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Abril 2017 #8 O BOLETIM MENSAL ! No dia 11 de Abril do ano em curso, a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) assinou um Memorando de Entendimento (MdE) com o Clube de Negócios França-Moçambique, uma agremiação que congrega e promove os interesses do empresariado francês que opera em Moçambique. Na prossecução da sua missão orientada à promoção do desenvolvimento harmonioso de actividades comerciais dos seus associados a nível nacional, regional e internacional com vista garantir a participação efectiva destes nos múltiplos desafios da consolidação de um Moçambique prospero e de justiça social, a Câmara do Comércio de Moçambique, fundada nos anos 80 tem vindo a estabelecer parcerias com outras organizações similares na arena internacional. A CCM, na sua vocação estatutária, tem um papel preponderante no desenvolvimento das actividades do empresariado, com vista a garantir a participação efectiva destes nas actividades económicas do país. A CCM, estando numa fase de reestruturação, tem identificado, como objectivos estratégicos: O reforço a capacidade institucional da CCM e o Desenvolvimento da plataforma da pro-actividade com os seus associados. É neste contexto que, depois de encontros de conhecimento mútuo entre a CCM e o Clube de Negócios França- Moçambique e o reconhecimento da necessidade de estabelecimento de sinergias para a promoção do comércio e investimento entre os agentes económicos e homens de negócio de ambos os países, decidimos celebrar um acordo de colaboração entre as nossas instituições. A assinatura do MdE entre a CCM e o Clube de Negócios França-Moçambique vai permitir e legitimar um processo que irá consolidar cada vez mais os laços de amizade e cooperação já existentes entre Moçambique e França. O Memorando em apreço é um instrumento de trabalho que estabelece as balizas de colaboração entre os agentes económicos na concretização dos objectivos plasmados nas estratégias de desenvolvimento dos dois países. É, em última análise, o instrumento que expressa o ensejo das duas partes em cooperar para o benefício mutuamente vantajoso na concepção de acções como: i) partilhar regularmente as informações de mercado para importação e exportação sobre bens e serviços que são disponíveis em cada uma das partes.ii) promover e apoiar-se mutuamente na organização de exposições, feiras de comércio e reuniões de compra e venda. iii) troca de informação regular sobre investimento e oportunidade de que são disponíveis em cada uma da partes, negócios para encorajar as actividades de investimento e negócio. iv) Colaborar na assistência e organização de visitas de missões empresariais, exposições e feiras comerciais nos dois países, eentre outros. A CCM reitera o seu compromisso e a sua total disponibilidade para tudo fazer para que o Memorando a se celebrar traduz-se numa acção conjunta de grande valia para o desenvolvimento das actividades empresariais que resultem num crescimento económico de Moçambique e da França. . EDIÇÃO de Julião DIMANDE, Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique « AGENDA 25 de Abril de 2017 : Mesa redonda organizada no Clube Naval (12h30-14h30) , em torno da expe riência sobre os fonecedores de serviços B2B (advogados, fiscalistas, contabilistas, escritorios de recrutamento, traductor ajuramentado) Inscreva-se por email para Sarmento Semana de 8 de Maio 2017 (data por confimar): visita ao Porto de Maputo, organizada para os membros do Clube de Negócios « CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE 1 Fim de Maio : Séminario organizado pelo European Business Club (EBC) em parceria com o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) , Apresentação da plataforma SPX (Subcontracting And Partnership Exchange) e oportunidades de negócios de 2 grandes companhias (Sasol, ENI e/ou Mozal) 24-26 Maio 2017 : Feira MOZTECH , 4ª edição da feira de NTIC em Maputo, no Centro de Conferência Joaquim Chissano (http://www.moztech.co.mz/) Eventos do Clube Outros eventos

Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS - cciframoz.fr · viagem coorporativa (Quinta Essencia), criação da sua propria empresa de consultoria em comunicação, eventos e turismo YES -

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Abril 2017 #8

O BOLETIM

MENSAL !

No dia 11 de Abril do ano em curso, a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) assinou um Memorando de

Entendimento (MdE) com o Clube de Negócios França-Moçambique, uma agremiação que congrega e promove os

interesses do empresariado francês que opera em Moçambique.

Na prossecução da sua missão orientada à promoção do desenvolvimento harmonioso de actividades comerciais dos

seus associados a nível nacional, regional e internacional com vista garantir a participação efectiva destes nos múltiplos

desafios da consolidação de um Moçambique prospero e de justiça social, a Câmara do Comércio de Moçambique,

fundada nos anos 80 tem vindo a estabelecer parcerias com outras organizações similares na arena internacional.

A CCM, na sua vocação estatutária, tem um papel preponderante no desenvolvimento das actividades do empresariado,

com vista a garantir a participação efectiva destes nas actividades económicas do país.

A CCM, estando numa fase de reestruturação, tem identificado, como objectivos estratégicos: O reforço a capacidade

institucional da CCM e o Desenvolvimento da plataforma da pro-actividade com os seus associados.

É neste contexto que, depois de encontros de conhecimento mútuo entre a CCM e o Clube de Negócios França-

Moçambique e o reconhecimento da necessidade de estabelecimento de sinergias para a promoção do comércio e

investimento entre os agentes económicos e homens de negócio de ambos os países, decidimos celebrar um acordo de

colaboração entre as nossas instituições.

A assinatura do MdE entre a CCM e o Clube de Negócios França-Moçambique vai permitir e legitimar um processo que

irá consolidar cada vez mais os laços de amizade e cooperação já existentes entre Moçambique e França.

