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petroblog-Santini Página 1 de 16 Adernamento de teto flutuante de tanques de armazenamento atmosférico Colaboraram engº Chien, engº Gândara e engº Nilo Ambrósio da Petrobras 1. Introdução Quando acontece um adernamento de teto flutuante é uma verdadeira catástrofe, pois sempre requer um custoso trabalho, com contratações em situações de emergência, para recuperar a flutuabilidade, além das perdas financeiras que advêm com o tanque fora de operação. Operar com o teto flutuando submerso, mesmo parcialmente, é uma decisão perigosa, pois o produto fica exposto e o risco de incêndio, por descargas atmosféricas, é proibitivo, além de inundar o ambiente com vapores e gases tóxicos e inflamáveis. Este trabalho pretende analisar as várias condições que podem levar um teto flutuante a adernar e propor as medidas preventivas para se evitar tais ocorrências. O adernamento de teto flutuante pode acontecer tanto no tanque de teto flutuante externo como no de teto flutuante interno. O teto flutuante externo pode ser de dois tipos: Teto flutuante com flutuador ou pontão ou pontoon periférico dividido em compartimentos estanques; Teto flutuante com teto duplo ou double deck dividido em compartimentos estanques. Os acidentes com adernamento são mais comuns nos tetos flutuantes externos de flutuador ou pontão periférico, pois têm menor estabilidade, em relação ao teto duplo. Além disso, há o risco maior de ocorrer passagem ou transbordamento de produto líquido armazenado, para cima do convés ou deck, ou entrada para o interior dos compartimentos do flutuador e ainda a inundação do teto com água devido à chuva torrencial. No teto flutuante interno, que não é afetado por chuva, já que é coberto por teto fixo, o adernamento poderia ocorrer somente por efeito do produto transbordante, inundando o deck ou os flutuadores. Como, modernamente, nos tetos flutuantes internos, tanto a chaparia do deck como os flutuadores são fabricados de liga de Alumínio, trincas e furos por ataque corrosivo, que dessem passagem ao produto, são improváveis. Outra hipótese também remota é o teto flutuante interno ficar preso em colunas da estrutura de suportação do teto fixo, porém com o uso atual de cobertura de domo geodésico, de liga de Alumínio, que se apóia apenas no topo do costado, prescindindo de estrutura suporte interna, isso não acontece. Assim a possibilidade de adernamento não é cogitada para teto flutuante interno, nesse trabalho, ou seja, as análises apresentadas aplicam-se aos tetos flutuantes externos. Figura esquemática de um teto flutuante interno com flutuadores e deck fabricados de liga de Alumínio

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Adernamento de teto flutuante de tanques de armazen amento atmosférico Colaboraram engº Chien, engº Gândara e engº Nilo Ambrósio da Petrobras

1. Introdução Quando acontece um adernamento de teto flutuante é uma verdadeira catástrofe, pois sempre requer um custoso trabalho, com contratações em situações de emergência, para recuperar a flutuabilidade, além das perdas financeiras que advêm com o tanque fora de operação. Operar com o teto flutuando submerso, mesmo parcialmente, é uma decisão perigosa, pois o produto fica exposto e o risco de incêndio, por descargas atmosféricas, é proibitivo, além de inundar o ambiente com vapores e gases tóxicos e inflamáveis. Este trabalho pretende analisar as várias condições que podem levar um teto flutuante a adernar e propor as medidas preventivas para se evitar tais ocorrências. O adernamento de teto flutuante pode acontecer tanto no tanque de teto flutuante externo como no de teto flutuante interno. O teto flutuante externo pode ser de dois tipos:

• Teto flutuante com flutuador ou pontão ou pontoon periférico dividido em compartimentos estanques;

• Teto flutuante com teto duplo ou double deck dividido em compartimentos estanques.

Os acidentes com adernamento são mais comuns nos tetos flutuantes externos de flutuador ou pontão periférico, pois têm menor estabilidade, em relação ao teto duplo. Além disso, há o risco maior de ocorrer passagem ou transbordamento de produto líquido armazenado, para cima do convés ou deck, ou entrada para o interior dos compartimentos do flutuador e ainda a inundação do teto com água devido à chuva torrencial. No teto flutuante interno, que não é afetado por chuva, já que é coberto por teto fixo, o adernamento poderia ocorrer somente por efeito do produto transbordante, inundando o deck ou os flutuadores. Como, modernamente, nos tetos flutuantes internos, tanto a chaparia do deck como os flutuadores são fabricados de liga de Alumínio, trincas e furos por ataque corrosivo, que dessem passagem ao produto, são improváveis. Outra hipótese também remota é o teto flutuante interno ficar preso em colunas da estrutura de suportação do teto fixo, porém com o uso atual de cobertura de domo geodésico, de liga de Alumínio, que se apóia apenas no topo do costado, prescindindo de estrutura suporte interna, isso não acontece. Assim a possibilidade de adernamento não é cogitada para teto flutuante interno, nesse trabalho, ou seja, as análises apresentadas aplicam-se aos tetos flutuantes externos.

