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ACTA Nº 7 1 4 d e D e z e m b r o d e 2 0 0 6 S A L Ã O N O B R E D A J U N T A D E F R E G U E S I A D E C A S T E L O B R A N C O

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ACTA Nº 7

14 de Dezembro de 2006

SALÃO NOBRE

DA JUNTA DE FREGUESIA

DE CASTELO BRANCO

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Assembleia de Freguesia de Castelo Branco

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Aos 14 dias do mês de Dezembro de dois mil e seis, pelas dezoito horas, no Salão da

Junta de Freguesia, reuniu a Assembleia de Freguesia em sessão ordinária, com a seguinte

ordem de trabalhos:

I-PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

1-A preencher nos termos do Regimento

II-PERÍODO DA ORDEM DO DIA

1- Informações do Presidente da Junta

2- Apreciação e Votação da Proposta n.º 2/2006: Alteração à Tabela de Taxas.

3- Apreciação e Votação dos Documentos Previsionais para o Ano de 2007 –

Plano de Actividades e Orçamento 2007.

Realizada a chamada verificou-se a existência de quórum, estando todos os

membros presentes conforme consta da assinatura do Livro de presenças.

Pelas dezoito horas e catorze minutos, foi declarada aberta a sessão pelo Sr.

Presidente da Assembleia de Freguesia.

Aprovação de Actas

A Assembleia de Freguesia deliberou por unanimidade, aprovar a acta n.º 6,

correspondente à sessão de 28 de Setembro de 2006.

Não havendo correspondência, o Órgão Deliberativo passou a tratar os assuntos

constantes da convocatória depois do Sr. Presidente da Assembleia ter solicitado aos

Senhores Deputados que as intervenções tivessem a duração de cinco minutos.

I-PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

1-A preencher nos termos do Regimento

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Assembleia de Freguesia de Castelo Branco

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LUIS VICENTE BARROSO (B.E) - Sou um entusiasta da actividade cívica, da participação

na vida da nossa cidade, pois foi aqui que nasci e cresci. Prefaciando o Deputado José Pires

na última Assembleia de Freguesia:

- Gosto de viver em Castelo Branco

- Orgulho-me de ser Albicastrense

Candidatei-me a este lugar de alma e coração, como o costumo fazer em tudo onde estou,

convencido de que este era um espaço onde a intervenção era possível e que poderia, com

a minha modesta contribuição, acrescentar algo de novo para o desenvolvimento desta

Freguesia.

Volvidos um ano não posso deixar de confessar a minha desilusão e de perguntar?

- Para que serve afinal uma Freguesia urbana?

Dar subsídios e apoios a quem os já tem. Proceder ao registo e licenciamento de canídeos

e gatídeos. Passar atestados e certidões. Realizar cursos de bordados, bainhas abertas e

pouco mais. O Plano de Actividades é o espelho do que acabo de dizer.

Por isso acho que chegou a hora de pensarmos o que estamos aqui a fazer? Para que

servimos? Será que a existência deste Órgão Autárquico faz sentido?

Cito o discurso proferido anteontem pelo Sr. Presidente da República nas comemorações

dos 30 anos do poder local democrático ―…pensarmos numa nova geração de políticas

locais dirigidas para outros tipos de necessidades, para a inclusão social,

qualificação e bem-estar das populações…‖

Quando queremos ir mais longe há sempre alguém que nos diz: esse assunto é com o

Município…, não conhecem o Decreto-Lei nº 5A/2002…, ou então perdemo-nos em

discussões estéreis de assuntos e temas tão genéricos ou tão distantes da vida da

Freguesia, que até parece que o fazemos para prender o vazio das nossas funções.

Partilho, também, da opinião do PSD que diz: ―… que qualquer dia a Freguesia não

serve para nada…‖. Mas a minha concordância acaba aqui. Não teremos uma Freguesia

mais interventiva se pedirmos mais delegação de competências. Queremos mais

competências para quê?

- Para fazermos mais arruamentos?

- Para termos mais dinheiro do Município para dar subsídios e duplicá-los?

- Para construir Parques Infantis?

- Para limpar cemitérios?

e depois ficamos todos contentes porque descansamos a nossa consciência e passamos a

pensar para nós próprios que afinal fizemos mais alguma coisinha que passar as licenças

para cães, os atestados e as certidões.

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Acham mesmo que este é o caminho de uma Freguesia Urbana?! Uma Freguesia de

cidade e onde o Município detém as principais competências.

Não!

Precisamos de um novo paradigma e aqui volto a pegar nas palavras e no desafio do

Presidente da República Cavaco Silva.

- Se há área em que está quase tudo por fazer é a área social

Se calhar em vez de duplicarmos subsídios, podemos contratar uma Assistente Social.

Para quando o apoio jurídico para acompanhamento e aconselhamento de quem não pode

e não sabe exercer os seus direitos cívicos, em protocolo com a Ordem dos Advogados de

Castelo Branco?

Direccionarmos alguma energia e criatividade para a criação de uma bolsa de

voluntariado, que se disponibilize para as mais diversas solicitações na Freguesia.

Precisamos de olhar para os mais desfavorecidos, não só para preencher os papéis, mas

criar uma verdadeira rede de apoio social, convocando o voluntariado - porque não a

USALBI e a Associação Amato Lusitano? - para levar os mais idosos ao médico, às

repartições públicas, promover visitas domiciliárias e criar um piquete de técnicos

especializados em pequenas reparações domésticas.

Criar um centro de tempos livres para os mais pequenos, cujas famílias não têm

dinheiro para pagar os ATL privados. Podemos, novamente usar a rede de

voluntariado ou tentar encontrar outro sistema de apoio/financiamento (Segurança

Social).

A isto chamamos-lhe na altura o GABINETE DO FREGUÊS. Mas este é um projecto aberto,

às vossas sugestões, às vossas ideias.

Se enveredarmos por este caminho estaremos a criar um novo conceito de Freguesia,

estaremos a dar um sentido mais útil a este Órgão Autárquico, estaremos a inovar,

estaremos a preencher o espaço de intervenção que continuamos por ocupar.

Se o fizermos não estarei daqui a uns tempos a aumentar o número daqueles que, como eu,

começam a interrogar-se e a perguntar:

- O que fazemos aqui?

- Que trabalho acrescentamos?

- Para que serve uma Freguesia Urbana como a de Castelo Branco?

ANA BELO (PSD) –Porque é Natal e o espírito deve pairar sobre todos nós!...

Porque é tempo de reflexão para a espécie Humana, que vive tempos tão conturbados!...

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Porque é tempo de nos lembrarmos que as divergências que nos separam, nos deveriam

unir, num exemplo vivo do que deveria ser o saudável convívio da democracia.

Porque contrariamente a anos passados, a nossa cidade apresenta, finalmente, decorações

singelas de Natal, de uma simplicidade e beleza que nos tocam.

Finalmente, porque a todos os presentes nesta sala, independentemente dos cargos

políticos ou posições sociais, deve unir a solidariedade pelos que sofrem no mundo inteiro.

Sobretudo pelas crianças vítimas de fome e maus tratos, uma poesia de David Cristal.

Para todos Vós, um Santo e Feliz Natal!

Dois dias a compor as palhas do menino deus

aquele que delineamos

à comum imagem dada

A sua figura não é a que imaginamos

ela é sim comprada à esquina duma rua

com produtos de consumo

recheada dia a dia

não tem sorriso, só tem

o rosto da sabedoria

Mas o teu sorriso é diferente

está cheio de candura

pede mais do que o ritual...

é humano e tem a índole

do que dura

num gesto natural

não é efémero nem maquinal

como é o do menino posto

entre o feno

pelas pessoas sem gosto

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as que não sabem dar ternura

nem têm um sorriso especial

na face dura

quando se picam no azevinho

dum presépio de Natal.

Para todos vós um Feliz e Santo Natal.

JOSÉ BERNARDINO (PS) – Vou fazer uma pequena intervenção, mas para ela gostaria de

recuar há uns anos atrás, na qual quando se fez eu fui um dos críticos e visto que a

legislação se alterou, como tal, venho aqui enaltecer esse facto.

Em 2003, na altura foi fechada a Pousada da Juventude, na qual eu fui um dos principais

críticos, porque entendia que uma casa dessas não deve ser uma Instituição de lucro, mas

um Serviço aos jovens e às pessoas que visitam a nossa Cidade.

Passados três anos e ter mudado o Governo é com grande satisfação que vejo que a

Pousada da Juventude abriu com uma linha moderna, com óptimas condições e que acima

de tudo visa receber os jovens e menos jovens que queiram visitar a nossa Cidade, a um

custo baixo e que possibilite a todos terem acesso a um Turismo que se diga Social ou

Jovem.

Lembro-me que ainda não há muito tempo, havia umas críticas em relação ao Poder Local

ou Autarquia que não investia e que não sabia promover o Turismo em Castelo Branco.