O Memorando em apreço é um instrumento de trabalho que estabelece as balizas de colaboração entre os agentes

económicos na concretização dos objectivos plasmados nas estratégias de desenvolvimento dos dois países. É, em

última análise, o instrumento que expressa o ensejo das duas partes em cooperar para o benefício mutuamente

vantajoso na concepção de acções como: i) partilhar regularmente as informações de mercado para importação e

exportação sobre bens e serviços que são disponíveis em cada uma das partes.ii) promover e apoiar-se mutuamente

na organização de exposições, feiras de comércio e reuniões de compra e venda. iii) troca de informação regular sobre

investimento e oportunidade de que são disponíveis em cada uma da partes, negócios para encorajar as actividades de

investimento e negócio. iv) Colaborar na assistência e organização de visitas de missões empresariais, exposições e

feiras comerciais nos dois países, eentre outros.

A CCM reitera o seu compromisso e a sua total disponibilidade para tudo fazer para que o Memorando a se celebrar

traduz-se numa acção conjunta de grande valia para o desenvolvimento das actividades empresariais que resultem num

crescimento económico de Moçambique e da França. .

EDIÇÃO de Julião DIMANDE, Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique

«

AGENDA

• 25 de Abril de 2017 : Mesa redonda organizada no

Clube Naval (12h30-14h30) , em torno da expe riência

sobre os fonecedores de serviços B2B (advogados,

fiscalistas, contabilistas, escritorios de recrutamento,

traductor ajuramentado)

Inscreva-se por email para Sarmento

• Semana de 8 de Maio 2017 (data por confimar): visita

ao Porto de Maputo, organizada para os membros do

Clube de Negócios

«

CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

1

• Fim de Maio : Séminario organizado pelo

European Business Club (EBC) em parceria com

o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) ,

Apresentação da plataforma SPX (Subcontracting

And Partnership Exchange) e oportunidades de

negócios de 2 grandes companhias (Sasol, ENI e/ou

Mozal)

• 24-26 Maio 2017 : Feira MOZTECH , 4ª edição da

feira de NTIC em Maputo, no Centro de Conferência

Joaquim Chissano (http://www.moztech.co.mz/)

Eventos do Clube Outros eventos

ACTUALIDADES DO CLUBE

BEM VINDOS AOS NOVOS MEMBROS

Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

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CATEGORIA PLATINUM

-TOTAL Exploration & Production : A Total é uma empresa integrada,

presente em todos os segmentos da cadeia petroíifica foi reorganizada em 2016

para se tornar a maior sede da energia responsável. Presente em Moçambique

desde 1992, no sector de distribuição de productos petrolíferos, através de sua

rede de depósitos de combustível e estações de serviço. Total abriu

recentemente uma filial no setor de Exploração e Produção. Presente desde

2012 com a participação em um bloco de exploração na bacia do Rovuma, norte

de Moçambique, TOTAL E & P Moçambique tornou-se operadora deste bloco

em Abril de 2016. Sua equipe, com escritório em Maputo desde Outubro de

2016 está a preparar a perfuração de um poço de exploração na esperança de

fazer uma descoberta de petróleo ou gás.

- MAZARS : O escritório de auditoria, consultoria e informações fiscais,

membro business do Clube desde 2016, decidiu implicar-se mais no Clube de

Negócios tornando-se membro Platinum. Agora Mazars redige a secção fiscal de

nosso newsletter e seu parceiro, Joel Almeida, é Presidente do Conselho Fiscal

do Clube.

CATEGORIA BUSINESS

- INSTAR Projects Logistics : Multinacional de origem russa, empresa de

logística especializada na entrega de materiais

para grandes projetos de infraestrutura,

condições de planejamento e de viabilidade do

projecto para a implementação. Em Moçambique,

INSTAR Projects fornece tubos de logística St

GOBAIN desde a usinas de produção até a

entrega no local de construção da barragem de

Corumana. Especializada em soluções

personalizadas, INSTAR Projects oferece

serviços: gestão de projectos, estudos de rotas e

optimização logística, rodoviária, marítimo, aérea

e ferroviário, trabalho pesado, armazenamento,

seguro, desembaraço aduaneiro, construção de

estradas e pontes temporárias, perfuração,

análise de custos para optimizar fornecimento.

- SAS SPP : Localizada na Ilha de Reunião e

ansiosa para expandir-se em Moçambique, a

construtora é especializada na obra específica e

reabilitação, como metal ou trabalho de concreto.

SAS SPP oferece soluções sob medida para

trabalho de difícil acesso em todos os níveis.

- NEOEN : Primeiro actor independente

francês das energias renováveis no mundo,

NEOEN se desenvolve em 4 domínios : o

fotovoltaica, o vento, biomassa e

armazenamento. Suas atividades vão desde o

desenvolvimento do projecto para a produção e

venda de energia, através da estruturação e

supervisão da construção da usina. Em

Moçambique, NEOEN abriu seu escritório em

2015 para gerir um projecto de energia solar

fotovoltaica 41MW na província de Cabo

Delgado, em parceria com a EDM.

-Mathieu MACHAT : Dispondo de uma experiência de 12 anos em África

principalmente no sector de Oil & Gás, Mathieu trabalhou 5 anos na PUMA

ENERGY, dois quais 2 anos como Director Administrativo Financeiro de PUMA

ENERGY MOCAMBIQUE Lda. Actualmente a procura de trabalho em Maputo

onde juntou-se ao Clube

-Miguel DE FONSECA : Director francófono e francófilo do escritório de

arquitectura ADOC.MOOVE, Miguel apoia os seus clientes desde a concepção

até a conclusão do projecto de construção, oferecendo gestão integrada tendo

em conta tanto a atitude, confiabilidade, tempo de controle e custo.

