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Acontece nº 41 - Julho de 2010

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O jornal Acontece é uma publicação mensal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE).

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  • Graduao em M-sica ser o primeiro curso

    superior do campus Belo Jar-dim, que passar a ser a nica instituio do Norte e Nordes-te a oferecer uma licenciatura em instrumentos

    1Acontece Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

    Informativo do Instituto Federal de Pernambuco Ano VI N 41 . Junho de 2010

    Acontece

    O que leva algum a perseguir por longos anos um sonho que para muitos parecia impossvel de se realizar? Alguns podem apostar na persistncia, outros na teimosia. Mas o que levou Mozart Vieira a lutar durante 20 anos para implantar um curso superior de msica no foi s isso. Foi acima de tudo paixo uma grande paixo pela msica.

    O resultado foi a Licenciatura em Prticas Interpretativas

    de Msica Popular Brasileira. (Veja mais nas pginas 4 e 5)

    PROFISSOSurgimento de novos roteiros tursticos no Brasil se destaca como alternativa para gestores de Turismo.

    SALRIOTcnicos de Pernambuco e de todo o Pas lutam por piso salarial da categoria e garantia de direitos que podero melhorar o futuro desses profissionais.

    REFLORESTAMENTOCampus Vitria e populao local se unem para reflorestar reas prximas a nascentes de lagoas devastadas ao longo dos anos.

    Pgina 6

    Pgina 8

    REcESSO ELEITORAL Saiba o que vai ser ou no permitido no servio pblico federal durante os trs meses que antecedem as eleies de trs de outubro.

    Pgina 2

    no CampoMusica

  • 2Eleies 2010

    Eleies exigem cautela de servidores

    Nos trs meses que antece-dem as Eleies 2010 alguns cuidados devem ser adotados pelos rgos e servidores pblicos. O objetivo impedir o uso da mquina administra-tiva e resguardar os prprios servidores

    Durante trs meses, o jornal ACON-TECE sair de circulao. Essa apenas uma entre diversas medidas adotadas pelo o Instituto durante o perodo eleitoral, que comea no dia trs de julho e segue at outu-bro, podendo ser prorrogado, caso ocorra segundo turno. A precauo faz sentido. A Justia Eleitoral tem aumentado o rigor a cada eleio, fazendo valer a Lei. Nesta, quando sero escolhidos deputados federais e estaduais, senadores, governado-res, alm do presidente da Repblica,

    Ano VI N 40 Junho de 2010

    a recomendao uma s: cautela.Preocupados com o assunto, a

    Advocacia Geral da Unio, a Presi-dncia da Repblica e o Ministrio do Planejamento lanaram uma cartilha para nortear a conduta dos agentes pblicos. A idia oferecer orienta-es para evitar que sejam praticados, indevidamente, atos administrativos ou tomadas decises governamen-tais, durante o perodo eleitoral.

    O objetivo impedir o uso da mquina administrativa, que pode favorecer um ou outro candidato, explica o chefe da Procuradoria do IFPE, Jos Reginaldo Pereira, que evoca o princpio da igualdade para justificar a medida. Ele lembra que

    vedaes so estabelecidas no s para os candidatos, mas tambm para agentes pblicos. No Instituto, a regra seguir as orientaes. A Rei-toria estar atenta para que todas as normas sejam cumpridas, esclarece o reitor Srgio Gaudncio.

    O agente que desobedecer s nor-mas pode ser responsabilizado por ato de improbidade administrativa e sofrer penalidade civil e administra-tiva. O procurador, Jos Reginaldo Pereira, recomenda pensar bem antes de praticar os atos. Em caso de dvidas, no o pratique. Recomendo realizar uma consulta jurdica, pois as consequncias podem vir depois, alerta. Ele se coloca disposio da comunidade para esclarecer situa-es.

    Apesar da precauo, importante observar que o servidor no est impedido de fazer parte do maior momento da democracia, que so as eleies. As pessoas tm diferen-tes papis. Voc pode ser servidor, esposo e filho. Fora do horrio do

    trabalho, o agente pblico, na quali-dade de cidado, pode participar de eventos da campanha eleitoral, desde que observados os limites da lei, esclarece.

