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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 01 Olá, Pessoal! Bem-vindos ao curso de Administração Pública em Exercícios para o STM. Espero que vocês gostem do curso e que ele possa ajudá-los a ir bem na prova. Tentaremos ver questões anteriores do CESPE, apresentando itens que são importantes e alguns posicionamentos da banca em questões polêmicas. Nesta aula veremos o seguinte item do edital: Aula 01 - 13/12: 2. Administração pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós- burocrático. Na verdade, veremos metade dele, pois a evolução da administração pública no Brasil ficará para a próxima aula. Boa aula! Rafael. Sumário 1 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................................................2 2 LISTA DE EXERCÍCIOS . ..........................................................................................................................42 3 GABARITO . ..........................................................................................................................................49

Administração Pública Do Modelo Racionallegal Ao Paradigma Pósburocrático

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Noções de Gestão de Pessoas

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CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br1 Aula 01 Ol, Pessoal!Bem-vindos ao curso de Administrao Pblica em Exerccios para o STM. Espero quevocsgostemdocursoequeelepossaajud-losairbemnaprova. TentaremosverquestesanterioresdoCESPE,apresentandoitensqueso importantes e alguns posicionamentos da banca em questes polmicas. Nesta aula veremos o seguinte item do edital: Aula 01 - 13/12: 2. Administrao pblica: do modelo racional-legal ao paradigma ps-burocrtico. Naverdade,veremosmetadedele,poisaevoluodaadministraopblicano Brasil ficar para a prxima aula. Boa aula! Rafael. Sumrio 1 QUESTES COMENTADAS......................................................................................................................22 LISTA DE EXERCCIOS . ..........................................................................................................................423 GABARITO. ..........................................................................................................................................49 CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br2 1Questes Comentadas 1.(CESPE/HEMOPA/2004)NasociologiacompreensivadeWeber,podere dominao so conceitos sinnimos, um substituindo plenamente o outro. Paraentendermososmodelospatrimonialeburocrtico,precisoprimeiro estudarmosasformasdedominaodescritasporMaxWeber.Segundoesse socilogo: Poder significa toda probabilidade de impor a prpria vontade numa relaosocial,mesmocontraresistncias,sejaqualforo fundamento desta probabilidade. Dominaoaprobabilidadedeencontrarobedinciaauma ordemdedeterminadocontedo,entredeterminadaspessoas indicveis. Disciplinaaprobabilidadedeencontrarobedinciapronta, automticaeesquemticaaumaordem,entreumapluralidade indicvel de pessoas, em virtude de atividades treinadas.. Adominaonosignificatodaespciedepossibilidadedeexercerpoderou influnciasobreoutraspessoas.Segundooautor,certomnimodevontadede obedecer,deinteressenaobedincia,fazpartedetodarelaoautnticade dominao.Podemosconsideraradominaocomoasomadopodercome legitimidade. ParaqueumEstadoexista,precisoqueaspessoas(dominados)aceitema autoridade alegada pelos detentores do poder (dominadores). necessrio que os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida como legtima. Portanto, a questo errada, j que poder e dominao no so a mesma coisa na tica de Weber. Gabarito: E. 2.(CESPE/MDS/2006) Max Weber considera a existncia de trs tipos puros de dominao legtima: a tradicional, a racional-legal e a gerencial. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br3 Weberclassificaostrstipospurosdedominaodeacordocomaorigemda legitimidade. DominaoTradicional: aquela em que a legitimidade do soberano vem datradio.baseadanacrenacotidianadasantidadedastradies vigentesdesdesempreenalegitimidadedaquelesque,emvirtudedessas tradies, representam a autoridade. DominaoCarismtica: a legitimidade tem origem no carisma do lder. As pessoasaceitamsuasordensemvirtudedaveneraoextraordinriada santidade,dopoderhericooudocarterexemplardeumapessoaedas ordens por esta reveladas ou criadas. O critrio da legitimidade a lealdade, a devoo afetiva do grupo para com o lder. Dominao Racional-Legal: a legitimidade do soberano dada por uma lei, quefoiracionalmentecriada.baseadanacrenanalegitimidadedas ordensestatudasedodireitodemandodaquelesque,emvirtudedessas ordens,estonomeadosparaexerceradominao.Assim,aspessoas aceitamquedeterminadapessoagoverneeobedecemsuasordensporque h uma lei que diz que essa pessoa deve estar no comando e que diz que tipos de ordens ela pode dar. Obedece-se s regras e no pessoa. A questo errada, trocou a carismtica pela gerencial. Gabarito: E. 3.(ESAF/MPOG-EPPGG/2003)Adominaotradicionalrefere-seaocomando exercidoporsenhoresquegozamdeautoridadepessoalemvirtudedostatus herdado,ecujasordenssolegtimastantoporseconformaremaoscostumes como por expressarem a arbitrariedade pessoal. Na dominao tradicional, o critrio para a aceitao da dominao a tradio, ou seja, os valores e crenas que se perpetuam ao longo de geraes. O Rei governa o Estado porque seu pai era rei, assim como seu av, seu bisav etc. Fundamenta-se nacrenanarotinadetodososdiascomoumainviolvelnormadeconduta, tornando a dominao tradicional extremamente conservadora. Alm disso, no se obedeceaestatutos,maspessoaindicadapelatradiooupelosenhor tradicionalmente determinado. As ordens so legtimas de dois modos: CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br4 em parte em virtude da tradio que determina o contedo das ordens, e da crena no sentido e alcance destas, cujo abalo por transgresso dos limites tradicionais poderia pr em perigo a posio tradicional do prprio senhor. em parte em virtude do arbtrio dosenhor, ao qual a tradio deixa espao correspondente. Assim,porumlado,humagrandeliberdade,umgrandeespaoparaa arbitrariedade do senhor, j que no existem normas estabelecidas que limitem as suas decises. Contudo, de outro, esse arbtrio est limitado pela prpria tradio, umavezqueosenhornopodeircontraaquiloqueabasedasuaprpria legitimidade. Gabarito: C. 4.(CESPE/MPE-TO/2006)Alideranacarismticafunda-senocarisma, caracterstica que herdada ou aprendida pelo lder. O carisma conceituado por Weber da seguinte forma: Uma qualidade pessoal considerada extracotidiana e em virtude da qualseatribuemaumapessoapoderesouqualidades sobrenaturais,sobre-humanosou,pelomenos,extracotidianos especficosouentoseatomacomoenviadaporDeus,como exemplar e, portanto, como lder. Um ponto importante nesta definio que o carisma uma qualidade pessoal, ou seja, de uma pessoa especfica, por isso que o carisma nopode ser ensinado nemtransferidodolderparaumsucessor,elespodeserdespertadoe provado, e no aprendido ou inculcado. A questo errada porque o carisma no pode ser herdade ou aprendido, a pessoa tem ou no tem. Gabarito: C. 5.(CESPE/MPE-TO/2006)Alideranacarismtica,quandoserotiniza,pode transformar-se em tradicional ou em racional-legal. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br5 OutrotermoimportantenoconceitodecarismadeWeberextracotidiano.O carismanoconstituiumabaseslida,poisaadmiraodaspessoastendea diminuir com o passar do tempo. Assim, a dominao carismtica rejeita a rotina. Na medida em que ela perde seu carter efmero e assume o carter de uma relao permanente,elaprecisamodificar-sesubstancialmente:elasetransformarou numa dominao tradicional ou numa dominao racional. Gabarito: C. 6.