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Acidentes de Consumo Por Duilliam N. Santos Cemig – Maio/2009

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Acidentes de Consumo

Por Duilliam N. SantosCemig – Maio/2009

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Em 2006 foram registrados 503.890 acidentes e doenças do trabalho, entre os

trabalhadores assegurados da Previdência Social.

Entre esses registros contabilizou-se 26.645 doenças relacionadas ao trabalho, e

parte destes acidentes e doenças tiveram como conseqüência o afastamento das

atividades de 440.124 trabalhadores devido à incapacidade temporária (303.902 até

15 dias e 136.222 com tempo de afastamento superior a 15 dias), 8.383

trabalhadores por incapacidade permanente, e o óbito de 2.717 cidadãos.

Acidentes e doenças do trabalho

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O consumidor não sabe o que é um

acidente de consumo!

O consumidor não sabe o que é um

acidente de consumo!

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Acidentes de Consumo - Introdução

Os acidentes de consumo nunca foram tão mencionados, no Brasil, como

atualmente. Esse tipo de acidente, tão explorado nos Estados Unidos

(EUA) e Reino Unido (UK), pelo menos há 30 anos, agora vem sendo

estudado e comentado no nosso país. Esse tema vem agora sendo tomado

com maior profundidade por causa de um amadurecimento por parte da

nossa sociedade, que apareceu junto com o surgimento do Código de

Defesa do Consumidor (CDC,2001), em vigor desde março de 1991.

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Há casos de acidentes de consumo que podem acarretar inclusive a morte

do usuário do produto ou serviço. Entretanto, por falta da caracterização e

identificação do acidente de consumo, as entidades de defesa do

consumidor, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e a

própria entidade que regulamenta o produto ou o setor produtivo, acabam

não implementando medidas para melhoria ou até mesmo para a proibição

da venda do produto ou do serviço ou recalls.

Acidentes de Consumo - Introdução

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O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Certificação da

Qualidade (CONMETRO), constituído pelo conjunto dos órgãos,

instituições e empresas nacionais interessados nessas atividades, publicou

a Resolução nº 07, de 28 de agosto de 2006, onde foi instituído o Grupo de

Trabalho para a elaboração de um Sistema Básico de Monitoramento de

Acidentes de Consumo, para o qual o INMETRO é o coordenador.

Acidentes de Consumo - Introdução

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2003 - Com o objetivo de dimensionar os acidentes de consumo no Brasil, e de

atacá-los eficazmente, a PRO TESTE (Oscip) e a AMB (em parceria com o Hospital

São Paulo da Unifesp/EPM, Hospital Universitário da Irmandade da Santa Casa de

Misericórdia de São Paulo, Hospital das Clínicas da FMUSP e Hospital Universitário

da Universidade de São Paulo) mapearam, durante três meses, vítimas de acidentes

de consumo.

Foram realizadas 2.021 entrevistas com consumidores lesionados por

produtos (1.465) e serviços (556).

Como resultado do trabalho, tramita na Câmara Federal o projeto de lei nº. 4.302/04,

de autoria do deputado Dimas Ramalho, que cria o Sistema Nacional de Acidentes

de Consumo (SINAC). Ele prevê a notificação compulsória desses acidentes, com

reflexo direto no panorama atual das lesões a consumidores

Acidentes de Consumo - Introdução

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É importante que os consumidores sejam alertados para esse tipo de

acidente, para que possam identificá-los e assim, comunicar os postos de

saúde sobre a origem do produto ou serviço e o tipo de lesão ou ferimento.

Enquanto esse dado não for contabilizado, a informação sobre como esse

tipo de acidente ocorre não é tratada pelo órgão responsável e a população

não é alertada sobre os riscos que pode estar sofrendo.

Acidentes de Consumo

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O que é um Acidente de Consumo?

É aquele que ocorre quando um produto ou serviço, ainda que

utilizado corretamente, causa danos à saúde ou à segurança dos

consumidores.

É provocado por defeitos dos produtos, ou na prestação de

serviços.

O prejuízo do consumidor não se restringe somente ao defeito do

produto ou do serviço, mas engloba outros danos, como

tratamento médico e medicamentos.

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EUA

CPSC (Consumer Product Safety Commission)

Gastos da ordem de 700 bilhões de dólares (+/- 6% do PIB);

10 milhões de atendimentos médicos;

Mais de 140 mil casos envolvendo brinquedos, em 2002.

