41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    1/20

    7 cS0i

    Ano3 Nj

    \NO

    }

     

    Leiturapara

    maioresde l8anos

    Um a viagem ao mundo

     

    dos sadomasoquistas

      .

    . , - ..

    •1•

     

    :k

    1 L

    d esquin

    1 1 1 1 E l 1 1

    Itt

    I T R A

    I I W I P L L À I J 1 1 I A

     

    . • . .

    SE AFOG A APOS

    AEIR

    ( i w

     

    illtOToNU

    x W f

     

    dlvcr\ldad

      e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

    Pro f Dr Lu iz Mo tt

    GRUPODIGNIDADE

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    2/20

     

    • C R T S N M E S

    Estamos aí

    01 , gente r.mlga que me da lauta saudade

    (beijo . .pmial pro €hlon Bit t sncc* irt ): depá de

    tantas lutas,

    se

    b e m que

    sei

    não terem sido via,

    em p ro l do mov i men t o h nsena l , mu sa l

    e

    t i r e i

    o

    meu

    da r e t a . E r am p ou cami l i t an t es , mu l to

    p ou ca mesmo, es q u e n i o h av i am en t r ado no

    movimento v isando

    5

    resllzaç*o pessoal; e, putz,

    na sabemos que com case In tui to iô se

    lar

    a f u n -

    da r qua lquer m ovimento .. . Presenc ie i guerras l a -

    ter-grupati dignas de folhetins, e nenhum roman-

    cista , por mala faná t ico que seja , consegui r ia

    relatar as

    lutas pelo poder que aconteceram dai -

    t io dos grupos; ent re sor r indo e f icando empu-

    tecida por vor que o que Idealizávamos Ia abaixo

    pa causa de meia dúz ia de escrotaa

    p a s m a , s a i

    Mas não de ixe i de acompanhar $ v ida do nos -

    aoLaxn ps, de sentir

    a l e g r i a

    ao ver seu crescimento

    (e q u ando f r i o da c r escer, f e l do q u e de r en t e

    pintou de bonito , casas concretas e objetivas, elo

    f icando só fechado ao meio hanc)

    e de cont inuar

    mi nh a

    mil i tIncia , asma

    (desde um bom tempo)

    ca ra a ca ra , on de quer que eu es te ja , sendo ina la

    di reta , porém sem perder a gera . 5

    n ã o g r i t o n a

    r u a q u e sou , mas demon s t r o mi nh a r esp onsa -

    bilidade, meu ctxiae(ulr objetiva resilrades, sem

    esconder o que tenho como opção . Quer d ize r ,

    o

    já não trago escrito na çam im qualquer slogan de

    grupcVdeiem do

    h ca n e se zu a l , n i o

    me pr ivo de

    agir do meu jeito,

    sai

    procurar d i s farçar .

    Aaol i to que i sso a jude bsSante ao respei to que

    as pasma vem adquirindooutaao

    p o v o .

    Neste tempo, quase nenhltn (acho que um

    ao, ent rei de sola no sis tema capi tal is ta (pois

    que som dinheiro a vida ficou

    meti rum), porque

    a dependbo.a

    familiar

    es tava L v isa do l a to . .

    Andei por ca ta nessa te rra ,

    l icandocntre

    e s t a g i e s

    em EH (ah , maenadoP,P. , juro que voc lmefez

    mais sorrisos). SP, Brasília (teria eu ue voltar 5

    t e r r a d a

    p r anle s lo ) , e e S e s t o u n o

    0dM. É .

    NW te r r a a l i a i lgen a o n d e e sc u to ipús ic a ,

    e s -

    a ev o t r a ba lho (pa smem) c i t o

    haia

    diár ias ,

    a i o r a tm .

    Ocitnia me encantou pelo que tem de

    migico e i iqvo Tudo aqui parece que 6$ W incira

    vez.

    O

    povo não se quest iona multa sçbme se

    i va l ld .sde e et está mais lnt&csaadonia eW aS

    óbvias, mas isso '4° implica em allenaç$o

    H o j e , n es t a c i d a d e

    e m

    q u e

    se p e q u e i n a

     

    p a p a ,

    de t a rda , que tem um a i dois bares que

    o  

    nono pov o f reqüenta ; hoje , que deixei

    a'lida'

     

    m m

    on tem, es es tre la num passado d is tan te (es -

    t ou casada

    h Á

    um ano, quase, e cosa

    a " m a s

     

    b o jo , e u

    atou aqui

    querendo dar

    o s

    E X - J O G A D O R D E B A S Q U E T E ,

    33 a n o s ,

    1,83m, 79 K g. careca, boa apsrbiaa, formaçio

    de uivei superior, deseje encontrar rapa zes, de

    até 30 anos , para travar relações (de todos

    s

    t ipos , é dato). Cartas para Fernand o - Caixa

    Postal 15.224. Rio deJaneiro. Ri. CEP; 20.155.

    Quem t iver telefone, pode enviar, se assim

    q u i s e r . P r o m e t o s i g il o a b s o l u t o .

    AM IGO , s incero , educado, 34 anos , al to ,

    d ese j o c c rrc a po n d er -m e ho m en s ho n es t o s e

    d i scr e to , oca n ma i s d e 28 a n o s , p a r a u ma

    .mir.ade sadia. Manoel - Caixa Posta l 2059 .

    Recife , PE - CEP : 50 .000.

    SAGIT ÁRIO . Gostar ia de me corresponder

    com rapazes entendidos para amizade ou a lgo

    m a i s . T e n h o 2 1 a n o s e f a ç o p r é - v e s t ib u l a r . G o n -

    ça lves - Caixa Posta l 4813 . Rio de Janeiro -

    Ri — CEP: 20 .000 .

    E N T E N DIDA, mor e n a - c l a r a ,

    olhos cas-

    tanhos . Quero corresponder-me can mulheres

    d e

    ca

    c l a r a ou l a n a . De se j o u m e n con tr o

    rápido, para transarmos legal e intensamente.

    Venham todaal Juraci - Praça da Incoafidén-

    da, 12:Hcxâ R oyal , Quarto 51, Petrópol is .Ri

    — C E P : 2 6 .6 0 0 .

    JOV EM , 21 anos, 1 ,85m, fof inho, olhos e

    cabelos

    castanhos, deseja encont

    rar

     alguém dis-

    posto a amar

    e s e r a m a d o . P o d e m e s c re v e r d o a

    vinte aos trinta e cinco, saio bens aceito., desde

    q u e d i s c r e t o s . C l á u d i o - R u a D e x o l t o d e

    Outubro, 5011102 . r ijuca — Rio de Jane iro. Ri

    — C E P 2 0 5 3 0 .

    L O U R O , 1 ,7 5 e n , 6 4 K g . G o s t a r ia d e m a n t e r

    arrespcmdéncla com

    p asma d i sc re ta s ,

    e de

    bem niv il cul tural . Responderei a toda. Foto

    n a 1 ' C a r ta , Rob e r to P e d r cxch l - Ru a R i o

    Tur laçõ , 39—R eci fe ,

    PE - CE P 50.000.

    L A M P I Ã O d a e s q u in a

    * *

    P P D

    parada

    da di . ersidadt

    psrabes a vo, pelo pei to , desamembro e pa ira

    q u e

    en f r en t a ra m m a l a um i n s t a do a no d a

    vida, de oxist6iida atentada pelem que Iguanas

    es

    d i r e ita h u m a n os . P a r e b d os

    pelo sent ido que

    deram ao

    Icrual ,

    ~ pique. Parabéns pela

    bi z& dla , q u e em mala u m ano va i a l eg ra r o

    povo ( m e dá um a r a i v a de n i o

    poder mala uma

    em fo togra fa , curt i r es te eãow ún ico e mágico) ; .

    a t é d i z e r m u i t o ob r iga do , po r que n t udo o que

    pin tou , na ten ta t iva de t i ra r voe ta da lu ta , oLam-

    pa con tinua i luminando nasas esquinas .

    A

    Anis t ides Nunca , companheiro de

    m lÍn

    da

    amigo que quero crer de sempre, a

    R odr i gu es , comp anh e ir a de ba r e de

    d i s c u s s Õ e s

    entre o d er e o ía,er. a RaÍaela Mambaha ,ear-

    nasal gostoso e inesquecisel o de 1980), onde

    quer que ela esteja... Walkiria, um heno pro

    Yonne - O cl in la .

    R. - Esesta, Ymas as

    ha ra s t end es —

    q u e o pas ' s l e s rod as aq u i a . r sd aç lo ( sa l .

    a p a o p a s c a l d o j o r n a l ;

    pinte

    g a t o

    que

    a l a

    ez

    ia, um que a

    ca amao,

    e p a r -

    de barfunda dslrsate e a ' ladva elas

    se

    papo), há sempre em

    . a s a to a m q u e a l g e l a

    se lambem • p.rgu.tam "por adc anda luIano?"

    O u

    f u l ana , es tá ad .? .

    E a i a g e n te e me ç a .

    a m E s m a i r o s p a a b s l r c a q u e r i d o s q u e a d -

    emas

    ao asso lado ao longo doma la ta , e que,

    P a r _cdrss

    es

    mala d iemres's . a f . stara do j i r '

    s a l asa 

    acaco ma sem casç..

    b o s a b e r q u e , m a t i l ,

    saca

    do 4ó, L..pao

    a i a a m a v a i a r i d a d e a u l iz a d m q u e c e l a .

    • l i c a l t i tu la .

    t verdade que es qu

    .1 . es lavas prepa rada

    P r a l i M o a o r ( a t a á e q u e m a d f a l a n o c a -

     

    m a p a d a

    use

    carta, es que

    a t r a sam ao mav ' br -

    to

    visando é

    r a U s a ç i o

    pascal)

    d..ia que

    au-

    tsr lora,

    pala

    a g a to i a s n ossa ma n e i a a p e d e l

    da

    doam seus eges m astruosos caspbiaa .mts á

    mestra e as. Mas maca

    a t o v em

    a g r i p e s w g a u i za d os d e b a sa se r n a k

    a sb a r a m p or ma i a d om

      gata o acaso

    PM

    es

    q u e m a i r a s

    .55 .5

    a soe ta sa to a o

    ma

    u n h o d a

    l i d a sa pa ,

    a m a

     

    ~ando a sem

    d l d a e r . à

    VEM~-

    PP, e s ta ap r ade r a .

    adeo.

    Q u a n d o a g a t a a b l d m a t i v er s i d o

    aidteiate cagada

    cu sp i d a p or tod a a

    que

    p-as

    como wacô.

    ala, ai

    il,

    s.gfré

    a s a

    a s a a s m i m a i t o b a s a s s a m i , e t e o a _ é p r a

    o d o r .

    E.aro las.

    .5 . acontece,

    1

    piaofles pur

    a, ca.pro o cim papal

    da

    nte um a

    sem o s em em i o g ru po d e *

    ed

    l e i t o r e s

    q u s c sb r e p r a d ca . i M e tod o o p a l a . P r a e se

    te sem ww

    d a

    c a so f u a r i s sa m a s a i o a p

    caso j o r n a l , a s a

    atab case

    .1

    g r a p o

    P

    lana

    advidadam 96 ate*

    mk

    ás maio, flaas

    a

    l z é r d i a /3 , l i s ta que r ar du e m -

    SE você tem a cabeça fe ita, é inte ligente e

    bo n i t o . Se i n d g o s t a d e= v i d a , d o be l o a d a

    em n o ç i o , en t re em c o n t a t o c o m a g en t e , e s -

    crevendo pari

    $

    C a i x a P o s t a l 4 1 1 - A / C d e

    Denil son, em Lagos - SC (C EP: 88 .500.

    M eu c a po e m i n ha v i d a v o c ê po d e c o n hec e :

    Sou brasileiro, estatura mediana, gosto muito

    de fulano, mutoutro quem m e quer .

