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Pág. 1 2 0 0 7 Actividades na área do AMBIENTE Enquadramento | http://projectocaboverde.no.sapo.pt/ EQUIPA RESPONSÁVEL: Catarina Damásio Inês Costa Joana Nestor Rodrigues Laura Marques Raquel Lopes Salomé Matos Sara Rodrigues Teresa Flores COORDENAÇÃO: Margarida Marcelino

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2 0 0 7

Actividades na área do

AMBIENTE

Enquadramento | http://projectocaboverde.no.sapo.pt/ EQUIPA RESPONSÁVEL: Catarina Damásio Inês Costa Joana Nestor Rodrigues Laura Marques Raquel Lopes Salomé Matos Sara Rodrigues Teresa Flores COORDENAÇÃO: Margarida Marcelino

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AMBIENTE Enquadramento das actividades O bairro da Calabaceira tem um baixo nível de serviços de saneamento básico; a maioria das casas não possui instalações sanitárias, apenas cerca de 25% possui fossa séptica e a maioria tem acesso a água potável em chafarizes, etc. Está ladeado por uma ribeira ampla, seca na maior parte do ano, escoando as águas das chuvas que caem ocasionalmente em regime torrencial. Existem alguns contentores para os resíduos sólidos urbanos espalhados pelo bairro, mas em número insuficiente e pouco acessíveis a algumas zonas. Assim, tornou-se hábito para a população deitar os resíduos sólidos nas vertentes ou na ribeira, fazer aí as suas necessidades, ao mesmo tempo que, indevidamente, alguns deitam as águas sujas nas ruas e inclusive nos contentores, deixando-os fétidos e difíceis/impossíveis de lavar. A conjugação e parceria com o Departamento de Ambiente e Saneamento da Câmara Municipal da Praia (CMP), desde o início da organização e durante o desenvolvimento da actividade de ambiente, foi determinante para o bom êxito do Projecto Cabo Verde também nesta dimensão. As reuniões do grupo organizador com a Directora (Dr.ª Helena Delgado) e com um técnico deste Serviço (Eng.º Luís Dias) permitiram definir objectivos-chave conjugados com a actuação das autoridades municipais, com as consequentes sinergias que daí podem vir para o bem estar da população da Calabaceira a médio-longo prazo. Todas as actividades tiveram o parecer positivo da coordenadora da Escola Primária e contaram com o apoio das associações de desenvolvimento local, nomeadamente a ACDC. Número de pessoas abrangidas As actividades programadas foram dirigidas a todas as crianças e jovens de idades compreendidas aproximadamente entre os 4 e os 16 anos inscritos no Projecto Cabo Verde 2007 (cerca de 600), e directa ou indirectamente toda a Calabaceira foi alcançada pelas acções levadas a cabo, uma vez que a maioria delas se desenvolveu precisamente no bairro. Objectivos Sensibilizar a população do bairro da Calabaceira para a responsabilidade de todos pela qualidade do ambiente e, consequentemente, pela melhoria da saúde de todos, com particular incidência para a problemática dos resíduos sólidos. Através de actividades lúdicas e simultaneamente pedagógicas, passar as seguintes mensagens:

• colocar o lixo no contentor, se possível dentro de sacos; • colocar as águas sujas na ribeira; • não deitar as águas sujas nas ruas nem nos contentores; • dar algumas indicações práticas de higiene pessoal, tais como lavar as mãos

antes de comer, lavar os dentes, ferver ou desinfectar a água antes de beber ou cozinhar, não cuspir para a rua, ...

• apelar à realização de instalações sanitárias nas casas.

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Actividades desenvolvidas A actividade de ambiente do Projecto Cabo Verde 2007 cumpriu, genericamente, os objectivos propostos. Diariamente entre as 17h e as 19h15 foram organizadas múltiplas actividades de educação ambiental com as crianças e jovens do bairro, habitualmente mais de 200, de idades compreendidas entre os 4 e os 16 anos. Sendo uma actividade de dinamização de um grupo muito numeroso, foi muito importante ter havido uma planificação rigorosa e muito diversificada prévia à estadia em Cabo Verde, associada a uma grande flexibilidade no local que permitiu uma adequação à realidade e às necessidades. A interacção com o Bairro da Calabaceira, indicada como objectivo a desenvolver em 2006, foi muito grande, indo significativamente além da formação directa dos próprios participantes.

DIA DATA ACTIVIDADES LEMA DO DIA

1 30.07 Reunião do “núcleo duro” da actividade de ambiente para a distribuição diária das actividades programadas; participação de um representante do Departamento de Ambiente e Saneamento da Câmara Municipal da Cidade da Praia (CMP), Eng.º Luís Dias, para aferir e melhorar a programação de acordo com as necessidades locais, procurando resolver as questões práticas colocadas

Defender o ambiente é para toda a gente

2 31.07 Levantamento do bairro em grupos divididos por quadrantes de acordo com os pontos cardeais, registando os aspectos positivos e negativos do ponto de vista ambiental e social

Registo num painel geral dos principais aspectos observados nas diversas zonas do bairro, transmitidos através dos porta-vozes de cada grupo, com discussão por todos os participantes

Juntos a trabalhar o ambiente vamos ajudar

3 01.08 Apanha selectiva de lixo com equipamento adequado: plásticos, papéis, latas

Afixação dos resultados e comparação com os dados de 2006

“Construção” de um espaço para o lixo não orgânico no recinto da escola

Calabaceira à maneira, mesmo sem torneira

4 02.08 Sensibilização para as plantas: visita guiada ao horto municipal do Parque 5 de Julho