    Durante o perodo, podero ser nomeados os candidatos aprovados em concurso pblico com resultado homologado trs meses antes da eleio

    A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informa-tivo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos

    No permitida a publicidade institucional

    vedada a cesso e utilizao de bens, materiais ou servios em benefcio de candidato, partido poltico ou coligao

    Confira mais orientaes na cartilha Eleies 2010 no site: www.agu.gov.br

    proibido nomear, contratar ou admitir servidores nos trs meses que antecedem a eleio at a posse dos eleitos. A mesma proibio vale para os casos de demisso sem justa causa, exonerao, remoo e transferncia de servidores

    Nesse mesmo prazo tambm so vedadas as contrataes e demisses dos temporrios

    Podero ser realizadas exoneraes e nomeaes em cargos de comisso, alm de designao ou dispensa de funes de confiana, que podem ocorrer a qualquer tempo

  • Pesqueira

    Acontece Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

    Eleies exigem cautela de servidores

    3

    O evento vai comear. Antes, chega o grupo. Em alguns minutos, seus integrantes esto posicionados no lugar onde o evento acontece. E tra-balham at o fim da ocasio.

    Eis a breve descrio de um dia onde alunos do curso tcnico de Turismo e Hotelaria, do campus Barreiros, ficam responsveis pelo cerimonial

    de um evento. Plnio Guimares, pro-fessor da rea, salienta que o cerimo-nial importante e abre um leque de atuao profissional. H carncia de

    profissionais qualificados. Capacitar

    A comunidade surda carrega nas mos a grande ferramenta para se comunicar. Atravs das mos, pessoas que no ouvem e nem falam conse-guem entender e se fazer entender utilizando a Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), num movimento cada vez maior de incluso social.

    Ronny Digenes de Menezes pro-fessor substituto recm-contratado do campus Pesqueira. L, abraou a misso de ministrar aulas de LIBRAS para alunos do curso Licenciatura em Matemtica. Tambm estamos pro-gramando um treinamento, para ser ofertado aos servidores do campus,

    cERIMONIALCharme no

    MOSO valor das

    Jovens participam de eventos e reforam aprendizado na prtica

    Ensino de LIBRAS prepara fu-turos docentes para desafios em sala de aula

    nossos alunos aumenta sua emprega-bilidade, conclui ele.

    O setor de Turismo e Hotelaria, lembra Plnio, vem sobrevivendo de eventos como forma de combater a sazonalidade do setor. Ele diz que conhecimentos bsicos sobre cerimo-nial e protocolo so indispensveis para se obter uma correta execuo do evento planejado, alm de se evi-tar as temidas gafes e eventuais cons-trangimentos.

    A estudante Cristiane Melo con-corda com o professor. Trabalhar

    adianta ele.O professor lembra que a falta da

    capacitao adequada dos docentes para receberem alunos portadores de necessidades especiais um dos fato-res que desencadeiam evaso escolar. O Brasil tem cerca de um milho e meio de surdos. Um professor devida-mente preparado recebe esse aluno e o faz acompanhar a turma, o que ajuda a evitar que ele saia da escola, argumenta o docente.

    Idioma reconhecido - J que possui os quatro nveis lingusticos: o fono-lgico, o sinttico, o morfolgico e o semntico - a regulamentao da LIBRAS em mbito federal deu-se apenas em 24 de abril de 2002, com a Lei n 10.436. S em dezembro de 2005, com o Decreto-lei n 5.626, a lngua foi includa como disciplina

    curricular na formao de professo-res para o exerccio do magistrio.

    Ronny acredita, ainda, na impor-tncia do papel social desempe-nhado pelo ensino da Lngua Brasi-leira de Sinais e a compara Lngua Portuguesa. Ele acredita que o IFPE, alinhado com a poltica de incluso e compromisso com a educao, tem no ensino de LIBRAS uma ferramenta para receber e atender melhor seus alunos. Alm dos futuros profes-sores, os servidores que passarem pela capacitao tambm acabaro atuando como multiplicadores, difundindo ainda mais o idioma e oferecendo um melhor atendimento, completa ele, que diz ter como meta do seu contrato com o Instituto a fluncia de estudantes e servidores

    nessa poderosa lngua.

    a questo do cerimonial muito importante. Passamos a ter mais desenvoltura e maior domnio da tc-nica, enfatiza.