-Ickx KWIZERA : Jovem de origem Ruandesa e de Goa, Ickx cresceu em

Moçambique e estudou na escola francesa. Actualmente trabalha na Total E&P,

com uma experiencia profissional na area de comunicação, mas com uma

carreira professional diversificada: indústria hoteleira (Hotel Polana), agencia de

viagem coorporativa (Quinta Essencia), criação da sua propria empresa de consultoria em comunicação, eventos e turismo YES - Young Entrepreneurial Solutions, especializada em redes sociais, trabalhou na campanha presidencial do Filipe Jacinto Nyusi em redee sociais. Ickx dedicou-se igualmente ao empreendedorismo social, e foi selecionado pelo Departamento de Estado dos EUA participar do programa International Visitors Leadership Program nos EUA.

A 11 de Abril de 2017 - ASSINATURA DE UM ACORDO DE PARCERIA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO

DE MOÇAMBIQUE

O Clube de Negócios France-Moçambique selou seu acordo de parceria

com a Câmara do Comércio de Moçambique, na terça-feira 11 de Abril. Este

acordo permitirá trazer as comunidades empresariais francesas e

moçambicanas e implementado em conjunto para o desenvolvimento

económico de Moçambique.

CATEGORIA INDIVIDUAL

ACTUALIDADES DO CLUBE

Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

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29 MARÇO 2017 - ASSEMBLEIA GERAL DO CLUBE DE NEGÓCIOS

Com o objectivo de passar ao abrigo do estatuto da CCI em 2018, o clube agora

oferece uma gama recheada de serviços de qualidade : lista de contactos B2B

qualificados, organização de missões de prospecção, divulgação de concursos públicos,

acompanhamento económico, fornecedores de serviços (advogados, contabilistas, etc…) ,

ademais, eventos de animação e informação da comunidade Franco-Moçambicana:

aperetivos-negocios, encontros professionais, conferência tematicas, mesa-ronda « How

doing business in Mozambique », visitas de sitios e publicação de uma newsletter mensal

contendo informações fiscais, análises económicas ou sectoriais e uma revista de imprensa

temática.

A Assembleia Geral foi igualmente marcada pela renovação dos membros eleitos aos

orgãos de decisão da nossa associação (Conselho de Administração, Conselho

Fiscal, Mesa da Assembleia Geral). Agradecemos a todos os membros que se colocaram

a disposição para esta fase de desenvolvimento do Clube e todos aqueles que renovaram os seus mandatos. Os nossos sinceros agradecimentos vão também à Pauline-Hélène

MEDINA; Membro fundador do Clube e Presidente desde 2015, que deu muito do seu tempo

e da sua energia no lançamento do nosso Clube : sua presidência permitiu o

estabelecimento de uma base sólida para o desenvolvimento do clube, e por isso somos

gratos. Ela deixa o cargo este ano para Laurent DEMAIN, Director Geral da CMA CGM. E

para o cargo de Vice-Presidente do Clube assegurado pela Mélanie Vendeville, Directora

Geral da Altea Resources cujo dinamismo e conhecimento de actores no sector de Oil & Gas serão fortemente positivos pelos membros. E por fim, Egideo Leite Director da Eaglestone

que também renovou o seu mandato.

CONSEIL D'ADMINISTRATION / CONSELHO D'ADMINISTRACAO - Elus pour 1 an (Avril 2017 - Avril 2018)

Président

PresidenteLaurent DEMAIN DG CMA-CGM [email protected]

Vice-Président

Vice-PresidenteEgideo LEITE DG Eaglestone egideo.lei [email protected]

Vice-Président

Vice-PresidenteMélanie VENDEVILLE DG Al tea Resources

mv@altears .com;

melanievendevi l le@gmai l .com

Secrétaire Général

Secretario GeralLaurent THONG VAHN DG Société Générale [email protected]

Secrétaire Général Adjoint

Secretario Geral AdjuntoFrédéric FOUILLOT DG ND2F Consultoria frederic.foui l lot2@gmai l .com

Secrétaire Général Suppléant

Secretario Geral SuplenteIckx-Mugenzi KWIZERA Total Exploration & Production ickx-mugenzi .kwizera@external .tota l .com

Trésorier

TesoureiroLuc BURTON DAF CMA CGM [email protected]

Trésorie-Adjoint

Tesoureiro AdjuntoEric GRANRY SOFRECO

[email protected];

ericgranry@hotmai l .com

Trésorier Suppléant

Tesoureiro SuplenteAlexandre FRELAND Bol loré Africa Logis tics a lexandre.freland@bol lore.com

A Assembleia Geral do Clube de Negócios teve lugar nas

instalações do Société Générale, a 29 de Março último.

Reunindo perto de 40 membros, a Assembleia Geral foi a ocasião para a directora mostrar os avanços significativos do

Clube no dominio dos serviços aos membros e prospectantes

CIFRAS-CHAVES

ACTUALIDADES DOS MEMBROS

Inaugurada Estação Serviço TOTAL de Nacala-à-Velha

A Total Moçambique conta com mais uma estação de serviço moderna (retrofit) em Nampula, concretamente em Nacala-à-

Velha, inaugurada no dia 18 do mês em curso. A infra-estrutura, do tipo DODO (Dealer on Dealer Operator), tem 4 ilhas, dos

quais uma com serviços de auto débito.