Jogo “A água, as plantas, os nutrientes e a erosão”, enquanto os grupos aguardavam a sua vez de visitar o horto

Se das plantas cuidar, o ambiente vai ajudar

5 03.08 Reunião com a direcção do Departamento de Ambiente e Saneamento da CMP, Dr.ª Helena Delgado, para troca de impressões sobre as necessidades da população e as actividades do Projecto; fotocópia dos questionários (manhã)

“Marcha das flores” – colocação “solenizada” no lixo das plantas e flores apanhadas indevidamente pelas crianças no dia anterior no Parque 5 de Julho

Se do lixo tratar, a saúde vai melhorar

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DIA DATA ACTIVIDADES LEMA DO DIA

“Vassoura humana” no recinto da escola, para recolha dos resíduos espalhados

“Estafetas do lixo” com o lixo recolhido

Entrega de sementes: plantação individual de grão de bico em pequenos recipientes, para serem levados para casa e acompanhada a sua germinação

6 04.08 Inquérito porta-a-porta sobre ACFA – Atitudes e Comportamentos Face ao Ambiente

Limpeza é beleza

7 06.08 Jogos na escola: “Jogo da Glória” com 30 casas adaptadas ao ambiente, higiene e cidadania; “Jogo das Gotas de Água”, “Jogo da Barra do Lenço” adaptado ao ambiente; início dos trabalhos de recuperação e tratamento da horta da escola

À 2ª a limpeza é profunda

8 07.08 2ª fase de inquéritos no bairro À 3ª vamos limpar… mesmo que não apeteça

9 08.08 Jogos na escola: repetição dos realizados no dia 6/8, melhorando a sua dinâmica e adaptando alguns deles

À 4ª o ambiente brilha tanto que até farta

10 09.08 “Peddy-Paper” no bairro, com percursos e perguntas alusivas ao ambiente e à cidadania

5ª a Calabaceira limpa tem mais pinta

11 10.08 Pinturas diversas, com a colaboração de jovens do bairro: Telecentro da ACDC, Capela, canteiros, retoque do mural da escola primária

Início da plantação de árvores nos canteiros do bairro (oferecidas pela ACDC, com terra orgânica da CMP)

Continuação do tratamento da horta da escola: remoção de ervas daninhas, revolver da terra, semeadura de milho

À 6ª o ambiente sujar não deixa

12 11.08 Idem Ao Sábado tudo fica lavado

13 13.08 Idem Calabaceira limpa, Calabaceira bonita

14 14.08 Atelier de apoio à Festa de encerramento das actividades: pintura de cenário/mural na escola primária

-

15 15.08 Pintura de passadeira de peões em frente às escolas

Pintura de rosa-dos-ventos e de um resumo dos aspectos positivos e negativos do bairro identificados no início da actividade numa parede da escola primária

-

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Perspectivas futuras Neste segundo ano de actividades ligadas ao ambiente no bairro da Calabaceira, há que referir uma significativa melhoria encontrada em diversos aspectos: uma maior sensibilidade da população para as questões do ambiente e uma mais notória visibilidade das acções empreendidas pelas entidades municipais na área do saneamento (recolha de lixo, limpeza da ribeira, …). Com base nas experiências de 2006, em 2007 esta actividade melhorou no conteúdo, diversidade e abrangência, tendo ido ao encontro das recomendações do ano anterior e passando a atingir directamente a maioria da população do bairro, e não apenas os participantes inscritos. Apoiando-nos nestes indicadores positivos, e vendo não só como viável mas também desejável uma próxima edição do Projecto Cabo Verde, tendo presente a necessidade de melhorar e inovar, propõem-se as seguintes linhas de orientação:

• Realização de um “Curso de Formação de Formadores”, a fim de dar continuidade às actividades de dinamização dos mais novos, também na área do ambiente, durante todo ano, animadas por jovens do bairro, associados à ACDC ou outras ONG que surjam;

• Em 2008, ir mais além do levantamento do bairro: instituir prémios para as ruas / zonas mais limpas e salubres; criar incentivos positivos a atitudes adequadas da parte da população para com o ambiente e de cidadania;

• Ajudar a criar parcerias públicas e privada (CMP, SITA, etc.) que incentivem e apoiem as iniciativas a favor do bairro que as organizações locais (ACDC ou outras) levem a cabo;

• Ajudar a alterar a tradição / legislação que penaliza com taxas ou impostos aqueles que terminam as suas casas;

• Inovar nas actividades, aproveitando a ligação com a actividade de artes plásticas: confecção de relógios e fornos solares (depois de testados em Portugal), mecanismos de dessalinização, etc.

• Dar continuidade às actividades já levadas a cabo, melhorando-as nos seguintes aspectos:

o LEMA DO DIA: rentabilizar esta iniciativa Afixar o lema no início do dia em várias zonas da escola Diversificar a forma / cor / ilustração / … dos cartazes, de

modo a chamar mais a atenção Fazer uma marcha diária com lema por toda a escola, no início

das actividades da manhã Criar coreografias e “gritos” com os diferentes lemas,

utilizados no início das actividades da tarde, na sequência dos “hinos” do ambiente

o FORMAÇÃO DOS GRUPOS: tentar uma estabilização de nomes e monitoras responsáveis

No escalonamento diário, pressupondo que cada grupo tem pelo menos 2 monitoras habituais, garantir a presença alternada de pelo menos uma delas

o QUESTIONÁRIOS PORTA A PORTA: sendo uma actividade de redobrado interesse, e aproveitando a ida às casas do familiares das crianças, pode ser melhorada através de