Gostaria de ver agora essas mesmas pessoas e que já que na altura não falaram, quando do

encerramento da Pousada da Juventude, que viessem agora enaltecer esse facto, porque

acho que é um facto importante, é um pequeno passo, mas acho que é um passo seguro, e

que se deve manter independentemente de se mudar Governos, Câmaras ou outro tipo de

agentes que interfiram neste tipo de casas.

Era só isto e desejar a todos um Bom Natal.

JOAQUIM FARINHA (PS) – A questão que aqui me traz é a Quinta do Dr. Beirão. Passei há

dias naquela zona, e reparei nas obras que ali se faziam. Obras que se destinam a uma

nova entrada/saída e a um parque de estacionamento.

Esta Urbanização é um dos graves erros que se fizeram nesta cidade. Toda a gente sabe

que a Quinta Dr. Beirão era um grande perigo para a cidade, eu nem quero imaginar se

alguma vez ali tivesse havido um incêndio. Por isso a Bancada do Partido Socialista nesta

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Assembleia, congratula-se com esta mediada, muito importante para a requalificação da

Urbanização da Quinta Dr. Beirão.

Porque estamos no Natal, termino desejando a todos os presentes nesta sala um Santo Natal

e um Ano novo cheio de prosperidades junto dos que vos são mais queridos.

JOÃO BARROS (PSD) – Estamos prestes a chegar ao Natal e ao final do ano 2006.

Este ano que agora termina fica marcado por três acontecimentos de grande relevância

politica um pela positiva e dois pela negativa.

O primeiro foi, sem sombra de dúvidas, a eleição do Sr. Presidente da República e

permitam-me que acrescente que tem tido uma postura de um verdadeiro estadista e

garante do bom funcionamento das instituições democráticas. Pela sua postura e pelo seu

posicionamento congratulamo-nos com a actuação do Senhor Professor Cavaco Silva.

Em segundo lugar quero realçar o facto deste ano ter sido um ano de particular sacrifício e

sofrimento do povo Português. Temos sido sistematicamente chamados para novos

sacrifícios, com um aumento substancial da carga fiscal, do aumento desmesurado dos

bens de consumo e de primeira necessidade e de uma enorme arrogância do Senhor

Primeiro-ministro.

O actual governo faz passar para a opinião pública a mensagem que o mal deste país são

os funcionários públicos e quer à custa deles reduzir o défice, mas o mal do nosso país não

são os funcionários públicos, mas sim as politicas incorrectas que o governo tem tomado.

Como pano de fundo desta triste realidade, assistimos a uma operação sistemática e

confesso, bem conseguida, de marketing político por parte do governo e em particular por

parte do Senhor Primeiro-ministro que anunciou recentemente a descida dos impostos

para o ano de 2010. Com estas operações de propaganda podemos considerar que o

Governo já iniciou a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2009.

Em terceiro e último lugar, quero lembrar que nos deparamos diariamente com um

conjunto de medidas politicas do actual governo no âmbito da saúde, da educação e das

finanças locais que penalizam fortemente os cidadãos que vivem no interior do país, como

é o nosso caso.

Termino formulando dois votos:

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1.º - Que o ano de 2007 seja um ano mais próspero e feliz para todos os portugueses e de

preferência com um melhor Governo.

2.º - A bancada do PSD deseja a todos os membros desta Assembleia um Bom Natal e um

Bom Ano de 2007.

MARIA LAURINDA SANCHES (PS)

Nos dias 23 e 24 de Novembro, foi levada ao palco do Cine-Teatro de Castelo

Branco, a peça de teatro “A Viagem” da autoria de José Pires, um conterrâneo nosso – o

que muito nos honra – deputado desta Assembleia e também da Assembleia Municipal de

Castelo Branco, membro do Partido Socialista, referência intelectual desta cidade, com

reconhecido mérito na classe docente e não só.

Castelo Branco dá valor às suas gentes. O grupo de teatro, Pais & Companhia, que a

representou, encantou uma sala repleta de crianças, muitas crianças e também muitos

adultos.

Tive o prazer de poder assistir à representação, E, tenho de dizer que foi um serão

de puro prazer. Houve espaço para risos e para reflexão. Diverti-me verdadeiramente.

É um privilégio para as escolas de 1º ciclo do Ensino Básico de Castelo Branco onde

a obra está a ser estudada, poder contar com a presença do autor. De facto, sei que José

Pires se tem deslocado às escolas. Conhecendo as excelentes qualidades de comunicador

de José Pires, brilhante contador de histórias, fácil é imaginá-lo no meio das crianças a

discutir os aspectos fundamentais da obra e outras questões da vida. A peça aborda as

grandes preocupações e os paradigmas da vida moderna: a preservação da Natureza, o

desenvolvimento tecnológico, os direitos fundamentais do Homem, como por a Liberdade,

a questão dos valores…

Esta obra, A Viagem, é assim um excelente instrumento para contribuir para a

Educação das crianças. Por isso, parabéns José Pires!

Parabéns também à Junta de Freguesia de Castelo Branco que, mais uma vez,

apadrinhou uma iniciativa cultural, contribuindo financeiramente e na divulgação da

representação da peça. Parabéns aos Pais, como não podia deixar de ser, pelo trabalho e

empenho que evidenciaram, mostrando que é bom ir ao teatro, é bom fazer teatro.

A todos, um Bom Natal, em Paz e na companhia de quem mais amam e um Feliz Ano

2007.

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Muito obrigada.

JOSÈ PIRES (PS) – Eu estou um bocado encavacado com esta intervenção anterior que não

estava à espera.

Agradeço-a, mas acho que principalmente é de agradecer ao trabalho daquela equipa de

pais e professores que há vários anos desenvolvem um trabalho notável, para com as

crianças do 1.º Ciclo da Cidade de Castelo Branco, e um trabalho amador, mas com a

exigência e o rigor do trabalho profissional. Só quem não conhece ou nunca viu o trabalho

desenvolvido, a qualidade dos cenários, o cuidado com a montagem, a música, etc. e

principalmente a preparação que é feita nas escolas através do Professor Joaquim Rafael

que é quem coordena a divulgação das diferentes Obras, porque este ano calhou-me a

mim por felicidade minha, mas têm sido trabalhadas obras doutros Autores como Alice

Vieira e outros. Só quem não conhece esse trabalho é que pode valorizar o autor, quando

deve ser valorizado o trabalho da equipa muito mais que o do autor.

Aquilo que me traz hoje aqui, a intervenção é para ser muito rápida, até porque temos mais

coisas para tratar, de alguma maneira e sem esperar diga-se com esta anterior.

De facto esta equipa do Grupo de Teatro Pais & Companhia procura construir também à

sua maneira, na sua medida as identidades necessárias numa Comunidade como a de

Castelo Branco e não há muito, duma freguesia urbana, como há bocadinho, e bem, o Luís

Barroso designou.

AS AUTARQUIAS E A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

Depois de 30 anos fundamentais para a vida das populações, fala-se hoje e cada vez mais

de poder local. Para o bem e para o mal. De acordo com valores ou interesses, mas

esquecendo, quando não ignorando, que o poder local, melhor dizendo as autarquias,

implicam, antes de mais, uma referência a uma identidade local, para além de remeterem

para um espaço geográfico limitado, envolvendo uma partilha de modos de vida ou de

estilos de vida comuns e ainda um contexto de relações sociais que, embora diferenciando

cada indivíduo, imprime um quadro comum de atitudes e de valores.

Por um lado, as autarquias têm na sua adesão ao “espírito do lugar” uma das suas fontes de

legitimidade: é deste modo que afirmam reiteradamente uma defesa intransigente dos

valores locais e dos interesses das populações que representam.

Por isso, os eleitos locais que não estejam claramente identificados com a população quem

representam ou querem representar terão certamente dificuldades acrescidas para fazer

valer os seus argumentos.

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As autarquias não se limitam a representar a população: de certo modo, conferem

identidade às comunidades que servem, confundem-se com elas, no bom sentido da

palavra.

Assim, a existência de clivagens sociais tendem a diluir-se, sendo a conflitualidade

normalmente transportada para uma luta pela defesa da comunidade, tendo por

adversários entidades mais ou menos difusas (a burocracia, a insuficiência de recursos e

certos grupos de interesse, naturalmente mais identificados nas oposições e por estas, ao

não terem poder executivo).

Por isso as autarquias se projectam em duas identidades organizativas: As Câmaras

Municipais e as Juntas de Freguesia.

Às Câmaras Municipais cabe-lhes a construção das identidades colectivas de proximidade,

chamando todas as freguesias a projectos e acções comuns e concertadas. Obrigando-se a

um trabalho social mais abrangente, desenvolvem, fundamentalmente, um trabalho

político, projectivo e estratégico.

