclarecer suas dúvidas a respeito da doença, regularidade no uso dos

medicamentos, conseqüências advindas da interrupção ou abandono do

tratamento. É importante ressaltar que o tratamento deverá ser realizado em

Regime de TDO com tomadas diárias observadas por profissional de saúde e

quando possível, solicitar o apoio da família e/ou do seu contexto social.

Preencher a ficha de notificação do SINAN (Anexo 1);

Prescrever a medicação para 30 dias de tratamento (em 2 vias)

conforme orientações na pg. 25;

Oferecer o teste anti-HIV na primeira consulta;

Agendar consulta médica de acompanhamento no mínimo a cada 28

dias ou conforme houver necessidade;

24

Solicitar baciloscopias de escarro (BAAR) de acompanhamento (1

amostra mensal);

Monitorar peso mensalmente ou conforme a necessidade;

Registrar o caso no Livro de Registros de Pacientes com Tuberculose - Livro Verde (Anexo 4 );

Investigar os comunicantes (veja o item investigação de contatos pg.

29);

Orientar o paciente sobre a possível ocorrência dos principais efeitos

adversos. E diante do quadro sintomatológico procurar o serviço de

saúde;

Realizar monitoramento laboratorial com hemograma e bioquímica

(função renal e hepática) mensalmente em pacientes com sinais/ ou

sintomas relacionados a efeitos adversos;

Incluir o paciente no TDO.

Os medicamentos para o tratamento da tuberculose são adquiridos pelo

Ministério da Saúde e distribuídos aos pacientes pela Farmácia Especial do

município. A receita deve ser encaminhada em duas vias, contendo o nome completo do usuário, a data de nascimento, peso atualizado e a dosagem correta da medicação (conforme quadro 1 e 2 a seguir ), sendo que, na primeira retirada é indispensável estar anexo uma cópia da ficha de notificação com o número do SINAN.

O esquema básico de tratamento da tuberculose é indicado por 6

meses. Os esquemas alternativos ou prolongamento do esquema normal

deverá ser encaminhado para a avaliação da Unidade de Referência Municipal (NUTES) para a validação.

25

Quadro 1 - Esquema básico para o tratamento da tuberculose em adultos e

maiores de 10 anos:

Fases do tratamento

Fármacos Peso Dose

Fase Intensiva 2 meses

RHZE (150/75/400/275)

20- 35 kg 02 cp

36- 50 kg 03 cp

>50kg 04 cp

Fase de Manutenção

4 meses

RH (150/75)

20- 35 kg 02 cp

36- 50 kg 03 cp

>50kg 04 cp

Fonte: BRASIL, 2011

Quadro 2 - Esquema básico para o tratamento da tuberculose em crianças

menores de 10 anos:

Fases do tratamento

Fármacos Peso do Doente

Fase intensiva

RHZ 2 meses

Até 20 Kg >21 a 35 kg >36 a 45 kg >45kg

mg/kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia

R 10 300 450 600

H 10 200 300 400

Z 35 1000 1500 2000

Fase de manutenção

RH 4 meses

R 10

300 450 600

H 10 200 300 400

Fonte: BRASIL, 2011

O esquema terapêutico aplica-se a todos os casos de tuberculose

pulmonar e extra-pulmonar, exceto na meningite tuberculosa que na 2ª fase

aumenta-se o período de tratamento para 7 meses, sem outras alterações.

26

10.2 Reações Adversas:

As reações adversas ao tratamento anti-tuberculose podem ser

divididas em dois grandes grupos, as reações adversas menores em que

normalmente não há necessidade de suspensão do tratamento e o paciente

deve permanecer em acompanhamento na Unidade de Atenção Primária (Veja

quadro 3 a seguir ). Todavia, nos casos de reações adversas maiores (quadro

4 a seguir) o paciente deve ser encaminhado a unidade de Referência em

Tuberculose (NUTES) para a avaliação.

Quadro 3 - Efeitos adversos “menores” e conduta Efeito adverso “menor” Fármaco responsável Conduta

Intolerância digestiva (náusea e vômito) e epigastralgia

Rifampicina,isoniazida,pirazinamida, e etambutol

Reformular os horários de administração da medicação. Considerar o uso de medicamentos sintomáticos. Avaliar a função hepática.