Linguagem mais simples Maior adequação à realidade Menos extenso

o JARDINAGEM NO BAIRRO: começar esta acção no início da estadia, para poder acompanhar e ensinar os procedimentos adequados a um crescimento bem sucedido das plantas, nos canteiros da escola ou do bairro. Se se voltar a semear um grão ou feijão em copos para as crianças levarem para casa e acompanharem a germinação “afeiçoando-se” à vida vegetal, deve ser feito um melhor

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enquadramento/explicação prévia, e até manter o “viveiro” inicialmente (a quinzena da duração do Projecto Cabo Verde) na escola, entre algodões e só depois na terra.

o JOGOS: melhorar a rotatividade entre os jogos Procurar que os participantes rodem por grupos,

acompanhados de pelo menos uma monitora Tentar manter pelo menos uma monitora fixa em cada jogo,

para poder explicar melhor as regras de cada um deles Fazer com que a rotatividade entre jogos seja proporcional ao

n.º de participantes; se há jogos ou actividades que comportam grupos menos numerosos, multiplicar o n.º de jogos

o AUMENTAR RECIPIENTES DO LIXO: verificada a enorme carência de contentores no bairro e na cidade, e a imediata adesão da população – não só escolar – à colocação dos resíduos no local adequado (cf. criação de um “espaço do lixo” no recinto da escola que rapidamente começou ser usado por todos)

Angariar contentores em empresas e municípios portugueses Distribuir contentores no recinto escolar e no bairro, de acordo

com orientações da CMP e de entidade locais “Criar” caixotes de lixo para as salas de aula, p.ex.

aproveitando latas de tinta o VISITAS DE ESTUDO: melhorar as condições de segurança das saídas

da escola para a cidade, pedindo o apoio de jovens mais velhos de modo a diminuir o n.º de crianças per capita. Pedir o apoio das empresas de transportes para facilitarem, a título gratuito, algumas das deslocações dos grupos

o AJUDAR A CRIAR ROTINAS DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS E DE HIGIENE:

Depois de cada actividade, fazer com que os participantes colaborem na arrumação e limpeza dos recintos utilizados

Distribuir cartazes com desenhos e mensagens atractivas em material resistente (tela, lona, …) em locais estratégicos no bairro – Telecentro, terminal do autocarro, estabelecimentos comerciais, etc. – confrontar com entidades locais

Colaborar com as rádios locais para fazer ou colaborar nalgum programa pedagógico

o INVESTIGAR PARA, EM COLABORAÇÃO COM A CMP, ENCONTRAR SOLUÇÃO ADEQUADA À CRIAÇÃO DE SANITÁRIOS PÚBLICOS

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Registo fotográfico de algumas actividades de Ambiente

Recolha selectiva de lixo

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Análise do resultado das quantidades de resíduos recolhidas

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Visita guiada ao viveiro do Parque 5 de Julho

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Germinação de sementes e plantações de árvores

Levantamento do Bairro

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Tratamento da horta da Escola

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Pintura do Telecentro, Capela e do novo mural da Escola

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Pintura de passadeira para peões em frente à Escola

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PROJECTO CABO VERDE 2007

Resultados do

Questionário sobre ACFA Atitudes e Comportamentos Face ao Ambiente

Este estudo trata-se de uma investigação não experimental, pelo que não há necessariamente aleatorização dos sujeitos. A amostra utilizada é uma amostra acidental e por conveniência. Aplicaram-se inquéritos, de preferência, aos pais dos meninos do Bairro da Calabaceira, que participavam nas actividades desenvolvidas pelo grupo de voluntárias portuguesas que aí concretizaram o Projecto Cabo Verde 2007, e numa segunda fase, questionaram-se as pessoas que participavam nalgumas dessas actividades.

Participam no estudo 241 pessoas, do sexo masculino e feminino e com idades compreendidas entre os 12 e os 96 anos. A amostra é constituída maioritariamente por mulheres (65,1%), e é caracteristicamente uma população jovem-adulta (a média de idades é de 35 anos). O nível de escolaridade das pessoas é variado, contudo foi com o 4º ano que um maior número de pessoas terminou os estudos (14,9%). O mesmo se passa com a sua profissão, mas a mais comum é a doméstica (37,1%).

O objectivo deste estudo descritivo é, como o próprio nome indica, descrever de forma cuidada os fenómenos, a realidade tal como ela se apresenta, neste caso, a realidade relacionada com o meio ambiente, directa ou indirectamente. Os dados são tratados com recurso às técnicas da estatística descritiva, e os resultados têm um valor especificamente informativo que pode ser muito útil na tomada de decisões.

O inquérito foi ministrado na maior parte das vezes através de entrevistas directas, e por vezes como questionário de auto-administração. É constituído maioritariamente por questões fechadas, apresenta uma questão aberta e quatro com alternativa de resposta.

Como se trata de um estudo não experimental o controlo das variáveis parasitas é menor, pois tratam-se de amostras não aleatórias, o mesmo se passa com a validade interna. Foram vários os erros/falhas que experimentámos ao longo do decorrer do estudo, desde a ausência de um estudo piloto, muito importante uma vez que quem elaborou o inquérito não conhecia de perto a realidade; a, consequente, eliminação de algumas questões que não se coadunavam com essa mesma realidade; o vocabulário e elaboração de questões de certas questões que eram consideradas difíceis de entender dada a população com pouca formação e não acostumada a participar neste tipo de estudos; a falta de certas questões com interesse para o estudo, entre outros pormenores específicos de determinadas questões.