(CESPE/STM/2004)Historicamente,adominaoracional-legalou burocrtica surgiu no sculo XIX como uma forma superior de dominao, legitimada pelo uso da lei, em contraposio ao poder tradicional (divino) e arbitrrio. Adominaoracional-legal,baseadanalei,irsurgiraolongodoSculoXIX, juntamentecomocapitalismoeademocracia.Weber,oprincipalanalistadeste processo, destacou com muita nfase a superioridade da autoridade racional-legal sobreadominaotradicional.Adominaotradicionalnopossuibaseracional, elanoexercidacomumapreocupaodeeficincia.Namedidaemqueas normastradicionaisnosoperfeitamentedefinidas,osenhortradicionalusufrui certa rea de arbtrio. Gabarito: C. 7.(CESPE/MTE/2008)Aadministraopatrimonialistarepresentauma continuidade do modelo inspirado nas monarquias e prevalecente at o surgimento daburocracia,sendoacorrupoeonepotismoinerentesaessemodelo.Aos cidadosseconcedembenesses,emvezdaprestaodeservios,earelao entreogovernoeasociedadenodecidadania,esimdepaternalismoe subservincia. Opatrimonialismoumaformadedominaotradicional.Narealidade,ainda maisespecfico,umtipodedominaopatriarcal,queumtipodedominao tradicional.Nadominaopatriarcal,todoumgrupodepessoasestsujeitos ordensdosenhor,dentrodeumaautoridadedomstica.Noseincluemaqui apenasosfilhosdesanguedosenhor,mastodaacomunidade,quedealguma forma vive a seu redor e depende dele. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br6 Apartirdomomentoquehumaevoluodessascomunidades,aumentandoa complexidade das tarefas que so desempenhadas, e tem incio a descentralizao do poder patriarcal, em que alguns grupos passam a ter maior responsabilidade e liberdade, surge a dominao patrimonial. Estesgruposatuamemnomedosenhore,apesardeinicialmenteconstituiruma relaounilateral,nasceumaexignciadereciprocidade.Enquantoosubmetido cumprecomseusdeveresemantmsuacapacidadeparaotrabalho,osenhor tambm deve alguma coisa a ele, como proteo aos perigos externos e ajuda em casodenecessidade,almdeumtratamentohumanonoqueserefere explorao de sua capacidade de trabalho. Quando o soberano atua fora da esfera da comunidade domstica, ampliando sua dominao para outros territrios e pessoas, da mesma forma como ele age dentro dela, ocorre a formao estatal-patrimonial. A maior parte dos imprios continentais apresentou,atoinciodapocaModerna(fimdaIdadeMdia),eaindadentro dessa poca, um carter fortemente patrimonial. Gabarito: C. 8.(CESPE/MCT/2004)Aprincipalcaractersticadoestadopatrimoniala apropriao privada da coisa pblica. Segundo Bresser Pereira: Acaractersticaquedefiniaogovernonassociedadespr-capitalistasepr-democrticaseraaprivatizaodoEstado,oua interpermeabilidadedospatrimniospblicoeprivado. Patrimonialismosignificaaincapacidadeouarelutnciadeo prncipe distinguir entre o patrimnio pblico e seus bens privados. AadministraodoEstadopr-capitalistaeraumaadministrao patrimonialista. A administrao patrimonial tem como objetivo principal satisfazer as necessidades pessoaisdosenhor.Noexisteumadiferenciaoentreopatrimniopblicoeo privado, sendo esta a maior caracterstica do patrimonialismo: a confuso entre as esferas pblica e privada. Destaforma,oprncipeadministraosbenspblicoscomosefossemseus.Na realidade, naquela poca pr-moderna, e inclusive ainda nos Estados Absolutistas, CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br7 no havia patrimnio pblico. Havia o patrimnio real. Isso pode ser observado na atuaodoquadroadministrativo:ofuncionriopatrimonialmantinhaumarelao puramentepessoaldesubmissoaosenhor,esuaposiodiantedossditos constitua nada mais do que o lado exterior dessa relao. A fidelidade do servidor no com o interesse pblico, mas sim com o senhor. Gabarito: C. 9.(CESPE/DPU/2010) A gesto patrimonial fundamenta-se na prpria formao scio-histrica, na privatizao das esferas do Estado e de acordo com interesses particularizados. Mais uma vez, o patrimonialismo se caracteriza pela confusoentre o pblico e o privado,devidoinclusiveformacomoosEstadosforamsendoconstrudosem torno da figura do rei.Gabarito: C. 10.