AÇÃO APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ANTONIA GASPAR DE ALEXANDRE

CLÁUDIA APARECIDA ZANON FRANCISCOAdvogada

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DE DIADEMA – SP.

ANTONIA GASPAR DE ALEXANDRE, nascida aos 28/09/1952, brasileira, solteira, costureira, portadora da cédula de identidade RG n.º 36.648.263-4 SSP/CE e inscrito no CPF/MF sob o nº 299.837.108-62, residente e domiciliada à Travessa Santana, 5, bairro Jardim Canhema, no Município de Diadema, Estado de São Paulo, CEP 09941-531, por sua advogada que esta subscreve, vem a Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE PEDIDO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, autarquia federal, na situado na Avenida Antonio Piranga, 1038 – Vila Dirce - Diadema – SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

DOS FATOS E FUNDAMENTOS

A autora é portadora de osteoporose, tenossinovite dos flexores do punho direito, abaulamento discal L4-L5 com maior componente a direita, abaulamento e degeneração discal L5-S1, artropatia facetaria L2-L3 e L3-L4, osteoartropatia

Av. Fábio Eduardo Ramos Esquível,,261, ap.04, Centro –CEP 09920-575- Diadema – SP - Tel/Fax:

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facetaria L5-S1, espondilose da coluna lombo-sacra, acentuação da lordose lombar fisiológica , nódulo de SCHMORLem L4, entre outras, conforme se comprova pelos exames anexos, que poderão ser analisados com precisão e técnica por um médico perito a ser nomeado pelo D. Juiz.

Apesar das sequelas das quais é portadora a autora não obteve o beneficio previdenciário, seus pedidos foram negados, como no processo nº 2009.63.01.063217-4, com exame clínico realizado em 15/04/2012.

Não obstante, as graves doenças acima relacionadas, o requerido negou o pedido administrativo realizado pela autora e não concedeu nenhum benefício, alegando que a autora está apta para labor, mesmo diante dos relatórios médicos que indicam que a autora não tem condição para exercer qualquer atividade por estar incapacitada de forma total e permanente para o labor, mesmo porque todos os problemas que lhe acometem estão somente aumentando.

Cabe ressaltar que a autora não está curada e se encontra debilitada, haja vista sentir muitas dores devido aos seus problemas nos ossos (coluna e membros superiores), não tendo condição alguma para qualquer atividade laborativa, quanto mais exercer a função a qual exercia anteriormente, a de costureira, onde o trabalho é muito cansativo e exige posições incomodas e antiergonômicas, podendo assim agravar ainda mais seus problemas.

A autora não tem encontrado evolução no tratamento, tampouco perspectiva de cura, a despeito do empenho pessoal com tratamento ao qual foi submetida, com medicamentos administrados, todavia não surtiu o efeito desejado, sofrendo diariamente, ademais, a autora sequer consegue ficar por um tempo em pé ou sentada, ou até se movimentando, quanto mais fazer movimentos bruscos e repetitivos, pois logo precisa repousar, descansar, devido as dores que sente nos membros lesionados, como acima relatado.

Neste passo, a requerente ficou afastada de suas funções durante, tendo em vista que, está incapacitada para o labor, tanto que após passar novamente pelo médico especialista, ficou constatado que não houve evolução no tratamento, que realiza há tempos, apesar dos medicamentos administrados, ao revés, com o passar do tempo as doenças e as fortes dores somente evoluíram, como pode se concluir analisando os exames médicos carreados.


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Destarte, a requerente possui um quadro clinico complicado, todavia o médico perito do Instituto-requerido lhe negou o auxílio, mesmo diante do estado de saúde precário que se encontra, pois através dos laudos médicos ora carreados, está claro que a autora está incapacitada, tanto que apesar de não estar recebendo do INSS, desde 2008/2009 (?), quando começou a ter graves problemas e dificuldade para o labor, a autora não mais conseguiu retornar ao trabalho, em decorrência das fortes dores, já mencionadas, que lhe impedem de até realizar a função de costureira, conforme se comprova pelos relatórios anexos, por ser citada função de risco ergonômico, esforços físicos e movimentos repetitivos.

Salienta que, mesmo sem a concessão de beneficio pelo Instituto requerido, não está laborando, pois não tem forças para se movimentar por muito tempo, sentindo muita dor, lhe impedindo totalmente de exercer sua função, tampouco de conseguir recolocação no mercado de trabalho, haja vista praticamente não conseguir se movimentar por horas seguidas.