    Alm do curso no campus Barreiros, o Instituto Federal de Pernambuco oferece o curso superior de Gesto de Turismo, no campus Recife, onde futuros gestores da rea tambm praticam cerimonial na disciplina de Planejamento e Execuo de Eventos e nos eventos em geral promovidos pela instituio.

    Barreiros

  • 4Belo Jardim

    Conhea a histria de quem dedicou sua vida musicalidade

    Estudantes do

    campus Belo

    Jardim formam a

    banda de Marcha

    Vrios projetos

    paralelos fazem

    parte da vida do

    maestro, neles a

    msica sempre

    est presente

    na sala de aulaCom o incio das aulas previsto para

    o primeiro semestre de 2011, a gra-duao em Msica Popular Brasileira vai durar quatro anos e ter um perfil

    ambivalente. Teremos um curso de perfil curricular flexvel e multidisci-plinar, que d lugar ao msico e ao docente em msica, resume Mozart Vieira, idealizador do curso.

    Em toda regio Nordeste, s exis-tem licenciaturas e bacharelados vol-tados exclusivamente para a msica clssica. No Brasil, a Unicamp a nica a oferecer graduao, especia-lizao, mestrado e doutorado em Msica Popular Brasileira. A idia que o curso valorize a diversidade do

    Tendo nascido numa famlia tra-dicional de msicos, o destino de Mozart no poderia ser diferente. O av materno foi um importante maes-tro da cidade de Belo Jardim, no seg-mento de banda. Com a me, Ivonete

    PARTITURAS

    De corpo e alma para a MSIcA

    Ano VI N 41 Junho de 2010

    povo brasileiro. Alm da peculiaridade do currculo

    do curso, a seleo dos novos estu-dantes ser outro diferencial. Para Mozart, o processo ser o mais demo-crtico possvel, contemplando no s quem acabou de sair do Ensino Mdio, mas tambm msicos pro-fissionais que desejem aprofundar

    seus conhecimentos e desenvolver prticas de ensino. O exame dever conter questes tericas gerais e pr-ticas, alm de audio instrumental. Acreditamos que o curso de licencia-tura vai atrair um perfil de candidatos

    mais experientes do ponto de vista profissional, aponta.

    Vieira, aprendeu desde cedo o gosto pela msica instrumental. Do pai, que era agricultor, herdou a tradio da cultura popular. Nasci de um bero acadmico de um lado, que alm de msicos eram educadores, e de outro a cultura popular, acrescenta.

    Aos seis anos, se mudou para So Caetano onde teve suas primeiras lies de msica. Raimundo Jos da Silva, da banda Olindino Santino, ensinou o primeiro instrumento a clarineta. Depois disso, ingressou na Escola de Msica da cidade, onde o tio Joaozito Vieira, o apresentou a flauta transversa. Da pra frente, no

    parou mais. Ainda jovem, foi estudar no Conser-

    vatrio Pernambucano de Msica, em Recife, onde o maestro Guebinha e o msico Srgio Campelo integrante do grupo S Grama fizeram aprimo-rar seus dotes musicais. Em seguida, foi estudar na Universidade Federal da Paraba, onde permaneceu por sete anos se dedicando ao estudo da flauta transversa, chegando a se apri-morar at em Paris.

