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Abril 2017 #8
O BOLETIM
MENSAL !
No dia 11 de Abril do ano em curso, a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) assinou um Memorando de
Entendimento (MdE) com o Clube de Negócios França-Moçambique, uma agremiação que congrega e promove os
interesses do empresariado francês que opera em Moçambique.
Na prossecução da sua missão orientada à promoção do desenvolvimento harmonioso de actividades comerciais dos
seus associados a nível nacional, regional e internacional com vista garantir a participação efectiva destes nos múltiplos
desafios da consolidação de um Moçambique prospero e de justiça social, a Câmara do Comércio de Moçambique,
fundada nos anos 80 tem vindo a estabelecer parcerias com outras organizações similares na arena internacional.
A CCM, na sua vocação estatutária, tem um papel preponderante no desenvolvimento das actividades do empresariado,
com vista a garantir a participação efectiva destes nas actividades económicas do país.
A CCM, estando numa fase de reestruturação, tem identificado, como objectivos estratégicos: O reforço a capacidade
institucional da CCM e o Desenvolvimento da plataforma da pro-actividade com os seus associados.
É neste contexto que, depois de encontros de conhecimento mútuo entre a CCM e o Clube de Negócios França-
Moçambique e o reconhecimento da necessidade de estabelecimento de sinergias para a promoção do comércio e
investimento entre os agentes económicos e homens de negócio de ambos os países, decidimos celebrar um acordo de
colaboração entre as nossas instituições.
A assinatura do MdE entre a CCM e o Clube de Negócios França-Moçambique vai permitir e legitimar um processo que
irá consolidar cada vez mais os laços de amizade e cooperação já existentes entre Moçambique e França.
O Memorando em apreço é um instrumento de trabalho que estabelece as balizas de colaboração entre os agentes
económicos na concretização dos objectivos plasmados nas estratégias de desenvolvimento dos dois países. É, em
última análise, o instrumento que expressa o ensejo das duas partes em cooperar para o benefício mutuamente
vantajoso na concepção de acções como: i) partilhar regularmente as informações de mercado para importação e
exportação sobre bens e serviços que são disponíveis em cada uma das partes.ii) promover e apoiar-se mutuamente
na organização de exposições, feiras de comércio e reuniões de compra e venda. iii) troca de informação regular sobre
investimento e oportunidade de que são disponíveis em cada uma da partes, negócios para encorajar as actividades de
investimento e negócio. iv) Colaborar na assistência e organização de visitas de missões empresariais, exposições e
feiras comerciais nos dois países, eentre outros.
A CCM reitera o seu compromisso e a sua total disponibilidade para tudo fazer para que o Memorando a se celebrar
traduz-se numa acção conjunta de grande valia para o desenvolvimento das actividades empresariais que resultem num
crescimento económico de Moçambique e da França. .
EDIÇÃO de Julião DIMANDE, Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique
«
AGENDA
• 25 de Abril de 2017 : Mesa redonda organizada no
Clube Naval (12h30-14h30) , em torno da expe riência
sobre os fonecedores de serviços B2B (advogados,
fiscalistas, contabilistas, escritorios de recrutamento,
traductor ajuramentado)
Inscreva-se por email para Sarmento
• Semana de 8 de Maio 2017 (data por confimar): visita
ao Porto de Maputo, organizada para os membros do
Clube de Negócios
«
CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
1
• Fim de Maio : Séminario organizado pelo
European Business Club (EBC) em parceria com
o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) ,
Apresentação da plataforma SPX (Subcontracting
And Partnership Exchange) e oportunidades de
negócios de 2 grandes companhias (Sasol, ENI e/ou
Mozal)
• 24-26 Maio 2017 : Feira MOZTECH , 4ª edição da
feira de NTIC em Maputo, no Centro de Conferência
Joaquim Chissano (http://www.moztech.co.mz/)
Eventos do Clube Outros eventos
ACTUALIDADES DO CLUBE
BEM VINDOS AOS NOVOS MEMBROS
Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
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CATEGORIA PLATINUM
-TOTAL Exploration & Production : A Total é uma empresa integrada,
presente em todos os segmentos da cadeia petroíifica foi reorganizada em 2016
para se tornar a maior sede da energia responsável. Presente em Moçambique
desde 1992, no sector de distribuição de productos petrolíferos, através de sua
rede de depósitos de combustível e estações de serviço. Total abriu
recentemente uma filial no setor de Exploração e Produção. Presente desde
2012 com a participação em um bloco de exploração na bacia do Rovuma, norte
de Moçambique, TOTAL E & P Moçambique tornou-se operadora deste bloco
em Abril de 2016. Sua equipe, com escritório em Maputo desde Outubro de
2016 está a preparar a perfuração de um poço de exploração na esperança de
fazer uma descoberta de petróleo ou gás.
- MAZARS : O escritório de auditoria, consultoria e informações fiscais,
membro business do Clube desde 2016, decidiu implicar-se mais no Clube de
Negócios tornando-se membro Platinum. Agora Mazars redige a secção fiscal de
nosso newsletter e seu parceiro, Joel Almeida, é Presidente do Conselho Fiscal
do Clube.