Às Juntas de Freguesia cabe-lhes a compreensão das identidades sociais específicas, de

vizinhança, aproximando os projectos e as acções às pessoas e nos grupos os mesmos

princípios de compreensão e vizinhança.

Obrigando-se a um trabalho político mais específico, desenvolvem, fundamentalmente, um

trabalho social.

Esta é a diferença que importa ter como referência para se fazerem todas as contas,

apontarem todos os acertos e todas as falhas.

O balanço faz-se aqui: entre o trabalho de proximidade das Câmaras Municipais e o

trabalho de vizinhança das Freguesias. Porque se complementam, de forma crítica e pró

activa, mas sem se digladiar. Porque se completam de forma integrada e sequencial mas

independente, onde não há nem correias de transmissão ou entrepostos de correio. Onde

não se confundem objectivos, antes se conjugam.

A cada entidade, Câmara e Freguesia, cabe um papel específico que se complementa mas

que não deve confundir-se. Se conjuga mas não deve repetir-se. Se diferencia no âmbito

mas deve, sobretudo respeitar-se no contexto.

Nesta conjunção: complementaridade, conjunção e respeito, que balanço fazer do trabalho

da Junta de Freguesia de Castelo Branco?

Consolidou a acção anterior sem a diminuir ou desvalorizar?

Renovou o que entendeu necessário e lhe foi possível, tendo como princípios a economia

de escala e a gestão cuidada da coisa pública?

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Inovou, sem rupturas, as relações de vizinhança e promoveu a co-responsabilização e a

organização fundamentada com contrapartidas, dando sentido comunitário às suas

exigências?

Cumpriu as suas obrigações programáticas e os seus compromissos políticos, sociais e

comunitários?

Gerou vizinhança, compreendendo e respeitando as identidades sociais específicas da

comunidade que serve, para a servir?

Serviu em vez de se servir?

Conscientemente não encontramos para as questões anteriores outra resposta que não seja

o Sim.

Sim, enche-nos de orgulho o trabalho feito, tornando ainda mais aliciantes os desafios de

fazer de igual modo o que fizemos bem e de procurar fazer melhor o que não fizemos tão

bem como desejaríamos.

Sim, estamos de consciência tranquila e dispostos a não ser subservientes a nada nem a

ninguém, como sempre.

Aproveito também para desejar a todos como é habitual e deve ser feito um Bom Natal e

que descansem nos dias que aí vêm e se divirtam os que podem a comer filhoses e doces

porque são coisas muito boas.

MARIA DE JESUS AMORIM (CDU) – Venho sobretudo apresentar duas Moções, a

primeira tem a ver com a questão da saúde e a segunda também.

MOÇÃO

HOSPITAL AMATO LUSITANO

É um direito do povo ter acesso a um Serviço Público de Saúde moderno, eficaz e eficiente,

que aumente a sua esperança de vida e promova o bem-estar e a qualidade de vida. A

Constituição da República consagra esse direito e define o Serviço de Saúde (SNS) como o

instrumento fundamental da sua concretização.

Recentemente, a população dos distritos de Castelo Branco e da Guarda foi surpreendida

com notícias formação de um Centro Hospitalar da Beira Interior, que introduziria

alterações profundas nas estruturas hospitalares, designadamente nos hospitais de Castelo

Branco, Covilhã e Guarda.

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Entretanto, a população do Concelho de Castelo Branco teve conhecimento de uma

situação de crise interna no Hospital Amato Lusitano que começa por preocupar os clínicos,

enfermeiros e restantes profissionais de saúde que ali trabalham, e acaba por trazer

enormes preocupações a todos os utentes, até porque o Concelho de Administração prima

pela falta de diálogo interno e falta de explicações a diversas entidades e à população.

Uma transformação ou outra qualquer alteração nas estruturas de saúde do distrito, que

envolva qualquer hospital da Beira Interior deve ser esclarecida e discutida com todas as

entidades e as respectivas populações. Saber quais são as implicações positivas ou

negativas para os profissionais e para os utentes de todas as unidades, sejam elas de

Castelo Branco, Covilhã ou da Guarda, já que todas elas são fundamentais para as

populações que servem.

No que concerne ao Hospital Amato Lusitano em Castelo Branco, tendo em conta, que

atingiu um desenvolvimento verdadeiramente notável há 26 anos, com serviços

prestigiados a nível nacional, mas que apresenta no momento que passa, um progressivo

definhamento que coloca em causa a permanência de várias valências fundamentais para

um hospital que tem prestado enormes serviços à região, como é o caso do serviço de

Cardiologia, considerado o melhor serviço dos três hospitais.

Informações dão-nos conta de enormes preocupações com a falta de cardiologistas na

urgência aos sábados, domingos e feriados, o que coloca em causa a assistência aos

utentes que nesses dias tenham que recorrer a este hospital.

É absolutamente necessário acabar com o economicismo cego vigente, mantendo as

unidades de saúde ao serviço das populações, realizando uma planificação de serviços

segundo os princípios de proximidade e racionalidade, avaliando as condições de

instalações e equipamentos, dotando-os de meios técnicos e de profissionais para

cumprirem a sua função com eficiência.

Considerando todos os estes aspectos e outros que precisam ser esclarecidos, os

deputados da Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, preocupados com o ambiente

de crise que se vive numa área tão sensível como é a da saúde e com os reflexos negativos

que se possam reflectir nas populações, manifestam a sua apreensão pela situação e

chamam a atenção para as autoridades responsáveis, tais como o Concelho de

Administração, Comissão Regional de Saúde, Câmara Municipal e Governo Civil.

Castelo Branco, 14 de Dezembro de 2006

MOÇÃO

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PELA PARTICIPAÇÃO E PELO SIM NO REFERENDO SOBRE A DESPENALIZAÇÂO

DA IVG

1. Considerando que as principais causas que levam as mulheres a recorrer à

interrupção voluntária da gravidez (Aborto) não se encontram contempladas no

actual quadro legal Português;

2. Considerando que esta situação impõem o recurso ao aborto clandestino, com

consequências nefastas para a saúde sexual e reprodutiva e, mesmo para a vida

das mulheres, sujeitando-as ainda, a processos de investigação, à devassa da

sua vida privada, a julgamentos e condenações que envergonham o país;

3. Considerando que compete ao estado garantir, às mulheres que necessitam

interromper a gravidez condições de segurança para a sua saúde e, a

salvaguarda da sua dignidade;

4. Considerando a aproximação da realização de um Referendo Nacional sobre a

despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez;

A Assembleia de Freguesia de Castelo Branco reunida no dia 14 de Dezembro do ano de

2006 decide:

Apelar ao debate sereno e esclarecedor na sociedade Albicastrense, por

forma a permitir o VOTO consciente e responsável das e dos cidadãos

eleitores;

Reclamar a superação das insuficiências em matéria de acesso ao

planeamento familiar e à implementação da Educação Sexual nas escolas,

bem como o cumprimento da legislação de protecção da Maternidade e

Paternidade.

Empenhar-se activamente para as cidadãs e cidadãos eleitores se

pronunciam maioritariamente pelo SIM À DESPENALIZAÇÃO DA IVG.

Castelo Branco, 14 de Dezembro de 2006

Aproveito desde já para: em Dezembro, num momento que é de Paz, de Solidariedade e de

Amor, saudar-vos a todos em Vosso nome e àqueles que Vocês representam, mas

sobretudo saudar os trabalhadores que neste Natal se encontram em circunstâncias mais

desfavorecidas nomeadamente pelo desemprego e pelas Politicas Sociais que têm sido

levadas a cabo, saudando a sua capacidade de Resistência e de Luta.

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PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA –Terminadas as intervenções do Período de Antes da

Ordem do Dia, temos duas Moções apresentadas. Eu quanto à Moção da despenalização

tenho muitas dúvidas se nós a havemos de pôr à votação, porque isto é um problema

pessoal, é um problema individual, é um problema partidário e não sei se as pessoas

querem votar uma Moção em que diz: “SIM À DESPENALIZAÇÃO DA IVG”. A Mesa tem

pena, mas não a porá à votação porque acho que é um problema muito pessoal, a não ser

que a queira remeter para a Assembleia e se esta entender que deve ser posta à votação

eu ponho-a votação.

MANUEL CANDEIAS (PSD) – Pode ler o último parágrafo?

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – O último parágrafo diz: Empenhar-se activamente para

as cidadãs e cidadãos eleitores se pronunciam maioritariamente pelo SIM À

DESPENALIZAÇÃO DA IVG.

MARIA DE JESUS AMORIM (CDU) – Se retirar o último parágrafo pode ser posta à

votação?

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – A Moção primeiro tem que ser apreciada pela Mesa e a

Mesa pode decidir pô-la à votação ou não pôr. Evidentemente que a Assembleia tem o

direito de se pronunciar se concorda com a Mesa ou não e evidentemente que é a

Assembleia que é soberana e não é a Mesa. Mas a Mesa pelo último parágrafo não a põe à

votação. Se retira o último parágrafo, a Mesa põe-a à votação. Dá-me licença que risque o

último parágrafo?

