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5 Aditivos em Alimentos 5.1 - Definio e importncia a substncia intencionalmente adicionada com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que no prejudique seu valor nutritivo. Os cinco principais objetivos de utilizao, segundo o Codex Alimentarius (comit ligado OMS) so: - produzir alimentos mais atrativos - aumentar o tempo de prateleira - facilitar o processamento - melhorar a qualidade nutricional - usos especiais, como os diabticos 5.2 - Classificao dos aditivos Pela legislao brasileira, as categorias (classe funcional) de aditivos utilizados so: 5.2.1 - Acidulantes (H): realam ou proporcionam o sabor cido de alguns alimentos. Exemplos de alimentos: bebidas gasosas, gelias, sorvetes, balas. Nomes: cido ctrico (H II), fosfrico (H III), fumrico (H IV), lctico (H VII), etc. 5.2.2 - Antiespumferos (AT): interferem na tenso superficial dos lquidos. Os antiespumferos evitam a formao de espuma em tomate, xaropes, etc. E os espumferos usados em cerveja, chopp para promover a formao de espuma. Exemplo: dimetilpolisiloxana (AT I). 5.2.3 - Antioxidantes (A): previne a oxidao em leos e gorduras. Exemplos: - cido ascrbico (A I): uso em alimentos infantis, produtos de frutas, gelatina, etc. - cido fosfrico (A III): margarina - cido ctrico (A II): hortalias, frutas - BHA (A V) e BHT (A VI): leite de coco, leos, margarinas 5.2.4 - Aromatizantes-flavorizantes: substncias que conferem ou intensificam o sabor e o aroma dos alimentos. - Aroma artificial de .................................. - Aroma natural de ................................... - Aroma natural reforado de ................... - Aroma reconstituido de .......................... - Aroma imitao de ................................. Exemplos: - diacetila (manteiga, margarinas) - vanilina (confeitaria, panificao) 5.2.5 - Conservadores (P): so substncias com a funo de manter a aparncia, a palatabilidade, controle de crescimento microbiano. Exemplos: - cido benzico e seus sais de sdio, potssio e clcio (P I): leite de coco, refrigerantes, sucos, etc. - nitrato/nitrito (P VII): conhecido com salitre, uso em carnes curadas. 3.2.6 - Corantes (C): funo de melhorar/criar cor em produtos. A legislao brasileira permite o uso de 8 (oito) tipos de corantes artificiais e entre os naturais, os mais utilizados so: urucum, de beterraba, uva. Exemplos: - caramelo (C V): refrigerantes de cola, recheios, pudins - eritrosina (C II): gelatinas, xaropes - beta caroteno (C I): uso em macarro

52.7 - Edulcorantes: substncia no glicdica, capaz de conferir sabor doce aos alimentos. Exemplos: - sacarina ( 300 vezes mais doce que a sacarose) - ciclamato (30 vezes mais doce que a sacarose) - aspartame (200 vezes mais doce que a sacarose) - esteviosdeo (300 vezes mais doce que a sacarose) 5.2.8 - Espessantes (EP): garantem a consistncia dos produtos. Exemplos: - agar-agar (EP I): confeitaria, sobremesas - carragena (EP X): bebidas nutricionais, flans, pudins - alginato (EP II): recheios, leites aromatizados 5.2.9 - Estabilizantes (ET): substncias que favorecem e mantm as caractersticas fsicas das emulses e suspenses. Exemplos: - caseinato de sdio (ET V): produto de confeitaria - citrato de sdio (ET VI): leites esterilizados - cloreto de clcio (ET XLIV): conservas de vegetais 5.2.10 - Umectantes (U) e Antiumectantes (AU): interferem no grau de umidade dos alimentos industrializados. Os umectantes tem a funo de reter a umidade (como nos bolos) e os antiumectantes so usados para evitar a absoro de umidade (como em p para refresco, sopas) - Exemplos de antiumectantes: - carbonato de clcio (AU I): sal de mesa, refrescos - dixido de silcio (AU VIII): p para gelatina - Exemplos de umectantes: - glicerol (U I): balas, coco ralado - sorbitol (U II): produtos de confeitaria 