Figura esquemática de um teto flutuante interno com flutuadores e deck fabricados de liga de Alumínio

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2. Componentes e acessórios de tanques de teto flut uante A seguir, são ilustrados os componentes e acessórios dos tetos flutuantes, externo e interno, citados nas análises das diversas hipóteses dos eventos que podem ocasionar o adernamento do teto. Nomenclatura de componentes e acessórios de tanque de teto flutuante interno

1. Boca de visita do teto fixo 2. Coluna suporte do teto fixo 3. Indicador de nível 4. Selo de vedação periférico 5. Dispositivo ou válvula quebra vácuo 6. Selagem da passagem da coluna através do teto flutuante 7. Cabo de equalização estática 8. Funil para coleta de amostra do produto 9. Boca de visita do teto flutuante 10. Chaparia do convés ou deck e flutuadores 11. Cabo anti-rotacional 12. Respiradouros do tanque 13. Tubo guia do anti-rotacional 14. Perna suporte do teto flutuante 15. Tubo difusor de entrada de produto líquido no tanque 16. Reforço localizado para apoio da perna suporte na chaparia de fundo

Nomenclatura de componentes e acessórios de tanque de teto flutuante externo

Teto flutuante tipo pontão ou pontoon com flutuador periférico dividido em compartimentos estanques

Teto flutuante tipo duplo ou double deck com flutuadores divididos em compartimentos estanques

3. Teoria básica de funcionamento do teto flutuante

Tetos flutuantes são empregados sempre que o produto líquido armazenado apresenta compostos com características muito leves, isto é de alta pressão de vapor.

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Desta forma, esses tetos são projetados para flutuarem sobre a superfície do líquido, acompanhando os movimentos de subida e descida de nível do produto e, consequentemente, impedindo a perda de produto para a atmosfera, sob a forma de uma mistura de vapor e ar. Em se tratando de refinarias ou plantas petroquímicas, essas misturas de ar e vapor de hidrocarbonetos são inflamáveis e não devem ser liberadas para a atmosfera, uma vez que, além de representarem perdas consideráveis de produto (problema econômico e ambiental), representam consideráveis riscos de segurança. Isso porque tais misturas inflamáveis podem vir a sofrer uma ignição pela presença nas proximidades de alguma fonte elétrica, como centelha eletrostática, ou de calor ou pela ocorrência de uma descarga atmosférica, um raio, dentro do volume da nuvem de vapor de hidrocarboneto.

O princípio físico de funcionamento de tetos flutuantes é o do “empuxo”. Empuxo é uma força que aparece sempre que há um corpo mergulhado em um líquido. Essa força de empuxo é igual ao peso equivalente ao volume do líquido deslocado. Desta forma, quando há o apoio de um teto flutuante com determinado peso na superfície de um líquido, ele inicialmente e gradativamente afunda no líquido. À medida que parte do teto afunda, ocorre um aumento do nível correspondente ao volume de líquido deslocado. Como resultado aparece a força empuxo, com sentido oposto ao da força peso, e que cresce conforme o volume deslocado aumenta, ou seja que o teto afunda. Se o volume deslocado for adequadamente projetado, em um determinado momento a força de empuxo se iguala à força peso e nesse caso o teto começa a flutuar.

Logo, como o empuxo é uma força igual ao peso do volume do líquido deslocado, quanto mais denso o líquido, para um determinado volume deslocado, maior a força de empuxo. Da mesma forma, para um líquido mais leve ou menos denso, menor será a força de empuxo para um determinado volume de líquido deslocado.

Resumindo, para um determinado teto flutuante de peso conhecido, quanto mais leve (menos denso) o produto líquido no qual ele flutua, maior será o volume necessário de líquido a ser deslocado para equilibrar a força peso, logo o teto afunda mais em produtos mais leves. Quanto mais pesado (mais denso) o produto líquido no qual o teto flutua menor será o volume necessário a ser deslocado para equilibrar a força peso, logo o teto afunda menos em produtos mais pesados. Para se evitar acidentes com produtos líquidos leves, o teto flutuante externo, conforme a norma de projeto e construção, API Std 650 Anexo C, é projetado para flutuar em líquidos com densidade mínima 0,7, ou menor se especificado pelo comprador e indicado na folha de dados do tanque. Ainda conforme o API Std 650 Anexo C, o teto flutuante externo deve manter a flutuabilidade nas seguintes condições:

a- Para o teto flutuante de pontão ou flutuador periférico, com o dreno do teto inoperante e 250 mm de precipitação pluviométrica, água de chuva, em um período de 24 horas, sobre a área horizontal total do tanque.