    C ORA ÇÃO S OUT Â RJO. T e nh o 1 8 a nc a ,

    1 ,70m,

    52 Kg, olhos

    a cabelos castanhos, dia-

    e r e t o , c u r s o o p r é - v e s t ib u l a r e d e s e j o c o r r e s p o n

    der-me com

    jovens de todo o Brasil, que sejam

    inte ligentes e d ispos tos a curt ir uma amimado

    sincera e duradoura. Foto na 1' carta. Augusto

    - R u a Bern a rd o F i l ho , 2 4 4 / A - V i ç o sa , M O

    — C E P : 3 6 . 5 7 0 .

    M O R E N O Q U E I M A D O D E S O L, 1 8 a n o. ,

    cabelos e o lhes castanhos , 1 ,82m, estudante .

    Gataria de entrar em contato com garotos

    18 anos , para troca de correspol idinda a algo

    mais . Fábio - Rua M anoel Just . Quint io , 155

    - S i o P a u l o

    SP - CEP : 02 .728.

    BISSEXUAL, moreno, 30

    anca, 1,82m, bem

    dotado (20X 4,5 em) e com cjsculaçlo abun-

    d a n te , p ro c u ra c a sa i s pa ra 'a sa n ge a t i d a .

    Car t a s can f o t o . Ca r los - Cx . Pos t a l

    3 0 5 4 -

    Riode Jane iro, Ri — CEP: 20 .100 .

    d a

    bem'— a o

    Sst (vIda .a*k

    asse

    udas . . ); part*dpemes áe am daha*e d a

    i . m e p r e g r a m a N a d e n a l /I S - l iS d i .

    Nachad

    , cmque a eua p.m

    (image, sabre

    kasmaezs.o

    quteles a)

    lo — rsepiadisaenõ

    l a a u g u a , a n osso s ta n d

    d e ad. da livra

    gade no Tair.

    da

    Laga,

    a naquel, local,

    da p e g a

    As T ias, da qual Agutia ido l i ra é co-antc la . -

    çama o l ivro A B icha que kL, qus, pelo

    o r

     

    em

    TodraaIS poeidvo, —

    emab

    .

    livro vsilb, da

    rorsiuçio asuer';

    dmaaii., queu

    ias tarda

    late iro , coas adul tas bo loadases que v ieram a

    lidar o para da - "iat'-u L. ;

    p . r d d p a m a

    d s e m a P U C ,

    ma

    s e

    liii,. lademat. ao

    u~ pazddper

    d e mao, ma Uatemildada 4o Em ali la , P

    r

    a o q u a l

    d e b i u m i ld o c o n v i d a d o s , I s so ~ d e

    r *-

    em

    s.piar do jasel po.tudaat.

    as

    Ag o r a

    asd i g a s o

    gi

    rpa~ do bá.

    i.au..I i

     

    _yia 1 a uSe

    — a t i v i d a d e ?

    M a l ta b e i j a p r a v o c ê ,

    Ymas

    Intada . ,

    —m

    Bons tempos

    Queridos Iamlõnlon: como talvez alguns de

    v o ds o lh am ,

    estou escrevendo uma ta,c de mes-

    t r ado sob o r i en t aç ão de Pe t e r F ry ,

    sobre a fase

    h er taca do mo vi men t o

    bc*ucaaexual (1.6.

    até o

    racha do Scunc*/SP).

    P a r a e s t e

    trabalho tem sido

    de vital Importinda $ minha ccdoçio de L ampilo,

    o único

    rglo

    da I mp rensa q u e ve i cu lou I n f a -

    mações dutemnéticas e

    ooufláveis sobre o assunto.

    Infelizmente alguém tomou emprestado o meu

    exempla r do número lO de março de 1 919, e a te

    me é da

    mala Import inc la, por

    c o n t e m

    um

    r e l a t o

    da Sem a na de M i no r ia s d a U SP que m a r eou a ~

    tréia pública do grupo Scmios/SP.

    E d w u r d M a c R s e - S io P a u l o .

    R. - ii ti

    — os o i r u a I , q u e r i d o E L

    F l a ma . sg r a d sd d os p e l o

    maaU , u inun

    de m o s as a c as i o ddadam atam o s la~ p r a lã

    as

    tesa quando ela Bar prata você nos Enowila

    ma

    e S p i a . B e i j o s d e t o d o u e á o p r a n o s s o

    querido Peter Frr, cuja

     

    f O . t a

    ro dos nossos ccunØ, pais — eis

    puda deitar nela

    outra em ) s aos que tio

    suja

    h r e u e

    o

    sgoataa mala

    da

    tanto te

    H E L P . E s t a m o r a n d o b Ê 5 m e s e s a u

    Vitória

    e ainda ato conhec i nenhum gsy . Gos-

    taria que

    es g ays

    capichabas me escrevessem

    marcando um encontro, senSo morro de t édlo.

    Mulheres $ f im de uma amizade a algo mais ,

    não de ixem de escrever , também. Sou m orena,

    1 ,53m, 60 Kg, a legre, não sou bo ni ta , curto

    música e tal . Dulc int ia Machado - Posta R ee-

    t an te - Vi tó r i a ES - CEP: 29 .000 .

    U N W E R S I T Á I I O ,

    23 a nos ,

    1 , 7 0 i n , 6 4 K g ,

    moreno-dato, olhos e cabe los cas tanho. , a t ivo,

    dese j e en t r a r au con t a t o com en t end i dos

    de

    t odo o B ra s i l , p a ra

    um relacionamento bar-

    i nócu a e h ones t o . Ca r los -

    Cx.

    Posta l 6041 -

    R e c i f e , P E — C E P : 5 0 . 0 0 0 .

    LEITORA DO

    LA M PA . D ese jo t r oca r

    correspondenci

    e t r a n s a r

    u m a a m i z a d e

    moças gays.

    Tenho 31

    anos , 1 ,60m,

    5 5 K g , s e m

    nenhum

    preconcei to e

    muito ama para dar.

    Pada - Cx . Postal 6394 -

    S a l v a d a ,

    BA -

    CEP: 40,000

     

    GAOCHO, l

    a n c a ,

    estudante, olhos va

    -

    des, alto,

    discreto, Quero corresponder-me

    o tmi

    p ra i a s d i sc r e t a s , de bo m u i ve i cu l t u r a l,

    emn

    mais

    d e 2 5 a n o s e q u e s e j a m d e q u a l q u e r

    ptrtc.

    Cczs r sd -

    C a i x a

    Posta l

    10.100— Pato

    A l e g r e

    R S

    —CEP: 90,000.

    Santos chama

    Caros amigos lampiónicos: gostaria que fosse

    p u bl icado n es t e j o r na l o r o t e i r o do s l oca i s de

    ba da l a ç ã o d a v i d a g ue i n a Ba i x a da Sa n t i s ta . A

    Rodov iária , o Atilu t ico , que f ica na A ven ida Ana

    Costa . Ainda nes ta , um bar t ambém freqüentado

    pelo pessoal guei , que toBar 550. Duas b* ten o

    Xalé . que f ica na Aven ida Pres iden te

    Wition cm

    Sio Vicente, e é exclusivamente para lésbicas; e o

    Flag, só para hoi tasexusis masculinos, na I lha

    Porchat, em Sio Vicente.

    Pra quem gos ta de badalação na pra ia , i sso é

    pos t ivel do emissár io a té a I lha Poi 'chat , sendo

    q u e o t r ech o ma i s f amoso é do Go l f i nh o . Os

    bc*iss pa ra t runsaçSo t io os seguin tes; Avir , que

    Fica na Praça Cor reia deMeio, Hav ai , na Ave'-

    n u la S io F ra n c i sc o n 9 13 ; V íd eo , n a mesma

    avenida n9 3; Paris , é Rua Mar tim Afonso, 152.

    Afilou

    antos, SP.

    R. -

    1 h , A l l m, a g e n te a ch e p a e e sse

    te

    rote iro es tá melo t ecasphsco. Sais

    q u e m a S a n t o s

    só c a l s em a « es l o c a l á . ba d aIa ç SO ? E . t o d o o

    c a s o , v a i p u b l i c a d o , c a s o v o c 4

    O r a , p o i s

    Queridos amigos, foi gostoso ler e conhecer o

    noma L ampilo . Que pena não ex is t ir jo rna l como

    esse em Po r tug a l . Aqu i ,

    infelizmente, isSo há

    veículo informativo que zele pdos Interesses da

    no s s a de s p r o te g i da c las s e . A qui s ó h á p a i . -

    guóa e

    d isc riminações .

    No Brasil, vejo melhor

    ataçio e maior to leminc ia do que au Portugal .

    Por isso , adawre conhecer gente da noma, ai do

    B r a s i l . te n h o 3 0 a n o s e sou s i mp a t i za n te d a

    di rei t a . Quero pessoal com a mesma

    prelerin-

    ela para

    con t a t os I n t i mes . Po r f ava ,

    é p o a s i v e l

    arranjar mal ta querida, pomante e cast igadora

    p a r a e n c o n t r o s f r a t e r n o s n a t a p a r t e d a E u r o p a ?

    Vi t a L — Pa t o , Po r t u g a l .

    R . — Q u e r i d o V i to n

    se a

     

    , d ob h

    nada psr .c ido com Lemp Élo . trato de divulgar

    a seo j era l po r a i . A po s t o q u e i a s . su tU g en t e

    ca so você , m a ca p or i a " v i l c i l o h d or a t i v& ' ,

    Qu a n to cosa a t i p . t l sa M e

    de

    "direfla", rio o.-

    t u m d c a o a o . " d f r d t a " a n t i a a s p . ss r i o n a

    p e n se m q u e se t r a te d a p os l ç i o Id sd b g k e . , s

    s i m , d e a l g u m t i p o d e t r e p a d a q u e a te a q u i d a -

    conhecemos. É o qu? Manáa nos

    ~argento,

    .6

    d e p a b é q u e p o d o s c o n s e g u i r p a s c a l à

    as

    rdcsbcfa pra

    s e

    carespcmdsr com voei,

    ENT ENDI DA

    MESMO, 30 anca.

    1,54m, 47

    Kg, morena, simpática e

    alegre, bem infor-

    mada, procura amigas ou quem sabe um caso

    d e a mo r .

    Lucy - Cx. Postal

    1343 - P io r i a -

    n ó p o l i s , S C

    —CEP: 88.000.

    G O S T O D E F O T O G R A F A R h o m e n s n ó s, e

    se a l g u t in s e in te res s a r ,

    é só escrever pira

    M.C.M. -

    Cx.

    Pos ta l 6318—

    Sio Paulo, SP -

    C E P : 0 1 . 0 0 0 .

    GAYS problemas de

    a c e i t a ç i o ,

    que

    quei ram t rocar idé ias

    s o b r e h o m o s s e x u a l i s m o ,

    escrevam para lelo - Cx.

    Postal

    60.116 —Sio

    Paulo ,

    S P — C E P : 0 1 . 0 0 0.

    DISCRETO, 1,75m,

    80 K g , q u er co r r es -

    p onde-se em r ap azes p a r a am i zade s i ncer a .

    Eduardo 1. - Cx. Postal 47013 - Rio de la-

    n*o,Ri—CEP: 21.211.

    MUL AT O, 2 9 a n c a , bo a

    aperida, discreto

    e s i ncero .

    Carespondisida com

    rapazes scan

    prntctrctáto daoor,

    discreto , 23135 anos , da

    a n t a s u l d o

    R i o

    e de t odas a s cap i t a is b r s s l -

    h a r as , p a r a p ro l tmda sm h ade , ou a lgo ma i s

    sé r i o , Ca r los - Cx . Pos t a l 3 3 7 - M ace i ó , A L

    7 . 0 0 0 .

