23
 Legislação Aduaneira Prof. Rodrigo Luz Material atualizado em abril de 2013 1 APOSTILA ATUAL IZADA A AB RIL DE 2013  LEGISLAÇÃO ADUANEIRA (AFRFB/2012) 1. Jurisdição Aduaneira. 1.1. Território Aduaneiro. 1.2. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira  Alfandegados. 1.2.1. Alfandegamen to. 1.3. Recintos Alfandega dos. 1.4 . Administraç ão Aduane ira. 2. Controle Aduaneiro de Veículos. 3. Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior. 3.1. Regramento Constitucional e Legislação Específica. 3.2. Produtos, Bens e Mercadorias. 3.3. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados. 4. Imposto de Importação. 4.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 4.2. Incidência. 4.3. Fato Gerador. 4.4. Base de Cálculo. 4.5. Alíquotas. 4.6. Tributação de Mercadorias não Identificadas. 4.7. Regime de Tributação Simplificada. 4.8. Regime de Tributação Especial. 4.9. Regime de Tributação Unificada. 4.10. Pagamento do Imposto. 4.11. Isenções e Reduções do Imposto de Importação. 4.12. Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 4.13. Reimportação. 4.14. Similaridade. 5. Imposto de Exportação. 5.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 5.2. Incidência. 5.3. Fato Gerador. 5.4. Base de Cálculo. 5.5. Alíquotas. 5.6. Pagamento. 6. Imposto Sobre Produtos Industrializados vinculado à Importação. 6.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 6.2. Incidência e Fato Gerador. 6.3. Base de Cálculo. 6.4. Isenções. 6.5. Imunidades. 6.6. Suspensão do Pagamento do Imposto. 7. Contribuição para o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. 7.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 7.2. Incidência e Fato Gerador. 7.3. Base de Cálculo. 7.4. Isenções. 7.5. Suspensão do Pagamento. 7.6. Redução de Alíquotas (Programas Específicos e seu Regramento). 8. Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação vinculado à Importação. 8.1. Sujeitos  Ativo e Passivo. 8.2. Fato Gerador. 8.3 Alíquota s. 8.4. Isenções e Imunidades. 8.5. Pagamen to do Imposto e Controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1. Atividades Relacionadas aos Serviços  Aduaneiros. 9.2. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportaçã o. 9.2.1. Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentos que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiais de Importação e de Exportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de Importação e de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração de Importação. 9.5. Conferência e Desembaraço na Importação e na Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e da Declaração de Exportação. 9.7. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação. 10. Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Aduaneiros aplicados em Áreas Especiais. 10.1. Disposições Gerais e Específicas de cada Regime e de cada Área. 11. Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no MERCOSUL. 12. Mercadoria Abandonada. 13. Mercadoria Avariada e Extraviada. 13.1. Definição. 13.2. Vistoria Aduaneira.

AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 1/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 1

APOSTILA ATUAL IZADA ATÉ ABRIL DE 2013 

LEGISLAÇÃO ADUANEIRA (AFRFB/2012)

1. Jurisdição Aduaneira. 1.1. Território Aduaneiro. 1.2. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados. 1.2.1. Alfandegamento. 1.3. Recintos Alfandegados. 1.4. Administração Aduaneira.

2. Controle Aduaneiro de Veículos.

3. Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior. 3.1. Regramento Constitucional e LegislaçãoEspecífica. 3.2. Produtos, Bens e Mercadorias. 3.3. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais,Nacionalizados e Desnacionalizados.

4. Imposto de Importação. 4.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 4.2. Incidência. 4.3. Fato Gerador. 4.4. Base

de Cálculo. 4.5. Alíquotas. 4.6. Tributação de Mercadorias não Identificadas. 4.7. Regime deTributação Simplificada. 4.8. Regime de Tributação Especial. 4.9. Regime de Tributação Unificada.4.10. Pagamento do Imposto. 4.11. Isenções e Reduções do Imposto de Importação. 4.12.Imunidades do Imposto de Importação e Controle exercido pela Secretaria da Receita Federal doBrasil. 4.13. Reimportação. 4.14. Similaridade.

5. Imposto de Exportação. 5.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 5.2. Incidência. 5.3. Fato Gerador. 5.4. Basede Cálculo. 5.5. Alíquotas. 5.6. Pagamento.

6. Imposto Sobre Produtos Industrializados vinculado à Importação. 6.1. Sujeitos Ativo e Passivo. 6.2.Incidência e Fato Gerador. 6.3. Base de Cálculo. 6.4. Isenções. 6.5. Imunidades. 6.6. Suspensão doPagamento do Imposto.

7. Contribuição para o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. 7.1. Sujeitos Ativo e Passivo.

7.2. Incidência e Fato Gerador. 7.3. Base de Cálculo. 7.4. Isenções. 7.5. Suspensão do Pagamento.7.6. Redução de Alíquotas (Programas Específicos e seu Regramento).

8. Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação vinculado à Importação. 8.1. Sujeitos

 Ativo e Passivo. 8.2. Fato Gerador. 8.3 Alíquotas. 8.4. Isenções e Imunidades. 8.5. Pagamento doImposto e Controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

9. Procedimentos Gerais de Importação e de Exportação. 9.1. Atividades Relacionadas aos Serviços Aduaneiros. 9.2. Despacho Aduaneiro de Importação e Despacho Aduaneiro de Exportação. 9.2.1.Disposições Gerais. 9.2.2. Modalidades. 9.2.3. Documentos que os Instruem. 9.2.4. Casos Especiaisde Importação e de Exportação Previstos na Legislação. 9.3. Espécies de Declaração de Importaçãoe de Declaração de Exportação. 9.4. Declaração de Importação. 9.5. Conferência e Desembaraço naImportação e na Exportação. 9.6. Cancelamento da Declaração de Importação e da Declaração de

Exportação. 9.7. Lançamento dos Impostos Incidentes sobre a Importação.10. Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Aduaneiros aplicados em Áreas Especiais. 10.1.Disposições Gerais e Específicas de cada Regime e de cada Área.

11. Bagagem e Regime Aduaneiro de Bagagem no MERCOSUL.

12. Mercadoria Abandonada.

13. Mercadoria Avariada e Extraviada. 13.1. Definição. 13.2. Vistoria Aduaneira.

Page 2: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 2/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 2

14. Termo de Responsabilidade.

15. Infrações e Penalidades previstas na Legislação Aduaneira.

16. Pena de Perdimento. 16.1. Natureza Jurídica. 16.2. Hipóteses de Aplicação. 16.3. Limites. 16.4.Processo/Procedimento de Perdimento. 16.5. Processo de Aplicação de Penalidades pelo TransporteRodoviário de Mercadoria Sujeita a Pena de Perdimento.

17. Aplicação de Multas na Importação e na Exportação.

18. Intervenientes nas Operações de Comércio Exterior.

19. Sanções Administrativas a que estão sujeitos os Intervenientes nas Operações de ComércioExterior e o Processo de sua Aplicação.

20. Representação Fiscal para Fins Penais.

21. Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro.

22. Destinação de Mercadorias.23. Subfaturamento e Retenção de Mercadorias.

24. Valoração Aduaneira. Legislação Aduaneira aplicável ao MERCOSUL.

25. Internalização da Legislação Aduaneira Aplicável ao MERCOSUL.

26. Disposições Constitucionais Relativas à Administração e Controle sobre Comércio Exterior.

27. Contrabando, Descaminho e Princípio da Insignificância.

28. SISCOSERV (Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e Legislação Infralegal).

Observação: para ATRFB/2012, o conteúdo programático é praticamente igual,tirando-se alguns pontos muito específicos. Não constam para ATRFB os tópicos 20,

25 e 27 do edital de AFRFB. Além disso, também não constam os seguintessubtópicos: 4.6, 4.11, 4.13, 4.14, 6.4, 6.6, 7.4, 7.5, 7.6 (substituído por “Alíquotas”) e9.7 (substituído por “Siscomex”). 

Bibliografia Básica para a matéria de Legislação Aduaneira:

1) “Comércio Internacional e Legislação Aduaneira”, Rodrigo Luz, 5a edição. Rio de Janeiro:Elsevier, 2012

2) Regulamento Aduaneiro – Decreto 6.759/2009

Bibliografia Avançada:

“Anotações ao Regulamento Aduaneiro”, de Rosaldo Trevisan (org.), Cleusa Magalhães,Fausto Vieira Coutinho, José Luiz Novo Rossari, Liziane Angelotti Meira e Marcos AurélioPereira Valadão. 2ª edição. São Paulo: Lex Editora, 2010. Não é o Regulamento Aduaneirocomentado, mas um apanhado de todas as normas aduaneiras, ideal para quem quer ler oRegulamento e a legislação correlata de cada artigo.

Page 3: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 3/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 3

Esta apostila tem por base o Regulamento Aduaneiro, Decreto 6.759/2009.

1. JURISDIÇÃO ADUANEIRA

1.1. TERRITÓRIO ADUANEIRO

O território aduaneiro compreende todo o território nacional. (art. 2º)

 A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange: (art.3º)

I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridadeaduaneira local:

a) a área, terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portosalfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados e

c) a área terrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados.

II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nelaincluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

NOTAS:

1 - Jurisdição aduaneira significa o poder conferido à aduana para que aplique a legislação aduaneirano território nacional.

2 - A zona secundária pode ser definida por exclusão, ou seja, é tudo aquilo que não for zona primária incluído o espaço aéreo e as águas territoriais.

Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação constituem zonaprimária (art. 3º, § 1º).

 A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadasem regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil. (art. 3º, § 5º)

O Ministro da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas devigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos,pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que foremestabelecidas. Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do município atravessado

pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada. (art. 4o)

1.2. PORTOS, AEROPORTOS E PONTOS DE FRONTEIRA ALFANDEGADOS

Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório daautoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro: (art. 5º)

Page 4: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 4/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 4

I – estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados;

II  – ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem demercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas;

III  – embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a eledestinados.