Então temos duas Moções: uma sobre a Despenalização do IVG e a outra sobre o Hospital

Amato Lusitano.

JOSÉ BERNARDINO (PS) – Em relação à primeira Moção que foi apresentada pela

deputada da CDU, gostava de dizer algumas considerações.

Primeiro, em relação ao Centro Hospitalar ou futuro do Hospital Amato Lusitano todos nós

temos a preocupação. Dizer também que me considero Albicastrense e enquanto isso

estou muito preocupado. Quero dizer também que o Concelho de Administração deste

hospital tem o meu voto de confiança.

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Em relação há crise que o hospital atravessa gostava de dizer o seguinte, se essa crise

existe, partirá primeiro das pessoas que a promovem essa crise, sendo elas bem

identificadas e sabemos nós e sabemos todos nós o que se passa em relação à promoção

dessa crise.

Foi aqui dito que não há diálogo pelo Concelho de Administração. Eu acho estranho,

quando sei que o Concelho de Administração diariamente tem um horário disponível para

todos os funcionários do hospital, para médicos, enfermeiros irem junto do Concelho de

Administração e pedir esclarecimentos sobre aquilo que entenderem e não o fazem.

Eu pergunto, que diálogo querem mais? Quanto têm essa possibilidade e não utilizam essa

possibilidade.

Será melhor vir para os jornais?

Será melhor fazer pseudo reuniões?

Ou querem publicamente, expor-se publicamente para vir exigir e requerer dividendos

políticos?

Eu acho que esse não é o melhor caminho, de certeza que esse não é o melhor caminho.

Gostava de dizer o seguinte, e dizer a essas pessoas que dizem que há uma crise no

hospital, perguntar quem é que a fez. E sabendo que essas pessoas promovem a crise,

fazem a crise e mais dizem inverdades para a opinião publica, sabendo que e sabemos

todos nós, que não é repetindo muitas vezes uma mentira que se torna verdade.

Gostaria também de dizer o seguinte, em relação a este tema, que economicismo não é

uma questão que aqui está em causa, ou melhor é mesmo o economicismo, porque o

dinheiro a todos custa a dar e não é ao loby que existe dentro do Concelho de

Administração e com exigências e com chantagem que irão levar o Concelho de

Administração a ceder a lobys que estão dentro do hospital, há muitos anos e que todos nós

conhecemos, mas ninguém tem coragem de falar.

Queria dizer também o seguinte: em relação à IVG, é bem sabido que todos nós, o Partido

Socialista e nomeadamente um organismo do qual fiz parte durante dezasseis anos que é a

Juventude Socialista, que a IVG sempre foi uma bandeira e que eu pessoalmente enquanto

Cidadão e enquanto membro do Partido Socialista irei lutar afincadamente pelo sim sobre

o direito à mulher recorrer (pelo menos até às dez semanas) a interromper a sua gravidez.

Obrigado

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA - Em primeiro lugar ponho à Votação a 1.ª Moção que

foi apresentada pela CDU, sobre o ―Hospital Amato Lusitano‖.

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A 1.ª Moção – apresentada pela CDU foi rejeitada por maioria com: 11 Voto Contra, 7

Votos a Favor.

Seguidamente passou-se à discussão da segunda Moção apresenta pela CDU - PELA

PARTICIPAÇÃO E PELO SIM NO REFERENDO SOBRE A DESPENALIZAÇÂO DA IVG.

JOSÉ PIRES (PS) – Só gostava de dizer o seguinte, eu acho que foi bom ter-se retirado o

último parágrafo desta Moção, porque cabe aos organismos do Poder Local, às Autarquias,

às Juntas de Freguesias, às Câmaras Municipais, a todas as Instituições com

responsabilidades comunitárias, mobilizarem as pessoas para a participação, para o

debate e para a discussão. Mas cabe também aceitar, as posições contrárias, eu sou a favor

desta Moção, sou a favor da Despenalização do Aborto, aliás digo mais seria a favor de

medidas ainda mais drásticas, chamemos-lhe entre aspas do que estas, mas estas já são na

minha opinião suficientes para resolver muitos problemas.

Mas sou também muito a favor, do respeito por aqueles que por razões ideológicas,

religiosas, sociais ou outras são contra esta proposta que vai estar em referendo.

E neste sentido, cabe-nos mobilizar para a reflexão, mas não cabe induzir o voto. E

portanto eu acho que foi bom retirar-se o último parágrafo porque senão era

necessariamente admissível e até incompreensível.

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA - Ponho à Votação a 2.ª Moção apresentada pela CDU –

PELA PARTICIPAÇÃO E PELO SIM NO REFERENDO SOBRE A DESPENALIZAÇÂO

DA IVG. Retirando o último parágrafo com a concordância da autora da Moção.

Foi a mesma aprovada por maioria com: 3 Votos Contra, 4 Abstenções e 11 Votos a

Favor.

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA

1. Informações do Presidente da Junta

PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Estamos numa altura festiva, numa altura de

Natal e não é que a qualquer uma das intervenções que foi tida aqui, não mereça a nossa

atenção, mas como é Natal, eu prefiro, enfim, passar um pouco por cima.

Considerar que já houve aqui algumas respostas que foram dadas e se não se importam

respondendo também ao desafio da deputada Ana Belo que o ano passado leu aqui um

poema e este ano também, a minha resposta, é um poema que se chama “Dia de Natal” de

António Gedeão.

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Dia de Natal

Hoje é dia de era bom.

É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,

de falar e de ouvir com mavioso tom,

de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,

de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,

de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,

de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.

É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,

como se de anjos fosse,

numa toada doce,

de violas e banjos,

Entoa gravemente um hino ao Criador.

E mal se extinguem os clamores plangentes,

a voz do locutor

anuncia o melhor dos detergentes.

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De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu

e as vozes crescem num fervor patético.

(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?

Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.

Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.

Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas

e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,

com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,

cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,

as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,

ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.

É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,

como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.

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Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.

E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento

e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.

Naquela véspera santa

a sua comoção é tanta, tanta, tanta,

que nem dorme serena.

Cada menino

abre um olhinho

na noite incerta

para ver se a aurora

já está desperta.

De manhãzinha,

salta da cama,

corre à cozinha

mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza

da matutina luz

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aguarda-o a surpresa

do Menino Jesus.

Jesus

o doce Jesus,

o mesmo que nasceu na manjedoura,

veio pôr no sapatinho

do Pedrinho

uma metralhadora.

Que alegria

reinou naquela casa em todo o santo dia!

O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,

fuzilava tudo com devastadoras rajadas

e obrigava as criadas

a caírem no chão como se fossem mortas:

Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!

E fazia-as erguer para de novo matá-las.

E até mesmo a mamã e o sisudo papá

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fingiam

que caíam

crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,

Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,

de Sonhos e Venturas.

É dia de Natal.

Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.

Glória a Deus nas Alturas.

Feliz Natal para todos.

E relativamente ao período de informações, também duma forma muito rápida dizer–vos

que desde a última Assembleia que foi realizada, salvo erro, dia 28 de Setembro até hoje o

que achamos que é importante referir aqui:

- O arranjo de caminhos rurais, na Senhora de Mércules, no Monte de S. Martinho, no

Parque de Campismo, no Ribeiro da Seta e no Penedo Gordo entre Salgueiro do Campo e a

Taberna Seca.

- Obras na Cidade, o muro no Bairro do Tostão e reparação e pintura nos Cemitérios de

Taberna Seca e Lentiscais.

- Em termos de Organização Interna, acho importante referir que a Junta de Freguesia

adquiriu muito recentemente Softwere de Gestão, de POCAL, Canídeos, Património,

Cemitérios, Vencimentos e Gestão Administrativa, que julgo que vai dar um impulso e um

aumento de qualidade nos Serviços que a Junta de Freguesia pode prestar aos cidadãos. E

portanto é um processo que se inicia agora que vai demorar algum tempo, que vai ser de

alguma forma moroso e complicado, mas quando terminar estaremos à altura de

corresponder àquilo que os munícipes esperam de nós, que é um Serviço melhor.

- Em termos de Apoio Social, gostava de dizer que apoios financeiros que demos

especificamente para a época de Natal distinguimos:

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A paróquia de Nossa Senhora de Fátima

A Caritas Diocesana

Os Bombeiros Voluntários

A ACAPO

O Centro Social da Taberna Seca

Associação Desportiva da Taberna Seca

O Centro Social dos Lentiscais

O Concelho Central Vicentino

Obra de Santa Zita

Associação da Criança Deficiente

O Corpo Nacional de Escoteiros - Agrupamento 160

Associação de Escuteiros de Portugal – Grupo 67

Associação Portuguesa de Deficientes

Os Agrupamentos de Escolas, Afonso de Paiva, João Roíz, Escola B2/3-Cidade de

Castelo Branco e Escolas Farias de Vasconcelos.