    P a r a t e r s e m

    a n d a d o pu b l i c a d o ma

    seçio Troca Troca, basta auever

    para. jornal

    lampião -

    C a i x a P o s t a l

    41031 Rio de

    iancão, RI,

    C E P

    20.400, anbndo, sida

    do

    t e x t o d o

    sMsdo

    xu'ox da osrtilrs de Iden-

    ddade

    e

    70

    cruzeiros m silos. Só

    serão

    p.bticados os andados

    q u e

    caimpri rem ta i s requ is i te s .

    Juslrwuv

    v

    f f i s

    14 VF

    C e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

    P r o f . D r . L u i z M o t t

    G R U P O D I G N I D D E

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    3/20

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    4/20

    Biblioteca Universal Guei

    1

    N O V I D D E S

    Faça sua escolha

    ACONDESSA DA

    lAPA

    Fesaiado Mulo

    SOpágnas, Cr 150.00

    A pequena tragédia de Vera

    Maria de

    Jesus, a Condessa da Lapa um da táxta

    sobre b sesualismo mia proibidos do

    BrU.l. De Fernando

    Meio,

    o autor de Grsta

    rbo, qimu

    dtr la, acabou no lraW'.

    A

    BICHA QUE RI

    Orginlmçlode Fraacbeo Itescoi

    100 páginas, Cr 200,00

    An '

     

    d, piadas e hustásinhas sobre 'alados,

    e afins, em urna carsctertka es

    pedal:

    dessa M eles

    levam

    sempre mulher.

    Charges

    de

    Levi e Hartur, tudo isso reunido

    livro mais

    engraçado

    do ano. Lançamento da

    Esquina Editora,

    O AUT OR I T ARI S MO E A MUL HE R

    Maria IMda (A,. Nuso

    128 páginas, Cr$

    300,00

    Uma contribuição criginal á anál ise s

    oultural da oou&çIo da

    mulher

    no  

    Brasil

    e d s

    refr.çÕes de poder entre a sexos

    numa so

    cie

    dade

    patriarcal. Um livro que ajuda a

    entender, tam-

    bém

    o

    mecanismo da dosninaçio

    ni...4t4its

    esertida sobre a homossexuais.

    É_Õs mais vendidos

    1—

    INTERNATO

    Paulo Hec4er Filho

    A

    história de um

    grande amor homossexual

    adolescente num colégio interno gaúcho (72

    páginas,

    Cr

    250,00)

    — B AL U

    Jorge Domingos

    Segundo o ator Anselmo Vascoaa cela, de

    República das

    Assassinoe', o maior romance

    gua já escrito no Brasil (66 páginas, Cr i 200.00)

    3— BLUEJEANS

    Zero Wider •

    Varderley Aguiar Bragaraça

    As aventuras

    e dsveiitur,s de cinco rapam,

    todos michfl no Grande Rio

    (61 páginas,

    Cri 250,00)

    4—

    NO PAIS D A S

    SOMBRAS

    Aguinaldo Si lva

    Dois

    so l d ad a portugueses

    vivem um grande

    amor em pleno Brasil

    colonial e morrem por

    i s s o

    (97 páginas. Cri 350.00)

    5—

    A M E T A

    Dart7

    Per.ts.do

     

    Da safra

    de

    livra entendida publicada no

    Brasil

    na úl t imos tempos, A

    Msta já é um clás-

    sico (99 páginas, Cri 200,00). Ultima exem-

    plares.

    A C O N T E S T A Ç Ã O H O M O S S E X U A L

    Gay

    Hocquighes

    150 páginas,

    Cr 400,00

    Urni

    analise em profundidade

    sobre o Impas-

    se a que chegou o movimento hanossesua l na

    França, um

    uma sdvuticia passo Brasil.

    SEXUALIDADE E

    CRIAÇÃO

    Lfl'ERAIIA

    Organiraçiode

    Wtoa L.yiaad

    251 páginas, Cr i 500,00

    Tenessee

    Wlflhams, Ocre Vklal. Reger Fe-

    yreiltte e outra esaltores famosa falam do seu

    trabalho edema hcmosua1idad..

    O BEIJO

    DA MUL HER A RA NHA

    MaaailPuIg

    246

    páginas,

    Cr 500,00

    Um hanaiexual e

    u t-rwhe, presa

    mim

    ckoei

    argentino, descobrem o

    sesoe o amor.

    O EST IGMA DO

    PASSIVO SEXUAL

    Midiei Mlsae

    flpáginas Cri

    150,00

    Um

    estudo seddõgico sobre o estigma que se

    abate sobre a pasuivos sexual. - a mulher e o

    hesnosuÍ1.

    A

    PUNÇÀO DO ORGASMO

    WlbslReidi

    310 páginas, Cr i 600,00

    A

    obra máx ima de

    um da principais tef liom

    da revcdoçlo sexual.

    UM ENSAIO SOBRE A REVOLUÇÃO

    SEXUAL

    Daniel

    Guárin

    192 páginas,

    Cr 400,00

    Anarquista, bissexual, Gu&'in, neste l ivro es-

    crito em

    1968, fala do mesmo tema: a l iberdade

    sexual.

    O S C ÃE S L A D RA M

    Tren Capas.

    345 páginas. Cr i 550,00

    Um livro

    escuto sobre pesacas e ussas cara

    quem o

    grande escritor

    homossexual

    norte-

    americano

    ermvlven.

    TESTAMENTO

    DEJÓNATAS

    D EI X AD O A

    DAVI

    JoIoSIvio Tresisan

    139 páginas, Cri 250, (x)

    A

    histór ia de urna gera0o c

    ujas so.±ca furam

    queimada em praça p ública.

    O C R I M E ANT ES

    DA FESTA

    Aguinaldo

    S i l v a

    136 páginas. Cr i 200,00

    A

    trágica história de Angela Diniz e seus

    amiga.

    Um libelo contra o

    machismo e a optes-

    sto.

    S HI RLEY

    Lcaxg

    do Serran

    95

    páginas. Cri 300,00

    Ahist ia de

    amor entre um travesti da noite

    paulista rum oper

    á

    rio de íiuhaio.

    O DIGNO DO HOMEM

    Paulo H.cker Filho

    72 páginas, Cr i 1 .000,00

    Em

    ediçio

    especial de luxo um da livra

    mais ousada já es

    critos no Brasil. Conheça,

    mala deouroi

    SEXO £ PODER

    Vária autores

    218

    páginas, Cr i 300,00

    Aguinaldo

    Silva

    Jean C laude Bernarde t e

    outros discutem as relaçøes

    entre m o p odar .

    OS HOMOSSEXUAIS

    Marc, Dual a An&é Ba.&y

    173 páginas. Cri 300,00

    Um livro

    escrito com o objetivo de desmis-

    dular o boincititex

    ualiamo nquanto =unto

    tabu.

    EU, RUDDY

    O"rio

    60 páginas, Cr 500,00

    Poemas de rara sensibil idade e

    Ida ousadas

    do autor. Uma obra para colecionadores.

    Preço especial: Cr i 350,00

     

    Or

    M C j Ø

    PROVA DE FOGO

    NivioRansca S e l e s

    A história do um Pai-de-sauto aiiimdo -

    ir. ditas e.dd.desu me viril bdadd,e

    suai dga.ha.

    Usa lavo ppltaate sobre

    os basd*kaea da

    ssab.mia . do caado.bI&

    apruscataado unia

    Sova 'atuo dos r itos atro

    braslldrosa usa caminho

    para. llhersçáo

    sexual.

    Faça lá

    a

    sua reservai

    aproveite o

    preço especial de pré-iauçamaO. lIS pá.

    gflas Cri 300 00. O Il. Prova de Fogo.

    bassado .e l ivro , será lançado ma

    abril.

    1

    A oferta domês

    RE P Ü BU C A D O S ASSASSI NO S

    ~o iba

    Bichas,

    piranhas e rivetes enfren-

    tam o Esquadrão dá

    Morte (even-

    cem ).

    O

    livro

    no qual se baseou o fil-

    me de

    Miguel

    Faria, do mesmo

    nome.

    co m arcísio

    Meira, Anselmo Vas-

    conos e

    Sandra

    Bréa. Um dos

      4

    44, -

    ESCOLA

    DE LIBERTNACihM

    Marqufi de Sade

    Uma hidra uma lásbica, um casal li.-

    terosiexual

    e

    depia, ama quinta p.aea,

    biirdlseiro. reisuida

    amei

     

    - ae es-

     

    regam a iodo tip

    o da aerckia

    amorosa . O

    di}stivoa trwlormar a joVem • lagsa

    Eug enia numa grande

    amaute, ansas adepta

    lersesosu do

    pausexualtumo. lisa doe livro,

    saab crua e

    ousados jomais escritos.

    A olwa-

    pelas do genial Marquâa

    (172 páginas, Cri

    350.00)

    roman

    ce

    s mais

    violentos

    publicados

    no Brasil na época negra d a repressão

    (1975), tratando de

    dois tensas então

    considerados

    proibidos: o

    homos-

    sexualismo

    e a

    violência policial.

    157

    páginas,

    Cr 350,00 Últimos exem-

    plares.

    N Ç M E N T O

    AS TIAS

    Agulealdo 5

    0va e Doc Co.apan*o

    A história

    de quatro homosse-

    xuais, sua

    sobrinha prepotente e

    um rapaz sexy com o qual ela vai

    visitá-los

    uma

    dia. O

    texto

    integral da

    peça

    de maior

    sucesso

    ora

    au carta no

    Rio (T

    ea tro da Lagoe), com Paulo.

    Casar Pao ttao

    Rosai, Susana

    Vieir

     

    duci Uiovenazza,

    Nildo

    Pare-&, oba10

    Lopes. Faça já a

    sua

    reserva. Pre'x especial de pró-

    lançamento: Cr :'-O,oO. Veja a peça

    e leia o livro

    Todos esses l ivros

    podem ser pedida , pelo

    rrbobo postal

    à Esquina - Editora d.

    Uvi'os.

    lorasli . R.vbsaa

    Leia.

    (Caixa Postal

    41.031, CEP

    20.405,

    Rio do Ja.dzo. Ri). O

    total de cada pudit io será a,croscMo do valor do

    s e s p o s t e

    Se voei pedir acima do quatro l iv ros,

    ri,

    caberá como brinde,

    Ia*e l rsmae grátis, um

    eseplar docalesdeuloNus Masaitmis/SI.

    ^

    Da Esquina

    MARQUÉS

    D E S D E

    NUS MASCULINOS/Si

    Fdci

    de

    Cynthia

    Martms

    A

    iub'aers&o

    Iai.plO.lca

    cbegs ia trace- seabro, lotos ISCTIYdI

    para i'oci ~arar ao

    dunais foildubsai em vez das pira-upa bsbl- asa quarto, ou no

    seu b. .báo. Úklaa

    saab, apenas rapasse mas.

    Da jamiro e de-

    esemplares. (Cri 201.10)

    LAMIlA4 da

    e%qulna

     

    unho tia. 195 1

    0 - ^ ,

    P P D

    aÇIl

    ts

    *1

    parada da di rridadr

    C e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

    Prof. Dr. Luiz Mott

    V

    GRUPODIGNIDADE

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    5/20

    I

    -

     

    p

    :

    ( 4

    ••

    4

    O L Í R I O

    -

    ..

    /

    .-

    • jN

    Homossexual

    se afoga

    após fotografar

    garoto nu

    - Ç

    r

    Àl

     

    -

    N

    . : .

    , .

     

    j

    r

    7

    ,. ;

     

    • ? -

     

     

    l

    J

    ;

     

    *t

    .i _•

     

     

    Homossexual morre

    _____

     

    :

     

    fogado após fotografar garo-

     

    I

     

    o nu" A manchete Posso

    ______

     

    ••.