CATEGORIA BUSINESS
- INSTAR Projects Logistics : Multinacional de origem russa, empresa de
logística especializada na entrega de materiais
para grandes projetos de infraestrutura,
condições de planejamento e de viabilidade do
projecto para a implementação. Em Moçambique,
INSTAR Projects fornece tubos de logística St
GOBAIN desde a usinas de produção até a
entrega no local de construção da barragem de
Corumana. Especializada em soluções
personalizadas, INSTAR Projects oferece
serviços: gestão de projectos, estudos de rotas e
optimização logística, rodoviária, marítimo, aérea
e ferroviário, trabalho pesado, armazenamento,
seguro, desembaraço aduaneiro, construção de
estradas e pontes temporárias, perfuração,
análise de custos para optimizar fornecimento.
- SAS SPP : Localizada na Ilha de Reunião e
ansiosa para expandir-se em Moçambique, a
construtora é especializada na obra específica e
reabilitação, como metal ou trabalho de concreto.
SAS SPP oferece soluções sob medida para
trabalho de difícil acesso em todos os níveis.
- NEOEN : Primeiro actor independente
francês das energias renováveis no mundo,
NEOEN se desenvolve em 4 domínios : o
fotovoltaica, o vento, biomassa e
armazenamento. Suas atividades vão desde o
desenvolvimento do projecto para a produção e
venda de energia, através da estruturação e
supervisão da construção da usina. Em
Moçambique, NEOEN abriu seu escritório em
2015 para gerir um projecto de energia solar
fotovoltaica 41MW na província de Cabo
Delgado, em parceria com a EDM.
-Mathieu MACHAT : Dispondo de uma experiência de 12 anos em África
principalmente no sector de Oil & Gás, Mathieu trabalhou 5 anos na PUMA
ENERGY, dois quais 2 anos como Director Administrativo Financeiro de PUMA
ENERGY MOCAMBIQUE Lda. Actualmente a procura de trabalho em Maputo
onde juntou-se ao Clube
-Miguel DE FONSECA : Director francófono e francófilo do escritório de
arquitectura ADOC.MOOVE, Miguel apoia os seus clientes desde a concepção
até a conclusão do projecto de construção, oferecendo gestão integrada tendo
em conta tanto a atitude, confiabilidade, tempo de controle e custo.
-Ickx KWIZERA : Jovem de origem Ruandesa e de Goa, Ickx cresceu em
Moçambique e estudou na escola francesa. Actualmente trabalha na Total E&P,
com uma experiencia profissional na area de comunicação, mas com uma
carreira professional diversificada: indústria hoteleira (Hotel Polana), agencia de
viagem coorporativa (Quinta Essencia), criação da sua propria empresa de consultoria em comunicação, eventos e turismo YES - Young Entrepreneurial Solutions, especializada em redes sociais, trabalhou na campanha presidencial do Filipe Jacinto Nyusi em redee sociais. Ickx dedicou-se igualmente ao empreendedorismo social, e foi selecionado pelo Departamento de Estado dos EUA participar do programa International Visitors Leadership Program nos EUA.
A 11 de Abril de 2017 - ASSINATURA DE UM ACORDO DE PARCERIA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO
DE MOÇAMBIQUE
O Clube de Negócios France-Moçambique selou seu acordo de parceria
com a Câmara do Comércio de Moçambique, na terça-feira 11 de Abril. Este
acordo permitirá trazer as comunidades empresariais francesas e
moçambicanas e implementado em conjunto para o desenvolvimento
económico de Moçambique.
CATEGORIA INDIVIDUAL
ACTUALIDADES DO CLUBE
Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
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29 MARÇO 2017 - ASSEMBLEIA GERAL DO CLUBE DE NEGÓCIOS
Com o objectivo de passar ao abrigo do estatuto da CCI em 2018, o clube agora
oferece uma gama recheada de serviços de qualidade : lista de contactos B2B
qualificados, organização de missões de prospecção, divulgação de concursos públicos,
acompanhamento económico, fornecedores de serviços (advogados, contabilistas, etc…) ,
ademais, eventos de animação e informação da comunidade Franco-Moçambicana:
aperetivos-negocios, encontros professionais, conferência tematicas, mesa-ronda « How
doing business in Mozambique », visitas de sitios e publicação de uma newsletter mensal
contendo informações fiscais, análises económicas ou sectoriais e uma revista de imprensa
temática.