Artralgia ou artrite Pirazinamida e isoniazida Medicar com ácido acetilsalicílico e avaliar a evolução

Neuropatia periférica Isoniazida e etambutol Medicar com piridoxina (Vitamina B6) e avaliar a evolução

Cefaléia e mudança de comportamento (euforia, insônia, ansiedade e sonolência)

Isoniazida Orientar

Suor e urina de cor avermelhada

Rifampicina Orientar

Prurido cutâneo ou exantema leve

Isoniazida e Rifampicina Medicar com anti-histamínico e avaliar a evolução

Hiperuricemia (com ou sem sintomas)

pirazinamida, e etambutol Orientar (dieta hipopurínica)

Febre Rifampicina e Isoniazida Orientar

Fonte: BRASIL, 2011

27

Quadro 4 - Efeitos adversos “maiores” e conduta

Efeito Adverso Fármaco responsável Conduta

Exantema ou Hipersensibilidade Moderada ou grave

Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol

Encaminhar para avaliação da referência

Psicose crise convulsiva , encefalopatia tóxica ou coma

Isoniazida Encaminhar para avaliação da referência

Neurite óptica Etambutol Encaminhar para avaliação da referência

Hepatotoxicidade Pirazinamida Rifampicina Isoniazida

Encaminhar para avaliação da referência

Trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, anemia hemolítica, agranulocitose,vasculite

Rifampicina Encaminhar para avaliação da referência

Nefrite intersticial Rifampicina Encaminhar para avaliação da referência

Rabdomiolise com mioglobinuria e Insuficiência renal

Pirazinamida Encaminhar para avaliação da referência

FONTE: Autores (2016) com base Brasil (2011).

10.3 Condições especiais: Gestantes

A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico

precoce e a administração oportuna de tratamento da TB na gestante, com

intuito de diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem como, aos

adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o risco de

transmissão pós-natal (BRASIL, 2011).

Segundo a Nota Técnica do MS 01/2017 (Anexo 9) a gestante com

diagnóstico de Tuberculose deve ser considerada de alto-risco e para tal

deverá ser encaminhada para a realização do pré-natal no serviço de

referência do município.

Ressalta-se que não há contra-indicações à amamentação no decorrer

do tratamento, desde que a mãe não seja portadora de mastite tuberculosa. É

28

recomendável, entretanto, que faça uso de máscara cirúrgica ao amamentar e

cuidar da criança nos primeiros 15 dias de tratamento ou enquanto houver a

transmissão da doença (BRASIL, 2011).

Gestantes e lactantes devem seguir o esquema de tratamento

convencional conforme preconizado no Quadro 1 (pg. 25) deste manual,

todavia, especial atenção deve receber no monitoramento de efeitos adversos.

11. ALTA HOSPITALAR

Nos casos em que o diagnóstico de Tuberculose foi realizado na UPA ou

Hospital Municipal e Maternidade São José após a alta deverão ser

encaminhados para:

UNIDADE DE SAÚDE DO SEU BAIRRO DE REFERÊNCIA: quando

apresentar o diagnóstico de tuberculose pulmonar bacilífera (com

exame de baciloscopia +).

UNIDADE DE REFERÊNCIA MUNICIPAL NO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE – NUTES: Os pacientes que apresentarem reações

adversas ao tratamento da TB, TB relacionada ao HIV, Tuberculose

Extrapulmonar, Tuberculose Multirresistente (MR), TB pulmonar com

baciloscopia negativa.

Documentos necessários:

Relatório de alta, com a descrição do tratamento realizado durante o

internamento e resultados de exames.

Boletim de Transferência (anexo 7) nos casos em que o paciente dará

continuidade ao tratamento em outro município .

Fornecer ao paciente o medicamento de TB prevendo no mínimo cinco dias de tratamento.

29

12. INFECÇÕES LATENTE DA TUBERCULOSE

O tratamento para infecção latente da TB (ILTB), também denominado

quimioprofilaxia, é indicado para prevenção da tuberculose em contatos de

pessoas com TB pulmonar. Esta medida preventiva reduz em média de 60 a

90% o risco de adoecer por TB (BRASIL, 2011).

