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Adecir Pozzer – UFSC e GPEAD/FURB
O percurso do ER no Brasil passou por
diferentes formas de viabilidade e
expressão, correspondentes ao respectivo
contexto histórico, político e educacional
de cada época.
PERÍODO: 1549 a 1970
• Ensino da Religião ministrado pelos Padres
Jesuítas e outros/as religiosos/as;
• O catolicismo foi a “religião oficial do Império” até
1889;
• Com a República, buscou-se implantar um ensino
“laico”, mas o ER continuou catequético;
• LDBEN nº 4.024/61: o ER de caráter confessional.
METODOLOGIA
• Estudo do Texto Sagrado (Bíblia);
• Memorização;
• Preparação para os sacramentos da Igreja; • Trabalhos bíblicos (teatro, gincana, dinâmicas, celebrações, reflexões...)
PERÍODO DE 1971 a 1996
• Redefinição da concepção de ER:
caráter ecumênico;
• Buscava tornar as pessoas mais
religiosas;
• Ensino de gestos concretos, vivência de valores e
de atitudes positivas de vida;
• Aula de Educação Religiosa.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 210:
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos
horários normais das escolas públicas
de ensino fundamental.
DÉCADA DE 1990
• No processo de redemocratização do
país, cresce o Movimento para repensar a
Educação:
- A partir das perspectivas e desafios da
escola;
- Integrando a diversidade sociocultural;
- Princípios da autonomia - cidadania.
OUTROS PARADIGMAS
• No Movimento do repensar a Educação deflagra-
se um novo paradigma referente ao Ensino
Religioso:
- A partir da escola;
- Que seja capaz de acolher a diversidade cultural-
religiosa brasileira e mundial;
- Que disponibilize aos educandos os conhecimentos
religiosos;
LDBEN 9.394/96
Art. 02
A educação, dever da família e do Estado, inspirada
nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para
o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA
PÚBLICA NA ATUALIDADE
• Art. 33 em sua redação alterada pela Lei nº 9.475/97: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
Primeiras Orientações Nacionais (Pós 1997)
Construção dos Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ensino Religioso (FONAPER, 1997)
ENSINO RELIGIOSO
FENÔMENO RELIGIOSO
SUBSTRATO PRESENTE EM TODAS AS CULTURAS
Entendido como algo que se manifesta na
experiência humana, resultado do processo de
busca e construção de significados e sentidos
para a vida e para a morte, é percebido sob
diferentes formas e aspectos, caracterizando e
estruturando culturas e sociedades.
FENÔMENO RELIGIOSO
• Patrimônio da humanidade;
• Fundamentam crenças, comportamentos,
atitudes, valores, símbolos, significados e
referenciais utilizados pelos sujeitos para realizar
suas escolhas e dar sentido à vida;
• Estão presentes em todos os contextos sociais,
dentre eles o escolar.
CONHECIMENTOS RELIGIOSOS
OBJETIVOS DO ENSINO RELIGIOSO
• Proporcionar o conhecimento dos elementos
básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir
das experiências religiosas percebidas/vivenciadas
no contexto dos educandos;
• Analisar o papel das tradições religiosas na
estruturação e manutenção das diferentes culturas e
manifestações socioculturais;
• Disponibilizar conhecimentos sobre o direito à
diferença, valorizando a diversidade cultural
presente na sociedade, a fim de auxiliar na
constituição de relações alteritárias entre
identidades e diferenças, no constante propósito
da promoção dos direitos humanos.
DIVERSIDADE DE CONHECIMENTOS
RELIGIOSOS
• Matriz religiosa indígena: compreende todas as
manifestações e expressões religiosas das culturas
indígenas, aborígines ou nativas (Xamanismo,
Pajelança, Santo Daime, entre muitas outras);
• Matriz religiosa africana: abrange todas as
manifestações e expressões religiosas das culturas
africanas e suas respectivas derivações, movimentos
e hibridismos (Candomblé, Umbanda, Tambor de
Mina, Xangô e muitas outras);
Matriz religiosa oriental: compreende todas as manifestações e expressões religiosas das culturas do extremo oriente e suas respectivas derivações, movimentos e hibridações (Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Xintoísmo, entre muitas outras); Matriz religiosa Semita/Ocidental: compreende todas as manifestações e expressões religiosas de origem semita e suas respectivas derivações, movimentos e sincretismos (Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Espiritismo, Fé Baha’i, entre muitas outras).