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Essa condição não se aplica ao teto flutuante duplo que tem drenos de emergência que são projetados para garantir um volume mínimo e seguro de água acumulada. Os tetos flutuantes duplos ou double deck devem ter no mínimo três drenos de emergência, constituídos por tubos abertos em ambas as extremidades, projetados para prevenir o afundamento do teto, durante graves eventos de precipitação pluviométrica. A elevação externa dos drenos de emergência deve ser tal que o topo da periferia do teto não possa ser submersa, nem permitir que o produto transborde para cima do teto. Os drenos de emergência são proibidos em tetos flutuantes de pontão periférico.

b- Para o teto flutuante de pontão ou flutuador periférico com o convés ou deck e dois compartimentos contíguos ou adjacentes do pontão furados e inundados com o produto, sem a presença simultânea de água ou de carga viva. Para o teto flutuante duplo com quaisquer dois compartimentos adjacentes perfurados e inundados, sem a presença simultânea de água ou de carga viva. .

4. Referências • API Recommended Practice 575 Guidelines and Methods for Inspection of Existing

Atmospheric • API STANDARD 650 Welded tanks for oil storage

o Annex C External floating roofs o Annex H Internal floating roofs

• API STANDARD 653 Tank Inspection, Repair, Alteration, and Reconstruction and Low Pressure Storage Tanks

• API Recommended Practice 2003 Protection Against Ignitions Arising Out of Static, Lightning, and Stray Currents

• Norma Petrobras N-270 Projeto de Tanque de Armazenamento Atmosférico http://sites.petrobras.com.br/CanalFornecedor/portugues/requisitocontratacao/requisito_normastecnicas.asp

5. Situação operacional do teto flutuante externo 5.1. Insolação do teto flutuante tipo pontão

O deck ou convés tem, normalmente, uma grande área sujeita ao processo de insolação, devido à exposição aos raios solares. Esta insolação aumenta a temperatura da chaparia do deck, podendo chegar acima de 60ºC, e este calor em parte é transferido à superfície do fluido líquido armazenado. Desta forma a pressão de vapor do produto líquido, que normalmente já é alta (daí o armazenamento em tanque de teto flutuante), aumenta com a temperatura, propiciando a formação de bolsões de gás e vapor sob o teto. Isto é agravado pelo fato de que, apesar do produto líquido ser homogeneizado via misturadores, em função do diâmetro do tanque, nas partes superiores acabam sobrenadando as frações mais leves.

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Esta pressão de vapor exerce uma incrível força para cima sobre o teto, levantando-o localizadamente.

5.2. Insolação e chuva

Caso chova, devido à instabilidade do teto causada pelo produto que evaporou e se acumulou sob o teto flutuante, a água pode vir a deslocar-se para um dos lados, inclinando o teto, perigosamente. Como não existem normalmente drenos neste ponto de acúmulo de água, a situação pode tornar-se crítica e o teto adernar. Ao ocorrer o início do adernamento ainda há o risco do produto líquido transbordar para cima do teto, agravando mais a ocorrência.

Para que isto não ocorra, é preciso que seja previsto um sistema de alívio de pressão neste tipo de teto flutuante, que elimine os vapores de produto gerados, impedindo a formação de bolsão sob o teto, que tende a desequilibrar o teto flutuante.

6. Produtos com maior risco de flutuação instável d o teto As ocorrências de adernamento de teto flutuante mais comuns são com produtos líquidos de pressão de vapor acima de 0,75 kgf/cm2 (76 kPa) (11,1 psig), na maior temperatura de armazenamento, associada com a baixa densidade, menor que 0,7, que comprometem a estabilidade do teto. Há produtos específicos que, ao serem armazenados em tanques de teto flutuante externo, acarretam, via de regra, maior risco de adernamento, são eles: a) Nafta petroquímica fora da especificação

Adquirida como comodities de baixo valor agregado, pelo fato de terem densidade abaixo da faixa normal da especificação e pressão de vapor acima dos limites convencionais.

b) Condensado de petróleo ou C5+ Produto oriundo de produção de poço de petróleo, normalmente incorporado à corrente de petróleo.

c) Condensado Argelino Petróleo leve, de alto grau API e pressão de vapor elevada, adquirido para ser utilizado como blending.