A estação de Nacala-à-Velha (NAVPETRÓLEOS) dispõe igualmente de uma loja Bonjour, enorme que se encontra anexa ao

Centro Comercial da mesma infra-estrutura da TOTAL.

A entrada em funcionamento da NAVPETRÓLEOS responde a crescente demanda por combustível naquela região,

impulsionada pelas actividades de escoamento de carvão de Tete para Nacala.

Com a inauguração da NAVPETRÓLEOS a TOTAL Moçambique soma 44 postos de abastecimento de combustível em todo o

país.

Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

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Banco Societe Generale inaugura sede em Maputo

Realizou - se no dia 2 de Março de 2017 em Maputo, a cerimónia de

inauguração da nova sede do Banco Societe Generael situada na Av.

Julius Nyerere, 130.

O evento, teve como convidados de honra S.Excia Ministro da Economia

e Finanças de Moçambique Sr.Adriano Maleiane, Sr. Alexandre Maymat

– Director Adjunto do Societe Generale, Responsável pela África/

Asia/Bacia do Mediterâneo e regiões ultramarinas e, Sr. Laurent Thong

Vanh – Administrador Delegado do Societe Generale Moçambique.

Na ocasião, Sr. Laurent Thong Vanh destacou que a ambição do grupo é

oferecer serviços de qualidade aos seus clientes, com enfoque a área de

investimento bancario e “corporate banking”.

Esta inauguração, confirma o compromisso do grupo para com

Moçambique este, que é o primeiro país em África de língua oficial

portuguesa que o grupo investe.

Inauguração da Hidroeléctrica de Mavuzi

O Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu no dia 27 de Março a

inauguração da central hidroeléctrica de Mavuzi, na Localidade de

Nhaurombe, distrito de Sussundenga, província de Manica. Estiveram

também presentes a cerimónia os Embaixadores da França, Alemanhã e

Suécia.

As obras, financiadas pela AFD - Agência Francesa de Desenvolvimento,

KFW e um subsídio SIDA, duraram cerca de três anos e permitiram aumentar

em mais de 50% a capacidade total de produção das duas centrais (de 53

para 86 MW), com um investimento de 102 M€.

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INFORMAÇÕES FISCAIS

Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

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Obtenha as últimas actualizações dos nossos membros no Facebook: www.facebook.com/ClubedeNegociosFRMOZ

Esta página foi redigida pelo gabinete de auditoria, consultoria e fiscaliadade MAZARS, membro do Clube de Negocios

France-Moçambique.

Esta página visa alertar sobre os aspectos relevantes das obrigações fiscais/parafiscais de carácter periódico bem como

destacar aquelas que não sendo, devam ser cumpridas no ou a partir do presente mês.

No entanto, note-se que esta publicação não é de carácter exaustivo, nem tampouco dispensa a consulta da legislação

aplicável e destina-se exclusivamente a ser distribuída aos seus clientes e parceiros.

.

Prazo Obrigação

Até dia 10

Entrega, nas Direcções de Áreas Fiscais pelos Serviços

Públicos, das receitas por elas cobradas, no mês anterior

Pagamento das contribuições ao Instituto Nacional de

segurança social (INSS) do mês anterior

Até dia 15 Entrega de declarações de IVA com Imposto a recuperar.

Até dia 20 Pagamento do IRPS e IRPC retido na fonte relativo ao mês

anterior, nº 3 do art.º 29 do Regulamento do CIRPS, aprovado

pelo Decreto nº 8/2008, de 16 de Abril e nº 5 art.º 67 do CIRPC,

aprovado pela Lei nº 34/2007, de 31 de Dezembro.

Pagamento do imposto de selo liquidado relativamente ao mês

anterior. Art.º 17 do Decreto nº 6/2004 de 1 de Abril

Até ao último dia do mês

Pagamento do ISPC relativo ao trimestre anterior, nº 1 do art.º

15 do Regulamento do ISPC, aprovado pelo Decreto nº 14/2009,

de 14 de Abril.

Durante o mês e até 30 de Abril Entrega da declaração anual de rendimentos do exercício

anterior pelos sujeitos passivos de IRPS que tenham auferido

rendimentos para além da 1ª Categoria - Alínea b) do nº 1 do

art.º13 do Regulamento do CIRPS aprovado pelo Decreto nº

8/2008, de 16 de Abril - Modelo 10 e Anexos.

Entrega da declaração anual de rendimentos do exercício

anterior pelos sujeitos passivos de IRPC - nº 1 art.º 39 do

Regulamento do CIRPC aprovado pelo Decreto nº 9/2008, de 16

de Abril – Modelos 22 / 22A.

Pagamento a final do IRPC ou IRPS (excluindo os sujeitos que

tenham auferido apenas rendimentos da 1ª categoria) relativos

aos rendimentos do ano anterior – Alínea b) nº 1 art.º 27 do

Regulamento do CIRPC aprovado pelo Decreto nº 9/2008, de 16

de Abril e Art.º 28 do CIRPS aprovado pelo Decreto nº 8/2009,

de 16 de Abril.

Durante o mês até o último dia útil de Junho Entrega da Declaração Anual de Informação Contabilística e

Fiscal do exercício anterior pelos Sujeitos Passivos do IRPS - 2ª

categoria e sujeitos passivos de IRPC – Modelo 20 e Anexos-nº

3 art.º 40 do Regulamento do CIRPC, aprovado pelo Decreto

9/2008 de 16 de Abril e art.º 39 do RCIRPS aprovado pelo

Decreto nº 8/2009 de 16 de Abril.