12.1 Avaliação de Comunicantes:

Todos os comunicantes dos doentes de TB, especialmente os

intradomiciliares e os que convivem por longo tempo com o doente bacilífero

em ambientes fechados, devem ser orientados a comparecer à US para

avaliação clínica e solicitação de exames quando necessário.

A avaliação do grau de exposição do comunicante deve ser

individualizada, considerando-se a forma da doença, o ambiente e o tempo de

exposição.

12.2 Procedimentos de Avaliação de Comunicantes :

Listar os comunicantes e suas respectivas idades;

Avaliar o tipo de convívio (casa, ambiente de trabalho, escola, etc) e

localização devem ser identificadas (endereço e/ou telefone);

Sempre que possível realizar visita domiciliar para um melhor

entendimento das circunstâncias que caracterizam os contatos;

Convidar todos a comparecer à Unidade de Saúde para serem

avaliados, pois eles que apresentam maior risco de adoecimento, pois

estão expostos ao doente bacilífero.

Após a investigação inicial, os pacientes sem sintomas clínicos ou qualquer outro indício da doença devem ser monitorados pelo menos

Consideram-se comunicantes (contato) as pessoas que convivem com o doente de TB no mesmo domicílio, no local de trabalho, abrigos, instituições de longa permanência, clínica de recuperação, escola dentre outros.

30

durante dois anos, pois nesse período o risco de desenvolver a doença é maior. Os pacientes HIV, contatos de caso de TB pulmonar, devem receber

um acompanhamento especial, visto que possuem maior risco de contágio da

doença.

12.3 Fluxo para atendimento de Comunicantes Maiores de 15 anos:

Proceder à investigação de todos os comunicantes (tuberculose sensível

e multidrogarresistente) com avaliação clínica e radiológica, com vistas a

identificar casos de tuberculose ativa. Veja o fluxograma a seguir:

Fonte: Adaptado de BRASIL, 2015

Contato TB maior (>) de

15 anos

Sintomático Assintomático

RX de Tórax Baciloscopia 2 amostras, Teste

Rápido Molecular (TRM) + RX de Tórax

Normal Suspeita

Orientação Investigação

TB

Confirmação de TB

Iniciar tratamento

Excluído TB

Prosseguir investigação

31

12.4 Fluxo para atendimento de Comunicantes Menores de 15 anos:

Crianças menores de 15 anos que tiveram contatos com casos de TB pulmonar bacilífero, proceder conforme orientações do fluxograma a seguir:

Fonte: BRASIL, 2015

OBS: ***Devido à redução no abastecimento do PPD, a inoculação está sendo realizada

em contatos de pacientes bacilíferos com até 10 anos de idade.

Assintomático

Criança menor ( ≤ ) de 15 anos***

Tratar TB

RX tórax e PPD

Sintomático

Investigar TB (RX tórax, PPD e Baciloscopia**)

PPD* Reator

Tratar infecção latente

Confirmação TB

Excluído TB continuar

investigação

(*) PPD ≥ 5 mm com vacina BCG com há mais de 2 anos ou imunossupressão; PPD ≥ 10 mm BCG há menos 2 anos; (**) Realização de baciloscopia é recomendado para maiores de 10 anos.

PPD não reator

Repetir PPD após 2 meses

Conversão de PPD tratar Infecção latente

Sem conversão alta com orientação

RX tórax normal

PPD reator

PPD não reator

Tratar infecção latente

Alta com orientação

32

QUADRO 5 – Resultado de prova tuberculínica na criança

• Crianças (contatos de TB com Baciloscopia +) se PPD > 5mm (se

não vacinada com BCG ou vacinada há mais de 2 anos – Iniciar

tratamento para infecção latente da TB (ILTB);

• Crianças PT >10mm e vacinadas há menos de 2 anos com BCG

tratar Infecção latente de TB;

• Recém-nascido coabitante de caso índice bacilífero: não vacinar

com BCG (tratar com isoniazida durante 3 meses e realizar PT, se

PT > 5mm manter isoniazida mais três meses, se PT < 5mm

interromper isoniazida e vacinar com BCG);

• Contatos de TB pulmonar bacilífera infectados pelo HIV deverão

tratar ILTB independente do resultado da PT.