Dados internacionais

Reino Unido (dados de 2000)

ROSPA (Royal Society for the Prevention of Accidents)

Gastos da ordem de 30 bilhões de libras (+/- 3% do PIB); 2,7 milhões de atendimentos médicos; 31% dos acidentes são domésticos, 26% ocorrem nas estradas e 5% no trabalho; Mais de 40 mil casos envolvendo brinquedos.

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Estatísticas

Nos Estados Unidos, estatísticas oficiais mostram que 10 milhões de

pessoas por ano reportam-se às autoridades sobre acidentes com produtos

destinados a crianças, equipamentos de esportes e lazer, instalações,

móveis, utensílios domésticos, objetos de uso pessoal, ou seja, todos os

produtos que podem causar riscos de fogo, intoxicação, risco mecânico de

acidentes, choques e eletrocussões ou machucar crianças, ocasionando

ferimentos ou até mortes.

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Estatísticas

Esses dados são da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo

(U.S. Consumer Product Safety Commission - CPSC), Agência

governamental norte-americana, criada em 1972, que promove a proteção

da população dos riscos de acidentes com ferimentos ou mesmo mortes

associadas ao consumo de produtos, através de alertas sobre os produtos

mais perigosos, da ocorrência de recalls.

Cerca de 15 mil tipos de produtos estão sob a jurisdição da agência, que

também coordena um sistema para coletar informações e elabora

publicações e bancos de dados sobre os acidentes ocorridos com esses

produtos.

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Estatísticas

Segundo a organização (CPSC, 2005), nos EUA, o custo para os cofres públicos

com esse tipo de acidente e suas conseqüências é da ordem de 700 bilhões de

dólares por ano. O trabalho da CPSC para garantir a segurança dos consumidores,

ao longo dessas três décadas, garantiu um declínio de 30% das mortes e

ferimentos associados aos produtos de consumo. Cabe destacar que essa

organização não contabiliza dados referentes a acidentes ocorridos com produtos

que possuem outra agência reguladora nos EUA, como por exemplo, os alimentos

que são regulados e fiscalizados pela Food and Drugs Administration - FDA.

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Estatísticas

Reino Unido - Com base em estudo, realizado no período de 2000 até 2002, foi

constatado que 4.000 pessoas morrem, por ano, devido a acidentes provocados

pelo consumo de produtos e mais de 2,7 milhões de pessoas buscam tratamento

médico por causa deste tipo de acidente.

Entretanto, os casos menores de acidentes, que são tratados em casa, nem sequer

entram nas estatísticas.

Segundo o Departament of Trade and Industry (DTI,2005), da Inglaterra, o custo

devido à ocorrência de acidentes de consumo chega à ordem de 30.000 milhões de

libras por ano, incluindo custos médicos, tempo fora do trabalho, entre outros custos

(ROSPA, 2005).

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Os regulamentadores brasileiros não têm informações disponíveis que

lhes permitam definir prioridades – a atuação pode estar desfocada.

Em 2000, foram registrados cerca de 344 mil casos de acidentes de

trabalho. Caso a proporção entre acidentes domésticos e acidentes de

trabalho, no Brasil, fosse semelhante a observada no Reino Unido, no

mesmo ano, estimaríamos a ocorrência de mais de 2 milhões de casos de

acidentes domésticos!!!

Realidade Brasileira

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Os Acidentes de Consumo e o CDC

Os direitos dos consumidores, em especial no que dizem respeito à saúde

e à segurança, estão assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor

(CDC, Lei no. 8.078/90).

O CDC determina que a proteção da vida, da saúde e da segurança contra

riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e de serviços é

um direito básico do consumidor.

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O que causa um Acidente de Consumo?

• Falha na informação quanto ao uso correto do produto ou serviço.

• Falta de adequação de produtos ou serviços às normas de fabricação.

• Defeitos nos produtos ou prestação inadequada de serviços.

• Ausência de atuação preventiva dos fornecedores (fabricantes,

vendedores,importadores etc).

Nesses casos, os produtos ou serviços são considerados defeituosos,

quando não oferecem a segurança que deles, legitimamente, se espera.