Os dados recolhidos foram tratados no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences - pacote estatístico para as ciências sociais).

Nota às tabelas e gráficos: “99” significa que a pergunta não foi respondida

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Género

A amostra é maioritariamente constituída por mulheres (65,1%). Dez pessoas não preencheram este item. Idade

Valid 228N Missing 13

Mean 34,88Median 32,00Mode 30Std. Deviation 14,604Minimum 12Maximum 96

A amostra é constituída por indivíduos entre os 12 e os 96 anos, no entanto é caracteristicamente jovem-adulta, com média de 35 anos. Treze pessoas não preencheram este item.

Género Freque

ncy Percen

t Valid

Percent

Cumulative

Percent masculi

no 52 18,9 21,6 21,6

feminino 179 65,1 74,3 95,9

99 10 3,6 4,1 100,0

Total 241 87,6 100,0

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Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent 12 1 ,4 ,4 ,413 2 ,7 ,8 1,214 2 ,7 ,8 2,115 7 2,5 2,9 5,016 5 1,8 2,1 7,117 4 1,5 1,7 8,718 5 1,8 2,1 10,819 2 ,7 ,8 11,620 6 2,2 2,5 14,121 5 1,8 2,1 16,222 4 1,5 1,7 17,823 10 3,6 4,1 22,024 7 2,5 2,9 24,925 8 2,9 3,3 28,226 8 2,9 3,3 31,527 6 2,2 2,5 34,028 8 2,9 3,3 37,329 7 2,5 2,9 40,230 11 4,0 4,6 44,831 5 1,8 2,1 46,932 2 ,7 ,8 47,733 4 1,5 1,7 49,434 1 ,4 ,4 49,835 8 2,9 3,3 53,136 3 1,1 1,2 54,437 8 2,9 3,3 57,738 6 2,2 2,5 60,239 7 2,5 2,9 63,140 6 2,2 2,5 65,641 3 1,1 1,2 66,842 1 ,4 ,4 67,243 5 1,8 2,1 69,344 6 2,2 2,5 71,845 7 2,5 2,9 74,746 5 1,8 2,1 76,847 7 2,5 2,9 79,749 5 1,8 2,1 81,750 5 1,8 2,1 83,851 2 ,7 ,8 84,652 2 ,7 ,8 85,553 2 ,7 ,8 86,354 1 ,4 ,4 86,756 2 ,7 ,8 87,657 2 ,7 ,8 88,458 1 ,4 ,4 88,859 1 ,4 ,4 89,260 2 ,7 ,8 90,062 2 ,7 ,8 90,964 1 ,4 ,4 91,368 1 ,4 ,4 91,770 1 ,4 ,4 92,172 1 ,4 ,4 92,575 1 ,4 ,4 92,979 2 ,7 ,8 93,888 1 ,4 ,4 94,296 1 ,4 ,4 94,699 13 4,7 5,4 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0 Missing System 34 12,4 Total 275 100,0

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Nível de escolaridade

Cerca de 41 pessoas (14,9%) que preencheram este item terminou os seus estudos com o 4ª ano. Nove dos inquiridos têm curso superior, e treze não frequentaram a escola. Nenhum indivíduo mencionou ter formação profissional, apesar de uma grande parte exercer profissões técnicas. Cinquenta e uma pessoas não responderam a este item.

Frequency

Percent

Valid Percent

Cumulative

Percent sem escolaridade

13 4,7 5,4 5,4

1º ano 3 1,1 1,2 6,62º ano 14 5,1 5,8 12,43º ano 8 2,9 3,3 15,84º ano 41 14,9 17,0 32,85º ano 9 3,3 3,7 36,56º ano 17 6,2 7,1 43,67º ano 7 2,5 2,9 46,58º ano 16 5,8 6,6 53,19º ano 17 6,2 7,1 60,210º ano 13 4,7 5,4 65,611º ano 6 2,2 2,5 68,012º ano curso profissional

17 0

6,2 0

7,1 0

75,175,1

curso superior 9 3,3 3,7 78,8

99 51 18,5 21,2 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

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Profissão

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent doméstica 102 37,1 42,3 42,3estudante 32 11,6 13,3 55,6comerciante 7 2,5 2,9 58,5professor 7 2,5 2,9 61,4serralheiro 2 ,7 ,8 62,2ajudante de serviços sociais 3 1,1 1,2 63,5

pedreiro 4 1,5 1,7 65,1desempregado 9 3,3 3,7 68,9reformado 1 ,4 ,4 69,3condutor 4 1,5 1,7 71,0empregada de restaurante 2 ,7 ,8 71,8

trabalhador por conta própria 2 ,7 ,8 72,6

funcionário de café 2 ,7 ,8 73,4carpinteiro 3 1,1 1,2 74,7lavador de carros 1 ,4 ,4 75,1mecânico 2 ,7 ,8 75,9instrutor de condução 2 ,7 ,8 76,8empreiteiro 1 ,4 ,4 77,2monitora de infância 1 ,4 ,4 77,6engenheiro civil 1 ,4 ,4 78,0pintor 4 1,5 1,7 79,7guarda 1 ,4 ,4 80,1informática 1 ,4 ,4 80,5policia 1 ,4 ,4 80,9oficial de justiça 1 ,4 ,4 81,3jornalista 1 ,4 ,4 81,7educador social 1 ,4 ,4 82,2funcionário TACV 1 ,4 ,4 82,6enfermeiro 1 ,4 ,4 83,0bate-chapas 2 ,7 ,8 83,8peixeira 1 ,4 ,4 84,2funcionário público 7 2,5 2,9 87,1contabilista 1 ,4 ,4 87,6padeiro 1 ,4 ,4 88,0fotógrafo 1 ,4 ,4 88,4desenhador 1 ,4 ,4 88,8criador de animais 1 ,4 ,4 89,2construtor civil 1 ,4 ,4 89,6gerente do hospital 3 1,1 1,2 90,9cozinheiro 1 ,4 ,4 91,399 21 7,6 8,7 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