Contatos

Joel Almeida, Partner

Tel: +258 829 500 632

@: [email protected]

Gilberto Ngale, Tax Consultant

@: [email protected]

BRIEFS

ECONÓMICOS

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Banco / Finanças

O Banco Central uniformiza a taxa de câmbio utilizado pelos bancos comerciais : Desde 3 de Abril, o

Banco Central fixa uma taxa de câmbio de referência calculado sobre a base de uma média de taxas de

câmbio dos bancos comerciais. Os bancos comerciais deverão já utilizar esta taxa de referência para os seus

preços de venda e de compra de divisas. Esta medida e aplicável aos bancos comerciais e as casas oficiais de

câmbios que deverão desde já comunicar ao Banco Central três vezes por dia as suas taxas de câmbios. Esta

medida visa assegurar maior transparência e credibilidade às taxas praticadas no mercado.

Politica de diminuição de subvenções nacionais : Após o aumento dos preços administrados de

combustíveis, o Governo aboliu, o subsidio à farinha de trigo e liberalizou os preços do pão. Válido até 31 de

Março último, o subsídio beneficiava a Associação moçambicana de panificadores – AMOPAO. O Governo

justifica tal medida pela ligeria apreciação do metical em relação ao dolar norte-americano assim como a

estabilização do preço da farinha de trigo no mercado internacional. De Julho de 2016 (data da ultima

negociação entre as partes) a Fevereiro de 2017, o Governo gastou cerca de 30 milhões de meticais em

subsídios. A eliminação destes subsídios faz parte das mediadas de ajustamento orçamental aconselhado pelo

FMI no quadro das negociações visando retomar o programa de cooperação para este ano (Zitamar,

31.04.2017)

Publicação do relatório de auditoria sobre a dívida oculta prorrogada para 28 de Abril : inicialmente

fixada para meados de Fevereiro, em seguida adiada para o fim de Março, a divulgação do relatório da

auditoria sobre as dividas ocultas será finalmente no fim de Abril segundo o anúncio da Procuradoria Geral. A

auditora abrange vários empréstimos das empresas públicas moçambicanas, 2 bilhões US $ (Mozambique

Asset Management, Proindicus et Ematum) contraidas com garantia soberana. Este atraso terá implicações

para as negociações da restruturação da dívida comercial assim como na retoma de um programa de ajuda

por parte do FMI e também no apoio orçamental dos doadores de G14 (Zitamar, 24.03.2017).

O Banco Mundial anunciou a retoma do seu apoio financeiro ao orçamento do Estado moçambiçano

este ano e prevê um apoio de 2 mil milhões de dólares norte-americanos nos próximos cinco anos, anunciou o

representante dessa instituição (Notícias, 30.03.2017).

Comércio internacional

De acordo com a Embaixada chinesa em Maputo, o investimento chinês em Moçambique tem crescido

a um rítmo muito rápido, aproximando-se de US $ 6 bilhões em termos acumulados. Com 100 empresas

operando no país em diversas áreas, A China pretende ajudar Moçambique a ser auto-suficiente, como

evidenciado pela criação de « Matchedje », a primeira marca nacional de Moçambique com capital chinês

(Macauhub, 17/03/17).

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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

Esta secção foi redigida em parceria com o Serviç Econômico da Embaixada da França em Moçambique

Abril 2017 #8

BRIEFS

ECONÓMICOS

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Infrastructuras

O Grupo japonês Mitsui & Co comprou os activos da brasileira Vale em Mocambique : A transação foi

feita num total de US $ 733 milhões, incluindo US $ 255 milhões utilizados para recomprar 15% da

participação da Vale na mina de Moatize e US $ 478 milhões para adquirir 50% das participações da Vale

em CLN -Corridor Logística Nacala (concessão de parte da linha ferroviária para Moatize Nacala e da

terminal de carvão de Nacala Velha). Após a reaquisição, a estrutura aacionista final de Moatize sera

portanto repartida da seguinte forma : 80% Vale, 15% Mitsui e 5% governo moçambicano. No que concerne

a CLN, serão repartidas da seguinte forma : 40% Vale, 40% Mitsui e 20% CFM (empresa pública de caminhos

de ferros e portos) A transação é, no entanto, sujeita à realização dos objectivos da Vale, incluindo operação de

refinanciamento da mina no valor de $ 2.7 mil milhões que deverão ser concluido até o final de 2017.

Consórcio Sino-Português Mota-Engil (50 %) e CCEC (50 %) ganharam o concurso para a construção do

novo porto de águas profundas de Macuse e uma linha ferroviária que serve a província de Tete. O

projecto, no valor de aproximadamente 2,3 bilhões US $ foram atribuídos à concessionária do porto e da ligação

ferroviária Thaï Mozambique Logistique no final de 2013 pelo governo e estará operacional em 2021. O

financiamento para a linha vai ser totalmente coberto por TML através de contratos de logística com empresas

de mineração que operam na região (Transportes e Negócios, le 13/03/17).

Seis consórcios, incluindo três franceses, foram pré-seleccionados para desenvolver um plano director

para seis aeroportos do país. Trata-se Sener (Espanha) e Ingerop (França); Gauff (Alemanha), Pascall +

Watson e ACT (Reino Unido); ADPI (França); Egis (França); Aurecon (Austrália) e Osmond Lange (África do Sul)

e PDNA-Mott MacDonald (África do Sul). O projetco, financiado pela AFD (63%) e pelo BEI (37%) está incluído

nos USD 70,5 milhões emprestados no âmbito do projecto de reabilitação do Aeroporto Internacional de Maputo

(AFD, 07/17/3).