O fornecedor pode ser responsabilizado por não ter informado

adequadamente sobre a utilização dos produtos e serviços, e sobre os

riscos que oferecem

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Exemplos de acidentes decorrentes de defeitos de Produtos e Serviços

Alimentos – ingestão que causa intoxicação ou contaminação.

Medicamentos – contaminação do produto; conteúdo; composição;concentração diversa da

indicada na bula; rótulo; gosto e cheiro de doce; acarretando ingestão ou atraindo crianças.

Produtos de higiene – sabonetes que causam problemas de pele,como alergia; hastes de

algodão que se soltam do bastão e causam danos ao ouvido; xampus ou tinturas que provocam

queda de cabelo.

Embalagens em geral – cortes; perfurações; falta de informação sobre o uso; concentração;

explosão; abertura inadequada ou sem trava em produto perigoso; falta de informação sobre

como descartar a embalagem.

Eletroeletrônicos/eletrodomésticos – choques; incêndio;queda de peças de aparelhos; lesões

por queda ou explosão de aparelho de TV, de vídeo, de churrasqueira, de vidro de forno ou

tampa de fogões.

Brinquedos – peças que são engolidas; contaminação pela tinta que se solta;enchimentos com

sujidades, partes pontiagudas e rígidas.

Cosméticos – alergia; sem registro na Anvisa.

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Exemplos de acidentes decorrentes de defeitos de Produtos e Serviços

Outros – estouro de panela de pressão; veículos (peças; itens que comprometem a segurança:

cinto, airbag, freios, pneus, aquecimento, incêndios, explosões,vazamentos); móveis (lesões por

quebra de cadeiras, de camas, de armários etc); queda em supermercados, em lojas, em

hospitais, no transporte coletivo, danos em calçados (quebra de salto).

Transportes – acidentes causados por falhas em equipamentos nos metrôs, em trens, em

aeronaves, em ônibus e no transporte escolar. Reformas em geral – queda de teto, de parede;

choques em instalação elétrica; pisos escorregadios ou com desníveis.

Dedetização – intoxicação por aplicação de produto; falta de informações sobre a composição e

advertências de uso; iscas em forma de alimento; contaminação.

Serviços essenciais – gás (inalação, incêndio); água (estouro de cano); energia(choques e

incêndio).

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1 - Proteção da vida e da saúde

Antes de comprar um produto ou utilizar um serviço você deve ser avisado, pelo fornecedor, dos possíveis riscos que podem oferecer à sua saúde ou segurança.

2 - Educação para o consumo

Você tem o direito de receber orientação sobre o consumo adequado e correto dos produtos e serviços.

3 - Liberdade de escolha de produtos e serviços

Você tem todo o direito de escolher o produto ou serviço que achar melhor.

4 – Informação

Todo produto deve trazer informações claras sobre sua quantidade, peso, composição, preço, riscos que apresenta e sobre o modo de utilizá-lo. Antes de contratar um serviço você tem direito a todas as informações de que necessitar.

5 - Proteção contra publicidade enganosa e abusiva

O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito de cancelar o contrato e recebera devolução da quantia que havia pago. A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor. São consideradas crime (art. 67, CDC).

Direitos básicos do consumidor

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6 - Proteção contratual

Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um formulário com cláusulas pré-redigidas por uma delas, concluem um contrato, assumindo obrigações. O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou quando forem prejudiciais ao consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por um Juiz. O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele está escrito.

7 – Indenização

Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.

8 - Acesso à Justiça

O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao juiz que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados.

9 - Facilitação da defesa dos seus direitos

O Código de Defesa do Consumidor facilitou a defesa dos direitos do consumidor, permitindo até mesmo que, em certos casos, seja invertido o ônus de provar os fatos.

10 - Qualidade dos serviços públicos

Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos públicos ou empresas concessionárias desses serviços.

Direitos básicos do consumidor

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Art. 6º, I, CDC

Alguns produtos podem oferecer riscos ao consumidor. É direito do consumidor ser protegido contra produtos que possam ser perigosos. Assim, um alimento não pode conter uma substância que pode fazer mal à saúde; um açougue não pode vender carnes embrulhadas em sacos de lixo ou papel de jornal; um remédio que causa dependência não pode ser vendido livremente, sem receita médica.

Arts. 8º, 9º e 10

O fornecedor deve informar, nas embalagens, rótulos ou publicidade, sobre os riscos do produto à saúde do consumidor.