O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e ostermos, limites e condições para sua execução. (art. 7o)

Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se aentrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Isto, porém, não seaplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil. (art. 8º)

1.2.1. ALFANDEGAMENTO

O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos aeroportos.(art.13, § 3o)

Compete à Secretaria da Receita Federal declarar o alfandegamento de portos, aeroportos epontos de fronteira e dos recintos de zona primária e de zona secundária. (art.13, § 1o e § 6o)

1.3. RECINTOS ALFANDEGADOS

Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, nazona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle aduaneiro,movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: (art. 9o)

I  – mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regimeaduaneiro especial;

II – bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e

III – remessas postais internacionais.

Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas

francas. (art.9

o

, §1

o

)

Portos Secos

Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operaçõesde movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controleaduaneiro. (art. 11)

Page 5: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 5/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 5

Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportosalfandegados.

Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportaçãoou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais.

1.4. ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA

O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre ocomércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o territórioaduaneiro. (art. 15) (CF/1988, art. 237)

 A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos

portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados. A administração aduaneiradeterminará os horários e as condições de realização dos serviços aduaneiros. (art. 16)

Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira, recintos alfandegados e zonas devigilância aduaneira, bem assim em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga demercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados,a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições. (art. 17)

O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordemtêm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações querealizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e deapresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos. (art. 18)

2. DO CONTROLE ADUANEIRO DE VEÍCULOS

 A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderáocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. (art. 26)

O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro atéa sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive abagagens de viajantes. (art. 26, § 1o)

O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída deveículos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados, e semprejuízo do disposto no § 1o. (art. 26, § 2º)

É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um delesprocedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa oumercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro. Excetuam-se desta proibição osveículos (art. 27):

I – de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;

II – das repartições públicas, em serviço;

Page 6: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 6/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 6

III  – autorizados para utilização em operações portuárias ou aeroportuárias, inclusivede transporte de passageiros e tripulantes; eIV – que estejam prestando ou recebendo socorro.

Prestação de Informações pelo Transportador 

O transportador prestará à Secretaria da Receita Federal as informações sobre as cargastransportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. (art.31)

O agente de carga, assim considerada qualquer pessoa que, em nome do importador ou doexportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide cargas e preste serviços

conexos, e o operador portuário também devem prestar as informações sobre as operações queexecutem e as respectivas cargas (art. 31, § 2º)

 Após a prestação dessas informações e a efetiva chegada do veículo ao País, será emitido orespectivo termo de entrada, na forma estabelecida pela RFB. (art. 32)

 As operações de carga, descarga ou transbordo em embarcações procedentes do exterior somente poderão ser executadas depois de prestadas as informações referidas no art. 31.

Busca em Veículos

 A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir ereprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestaçãodas informações referidas no art. 31 (art. 34)

 A busca será precedida de comunicação, verbal ou por escrito, ao responsável pelo veículo.(art. 34, § 1º)

Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação, lavrando-se termo. (art. 36)

Controle de Unidades de Carga

Definição de Unidades de Carga:

Entende-se por unidade de carga, para os efeitos deste artigo, qualquer equipamento

adequado à unitização de mercadorias a serem transportadas, sujeitas a movimentação de formaindivisível (Lei no 9.611, 1998, art. 24, caput).

É livre, no País, a entrada e a saída de unidades de carga e seus acessórios e equipamentos,de qualquer nacionalidade, bem como a sua utilização no transporte doméstico (Lei no 9.611, de 19de fevereiro de 1998, art. 26).

 Aplica-se automaticamente o regime de admissão temporária ou de exportação temporáriaaos bens referidos no caput, mas poderá ser exigida a prestação de informações para fins de controle

Page 7: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 7/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 7

aduaneiro sobre os bens referidos no caput, nos termos estabelecidos em ato normativo daSecretaria da Receita Federal do Brasil.

NOTA: As unidades de carga são consideradas parte do veículo transportador. Nãosão embalagens nem mercadorias, mas o próprio veículo.

MANIFESTO DE CARGA

 A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada emmanifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente. (art. 41)

NOTA: O manifesto de carga é um rol dos conhecimentos de carga e é consideradodocumento do veículo.

O responsável pelo veículo apresentará à autoridade aduaneira, na forma e no momentoestabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal: (art.42)

a) o manifesto de carga com cópias dos conhecimentos correspondentes;

b) a lista de sobressalentes e provisões de bordo.

Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos manifestosquantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga. (art. 43)

NOTA: Se embarcaram mercadorias em dois portos no exterior com destino ao portodo Rio, haverá dois manifestos a serem entregues no Rio. Por outro lado, seembarcaram em um porto no exterior mercadorias para dois portos no Brasil, p. ex. Rio

e Santos, haverá dois manifestos, um para o Rio e outro para Santos.

 A não apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação a qualquer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga. (art. 43, par. único)

O manifesto de carga conterá: (art. 44)

I - a identificação do veículo e sua nacionalidade;

II - o local de embarque e o de destino das mercadorias;

III - o número de cada conhecimento;

IV - a quantidade, espécie, marcas, número e peso dos volumes;

V - a natureza das mercadorias;VI - o consignatário de cada partida;

VII - a data do encerramento do manifesto, o nome e a assinatura do responsável peloveículo.