7. Causas mais frequentes de adernamento parcial ou afundamento total do teto

flutuante As situações mais comuns, que podem comprometer a flutuabilidade do teto flutuante, levando-o a adernar parcial ou totalmente, são:

Ocorrências Descrição

1. Compartimentos do pontão periférico inundados com produto, devido a furo na chaparia.

O API 650 Anexo. C requer que a flutuabilidade do teto deve ser assegurada mesmo com dois compartimentos contíguos furados e inundados. Daí a inspeção periódica do convés e dos compartimentos do pontão é fundamental.

2. Lençol de chapas (“deck”) inundado

O API 650 Anexo C requer a flutuação do teto com o lençol central inundado por 250 mm de lâmina de água de chuva, devido a mau

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funcionamento ou entupimento do dreno de água pluvial, ou ainda insuficiência de pontos de drenagem do teto. A inundação localizada em regiões mais deformadas do lençol é muito perigosa e deve ser prevenida com drenagem específica para estes locais, isto é, instalando-se, preventivamente, bacias de auxiliares nesses locais interligadas às bacias com dreno.

3. Pressão de vapor

elevada do produto armazenado

A pressão de vapor elevada do produto armazenado, sob o efeito de aquecimento por insolação da chaparia do deck do teto flutuante, eleva muito a pressão exercida pelo espaço de vapor (volume entre o nível do líquido e a superfície interna do teto flutuante), que pode superar a pressão exercida pelo peso do teto sobre o líquido. Neste caso, não existindo dispositivos de alívio sobre o teto o mesmo pode flutuar sobre um bolsão de vapor de forma instável.

4. Abaulamento do teto, propiciando o deslocamento e concentração de gases e vapores no espaço de vapor formado sob o teto, desestabilizando-o.

As presenças simultâneas, de inundação pela chuva do lençol de chapas do deck e do colchão de gases e vapores se deslocando sob o teto, podem levar à inclinação do teto, pois desloca a água acumulada para um local específico do teto flutuante, sem possibilidade de esgotamento pelo dreno existente, desestabilizando o teto e levando ao abaulamento.

5. Armazenamento de produto leve de densidade muito baixa, abaixo da densidade mínima de projeto do teto flutuante.

Neste caso, o teto afunda no líquido mais que a profundidade admissível, podendo ultrapassar as cotas dos flutuadores ou as cotas dos bocais dos dispositivos de alívio. O produto passa para cima do teto flutuante, aumentando a força peso do conjunto (peso da estrutura metálica do teto e de parte da carga da escada apoiada + peso de água acumulada sobre o teto) e podendo ocasionar o afundamento total do teto.

6. Passagem de produto

pelos dispositivos quebra-vácuo.

Estes dispositivos são projetados para abrir quando o teto se apóia sobre o fundo do tanque, de modo que por sucção do produto não seja gerado vácuo sob o teto, o que levaria ao seu colapso. Entretanto, estes dispositivos devem possuir uma altura razoável, acima

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do teto flutuante, de modo que mesmo em caso de adernamento parcial (inclinação do teto flutuante) ou em caso de afundamento maior do teto em produto mais leve, não ocorra o extravasamento de líquido pelos mesmos, para a parte superior do teto, o que poderia levar ao agravamento da situação.

7. Passagem de produto

pela guia das pernas

Por armazenamento de produto muito leve, o nível de produto pode subir e ser superior à altura da guia das pernas de apoio do teto flutuante no fundo do tanque.

Perna de apoio do teto no deck Perna de apoio do teto no pontão

8. Entrada de água de chuva ou do próprio líquido pelas bocas de inspeção dos flutuadores.

Cada flutuador periférico possui uma boca de inspeção através da qual é possível se verificar se estes compartimentos estão estanques. Entretanto, em muitos projetos a tampa destes compartimentos é simplesmente apoiada. No caso de adernamento parcial do teto, devido ao acúmulo de produto ou no caso do acúmulo de água de chuva em grande volume sobre o

O nível da camisa das pernas de apoio não deve permitir o transbordamento do produto armazenado

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“deck”, caso o líquido penetre pelas bocas de inspeção ele levará ao enchimento dos flutuadores, um a um, o que acabará levando ao afundamento de todo o teto flutuante.

9. Recebimento de

produto com baixa densidade (< 0,7) em tanque de teto flutuante não previamente dimensionado para tal situação

Essa condição, mesmo após a devida avaliação técnica, acarreta uma maior tendência de instabilidade no processo de flutuação do teto, que pode ser agravada pela possibilidade de formação de bolsões de gás sob o teto.