     

    ?) imaginá-la - estampada com

     

    inta

    otícias

    cor dna;iorn

     

    fato seria

    =

     

    eal se não, fosse a intervenção

     

    do garoto da foto, oEdson, que

    1 c •

     

    _____

     

    elo buscar-me na profundeza

    enorme do lago existente em

     

    Nazaré Paulista, ande tirei as

    • 

    fotos do rapaz, e onde cal ir-

    __________ 

    ' remedavelmente, afundando na

     

    hora. Sobre ele, pouca coisa a

    dizer, além do fato de ser um

     

    salva-bichas de mão cheia.

    Adora a música "Falhetim",do

     

    ____

     

    .-_

    -

     

    luco, que "lhe diz muita

     

    oisa".O seu enderço?Oh —

     

    -

    .

     

    afada Mambaba, a nossa

     

    7

     

    - •

     

     

    ascote, muito sa bichona), se

    .

     

    t

     

    poderou do único cartao dis

    .

     

    p

     

    • •

     

    t' . ponlveldogaroto.Edepoisde

     

     

    er, decorar e cortá-lo em mil

    \

     

    ','% ••

     

    edacinhos, jurou não dar - o

     

    'r. •

     

    ndereço. - a ninguém. Pode?

     

    -

     

    ____

     

    texto e fotos de

    Fukushlma). -

    Junho.4ii9fl. 

    AMVÍA( )dae squ Ina

    PPAD

    I t

    Centrode Documentação

    Prof D Luz Mtt

    GRUPODIGNID DE

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    6/20

    1

    E N T R E V I S T A

     

    M i m pràro contato aua Horqub, —

    Par, foi por nddons. Ccaueul sua nem nám^

    ~é ás um amigo jornalma do Ubtion .

    Quando marramim o onIro, Horquealilham

    tidos acabado áe ii muda

    para um novo

    sudk?', — Pigais. Quando cheguei de .tauu

    abaoçsndo em mais doM amigos, a c.çaos.

    talari dos bks, do Lxnplio , da verit-

    dada, dos dos lar, etc. Deivaos a

    satr,4.ta para uma rsats . kira, ila is hora..

    Era 30 de indro, um

    trio da tio. Hoc~

    ghum ps. para - sapecar

    um pouco, q= atava

    acabando de erover

    uma

    part. ás Sua roumor..

    Lego cum.ç*mos a cori'enar. Dla.s-lhs que sua

    liwo A Couteetaçio Hoos,uausr' tinha

    acabado da .ak

    on Brasil. Fk

    ,

    =

    por algia.

    as-

     

    ganidos umho pulo da vida porque ainda alio

    havia recebido dos .dkor. a

    ,qo brasluka.

    Depois cum.çumor nisso bat.papo. Eu t inha

    gaeparado algumas perguntas. co.çaado cum

    Pa.oIlnI. S6 que houve ma grande ipreiIsso.

    Coloquei a fita no gravador dfrd~ ap ertei os

    botóm

    cumsçamos. Depeis de algum tampo

    não esi por que, o astral talvez, vou vartf icar se o

    gravador sati funcionando. Quando vi que odo

    atava que.e ti,, um tropa. Foi umarar, mas

    vocè poderio ler a maior puso da cesticvbta, on-

    de Hocqu.mgh fala co lnci1vda sobre o

    Brasil. (Paulo

    01cm)

    Hocquenghem ão estava gravando?

    Lampio - Nio (rbc.).

    Hoquerighem - Bom, o assunto voltará.

    (Estava se falando sobre Pasolini.

    Lampo - O que me .urprumdua

    umpouco

    am sua l ivro é que

    voei

    c r e v s q u e a o m e s m o

    tampo que PaadinI

    procurava o amar, procurava

    a morta.

    Hcequenghem -

    É uma fórmula que ele ines-

    mb

    empregava, não é fo rçosamente bar l i tera-

    tu r a , m a s é e m to do o o s s o u m s e n t im e nto v e r -

    dadeiro. Pasol ini v ivia um a espécie

    d e 1 c x o u o c e l a

    é italiana. Seus amores, suas história. de ama,

    não arafli

    privados, na medida au que jam ais ele

    ouxxidia nada. Se o olharmos as obras de Pa-

    semi, da rica falam de tudo isso cano Se-

    xualidade na Itália . que é especificamente sobre

    isso . Saia r ic i lo i lo esconder pudicamente que

    vida de Pasolini aio reflete sua obra. Na

    reali-

    dade, a io ex is te dluiça entre a v ida de P aso l ini

    e as obras de P asol ini , são es t r i tamente a mesma

    coisa. Um mito fabrica uma obra porque um

    m i to s a b e e s c o l he r s i s t e m a t i c a m e nte o s po n to s

    mais interessantes de rua vida , agora a medida é

    que um pouco duvidosa . De um l ido Teorema ,

    Pocilga

      , no l imite de um mis t ic ismo inaupa'

    t i v e l . D o o u t r o s e e s c o l he r á u m Pa s o l in i m u i to

    mais sexual em outros filmes, uma presença paga

    fortíssima. Não falemos mais de

    Pasol im, que de

    tinha direito de escolher sus morte. A omiti-

    miaçio é que é um pouco tr iste, o fato das peascas

    tornarem t io t rágica a mate de Ps.sdmi . Penso

    que não devemos falar mais de Pasolini, de

    morreu.

    Lapo - Voei usa um

    amo, bicha

    biglesitiada , pari ldsntilks

    y

     algumas pessoas.

    Voei atem um

    sala ao BrasiL

    sa m

    contato cosa a

    vida homossexuaL, a

    Hocquengbem - Não lii uma t fesa iça , t ique

    exis te é uma urda dupla no mundo homossexual

    no gueto harncuaexuai. não entro o termo

    exato M as no Bras il , só posso falar pelo Rio , o

    fato se apresenta com uma dupla forma; a

    t radic ional e atual. São duas formas mui to di -

    ferentes

    e

    que

    estio

    bem mis tu radas . Uma forma

    tradicional. que

    é

    o travesti propriamente dito, de

    shoui e

    e s pe tá c u l o s. m a s a o m e s m o t e m po da

    v ida, porque es tá l igado * pros t i tu ição ,

    co

    ligado

    a um b air ro da Zona Norte. Outros l igados a um

    baipo como Cc pacsbana , com discotecas e ou tras

    c o i s as . S ã o n a v e r d ad e v Á r ias f o r m as q ue o s -

    bitam muito diferentes entre si.

    O

    mundo ho-

    mossexual

    é v ariado e é muito difícil de se falar

    au unidade. O (mico lugar onde existe uma união

    do homossexual

    6

    nos grandes bairros de bichas

    das cidades americanas. Não falemos de reunião,

    mas de um agrupamento dos pr inc ipais t ipos: a

    bicha do om iro , a bicha louca, a bicha c igana, a

    bicha espanhola e assim por diante. Um agru-

    pamento que acticearra tal variedade sem suprimi-

    la. No caso do Brasil, estou arriscando, principal-

    mente por uma questão rac ial

    muito simples, por

    se tratar de um pais niiltiu'solaL de uma dimen-

    são enorme, uma dimensão que faz com que

    todas as questóea sejam diferentes. Penso de fato

    que a import iucu do traves t i noBras il não és im-

    piamente aquilo que se

    vi nos outros países. Isto

    é, um pouco no teat ro

    e urna minúscula parcela

    ar

    prostituição. No Brasil existe

    uma

    quantidade

    que é urna verdadeira popolaçio . Efet ivamente,

    Guy Hocquuaghum nascua

    um

    1946. Atual-

    ~te leciona mm

    Unlveruldad. do F.H.A.R.

    (Fr= H omos.xu.l dAcitosu Keuniuc'lonairci.

    umii. O movimento surgiu Jw mto com os acosi.

    taclasalos ás maio, que agitaram milito a

    cabeça dos lranca.. Hocqumigbum já tem

    o s

    seguintes Uivo, pubicados: Le Désir Ho-

    moseanel , 1972 (existe uma versão portuguesa

    e está prestes a sa urna edição brasileira);

    'L'Aprds

    . MaI de. Faunos , 197 4; Fie

    da Se-

    dou , 197 6, Colre , 197 6, com René Scbere

    'La Diribus Humsezual , 1977 ( A Comies-

    tição HomomamaT ', sdhado pala Brasliseas.

    c x a m e r i c a no s

    e os europeus falam de traves t i

    cano se c i te fosse um ser exis tente corno harnos -

    sexual e heterossexual. Por definição , um

    'não-

    ser ,

    um falso ser. Isso quer dizer um caso es-

    t r e m o in te r e s s a n tí s s im o q u e f a z c o m q u e q u a l -

    quer idéia.. bom, resumindo , penso que

    a

    ques-

    tão gay particularmente interessante no Brasil é

    questão do travesti.

    [amplo - É Interessante ouv ir loto, porque

    ruo Brasil, es

    participei de algumas ramm,Ib do

    grupo Soma de Sio Paulo, e ruão hav ia rer.hnnu

    travesti no grupo, lato há um aro e meio mais ou

    ~ca. Existe realmente uma estratificação,

    se

    l i i i realmente ama Mvhio. Existam gaya que não

    falam cem travesti., porque eles são Isso que voei

    disse, uma outra coMa, um outro ler.

    Hocquenghcm - O impacto modal, se' ci

    quiser , do movim ento gay bras i le i ro , 6 nulo com-

    parado não I m p o r t a c o m q ua l t r av e s t i. O q ue

    chamo de Im pacto socia l , para

    ser soddloo, é a

    bnportlnc ia da mensagem dada, seja pelo lmpso-

    to , seja pelo humor, quando se vSpasw um tipo.

    É ividaute que o travesti é uma Instituição

    braí l t i ra , uma ins t i tu ição desprezada, opr imida,

    m a s u r na I ns t i tu içã o . O m o v im e nto ga y é u m a

    enorme brincadeira de alguns burgueses brancos,

    que querem fazes' disaruraca, que aio podem Ir *

    boato soa boate é ou já lcd dominada por traves-

    tia. Penso que a bicha b rasileira nunca faria

    travesti, acho queimo seita Impossív el.

    [amplio - O

    que

    voei dl..e

    agem é modo

    importam.. Mora numa cidad. peste da São

    Paulo. lá .beham

    u bar gay s depois 4e algum

    to f izerem um palco para shom s.

    á.

    u.vu.ds.

    Logo cam.çou

    uma miga dom lado

    um

    um1950); Co..nt Num Appelsa-voes

    Déli? , 1977, cem

    Jt,an-l.oiu

    Bor

    Ia

    Brauté

    de Mé tis , em

    1979

    Race dEpI U n

    Silale da Images de l'Hosnisexaallté , 1979 ; e

    Li Gay Voyage , 1950,

    u,ste.

    Hquensb

    fax um roto

    dai cidades

    gays

    mala baportan.

    te,:

    ' oua Y ork,Rerhlm,

    Arnaterdi, Roma, etc.

    Não é um desses rc*eiros que se viam por ai,

    m a s um

    trabalho muito bena cuidado cont~

    saperlincla.. vingam, entrerlaias, um livro

    ramado a mil. Como não poderia deixar de ser,

    tem 13 pÁ ginas sobre o Rio, o nirna'. ai. as

    loucuras tropicais.

    que queria, de outro um grupo que em

    contra.

    Houve estio uma div isão, com.peram os slaoue

    cem Carmen. Mirandas e coisas do gãnsso. O bar

    leciona porque

    ~ emais

    la, tinha virado

    local da travesti. AI voei comprese.ds o que

    é e s »

    iranho no Brasil, que é ama divisão cada ver m ala

    aguda É o travesti de um lado aos g'a, as bichas,

    sei

    lá, do

    outro.

    O que .zist. ao Brasil multa

    divisão, ligada, Á claro, ao problema soclal.