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A amostra é constituída maioritariamente por domésticas, mulheres que exercem a sua actividade em casa, 37,1%, seguindo-se os estudantes (11,6%). Foram referidas profissões de carácter mais técnico, como: serralheiro, carpinteiro, pintor, mecânico, bate-chapas…,. Nove pessoas referiram ser desempregadas. Vinte e uma não responderam. Tem um caixote ou saco de lixo em casa?

Frequency Percent Valid

Percent Cumulative

Percent Valid sim 208 75,6 86,3 86,3 não 31 11,3 12,9 99,2 99 2 ,7 ,8 100,0 Total 241 87,6 100,0

Setenta e seis por cento dos inquiridos afirmam ter caixote de lixo em casa, pelo contrário 11% respondem negativamente.

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Com que regularidade o despeja?

Cinquenta e sete por cento dos inquiridos despeja o lixo entre 1 a 2 dias, uma pessoa deixa o lixo em casa mais do que uma semana. Onde deixa o lixo doméstico?

Freque

ncy Perce

nt Valid

Percent

Cumulative

Percent rua 11 4,0 4,6 4,6 contentor público 174 63,3 72,2 76,8

terra 12 4,4 5,0 81,7queima-o 1 ,4 ,4 82,2noutro local 38 13,8 15,8 97,999 5 1,8 2,1 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A maioria dos inquiridos (63,3%) deixam o lixo no contentor público, 13,8% afirmam deixá-lo noutro local, 4% deixam-no na rua e outros 4% deitam-no na terra.

Frequency Percent Valid

Percent Cumulative

Percent Valid entre 1 a 2

dias 157 57,1 65,1 65,1

2 a 4 dias 39 14,2 16,2 81,3 4 a 7 dias 19 6,9 7,9 89,2 5 1 ,4 ,4 89,6 99 25 9,1 10,4 100,0 Total 241 87,6 100,0

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O que faz com os restos e qualquer outro lixo proveniente dos alimentos?

Freque

ncy Perce

nt Valid

Percent

Cumulative

PercentValid deita-os

fora 27 9,8 11,2 11,2

dá-os aos animais 211 76,7 87,6 98,8

utiliza-os como fertilizantes nos campos

1 ,4 ,4 99,2

99 2 ,7 ,8 100,0 Total 241 87,6 100,0

Setenta e sete por cento (77%) dos inquiridos utiliza os restos sobrantes dos alimentos na alimentação dos animais de criação, essencialmente. Uma pequena minoria (1 individuo) utiliza-os como fertilizantes nos campos. O seu lixo doméstico é constituído maioritariamente por (escolha no máximo 3 opções): A maioria das pessoas respondeu que o seu lixo doméstico é constituído maioritariamente por papel (160 pessoas), seguindo-se o plástico (132), o vidro (132), o lixo biológico (47), o metal (48) e outro material (8).

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Quantos caixotes pensa que existem no seu bairro?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent 0 18 6,5 7,5 7,51 58 21,1 24,1 31,52 37 13,5 15,4 46,93 17 6,2 7,1 53,94 21 7,6 8,7 62,75 13 4,7 5,4 68,06 12 4,4 5,0 73,07 3 1,1 1,2 74,38 1 ,4 ,4 74,710 11 4,0 4,6 79,315 1 ,4 ,4 79,720 2 ,7 ,8 80,521 1 ,4 ,4 80,925 2 ,7 ,8 81,730 1 ,4 ,4 82,250 1 ,4 ,4 82,699 40 14,5 16,6 99,2100 2 ,7 ,8 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A maioria das pessoas da amostra (21%) supõe que existe no bairro da Calabaceira um contentor do lixo público. Logo de seguida, a resposta mais respondida foi: dois contentores do lixo (13,5%). As respostas mais escolhidas compreendem-se entre 0 e 6 contentores do lixo (73% das respostas). Respostas que indiquem existirem mais que 15 caixotes do lixo soa pontuais (10 inquiridos). È de salientar que14,5% dos inquiridos não respondeu a esta pergunta

N Valid 201 Missing 74 Mean 4,72 Median 2,00 Mode 1 Std. Deviation 11,045 Minimum 0 Maximum 100

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Considera que são os necessários?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid sim 101 36,7 41,9 41,9 não 103 37,5 42,7 84,6 não sei 20 7,3 8,3 92,9 99 17 6,2 7,1 100,0 Total 241 87,6 100,0

A percentagem de indivíduos que considera que o número de contentores do lixo é o necessário (36,7%) é muito próxima da que pensa que essa quantidade não é a suficiente (37,5%). Sete por cento (7%) dos inquiridos afirma que não sabe, 6,2% não responde. A sua rua tem maus cheiros?