EIXOS ORGANIZADORES DO CONTEÚDO -
PCNER
1.Culturas e tradições religiosas
2.Textos sagrados;
3.Teologias
4.Ritos
5.Ethos
ENCAMINHAMENTOS MEC
• Resolução CNE/CEB nº. 02/98 - conferiu ao ER
status de área do conhecimento, entre as dez que
compõem a base nacional comum.
• Resolução CNE/CEB nº 04, de 13 de julho de 2010
– reafirma o ER como área de conhecimento a
integrar a base nacional comum nacional.
• Resolução CNE/CEB nº 07, de 14 de dezembro de
2010 - fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, sendo o ER
um dos componentes curriculares, dentre outros..
AUSÊNCIAS
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Religioso;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores.
ENCAMINHAMENTOS DO FONAPER
• Elaboração dos Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ensino Religioso (PCNER) buscando
a elaboração de um currículo escolar para esta área
de conhecimento;
• Promoção de 12 Seminários Nacionais, com
temáticas que enfatizaram os fundamentos
históricos, epistemológicos e didáticos desse
componente curricular, explicitando assim, seu objeto
de estudo e objetivos;
• Promoção de 6 Congressos Nacionais;
• Mobilização Nacional resultando na
alteração do art. 33 da LDB;
• Elaboração do Kit de 12 Cadernos e
formação continuada para mais de sete mil
professores;
• Referencial Curricular para a Proposta
Pedagógica da Escola – Caderno 1
• Criação e manutenção do site
www.fonaper.com.br
• Posicionamento contrário ao art. 11 do
Acordo Brasil e Santa Sé.
Inserir no PNLD a orientação para introdução da
diversidade cultural-religiosa;
Desenvolver e ampliar programas de formação inicial
e continuada sobre diversidade cultural-religiosa;
Inserir os estudos de diversidade cultural-religiosa no
currículo das licenciaturas;
Ampliar os editais voltados para pesquisa sobre a
educação da diversidade cultural-religiosa, dotando-
os de financiamento;
Garantir que o ensino público se paute na laicidade,
sem privilegiar rituais típicos de dadas religiões.
ENCAMINHAMENTOS DE IES
• Formação Inicial por meio de Cursos em Ciência(s)
da(s) Religião(ões): licenciatura em Ensino Religioso
(Santa Catarina, Pará, Paraíba, Maranhão, Minas
Gerais, Rio Grande do Norte, Sergipe);
• Grupos de Pesquisa;
• Programas de Pós-Graduação;
• Assessoria em Formações Continuadas;
• Elaboração de Propostas Pedagógicas;
• Promoção de eventos regionais, nacionais e
internacionais.
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE
PROFESSORES - PARFOR
Plataforma Paulo Freire:
- Somente três Estados:
• Pará: Licenciatura Plena em Ciências da
Religião (UEPA)
• SC : Ciências da Religião: Licenciatura em ER
(Sistema ACAFE)
• Paraná: Licenciatura em Religião (UEL) (2ª
Licenciatura)
ENCAMINHAMENTOS DE SISTEMAS DE
ENSINO ESTADUAIS E MUNICIPAIS
• Oferta e regulamentação do ER conforme a
legislação;
• Elaboração de Propostas Curriculares;
• Realização de Concursos Públicos e a respectiva
efetivação;
• Apoio e promoção de formação continuada.
ADI 4439 – Supremo Tribunal Federal;
Implementação do Acordo – CNBB;
Plano Nacional de Educação;
Definição dos Direitos de Aprendizagem;
Catálogo Nacional de Cursos Superiores;
PL 42/2007;
PL 309/2011;
Comitê Nacional da Diversidade Religiosa – SDH