    Hocquaighem - Não ésóoixc*, le ror soc ial ,

    mia

    o rac ial também . Penso que éwrdade, mas é

    difícil delicado, falar de um pala que não se

    c a ihe m m a i s q u e q u a r e n ta d i a s. F i c a u m po u c o

    res tr i to , né? Mas quero dizer , por exemplo , para

    um europeu que paua quarenta

    dias ao Brasil,

    alguma

    carai

    ocanoo [amplio

    torna-se um fato

    difíc i l c io ser

    definido dá um certo mal estar

    como se... Isto me parem multo

    inadequado,

    muito distante. Pesuo que o Lam pião fala

    multo de traves t i , por exemplo , mas de qualquer

    modo não

    6

    um fato de oposição, mas parece com

    um descalque do que faz o mov imento de liber-

    tação americano, ou alguns outros da Europa. N o

    Brasil a uluação é

    muito m ais explos iva sexual-

    mente. Se há um pala onde a revolução sexual tem

    um sent ido, esse pai s é o Brasi l da atua lidade.

    Problema s demográficas , rac ia is , calo r . miaula ,

    ao mesmo tempo altura, o fato de que a se-

    xnhl4dde nunca fo i deçuresada. junto com u r n a

    repressão multo forte. Tudo leso

    fax do Brasil o

    (mico pai s cuide a revolução sexual é algo ex-

    plosivo. O que não pode se dizer de nenhum pais

    suropeu, de nenhum pais af r i cano, de nenhum

    pais da Ás ia . É Im para luel contabi lizar os t rama-

    do

    mm.1n1 1te mas é alguma cosa que actiti-

    toca, que vai a lém das relv in&caçôes gay. Urna

    odia, qual é emportuguis. . . bar, bicha. Enfim,

    se dia bicha no Bras il para dizer lamicusenxal ,

    nó? Mas se diz também homossexual?

    [amplio - Sim

    Hocquaighem -

    Quem emprega?

    Lampião - A burguesia,

    cos estudantes, g.

    ai...

    Hocquaighctn -

    Então,

    o

    que sobro é muito,

    a grande maior ia da população que em prega uma

    cas tra pa lavra numa ou tra am cepçko. Na França ,

    m e s m o n o m e i o o p e r á r io c h am ar um h o m e m . '

    usaI de homossexual é es tranho , desfavorável .

    Não é o mesmo género de favor

    co

    cumplicidade

    que pode ter ao dizer bicha, que é qualquer colas

    menos hostil, mas carregada de uma espécie de

    familiaridade popular, ligada é presença de um

    personagem

    na comédia da rua, no presença

    cot idiana. São estas mudanças que são interes-

    santes. Poiso que, no Brasil, se passa algo di-

    ferente da América do N orte, muito diferente da

    França da Europa onde houve mudanças cie

    a*tume no século XIX. Nos Estados Unidos

    houve uma espécie de explosão superficial de sexo

    nos anos 60. No Bras il 6 outra co isa que ocorre.

    U m a c o s a c i o T e r c e i r o M un d o , p o r q ue

    é

    ali

    li

    que es tá uma sOcIe4de subdesenvolvida . Is to

    é. o

    único pai s do Terce i ro Mundo onde a idéia de

    nacionali smo não 6 acompanhada de puri t anis-

    mo. O que é muito interessante para se es tudar .

    Mais interessante ainda do que formar um pe-

    queno movimento pelos direitos dos hanos-

    rnuxai.,

    que de fato aio existem.

    [amplo - Falando de esiatisticas, direi

    que em São Paulo existem

    circo ai sete

    m i l

    travestis, para uma populaçã o de IS IuJIhE'a de

    habitamos.

    Agora, cosa o

    movimeeto bomd.-

    sexual

    o que acontece é o seguinte fo rma-se um

    grupo e logo com eçam a ,

    brigas. Passa-se alguma

    cs i isa es t ranha que a i pessoas ruão se entendem.

    Nos Estados Unidos, por exemplo, existe um

    grupo de aviadores homossexuais. Os grupos são

    l igados pua sua pro fissão , pelo sei trabalho. No

    B r a s i L , m u l o .

    É tudo desorganizado.

    Hocquaighcrn - O que vocé acaba de dizer é

    verdadeiro.

    Todo o movimento homossexual

    americano c xi europeu se organiza au

    torno de

    al-

    g um a c r i s e ; é o c o n s um i s m o . S ã o t o d o s m o v i -

    manca de consumo.

    A reunluçio sexual e um

    m o v im e nto de m u da nça de c o s tu m e s im po r t a n -

    ta , mas nãorevo luçãode consumo essaudalmeru-

    t e , e quando não há mais o que consumir n e s s e s

    movimentos fica ev idente oque resta fazer.

    [amplo - Não existe uma lei brasileira es-

    pacifica sobre o homoumaallsrno. O que tes=

    dificil a luta, a reivindicação. Luta-se contra a

    Ideologia burguesa,

    que estratifica a h o mo s -

    sexual.. No fundo

    rio

    há uma

    verdadeira

    um-

    nora de lutar. Nas Estados

    Unidos o pessoal

    g y

    laia para

    mudar as leis , as códigos, etc.

    Hocquengheun - Mas, existe

    no Brasil um es-

    pec if icado

    ato contra a natureza

      , no caso de

    maiores.

    [amplio - Não,

    Eslate. se es rio me es-

    gano, alguma ciMa

    mio exército brasileiro sobre

    heuicssezuai.mo.

    Hocquaughem -

    Bem, já é algo mais ob-

    jetivo.

    [amplo - Se pegam,

    por exemplo, dois sol-

    dados fedendo , o

    que

    é expulso primeiro é pus-

    siso, o

    outro em mala uma chance, e fica

    no exir-

    cito. Existe essa diferença entre ativo e passivo.

    Hocquenghem -

    Evidentemente. Isso é tia-

    mal, porque existe uma divisão entre

    dcxi tipos de

    homossexuais,

    que

    s ã o os supa'rnachos e os sub-

    machos. Uma sociedade pode considerar um

    bcanem tio

    m a c ho que

    ele sÕ pode feder comen-

    do. E é o macho no sentido estrito da palavra, tão

    viril

    que só po e

    co me r h o me m v ir i l .

    Lampfto Voei

    percebes a diferença entre

    ativo, passivo em algum meios?'

    Hocquenghem -

    No caso particular do

    Brasil, o que se torna

    mais complexo é o número

    de reiaçhes sexuais. Portanto sociais, mesmo se

    mudarmos

    de palavra. Tenho a impressão, não

    porque

    sou estrangeiro

    que existe

    uma enor-

    midade de relaçbes, que são

    e s s e n c ia lme n te

    rdaçles codificadas.

    Um pouco como os

    americanos em cciii época. Mas

    existe um

    gran-

    de

    fenómeno

    que

    s ã o os nomes tio Brasil. E um

    pais que dá nomes que

    são muito bizarros.

    Penso

    que hk

    unia certa confusão sexual.

    Confusão

    devida é diferença

    de raças,

    culturas, etc. Tem

    também o caso

    dos

    menores,

    pe s s o a s que não

    podem estudar, tudo

    isso

    é muito complexo.

    Veja por esanpb o caso do negro. Yo* pote

    considerar alternativamente o papel do

    negro

    c o m o

    efeminado e como

    superv inl . É por tador

    Hocquengheinf

    Revolucionario

    é o travesti*

    Violen

    n ã o é n o s s o n e g ó c i o

    P r e f e r i m o s m o s t r a r t a l e n t o p r o d u z i n d ocartazes (48x6 6 cm -4 c ores) , l ivros,

    r e v i s t a s , c a r t a s , e n v e l o p e s , c a r tõ e s ,

    c o n v i t e s , im p r e s s o s s o c i a i s e c o m e r c ia i s

    (off -set ou tipog raf ia), x erox, a lto-relevo ,

    p l a s t i f i c a ç ã o .

    C h e g a e m p a z

    RUA DA LAPA , 123.A. TEL:251

    .

    9717 2424639 RIO DE JANEIRO

    I M P R E S S O R

     

    - -

    CCtC• €

    sCer.c . €.. ......,........ . ....

     

    LAMPL%() da esquina

    *1

    e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

     

    ro f . Dr . Luiz M o tt

     

    RU PODIGN IDADE

    rada da tii t rsid.cd

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    7/20

     

    N T R E V I S T A

    de um grande falo e ao mesmo tempo de uma

    boa bunda que dança, t a ambigüidade do sam-

    ba. Uma feminilidade que é evidente e uma

    hiper-virilidade igualmente evidente. Penso que

    existe na realidade uma ambigüidade araual

    a i l e d r a .

    Lumplo - Esta ambigüidade aiio voch

    L i g a

    à confusão . asual ?

    Hecquengliem - Sim. Penso que isto leva a

    uma hierarquia de atitudes sexuais. Faz com que,

    por exemplo, embora eu no saiba bem o que é

    proibido no Brasil, mas existem naturalmente

    coisas proibidas. Penso que um rapaz brasileiro

    não sabe na verdade o que é proibido. mas supbc

    que existem coisas más e boas. Mas ele não está

    absolutamente seguro, por exemplo, sobre o fato

    de dar o cu. Penso menos nas situaçbes de pros-

    t ituição. Falo em dar o cu nã o

    conio meio de

    ganhar dinheiro, mas também como um bom

    negócio. Voi* terá at um bom negócio em todos

    os sentidos, no moral e no do prazer. Sei que não

    sou muito original dizendo isso, mas o tabu anal

    é infinitamente forte no Brasil comparado a nã o

    importa qual civilização. O tabu do ánus é in-

    finitamente forte no Brasil comparado com

    qualquer outra civilização do Terceiro Mundo

    atualmente. Bem, há os chineses, mas eles são

    outra coisa.

    Lampo - Este tabu anal

    .11*

    tambiá na

    confusão, pra rocã?

    Hocqueghetn - Sim, uru pouco. P, uma con-

    fusão uru pouco mais geral do que uma confusão

    pré-psicanaHtica. O que é bom, pois pré-

    paicanlitica é a cue está antes, Além disso, o que

    é mais integrante da resbiaii 6o que rata antes

    de uma atitude psicanalítica. Por isso é que o

    dinheiro e a merda são completamente confun-

    didos no Brasil.

    Lamp*o - O d inhalro e a

    Hocquenghem - Exatamente, a merda, a

    imundície.

    Lampião -

    Você dia. .me coisa que alnda

    aos u m pouc o estranho de se ouvir . Este co. .

    f u ã o , p o r q u e rata confusão?

    Hoquenghem - Não esqueça que é um es-

    trangeiro que diz isto.

    Lumpao - Pr, mia, como brs.11dro, vi.

    vendo no =do doe pro bimeas, inserido ai colem,

    ta l

    contusão que se vã de fora

    aio

    é

    danarate

    percebida, não existe. Por ms.plo, a atividade e

    a pe.slvid.d.,

    existem num uivei das

     

    ce.

     

    dos pap, na cume

    ev1dt.mie as

    coisas podem nadar, • mudam nabo. Exbt,

    por exemplo, os bota, os mlcb,

    q u e

    podem

    din heiro p ra i rsp er. Aq u ela biabria do a lho q u e

    ab come aio

    e bme

    v.dddalra. Se votã car um

    c a r a

    e diaer que pega o

    quo ele

    quiser

    me' que

    vai co mb. lo também, .1 e le cede. E ito u [a tan do

    de prosdtuIto, clero, oude uibie também o

    tabu a n . 1 . A c h o que a c ont us ã o

    'me também

    rale ~tido, é porque

    as

    pmeoas 'e que são cor-

    'usas.