Frequen

cy Perce

nt Valid

Percent

Cumulative

Percent Valid sim, por causa da

recolha indevidamente realizada

59 21,5 24,5 24,5

sim, por culpa das pessoas 104 37,8 43,2 67,6

não 49 17,8 20,3 88,0 99 29 10,5 12,0 100,0 Total 241 87,6 100,0

A maioria dos inquiridos (68%) respondeu, nesta pergunta, que a sua rua tem maus cheiros. Trinta e oito por cento (38%) destes afirma que a culpa é das pessoas, e vinte e dois por cento (22%) atribui a responsabilidade à realização indevida de recolha do lixo. Dezoito por cento (18%) das pessoas da amostra não considera que a sua rua tenha maus cheiros. Não responderam a esta pergunta vinte e nove pessoas (10,5%).

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Costuma deitar lixo para o chão?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent Valid sim 58 21,1 24,1 24,1 não 147 53,5 61,0 85,1 não, e quando vejo

alguém fazê-lo, apanho e coloco no caixote

34 12,4 14,1 99,2

99 2 ,7 ,8 100,0 Total 241 87,6 100,0

À pergunta «Costuma deitar lixo para o chão?» a maior parte dos inquiridos (65,9%) responde negativamente, entre os quais 12,4% afirma que quando vê alguém fazê-lo apanha esse lixo e coloca-o no contentor. Cinquenta e oito pessoas (21,1%) responde afirmativamente. Porquê?

Frequency Percent Valid falta de

contentores 44 64,7

preguiça 16 23,5 sempre o fiz e

nunca ninguém me chamou à atenção

2 2,9

99 6 8,8 Total 68 100,0

A maioria das pessoas da amostra que deita lixo para o chão, afirmam agir desse modo devido à falta de contentores (64,7%), 23,5% fá-lo por preguiça, e 2,9% agem sempre desse modo e nunca ninguém os alertou para o não fazer. Seis pessoas (8,8%) não responderam porque deitam lixo para o chão.

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Tem casa de banho em casa?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid sim 159 57,8 66,0 66,0 não 78 28,4 32,4 98,3 99 4 1,5 1,7 100,0 Tot

al 241 87,6 100,0

Das pessoas inquiridas 159 pessoas (57,8%) têm casa-de-banho, 78 (28,4%) afirmam não ter, e 4 pessoas não respondem.

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Existem casas de banho em locais públicos?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent Valid sim 158 57,5 65,6 65,6 não 71 25,8 29,5 95,0 não sei 9 3,3 3,7 98,8 99 3 1,1 1,2 100,0 Total 241 87,6 100,0

A maioria dos inquiridos (57,5%) responde que existem casas de banho em locais públicos, 25,8% das pessoas responde negativamente. Nove pessoas (3,3%) afirmam não saber.

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E noutros locais?

Frequency Percent Valid PercentCumulative

Percent Valid sim 120 43,6 49,8 49,8 não 52 18,9 21,6 71,4 não sei 22 8,0 9,1 80,5 99 47 17,1 19,5 100,0 Total 241 87,6 100,0

Cerca de 44% dos indivíduos da amostra afirmam que existem casas de banho em locais acessíveis/frequentados pela população, 18,9% respondem o contrário. Vinte e duas pessoas (8%) afirmam não saber. Quarenta e sete pessoas não responderam.

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Sugere algum local onde se possam construir casas de banho públicas? A proposta mais comum foi: “próximo do campo de futebol” (27 inquiridos), seguida de “perto da escola” (23), “ centro do bairro” (20). Outras alternativas, mais pontuais foram: no lavadouro (9), capela (7), mercearias (4), cafés (2), telecentro (2), ribeira (1), casas abandonadas (1). É importante acrescentar que foi um erro não termos colocado uma pergunta anterior fechada e dicotómica, perguntando se achavam necessário existirem casas de banho públicas, pois 4 pessoas responderam que preferiam que não existissem. Onde arranja água para consumo doméstico?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent poço 13 4,7 5,4 5,4água canalizada 100 36,4 41,5 46,9água comprada 115 41,8 47,7 94,6 água de um curso natural 6 2,2 2,5 97,1

outra 5 1,8 2,1 99,299 2 ,7 ,8 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A maioria da população da amostra, 78,2%, tem água canalizada ou compra água (é importante referir que esta água de compra é, na sua esmagadora maioria, senão totalmente, proveniente do chafariz, não é pois engarrafada). A percentagem dos inquiridos que possui água canalizada é de 36,4 pessoas, a que compra água é de 41,8%.

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E para a higiene?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent poço 18 6,5 7,5 7,5água canalizada 95 34,5 39,4 46,9água comprada 116 42,2 48,1 95,0 água de um curso natural 6 2,2 2,5 97,5

outra 3 1,1 1,2 98,899 3 1,1 1,2 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

Cerca de 42% dos indivíduos utiliza água comprada para a higiene, 34,5% utiliza água canalizada.

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Já se sentiu mal fisicamente devido à ingestão ou uso de água de consumo doméstico?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent nunca 156 56,7 64,7 64,7raramente 14 5,1 5,8 70,5de vez em quando 46 16,7 19,1 89,6frequentemente 19 6,9 7,9 97,599 6 2,2 2,5 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A maioria dos inquiridos (56,7%) refere que nunca se sentiu mal fisicamente devido à ingestão ou uso de água de consumo doméstico. Das pessoas que responderam afirmativamente, a maioria refere que se sente mal de vez em quando (16,7%), 6,9% sentem-se mal frequentemente. Esse mal-estar deveu-se a alguma doença provocada pela poluição da água tratada?

Frequency Valid Sim 52 Não 11 Total 63

Das pessoas da amostra que se sentem mal fisicamente devido ao uso de água de consumo doméstico, cinquenta e duas consideram que a razão desse mal-estar estaria na poluição da água tratada.