Nos que diz respeito às Escolas, com é hábito a Junta de Freguesia fez uma oferta de 2

euros e meio por cada Criança para serem compradas as prendas de Natal.

Quero também informar, que em articulação com as Associações de Bairro e com outras

Instituições, a Junta de Freguesia vai fazer a oferta de cinquenta Cabazes de Natal, a

pessoas carenciadas da nossa Freguesia.

E, portanto relativamente a isto era só, estarei naturalmente à disposição para algum

esclarecimento que seja necessário, acerca destas e de outras questões da Actividade da

Junta de Freguesia.

MANUEL CANDEIAS (PSD) – Aproveito uma vez que vim cá queria desejar a todos Boas

Festas e um Bom Ano.

Senhor Presidente, penso que percebi bem que teria adquirido um Softwere para o

POCAL, Isso quer dizer que a contabilidade da Junta de Freguesia vai passar a ser feita

aqui?

PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA - Já é, sempre foi.

MANUEL CANDEIAS (PSD) – Mas não utilizavam o POCAL?

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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Utilizamos o POCAL, só que é outro Softwere,

doutra empresa.

2- Apreciação e Votação da Proposta n.º 2/2006: Alteração à Tabela de Taxas.

PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Relativamente há questão que o Sr. deputado

Manuel Candeias aqui colocou, portanto que fique claro, nós já tínhamos o POCAL,

tínhamos o softwere doutra empresa e portanto a contabilidade da Junta de Freguesia já

era feita cá.

Este é um POCAL diferente, eventualmente mais completo e que faz a articulação entre

todos estes módulos que nós comprámos e vai portanto introduzir aqui, julgo eu, mais

alguma eficiência, alguma qualidade em termos do serviço.

Relativamente a este ponto que estamos agora a discutir que faz parte da Proposta n.º

2/2006 e portanto que se submete à aprovação da Junta de Freguesia diz respeito à

Alteração da Tabela de Taxas.

Que alteração é esta? Portanto consubstancia-se nos seguintes pontos:

A tabela de taxas anterior previa que nos Atestados de Candidatura ao Ensino Superior e

nas Certidões de Assistência Judiciária houvesse isenção. O que se propõe agora nesta

nova Tabela de Taxas que se submete à apreciação da Assembleia de Freguesia é que

estas Taxas passem a ser de dois euros.

E para além disso, não havia anteriormente na Tabela de Taxas a possibilidade de haver o

pedido de isenção, nesta nova já tem. O que é que se passa? Esta ideia consubstancia-se

nos aspectos fundamentais do Plano de Actividades que na nossa opinião previam uma

diminuição das despesas e um aumento das receitas e portanto o que pretendemos com

isto é que todos ou quase todos os serviços que são solicitados à Junta de Freguesia sejam

pagos, nomeadamente estes Atestados que eu falei agora. Só que com uma diferença,

naturalmente que anteriormente neste tipo de Atestados que eu referi não pagava a pessoa

que tinha posses, tal como não pagava a pessoa que não tinha posses e neste agora com

esta alteração pode haver a solicitação de isenção e nesta perspectiva consegue-se fazer

mais alguma justiça, fazendo com que as pessoas que não podem pagar, continuem a não

pagar e aqueles que podem pagar paguem.

A outra questão que se faz aqui uma ligeira alteração, é que há um agravamento no que diz

respeito aos requerentes que não pertençam a esta Freguesia, que não estejam aqui

recenseados. Portanto neste caso, os requerentes que venham pedir por exemplo um

Atestado de Residência e que não estejam aqui inscritos e recenseados têm um

agravamento de 100%.

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Portanto o que tentamos com isto no fim de contas é uniformizar um pouco esta Tabela de

Taxas com o que se passa na maioria das freguesias não só do nosso Concelho como do

nosso País e portanto prevê-se na mesma aqui que os mais desfavorecidos, aquelas

pessoas que não tenham condições para pagamento dos serviços o não façam. Queria só

dizer que relativamente a todos os outros aspectos, isto só tem incidência este

agravamento, nos serviços diversos e comuns, que são os Atestados, as Certidões e as

fotocópias, em tudo o resto nomeadamente no que diz respeito a Cemitérios e Cedência de

Instalações a Tabela de Taxas é exactamente igual àquela que estava em vigor no ano

passado. Portanto isto é para vigorar a partir de 2007.

LUCIANO ALMEIDA (PSD – O esclarecimento que eu pretendia é aqui na Tabela de

Taxas, que nos foi entregue e que estamos aqui a analisar:

- Aqui neste Atestado de Candidatura, que estava isento na Tabela antiga agora foi

aplicada a taxa de dois euros. Porque motivo Senhor Presidente?

- Aqui em baixo nas Fotocópias, dá-me a ideia de duplicação de custo. Há aqui uma

Certificação de fotocópias até quatro páginas dez euros, depois a partir da quinta página

por cada página a mais um euro e vinte cinco cêntimos. Paga mais um euro e vinte cinco

cêntimos?

- Aqui em baixo a Impressão a A4 a preto e branco dez cêntimos a impressão a cores…,

parece que há aqui uma sobreposição.

- Aqui na Cedência das Instalações, há alguma isenção por exemplo para os Partidos

Políticos, para as Associações? Quem quiser fazer uma reunião fica isento desta taxa?

Muito Obrigado.

PRESIDENTE DA JUNTA DE PREGUESIA – Respondendo às suas questões.

- Perguntou porque é que era isento e passou para dois euros. Exactamente por aquilo que

eu disse. O que se tentou com este Plano de Actividades foi aumentar as receitas e diminuir

as despesas e a única maneira que nós temos de aumentar as receitas é exactamente no

que diz respeito aos valores aqui da Tabela de Taxas.

Senão repare: vem aqui uma pessoa que pode ter muitas posses e pode vir outra pessoa ao

mesmo tempo, que não tem posses nenhumas. Ninguém paga. E, acho que é um serviço

que deve ser pago. È o mínimo que acontece, porque há pessoas que vêm aqui e quando

se diz que não é nada, dizem: - “Não é nada? Então não tem que se pagar nada?”

Quer dizer no fim de contas acaba por ser o pagamento de apenas um serviço

administrativo. Não é por dois euros, se as pessoas não tiverem posses é evidente que não

pagam. Agora para quem tem posses é uma questão de justiça relativa. Quem tem posses

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acaba por ajudar a pagar, o papel, a impressão e os serviços que as funcionárias

desempenham.

Porque é que não foi um euro? Portanto a ideia que houve foi para unificar os preços dos

serviços, o mínimo é de dois euros e portanto também é um pouco à semelhança do que

acontece com as Freguesias aqui há volta. Esta Tabela de Taxas da Junta de Freguesia de

Castelo Branco é das mais baixas que existem aqui na nossa região.

- Quanto à questão que colocava não há duplicação, repare as impressões são por exemplo

quem vai à Casa do Arco do Bispo consultar a Internet e queira fazer uma impressão, paga

por uma impressão que queira fazer.

- A Certificação de fotocópias é uma pessoa que chega aqui com um determinado

documento que quer que a Junta de Freguesia certifique que aquele documento é

autentico, portanto há uma cópia que é igual ao original e portanto nesse aspecto são

coisas completamente diferentes.

Só mais um pormenor que eu me tinha esquecido é que nesta Tabela de Taxas nova, já não

vem a Licença para Queimadas, houve uma revogação da delegação de competências que

a Câmara Municipal tinha feito para as Freguesias e já não vem aqui nos Serviços Diversos

e Comuns, a questão das licenças para Queimadas que agora são todas feitas na Câmara

Municipal.

- A questão das isenções portanto em termos de instalações, repare é assim:

Por norma, embora isso não esteja devidamente escrito, todas as Entidades Colectivas e

que sejam de interesse público, ou seja as Associações não pagam. Só pagam aquelas que

têm intuito comercial. Por exemplo se vier uma empresa que queira vir fazer a

demonstração de um material com o objectivo comercial, aí paga.

De resto mais ninguém paga, desde Associações Cívicas, Políticas, Desportivas, qualquer

uma não paga. Portanto também é uma maneira de nós colaborarmos na actividade dessa

Colectividade, portanto cedermos as instalações.

Acho que fui claro relativamente a isto. Obrigado.

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – Ponho à Votação o ponto n.º 2 - Apreciação e

Votação da Proposta n.º 2/2006: Alteração à Tabela de Taxas, sendo a mesma

aprovada por maioria, com 6 Abstenções e 13 Votos a Favor.

3- Apreciação e Votação dos Documentos Previsionais para o Ano de 2007 –

Plano de Actividades e Orçamento 2007.