    Vida paralela - Mas no s de msica vivia Mozart. Em 1981, veio ser aluno da ento Escola Agrotcnica de Belo Jardim, hoje campus do IFPE, que desde sua fundao, em 1970, oferece a disciplina de msica para seus alunos. No deu muito tempo e Mozart se tornou assistente do pro-fessor Ulisses de Souza Lima e logo depois professor auxiliar da cadeira. Tinha outros sonhos. Queria estu-dar ainda mais msica e prosseguir com o projeto de So Caetano, onde ensinava iniciao musical a jovens

  • 5Acontece Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

    Banda de Marcha

    se apresenta em

    diversos eventos

    da cidade

    na sala de aula

    agricultores. Por essa razo, deixou a Agrotcnica e seguiu pelo mundo afora para aperfeioar seu ensino/aprendizagem. Por essas andanas, estudou e se formou em Licenciatura em Cincias Naturais e Matemtica, na prpria cidade de Belo Jardim.

    Em 2007, veio o retorno para a escola agrcola. Aprovado em con-curso pblico, assumiu a vaga de pro-fessor de Msica, que desde sua par-tida, havia ficado sem docente oficial,

    apenas com voluntrios. Depois de 24 anos voltei e fiquei frustrado, pois

    no havia mais nada da poca em que era assistente. Os instrumentos musi-cais no existiam mais. Comecei ento a trabalhar de domingo a domingo para equipar novamente a disciplina de msica, relembra. Para a compra desses instrumentos, o reitor Srgio Gaudncio conseguiu junto Setec uma verba de R$ 300 mil.

    Hoje, o campus Belo Jardim alm de continuar a oferecer a disciplina de Msica agora Lei Federal ofert-la nos cursos de ensino funda-

    mental e mdio promove tambm, para a comunidade e alunos internos, diversas oficinas culturais, tendo sido

    essas fundamentais para a aprovao do curso superior de Msica junto ao MEC. Outro projeto encabeado por Mozart foi a criao da Marching Band ou banda de Marcha, que rene cerca de 110 estudantes do campus tocando instrumentos de sopro e percusso, com direito a coreografias

    e msicas variadas. Esses grupos so muito comuns nos Estados Unidos e Europa onde so conhecidas como bandas de competio.

    Na vida profissional, Mozart j

    desenvolveu trabalhos com Alceu Valena e Francis Hime. Sua histria frente da orquestra Meninos de So Caetano virou filme. Atualmente, montou uma orquestra de pfanos, nica no mundo, que se apresenta com a cantora Elba Ramalho nos fes-tejos juninos espalhados pelo Pas. Para o maestro, msico e professor Mozart Vieira, a msica vem em pri-meiro lugar, sempre.

  • 6Profisses

    em pleno vaporTURISMOCrescimento do mercado turstico brasileiro faz aumen-tar a demanda por mo de obra especializada na criao, promoo e desenvolvimento do setor

    Maria Claudilena,

    estudante de

    Gesto de Turismo,

    encontrou no s

    roteiros alternativos,

    como Buque,

    oportunidade de

    atuar na rea

    Uma vez que nem s de praias e montanhas vive o turista, a busca incessante por destinos alternativos vem ocupando lugar de destaque nas to sonhadas frias.

    Esse aquecimento do mercado de Turismo vem transformando regi-es, estados e cidades brasileiras em novos pontos tursticos, fazendo sur-gir cursos de graduao tecnolgicos dedicados rea. Um deles o Ges-to de Turismo, oferecido pelo IFPE, no campus Recife.

    O profissional de Gesto de Turismo

    responsvel por algumas das tarefas mais importantes dos negcios turs-

    ticos, a exemplo do planejamento, organizao e administrao de esta-belecimentos e servios ligados ao setor. No entanto, o leque de opor-tunidades para esse gestor no pra de crescer. Segundo Snia Amorim, coordenadora do curso, o mercado de trabalho inclui desde hotis, pou-sadas, resorts a agncias de turismo e at mesmo gesto de eventos.

    Ela explica que a grade curricular oferece ao estudante uma viso glo-bal do Turismo. O perfil do nosso

    curso abranger todos os segmentos do mercado turstico. O profissional

    sai daqui preparado para gerir qual-quer rea, cabe a ele escolher qual segmento deseja atuar, ressalta Snia que est frente do curso, h quase trs anos, e j viu muito estudante formado por aqui se firmar na rea.