Fonte: BRASIL, 2011

13. TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE

É recomendado o uso de Isoniazida 100mg na dosagem de 5 -

10mg/kg/dia por um período mínimo de 9 meses, a dose não deve

ultrapassar os 300 mg/dia;

A consulta médica de acompanhamento deve ocorrer no mínimo a cada

2 meses ou conforme houver necessidade;

Oferecer o teste anti-HIV a todos os casos com indicação de

quimioprofilaxia;

Deverão ser solicitados exames laboratoriais (função hepática e renal)

se o paciente tiver alguma queixa e/ou evidências clínicas durante o

tratamento.

Realizar notificação para tratamento da ILTB em ficha própria (ANEXO 10).

Encaminhar paciente à farmácia especial com cópia da Notificação e receita em duas vias.

33

13.1 Tratar ILTB independentemente da PT:

As situações abaixo discriminadas deverão realizar tratamento para

infecção latente independente do resultado da prova tuberculínica (PPD), pois

se trata de uma população de alto risco de adoecimento pela doença.

FONTE: NOTA INFORMATIVA Nº 08, DE 2014 CGPNCT/DEVEP/SVS/MS

14.TRATAMENTO DIRETAMENTO OBSERVADO (TDO)

O tratamento diretamente observado (TDO) é uma estratégia

recomendada pela Organização Mundial da Saúde e foi implantado no Brasil

em 1981. Nesta modalidade, um profissional da equipe da unidade de saúde

observa a tomada da medicação do paciente do início do tratamento até a sua

cura. Esta estratégia, também, oferece maior acolhimento ao doente, melhor

adesão, aumento da cura e redução de abandono ao tratamento (BRASIL,

2011).

O TDO – foi implantado no Paraná em 1998 priorizando portadores da forma transmissível e pacientes com risco de abandono. Em 2010, com a

implantação do Protocolo de Enfermagem na Atenção Básica, foi estendido a

todos os pacientes, independente da forma clínica da doença.

No Brasil, com o apoio da descentralização das ações de controle da TB

para a Atenção Primária, a oferta de TDO foi expandida, mas ainda é

necessário que seja intensificada, uma vez que, em 2011, apenas 45,7% dos

casos novos foram acompanhados por meio dessa estratégia.

1. Pessoa vivendo com HIV/AIDS com cicatriz radiológica sem tratamento prévio da infecção latente da tuberculose;

2. Pessoas vivendo com HIV/AIDS contato de caso de tuberculose pulmonar;

3. Pessoa vivendo com HIV/AIDS com registro documental de ter tido PT ≥ 5mm e não submetido ao tratamento da ILTB na ocasião.

34

Para a OMS, promover a adesão por supervisão direta do tratamento é

muito mais efetivo do que gastar recursos na busca dos desistentes. Quando

os pacientes auto administram o tratamento, a busca é difícil e,

frequentemente, improdutiva, especialmente em países com populações de

baixa renda.

A administração do TDO requer a supervisão da ingestão dos

medicamentos na US ou na residência, assegurando-se que o doente os tome

em uma única dose diária. A ingestão deve ser assistida no local de escolha do

paciente pelo profissional de saúde e/ou por familiar orientado para essa

atividade.

Segundo a OMS a supervisão no uso da medicação poderá ser feita no

mínimo três observações semanais na fase intensiva (dois primeiros meses) e

duas na fase de manutenção (quatro últimos meses). Entretanto, é

recomendável que a supervisão ocorra de segunda a sexta-feira em ambas as

fases do tratamento.

Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se

considerar as seguintes modalidades de supervisão:

Domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local

por ele solicitado;

Na Unidade de Saúde: observação da ESF, UBS, serviço de HIV AIDS

ou hospitais;

Prisional: observação no sistema prisional

Compartilhada: Quando o doente recebe a consulta médica em uma

US, e faz o TDO em outra US mais próxima de seu domicilio ou local de

trabalho.