Page 8: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 8/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 8

 A carga eventualmente embarcada após o encerramento do manifesto será incluída emmanifesto complementar, que deverá conter as mesmas informações previstas para o manifestooriginal. (art. 45)

No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este (oconhecimento), podendo a correção daquele (do manifesto) ser feita de ofício. (art. 47)

O manifesto será submetido à conferência final para apuração da responsabilidade por eventuais diferenças quanto a extravio ou a acréscimo de mercadoria (art. 53)

NOTA: “Conferência Final de Manifesto 

 Art. 658 - A conferência final do manifesto de carga destina-se a constatar extravio ouacréscimo de volume ou de mercadoria entrada no território aduaneiro, mediante confronto domanifesto com os registros de descarga.”  

DESCARGA E CUSTÓDIA DA MERCADORIA

 A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será registrada pelotransportador, ou seu representante, e pelo depositário, na forma e no prazo estabelecidos pela RFB.(art.63)

DISPOSIÇÕES FINAIS

O veículo será tomado como garantia dos débitos fiscais, inclusive os decorrentes de multas

que sejam aplicadas ao transportador ou ao seu condutor. Enquanto não concluídos osprocedimentos fiscais destinados a verificar a existência de eventuais débitos para com a FazendaNacional, a autoridade aduaneira poderá permitir a saída do veículo, mediante termo deresponsabilidade firmado pelo representante do transportador, no País. (art. 64)

O responsável por embarcação de recreio, aeronave particular ou veículo de competição queentrar no País por seus próprios meios deverá apresentar-se à unidade aduaneira do local habilitadode entrada, no prazo de vinte e quatro horas, para a adoção dos procedimentos aduaneirospertinentes. (art. 66)

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

61  – (AFTN/1991) Define-se como zona primária a área (adaptada )

a) ocupada pelas zonas de vigilância aduaneira e pelos portos, aeroportos e pontos de fronteiraalfandegados

Page 9: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 9/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 9

b) terrestre ou aquática, ocupada pelos portos e aeroportos alfandegados, ou a eles adjacentes,bem como a área ocupada por pontos de fronteira alfandegados, por depósitos alfandegados, por entrepostos aduaneiros ou industriais e pelas zonas francas

c) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a áreaterrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área terrestre que compreende os pontosde fronteira alfandegados

d) terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a áreaterrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e espaço aéreo adjacente, bem como a áreaadjacente aos pontos de fronteira alfandegados

e) ocupada pelos portos, aeroportos, pontos de fronteira alfandegados, depósitos alfandegados,entrepostos aduaneiros, entrepostos industriais, zonas francas e áreas de trânsito aduaneiro

69  – (TTN/1997-Área Aduana) As operações de carga, descarga ou transbordo de veículoprocedente do exterior só poderão ser executadas: (adaptada) 

a) em dia de expediente normal da repartição aduaneira para efeito de fiscalização e efetivo controledas mercadorias;

b) depois de formalizada a sua entrada no porto, aeroporto ou repartição jurisdicionante do ponto defronteira alfandegado;

c) após o efetivo estacionamento do veículo no porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado,permanecendo, a partir desse momento, sob rigoroso controle aduaneiro;

d) após a liberação do veículo procedente do exterior pela autoridade sanitária para fim de controlede doenças e pragas;

e) após a entrega de todos os documentos relativos a carga transportada na repartição aduaneira que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.

80  – (TTN/1997-Área Aduana) A conferência final do manifesto em confronto com os registrosde descarga da mercadoria dos veículos transportadores feita pela fiscalização aduaneira tempor finalidade:

a) verificar as divergências porventura existentes e intimar o importador a pagar as multascorrespondentes;

b) constatar a falta ou acréscimo de volume ou mercadoria entrada no território aduaneiro e a adoçãodo procedimento fiscal adequado contra o transportador;

c) verificar se do manifesto constam todos os conhecimentos de carga, confrontando-se as

quantidades de volumes registradas e os respectivos pesos brutos com os totais constantes domanifesto;

d) após a descarga do veículo transportador verificar se todos os conhecimentos de carga estãoarrolados no manifesto para confronto com os despachos aduaneiros correspondentes;

e) proceder às averbações no manifesto das diferenças encontradas após a descarga, entre os dadosconstantes dos conhecimentos de carga e os dados constantes das folhas de controle de carga paraefeito de apurar a responsabilidade pela diferença de tributos.

Page 10: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 10/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 10

46  – (ATRFB/2012) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos e pontos de fronteiraalfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional.

b) compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade do Estado atravessado pela linha dedemarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.

c) com exceção da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão oupor dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria daReceita Federal do Brasil, somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderáefetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

d) portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações demovimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controleaduaneiro.e) a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nosportos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

53  – (AFRFB/2012) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o recolhimento da multa de que trata o caput do art. 38 da Lei n. 12.350, de 20 de dezembro de2010, não garante o direito à operação regular do local ou recinto alfandegado nem prejudica aaplicação das sanções estabelecidas no art. 37 da referida Lei e de outras penalidades cabíveis ou arepresentação fiscal para fins penais, quando for o caso.

b) a Jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado criadas em

regiões limítrofes dos países integrantes do MERCOSUL com o Brasil.c) poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, Zonas de Vigilância Aduaneira.

d) os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.

e) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas deProcessamento de Exportação constituem zona secundária.