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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Plano de Actividades e Orçamento de 2007,

que foi entregue e portanto aquilo que eu ia mostrar aqui no fim de contas era ressaltar

alguns pontos que eram de alguma forma importantes, mas como não é possível ver,

podem ouvir.

Este Plano de Actividades e Orçamento para 2007, achamos nós, que é um conjunto de

elementos que são rigorosos, que procurámos que fossem realistas e orientados para

servir o melhor possível, todos os Cidadãos.

Reflecte-se também de alguma forma, uma estratégia iniciada no ano passado em 2006 e

baseado no programa eleitoral que submetemos à aprovação do eleitorado nas eleições de

2005.

É um Orçamento que promove e na medida do possível a redução das despesas correntes

designadamente a despesa de funcionamento e tenta na medida do possível também

aumentar as despesas de capital, ou seja, o investimento. Portanto tentámos com este Plano

de Actividades reduzir aquilo que era supérfluo e tentar aumentar os investimentos.

As prioridades deste Orçamento e deste Plano de Actividades apontam para o

Investimento no Apoio Social, na Cultura e no Desporto em articulação com todos os

actores da nossa sociedade nos termos do Regulamento que já foi aqui aprovado. O

Regulamento de Apoios Financeiros às Entidades da Freguesia.

É um Orçamento e um Plano de Actividades que também procura fazer uma aposta na

qualidade dos Serviços Prestados aos Utentes e que dalguma forma já vos falei há pouco,

com a aquisição do novo Softwere, no sentido de prestarmos um melhor serviço aos nossos

utentes e finalmente prestigiar e dignificar a nossa Freguesia.

Este Orçamento tem o Valor Global de 435.320,00 Euros, que se desagrega em termos de

Receitas Correntes no valor de 427.760,00 Euros, Receitas de Capital no valor de 7.560,00

Euros, Despesas Correntes no valor de 347.100,00 Euros e Despesas de Capital no Valor de

88.220,00 Euros.

A redução das Despesas. Nós tentámos fazer a redução das despesas em parte, na questão

de pessoal e a outra parte nas verbas dos Apoios Financeiros concedidos.

No que diz respeito aos Apoios Financeiros os elementos que tenho para vos oferecer são

os seguintes:

Em 2005, com o Orçamento de 455.459 Euros, a Junta de Freguesia atribuiu Apoios

Financeiros no valor de 154 Mil Euros ou seja 33,81% do Orçamento da Junta de Freguesia

foi para Apoios Financeiros.

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Em 2006, este ano que está a terminar o valor do Orçamento era de 508.356,00 Euros e

fizemos uma atribuição de apoios Financeiros no valor de 130 mil euros, portanto 25,57%

do Orçamento era para Apoios Financeiros.

Em 2007, com o Orçamento de 424.378,00 euros, temos 100 mil euros de subsídios ou seja

23,56%, ou seja no que diz respeito a 2005, 2006 e 2007, 33,81, 25,57 e 23,56. E portanto

esta é uma questão que dalguma forma nos preocupa, achamos que é importante o papel

que as Colectividades desempenham mas temos que ainda fazer um esforço no sentido de

baixarmos mais esta verba de apoios financeiros, para outras entidades.

De 2006 para 2007, estes apoios caem 23,08%, quando o Orçamento cai 14,37%,

relativamente ao ano passado. No que diz respeito ainda a uma comparação entre 2006 e

2007, as Despesas Correntes caem de 471 mil para 428 mil portanto há aqui uma redução:

nas Despesas Correntes 2006 – 428.836,00

2007 – 347.100,02

Em termos de Despesas Correntes há uma diminuição de 19,06%.

Nas Despesas de Capital 2006 – 79.520,00

2007 – 88.220,00

Nas Despesas de Capital houve um aumento de 10,94%

O Orçamento global em 2006 era 508.356,00 e em 2007 de 435.320,02.

Portanto o Orçamento cai 14,37%.

Em relação às Receitas:

As Receitas de Correntes em 2006 – 463.166,00

2007 – 427.760,02

As Receitas Correntes caem 7,64%.

As Receitas de Capital em 2006 – 45.190,00

2007 – 7.560,00

Portanto uma diferença de menos 83,27%.

A desagregação da despesa ou seja onde é que a Freguesia vai gastar o seu Orçamento no

ano de 2007 é em Despesas com pessoal: 114.500,00; Aquisição de bens e serviços:

142.050,00; Transferências Correntes: 87.500,00; Outras Despesas Correntes: 3.050,00; não

é um dado significativo, isto no que diz respeito a Despesas Correntes.

Em termos de Despesas de Capital, Aquisição de bens de capital: 59.720,00;

Transferências de capital: 28.500,00.

A receita vem de onde? Vem do seguinte: Transferências correntes: 93,93%, vem do Fundo

de Financiamento das Freguesias, com cerca de 400 mil euros. Depois temos: Taxas, Multas

e outras penalidades e aqui entra aquela questão que há pouco vimos da alteração da

Tabela de Taxas, 17.692,00 euros, portanto isto corresponde a 4,14%.

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Depois, no que diz respeito a Capital, Venda de bens de Investimento são 2.540,00;

Transferências de capital 5.000,00 e portanto são os valores fundamentais. Portanto as

receitas como eu disse há pouco provêm duma tentativa do pagamento dos Serviços

administrativos e da redução das isenções previstas na Tabela de Taxas.

Quanto ao Plano de Actividades, ele está aí, todos tiveram com certeza oportunidade de o

ver, e portanto aquilo que se tentou de alguma forma, foi manter aquilo que vinha, em

termos de passado no que diz respeito à Junta de Freguesia, o que tentámos foi sempre,

desenvolver e fazer acções, projectos e programas, que perspectivem o progresso, o

desenvolvimento e o bem - estar do Cidadão.

Naturalmente que o Orçamento que temos é muito curto, e portanto não permite grandes

questões, grandes alterações, naturalmente que é sempre possível fazer mais,

naturalmente que é sempre possível fazer melhor, mas eu só gostava de recordar que nós,

este Executivo, comigo à frente, estamos cá há um ano e portanto um ano é muito pouco

para fazer determinado tipo de coisas.

Naturalmente que (como foi aqui dito há pouco no Período de Antes da Ordem do Dia) e

pondo um pouco em causa o papel da Freguesia de Castelo Branco, eu julgo que todos nós

estamos aqui , com boa vontade e com espírito positivo para fazer algo que resulte num

benefício e em bem estar para os nossos Cidadãos.

É evidente que há sempre a velha questão de “ Quais são as competências da Junta”,

“Quais são as competências da Câmara”, o que eu gostava de dizer relativamente a isto é

que a Junta de Freguesia está empenhada em avançar com a reedição e que volte a

funcionar, a Delegação Distrital da ANAFRE, e já promovemos algumas, nomeadamente

duas reuniões em concreto, uma aqui na Junta com algumas Freguesias e outra que

tentámos alargada a todas as Freguesias do Distrito de Castelo Branco, e portanto vamos

avançar com a Delegação Distrital da ANAFRE e eu anuncio aqui que me vou candidatar a

Coordenador. E, nessa perspectiva tive a oportunidade de participar num Conselho Geral

que a ANAFRE realizou em Lagos, no passado mês de Outubro. E o que gostava de dizer é

que esta problemática é uniformemente uma das preocupações que existe em todas as

Juntas de Freguesia, e portanto há nesta altura com a alteração que não foi possível com a

Lei das Finanças Locais, mas está a prever-se uma alteração do que sejam futuramente as

competências das Juntas de Freguesia.

Este problema não é só nosso, este problema é a nível Nacional e portanto vamos ver o que

é que poderá eventualmente acontecer.

Agora na prática aquilo que nós vamos continuar a fazer é tentar dar o melhor de nós no

sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos aqueles que dependem

directamente ou indirectamente da Junta de Freguesia.

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Naturalmente que a questão Social, é uma questão que sempre foi cara a esta Junta de

Freguesia, mesmo no mandato anterior e começou exactamente aí com a Presidência do

Clemente Mouro e portanto vai exactamente continuar e portanto nós fazemos e ainda

agora fizemos neste Natal, um esforço bastante grande para que em termos de Apoio

Social, pudéssemos fazer algo, mais do que aquilo que vínhamos fazendo e portanto já se

davam os cabazes de Natal alargou-se, procurou-se dalguma forma juntarmo-nos em

parceria com todas as Instituições da nossa Cidade que prestam também esse tipo de

apoio e fizemos o que nos foi possível dentro sempre das limitações, por um lado

financeiras, por outro lado dentro das limitações de Recursos Humanos que nós temos aqui

dentro da Junta de Freguesia.

E, com isto, não vou entrar detalhadamente na questão do Plano de Actividades, mas

naturalmente estarei à disposição para fazer algum esclarecimento, algum reparo e

também porque não, acolher alguma sugestão, alguma crítica que possa vir da Vossa

parte.

É tudo muito obrigado.