(CESPE/MDS/2006)Opatrimonialismocaracteriza-sepeloresguardodo patrimnio pblico de captura por parte de grupos de interesse na sociedade. O patrimonialismo justamente a captura do patrimnio pblico por parte de grupos da sociedade, e no resguardo. Gabarito: E. 11.(CESPE/SEAD/2001) O patrimonialismo pode ser definido como uma cultura ouumconjuntodeprticasdeapropriaodeativoseinteressespblicospor particulares ou privados. Como vimos, a principal caracterstica do patrimonialismo a apropriao privada da coisa pblica, a falta de divises ntidas entre as esferas pblica e privada.Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br8 12.(CESPE/TCU/2007) O patrimonialismo normal inibe a economia racional no apenasporsuapolticafinanceira,mastambmporpeculiaridadesdesua administrao,entreasquaissepodecitaraausnciatpicadeumquadrode funcionrios com qualificao profissional formal. No patrimonialismo, na economia, no hregras do jogo estveis. o Estado no assumeopapeldefiadoremantenedordeumaordemjurdicaimpessoale universal que possibilite aos agentes econmicos a calculabilidade de suas aes e olivredesenvolvimentodesuaspotencialidades;aocontrrio,intervm,planejae dirigeomaisquepodeaeconomia,tendoemvistaosinteressesparticularesdo grupo que o controla. Gabarito: C. 13.(CESPE/TCE-PE/2004) A burocracia patrimonialista era o modelo clssico de administrao presente nas monarquias europias do sculo XIX. Uma coisa importante com a qual vocs devem tomar cuidado com o uso do termo burocracia.Elesurgiudajunodapalavrafrancesabureau(escritrio)coma palavragregakrtos(poder)eusadodesdeosculoXVIIIparasereferirs repartiespblicas.Assim,algumasvezesotermoburocrticonoestarse referindo ao modelo racional-legal, mas sim administrao pblica de forma ampla. Quando falamos em burocracia patrimonial, estamos falando de uma forma mista, quetrazcaractersticasdosdoismodelos.Weberfalaque,quandotrabalham funcionriosno-livres(escravos,ministeriais)dentrodeestruturashierrquicas, com competncias objetivas, portanto, de modo burocrtico formal, estamos diante de uma burocracia patrimonial. Assim, a burocracia patrimonial traz caractersticas da burocracia, como a hierarquia e a diviso do trabalho; mas tambm traz caractersticas do patrimonialismo, como a confusoentreopblicoeoprivado.Esseeraomodelocaractersticodas monarquiaseuropeiasnoSculoXIX,quandoestavamemtransioparaa burocracia em si. Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br9

14.(CESPE/TRE-BA/2009)Adominaoracional-legalsurgiunosculoXIX comoumacontraposioformadeatividadedoaparelhodoEstadoquese baseava no poder arbitrrio e tradicional, isto , culturalmente patrimonialista. Adominao-legal,omodeloburocrtico,irsurgirnoSculoXIX,combatendo justamente a confuso entre o pblico e o privado do patrimonialismo, trazendo as normas como instrumento de buscar uma administrao racional. Gabarito: C. 15.(CESPE/SEGER/2007) No entendimento de Bresser Pereira, a administrao doEstadopr-capitalistaeradotipopatrimonialista;aassociaoentreo capitalismoeademocraciafezemergirumaadministraopblicaburocrtica,o modeloracional-legal,aopassoqueaadministraopblicagerencialestmais orientada para as necessidades do cidado e para a obteno de resultados. Segundo Bresser Pereira:Aadministraopblicaburocrticafoiadotadaparasubstituira administrao patrimonialista, que definiu as monarquias absolutas, na qual o patrimnio pblico e o privado eram confundidos. Nesse tipo de administrao o Estado era entendido como propriedade do rei.Onepotismoeoempreguismo,senoacorrupo,erama norma. Esse tipo de administrao revelar-se- incompatvel com o capitalismo industrial e as democracias parlamentares, que surgem nosculoXIX.essencialparaocapitalismoaclaraseparao entre o Estado e o mercado; a democracia s pode existir quando a sociedadecivil,formadaporcidados,distingue-sedoEstadoao