A Assembleia Geral foi igualmente marcada pela renovação dos membros eleitos aos
orgãos de decisão da nossa associação (Conselho de Administração, Conselho
Fiscal, Mesa da Assembleia Geral). Agradecemos a todos os membros que se colocaram
a disposição para esta fase de desenvolvimento do Clube e todos aqueles que renovaram os seus mandatos. Os nossos sinceros agradecimentos vão também à Pauline-Hélène
MEDINA; Membro fundador do Clube e Presidente desde 2015, que deu muito do seu tempo
e da sua energia no lançamento do nosso Clube : sua presidência permitiu o
estabelecimento de uma base sólida para o desenvolvimento do clube, e por isso somos
gratos. Ela deixa o cargo este ano para Laurent DEMAIN, Director Geral da CMA CGM. E
para o cargo de Vice-Presidente do Clube assegurado pela Mélanie Vendeville, Directora
Geral da Altea Resources cujo dinamismo e conhecimento de actores no sector de Oil & Gas serão fortemente positivos pelos membros. E por fim, Egideo Leite Director da Eaglestone
que também renovou o seu mandato.
CONSEIL D'ADMINISTRATION / CONSELHO D'ADMINISTRACAO - Elus pour 1 an (Avril 2017 - Avril 2018)
Président
PresidenteLaurent DEMAIN DG CMA-CGM [email protected]
Vice-Président
Vice-PresidenteEgideo LEITE DG Eaglestone egideo.lei [email protected]
Vice-Président
Vice-PresidenteMélanie VENDEVILLE DG Al tea Resources
mv@altears .com;
melanievendevi l le@gmai l .com
Secrétaire Général
Secretario GeralLaurent THONG VAHN DG Société Générale [email protected]
Secrétaire Général Adjoint
Secretario Geral AdjuntoFrédéric FOUILLOT DG ND2F Consultoria frederic.foui l lot2@gmai l .com
Secrétaire Général Suppléant
Secretario Geral SuplenteIckx-Mugenzi KWIZERA Total Exploration & Production ickx-mugenzi .kwizera@external .tota l .com
Trésorier
TesoureiroLuc BURTON DAF CMA CGM [email protected]
Trésorie-Adjoint
Tesoureiro AdjuntoEric GRANRY SOFRECO
ericgranry@hotmai l .com
Trésorier Suppléant
Tesoureiro SuplenteAlexandre FRELAND Bol loré Africa Logis tics a lexandre.freland@bol lore.com
A Assembleia Geral do Clube de Negócios teve lugar nas
instalações do Société Générale, a 29 de Março último.
Reunindo perto de 40 membros, a Assembleia Geral foi a ocasião para a directora mostrar os avanços significativos do
Clube no dominio dos serviços aos membros e prospectantes
CIFRAS-CHAVES
ACTUALIDADES DOS MEMBROS
Inaugurada Estação Serviço TOTAL de Nacala-à-Velha
A Total Moçambique conta com mais uma estação de serviço moderna (retrofit) em Nampula, concretamente em Nacala-à-
Velha, inaugurada no dia 18 do mês em curso. A infra-estrutura, do tipo DODO (Dealer on Dealer Operator), tem 4 ilhas, dos
quais uma com serviços de auto débito.
A estação de Nacala-à-Velha (NAVPETRÓLEOS) dispõe igualmente de uma loja Bonjour, enorme que se encontra anexa ao
Centro Comercial da mesma infra-estrutura da TOTAL.
A entrada em funcionamento da NAVPETRÓLEOS responde a crescente demanda por combustível naquela região,
impulsionada pelas actividades de escoamento de carvão de Tete para Nacala.
Com a inauguração da NAVPETRÓLEOS a TOTAL Moçambique soma 44 postos de abastecimento de combustível em todo o
país.
Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
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Banco Societe Generale inaugura sede em Maputo
Realizou - se no dia 2 de Março de 2017 em Maputo, a cerimónia de
inauguração da nova sede do Banco Societe Generael situada na Av.
Julius Nyerere, 130.
O evento, teve como convidados de honra S.Excia Ministro da Economia
e Finanças de Moçambique Sr.Adriano Maleiane, Sr. Alexandre Maymat
– Director Adjunto do Societe Generale, Responsável pela África/
Asia/Bacia do Mediterâneo e regiões ultramarinas e, Sr. Laurent Thong
Vanh – Administrador Delegado do Societe Generale Moçambique.
Na ocasião, Sr. Laurent Thong Vanh destacou que a ambição do grupo é
oferecer serviços de qualidade aos seus clientes, com enfoque a área de
investimento bancario e “corporate banking”.
Esta inauguração, confirma o compromisso do grupo para com
Moçambique este, que é o primeiro país em África de língua oficial
portuguesa que o grupo investe.
Inauguração da Hidroeléctrica de Mavuzi
O Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu no dia 27 de Março a
inauguração da central hidroeléctrica de Mavuzi, na Localidade de
Nhaurombe, distrito de Sussundenga, província de Manica. Estiveram
também presentes a cerimónia os Embaixadores da França, Alemanhã e
Suécia.
As obras, financiadas pela AFD - Agência Francesa de Desenvolvimento,
KFW e um subsídio SIDA, duraram cerca de três anos e permitiram aumentar
em mais de 50% a capacidade total de produção das duas centrais (de 53
para 86 MW), com um investimento de 102 M€.