    }iocquenghein - Sim, as pessoas são con-

    fusas, porque é perfeitamente verdadeiro que

    sexualmente, por razbes h istóricas estudadas por

    gente como Freyre e outros sociólogo., por

    razóca históricas de mestiçagem, pelo modo que

    os portugueses dominaram o Brasil, com o rigor

    sexual deles. Todas estas razóca fazem do Brasil

    um pais pouco determinado sexualmente. como

    se dir ia de uma criança. Ë um pais de malandro-

    bicha, onde a ambiguidade entre a violéncia e

    feminilidade é milito grande. O fato de ser

    travesti não impede de ser violento, prindlNal-

    mente no Brasil, onde existe o protbtipo do

    travesti violento, que se corta com gilete, corta o.

    outros. Por que no mundo inteiro o travesti

    brasileiro é comparado é mulher sueca? Isso é si-

    go que tem significado. O extremismo, digamos,

    a coexisténda de vários extremos, pela au%iads

    do que se chamaria de uma cultura do tabu

    sexual muito forte, que chamo de confusão,

    Lamplo - Acho que to~ am alg~

    caracter is*icsa bupor taas. , tocamos

    me algum

    pontos, como na confusão.

    Hocquenghem - Se eu falo da confusão nã o

    é de uru m odo pejorativo. Penso, na real idade.

    num poema de Carlos Drumond de Andrade.

    Vo* conhece o poema que diz que o Brasil não

    existe, ou qualquer coisa assim? Acho que há

    uma profunda verdade sobre o Brasil ai. Esta

    verdade é forte, porque quem fala

    'e

    um brasi-

    letro e forte também quando é dita por um

    europeu. Quando um europeu fala de confusão

    tem na cabeça s idéia de algo negativo. Tenho

    medo que muitos intelectuais brasileiros quando

    escutam a palavra confusão tenham, a mesma

    idéia, de algo negativo. Confusão quer dizer sim-

    plesmente proliferação, isto é, riqueza.

    Contra a bicha institucionalizada

    No começx

    de

    1976, Pise Paolo Pasollnlfol

    aiaaislrado

    por um bu,rdldo que ele havia

    paquerado • levado de autombvd até o lugar

    onde devia pedem de uma morte atroz.

    O Julgamento do assassino, Pelou, pro-

    vocou grande emoção. O coro de lanrartaçbeu

    irdigrada, que cercou a morte de P.sollz-I mal

    cacordia um iertlmer'lo geral: mas afinal de

    cortas, como é que ele foi se meter naquela bis-

    tõrla sórdida? l o que se perguntavam ii pes-

    soa, de hora sentimentos. O artigo que se segue

    situava-se na corIra-correnie. Não

    tentava

    ex-

    plk'ar o assassinato e sim examinar as rarbes

    peias quais Pasoltnl aceitava o risco de ser as-

    saisirado.

    lii quem tenha

    visto no assassinato de

    Pasolini um argumento para "proteger' os

    homossexuais da caralha e um a r a t ã o p i r a

    afastar a fragilidade homossexual doe perigos

    da rua. Há bichas que aproveitaram para afir-

    mar sua vontade de Integração r,io seria com

    elas que Isso aconteceria...) e

    sm

    ódio em

    relação aos m argInaIs duvidosos,

    u m a .rtlgos

    comparhdos de lei

    o rtbn lo q u e, ao ceu t rár lo

    dcli., rio

    conseguiram ir multo lorger (me u m

    rau l régio , cortam-se as miom d as pe ssoas qu e

    se agarram a nó.). Além do grotesco Pelou,

    tratava-se de afastar

    par i bem

    longe de nossos

    territórios amorosos toda a meigInÁlia do

    baixo =ardo.

    Em redor desse crime chocam-se duas

    "dellnlç*.' do homossexualismo uma, que o

    reduz ao

    amor entre S emelhantes, fecha-.e em

    uma

    tauiologla rígido e hierarquizada.

    A de

    Pasolb'. l ,

    ao contrário, é aries de mala

    nada uma fuga em direção ao Outro,

    me di-

    reção aos outro., sob o risco de morrer.

    Ptolitii morreu, açsassitadl) por um em-

    busteiro.

    Nem todo mundo pode morrer em sua

    cama. como Franco. A extrema esquerda

    italiana fica indignada. M.A. Macciocchi. em

    Le Morde,

    nisso um golpe dos fascistas.

    Co m

     maior finura Gavi e Maggiori mostram

    em um art igo do

    Libération que se trata de um

    golpe microfascista. Pelosi, o a.ssatssi'in, não é

    pego pelo facisrno e sim o instrumento volun-

    tário do racismo e da recusa é diferença, o fas-

    cismo quotidiano não politii.ado.

    Pois é, não há a menor dti'.ida... Existe,

    porém, nesta explicação algo que não me satis-

    faz, uma visão ainda ex terior e polít ica do as-

    sassinato do homossexual. Claro. so podemos

    estar de acordo com a aná lise do caso Pelosi e

    recusamos considerá-lo vitima.

    Ao mesmo tempo a morte de Pasolini não

    me parece nem abominável, neto lastimável.

    Até acho que foi muito boa. Tão m enos banal,

    por exemplo, do que um desastre de auto-

    móvel. Se é para morrer, eu, de certa maneira,

    a desejo para mim e para todos os meus

    amigos.

    Estct'umo sádico? Espero que não. Trata-se

    unicamente de um aspecto vivido dessa história

    de assassinato de hom ossexual, de assassinato

    homossexual e que escapa itecessariarnenitc aos

    analistas polí ticos, aqueles que querem Lutar

    tsI á

    *Óteger os homossexuais contra seus as'

    555.StOOS

    potenciais.

    Traia-se da ligçáo multo forte, íntima e

    antiga entre o homossexual e seu assassino. Ë

    um liame tão tradicional quanto sua prescrição

    'ias grandes cidades do sécllio XIX. Vautrin.

    em B aliac, representa muito bem este inverso

    do munido civilizado, nascido da corrupção das

    grandes cidades, nas quais o homossexualismo

    e a dnlinqüêincia se dito as moina. Per%ersito ur-

    batia, o homossexualismo delituoso desposou

    desde suas origens o crime do mundo m arginal.

    Há um perigo especifico que cerca o homos-

    sexualirno, a chantagem homossexual, o assas-

    sinato homossexual.

    Gavi e Maggiori observam com muita jus-

    teza que no processo Pelosi a vitima é tã o cul-

    pada quanto o assassino, o que é certamente

    esndaloso, mas constitui uma marca dittin-

    tive da condição homo

     

    sexual. Aos olhos da

    justiça e da pol icia não existe, i:esses casos.

    diferença entre vitimas e assassinos, Existe um

    meio suspeito, feito de ligações misteriosas.

    uma franco-maçonaria do crime, no qual o

    viado e o assassino se entrecruzam. Antes de

    tudo, o homossexualismo é - talvez ainda por

    algum tempo - uma categoria da criminiali-

    dade. Pessoalmente prefiro este estado de

    coisas é sua provável transformação em ca-

    tegoria psiquiátrica do desvio. A ligação ii-

    bidinal das figuras do criminoso e do homos-

    sexual ignora os conceitos racionais d o direito,

    a divisão das responsabilidades individuais e a

    distribuição dos papéis entre vit ima, e assas-

    sinos. O assassinato homossexual é um todo.

    Um oficial da policia belga escreve em uru ar-

    tigo consagrado á situação dos homossexuais:

    Uma estreita vigilinda deste meio particular

    permite acumular urna documentação muito

    útil, tendo em vista a descoberta de futuros es-

    croques, assassinos e, eventualmente, espibes.

    Descsimhsalizar o homossexualismo?

    E precisamente contra isto que lutamos.

    dirão. E dai? V amos, então exigir o progresso

    racional da justiça na distinção entre vitimas e

    culpados? A exemplo das aasociaçbes de ho-

    mossexuais respeitáveis, vamos exigir da

    polida e da justiça que elas acolham as q ueixas

    dos homossexuais maltratados ou submetidos é

    chantagem, o que elas atualmente, não fazem

    (ou fazem muito mal)? Será que, a exemplo das

    mulheres que exigem a condenação dos es-

    tupradorca pelos tr ibunais, veremos as bichas

    reclamar a proteção da lei?

    Penso, ao contrário, que a chance do

    homossexualismo repousa. ainda, mesmo para

    um combate de liberação, tio fato de que ele é

    percebido como algo delinquente. Não vamos

    confundir a autodefesa com a respeitabili-

    zaçio. Uma história recente, ocorr ida em 1971 -

    l972 , a dos assassinos de Yvelines , alcançou

    grande repercussão. Dois jovens, muito co-

    nhecidos nos meios homossexuais, nos quais se

    prostitulam e onde haviam recebido o nome de

    assassinos , devido a seu tipo á IaleanGenet

    e suas jaquetas de couro, cometeram gratui-

    tamente uma série de crimes. O assassino é um

    personiageni freqüente para o homossexual,

    tão somente por masoquismo. culpabilidade

    assumida ou gosto da transgressão, mas porque

    se trata de uma possibilidade real de encontro.

    Claro que sempre se pode escapar dela, Basta

    não paquetnr mais lusa meios marginais. Basta

    não paquerar mais tia rua. Basta simplesmente,

    deixar de paquerar. nu então fazã-lo em relação

    a pessoas serias, que pertençam ao nosso mu:I-

    do. Pascnli:ni

    não

    seria morto se só tivesse dor-

    mido com seus atores.

    Eis o que escapa á queles que querem xiii-

    ceramente.

      descri mina] izar" o homosse-

    xualismo e defende-lo contra si mesmo cortan-

    do seus laços com um mu ndo duro, violento.

    marginal.

    Fsses combatentes ignoram que desta for-

    ma aliam-se ao grande movimento na França e

    tios Estados Unidos, que visa conferir-lhe foros

    de respeitabilidade. Esse movimento não se

    exerce através da intensificação das repressócis

    ou da perseguição aos assassinos, mas postula

    uma transformação intima do personagem

    homossexual, livre de seus temores e de sua

    marginalidade e finalmente inserido no Estado.

    A louca tradicional, simpática ou má , o aman-

    te de garoibes, o especialista dos mictórios,

    todos esses tipos coloridos herdados do século

    XIX, apagam-se diante da modernidade tran-

    quilizadora do (jovem) homossexual (de 25 a 40

    altos), de bigodes e com soa pastinha de exe-

    cutivo debaixo do braço. tens complexos nem

    afetaçôes, fr io e bem educado, publicitár io ou

    balconista de lojas elegantes, inimigo dos ex-

    cessos, respeitoso em relação

    ao p o d er , aman t e

    da cultura e de um liberalismo

    esclarecido.

    Ponto flinai no sórdido e no grandioso, no eu;

    graçado e

    no

    malvado. O própiio sadoma-

    soquismo não é mais do que um traje, uma

    moda adotada pela bicha louca

    correta.

    das

    boates, o surgimento

    de um

    modelo u n ix -

    sexual, isto é, comum aos homossexuais

    e

    a o s

    heterossexuais. proposto aos desejos e à iden-

    tificação

    de cada um. Os homossexuais tor-

    ilam-se iridiscernilveis, não

    porque

    escondam

    melhor seu segredo, mas porque se

    unifor-

    mizaram de coração e ie corpo, livres da saga

    do gueto, integralmente reinseridos, mi o c r u

    sua diferença, mas pelo contrário em sua

    se-

    melhaniça.

    Esquecemos

    com muita freqüãncia que a

    dissimulação, a mentira

    ouosegredo

    h o m o s -

    sexual jamais foram escolhidos por

    si mesmos,

    pelo gosto da opressão. Eram necessários é

    proteção

    de uru impulso do desejo.

    dirigido

    para o munido marginal. de uma libido

    imnan-

    lada por objetos Cora das leis

    do desejo co-

    mum. Em

    nossos dia, o fim da dissimulação

    não

    provirá da supressão

    destas leis, c omo

    teríamos desejado. Infelizmente ele provém

    sobretudo, do enfraquecimento da diferença,

    através da reciclagem

    dos desejos homosse-

    x u a i s e m u m a normalidade um pouco

    a la rg ad a .