O aprofundamento e a dragagem do canal de acesso ao porto de Maputo, que começou em Maio de

2016 pela empresa Jan de Nul, foi concluído no final de Dezembro do ano passado, quase três meses

antes do prazo. O projecto, no valor de 84,1 milhões USD, foi financiado por empréstimos do Banco Comercial e

de Investimentos (BCI) e Standard Bank, e pelos fundos próprios da empresa do Porto de Maputo. Graças a

esses, o porto de Maputo consolida a sua posição complementar aos portos Sul Africano de Durban e Richards

Bay

Turismo

Queda de 44% do investimento no turismo em 2016 : O valor do investimento é atingido 107,8 milhões $ em

2016, o que representa uma queda de 44,1% em relação a 2015. No total 1,71 mil de turistas visitaram o país

durante o mesmo período, 5% a mais em relação a 2015. Na lista dos dez principais países de origem dos

turistas figuram: a Alemanha, o Reino Unido, Portugal, EUA, Holanda e França, Índia, Paquistão, China e Brasil,

que em conjunto, representam 80% do total

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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

Abril 2017 #8

BRIEFS

ECONÓMICOS

CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

Energia

O Ministério dos Recursos Minerais anunciou um novo aumento dos preços dos combustíveis após a

última atualização no início outubro 2016. O governo mantém o subsídio concedido ao sector dos transportes

(públicos e privados) e uma redução de 50% em impostos sobre o sector produtivo, incluindo a agricultura,

pesca, mineração e geração de electrecidade. Esta medida, entrou em vigor a partir de 22 de Março, e visa

minimizar o custo ao Estado, que subsidia os combustível de uma forma generalizada (o País, 23/03/17).

Mitsui & Co prevê uma decisão final de investimento (FID) no segundo trimestre de 2018 para o desenvolvimento de campo de gás de Golfinho. Parceiro da Anadarko no bloco 1 da bacia do Rovuma, a

empresa japonesa atribuiu este atraso à dificuldades para encontrar compradores firmes pelo gás. O

consórcio já assinou protocolos de entendimento para venda de 8 Mt/ano (12 Mt/ano no total) e está em

negociações com a Tokyo Electric Power Co. e Chubu Electric Power Co. para o fornecimento de 2 Mt / ano.

Para assegurar o financiamento do projecto estimado em US $ 20 bilhões, sera preciso, no entanto, que os

contratos de venda totalizando em 9,5 Mt / ano sejam concluidos (Zitamar, le 05/04/17).

Ncondenzi Energy está à procura de financiamento para assegurar a continuidade do seu projecto de

construção de uma central carvão de 300 MW, alimentada por uma mina integrada ou de minério produzido

pela Vale et ICVL. A empresa já recebeu um empréstimo de acionistas de US $ 2,32 milhões, incluindo 1 milhão

de USD disponibilizado pelo Africa Finance Corporation e 500 mil dólares por uma trust. A chinesa Shanghai

Electric Power (MS) podera disponibilizar $ 3 milhões no próximo ano como parte da aquisição de 60% das

acções da empresa, o que facilitaria a conclusão de um contrato de concessão (PCA) e compra de energia

(PPA). 300 K USD extras, seria no entanto, ainda necessário.

As negociações para o financiamento do projecto Coral poderia empurrar o anúncio da decisão final de

investimento da ENI da Itália para o final de Abril, em vez de final de Março. A empresa chinesa CNPC, que

detém 20% das acções do bloco 4, ainda não deu sua aprovação para o projeto. Este adiamento podera levar a

uma renegociação do contrato assinado com a BP Poseidon para compra de 3,3 milhões de toneladas de

produção anual. A plataforma flutuante será construída pela Technip, JGC e Samsung Heavy Industries. O Crédit

Agricole atua como consultor do projecto (Zitamar, le 14/03/17).

Foi celebrado um acordo entre a empresa japonesa Sumitomo e Eletricidade de Moçambique no âmbito

da visita do Presidente Nyusi ao Japão. Este é um projecto de extensão (110 MW) de uma central eléctrica

actual de 12 MW, localizada no sul de Temane, que estará operacional em 2021. O projecto, avaliado em USD

190 milhões, será financiado por um empréstimo em condições preferenciais do Banco Japonês e os

equipamentos serão fornecidos pela empresa IHI. As duas empresas já estão engajados na construção de uma

usina de gás em Maputo, cujo custo de desenvolvimento é estimado em USD 170 milhões. Um Memorando de

Entendimento também foi assinado entre os dois governos para o desenvolvimento é um sistema de transporte

público urbano em Maputo ea construção de três pontes que ligam os distritos de Palma e da cidade de Pemba

(Zitamar, le 15/03/17)

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Abril 2017 #8

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BRIEFS

ECONÓMICOS

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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

Energia (seguida)

A empresa norte-americana Anadarko anunciou que 770 milhões USD de investimento seriam dedicados

em 2017 ao seu programa de exploração em águas profundas e no projecto de GNL em Moçambique

Anadarko tem feito progressos no quadro jurídico e contratual do seu projecto de LNG e recentemente

apresentou um plano de desenvolvimento para o Governo de Moçambique (Anadarko, 07/03/17).