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INFORMAÇÕES FISCAIS
Abril 2017 #8 CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
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Obtenha as últimas actualizações dos nossos membros no Facebook: www.facebook.com/ClubedeNegociosFRMOZ
Esta página foi redigida pelo gabinete de auditoria, consultoria e fiscaliadade MAZARS, membro do Clube de Negocios
France-Moçambique.
Esta página visa alertar sobre os aspectos relevantes das obrigações fiscais/parafiscais de carácter periódico bem como
destacar aquelas que não sendo, devam ser cumpridas no ou a partir do presente mês.
No entanto, note-se que esta publicação não é de carácter exaustivo, nem tampouco dispensa a consulta da legislação
aplicável e destina-se exclusivamente a ser distribuída aos seus clientes e parceiros.
.
Prazo Obrigação
Até dia 10
Entrega, nas Direcções de Áreas Fiscais pelos Serviços
Públicos, das receitas por elas cobradas, no mês anterior
Pagamento das contribuições ao Instituto Nacional de
segurança social (INSS) do mês anterior
Até dia 15 Entrega de declarações de IVA com Imposto a recuperar.
Até dia 20 Pagamento do IRPS e IRPC retido na fonte relativo ao mês
anterior, nº 3 do art.º 29 do Regulamento do CIRPS, aprovado
pelo Decreto nº 8/2008, de 16 de Abril e nº 5 art.º 67 do CIRPC,
aprovado pela Lei nº 34/2007, de 31 de Dezembro.
Pagamento do imposto de selo liquidado relativamente ao mês
anterior. Art.º 17 do Decreto nº 6/2004 de 1 de Abril
Até ao último dia do mês
Pagamento do ISPC relativo ao trimestre anterior, nº 1 do art.º
15 do Regulamento do ISPC, aprovado pelo Decreto nº 14/2009,
de 14 de Abril.
Durante o mês e até 30 de Abril Entrega da declaração anual de rendimentos do exercício
anterior pelos sujeitos passivos de IRPS que tenham auferido
rendimentos para além da 1ª Categoria - Alínea b) do nº 1 do
art.º13 do Regulamento do CIRPS aprovado pelo Decreto nº
8/2008, de 16 de Abril - Modelo 10 e Anexos.
Entrega da declaração anual de rendimentos do exercício
anterior pelos sujeitos passivos de IRPC - nº 1 art.º 39 do
Regulamento do CIRPC aprovado pelo Decreto nº 9/2008, de 16
de Abril – Modelos 22 / 22A.
Pagamento a final do IRPC ou IRPS (excluindo os sujeitos que
tenham auferido apenas rendimentos da 1ª categoria) relativos
aos rendimentos do ano anterior – Alínea b) nº 1 art.º 27 do
Regulamento do CIRPC aprovado pelo Decreto nº 9/2008, de 16
de Abril e Art.º 28 do CIRPS aprovado pelo Decreto nº 8/2009,
de 16 de Abril.
Durante o mês até o último dia útil de Junho Entrega da Declaração Anual de Informação Contabilística e
Fiscal do exercício anterior pelos Sujeitos Passivos do IRPS - 2ª
categoria e sujeitos passivos de IRPC – Modelo 20 e Anexos-nº
3 art.º 40 do Regulamento do CIRPC, aprovado pelo Decreto
9/2008 de 16 de Abril e art.º 39 do RCIRPS aprovado pelo
Decreto nº 8/2009 de 16 de Abril.
Contatos
Joel Almeida, Partner
Tel: +258 829 500 632
Gilberto Ngale, Tax Consultant
BRIEFS
ECONÓMICOS
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Banco / Finanças
O Banco Central uniformiza a taxa de câmbio utilizado pelos bancos comerciais : Desde 3 de Abril, o
Banco Central fixa uma taxa de câmbio de referência calculado sobre a base de uma média de taxas de
câmbio dos bancos comerciais. Os bancos comerciais deverão já utilizar esta taxa de referência para os seus
preços de venda e de compra de divisas. Esta medida e aplicável aos bancos comerciais e as casas oficiais de
câmbios que deverão desde já comunicar ao Banco Central três vezes por dia as suas taxas de câmbios. Esta
medida visa assegurar maior transparência e credibilidade às taxas praticadas no mercado.
Politica de diminuição de subvenções nacionais : Após o aumento dos preços administrados de
combustíveis, o Governo aboliu, o subsidio à farinha de trigo e liberalizou os preços do pão. Válido até 31 de
Março último, o subsídio beneficiava a Associação moçambicana de panificadores – AMOPAO. O Governo
justifica tal medida pela ligeria apreciação do metical em relação ao dolar norte-americano assim como a
estabilização do preço da farinha de trigo no mercado internacional. De Julho de 2016 (data da ultima
negociação entre as partes) a Fevereiro de 2017, o Governo gastou cerca de 30 milhões de meticais em
subsídios. A eliminação destes subsídios faz parte das mediadas de ajustamento orçamental aconselhado pelo
FMI no quadro das negociações visando retomar o programa de cooperação para este ano (Zitamar,
31.04.2017)
Publicação do relatório de auditoria sobre a dívida oculta prorrogada para 28 de Abril : inicialmente
fixada para meados de Fevereiro, em seguida adiada para o fim de Março, a divulgação do relatório da
auditoria sobre as dividas ocultas será finalmente no fim de Abril segundo o anúncio da Procuradoria Geral. A
auditora abrange vários empréstimos das empresas públicas moçambicanas, 2 bilhões US $ (Mozambique
Asset Management, Proindicus et Ematum) contraidas com garantia soberana. Este atraso terá implicações
para as negociações da restruturação da dívida comercial assim como na retoma de um programa de ajuda
por parte do FMI e também no apoio orçamental dos doadores de G14 (Zitamar, 24.03.2017).