    Para

    terminar com esta., impressóes

    um

    tanto

    nostálgicas, recordemos a figura daquela

    homossexuais do inicio do nfculo, tio

    afas-

    tados

    do

    mal

    existencialista à

    São Geniet quanto

    da bicha

    inodora

    que nos

    ameaça.

    M esmo

    pertencendo é

    melhor sociedade, v iv iam co m o

    crime, não por paixão é

    transgressão, tua., por-

    que t,stava-se daquele

    aspecto do r i s c o que s ua

    escolha impunha.

    E não era sem elegáncia

    que

    viviam lado a lado, com o risco, segundo nos

    conta

    Colette

    rio Livro

    tão

    belo

    q u e d ed ico u és

    lésbicas e aos homossexuais (Cm pI..ahi).

    Veja-se a discussão, a

    propósito, do

    amante de

    um desses cavalheiros, ocorrida cnn

    u m sa lão .

    presenciada pela autora cru sua qualidade de

    amiga Intima:

    'Dlga-meprszado

    amigot es

    ta

     

    ira

    jovem assal tante não é o meamo

    que era

    suspeito de ter estrangulado um rapaz ma-

    pregado de me hao turco?" Endfreitaodo..e

    coa uma dignidade devida, sobretudo, à au-

    quloea,

    o

    velho acenava

    com umai mio fina e

    .r.gadai

    'Meumicos,

    caro amigo, merlcos

    Sou assusto. Não

    tasbo

    sor

    a do

    pus.

    sado '

    Acidez, cinismo teatral,

    afetação, infan-

    tilidade - é este o tom...

    Algumas vei,e, a vioténcia, macha

    ou mór-

    bida,

    lançava seu

    grito esua breve revolta. Um

    adolescente, vindo dos

    tempos longlnquos nos

    quais o bem e o mal

    eram a mesma co isa , co n -

    t o u s u s

    última noite no Elys ee

    Palace Hotel:

    Aquele

    homaizarito lá no quano me deixo,

    co

    medo...

    P u g n e i . o a c a n i v e t e, c o b r i o s

    olhos

    com as mios e com a outra esilei-lIse o

    c*sslvete na barriga... e sal corrasdol "Ela

    Irradiava

    b e l e z a , . s a ll c l a e l o u c u r a . A s p e s s o a s

    presasses mostraram multo

    lato e

    prudiacla.

    Evharam manifestar-se. Somaste ma velho

    amigo

    C. disse após um momento, despreo.

    cup.doi "Mas que garoto " •

    mudou de as

    sento. Libératiori, março, 1976).

    Um estereótipo

    d o h o mo ssexu a l d o Est ad o ,

    integrado

    ao Estado, modelado pelo Estado e

    próximo dele através de seus

    gostos,

    trati-

    quilizado pela presença no poder

    de algum

    ministro homossexual e que se assume titio es-

    tamos mais ria IV

    República,

    e o homosse-

    xualismo já não é

    mais u m seg red o ) su bst i t u i

    progressivamente a diversidade barroca dos e s -

    tilo, homossexuais tradicionais.

    Chegará o

    tempo em

    que o

    homossexual

    não será

    nada

    além de um turista do

    sexo,

    u m membro g en t i l

    do Club

    Mediterran'ee,

    que foi um pouco mais

    longe do que os outros, cujos horizontes só são

    um

    pouco m a i s l a r g o s d o q u e n a d a m a i o r i a d e

    seus conitetoporéneos.

    Ninguém se

    pode

    dar conta disso, a não ser

    que

    freqüente o

    meio homossexual,

    que é

    b a s -

    tante fechado e que. até mesmo p ara o h o mo s-

    sexual mais isolado, forja a imagem social de

    sua

    condição,

    A

    pressão normalizadora

    ca -

    m i n h a d e p r es s a , m e s m o s e P a r i s e a s noates da

    Rua Ste. Atine

    não representem

    t o d a a Fran ç a .

    Ainda sobram

    em Pigaile ou nos

    s ub ú r b i os a s

    bichas que gostam de transar com árabes. Isto

    não impede que tenha sido lançado o

    movi-

    mento de um homossexualismo finalmente

     

    branco, cru todas as acepçôes do termo. E 

    Ta.ChO do lh

    «A C

    i

    ação

     Um.....-

    curioso constatar ao observarmos os entrudos

     

    ,uaf'; soei podø pedi-lo

    através do nemo rume-

    de publicidade, os filmes e 's'ihih's qsiesaem

     

    . . . .

    e  

    1

    C e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

    P r o f D r L u i z M o t t

    LAI.i )sh

    'q5'

    G RUP O D I G NI D A D E

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    8/20

     

    • S Q U I N

    Um novo lançamento

    da Esqum

    a Editora

    para seus leitores:

    ,Y f lÇ -

    /

    ,Ir\

    Ni

    M

    B I C H

    ;••__

    Q U E

    R i

    Piadas, historinhas e anedotas selecionadas

    por

    Francisco Bittencourt. Charges de Levi e

    Hartur. O livro mais engraçado do ano

    á

    à venda no Rio, Sã

    o Paulo, Brasília, Porto

    Alegre, Recife e Salvador: procure

    nas bancas

    onde você costuma comprar o seu exemplar

    de Lampião.

    Em outras cidades, atendem os pelo reembolso

    postal. Faça o seu pedido à Esquina-Editora

    (Caixa Postal 41031, CEP 20400, Rio de

    Janeiro - RJ) Apenas Cri 200,00

    Se

    vOde pedir

    outro

    livro além

    d e

    A BICHA Q U E

    R I

    ganhará

    um desconto de

    20 .

    Peça agora

    LAMPIAO

    da esquina

    Sabem aquelas gave*s

    que a gente abre e as

    baratas, oritadinhás,

    firam

    desesperadas por

    nem tersn

    um

    lugar onde se esconder?

    Pesa é

    mais ou menos assim

    que fica o banheiro

    da sala

    debaixo do Palácio do Cinema, em São Paulo, na

    hora da ovação. isso mesmoe ovação.

    De o. O

    banheiro simplesmente não tem janelas (fica no

    P,IIne*TO andar do prédio) e as

    bichas, mu i t o

    atrevidas, ficam mexendo com o pessoal na rua,

    Para se v

    ingarem, eles jogam ovos

    que vão se es-

    trelar lindamente nas paredes

    do

    mictório,

    s u ja n-

    dotados que ali estiverem.

    Quem abrir a porta do banheiro leva

    um sus-

    to, tala são os gritinhos histérico

     

    , o

    barulho

    dos

    saltos descendo a escada às

    c*Sreiras.

    as portas

    dos

    reservados se

    abrindo pira os pares

    fugirem

    levantando as calças,

    enquanto as mais fingidas

    mostram ar de dó por aquelas que foram atin-

    gidas pelos

    petardos o wldeca.

    É um pega prá

    capar.

    E olha que quem

    freqüenta o

    Palá  

    o do

    Cinema,

    na

    Avenida

    Rio Branco, o famoso ci-

    nema dos v

    iadca de São Paulo, não pode se dar ao

    luxo de

    ter sustos

    à

    toa.

    De palácio ele só tem o

    nome,

    pois é o mais barato da cidade. E por

    isso

    mesmo vive cheio, até mesmo nos domingos

    quando casais de namorados (heteros) véem n

    Indiferenças

    a pegaçio de malas e

    encoxumentos

    generalizados em todos os cantos

    e direções. São

    duas salas — uma pequena, no andar de cima.

    outra grande embaixo — possibilitando aos

    (dizes espectadores assistirem

    a quatro filmes.

    Dois deles, pelo

    menos,

    invariavelmente de kung-

    fu.

    E o que a maioria gosta .

    Completando a

    decoração,

    muita sujara, as-

    sentas quebrados, ratos que descem de vez em

    quando do teto pelas

    paredes,

    indo não se sabe

    para «ide. Das 9 da manhã à meia

    mate, todos a

    dias.

    Não é preciso dizer que a verdadeira arte

    cinematográfica

    do Palácio acontece

    não na tela,

    mas na plateia, nos

    banheiros,

    nos

    cantos atrás

    das

    cortinas.

    Nos banheiros a.pra

    existe alguma bicha de

    plantão. E elas passam horas

    ali, desafiando o

    malcheiro, formando

    grupos, batendo papo, dis -

    cutindo, paquerando os que vêm mijar. De vez

    em quando surge um revertério

    como outro

    dia,

    quando

    uma ficou nervosa, levantou o vaso sa-

    Murluá, cidada c

     

    o. meam 70.1

     

    haiaa..,, locallasda na Ziaa da Matada Mina.

    G.uls, é ma lugar wilm  m

     

    u

    me  

    d tko

     o

    inicio do inia da saio

    fel realizado o X

    F.tival

    d a

    Canção daquela região. Fui

    convidado para par-

    tldpar do W.   s s o

    q..

    aceltel S prs th's

    cirlesidade

    da

    c

    o~

     

    lugar, riam

    no fundo

    t —para do.cobilr ~iiii Novias

    ^

    gani. Cenfeso

    quis

    ao

    is lefo f lqnd iam po.c 'o as-

    auetado, Caleuiel que

    teria de pegar Inha

    ia

    da cooe dar tr

    cabs par,

    •e trio.focisar na. bailo, Ponseli

    dava a bana

    ata cidade do buar io r da

    Ma. Afluel • TFP abunda por aquela. bandas.

    Vil

    à luta. Lego que

    chego na c ldads

    procuro

    se tir — cheiro de

    pegação

    Nã o

    coralgo

    Toda

    na maior ,siodaás pasivel.

    Nenhuma

    pintas andava pela, rues. Ftquni triste. Pas

    t a l v e i r

    no f.dvsI apareça algas, aadge.

    A p,baám sibuinatinla do festival estaia

    cada para cas.r às 21 bcius. (lego 'at-

    uo cro da ddade á

    procura d.euporada de

    sím malga . O lho

    para cá, elba para M . nada.

    Porra, primo .o,... .á quo esta cidade é

    ana asl ?

    E

    fel uma «ato .as.o que vejo

    waia

    cWumbkaha, toda 1.1k

    da

    vida, das-

    iãando com sim «ah sas odsftto Uf

    a, digo

    para

    .1k

    eseso, Duna não

    abuedonon «ata

    mmi

    difícil. Rap*dao.ta falo cas .1*. Purgasito

    sstaaigu.

    tses«bases. §~

    ew

     —tida*- ..

    Piquni

    as

    lego Pacebi quo a pegaçio as

    feita à «ada

    a; falando poncos traa.a.do «alto.

    Fiquni

    nitário e jogou-o contra a desafeta (bem. Cristina

    agora se chama

    HuIk, não é mesmo?). Fel um

    re-corre

    dos diabos e até

    hoje está o

    buraco do

    vaso no

    banheiro para confirmar a

    histta-ia.

    Algumas põem roupas

    de mulher, pintura e

    vão para o banheiro "faturar". Dizem que

    c o

    seguem sempre arrancar pelo

    menos duzentinhos

    do

    bote. As outras juram que é

    ment i r a .

    Momento de descontração a

     o

    tece

    no

    inter-

    valo da

    filmes, quando a maior parte doa 200 ou

    300 boles vão mijar, tudo de um a vez. Fica aquele

    sufoco no banheiro, com o faca

    das bonecas, as

    risadinhas doa

    rapazes (geralmente migrintcs).

    Muita pequem.

    Na plateia, então, existe

    todo um código con-

    sagrado pelo tempo e pelo uso.