Excepcionalmente quando não for possível realizar nenhuma das

modalidades citadas anteriormente, propõe-se que:

A supervisão possa ser realizada por um familiar ou por um membro da

comunidade sob supervisão de um profissional da equipe de saúde.

Para a implantação deve observar as seguintes etapas de organização dos

serviços:

1. Na Unidade de Saúde:

35

Identificar e ordenar o local na unidade para o acolhimento do

paciente e para a observação da tomada dos medicamentos;

Viabilizar incentivos e facilitadores;

Utilizar instrumentos de registros- Ficha de Controle do TDO

(Anexo 3)

Questionar acerca de efeitos colaterais e incentivar a adesão ao

tratamento a cada visita do paciente;

Em caso de falta do paciente, realizar contato telefônico e/ou

visita domiciliar, preferencialmente no mesmo dia;

2. No domicílio:

Estabelecer fluxo de visitas e supervisão dos ACS (agentes

comunitários de saúde) ou outros profissionais de saúde

responsável pelo TDO;

Utilizar instrumentos de registros - Ficha de Controle do TDO

(Anexo 3);

Questionar acerca de efeitos colaterais e incentivar a adesão ao

tratamento a cada visita do paciente.

Nos casos em que a Unidade de Saúde não consiga realizar o TDO em

todos os pacientes de sua área de abrangência, deverá ser priorizado as

seguintes situações: etilistas, dependentes químicos, casos de retratamento

após abandono, população em situação de rua, presidiários, sem vínculo

empregatício, pessoas institucionalizadas em instituições de longa

permanência, portadores do vírus HIV.

É necessário construir o vínculo, entre a pessoa doente e o profissional de saúde, com o intuito de remover as barreiras que impede a adesão, utilizando estratégias de reabilitação social, melhora da auto-estima, qualificação profissional e outras demandas sociais.

36

15. MEDIDAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE- BIOSSEGURANÇA Nota Técnica - 01/2015 referente ao atendimento e transporte de sintomáticos respiratórios, doentes suspeitos e/ou confirmados de tuberculose pulmonar. As medidas que objetivam impedir a disseminação da Tuberculose em serviços de saúde dividem-se em três categorias:

15.1 Medidas administrativas:

Visam impedir a disseminação no ar ambiente de partículas infecciosas

contendo o bacilo da tuberculose. São as mais efetivas na prevenção da

transmissão da TB e estão relacionadas a mudanças na organização do

serviço, treinamento dos profissionais e reorganização do atendimento para a

rápida identificação, isolamento respiratório, diagnóstico e tratamento de

indivíduos com provável TB pulmonar.

Identificação imediata de pacientes com tosse, possíveis através de

vigilância ativa em salas de espera e outros ambientes.

Os sintomáticos respiratórios devem ser munidos de máscara cirúrgica,

ter seu atendimento priorizado e ser encaminhados para ambiente adequado

(isolamento).

Assegurar a imediata realização dos exames para diagnóstico da TB:

baciloscopia (no mínimo 2 amostras), exame radiológico e o início do

tratamento dos casos detectados.

Evitar atendimentos de pacientes sob suspeita de tuberculose em salas

próximas àquelas onde circulam outros pacientes, principalmente portadores

de imunossupressão, crianças com menos de cinco anos de idade e idosos

com mais de 60 anos.

Sinalizar o ambiente, restringindo aos funcionários responsáveis o

acesso ao laboratório, às enfermarias de isolamento respiratório e aos locais

onde se realizam procedimentos formadores de aerossóis.

37

15.2 Medidas de controle ambiental:

Visam reduzir a concentração de partículas infecciosas no ar, através do

aumento da ventilação do ambiente.

Manter o suspeito de tuberculose pulmonar em isolamento respiratório

até obter o resultado da baciloscopia.

Envolvem adaptação de mobiliários e dos espaços de atendimento, com

eventuais reformas ou construção de espaços adequados.

Utilizar salas de espera bem ventiladas (varandas, uso de estruturas

tubulares em vez de paredes fechadas), principalmente nos locais de

atendimento aos Sintomáticos Respiratórios.