Exxon Mobil Corp vai comprar uma participação de 25% na zona 4, um bloco rico em gás natural da

italiana Eni, por 2,8 bilhões USD. Eni continuará a liderar o projecto de GNL flutuante e todas as actividades de

exploração e produção, enquanto que a Exxon irá liderar a construção e operação de instalações de liquefacção

de gás natural onshore . A Eni vendeu 20% de sua área na licença 4 para a empresa chinesa CNPC por 4,2

bilhões de dólares em 2013. Após o enceramento da transação, a Eni e a Exxon terão cada, uma participação de

35,7% na Eni East Africa, enquanto que 28,6% serão detidos pela CNPC (Exxon, l09/03/17).

Moçambique regista um crescimento de 3,3% do PIB em 2016 (Autoridades)

Este crescimento foi apoiado pelo desempenho do sector secundário em 5,2% (particularmente aqueles

da indústria de transformação: 7,3% e 6,7% actividades de construção) e 5,1% do sector de terceário

(serviços financeiros 25,4%). O sector primário registou um crescimento global de 3,9%, devido aos

preços internacionais mais elevados e produção de carvão. O metical registou uma apreciacao face as

principais moedas desde Novembro, tendo ganho 6,6% e 2% em relação ao dólar e rand Sul-Africano,

respectivamente. Para 2017, as perspectivas de crescimento do governo são bastante optimistas

(previsão de 5,5%), devido a um melhor desempenho do sector de mineração (+ 24%), electricidade e

gás (8,9%), de pesca, transporte e comércio (+ 4,4%). Inflação em torno de 15,5% (depois de 19,6% em

2016), em média anual.

3,3 %

OS NÚMEROS DO MÊS

MAIS INFORMAÇÕES DISPONÍVEL EM FORMA DE PEDIDO

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Southern Africa e de Congrès Deepwater and Gas & LNG de 16 e 17 de Março, contacte-nos.

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Abril 2017 #8

ANÁLISE

ECONÓMICA

CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

2017, ano de renovação para a indústria de carvão em Moçambique?

Artigo redigido pelo Bastien Cabrol, Chefe do Serviço ecoóomico,

Embaixada da França em Moçambique

O artigo completo está disponível no link a seguir: http://www.tresor.economie.gouv.fr/File/433157

Abril 2017 #8

Com recursos de 25 bilhões de toneladas de carvão, Moçambique ocupa na teoria o 10º lugar no ranking das bacias de

carvão do mundo. Apesar das decepções dos anos 2012-2016 (incapacidade de desenvolver infra-estruturas para as

exportações, a queda dos preços para a rentabilidade da indústria, e por consequências uma redução líquida de planos de

actividade e de desenvolvimento das minas) , o carvão ainda parece ter um futuro promissor. A recuperação dos preços do

carvão desde meados de 2016 e a abertura do Corredor de Nacala vai realmente permitir que esta indústria utilize

plenamente as suas capacidades e impulsionar as exportações para 18Mt em 2017 e, em seguida, talvez, para 25 Mt em

2020 (contra 6 Mta em 2016), desde que o mercado seja mantido. As previsões de crescimento para 2017 também foram

bem incorporadas neste parâmetro, pois com um aumento de 24% este ano (previsão), o sector de mineração será o

principal contribuinte para o crescimento do PIB.

Relativamente negligenciado durante a era colonial, o carvão começou a atrair o interesse da indústria a partir de 2004. A

exploração realizada na província de Tete evidenciou a existência de um potencial em recursos avaliados em 25,4 bilhões de

toneladas de carvão, dos quais 3 a 5 bilhões de toneladas classificadas como reservas provadas e prováveis, o restante a ser

bastante classificados na categoria dos recursos indicados (10,5 Bt) e inferidos (11,3 Bt).

Os recursos de carboníferos estão concentrados em três formações geológicas na província de Tete : Vuzi, Moatize e Matinde.

Moatize contém o essencial do carvão a ser extraído. A exploaração é feita em ceu aberto e estima-se que, após o processamento,

geralmente, o coque (também conhecido como carvão metalúrgico, carvão de alto valor) representa entre 10 e 15% de extracções,

enquanto o carvão térmico representa 25 a 30 %.

A euforia da década de 2010 deu a impressão de que Moçambique poderá produzir rapidamente até 50 milhões de toneladas

de carvão por ano (contra 0,9 em 2009). A falta de infra-estrutura de exportação de tamanho adequado e os preços do carvão

inferiores, no entanto, têm limitado a expansão do setor de mineração. O desenvolvimento da industria de carvao tem sido

realmente retraido pela fraca infraestrutura ligada ao transporte: i) a única linha ferroviária que liga Tete ao Porto da Beira ( "Linha

de Sena") só pode levar de 5 a 6 Toneladas; ii) o Porto da Beira mostra-se ineficiente pois as suas capacidades vao ate 5,2 Toneladas e não tem águas profundas. Assim, enquanto a indústria do carvão tinha a capacidade de produzir 16 toneladas de

carvão, apenas 5 toneladas poderiam ser exportadas, isto em 2016. Por outra, com o declínio dos preços do carvão, o custo de

transporte (US $ 60 / t) este sistema ineficiente tornou o sector insustentável.