53 Consideraes sobre utilizao de aditivos Os aditivos so regulamentados pela Portaria SVS/MS 540/97 (DOU 28/10/97). Segundo a ANVISA (Agncia Nacional da Vigilncia Sanitria) existem questes importantes sobre aditivos que esto resumidas a seguir: 01) O que so aditivos e para que servem? qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem propsito de nutrir, com o objetivo de modificar as caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas ou sensoriais durante a fabricao, processamento, preparao, etc. 02) Eles so prejudiciais sade do consumidor? A segurana o fator principal, assim se espera que antes de ser autorizado um aditivo, deve ter sido submetido a uma adequada avaliao toxicolgica considerando o efeito acumulativo, sinrgico e de proteo. Dados atualizados devem estar sempre chegando s autoridades competentes. 03) possvel ter alergia algum aditivo? Existem comits internacionais que esto sempre avaliando documentao cientfica do mundo inteiro e os dados de intolerncia, alergenecidade e hipersensibilidade: Quando os dados estiverem disponveis!. 04) Quais os critrios de liberao de um aditivo? Os aditivos so regulamentados pelo MS (ANVISA) de acordo com a Resoluo 23 (DOU 16/03/00). 05) Quais os aditivos mais comuns? Quais alimentos possuem aditivos?

Como j dito, os aditivos so utilizados por razes tecnolgicas, nutricionais ou sensoriais, respeitando a IDA estabelecida pela FAO/OMS. o fabricante que determina a quantidade e o aditivo a ser utilizado, respeitando a legislao especfica. 06) As informaes sobre aditivos so obrigatrias nas embalagens? Devem vir na lista de ingredientes, aps a descrio destes. 07) Onde pode-se reclamar sobre o assunto? A fiscalizao exercida pelas Vigilncias Sanitrias Estaduais e Municipais. 08) Mais informaes importantes? - lembrar que aditivo no um potencial agente causador de problemas de sade. E que h numerosas substncias naturais nos alimentos que so suspeitas de serem carcinognicos; - o uso deve ser limitado alimentos especficos em condies especficas e no menor nvel possvel; - jamais utilizar quando houver evidncias ou suspeitar que o aditivo no seguro para o homem, encobrir falhas no processamento da matria prima ou confundir o consumidor. Para assegurar todas a condies de segurana, os aditivos se dividem em intencionais (quando adicionado propositadamente no alimento, podendo ser optativo) ou incidentais (provenientes da pulverizao de vegetais, no utilizados em dosagem adequada e antibiticos em carnes, leite. Alguns autores salientam que os testes de tonidez so imperfeitos por duas razes principais: - nmero insuficiente para um resultado estatsticos significante; - reao em animais pode ser diferente, assim no se pode considerar grama por quilo de peso vivo como seguro. O aspartame um aditivo que apresenta sempre foco de controvrsia. Segundo a ANVISA, ele seguro porque no seu metabolismo liberado dois cidos: cido asprtico e fenilalanina, e o metanol e a quantidade de cido asprtico no sangue bem abaixo das doses consideradas como prejudiciais sade. A fenilalanina fica bem abaixo do nvel de tonicidade, mesmo que se consumir aspartame correspondente 20 latas de refrigerante de uma nica vez. O metanol corresponde a uma ingesto 200 vezes inferior dose txica. Assim, apenas os fenilcetonuricos no devem consumir o aspartame, por isso o destaque: contm FENILALANINA. A ANVISA tambm destaca que no h nenhuma relao com doenas como esclerose mltipla, tumor cerebral, etc. Diz que h dados clnicos realizados em indivduos normais e diabticos, e a quantidade mxima de aspartame que um adulto com 60 kg de pesos pode ingerir por dia 2400 mg (48 envelopes de 1 g com 5% de aspartame) ou 4 litros de refrigerante. Para uma criana com 30 kg de peso, a quantidade correspondente a 24 envelopes ou 2 litros de refrigerante).