O Banco Mundial anunciou a retoma do seu apoio financeiro ao orçamento do Estado moçambiçano
este ano e prevê um apoio de 2 mil milhões de dólares norte-americanos nos próximos cinco anos, anunciou o
representante dessa instituição (Notícias, 30.03.2017).
Comércio internacional
De acordo com a Embaixada chinesa em Maputo, o investimento chinês em Moçambique tem crescido
a um rítmo muito rápido, aproximando-se de US $ 6 bilhões em termos acumulados. Com 100 empresas
operando no país em diversas áreas, A China pretende ajudar Moçambique a ser auto-suficiente, como
evidenciado pela criação de « Matchedje », a primeira marca nacional de Moçambique com capital chinês
(Macauhub, 17/03/17).
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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
Esta secção foi redigida em parceria com o Serviç Econômico da Embaixada da França em Moçambique
Abril 2017 #8
BRIEFS
ECONÓMICOS
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Infrastructuras
O Grupo japonês Mitsui & Co comprou os activos da brasileira Vale em Mocambique : A transação foi
feita num total de US $ 733 milhões, incluindo US $ 255 milhões utilizados para recomprar 15% da
participação da Vale na mina de Moatize e US $ 478 milhões para adquirir 50% das participações da Vale
em CLN -Corridor Logística Nacala (concessão de parte da linha ferroviária para Moatize Nacala e da
terminal de carvão de Nacala Velha). Após a reaquisição, a estrutura aacionista final de Moatize sera
portanto repartida da seguinte forma : 80% Vale, 15% Mitsui e 5% governo moçambicano. No que concerne
a CLN, serão repartidas da seguinte forma : 40% Vale, 40% Mitsui e 20% CFM (empresa pública de caminhos
de ferros e portos) A transação é, no entanto, sujeita à realização dos objectivos da Vale, incluindo operação de
refinanciamento da mina no valor de $ 2.7 mil milhões que deverão ser concluido até o final de 2017.
Consórcio Sino-Português Mota-Engil (50 %) e CCEC (50 %) ganharam o concurso para a construção do
novo porto de águas profundas de Macuse e uma linha ferroviária que serve a província de Tete. O
projecto, no valor de aproximadamente 2,3 bilhões US $ foram atribuídos à concessionária do porto e da ligação
ferroviária Thaï Mozambique Logistique no final de 2013 pelo governo e estará operacional em 2021. O
financiamento para a linha vai ser totalmente coberto por TML através de contratos de logística com empresas
de mineração que operam na região (Transportes e Negócios, le 13/03/17).
Seis consórcios, incluindo três franceses, foram pré-seleccionados para desenvolver um plano director
para seis aeroportos do país. Trata-se Sener (Espanha) e Ingerop (França); Gauff (Alemanha), Pascall +
Watson e ACT (Reino Unido); ADPI (França); Egis (França); Aurecon (Austrália) e Osmond Lange (África do Sul)
e PDNA-Mott MacDonald (África do Sul). O projetco, financiado pela AFD (63%) e pelo BEI (37%) está incluído
nos USD 70,5 milhões emprestados no âmbito do projecto de reabilitação do Aeroporto Internacional de Maputo
(AFD, 07/17/3).
O aprofundamento e a dragagem do canal de acesso ao porto de Maputo, que começou em Maio de
2016 pela empresa Jan de Nul, foi concluído no final de Dezembro do ano passado, quase três meses
antes do prazo. O projecto, no valor de 84,1 milhões USD, foi financiado por empréstimos do Banco Comercial e
de Investimentos (BCI) e Standard Bank, e pelos fundos próprios da empresa do Porto de Maputo. Graças a
esses, o porto de Maputo consolida a sua posição complementar aos portos Sul Africano de Durban e Richards
Bay
Turismo
Queda de 44% do investimento no turismo em 2016 : O valor do investimento é atingido 107,8 milhões $ em
2016, o que representa uma queda de 44,1% em relação a 2015. No total 1,71 mil de turistas visitaram o país
durante o mesmo período, 5% a mais em relação a 2015. Na lista dos dez principais países de origem dos
turistas figuram: a Alemanha, o Reino Unido, Portugal, EUA, Holanda e França, Índia, Paquistão, China e Brasil,
que em conjunto, representam 80% do total
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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
Abril 2017 #8
BRIEFS
ECONÓMICOS
CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
Energia
O Ministério dos Recursos Minerais anunciou um novo aumento dos preços dos combustíveis após a
última atualização no início outubro 2016. O governo mantém o subsídio concedido ao sector dos transportes
(públicos e privados) e uma redução de 50% em impostos sobre o sector produtivo, incluindo a agricultura,
pesca, mineração e geração de electrecidade. Esta medida, entrou em vigor a partir de 22 de Março, e visa
minimizar o custo ao Estado, que subsidia os combustível de uma forma generalizada (o País, 23/03/17).