Outras questões a serem resolvidas:

 ATRFB 2012 – questão 47

TRF 2003 – questão 21

TRF 2002/2 – questões 21 e 22

TRF 2002/1 – questões 21 e 22TTN 98 – questões 41 e 59

TTN/97 (área AT) – questões 06 e 07

TTN/97 (área Adu) – questões 61 e 62

Page 11: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 11/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 11

3. TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR

Os tributos incidentes sobre o comércio exterior expressamente pedidos no edital são oimposto de importação, o IPI, o imposto de exportação, o ICMS, o PIS/PASEP-Importação e aCOFINS-Importação.

3.1. REGRAMENTO CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

CF/1988, art. 153, I, II, IV, §§ 1º e 3º; art. 155, II e § 2o; art. 195, IV.

3.2. PRODUTOS, BENS E MERCADORIAS

Os tributos no comércio exterior incidem sobre mercadorias, salvo o PIS/PASEP-Importação e

a COFINS-Importação, que se aplicam também a serviços importados.Produtos: toda coisa ou utilidade que se extrai de outra (Pedro Nunes, José Naufel, Plácido e

Silva e Rubens França).

Bens: coisas, corpóreas e incorpóreas, passíveis de apreciação econômica (Liziane Meira).

Mercadorias: coisas móveis destinadas ao comércio. (Hugo de Brito Machado).

O único conceito expresso na legislação aduaneira é o de “mercadoria”, constante no Código Aduaneiro do Mercosul (CAM) (Decisão CMC 27/2010, art. 3o):

“Mercadoria: todo bem suscetível de um destino aduaneiro.”  

“ 1. A mercadoria ingressada no território aduaneiro deverá receber um dos seguintesdestinos aduaneiros:

a) inclusão em um regime aduaneiro de importação;b) retorno ao exterior;

c) abandono; ou

d) destruição.”  

 A CF/1988 referencia “produtos”: “Compete à União instituir imposto sobre importação deprodutos   estrangeiros.”  (artigo 153, I, CF/1988). Já o Decreto-Lei 37/66, principal base legal doRegulamento Aduaneiro, faz referência aos termos mercadorias (artigo 1º), bagagem (art. 13) ebens (por exemplo, artigos 12, 14 e 26).

“Art.1º  - O imposto sobre a importação incide sobre mercadoria estrangeira e temcomo fato gerador sua entrada no território nacional.

 Art. 12  – A isenção ou redução, quando vinculada à destinação dos bens , ficarácondicionada ao cumprimento das exigências regulamentares, e, quando for o caso, àcomprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivarem aconcessão.

 Art. 13  – É concedida isenção do imposto de importação, nos termos e condiçõesestabelecidos no regulamento, à bagagem  constituída de (...)”  

Page 12: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 12/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 12

3.3. PRODUTOS ESTRANGEIROS, PRODUTOS NACIONAIS, NACIONALIZADOS EDESNACIONALIZADOS.

 A conceituação de produtos estrangeiros e nacionais depende da verificação do país deorigem do produto. Nacionalizada é a mercadoria importada a título definitivo (art. 212, § 1º).Desnacionalizada é a mercadoria exportada a título definitivo.

Questões de fixação

48  – (ATRFB/2012) São tributos incidentes sobre o comércio exterior, exceto:

a) Imposto de Importação.b) Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviçosde Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.

e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviçosde Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação sobre operações que destinemmercadorias para o exterior.

47  – (TRF/2000) Consideram-se nacionalizadas:

a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de importação,somente após o regular despacho para consumo, tributadas, ou isentas do imposto de importação;

b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido despachadaspara consumo;

c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas peloimposto de importação;

d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido pagas aoexportador estrangeiro;

e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, independentemente de seremdespachadas para consumo.

Page 13: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 13/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 13

4. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

SUJEITOS ATIVO E PASSIVO (tópico 4.1)

CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS

É contribuinte do imposto: (art. 104)

I  – o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada demercadoria estrangeira no território aduaneiro;

II  – o destinatário de Remessa Postal Internacional, indicado pelo respectivoremetente; e

III – o adquirente de mercadoria entrepostada.

É responsável pelo imposto: (art. 105)

I  – o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sobcontrole aduaneiro, inclusive em percurso interno;

II  – o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia demercadoria sob controle aduaneiro; ou

III – qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

É responsável solidário: (art. 106)

I – o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução doimposto;

II – o representante, no País, do transportador estrangeiro;

III  – o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importaçãorealizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora;

IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedênciaestrangeira de pessoa jurídica importadora;

V – o expedidor, o Operador de Transporte Multimodal ou qualquer subcontratado paraa realização do transporte multimodal;

VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização paraexportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário,mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia industrial doproduto a ser exportado; e

VII – qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

NOTA: De acordo com a Lei 9.611/98, art. 28, o OTM será responsável solidário preferencial, cabendo-lhe direito de regresso.