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Esse mal-estar deveu-se a alguma doença provocada pela poluição de água de outra fonte que não a tratada?

Frequency Valid Sim 37 Não 13 Total 50

Das pessoas da amostra que se sentem mal fisicamente devido ao uso de água de consumo doméstico 37 consideram que a razão desse mal-estar estaria na poluição de água de outra fonte que não a tratada. Alguma vez teve alguma complicação respiratória, irritação nasal ou das vias respiratórias, alergias, falta de ar, entre outras doenças relacionadas com a poluição atmosférica?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent Sim 100 36,4 41,5 41,5Não 133 48,4 55,2 96,799 8 2,9 3,3 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

Aproximadamente 48% dos inquiridos afirma que nunca teve alguma complicação respiratória, irritação nasal ou das vias respiratórias, alergias, falta de ar, entre outras doenças relacionadas com a poluição atmosférica; 36,4% afirma que já teve.

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Pratica agricultura?

Frequency Percent Valid

Percent Cumulative

Percent Valid sim 71 25,8 29,5 29,5 não 163 59,3 67,6 97,1 99 7 2,5 2,9 100,0 Total 241 87,6 100,0

A maioria das pessoas que constituem a amostra não pratica agricultura (59,3%). Se sim, utiliza algum tipo de fertilizante?

Frequency Valid sim 31 não 48

Das 71 pessoas da nossa amostra que praticam agricultura 31 utilizam fertilizantes. Se sim, que tipo de fertilizante?

Frequency Valid natural 27 quimico 10 os dois 3

Dos 31 inquiridos que praticam agricultura e utilizam fertilizante a maioria (27 pessoas) utiliza fertilizantes naturais, 10 pessoas usam fertilizantes químicos e 3 usamos dois tipos de fertilizantes.

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Com que frequência?

Frequency Valid em todas as culturas 12 só numa plantação

especifica 16

sempre que acha necessário 19

Dos 31 inquiridos que praticam agricultura e utilizam fertilizante 19 usam-no sempre que acham necessário, 16 usam-no numa cultura específica, e 12 usam-no em todas as culturas. Que tipo de sacos utiliza para ir às compras?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent pano/ nylon 13 4,7 5,4 5,4plástico novo 180 65,5 74,7 80,1plástico reutilizado 40 14,5 16,6 96,799 8 2,9 3,3 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A maioria dos inquiridos (65,5%) utiliza um saco de plástico novo para ir às compras, 14,5 o mesmo saco de plástico mais do que uma vez, 4,7% um saco de pano.

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Que distância percorre diariamente?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent ,00 5 1,8 3,1 3,1,02 1 ,4 ,6 3,7,05 2 ,7 1,2 4,9,10 2 ,7 1,2 6,1,50 8 2,9 4,9 11,0,60 1 ,4 ,6 11,71,00 30 10,9 18,4 30,11,50 1 ,4 ,6 30,72,00 27 9,8 16,6 47,22,50 1 ,4 ,6 47,93,00 9 3,3 5,5 53,44,00 14 5,1 8,6 62,05,00 14 5,1 8,6 70,66,00 4 1,5 2,5 73,07,00 5 1,8 3,1 76,18,00 4 1,5 2,5 78,510,00 19 6,9 11,7 90,212,00 1 ,4 ,6 90,815,00 3 1,1 1,8 92,620,00 3 1,1 1,8 94,530,00 2 ,7 1,2 95,740,00 1 ,4 ,6 96,350,00 5 1,8 3,1 99,4200,00 1 ,4 ,6 100,0

Valid

Total 163 59,3 100,0 Missing 99,00 78 28,4 Total 275 100,0

Erro! As distâncias percorridas pelas pessoas da amostra são bastante variadas, indo desde os 0km/ a ausência de deslocação até aos 200km (pois faziam parte da amostra instrutores de condução). A maior parte dos inquiridos percorre por dia 4/5kms, sendo maior o número de pessoas que percorre 1km (30 pessoas), 2kms (9,8).

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Como se desloca?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent a pé 107 38,9 44,4 44,4Mota 1 ,4 ,4 44,8Automóvel 34 12,4 14,1 58,9Autocarro 85 30,9 35,3 94,2barco 1 ,4 ,4 94,6outro 1 ,4 ,4 95,099 12 4,4 5,0 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

A forma de deslocação mais usada é a pé (38,9% dos inquiridos), seguida do autocarro (30,9%) e do automóvel (12,4).

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De que material é a mochila do seu filho?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent material resistente 102 37,1 42,3 42,3material descartável 65 23,6 27,0 69,3não usam 21 7,6 8,7 78,099 53 19,3 22,0 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

Cerca de 37% das pessoas inquiridas responderam que a mochila dos seus filhos é feita de um material resistente, 23,6% de um material descartável, e 7,6% dos inquiridos afirmaram que os seus filhos não usam mochila. 19,3% das pessoas não responderam a esta pergunta ( a principal razão é a inexistência de filhos).

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Que tipo de esferográfica usa o seu filho?

A maior parte dos inquiridos (57,5%) respondeu que os seus filhos utilizavam canetas descartáveis. Cerca de 8% das crianças não usam quer canetas recarregáveis quer descartáveis.

Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid descartável 158 57,5 65,6 65,6 recarregável 11 4,0 4,6 70,1 nenhuma delas 21 7,6 8,7 78,8 99 51 18,5 21,2 100,0 Total 241 87,6 100,0

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Escreve em ambos os lados das folhas?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative Percent Valid Sim 177 64,4 73,4 73,4 Não 28 10,2 11,6 85,1 não costumo escrever 10 3,6 4,1 89,2 99 26 9,5 10,8 100,0 Total 241 87,6 100,0

Mais de metade dos inquiridos (64,4%) afirma que escreve em ambos os lados das folhas. Dez pessoas (3,6%) não costumam escrever.

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Escolha a melhor solução para resolver o problema da acumulação de lixo no seu bairro

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent aumento do numero de caixotes do lixo 67 24,4 27,8 27,8

realização de uma recolha mais frequente 58 21,1 24,1 51,9

maior sensibilização sobre os problemas que daí derivam

55 20,0 22,8 74,7

todas 21 7,6 8,7 83,499 40 14,5 16,6 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

Das hipóteses dadas para resolver o problema da acumulação de lixo no bairro da Calabaceira, os inquiridos preferiram como a melhor solução o aumento do número de contentores e caixotes do lixo (24,4% das pessoas), seguindo-se a realização de uma recolha de lixo mais frequente (21,1%), e uma maior sensibilização sobre os problemas que daí derivam (20%). Vinte e uma pessoas (7,6) escolheram todas as alternativas.

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Considera que tem havido uma maior preocupação com o ambiente?

Frequency Percent Valid Percent Cumulative

Percent Sim 173 62,9 71,8 71,8Não 56 20,4 23,2 95,0não sei 8 2,9 3,3 98,399 4 1,5 1,7 100,0

Valid

Total 241 87,6 100,0

Mais de metade (62,9%) das pessoas que participaram na recolha de dados considera que tem havido uma maior preocupação com o ambiente; 20,4% respondem que não. Onde se nota mais essa preocupação? Frequency Percent

Valid no aumento da informação/ sensibilização

114 65,9

no aumento do número de caixotes de lixo, construção de casas de banho...

33 19,1

ambos 7 4 a outro nivel 4 2,3 99 15 8,7 Total 173 100,00

Das pessoas que consideram que tem havido uma maior preocupação com o ambiente, a maioria (65,9%) refere que essa se nota mais no aumento da informação, sensibilização ou formação/educação sobre essa temática (nos jornais, revistas, televisão, escolas, espaços públicos…); 19,1% dos inquiridos acha que se transparece uma maior preocupação com o ambiente no aumento do número de caixotes do lixo, construções de casas de banho, instalação de redes de esgotos, de saneamento básico… Sete pessoas (4%) referiram as duas alternativas, 4 (2,3%) acham que se nota uma maior preocupação com o ambiente mas a outro nível que não estes, 15 pessoas (8,7%) não responderam.

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APOIOS AO PROJECTO CABO VERDE EM 2007 (destacam-se os apoios directos à actividade de Ambiente) ABEL OLIVEIRA CARRASQUINHO, S.A. AGÊNCIA PORTGUESA DO AMBIENTE Agostinho Fernandes Oliveira Águas de Gaia, EM AJUSTAMENTOS, Lda Alves & Alexandre Ana Rosário ANABELA BALDAQUE Armando O. Alves Artur José Cordeiro Rodrigues ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA AZIMUTE BARATA & RAMILO, S.A. (PARFOIS) BRAUN MEDICAL Carlos José Ferreira Casal Ribeiro - Seguros CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA CENEDIT, Lda CERTORA – Medição do Tempo, Lda CHICCO Costa Duarte – Corretores Seguros, S.A. DAN CAKE DCE Design, Comunicação e Expressão DIGIATLAS, Lda DÔRES OZORIO Elvira Alves Erik Xavier Soares Farma APS - Produtos Farmaceuticos, S.A. Farmácia Cortes Pinto Farmácia das Oliveiras Farmácia J. Reis Farmácia Marques Farmácia Ramos FASE - Estudos e Projectos, S.A. FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN FUNDAÇÃO LUSO-AMERICANA GEONEXT, S.A. GLOBALPLUS, Lda GRUPO REGOJO IBERTEJO, S.A. Inês Angelo INFORAUTO, S.A. Isabel Maria Costa Isabel Serra JMP SPORT Joana Silva Correia João C.P. Parreira Pena

João Manuel Carmona F. Lopes Joaquim Costa Vilaça JOSÉ DE MELLO, SGPS, S.A. JÚLIA RIBAS LACTOGAL, S.A. LQT, Lda LUSITÂNIA – SEGUROS MALAQUIAS, Lda Manuel Faria MANUEL PEDRO E ANA SOUSA, Lda Marcelo Oliveira Maria da Graça Silva Maria Emilia Ribeiro Maria Isabel Assunção Maria Isabel Macedo Maria Isabel Morais Barbosa Maria Luísa Vale Maria Manuela Reis Marinela Costa MARMOD – Transportes Marítimos Intermodais, Lda MARSIL – Produção e Comunicação Gráfica Nuno Martins ONARA Papelaria Sílvia de Fernando de Oliveira Ferreira Pedro A. Baptista, Lda PRIMOR - Joaquim Moreira Pinto & Filhos, Lda PROAFA - Serviços Engenharia, S.A. Prof. Doutor Jorge Tavares, Lda PROPOSTAS E NEGÓCIOS Quinta do Sourinho, Lda RENOVA, S.A. Santiago Encabo SERION, Lda SOROPTIMIST INTERNATIONAL - Clube Estoril Cascais TENTAZIONI THE BOARD Tintas SITA THROTTLEMAN Tomás Marques UNICER, S.A.