LUCIANO ALMEIDA (PSD) – Estamos na época natalícia e não é intenção da Bancada do

PSD trazer a esta Assembleia assuntos polémicos, devido à quadra que atravessamos.

No entanto não podemos deixar de fazer alguns comentários, ao Plano de Actividades

apresentado pela Junta para 2007.

Em primeiro lugar lamentar, que nenhumas das propostas apresentadas, pela Bancada do

PSD, fossem contempladas neste Plano e Orçamento.

Discordar do aproveitamento, para tecer rasgados elogios ao Governo do País, devido ao

orçamento de estado, para 2007, quando todo o País contesta a politica seguida pelo

Governo, porque a prática é de cortar.

E corta-se no Ensino, corta-se na Saúde, corta-se na Lei das Finanças Locais, corta-se no

Desenvolvimento País e corta-se provocando a desertificação de todo o País interior, com

relevância para a nossa região, e estranhamos que a Junta a que V.Exa. preside, apoie esta

politica.

Para a Bancada do PSD é uma situação muito preocupante que oportunamente, será

debatida.

No Plano de Actividades também se refere passo a citar “ Às boas relações institucionais e

conjugação de esforços por parte de todos os agentes para encaminhar e resolver

problemas que transcendem a competência da Freguesia”.

Sr. Presidente tem sido um princípio defendido por esta Bancada para a resolução de

vários problemas trazidos a esta Assembleia.

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Continuamos a discordar, o facto da Junta pretender realizar na sua Sede, cursos de

Bordados, Bainhas Abertas, Bordados de Castelo Branco e outros. Estas actividades em

nossa opinião devem ser desenvolvidas, nas diversas Associações da nossa Freguesia,

bem como a organização de Provas Desportivas, que do mesmo modo devem ser

atribuídas aos Clubes ou Associações a sua realização, com o apoio da Junta, porque com

este procedimento a Junta esvazia a actividade das Associações, contrariando os objectivos

para que estão vocacionados.

OCUPAÇÂO TEMPOS LIVRES

Congratulamo-nos por ver incluído no Plano de Actividades os OTLS, que vem ao encontro

da proposta apresentada pela Bancada do PSD na última Assembleia de Freguesia.

PATRIMÓNIO VIVO

Gostava que nos esclarecesse os objectivos, critérios e propósitos desta iniciativa.

APOIO JURÍDICO

Em que condições pretendem proporcionar apoio jurídico aos Cidadãos, quem suporta os

custos?

Este Plano de Actividades, parece-nos demasiado extenso, abstracto e repetitivo, pouco

inovador e até com observações que nada têm a ver com o exercício da Junta de Freguesia,

quando se tecem elogios ao Governo, a quem todo o País reconhece arrogância

desumanidade e falta de senso.

Lamentamos a redução dos montantes que o orçamento apresenta menos 73.035,98 € nas

receitas o que significa16,77% em relação ao orçamento de 2006.

Para terminar, quero realçar a introdução e o aspecto gráfico do documento, bem como a

demonstração das contas.

Desejando um Natal Feliz, com muita saúde e o Ano de 2007 que traga a todos os maiores

êxitos pessoais.

LAURINDA SANCHES (PS) – Gostaria de me dirigir ao Senhor Luciano, só por causa duma

frase que o Senhor Luciano disse: “ Todo o país contesta a política seguida actualmente”.

Penso que o Senhor tem estado um bocadinho distraído, ou então não tem tempo para ler

os Jornais ou para ouvir a Comunicação Social, porque dos mais diversos quadrantes

nomeadamente do PSD, a política que está a ser seguida, que é uma política de rigor, não é

definida à toa, é estratégica para o País, é apoiada, nomeadamente pelo PSD.

Portanto gostaria de deixar aqui este reparo, com todo o respeito.

Muito obrigado.

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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Relativamente a isto, alguns esclarecimentos

muito rápidos, quanto à intervenção do Sr. Deputado Luciano de Almeida.

Vamos lá ver, nós temos consciência que este Plano de Actividades não é uma coisa

perfeita, naturalmente que não, agora é acima de tudo um Plano limitado. Limitado em

termos financeiros, eu estive aqui a falar, nós não temos grande disponibilidade financeira,

repare que há bocado falei aqui nos cem mil euros que se dá de Apoios Financeiros e a

Junta tem para investir setenta e oito mil euros. Portanto ainda continuamos a ter para nós,

menos do que aquilo que damos aos outros. Nós já reduzimos de cento e cinquenta e

quatro mil euros para cento e trinta mil euros e agora para cem mil euros e para o ano

vamos ter outra vez que reduzir, porque a verdade é que depois não temos meios para

fazer o nosso trabalho.

E quando o Senhor diz a Junta organiza determinado tipo de questões, que não devia

organizar, nomeadamente Cursos de Formação e Provas Desportivas. Repare porque é que

organizamos Cursos de Formação, as pessoas procuram-nos porque querem os nossos

Cursos de Formação, e portanto Provas Desportivas organizamos duas: é uma Prova que já

vem de há dezoito anos, que é uma Prova de Atletismo; e é a Prova de Atletismo de

estrada, entre Castelo Branco e Alcains, que é uma prova dalguma forma mais ninguém faz.

Naturalmente que se pode dizer assim, mas vocês não têm condições. Não temos é

evidente que não temos. Agora a Prova é organizada sempre com o apoio técnico da

Associação de Atletismo. E portanto enquanto, no que diz respeito aos Cursos de

Formação, tivermos pessoas que nos procuram e que estão disponíveis e querem que a

Junta organize. Agora se nós organizássemos Cursos e as pessoas não se inscrevessem, os

cursos fazem-se essencialmente com pessoas, eu entendo a vossa posição, mas vocês

também têm que entender a nossa. Enquanto houver pessoas que se querem inscrever,

porque é que não havemos de fazer os Cursos. Qual é o problema? Se calhar a primeira

Entidade a fazer estes Cursos de Formação aqui em Castelo Branco até foi a Junta de

Freguesia. Não foi nenhuma das Associações. E quanto às Associações nós apoiamos as

suas iniciativas e inclusivamente disponibilizamos a Casa do Arco do Bispo para lá fazerem

as exposições no final dos trabalhos. Portanto acho que estamos a colaborar. Eu acho que

não estamos de forma nenhuma a ir contra as Associações, porque enquanto houver

mercado, enquanto houver Formandos, para esses Cursos de Formação eu não me

apercebi até agora, que nenhuma Associação deixasse de fazer os seus Cursos de

Formação, porque não tinha Formandos. Eu não me apercebi. Pode eventualmente ter

acontecido, mas portanto enquanto isto acontecer, vamos continuar.

Quanto às Propostas apresentadas pelo PSD, não foram contempladas, enfim já falou aí

nalgumas, mas sempre foi por parte desta Junta de Freguesia feitas essas Formações e

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esses OTLS, as Colónias de Férias, sempre foram feitos. Portanto vamos tentar dalguma

forma também em articulação com o Instituto Português da Juventude, porque isso também

é uma preocupação nossa, com o qual já fizemos um protocolo em 2006 e vamos fazer outro

em 2007, no sentido de podermos fazer isso.

Eu também lhe posso devolver a pergunta, tudo bem, então que é que retirávamos dali

para pormos algumas das Propostas que vocês apresentaram? Quer dizer é muito

complicado, porque é claro, enquanto as verbas não forem um bocadinho mais elevadas e

nesta altura em termos de contexto é evidente que é muito complicado.

Também em termos do apoio ao Governo que o Senhor diz : “ é um apoio explícito ao

Governo”, eu também pergunto, mas nesta altura qual era a alternativa? Qual era? Se o PSD

lá estivesse o que é que podia fazer? Não tinha que fazer a mesma coisa? Durante trinta

anos houve regabofe toda a gente sabe, e portanto culpas para todos os partidos que lá

estiveram. Agora chegou a altura de pôr as coisas em ordem e portanto eu acho que não há

outra alternativa, porque senão o que acontece é que não cumprimos os défice e depois os

Fundos Comunitários deste quadro Comunitário e do outro que vai começar, não vêm.

Então ficamos melhor? Eu acho que não. Eu acho que é a altura de pôr as coisas em ordem.

E portanto não há aqui à partida nenhuma questão de dizer assim: Há aqui um apoio ao

Governo. Naturalmente que se calhar pôr o Governo ser da nossa cor nós temos que o

apoiar, mas tem que haver acima de tudo alguma solidariedade e alguma compreensão

para o momento em que vivemos e portanto se o Governo pudesse ter outro tipo de

actuações e outro tipo de medidas, naturalmente que teria, só que não há alternativa, duma

forma credível, duma forma séria o Governo que lá estiver, seja ele qual for, agora não tem

outra hipótese senão fazer aquilo que este está a fazer. E por isso eu acho que

eventualmente quando dizem que está a fazer campanha, se calhar não está, se calhar pode

perder as eleições, mas oxalá perca as eleições, mas o País se salve, porque o País tem que

continuar, esta a alternância em termos de partidos do Governo, hoje está lá um e daqui a

uns tempos há-de estar lá outro, por isso neste aspecto e sem demagogia não temos outra

alternativa.