Mitsui & Co prevê uma decisão final de investimento (FID) no segundo trimestre de 2018 para o desenvolvimento de campo de gás de Golfinho. Parceiro da Anadarko no bloco 1 da bacia do Rovuma, a
empresa japonesa atribuiu este atraso à dificuldades para encontrar compradores firmes pelo gás. O
consórcio já assinou protocolos de entendimento para venda de 8 Mt/ano (12 Mt/ano no total) e está em
negociações com a Tokyo Electric Power Co. e Chubu Electric Power Co. para o fornecimento de 2 Mt / ano.
Para assegurar o financiamento do projecto estimado em US $ 20 bilhões, sera preciso, no entanto, que os
contratos de venda totalizando em 9,5 Mt / ano sejam concluidos (Zitamar, le 05/04/17).
Ncondenzi Energy está à procura de financiamento para assegurar a continuidade do seu projecto de
construção de uma central carvão de 300 MW, alimentada por uma mina integrada ou de minério produzido
pela Vale et ICVL. A empresa já recebeu um empréstimo de acionistas de US $ 2,32 milhões, incluindo 1 milhão
de USD disponibilizado pelo Africa Finance Corporation e 500 mil dólares por uma trust. A chinesa Shanghai
Electric Power (MS) podera disponibilizar $ 3 milhões no próximo ano como parte da aquisição de 60% das
acções da empresa, o que facilitaria a conclusão de um contrato de concessão (PCA) e compra de energia
(PPA). 300 K USD extras, seria no entanto, ainda necessário.
As negociações para o financiamento do projecto Coral poderia empurrar o anúncio da decisão final de
investimento da ENI da Itália para o final de Abril, em vez de final de Março. A empresa chinesa CNPC, que
detém 20% das acções do bloco 4, ainda não deu sua aprovação para o projeto. Este adiamento podera levar a
uma renegociação do contrato assinado com a BP Poseidon para compra de 3,3 milhões de toneladas de
produção anual. A plataforma flutuante será construída pela Technip, JGC e Samsung Heavy Industries. O Crédit
Agricole atua como consultor do projecto (Zitamar, le 14/03/17).
Foi celebrado um acordo entre a empresa japonesa Sumitomo e Eletricidade de Moçambique no âmbito
da visita do Presidente Nyusi ao Japão. Este é um projecto de extensão (110 MW) de uma central eléctrica
actual de 12 MW, localizada no sul de Temane, que estará operacional em 2021. O projecto, avaliado em USD
190 milhões, será financiado por um empréstimo em condições preferenciais do Banco Japonês e os
equipamentos serão fornecidos pela empresa IHI. As duas empresas já estão engajados na construção de uma
usina de gás em Maputo, cujo custo de desenvolvimento é estimado em USD 170 milhões. Um Memorando de
Entendimento também foi assinado entre os dois governos para o desenvolvimento é um sistema de transporte
público urbano em Maputo ea construção de três pontes que ligam os distritos de Palma e da cidade de Pemba
(Zitamar, le 15/03/17)
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Abril 2017 #8
8
BRIEFS
ECONÓMICOS
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CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
Energia (seguida)
A empresa norte-americana Anadarko anunciou que 770 milhões USD de investimento seriam dedicados
em 2017 ao seu programa de exploração em águas profundas e no projecto de GNL em Moçambique
Anadarko tem feito progressos no quadro jurídico e contratual do seu projecto de LNG e recentemente
apresentou um plano de desenvolvimento para o Governo de Moçambique (Anadarko, 07/03/17).
Exxon Mobil Corp vai comprar uma participação de 25% na zona 4, um bloco rico em gás natural da
italiana Eni, por 2,8 bilhões USD. Eni continuará a liderar o projecto de GNL flutuante e todas as actividades de
exploração e produção, enquanto que a Exxon irá liderar a construção e operação de instalações de liquefacção
de gás natural onshore . A Eni vendeu 20% de sua área na licença 4 para a empresa chinesa CNPC por 4,2
bilhões de dólares em 2013. Após o enceramento da transação, a Eni e a Exxon terão cada, uma participação de
35,7% na Eni East Africa, enquanto que 28,6% serão detidos pela CNPC (Exxon, l09/03/17).