    Os boles (ou

    pretensos, não dá mais

    para

    confiar...) .msnm-se

    exatazacnte nas segundas

    cadeiras

    de cada

    fila.

    as

    bichas vão sentando nas primeiras cadeiras,

    apalpando, tirando opau

    para fora, chupando ali

    mesmo, que importa que veja quem estiver do

    lido, atrás ou na frente? As bichas chamam a

    isso

    "fazer plateia" ou -

    tricotar". E cansativo e nor-

    malmente pouco produtivo, porque os que gos-

    tam

    as

    inha platéia raramente sobem até o

    banheiro

    para completar o

    serviço.

    Atrás da cortina também fica

    uúblico es-

    pacifico,

    durante horas de

    p é

    mesmo com

    vári

    ns

     os

    lugares

    vagos

    na platéia. E o

    pessoal do ascos-

    tamento, que tem preferência pelo roça-roça fur-

    t ivo.

    Na sala de

    cima existem duas opções: ou fica-

    senas

    escadas, esperando que alguma alma

    generosa faça

    o favorde se achegar, ou se vai até o

    fundo das laterais, escurissimo, onde

    nesg a lua

    nano filme

    conseguemalcançar.

    Ali pode acon-

    tecer de tudo

    mas

    tudo mesmo.

    Outro fato interessante do Palácio é que o

    público que não vai para assistir

    aos hcrrcaosos

    filmes varia pouco. São sempre as

    mesmas caras,

    revezando-se

    na dias da semana. Tem gente até

    que

    faz

    piquenique

    ali

    dentro:

    levam

    nu bolsas

    enormes desde o papel

    higiênico

    e o sabonete

    (para

    as

    abluções Intimas, é claro)

    até sandul-

    ches. refrigerantes,

    cachaça e

    de vez em quando

    material ainda não legalizado. E passam ali odia

    inteiro. O Palácio do Cinema para essa gente é,

    antes de tudo, uma fonte barata de lazer.

    Eduar-

    d o D a n t e s

    cam água ia boca. Mas asas

    pssIasla am

    o

     

    .s pe,.ltfra comdasr .l

    p.quha liv. qu. Ir para . 1kdi.l, No palco

    dais miu barbaridade de auaga. . de linda

    asiedc.

    Qes

    alegro as.

    d& Não pcach.

    dlmir

    «ah mido, afio é,

    qu.uiahas?

    N o

    outro diás. as seguida .btárla do

    1..

    ti,. ,

    fui «ala cedo par, o cro da cidade, &.

    .*bado Al, quais cal duro. Go, o que

    t inha de

    aapstb e

    espaltabos nas rues as de doirar.,

    aa do Rio

    e São Paulo

    coes

    água na boca.

    E r a s

    as

    e

    m~ asila lindas de paréqula.

    T o d a s

    bises •

    badalando

    nasa boa. Algumas de a

    d ides

    em

    i s casinhas. Nas

    das

    grupa vi

    s

    t ro,

    inchinhas tota$o.esst* integradas cas

    o uer;

    parecia ma verdadeiro c~ guel.

    lo. gont. marelação ao festival, paso

    dizer

    que (duas gliofa total. O vencedor

    fe l —

    conj nto do Rlo Grandedo

    Norte, cuntaisdos

    .ádca "Varandas e Qubstala", que relata a vida

    do  

    terior do Nordati. O segundo lugar

    Oco. co. Forró Forrado", daio.da pela ci-

    dade d.

    MiriM.

    Como de cos tuma,

    «at-

    sdalaç'es. aspi*

    tue alituíma que procura botar l na Ioguslta.

    Des*a Ta

    fel o celeguinha

    Roberto Moura, do

    Potq.1k, que lar o a.gilut. c.otárIo. "Co.

    nbsço este festival bé

    amos, ele é álinio,

    «a, o

    «ai

    é

    qu k

    in. É

    laro qu. Os

    um

    c .ndalo • lhe ruspiasiO que e6 nós sotasa

    ocupando o

    espaço musical é

    porque para a

    maioria que compra discos, a nossa .doc,

    é

    .*or.

    O

    que Robesio tess

    que

    o.gcllr

    em9

     

    asboamarn io . . ,

    (Ad1oAcuta), .-, .

    Junho

    de 1981

    Um palácio

     

    para muitas rainhas

    4

    Cavando ouro em

    Muriaè

    *

    r d d dis

    o rsod,ido

    e n t r o d e D o c u m e n t a ç ã o

    P r o f . D r . L u i z M o t t

     

    G R U P O D I G N I D A D E

  • 8/16/2019 41 - Lampiao Da Esquina Edicao 37 - Julho 1981

    9/20

    Zé Fernando -

    O Rolando

    aso das. isk 1 4

    aios, quando lIzi.os teatro fumos, qus o qu e

    sia gostar

    asisaso de lazer ira cantar. Ser

    vouhsddo do pisb&o braalWro aio coem ator,

    asas como cantor.

    E hoje — &a sà ê

    conhecido cemo cantor, .ak do p/.blko lr.a.

    li.o foi boas par. voe? E Ugal? Vock aio

    preferi.xa

    ter saido daqui COiLhSddOI?

    Rolando -

    Bem, acho bom na medida em

    que nada 1 ot programado.

     

    Não nas propomos

    sair daqui e rasurar um trabalho na Europa. Foi

    tudo coiuddancia,

    Aguinaldo —

    O Luis Antônio

    tinha

    em

    carreta

    asais ou emnos Inícindia

    aqui no Brasil.

    Era um

    artista jécnnh.ddo.Jénofinal, a n t e s d a

    Ida para a Fiança. sie

    é

    tinha am tipo de

    .pras.asaØo bastant, solto. Vock oram

    'ar. a Europa wan que ano?

    Rolando -

    Em

    112.

    Eu tal em junho e o

    Luis Antônio em setembro.

    Luis Amônio -. Eu integrava um conjunto,

    o Som livre, depois conhecido por Aquanua.

    Rolando — D esse grupo saiu também o Bur-

    nier, que hoje tem um rabslho con hecido. Paz

    trilha de novelas.

    Aguinaldo - Vocã

    ara

    do

    MAU. Movhe.

    to Artístico Uelatdtôr$o,..

    Rolando -

    Sim, foi quando eu me prol ii-

    nonalizei. Era do tAU, que tinha também o

    Gonzaguinha. o Ivan L ins e um programa na TV

    Globo, o Som Livre Exportação. Depois cada

    um foi por um cam inho. Eu cheguei agravar um

    compacto pela Fonograni. mas logo em seguida,

    apareceu um convite para a Europa. Fui com o

    Roonie, que trabalhava no Bossa Rio. Os can-

    tores do grupo eram eu e a Marli Tavares.

    Viajamos um ano pela Europa. Quando ter-

    minou o grupo, eu pensei: vou f icar para ver o

    que acontece . O Lula Antbnio f icou 1k também

    depois que o seu grupo acabou. Por coinadén-

    ia, acabamos trabalhando juntos.

    Aguinuldo —

    O emuatio áe rock

    he

    foi

    pi, saio?

    l. —

    or acaso. A g.nte

    atar, ias

    Barcelona e fomos assistir a um amigo cantar

    em

    uma bois.. O dono da boist petilu que nOs em-

    tíasemos, primeiro separados e depois juntos.

    No fiou, eie falou conoaco: gostaria lauto de

    ter rock

    aqui, pena que sejam tão caros.

    E u

    disse: Bati , podemos conversar . Quatro dias

    depois, cameçimna

    a cantar. E não nos

    isp..

    ramas mala. Depois, agente recebeu um convite

    para Ir a Paris. Inicialmente, não querlamos lar-

    par Barcelona. pois preparávamos o nosso

    primam disco. Mu a gente acabou Indo.

    Irfansos ficar 15 dias e depois voltar, Nada.

    Ficamos de ver.

    Aguinuldo —

    Quando si sueiserareas, rock

    amã

    lerem vistosa deis ap.....ui.r la

    diridanheenis ou isso

    E~

    o emostio á.

    'o'.?

    ]Ri~ — Risa

    trunasØ.o

    visual sempre

    aconteosu, paralelamenta. No

    trabalho do Luis

    Antônio

    e no meu. Tinha sempre uma

    pli

    aqui, um nego

     

    li.

    Agulnaldo — Q

    ue

    to 1e asai v.'.

    as

    nmt

    Rolando —

    Tudo que dê na veneta. Mas

    somente musica brasileira. De Anis

    Valente

    a

    Djavan. Gravamos

    1'.

    LPa e dois compactas.

    Lula As~

    — Gonasguinha. a gente lan-

    çou 1*. Joyos, Lo,

    Brandia,

    Casaria,

    OU.

    Mário Vali.

     

    láesVo'. 'o dois In,

     

    Paris . sê canto. iselca hr.a

    iam

    pa

    t~Por qsadsaaa.

    a Lu

    b~

    Luis 

    ntênio 

    ão fomos nOs, foi o

    público. Eramos conhecidos por Rolando e Lula

    Antônio. Mas o pbbllco passou a nos

    eh..,

    L u

    Etoiles,

    carinhosamente. A

    gravadora gostou,

    todo mundo adorou e acabou

    ficando. Vo'.

    nasceram estrelas mesmo , diziam.

    11

    nosso

    iiUSSCU U UI AI t W J

    SC

    colocou a palavra Brasil. Quando chegamos em

    Paria, a música brasi leira não estava bem de-

    finida. Os ma la intelectualizados achavam que

    era música de protesto e o grande pú blico pen-

    sava ser obs-oba.

    carnaval. Muita gente que não

    gostava de musica b rasileira passou a gostar por

    causa da gente.

    Francisco — Altos, a

    bdavdads a

    conheço quatro ou cinco trincas, que passara.

    a gostar de asissica lira~

    par

    caem

    de v~

    Rolando -

    Antigamente, a música brasileira

    estava muito dividida. Muita gente gostava de

    jazz e também gostava de musica brasileira, mas

    não conhecia Cartola, Clementina. Gastavam de

    uma musica brasileira mais sofisticada, a que

    passou pelos Estados Unidos.

    Zé Fernando — O jornal IA~ Hora pe.

    blkou uma mati.fa sobre rock e dbs.t o

    travesti

    Lu ís

    Antônio . Eu percebi

    que o Luis

    Antônio lk'. Indignado. P or riste

    Luis Antônio -

    Ora, o palhaço anda ma-

    quilado e ninguém diz que palhaço é travesti. O

    fato de se maq uilar não signif ica que voe* seja

    um travesti. Qualquer pessoa tem o direito de

    colocar em cima o que quer. Não somo s traves-

    (ia: somos duas pessoas que nos maquilamos

    como queremos. Ë uma opção.

    Mário Valle — Mas

    você L uis Antônio,

    como trav.d, p~substituir a Eády as.

    Fresades.

    Rolando —

    E ela poderia substituí-lo

      taro-

    bém em nossos shows.

    Mário Valle

    Em conheço o L uis Antônio de

    velhos carnavais. O Luis Antônio

    em

    aqusia

    garotão careta, que cantava 4. &e~s (tu-

    quelaad.do Rua na

     poca? — - -

    Luis Antônio -

    Não, naquela época me sen-

    t ia a vontade porque era careta. ora. Agora eu

    sou assim. Eu colocava gravata porque tinha de

    cantar no Silv io Santos. Hoje, quando eu coloco

    uma gravata é que eu m e sinto travesti.

    Alceste —

    E coa relação

    a

    você. Rolando?

    Rolando —

    Acho que m inha cabeça continua

    a mesma. Não houve m udanças sIgnIfIcatIvas em

    termos de estrutura. Acho que só ganhei um

    sotaque.

    Zê Fernando —

    U coisa que . surprus.-

    á= no psiáculo que rock fixem, aqui no Rio,

    foi. resç*o do péb&o. Tsre muRo ui-ui. Brin.

    cadeirinhas. Vocin brincara, até um pouco la..

    b

    Lula Antônio —

    Mas isso é o entusiasmo das

    pessoas que querem participar do espetáculo.