10. Recebimento de produto aquecido em tanques contendo produtos leves

Essa condição provoca a vaporização dos leves, contido no lastro do tanque, de forma mais rápida e a consequente formação de bolsões de gás sob o teto.

11. Produtos que propiciam a formação de fungos

Alguns tanques de teto flutuante externo, que alternadamente armazenam óleo diesel e nafta, apresentam a característica de acumular sobre o teto flutuante uma extensa colônia de fungos, que altera a textura e coloração da tinta, escurecendo a pintura externa (redução do fator de emissividade), ocasionando maior absorção de energia solar, contribuindo assim para a formação de bolsões de vapor sob o teto.

12. Polidutos que operam com GLP entre dois plugs de gasolina

Por falha operacional, durante o corte da interface entre os dois produtos, é possível a ocorrência de arraste de GLP para tanques de teto flutuante armazenando gasolina, que ocasiona a formação repentina de grandes bolsões de vapor.

13. Bombeio em dutos aéreos de grande extensão

A absorção de calor pelo produto no interior do duto, devido à radiação solar, combinada com elevada pressão de bombeio, necessária ao seu deslocamento em grandes desníveis (ex.: Serra do Mar), possibilita a formação de consideráveis bolsões de vapor, quando o produto se expande ao entrar no tanque atmosférico de teto flutuante.

14. Travamento da escada sobre o teto

A escada móvel que liga a parte mais alta do costado ao teto flutuante trava, impedindo que o teto suba, por exemplo, ao acompanhar o nível do líquido durante a operação de recebimento. Isto pode ocorrer devido ao desalinhamento entre as rodas na extremidade da escada e os trilhos sobre o teto, ou devido ao emperramento das articulações existentes na escada.

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15. Travamento ou

agarramento do dreno articulado sob o teto.

Neste caso, durante operações de enchimento, a corrente que limita o movimento do dreno articulado pode soltar-se, prendendo-se em outro ponto do dreno, impedindo o seu movimento. O dreno então impede a movimentação do teto causando o adernamento.

16. Entupimento da bacia de drenagem de água pluvial sobre o teto.

Impossibilita o esgotamento do teto, podendo acumular a água de chuva além do admissível.

17. Travamento do teto flutuante no anti-rotacional.

Embora menos provável, pode ocorrer principalmente nos casos onde o tubo anti-rotacional funciona também como bocal de amostragem do produto armazenado, devido à existência de rasgos oblongos ao longo do comprimento do mesmo.

18. Agarramento do teto flutuante no anti-rotacional devido à inclinação excessiva do teto.

Pode acontecer quando o teto se torna instável, por ex. devido ao armazenamento de petróleo diluído com condensado. A radiação solar é suficiente para elevar a temperatura do teto até cerca de 60ºC. Isto propicia a geração de vaporizado, que se concentrando em ponto alto do teto acarreta a sua elevação localizada. Se a inclinação se torna muito pronunciada pode ocorrer o “agarramento” do teto no anti-rotacional e a passagem de óleo para cima do teto, comprometendo a flutuabilidade e podendo provocar o adernamento do teto.

19. Travamento do teto flutuante no costado do tanque.

Muito pouco provável de ocorrer. Isto somente pode ocorrer se há uma grande deformação no costado ou a existência de alguma peça indevidamente soldada internamente ao costado, durante algum trabalho de manutenção, e que não houvesse sido removida.

20. Possível agarramento do selo periférico de vedação do espaço vapor, entre o teto flutuante e o costado, prendendo o teto.

O desprendimento do perfil “D”, de borracha maciça dos selos Petrobras PW, do seu alojamento nas chapas-mola ou o empenamento de parte das chapas-mola, pode acarretar que a chapas-mola se atrite sobre o costado, prendendo-se nos cordões de solda circunferenciais, rugosidades e mossas da parede, terminando por deformar-se e invertendo a deflexão, particularmente na subida do teto.

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21. Mau funcionando e travamento do selo de vedação periférico, entre o teto flutuante e o costado, prendendo-se no costado do tanque.

Outra fonte de problemas que causam o mau funcionamento dos selos PW é o dreno rígido articulado. Á medida que o teto sobe ou desce, o dreno articulado empurra o teto para um lado ou outro e com isso altera a sua distância em relação ao costado. Isso pode provocar chapas mola excessivamente deformadas, em uma região onde o teto ficou muito pressionado sobre o costado, e o possível travamento do teto. Uma possível solução para este problema é trocar o dreno de tubos articulados, que é rígido, por dreno de mangote flexível, que não causa esforços sobre o teto.