Posicionar exaustores e/ou ventiladores de modo a criar uma barreira

entre o profissional e o paciente, e cuidar para que o ar seja levado para

o exterior, longe dos demais ambientes da instituição, e das áreas de

circulação de pessoas.

Designar local adequado para coleta de escarro em área externa do

serviço de saúde, assegurando privacidade para o paciente.

15.3 Medidas de proteção individual: Objetivo: proteger e evitar que o profissional de saúde inale ar contaminado

O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR e/ ou

pacientes suspeitos/ confirmados de TB deve ser feito de forma criteriosa;

muitos profissionais dedicam a esse item de biossegurança valor prioritário,

negligenciando demais medidas (administrativas e ambientais) com maior

impacto na sua proteção;

O uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União Européia ou

N95, padrão dos EUA é recomendado para profissionais de saúde ou visitantes

(acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de transmissão (quartos

de isolamento respiratório);

O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com

tuberculose pulmonar ou sintomáticos respiratórios em situação de potencial

risco de transmissão, como por exemplo: falta de estrutura de ventilação

adequada em salas de espera e emergências enquanto aguarda definição do

38

caso (atendimento, resultado de exames, internação em isolamento) ou no

deslocamento de pacientes do isolamento para exames ou procedimentos

(neste caso o paciente deve ter seu atendimento no outro setor priorizado);

No transporte de sintomáticos respiratórios e suspeitos / doentes

bacilíferos de tuberculose pulmonar em ambulâncias, os profissionais devem

utilizar máscaras do tipo PFF2 ou N95 e os pacientes devem utilizar máscaras

cirúrgicas comuns;

É necessário orientação para uso correto das máscaras PFF2 ou N95

uma vez que devem ser perfeitamente adaptadas ao rosto do

funcionário. Essas máscaras podem ser reutilizadas, desde que estejam

íntegras e secas.

Figura 3 – Modelos de máscaras

Fonte: sp.commercesuite.com.br, 2016

Máscara cirúrgica Máscara N95

39

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada não existirão resultados – Mahatma Gandhi”.

40

16. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento Diretamente Observado na Atenção Básica, Protocolo de Enfermagem Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. BRASIL, NOTA INFORMATIVA Nº 08, DE 2014 CGPNCT/DEVEP/SVS/MS. PARANÁ, Secretária de Estado da Saúde. Divisão de Vigilância Epidemiológica. Programa Estadual de Tuberculose. Nota Técnica referente ao atendimento e transporte de sintomáticos respiratórios, doentes suspeitos e/ou confirmados de tuberculose pulmonar – Curitiba, Secretária de Estado da Saúde, 2015. Winsaude, IDS Desenvolvimento de Software e Assessoria, 2016. World Health Organization. Global Tuberculosis Control. WHO Report; 2012. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75938/1/9789241564502_eng.pdf>. Acesso em 07 de set. de 2016.

SHOPPING PROHOSPITAL. Disponível em: <sp.commercesuite.com.br>. Acesso em: 07 de set. de 2016.

41

ANEXOS ANEXO 1 – FICHA DE NOTIFICAÇÃO TUBERCULOSE

42

ANEXO 2 – GAL

43

(CONTINUAÇÃO)

44

ANEXO 3 – FICHA TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO (TDO)

45

ANEXO 4 – LIVRO DE REGISTRO DE PACIENTES E ACOMPANHAMENTO DE TRATAMENTO DOS CASOS TUBERCULOSE

46

(CONTINUAÇÃO)

47

ANEXO 5 – COLETA DE MATERIAL PARA PESQUISA DIRETA DE BAAR NO ESCARRO

48

ANEXO 6 – BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO TUBERCULOSE

49

ANEXO 7 – BOLETIM DE TRANSFERÊNCIA

50

(CONTINUAÇÃO)

51

ANEXO 8 – NOTA TÉCNICA PPD 2014

52

(CONTINUAÇÃO)

53

(CONTINUAÇÃO)

54

(CONTINUAÇÃO)

55

ANEXO 9 – NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 01/2017

56

(CONTINUAÇÃO)

57

ANEXO 10 – FICHA DE NOTIFICAÇÃO TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE DA TUBERCULOSE

58

(CONTINUAÇÃO)