Page 14: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 14/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 14

INCIDÊNCIA (tópico 4.2)

O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira. (art. 69)

O imposto de importação incide, inclusive, sobre bagagem de viajante e sobre bens enviadoscomo presente ou amostra, ou a título gratuito. (art. 69, par. único)

Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ounacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se: (art. 70)

I – enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;

II – devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição;

III  – por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do paísimportador;

IV – por motivo de guerra ou calamidade pública; ouV – por outros fatores alheios à vontade do exportador.

Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput , os equipamentos, asmáquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem assim as partes, as peças, osacessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresasnacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótesede retornarem ao País (parágrafo único do art. 70)

NOTAS:

1) O retorno de mercadoria nacional ou nacionalizada exportada a título temporário édenominada REIMPORTAÇÃO.

2) O retorno ao exterior de mercadoria que havia sido importada a título temporário denomina-se REEXPORTAÇÃO.

3) Antigamente, a mercadoria que tivesse sido exportada temporariamente e quedescumprisse as condições do regime era considerada estrangeira e pagava imposto deimportação. Atualmente, há apenas multa pelo descumprimento.

NÃO-INCIDÊNCIA

O Imposto não incide sobre: (art. 71)

I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte,chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;

II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine àreposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após odesembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se

Page 15: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 15/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 15

destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério daFazenda;

III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto nahipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida;

IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da Declaraçãode Importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;

V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileirade navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao Registrobrasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem;

VI  – (tacitamente revogado) mercadoria estrangeira avariada ou que se reveleimprestável para os fins a que se destinava, desde que seja destruída sobcontrole aduaneiro, antes do desembaraço aduaneiro, sem ônus para a Fazenda

Nacional; eVII  – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente

destruída.

Em relação ao inciso VI, a base legal foi alterada pelo art. 40 da Lei 12.350/2010 para:

“destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antesde desembaraçada.” 

FATO GERADOR (tópico 4.3)

O fato gerador do imposto de importação é a entrada da mercadoria estrangeira no territórioaduaneiro. (art. 72)

NOTA: Fato Gerador Espacial ou Material, também chamado de Elemento Material do FatoGerador.

Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro amercadoria que conste como tendo sido importada e cujo extravio tenha sido apurado pela autoridadeaduaneira (art. 72, §1o)

NOTA: Este é o Fato Gerador Presumido ou Fato Gerador por Presunção Legal.

O disposto no parágrafo anterior não se aplica: (art. 72, §§ 2o e 3º)

I – às malas e às remessas postais internacionais; e

II – à mercadoria importada a granel que, desde que o extravio não seja superior a 1%(um por cento). Porém, o imposto será devido sobre o extravio que exceder 1%.

Page 16: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 16/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 16

Elemento Temporal do Fato Gerador ou Momento de Incidência

Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador: (art.73)

I  – na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida adespacho para consumo;

II – no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de:

a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime deimportação comum;

b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada oudesacompanhada;

c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito

equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira; ed) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de

importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou nãoseja localizada;

III  – na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recintoalfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada apena de perdimento da mercadoria;

IV - na data do registro da declaração de admissão temporária para utilizaçãoeconômica.

O disposto no inciso I aplica-se inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria

sob regime suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional ouconduzida por viajante, sujeito ao regime de importação comum. (art.73, par. único)

NÃO OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro: (art. 74)

I – do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada noseu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira.

II – de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, aindaque descumprido o regime.

BASE DE CÁLCULO e ALÍQUOTAS (tópicos 4.4 e 4.5)

 A base de cálculo do imposto é (art. 75)

I) quando a alíquota for “ad valorem”, o valor aduaneiro apurado segundo as normas doartigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio  – GATT 94; e

Page 17: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 17/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 17

II) quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade demedida estabelecida.

Observação: o valor aduaneiro será estudado no tópico 24 do edital.

O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum(TEC) sobre a base de cálculo de que trata o art. 75. (art. 90)

O disposto acima não se aplica:

I – às remessas postais internacionais quando sujeitas ao regime de tributaçãosimplificada; e

II  – aos bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior, quandosujeitos ao regime de tributação especial.

O imposto poderá ser calculado pela aplicação de alíquota específica, ou pela conjugaçãodesta com a alíquota “ad valorem”, conforme estabelecido em legislação própria. (ar t.91)

 A alíquota específica poderá ser determinada em moeda nacional ou estrangeira. (art. 91, par.único).

Compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) alterar as alíquotas do imposto deimportação, observadas as condições e os limites estabelecidos em lei. (art.92)

Quando se tratar de mercadorias objeto de acordo internacional firmado pelo Brasil,prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais resultar tributaçãomais favorável ao importador. (art. 95)

Taxa de Câmbio

Para efeito de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido ofato gerador do imposto. (art. 97)

 A taxa de câmbio para efeito de cálculo dos tributos incidentes na importação será fixada combase na cotação diária para venda da respectiva moeda e produzirá efeitos no dia subseqüente(Portaria MF 06/99)

PAGAMENTO DO IMPOSTO (tópico 4.10)

O imposto será pago na data do registro da Declaração de Importação. O Ministro de Estadoda Fazenda poderá fixar, em casos especiais, outros momentos para o pagamento do imposto. (art.107)