Teto flutuante com dreno de tubos rígidos e juntas articuladas

Teto flutuante com dreno de mangote flexível

22. Furo dos flutuadores periféricos e/ou furo na chaparia do

Para aumentar a segurança dos tetos flutuantes, os flutuadores periféricos são divididos em compartimentos estanques, de modo que a existência de furo e a entrada de produto em um deles não afetem os

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“deck”.

demais. Quando um flutuador é comprometido ele deixa de funcionar como “bóia”. A norma prevê que o projeto considere pelo menos dois compartimentos contíguos ou adjacentes furados e furo também na chaparia do “deck”, devendo os tetos flutuantes ser projetados e testados para esta condição.

23. Entupimento dos dispositivos de drenagem sob o teto flutuante e acúmulo de água de chuva sob o teto.

Neste caso, normalmente, a norma já prevê uma margem de segurança no projeto de tetos flutuantes, sendo os mesmos projetados e testados para a existência de uma carga peso de água equivalente a 250 mm de lâmina d’água, corrigida para a densidade do produto. Entretanto é um problema que pode tornar contornos perigosos quando da simultaneidade de pressão de vapor alta do produto e vaporização do mesmo sob o teto.

24. Furo no dreno do teto flutuante, permitindo que penetre o produto e transborde pela bacia de drenagem sobre o teto.

O dreno do teto flutuante se inicia na bacia de drenagem do teto e termina em um bocal no costado. Esse bocal tem uma válvula de bloqueio interligada, que deve permanecer aberta, de modo que em caso de furo no dreno e o produto penetre, ele saia para o exterior. É a forma segura de operação do tanque de teto flutuante.

8. Medidas preventivas para manter a flutuabilidade do teto flutuante externo em

situações de emergência, contra o risco de adername nto Periodicamente, conforme plano de inspeção estabelecido, pelo órgão de Inspeção, promover a avaliação e a manutenção preventiva dos seguintes componentes:

• Efetuar a manutenção adequada da escada sobre tetos flutuantes de modo que sejam verificadas as rodas de deslizamento, o alinhamento dos trilhos e as articulações, de modo que não ocorram travamentos em operação.

• Verificar as condições do dreno flexível e das correntes que limitam seus

movimentos, a cada parada de manutenção, de modo que não ocorra o travamento do dreno flexível em operação.

• Verificar as condições do sistema anti-rotacional, de modo que não existam peças soltas ou componentes danificados, que possam travar o movimento do teto flutuante, quando em operação.

• Verificar a densidade e a pressão de vapor de produtos líquidos armazenados em tanques de teto flutuante e compará-los em relação aos valores de projeto.

• Verificar, através da instalação de mangueiras de água sobre o teto, as condições de drenagem do teto flutuante, quanto ao caimento adequado da água para as bacias dos drenos e inexistência de obstruções no funcionamento da válvula de retenção da bacia.

• Verificar a situação de estanqueidade dos flutuadores através da inspeção pelas

bocas de inspeção.

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• Promover o fechamento estanque das bocas de inspeção dos flutuadores, de modo que mesmo sob adernamento parcial do teto, não ocorra a entrada de produto ou água de chuva nos flutuadores.

Boca de visita com vedação estanque

• Avaliar a possibilidade de isolamento térmico da área do convés ou deck. Este isolamento impede o aquecimento da chaparia e, consequentemente, reduz os riscos de vaporização de produtos mais leves, abaixo da superfície do teto flutuante. Entretanto, o material isolante neste caso tem que ser leve, impermeável e à prova de fogo, para não propagar um incêndio no interior do tanque. Um possível fornecedor dessas placas de isolamento térmico é o fabricante UNIFRAX.

• Uma opção ao isolamento térmico é pintar o teto flutuante com tinta reflexiva, para reduzir o aumento da temperatura de metal do teto, devido ao aquecimento proveniente da radiação solar. É o revestimento através de pintura, do fabricante DURATHERM, uma tinta à base cerâmica. Uma característica interessante deste revestimento é sua cor, um branco cerâmico, que permite grande reflexão dos raios solares. Como é à base de água, há problemas com a aplicação do produto em épocas de chuva intensa, pois a tinta aplicada é removida pela chuva.

• Instalar bacias ou captores auxiliares de drenagem de água pluvial, em locais a serem definidos no teste de flutuabilidade do teto, interligados com a caixa de drenagem principal, por tubos sob o teto.

• Montar tubos flutuadores sob o teto no local da escada articulada, compensando o

peso adicional da escada, que tende a deformar a chaparia e cria uma depressão para o acúmulo de água.