Moçambique regista um crescimento de 3,3% do PIB em 2016 (Autoridades)
Este crescimento foi apoiado pelo desempenho do sector secundário em 5,2% (particularmente aqueles
da indústria de transformação: 7,3% e 6,7% actividades de construção) e 5,1% do sector de terceário
(serviços financeiros 25,4%). O sector primário registou um crescimento global de 3,9%, devido aos
preços internacionais mais elevados e produção de carvão. O metical registou uma apreciacao face as
principais moedas desde Novembro, tendo ganho 6,6% e 2% em relação ao dólar e rand Sul-Africano,
respectivamente. Para 2017, as perspectivas de crescimento do governo são bastante optimistas
(previsão de 5,5%), devido a um melhor desempenho do sector de mineração (+ 24%), electricidade e
gás (8,9%), de pesca, transporte e comércio (+ 4,4%). Inflação em torno de 15,5% (depois de 19,6% em
2016), em média anual.
3,3 %
OS NÚMEROS DO MÊS
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Abril 2017 #8
ANÁLISE
ECONÓMICA
CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
2017, ano de renovação para a indústria de carvão em Moçambique?
Artigo redigido pelo Bastien Cabrol, Chefe do Serviço ecoóomico,
Embaixada da França em Moçambique
O artigo completo está disponível no link a seguir: http://www.tresor.economie.gouv.fr/File/433157
Abril 2017 #8
Com recursos de 25 bilhões de toneladas de carvão, Moçambique ocupa na teoria o 10º lugar no ranking das bacias de
carvão do mundo. Apesar das decepções dos anos 2012-2016 (incapacidade de desenvolver infra-estruturas para as
exportações, a queda dos preços para a rentabilidade da indústria, e por consequências uma redução líquida de planos de
actividade e de desenvolvimento das minas) , o carvão ainda parece ter um futuro promissor. A recuperação dos preços do
carvão desde meados de 2016 e a abertura do Corredor de Nacala vai realmente permitir que esta indústria utilize
plenamente as suas capacidades e impulsionar as exportações para 18Mt em 2017 e, em seguida, talvez, para 25 Mt em
2020 (contra 6 Mta em 2016), desde que o mercado seja mantido. As previsões de crescimento para 2017 também foram
bem incorporadas neste parâmetro, pois com um aumento de 24% este ano (previsão), o sector de mineração será o
principal contribuinte para o crescimento do PIB.
Relativamente negligenciado durante a era colonial, o carvão começou a atrair o interesse da indústria a partir de 2004. A
exploração realizada na província de Tete evidenciou a existência de um potencial em recursos avaliados em 25,4 bilhões de
toneladas de carvão, dos quais 3 a 5 bilhões de toneladas classificadas como reservas provadas e prováveis, o restante a ser
bastante classificados na categoria dos recursos indicados (10,5 Bt) e inferidos (11,3 Bt).
Os recursos de carboníferos estão concentrados em três formações geológicas na província de Tete : Vuzi, Moatize e Matinde.
Moatize contém o essencial do carvão a ser extraído. A exploaração é feita em ceu aberto e estima-se que, após o processamento,
geralmente, o coque (também conhecido como carvão metalúrgico, carvão de alto valor) representa entre 10 e 15% de extracções,
enquanto o carvão térmico representa 25 a 30 %.
A euforia da década de 2010 deu a impressão de que Moçambique poderá produzir rapidamente até 50 milhões de toneladas
de carvão por ano (contra 0,9 em 2009). A falta de infra-estrutura de exportação de tamanho adequado e os preços do carvão
inferiores, no entanto, têm limitado a expansão do setor de mineração. O desenvolvimento da industria de carvao tem sido
realmente retraido pela fraca infraestrutura ligada ao transporte: i) a única linha ferroviária que liga Tete ao Porto da Beira ( "Linha
de Sena") só pode levar de 5 a 6 Toneladas; ii) o Porto da Beira mostra-se ineficiente pois as suas capacidades vao ate 5,2 Toneladas e não tem águas profundas. Assim, enquanto a indústria do carvão tinha a capacidade de produzir 16 toneladas de
carvão, apenas 5 toneladas poderiam ser exportadas, isto em 2016. Por outra, com o declínio dos preços do carvão, o custo de
transporte (US $ 60 / t) este sistema ineficiente tornou o sector insustentável.
Até recentemente, a produção de Moatize (Vale) manteve-se limitada a 5 Mt por ano (Mta). A mina de Moatize (1490 Mt de
reservas 2P) foi em 2011 colocada em funcionamento pela Vale com uma capacidade de produção inicial de 11 Mta. A segunda
fase do desenvolvimento da mina (Moatize II, $ 2.068 bilhões em investimento adicional) tem desde Agosto 2016 a sua capacidade
de produção para 22 Mta. Mas pelas razões citadas acima, a sua produção real, no entanto, manteve-se limitado a menos de 5 Mta
no início de 2016. A empresa acusou grandes perdas, 669 milhões $ em 2014, 508 milhões $ em 2015, 247 milhões $ nos primeiros
nove meses de 2016. Para amortizar o seu investimento, a Vale abriu no final de 2016, o capital da sua subsidiária moçambicana, a
Mitsui. Os 450 milhões US $ captados nesta operação (195 $ milhões devem ser pagos se as metas de desempenho da mina forem
cumpridos) em troca da transferência de 15% da participação da Vale na licença de Moatize que, permitirão financiar futuros
investimentos. (A licença sera, por conseguinte, agora dividida entre a Vale, 81%, 15% e Mitsui Moçambique 4%).