No mais, a autora que tem a profissão de costureira não consegue desempenhar suas atividades, haja vista, ser uma profissão que demanda esforço físico, além de ser repetitivo, não tendo qualificação para outra profissão, além do que a autora está com sessenta anos de idade, portanto o que dificulta recolocação no mercado de trabalho, bem como a cura.

A requerente, conforme sobredito teve seu benefício cessado pelo requerido mesmo mediante os exames médicos que demonstram o grave estado de saúde da requerente, estando assim sem auferir qualquer rendimento para seu sustento, fazendo jus a aposentadoria por invalidez por ser a incapacidade total e permanente.

Desta forma, o pedido de aposentadoria por invalidez da autora está amparada pela Lei 8.213/91, artigo 42, que dispõe:

“A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.”

No mais, o auxílio pleiteado é de cunho alimentar, além de a requerente estar necessitando do benefício para compra de remédios para tratamento de suas sequelas.


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Neste passo, a requerente preenche todos os requisitos necessários para concessão do benefício previdenciário.

Diante de todo o exposto, corroborado com a documentação anexa, que certamente será confirmado através de perícia médica, por um perito a ser nomeado por este D. Juízo, a requerente faz jus à conversão do auxílio doença em aposentadoria por invalidez desde a alta médica que ocorreu em 18/07/2011, com os respectivos pagamentos das parcelas vencidas e vincendas, com juros e correção monetária.

Sucessivamente, nos termos do artigo 289 do CPC, a autora requer seja restabelecido o auxílio doença, com o pagamento de todas as parcelas vencidas desde 18/07/2011 e as que forem vencendo no decorrer do processo, devendo o benefício ser mantido até que lhe seja dada alta pelo médico especialista que o acompanha e não pelo perito do requerido, pois conforme ficou comprovado não tem condições de avaliar o estado de saúde da autora em poucos minutos.

Requer desde já seja o requerido oficiado para que carreie aos autos cópia dos processos administrativos da autora.

DA TUTELA ANTECIPADA

Diante da possibilidade de dano irreparável ao direito em conflito, é possível a concessão da Tutela Antecipada, conforme artigo 273 do Código de Processo Civil e demais leis pertinentes, antecipar a tutela para determinar que o Instituto Nacional de Seguros Social – INSS restabeleça de imediato o benefício de auxílio doença a autora e após convertendo-o em APOSENTADORIA POR INVALIDEZ , com o pagamento desde a data da cessação, tendo em vista o caráter alimentar do beneficio, até sentença final.

Nobre Julgador através dos exames carreados aos autos verificasse que a autora está muito doente e sem possibilidade de trabalhar, haja vista seus problemas nos ossos e as fortes dores não terem sido vencidos.

Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:

A) A citação do réu, para que conteste a presente ação, sob pena de confissão e revelia.


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B) A requisição para o requerido para que junte aos autos cópia do inteiro teor do processo administrativo dos benefícios de auxílio doença recebidos pela autora, bem como os indeferidos.

C) A concessão da tutela antecipada “inaudita altera parts” para que o Instituto Nacional de Seguro social restabeleça de imediato o benefício de auxílio doença da autora, com data retroativa de 18/07/2011 e após convertendo-o em aposentadoria por invalidez, pois é evidente os riscos que corre a autora e ainda que as doenças das quais está acometida a incapacitam para o labor de forma permanente e total.

D) Sucessivamente, a requerente requer lhe seja restabelecido o auxílio doença, para que possa realizar seu tratamento, bem como o recebimento do benefício desde a data da alta medida dada pelo perito do requerido, qual seja 18/07/2011.

E) Ao final seja a presente ação julgada totalmente procedente condenando o Instituto-requerido, ao pagamento do benefício aposentadoria por invalidez, alternativamente o auxílio doença, com o pagamento das parcelas vencida e vincendas com juros e correção monetária na forma da lei pertinente, até recuperação total da autora.

F) Pagamento dos honorários advocatícios a base de 20% sobre o montante.

G) A concessão a autora dos benefícios da justiça gratuita por ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não reunindo condições de custear a presente demanda sem prejuízo do seu próprio sustendo bem como o de sua família.

Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, como perícia médica, juntada de novos documentos, testemunhas, depoimento do representante do requerido, e outras que se fizerem necessárias.

Dá-se a causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para efeitos fiscais.

Termos em que,pede deferimento.Diadema, 12 de dezembro de 2012.

CLAUDIA APARECIDA ZANON FRANCISCO


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OAB/SP 198.707


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