 A importância a pagar será a resultante da apuração do total do imposto, na declaração deimportação ou em documento de efeito equivalente. (art.107)

Page 18: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 18/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 18

TRIBUTAÇÃO DAS MERCADORIAS NÃO IDENTIFICADAS (tópico 4.6)

Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ouconsumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serãoaplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas decinqüenta por cento para o cálculo do imposto de importação e de cinqüenta por cento para o cálculodo imposto sobre produtos industrializados. (art. 98)

Na hipótese de que trata o caput, a base de cálculo do imposto de importação será arbitradaem valor equivalente à média dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a títulodefinitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas nosemestre anterior, incluídos os custos do transporte e do seguro internacionais, acrescida de duasvezes o correspondente desvio padrão estatístico. (art. 98, § 1º)

Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso líquido admitidona unidade de carga utilizada no seu transporte.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA (RTS) (tópico 4.7)

O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação genérica para fins dedespacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicaçãode alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtosindustrializados (IPI), da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação,  observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda. (art. 99)

 Aplica-se o Regime de Tributação Simplificada (RTS) na cobrança do imposto incidente sobrebens contidos em remessas postais internacionais cujo valor não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mildólares) ou o equivalente em outra moeda (PMF 156/99).

NOTAS:

1 – A PMF 156/99 fixa a alíquota de 60% de Imposto de Importação. Há isenção dosdemais tributos.

2  – Há isenção do Imposto de Importação dos bens contidos em remessas postaisinternacionais de valor não superior a US$ 50.00 (cinqüenta dólares), quando oremetente e o destinatário forem pessoas físicas.

3  – Aos medicamentos destinados a pessoa física, cujo valor exceder o limite deisenção, será aplicada a alíquota de 0%.

4  – Não se aplica a bens do cap. 24 da NCM/SH (fumo e produtos de tabacaria) ebebidas alcoólicas.

De acordo com a IN 96/99 do SRF, o RTS se aplica ainda às encomendas aéreasinternacionais transportadas com emissão de conhecimento de carga.

Page 19: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 19/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 19

REGIME DE TRIBUTAÇÃO ESPECIAL (RTE) (tópico 4.8)

O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes debagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação daalíquota de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do bem. (art. 101)

 Aplica-se o Regime de Tributação Especial aos bens: (art. 102)

I – compreendidos no conceito de bagagem, que excederem o limite de isenção; e

II  – adquiridos em lojas francas de chegada, que excederem o limite de isençãoestabelecido pelo Ministro da Fazenda.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO UNIFICADA (RTU) (tópico 4.9)

O regime de tributação unificada (RTU) é o que permite a importação, por via terrestre, demercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importação,do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e daCOFINS-Importação, observado o limite máximo de valor por habilitado, conforme estabelecido emato normativo específico (art. 102-A)

Poderão ser importadas ao amparo do regime de que trata o caput somente as mercadoriasrelacionadas em ato normativo específico. É vedada a inclusão no regime de que trata o caput dequaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas emunições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores

em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bensusados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

Decreto 6.956/2009:“Art. 3º Deverão ser observados, na importação de mercadorias ao amparo do RTU, os limites,

por habilitado, indicados abaixo:

I - R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), para o primeiro e segundo trimestres-calendário;

II - R$ 37.000,00 (trinta e sete mil reais), para o terceiro e quarto trimestres-calendário; e

III - R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) por ano calendário.

Art. 6º Somente poderá optar pelo RTU a microempresa, optante pelo Regime EspecialUnificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas eEmpresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, previamente habilitada pela Secretaria daReceita Federal do Brasil, observado o disposto no art. 13.

Art. 8º Considera-se registrada a Declaração de Importação de mercadoria ingressada noPaís, ao amparo do RTU, quando atestados, em sistema informatizado específico, pelorepresentante da microempresa importadora brasileira, os dados recebidos por meio eletrônico,em relação à compra efetuada no município fronteiriço estrangeiro.

Page 20: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 20/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 20

Parágrafo único. A mercadoria será declarada abandonada, pela autoridade aduaneira, edestinada na forma da legislação específica, decorrido o prazo de trinta dias da entrada norecinto alfandegado onde será realizado o despacho aduaneiro de importação ao amparo doRTU, sem que tenha sido iniciado ou retomado o respectivo despacho aduaneiro, por ação oupor omissão do optante.

Art. 9º Considera-se iniciado o trânsito aduaneiro de mercadoria estrangeira ingressada noPaís, ao amparo do RTU, quando verificada a entrada no ponto de fronteira alfandegadohabilitado, por meio manual ou eletrônico, do veículo transportador habilitado que a estiver conduzindo.

Art. 10. O RTU implica o pagamento dos seguintes impostos e contribuições federaisincidentes na importação:

I - Imposto de Importação;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados;III - Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador deBens Estrangeiros ou Serviços do Exterior - COFINS-Importação; e

IV - Contribuição para o PIS/PASEP-Importação.

§ 1º Os impostos e contribuições de que trata o caput serão pagos na data do registro daDeclaração de Importação.