• Promover o uso de dispositivo de alívio da pressão gerada sob o teto, instalado nos

pontos altos do teto, identificados durante o teste de flutuabilidade.

• Manter um programa de inspeção rotineira das condições de trabalho do selo de vedação periférico da flutuabilidade do teto flutuante.

• Alívio dos gases acumulados sob o teto flutuante

Há necessidade de dois tipos de dispositivos. • O primeiro é o quebra-vácuo, que tem a função de permitir a saída do ar e

vapores existentes, quando o teto está apoiado no fundo, no inicio da operação de enchimento do tanque, e permitir a entrada de ar, evitando a formação de vácuo durante o esvaziamento, após o teto apoiar no piso.

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Uma vez que o teto passa a flutuar sobre o liquido, o dispositivo quebra-vácuo deve manter-se fechado.

Dispositivo quebra -vácuo

O comprimento do bocal do dispositivo quebra-vácuo deve ser de modo a impedir, em caso de adernamento parcial do teto, que produto extravase por estes pontos para a superfície do teto flutuante.

• O segundo é a válvula de alívio que evita acumular gases ou vapores sob o

teto, enquanto o teto se encontra flutuando. Dependendo do local em que os gases e os vapores ficam acumulados sob o teto, eles podem provocar desde uma pequena inclinação do teto e até o seu adernamento.

Dispositivo de alivio de vapores e gases sob o teto flutuante

1- Corpo 2- Fura-bolhas 3- Tubo de alívio acima do nível do anel flutuador periférico 4- Flange de vedação 5- Anel “O ring”: borracha resistente ao produto 6- Disco calibrado com superfície polida: peso por área menor que o peso por área do disco central ou deck 7- Capa de proteção perfurada

O dispositivo de alivio de vapores e gases sob o teto flutuante deve evitar o acúmulo de gases sob o disco central do teto e para ser eficiente deve ter as seguintes características:

• Ser o mais leve possível, para minimizar a deformação localizada na chapa do teto;

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• Manter-se estanque quando não há bolhas de gás ou vapor sob o teto, de modo evitar a entrada de ar e a perda por evaporação do produto;

• Ser de fácil inspeção e manutenção; • Evitar a passagem do produto do tanque para superfície externa do teto.

9. Medida corretiva e provisória, para recuperar a flutuabilidade do teto flutuante

externo com compartimento do flutuador pontão furad o É o recurso da utilização de esferas ocas de plástico polietileno, destinadas a preencher compartimentos furados de teto flutuante de flutuador tipo pontão periférico de tanques, com o intuito de restaurar a flutuabilidade do teto comprometido. Durante a operação, quando são submetidas a esforços mecânicos cíclicos e meios corrosivos, as chapas de fundo dos compartimentos estanques do flutuador do teto flutuante, trincam ou simplesmente furam, ocorrendo a inundação com o produto armazenado e, ao longo do tempo, o comprometimento da estabilidade do teto. O código de projeto e fabricação dos tetos flutuantes - API Std 650 Anexo C- requer que o teto ainda consiga flutuar com até dois compartimentos contíguos inundados, porém em muitas situações, há mais compartimentos furados e não é possível retirar o tanque de operação, assim uma solução provisória e temporária é necessária. A aplicação de esferas ocas, no interior dos compartimentos furados, visa restaurar as condições de flutuação próximas do projeto e prover uma sobrevida ao teto. As características básicas das esferas de polietileno são: a) Fabricadas com material plástico, tipo polietileno de alta densidade, inerte ao ataque químico

dos hidrocarbonetos presentes no petróleo e seus derivados e resistente à radiação ultravioleta.

b) Material com impregnação de aditivo antiestático, que garanta a ausência ou o acúmulo de carga elétrica durante o atrito provocado no transporte, na instalação e na aplicação no compartimento. Adicionalmente, quando em operação, devido à movimentação do teto flutuante, as esferas ao se atritarem não podem gerar ou acumular eletricidade estática, que poderia iniciar um processo de combustão dos gases retidos nos compartimentos.

c) Forma esférica ou próxima da esfera, oca, que permita uma boa compactação, preenchendo o máximo possível o volume interno do compartimento.

d) Diâmetro nominal de 75 a 100 mm e espessura que garanta uma resistência mecânica compatível para resistir ao transporte, ao armazenamento, e à compressão devido à compactação, no interior do compartimento, e ao empuxo do produto, quando em serviço.

e) Fornecidos em pacotes que permitam a passagem por boca de visita do compartimento do flutuador, com o mínimo de 590 mm de diâmetro interno.

f) Fabricação com injeção em matriz e sem qualquer furo na peça acabada; g) Vida útil mínima acima de 10 anos com possibilidade de reuso e mantida as características

antiestáticas. h) Possíveis de aplicação enquanto o tanque está em serviço.