Se o fornecedor, depois que colocou o produto no mercado, descobrir que ele faz mal à saúde, precisa anunciar aos consumidores, alertando-os sobre o perigo.

Esse anúncio deve ser feito pelos jornais, rádio e televisão. Além disso, o fornecedor também tem a obrigação de retirar o produto do comércio, trocar os que já foram vendidos ou devolver o valor pago pelo consumidor.

Proteção à Saúde e Segurança

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Vícios de Serviços ou Produtos (Arts. 12 a 25, CDC)

Um produto ou um serviço é defeituoso quando não oferece a segurança que dele se espera (art. 12, 1º).

Existem vícios de qualidade e quantidade do produto. Os vícios de qualidade dividem-se em vícios por inadequação (o produto é inadequado ao fim que se destina) e por insegurança (de defeito).

Os fornecedores são responsáveis pelos vícios de qualidade ou quantidade do produto (Art. 28, CDC).

Os vícios nos produtos e nos serviços podem causar danos físicos aos consumidores, colocando em risco sua segurança. Estes danos decorrem dos chamados acidentes de consumo, ou seja, acidentes causados pelo produto defeituoso (Art. 12, CDC).

O fornecedor, independentemente da existência de culpa, é responsável pelos danos causados pelo produto defeituoso ou por não ter dado informações suficientes e adequadas sobre a utilização do produto e riscos que ele oferece.

Todas as vezes que um produto ou serviço causar um acidente os responsáveis são (Art. 12, CDC) :

Responsabilidade do fornecedor

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Todas as vezes que um produto ou serviço causar um acidente os responsáveis são (Art. 12, CDC) :

• O fabricante ou produtor;

• O construtor;

• O importador;

• O prestador de serviço;

• O comerciante é também responsável pelos danos quando (Art. 13, CDC):

• o fabricante, construtor, produtor ou importador não forem encontrados;

• o produto não tiver a identificação clara do fabricante, produtor, construtor ou importador;

• não conservar os produtos perecíveis como se deve.

Responsabilidade do fornecedor

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Casos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

03/04/2009 - Fabricante de celular condenada por explosão de bateria

A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça condenou o Grupo Siemens Ltda. a

indenizar consumidora por explosão de bateria de celular. Os danos morais foram

fixados em R$ 5.700,00.

A consumidora, proprietária de celular modelo C-45, produzido pelo Grupo Siemens

LTDA, recarregou o aparelho utilizando bateria adquirida junto à loja Celulares &

Cia. Durante a recarga, a bateria do aparelho explodiu, dividindo-se em dois

fragmentos. Fagulhas de fogos desprenderam-se, de modo a causar danos à cama

e ao carpete da autora.

Proc. 70026053116

Fonte: TJRS-2/4/2009

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Acidentes de Consumo - Fatos

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05/03/2009 - Universitária receberá indenização de R$ 30 mil por acidente em

elevador

A juíza da 5ª Vara Cível de Brasília condenou o Instituto Científico de Ensino

Superior e Pesquisa - ICESP ao pagamento de reparação de R$ 30 mil, a título de

dano moral, e de 534 reais, por dano material, a uma aluna universitária que sofreu

lesões graves na coluna vertebral depois da queda de um elevador no prédio da

universidade.

A autora da ação - Nara Marta Lima Ferrari - relatou que no dia 7 de junho de 2006

entrou no elevador de um dos prédios no campus universitário do ICESP para visitar

a biblioteca, em andar inferior. Após acionar o botão referente ao andar, o elevador

teve os cabos de sustentação rompidos e caiu em queda livre, o que resultou em

vários ferimentos na estudante.

Fonte: Espaço Vital-5/3/2009

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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19/11/2008 - Por decisão judicial, empresa de ônibus e seguradora deverão

pagar tratamento médico a vítimas de acidente

A juíza Fabíola Fernanda Feitosa de Medeiros, da comarca de Minaçu, concedeu

liminar favorável ao Ministério Público, em ação proposta contra as empresas JR

Passagens e Turismo e Nobre Seguradora, e determinou que elas arquem com os

custos de tratamento médico das vítimas de uma acidente, ocorrido em julho deste

ano.