§ 2º O optante pelo RTU não fará jus a qualquer benefício fiscal de isenção ou de redução dosimpostos e contribuições referidos no caput, bem como de redução de suas alíquotas ou basesde cálculo.

§ 3º O RTU poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias esobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -ICMS devido pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao RTU

mediante convênio.Art. 11. Os impostos e contribuições federais devidos por optante pelo RTU serão calculadospela aplicação da alíquota única de vinte e cinco por cento sobre o preço de aquisição dasmercadorias importadas, à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente,observados os valores de referência mínimos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federaldo Brasil, sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 10. “ 

Questões de fixação

15  – (AFRF/2002-1) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal:a) são responsáveis solidários, perante a Fazenda Nacional, pelo crédito tributário exigível.

b) são responsáveis, por designação expressa, perante a Fazenda Nacional, pelo crédito tributárioexigível.

c) na qualidade de sujeitos passivos por sujeição direta, respondem perante a Fazenda Nacionalproporcionalmente ao crédito tributário exigível.

Page 21: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 21/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 21

d) são contribuintes substitutos perante a Fazenda Nacional, respondendo proporcionalmente pelocrédito tributário exigível.e) são responsáveis solidários perante a Fazenda Nacional e nessa qualidade respondemproporcional e eqüitativamente pelo crédito tributário exigível.

63  – (TTN/1997-Área Aduana) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceirossob controle aduaneiro nos armazéns de zona primária ou secundária:

a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias sob suaguarda;

b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada comisenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador;

c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isençãoou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens;

d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele consignadas;

e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho aduaneiro damercadoria.

64  – (TTN/1997-Área Aduana) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e omomento de sua ocorrência, para fins de cálculo do imposto, são condições cumulativas

a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo órgãocompetente

b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu

registro no manifesto de carga do veículo transportador c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado e a

entrega dos documentos relativos à importação na repartição aduaneira jurisdicionante

d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX dadeclaração de importação para consumo

e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos defronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer regime aduaneiro especial.

14  – (AFTN/1989) No caso de falta de mercadoria constante de documento de carga ouequivalente, apurada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:

a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito tributáriocorrespondente;b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo transportador noterritório aduaneiro;

c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato foi comunicado àrepartição fiscal;

Page 22: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 22/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 22

d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a mercadoriasujeita aos tributos então vigentes;e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o primeiroregistro de declaração de importação de mercadoria desembarcada do mesmo veículo transportador.

11  – (AFRF/2002-2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade evalor, e que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado,após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desdeque satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamenteao imposto de importação uma hipótese de

a) isenção condicionada.

b) regime suspensivo até o implemento das condições.

c) não incidência.

d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.

e) isenção de natureza objetiva.

24  – (TRF/2002-1) A base de cálculo do imposto de importação é:

a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade demedida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda;

b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é normalmenteoferecida à venda no mercado atacadista do país exportador, somado às despesas efetivamentepagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF),

deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pelaexportação;

c) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido numa venda internacional emcondições de livre concorrência, e relativo ao custo da exportação acrescido das despesas incorridaspara colocação no porto de embarque;

d) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço do produto adquirido em licitação pública,deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e segurointernacionais;

e) quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo Geral sobreTarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

50  – (ATRFB/2012) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto afirmar que:a) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem,acidentalmente destruída.

b) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro dadeclaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro dadeclaração de importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime

Page 23: AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

7/30/2019 AAF_LegislaçãoAduaneira_RodrigoLuz_Aulas01e02_matprof

http://slidepdf.com/reader/full/aaflegislacaoaduaneirarodrigoluzaulas01e02matprof 23/23

  Legislação Aduaneira

Prof. Rodrigo Luz

Material atualizado em abril de 2013 23

suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.d) são contribuintes do imposto o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova aentrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postalinternacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.

e) o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto.

55  – (AFRFB/2012) Sobre o Regime de Tributação Simplificada, o Regime de TributaçãoEspecial e o Regime de Tributação Unificada, analise os itens a seguir, classificando-os comocorretos (C) ou errados (E). Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas.

I. O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins de despacho deimportação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do Impostode Importação, e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para oPIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

II. O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens integrantes de bagagemmediante a exigência tão somente do Imposto de Importação, calculado pela aplicação da alíquota decinquenta por cento sobre o valor do bem.

III. O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de mercadoriasprocedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos seguintes impostos e contribuiçõesfederais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados;Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

IV. Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o Regime de TributaçãoUnificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelooptante.

a) Estão corretos somente os itens II e III.

b) Estão corretos somente os itens I, II e III.

c) Estão corretos somente os itens I e II.

d) Estão corretos somente os itens III e IV.

e) Todos os itens estão corretos.

 ATRFB/2012 – questão 51 AFRF 2002/2 – questões 15 e 31

 AFRF 2000 – questões 17, 19 e 43

 AFTN 98 – questão 43

 AFTN 96 – questões 10 e 12

TRF 2003 – questão 22

Outras questões a serem resolvidas: 

TRF 2002/2 – questões 23 e 24TRF 2002/1 – questão 23

TRF 2000 – questões 44

TTN 98 – questões 43, 44, 45 e 60