Maiores informações estão no site AW Hudson Supply Co., Inc. http://www.awhtank.com/floating-roof-pontoons-leaking

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Anexos Anexo 1 API STANDARD 650 Welded Tanks for Oil Storage ANNEX C-EXTERNAL FLOATING ROOFS C.3.4 PONTOON DESIGN C.3.4.1 Floating roofs shall have sufficient buoyancy to remain afloat on liquid with a specific gravity of the lower of the product specific gravity or 0.7 and with primary drains inoperative for the following conditions: a. 250 mm (10 in.) of rainfall in a 24-hour period over the full horizontal tank area with the roofs intact. This condition does not apply to double-deck roofs provided with emergency drains designed to keep water to a lesser volume that the roofs will safely support. Such emergency drains shall not allow the product to flow onto the roof. Note: The rainfall rate for sizing the roof drains in C.3.S may result in a larger accumulated rainfall. b. Single-deck and any two adjacent pontoon compartments punctured and flooded in single-deck pontoon roofs and any two adjacent compartments punctured and flooded in double-deck roofs, both roof types with no water or live load. C.3.8.2 Emergency Roof Drains Double-deck roofs shall have a minimum of three open-ended emergency roof drains designed to provide drainage to prevent sinking the roof during severe rainfall events. Emergency drains are prohibited on single-deck floating roofs. Elevation of the emergency overflow drains shall be such that the outer rim cannot be completely submerged. These drains shall discharge at least 300 mm (1 ft) below the bottom of the roof and shall consist of open-ended pipes, braced as necessary to the roof structure. The drains shall be sized to handle the rainfall specified by the Purchaser, with a minimum diameter of NPS 4. The drains shall be sealed with a slit fabric seal or similar device that covers at least 90% of the opening that wil1 reduce the product exposed surfaces while permitting rainwater passage. The drains shall be fabricated from Schedule 80 pipe, or heavier, and fittings with 6 mm (l/4-in.) thick roof deck reinforcing plates. C.3.8.3 Out-of-Service Supplementary Drains Threaded pipe couplings and plugs with a GOO-mm (24-in.) extension "T-bar" handle shall be provided as supplementary drains when the roof is resting on its legs and when the primary drains are inoperative. The number of drains shal1 be based on the specified rainfall rate (see Line 33 of the Data Sheet) and tank size. Fittings shall be at least NPS 4. Plugs shall have threads coated with a non-stick coating or anti-seize paste such as tetrafluoroethylene. One supplementary drain shall be located adjacent to the ladder track. Anexo 2 Especificação técnica das esferas ocas de plástico Crédito a Jair Márcio Costa da Petrobras ESFERA; PLÁSTICO PEAD; PARA FLUTUAÇÃO DE TETO DE TANQUE DE PETRÓLEO; COM FORMULAÇÃO QUE GARANTA A ELIMINAÇÃO TOTAL DA CARGA ESTÁTICA, ALÉM DE SER COMPATÍVEL QUIMICAMENTE A HIDROCARBONETOS; DN 3" (76,20 MM); EMBALAGEM: SACO CONTENDO 1 METRO CÚBICO. REFERÊNCIA: AW HUDSON SUPPLY CO., INC BUOYANCY RECOVERY SYSTEM FOR LEAKING PONTOONS Obs.: Quando da entrega, é necessária a apresentação do Certificado de Garantia de Qualidade do produto, especialmente quanto à segurança (por envolver energia estática e possível risco de incêndio) e vida útil de 20 anos, conforme Norma API Std 653. BALL, PLASTIC HDPE, DIAMETER: 3 IN, WITH FORMULATIONS OF ELECTRICALLY CONDUCTIVE PLASTIC SHOULD ELIMINATE THE BUILDUP OF STATIC CHARGES, IN A MESH NET BAG, IT WILL BE CHEMICAL COMPATIBLE WITH CRUDE OIL AND GASOLINE - WILL NO CHANGE IN PHISICAL PROPERTIES, USEFUL LIFE MORE THAN 20 YEARS, WHICH IS MAXIMIUM TUNAROUND INTERVAL ALLOWED BY API Std 653.

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REFERENCE: AW HUDSON SUPPLY CO., INC BUOYANCY RECOVERY SYSTEM FOR LEAKING PONTOONS IT'S NECESSARY TO SEND A QUALITY CERTIFICATE. -x-