Até recentemente, a produção de Moatize (Vale) manteve-se limitada a 5 Mt por ano (Mta). A mina de Moatize (1490 Mt de

reservas 2P) foi em 2011 colocada em funcionamento pela Vale com uma capacidade de produção inicial de 11 Mta. A segunda

fase do desenvolvimento da mina (Moatize II, $ 2.068 bilhões em investimento adicional) tem desde Agosto 2016 a sua capacidade

de produção para 22 Mta. Mas pelas razões citadas acima, a sua produção real, no entanto, manteve-se limitado a menos de 5 Mta

no início de 2016. A empresa acusou grandes perdas, 669 milhões $ em 2014, 508 milhões $ em 2015, 247 milhões $ nos primeiros

nove meses de 2016. Para amortizar o seu investimento, a Vale abriu no final de 2016, o capital da sua subsidiária moçambicana, a

Mitsui. Os 450 milhões US $ captados nesta operação (195 $ milhões devem ser pagos se as metas de desempenho da mina forem

cumpridos) em troca da transferência de 15% da participação da Vale na licença de Moatize que, permitirão financiar futuros

investimentos. (A licença sera, por conseguinte, agora dividida entre a Vale, 81%, 15% e Mitsui Moçambique 4%).

Apos ter passado de Riversdale para Rio Tinto, a mina de Benga foi finalmente readquirida pela ICVL. Fechada no fim de 2016, e desta forma poderá reabrir nos meados de 2107

A Jindal decidiu interromper as suas operações em 2016, depois de um ano dificil em 2015. Jindal Steel and Power Ltd (JSPL)

investiu em Moçambique numa perspectiva de integração vertical, para abastecer suas usinas metalúrgicas (Índia e Omã) e suas

centrais de energia (Índia), colocou em operação a mina Chirodzi em 2013. Inicialmente calibrada para produzir 3 Mta, a produção

foi tampada em torno de 0,33 Mta.

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ANÁLISE

ECONÓMICA

CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE

2017, ano de renovação para a indústria de carvão em Moçambique?

AGRADECIMENTOS

E a Embaixada da França em Moçambique

Abril 2017 #8

Outros projectos de mineração foram suspensos ou não foram bem sucedidas.

i/ Beacon Hill Resources (BHR) entrou em falência no início de 2015. Operou-se o site de minas de Moatize (reservas 2P de 42

Mt) desde 2011 e produzindo volumes limitados (0,1 MTA)

ii/ o consórcio de Talbot, Nippon Steel, Sumitomo, e POSCO não endossou o desenvolvimento da meta Revuboé (objectivo de

produção da mina de 17 Mta) ..

iii/ Ncondezi Energy (ainda em projecto) Os parceiros parecem estar a espera até que as condições sejam reunidas para lançar

investimentos numa mina integrada a uma central termica de 300 MW. Uma parceria foi concluida com a Shanghai Electric Power

(SEP)

iv/ O desenvolvimento da mina Estima esta congelado (objectivo de produção de 20 Mta). Após ter se reforçada pela CAMEC -

Mineração Central Africano e Exploration Company, adquirida pela Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) em 2010, a

mina está desde 2013 na propriedade da Eurásia Resources Group (ERG), cuja estrategia em Moçambique é pouco clara.

Após esses constrangimentos, 2017 parece ser um ano de renovação para a indústria moçamibicana de carvão.

Com a abertura do corredor de Nacala, as perspectivas de mineração em Tete devem mudar radicalmente. Este centro logístico

desenvolvido por iniciativa da Vale ligando Tete para a nova terminal de carvão em águas profundas de Nacala-Velha com uma

linha férrea de 912 km de comprimento cruzando Malawi. Este novo corredor logístico que terá investimento de 4,4 mil milhões US

$ de uma capacidade de carga de 18 Mta de carvão (aumentou para 22 Mta na Fase II), elevando a capacidade total de

exportação de carvão 5 , 2-23,2 Mta (trazido para 27,2 Mta segunda fase). A terminal de carvão de Nacala-Velha, também está

em águas profundas, e pode receber navios de grande porte e evitar manobras dispendiosa tal como acontece no porto da Beira. Em 2016, cerca de 6 Mt da Vale foram exportadas através desta terminal enquanto que cerca de 100 navios ja foram fretados

neste local, desde a sua entrada em funcionamento.

Em relação à extensão do corredor da Beira, nota-se que a sua linha ferroviária foi renovada (a capacidade de transporte

aumentou de 6 para 20 Mta este ano), a terminal da Beira não foi modernizada, limitando ainda mais o uso deste corredor para

5,2 Mta.

Os preços do carvão também estão para além da rentabilidade da indústria. O coque australiano, o principal carvão

metalúrgico de referência, aumentou drásticamente o seu preço em 2016 (+ 300%). Sinal dessa mudança de paradigma, a Vale

não só anunciou o retorno ao lucro (35 milhões US $ em T4 2016), mas também vê um aumento na produção (13 milhões de

toneladas em 2017, 18 milhões de toneladas em 2018 para 20 milhões de toneladas em 2020). Jindal por seu lado reabre a mina

de Chirodzi em Octobro de 2016 e afirma perseguir uma meta de produção de 3 Mta a curto prazo. ICVL anúncia a reabertura da

mina de Benga, no início de 2017, e para o efeito lançou vários concuros de manifestação de interesse, para a construção de uma

central de energia de 200 WM, BOO –build own operate. Para tal, os produtores de carvão procurando criar um mercado local

para o seu carvão de menor qualidade, usá-lo para fins de produção de energia. Jindal está desta forma na sua fase final de

negociação de um acordo de compra de energia com a EDM para a criação de uma central eléctrica 2 x 150 MW, Nkondezi

Energy ainda está tentando materializar seu projecto da usina.

O artigo completo está disponivél no link : http://www.tresor.economie.gouv.fr/File/433157