Quanto há questão do Património Vivo, o que nós queremos fazer no fim de contas, é dar

algum ênfase, dar algum realce ao nosso Património, e quando digo Património Vivo nesse

aspecto há aí já duas hipóteses, que a primeira é fazer uma homenagem aos Presidentes de

Juntas de Freguesia, que exerceram o cargo, nesta autarquia e estamos já a tentar já

começamos o ano passado a tentar arranjar algumas fotografias para fazer uma galeria de

fotografias dos Presidentes de Junta, tem sido um pouco difícil, mas não desistimos e vamos

continuar.

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Estamos também em termos de História, em termos de tentar refazer este Património a ir

fazer uma busca aos arquivos: Arquivo Distrital, Arquivo Municipal e inclusivamente ao

Arquivo da Paróquia, procurar saber a partir de que momento é que esta Junta de

Freguesia começou a funcionar, porque ninguém sabe, ou seja havia duas Juntas de

Freguesia dantes havia Juntas de Paróquia depois passaram a Juntas de Freguesia e Castelo

Branco em tempos houve duas Juntas de Freguesia. Portanto o que estamos a tentar saber é

a partir de quando é que passou a funcionar apenas uma Junta de Freguesia e isto deve

andar há volta de 1849, só que não conseguimos arranjar documentos, já pedimos a várias

pessoas, para além de andarmos a verificar no sentido de podermos ter este elemento

porque achamos que é importante. E portanto, com isto, procuramos olhar para a História.

Também no que diz respeito a esta situação do Património Vivo, o que estamos a procurar

fazer e tentar começar a fazer para o ano é distinguir as pessoas da Freguesia que fizeram

algo de importante e de produtivo em termos da Comunidade e portanto uma das questões

que nós vamos já fazer e já está tudo mais ou menos organizado é procurar fazer uma

recolha de usos, costumes e tradições no que diz respeito às duas áreas rurais da nossa

Cidade, no que diz respeito à Taberna Seca e aos Lentiscais. Ou seja, vamos junto das

pessoas com alguma idade, que nos podem ajudar a dizer-nos o que é que era importante,

o que é que se fazia naquela terra, nos que diz respeito aos mais variados aspectos

nomeadamente como é que se comemorava o Natal, como é que se fazia a matança do

porco, tudo no sentido de podermos recolher elementos que nos permitam, por um lado

perpetuar a memória e a história daquelas localidades e por outro lado nos dar também

uma área importante de actuação no que diz respeito a estas questões.

Ainda no Património Vivo, aquilo que vamos procurar fazer é em termos de efemérides,

procurar distinguir pessoas como por exemplo aconteceu e isso queremos fazê-lo no

próximo ano, por exemplo agora este ano como sabem a Judoca Ana Hormigo, foi campeã

Nacional de Judo. Eu acho que a Autarquia tem que se começar a preocupar com este tipo

de questões, são actos, são situações que merecem que nós olhemos para elas com algum

cuidado, com alguma atenção e portanto vamos procurar durante o próximo ano,

eventualmente quando se fizer a Semana da Freguesia, procurar também distinguir

aquelas pessoas da nossa Cidade e eventualmente também algumas colectividades, que

tenham feito algo de importante e que mereçam a nossa atenção.

Finalmente, o Apoio Jurídico, já estão a decorrer nesta altura algumas negociações, com a

Ordem dos Advogados com a Secção de Castelo Branco. Este Apoio é para ser um Apoio

Jurídico gratuito. Estamos a tentar isso e portanto marcar um dia aqui na Sede da Freguesia

que esteja aqui em que esteja aqui a Ordem dos Advogados – Secção de Castelo Branco e

que possam de alguma forma poder encaminhar as pessoas.

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As pessoas têm um determinado problema, e portanto como é que ele pode ser

encaminhado? É um problema que tem que ir a Tribunal? Que não deve ir para Tribunal?

Como é que ele pode ser resolvido? E portanto neste aspecto não tem custos. Ou seja nem

as pessoas que se socorrem deste Apoio Jurídico pagam, nem a Junta de Freguesia paga

esse Apoio Jurídico.

Portanto, na prática é um Apoio Jurídico perfeitamente gratuito não só, no que diz respeito

às pessoas, mas também no que diz respeito à Autarquia e portanto julgamos assim

também estamos de alguma forma a prestar mais um serviço a ajudar as pessoas nalgumas

situações que elas possam ter e que nas quais estão manifestamente perdidas e que

precisam ser encaminhadas, num ou noutro sentido.

Relativamente a isto, acho que respondi mais ou menos a tudo, naturalmente agradecendo

a sua preocupação e as suas questões.

LUCIANO ALMEIDA (PSD) – Esse Apoio Jurídico é para toda a gente?

PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA - É para toda a gente, nós naturalmente ainda

não sabemos muito bem como isto vai funcionar e qual vai ser a procura, o que me parece

é que vai ter de haver inscrições, para que as pessoas não possam aparecer todas, enfim

ao mesmo tempo. Vamos ver também quando é que a Ordem dos Advogados, nos disser

por exemplo “ Vocês marquem para seis pessoas por cada sessão “ e portanto para não

virem para aí vinte, trinta pessoas. Agora não sabemos muito bem qual vai ser a resposta

que vamos ter em termos das pessoas, se vêm pessoas com menos posses com mais

posses, enfim vamos ver à medida que as coisas forem avançando vamos tomando medidas

de eventual correcção, dessa situação. È a primeira vez que se vai fazer e não sabemos

muito bem qual é o resultado que vai ter, porque repare esta Ordem dos Advogados este

Apoio Jurídico já é feito gratuitamente pela própria Ordem dos Advogados e não tem tido

procura nenhuma, não sei se por má divulgação, pelo aquilo que seja, mas nós vamos

procurar divulgar, no sentido de ver se conseguimos prestar este Serviço às pessoas.

Agora vamos ver é se elas têm necessidade por um lado e pelo outro se vêm. E portanto na

Assembleia de Freguesia também podemos informar-vos do desenrolar da situação e

dizer-vos como é que as coisas estão a correr.

Dados os esclarecimentos procedeu-se à Votação do Ponto n.º 3 - Apreciação e

Votação dos Documentos Previsionais para o Ano de 2007 – Plano de Actividades e

Orçamento 2007.

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Foi o mesmo aprovado por maioria com 11 Votos a Favor, 2 Abstenções e 6 Votos

Contra.

LUCIANO DE ALMEIDA (PSD) – A declaração de Voto que a bancada do PSD, apresenta

justifica-se pelo seguinte:

Nós não estamos contra o Orçamento, estamos pela redução que o Orçamento tem e para

esclarecer também a Senhora Dr.ª Laurinda que alguém disse “ Que para além do défice

também há vida”

Muito obrigado

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA – Chegou ao fim a Ordem de trabalhos, eu quero também

felicitar todos os Senhores Deputados e os elementos da Junta de Freguesia e desejar a

todos um Bom Natal e um Ano Novo muito próspero assim como a todos os funcionários

desta casa e à Comunicação Social presente, agradecer também a sua presença ao longo

deste ano. A Comunicação Social é fundamental para levar esta mensagem à população,

nós somos um Órgão Colectivo um Órgão integrado e um Órgão próprio da população e a

população tem o direito de saber o que se passa aqui e é através da Comunicação Social

que isso acontece, portanto eu agradeço-lhes toda a actividade que tiveram ao longo deste

ano e agradecer também a todo o público que está aqui presente.

Não sei se há alguém aqui no público que quer intervir?

Nos Termos da Lei foi dada a palavra ao público tendo usado da mesma a Senhora D. Alice

Alves, não fazendo questão da sua intervenção ser gravada, desejou a todos os presentes

Boas Festas, aproveitou ainda para cumprimentar o Executivo da Junta de Freguesia, dado

que ainda não tinha estado presente em nenhuma Assembleia de Freguesia desde que este

Executivo tomou posse. Acrescentou ainda, que os Senhores Deputados deviam vir para a

rua saber a opinião das pessoas, relativamente aos Cursos de Formação e outros assuntos,

saber a opinião daqueles que votaram neles. Em relação ao Apoio Domiciliário de

voluntariado, dizer que o faz quando quer, onde quer e aonde vai.

Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão pelas 20,05 horas, da qual se

lavrou a presente acta que depois de lida e aprovada vai ser assinada pelos elementos da

mesa nos termos da Lei.

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O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

(Fernando Dias de Carvalho)

A 1.º SECRETÁRIA

A 2ª. SECRETÁRIA

(M.ª do Carmo A. Nunes Andrade) (M.ª Alice Alves Martins F. da Silva)