O promotor de justiça Augusto Reis Bittencourt Silva, autor da ação, relata que o

acidente aconteceu na rodovia que liga Uruaçu a Minaçu, envolvendo o ônibus de

turismo da JR, que é segurado pela empresa Nobre. O ônibus caiu de uma ponte,

causando graves lesões em todos os passageiros e no motorista, sendo que muitos

não tiveram qualquer assistência financeira para custear os tratamentos médicos

necessários.

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

29/10/2008

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29/04/2009 - Empresa de transportes indeniza vítima

 A 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou a

Univale Transportes Ltda, de Coronel Fabriciano, ao pagamento de R$ 83 mil por

danos morais a E.S, viúvo de uma moça, que faleceu em um acidente de trânsito.

Segundo os autos, o acidente ocorreu em razão de uma freada brusca do ônibus de

transporte da empresa, que culminou na queda da mulher, levando-a sofrer lesões

graves, traumatismo no fêmur e trauma no quadril.

Em razão das lesões, a vítima foi internada em um hospital, onde passou por um

procedimento cirúrgico. Alguns dias depois, após sofrer complicações, a senhora

veio a falecer.

Processo nº: 1.0194.08.082908-9/001

Fonte: TJMG-27/4/2009

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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No Japão, 65 acidentes

Segundo edição do jornal inglês The Guardian, entre junho e novembro, aconteceram no Japão 65 acidentes envolvendo sandálias Crocs e seus similares. Testes feitos pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Avaliação do Japão (o Inmetro japonês) descobriu que, feito principalmente de resina de polietileno, é suscetível à ficar preso nas escadas e esteiras rolantes.

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28/04/2008 - Sandálias Crocs causaram acidentes com crianças em shoppings

do Rio

RIO - Consumidores do Rio também já enfrentaram problemas com as sandálias

Crocs. Em depoimento na seção de comentários do Globo Online, a leitora Claudia

Rezende Assumpção conta que seu filho de 4 anos teve sua sandália presa nas

escadas rolantes do Shopping da Gávea.

Os acidentes causados pelas sandálias Crocs em pelo menos 10 países do mundo

podem provocar um pedido de recall dos calçados no Brasil. É o que vai pedir a

Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste. Segundo Maria Inês

Dolci, coordenadora institucional da associação, embora a recomendação ainda não

tenha sido feita fora do Brasil, a legislação brasileira prevê esta medida como

prevenção.

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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16/07/2008 - Queda em bueiro gera indenização

O município de Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH),

foi condenado a pagar R$ 3.994,50, a título de danos materiais, e 50 salários

mínimos, por danos morais, ao funcionário público F. M. F. S. O autor da ação

buscou indenização depois de sofrer um acidente na via pública.

Em maio de 2005, F. caiu de bicicleta dentro de um bueiro que estava destampado,

na Avenida Marechal Castelo Branco, em Sete Lagoas. O bueiro – que media cerca

de um metro de comprimento, um metro de profundidade e 44 centímetros de

largura – estava encoberto pela água de chuva. Como conseqüência do acidente, F.

precisou se submeter a tratamento odontológico, no valor de R$ 3.994,50. O

município alegou que o acidente ocorreu em virtude da desatenção do autor.

Processo nº: 1.0672.07.251538-6/001

Fonte: TJMG - 15/7/2008

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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12/01/2009 - Município indeniza estudante por acidente em classe

O município de Parnamirim foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do

Norte a indenizar em R$ 40 mil um morador da cidade, que teve perda parcial da

visão, após um acidente em uma sala de aula de uma escola.

Por causa da falta de manutenção nas instalações elétricas e dos equipamentos de

ventilação, um ventilador de teto despencou e atingiu o olho esquerdo do estudante.

Ele foi levado para o Hospital Walfredo Gurgel, onde foi submetido a uma cirurgia de

urgência, que não teve um resultado satisfatório. Depois do procedimento, o

diagnóstico foi uma catarata decorrente de traumatismo. Durante esse período, a

vítima perdeu o ano escolar, que cursava na Escola Municipal Cícero de Souza

Melo.