Apos ter passado de Riversdale para Rio Tinto, a mina de Benga foi finalmente readquirida pela ICVL. Fechada no fim de 2016, e desta forma poderá reabrir nos meados de 2107
A Jindal decidiu interromper as suas operações em 2016, depois de um ano dificil em 2015. Jindal Steel and Power Ltd (JSPL)
investiu em Moçambique numa perspectiva de integração vertical, para abastecer suas usinas metalúrgicas (Índia e Omã) e suas
centrais de energia (Índia), colocou em operação a mina Chirodzi em 2013. Inicialmente calibrada para produzir 3 Mta, a produção
foi tampada em torno de 0,33 Mta.
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ANÁLISE
ECONÓMICA
CLUBE DE NEGÓCIOS FRANCE-MOÇAMBIQUE
2017, ano de renovação para a indústria de carvão em Moçambique?
AGRADECIMENTOS
E a Embaixada da França em Moçambique
Abril 2017 #8
Outros projectos de mineração foram suspensos ou não foram bem sucedidas.
i/ Beacon Hill Resources (BHR) entrou em falência no início de 2015. Operou-se o site de minas de Moatize (reservas 2P de 42
Mt) desde 2011 e produzindo volumes limitados (0,1 MTA)
ii/ o consórcio de Talbot, Nippon Steel, Sumitomo, e POSCO não endossou o desenvolvimento da meta Revuboé (objectivo de
produção da mina de 17 Mta) ..
iii/ Ncondezi Energy (ainda em projecto) Os parceiros parecem estar a espera até que as condições sejam reunidas para lançar
investimentos numa mina integrada a uma central termica de 300 MW. Uma parceria foi concluida com a Shanghai Electric Power
(SEP)
iv/ O desenvolvimento da mina Estima esta congelado (objectivo de produção de 20 Mta). Após ter se reforçada pela CAMEC -
Mineração Central Africano e Exploration Company, adquirida pela Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) em 2010, a
mina está desde 2013 na propriedade da Eurásia Resources Group (ERG), cuja estrategia em Moçambique é pouco clara.
Após esses constrangimentos, 2017 parece ser um ano de renovação para a indústria moçamibicana de carvão.
Com a abertura do corredor de Nacala, as perspectivas de mineração em Tete devem mudar radicalmente. Este centro logístico
desenvolvido por iniciativa da Vale ligando Tete para a nova terminal de carvão em águas profundas de Nacala-Velha com uma
linha férrea de 912 km de comprimento cruzando Malawi. Este novo corredor logístico que terá investimento de 4,4 mil milhões US
$ de uma capacidade de carga de 18 Mta de carvão (aumentou para 22 Mta na Fase II), elevando a capacidade total de
exportação de carvão 5 , 2-23,2 Mta (trazido para 27,2 Mta segunda fase). A terminal de carvão de Nacala-Velha, também está
em águas profundas, e pode receber navios de grande porte e evitar manobras dispendiosa tal como acontece no porto da Beira. Em 2016, cerca de 6 Mt da Vale foram exportadas através desta terminal enquanto que cerca de 100 navios ja foram fretados
neste local, desde a sua entrada em funcionamento.
Em relação à extensão do corredor da Beira, nota-se que a sua linha ferroviária foi renovada (a capacidade de transporte
aumentou de 6 para 20 Mta este ano), a terminal da Beira não foi modernizada, limitando ainda mais o uso deste corredor para
5,2 Mta.
Os preços do carvão também estão para além da rentabilidade da indústria. O coque australiano, o principal carvão
metalúrgico de referência, aumentou drásticamente o seu preço em 2016 (+ 300%). Sinal dessa mudança de paradigma, a Vale
não só anunciou o retorno ao lucro (35 milhões US $ em T4 2016), mas também vê um aumento na produção (13 milhões de
toneladas em 2017, 18 milhões de toneladas em 2018 para 20 milhões de toneladas em 2020). Jindal por seu lado reabre a mina
de Chirodzi em Octobro de 2016 e afirma perseguir uma meta de produção de 3 Mta a curto prazo. ICVL anúncia a reabertura da
mina de Benga, no início de 2017, e para o efeito lançou vários concuros de manifestação de interesse, para a construção de uma
central de energia de 200 WM, BOO –build own operate. Para tal, os produtores de carvão procurando criar um mercado local
para o seu carvão de menor qualidade, usá-lo para fins de produção de energia. Jindal está desta forma na sua fase final de
negociação de um acordo de compra de energia com a EDM para a criação de uma central eléctrica 2 x 150 MW, Nkondezi
Energy ainda está tentando materializar seu projecto da usina.
O artigo completo está disponivél no link : http://www.tresor.economie.gouv.fr/File/433157