    A estudante Maria Claudilena Bar-bosa, 22 anos, um exemplo de que o setor ainda tem muito a oferecer, mas preciso estar preparado. Ela

    explica que concluiu o curso tc-nico de Turismo no campus Recife e depois retornou para fazer o de Ges-to. Do tcnico, que mais voltado para habilidades, senti a necessidade de aprimorar os conhecimentos na parte de projetos, alm disso, o mer-cado valoriza mais o curso superior, acrescenta.

    Claudilena, atualmente, trabalha como representante da Laurentur, agncia de receptivos que atua no segmento de Ecoturismo e Turismo de Aventura nas cidades de Bezer-ros, Gravat, Buque e Bonito. Ela conta que o programa Pernambuco Conhece Pernambuco, do Governo do Estado, abriu as portas para roteiros alternativos, trazendo novas vagas para os profissionais da rea.

    O mercado de turismo em Recife muito fechado, o grande filo bus-car espao no Interior, que tem muito potencial e est crescendo bastante, aconselha aos futuros tecnlogos.

    Ano VI N 41 Junho de 2010

    SERVIO

    Curso Superior Tecnolgico de Gesto de TurismoDepartamento Acadmico de Cultura Geral, Formao de Professores e Gesto

    Durao: 2 anos

    Principais Disciplinas: administrao, marketing, empreendedorismo, gesto hoteleira, histria do Brasil, geografia regional do turismo, gesto de pessoas, gesto do ecoturismo e planejamento e organizao de eventos

    Informaes: (81) 2125-1784/1748

  • 7Acontece Informativo do Instituto Federal de Pernambuco

    Remunerao

    ISONOMIA

    Quanto vale o trabalho de um profissional? Em muitas carreiras,

    como direito ou medicina, os valores mnimos a serem pagos so garanti-dos por lei. No caso dos tcnicos, a remunerao ainda varivel, sem o estabelecimento de um piso salarial. Segundo o diretor do Sindicato dos Tcnicos Industriais de Pernambuco, Srgio da Silva, j tramita no Senado o Projeto de Lei 227/2005, que estabe-lece o salrio de um tcnico da cate-goria em 60 a 66% do salrio pago ao profissional com nvel superior.

    Alm disso, propusemos um piso salarial para o Estado de R$ 1.468,80, sem contar com os benefcio traba-lhistas, explica.

    J para a diretora financeira do Sin-dicato dos Tcnicos em Segurana do Trabalho de Pernambuco, Carmem Melo, a situao do piso salarial dos tcnicos no Brasil ainda est longe da ideal. H uma disparidade muito grande de remuneraes, existem profissionais ganhando de R$ 600

    a mais de trs mil reais, explica.

    Estabelecer um piso salarial mnimo do trabalho do tc-nico uma luta que envolve estudantes e profissionais de diversos setores

    Em busca da

    Segundo a diretora, a situao pode-ria ser diferente se os profissionais se

    engajassem mais para defender o inte-resse da classe. H dois meses esta-mos com pesquisa quantos somos e onde estamos aberta no site, para saber mais sobre os profissionais e

    at gora, registramos pouco mais do que 70 registros, disse Carmem.

    Para Srgio da Silva, uma maior participao dos profissionais nas

    associaes de classe fortalece a luta no s pelo piso, mas pelo estabe-lecimento de garantias trabalhistas. Temos que entender que, alm do piso salarial, temos que lutar por

    direitos como adicionais de periculo-sidade, insalubridade e outros benef-cios, explica.

    Se em Pernambuco, a situao do piso ainda est indefinida, em So

    Paulo, Rio Grande do Sul e Cear, os tcnicos j tm direitos garantidos. Segundo o diretor de comunicao do Sindicato dos Tcnicos em Segu-rana do Trabalho de So Paulo (Sin-tesp), Valdirzar Albuquerque, o piso naquele estado est estabelecido em R$ 2.127,50. Data de abril de 1994, o primeiro acordo do decdio, explica. O Sintesp rene, hoje, mais de oito mil associados.