Fonte: Consultor Jurídico - 10/01/2009

Acidentes de Consumo - Fatos

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22/10/2008 - Prefeitura pagará prótese para ciclista que caiu em buraco

Na condição de responsável pela manutenção e segurança das rodovias, é dever do

ente público indenizar condutores e transeuntes por acidentes originados pela má

conservação de vias públicas. Com esse entendimento, a 3ª Câmara de Direito

Público do Tribunal de Justiça manteve sentença da Comarca de Jaraguá do Sul

que condenou o município ao pagamento de R$ 6,5 mil por danos morais e materiais

em benefício de A.S., vítima de acidente ao cair em um buraco quando transitava de

bicicleta em via pública. Socorrido pelo Corpo de Bombeiros e atendido na

emergência do hospital local, o ciclista requereu, além de reparação moral, o

ressarcimento dos valores empregados no conserto da bicicleta e na compra de

remédios, novo par de lentes e próteses dentárias.

Fonte: TJSC

Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo - Fatos

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Acidentes de Consumo – E agora José?

O que fazer ?

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Acidentes de Consumo – O que fazer

Faça valer os seus direitos

Tente um acordo

Entre em contato com a empresa, fabricante ou fornecedor.

Exponha o caso com clareza e busque uma solução negociada.

Fique atento, dê prazo para resposta.

Se a empresa não atender, demonstrando má-fé, busque atendimento em entidades

de defesa do consumidor.

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Acidentes de Consumo – O que fazer

Proteja seus direitos

Em qualquer situação, junte provas.

Se precisar entregar um produto para perícia da empresa, por exemplo, fotografe-o.

Junte documentos de comprovação, como prospectos e folhetos de publicidade,

rótulos, embalagens, ordens de serviço, orçamentos,notas fiscais de medicamentos,

consultas, internações , exames etc.

Entre em contato com as autoridades públicas para que sejam tomadas as

providências cabíveis. Registre Boletim de Ocorrência (BO).

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Acidentes de Consumo – O que fazer

Na Justiça

É válido dar entrada no JEC (Juizado Especial Cível) quando o valor reclamado for de até 40 salários mínimos, sendo que em caso de até 20 salários mínimos fica dispensada a exigência de se fazer representar por advogado. Caso o processo oscile entre 20 e 40 salários mínimos, a presença do advogado já se faz necessária.

A vítima de acidente de consumo pode abrir mão de parte do valor a ser pleiteado para poder dar entrada no JEC, para uma possível agilização do processo, já que a demora para julgamento na justiça comum é bem maior.

Lembre-se: dano moral só pode ser reclamado na esfera judicial.

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Neste estudo, realizado em hospitais da cidade de São Paulo no segundo semestre de 2003, observa-se uma maior incidência de acidentes de consumo relacionados a produtos do que a serviços.

As crianças menores de 10 anos são as principais vítimas, com 39% dos casos relatados, e seus acidentes são causados principalmente por produtos (95%), sendo que 26% delas se acidentam com medicamentos; 16% com produtos de limpeza; 13% com produtos químicos; e, 9% com alimentos/ bebidas.

Os acidentes de consumo decorrentes da prestação de serviço são mais comuns com pessoas entre 21 e 40 anos, e ocorrem principalmente nos transportes ou nas vias públicas.

Não existe distinção entre os sexos quando se fala sobre acidente de consumo; ambos os sexos têm a mesma propensão para sofrer este tipo de acidente.

É preciso reduzir o número de acidentes de consumo, pois é inadmissível a exposição de seres humanos a falhas que podem ser solucionadas pelo processo produtivo e pela prestação de serviços. E até para que o sistema público de saúde, que atualmente trabalha com verbas escassas, possa usar os recursos para outros fins

Acidentes de Consumo - Conclusão

Page 53: Acidentes de Consumo Por Duilliam N. Santos Cemig – Maio/2009

Relate o seu acidente de consumo

O produto ou serviço não necessariamente precisa ter sido comprado por você.

Com o seu relato poderemos estimar o prejuízo econômico e social causado por

esse tipo de acidente à sociedade brasileira e contribuir para a redução de inúmeros

acidentes a partir da elaboração e revisão de normas e regulamentos técnicos, para

o aperfeiçoamento de produtos e serviços expostos à venda no mercado nacional,

bem como para o direcionamento de ações focadas por parte das autoridades

regulamentadoras voltadas não apenas para a fiscalização, mas também para a

educação para o consumo.

http://www.inmetro.gov.br/consumidor/formulario_acidente.asp

Os dados fornecidos para composição desta apresentação foram cedidos por:

Alessandra Fontes Mathias - INMETRO

Relate seu caso