    Isonomia

    salarial justa

    reivindicada por

    Tcnicos de

    todo o Pas

    EST FALTANDO TTULO

    Segundo o Sindicato dos Tcnicos Industriais de Pernambuco, o piso salarial no estado deve ficar em torno de R$ 1.468,80

    Em So Paulo, o piso salarial do tcnico em Segurana do Trabalho de R$ 2.127,50

    J est no ar a pesquisa Quantos somos e onde estamos, no site do Sintest-PE, para saber mais sobre a categoria

    O salrio do tcnico, no estado, varia hoje, de um salrio mnimo a cerca de R$ 3 mil

  • 8Reitor: Srgio Gaudncio | Textos: Andra Maciel, Carol Falco, Gil Accioly, Juliana Costa e Patrcia Yara | Reviso: Cludia Sansil e Vernica Rodrigues | Projeto Grfico: Adriana Oliveira | Diagramao: Ivandro Galdino e Luzivan Silva | Jornalista Responsvel: Patrcia Yara (DRT: 2807) | Reproduo: Grfica PrintColor | Tiragem: 3000 exemplares

    Vitria

    Expediente

    Projeto de Extenso do campus Vitria busca integrar preservao e desenvolvi-mento local

    Foram anos de desmatamento e devastao. Em Pirituba, distrito da zona rural de Vitria de Santo Anto, reas de floresta prximas a nascen-tes foram destrudas para dar lugar lavoura e ao pasto. Hoje a populao local sente os resultados: seis lagoas que banhavam a comunidade pratica-mente secaram. Durante as estaes menos chuvosas, areia e mato tomam conta de locais onde antes existia gua. Para tentar reverter o quadro, o campus Vitria e a populao local se uniram em um projeto de preser-vao ambiental aliado ao desenvol-vimento sustentvel.

    A ideia central da ao plantar, ao redor das lagoas assoreadas, rvores frutferas naturais da Zona da Mata, como mangueiras e jambeiros. Com o reflorestamento, haver a reteno

    dos sedimentos que, com as chuvas, seriam levados para o leito do lago. Alm disso, de acordo com o coorde-nador de Extenso do campus Vit-ria, Sandro Augusto Bezerra, o plan-

    Professor Sandro

    Augusto Bezerra e

    Sebastio Pereira da

    Silva Filho, gestor

    administrativo do

    distrito de Pirituba.

    Ao fundo, a lagoa

    assoreada.

    O estudante Felipe

    Cupertino de Almeida

    coloca estacas

    para medio

    do terreno onde sero

    plantadas as mudas

    Ano VI N 41 Junho de 2010

    Unidos pelo MEIO AMBIENTEtio de rvores frutferas permite uma melhoria da qualidade de vida dos pequenos produtores locais. Eles podem tanto se alimentar dos frutos quanto comercializar o excedente, explica.

    O stio de dona Corina Josefa Cor-reia, 73 anos, o primeiro a receber o projeto. O plantio das mudas em sua propriedade teve incio este ms. Ao todo, ser ocupada uma rea de quase dois mil metros quadrados. Tenho vontade de ver uma floresta

    ao redor da lagoa. Gosto disso, de ver o futuro. Sei que meus filhos vo

    cuidar desse lugar, afirma. O Gestor

    Administrativo do distrito de Piri-tuba, Sebastio Pereira da Silva Filho, 40 anos, compartilha a esperana de dona Corina. Quando eu era criana, eu via as lagoas e as matas. Agora essa degradao. Por isso o projeto, para promover a proteo ambiental, diz.

    Aes - Sebastio analisa positiva-mente o intercmbio com o Instituto. O fato de termos o campus Vitria perto permite trazer tecnologias para essas comunidades, que so carentes, destaca. Alm do reflorestamento,

    a parceria inclui outras iniciativas, como a implantao de unidades de produo agroecolgicas sustentveis e o projeto paisagstico Estrada das Flores, que vai arborizar cerca de oito quilmetros da via que liga Vitria de Santo Anto ao distrito de Pirituba.

    Todas essas aes so promovidas pela Coordenao Geral de Extenso do campus e contam com a partici-pao dos estudantes Luiz Augusto de Brito Silva, Felipe Cupertino de Almeida e Paulo Ricardo Ribeiro.