mesmo tempo em que o controla. Assim,amaiorcomplexidadedasociedade,decorrentedosurgimentodo capitalismoindustrialedofortalecimentodademocracia,tornounecessriauma administrao mais racional e impessoal. Vimosquenopatrimonialismonohaviaregrasclarasnaeconomia,estaera administradadeacordocomosinteressesdealgunsgrupos.Contudo,o desenvolvimentodocapitalismoeaindustrializaopassamaexigirumEstado CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br10 impessoal,quenogovernecasoacaso,masqueobedeaaoprincpiodo universalismo de procedimentos, que defenda o tratamento igualitrio perante a lei. Aadministraopblicanodevefazerdiscriminaespositivasounegativasno atendimento aos administrados. preciso que a administrao siga critrios legais, racionais, e no pessoais. Gabarito: C. 16.(CESPE/STM/2004) Burocracia um sistema social racional, ou um sistema social em que a diviso do trabalho racionalmente realizada tendo em vista os fins visados. Esta definio foi tirada do livro Introduo a Organizao Burocrtica, do Bresser Pereira com o Fernando Prestes Motta. Os autores afirmam que: Seadotarmosumadefiniocurtaeperfeitamenteenquadrada dentrodosmoldesdafilosofiaaristotlica,diremosqueuma organizaoouburocraciaumsistemasocialracional,ouum sistemasocialemqueadivisodotrabalhoracionalmente realizada tendo em vista os fins visados. Detalhando melhor esta definio, os autores dizem que o critrio que diferencia o ato racional do irracional sua coerncia em relao aos fins visados. Um ato ser racionalnamedidaemquerepresentaromeiomaisadaptadoparaseatingir determinado objetivo, na medida em que sua coerncia em relao a seus objetivos setraduzirnaexignciadeummnimodeesforosparasechegaraesses objetivos.Issosignificaqueaburocraciaevoluiucomoumaformadesebuscar maior eficincia nas organizaes. Isso mesmo! Apesar de considerarmos o termo burocrtico quase como um antnimo de eficincia, no seu cerne ele nasceu como a racionalizao das atividades com o objetivo de aumentar a eficincia.Quandopensamosnaburocraciacomoexcessodecontroles,papelada, necessidade de muitas tramitaes, apego exagerado a regulamentos, ineficincia, estamospensandonosdefeitosdosistema,ouaoquedamosonomede disfunes da burocracia. Outro ponto que pode causar estranheza aqui o fato de falarmos que a burocracia olhaparaoresultado,osfinsvisados.Sempreouvimosdizerqueomodelo burocrticofocavanoprocesso,enquantoaadministraogerencialfocano CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br11 resultado.Estaoutradisfunodaburocracia,que,nateoria,surgiuparatrazer eficincia. Na definio dos autores temos tambm a diviso do trabalho. Qualquer sistema socialelementarmenteorganizadotemporbaseadivisodotrabalho,a especializaodasfunes.Aestruturaorganizacionalpodeapresentaruma especializao vertical a hierarquia e uma especializao horizontal, a diviso do trabalho, ou departamentalizao. Vimos isso na aula passada. Em uma burocracia, esta diviso dever ser feita racionalmente, ou seja, sistemtica e coerentemente. Gabarito: C. 17.(CESPE/STM/2004)Emrelaoscaractersticasbsicasquetraduzemo carter racional da burocracia, correto afirmar que esta constituda por sistemas sociais formais, impessoais e dirigidos por administradores profissionais, que tendem a control-los cada vez mais completamente. As burocracias tm sua fonte de legitimidade no poder racional-legal, e no no poder patriarcal, patrimonial ou carismtico. Mas, como se expressa essa racionalidade da burocracia?Comosedistingueeladosdemaissistemassociaisquenotmpor base o poder racional-legal? Bresser e Motta, procurando reduzir as organizaes sua expresso mais simples, afirmam que: Sotrsascaractersticasbsicasquetraduzemoseucarter racional:sosistemassociais(1)formais,(2)impessoais,(3) dirigidosporadministradoresprofissionais,quetendemacontrol-los cada vez mais completamente. Podemos ver que a questo cpia desse trecho. Gabarito: C. 18.(CESPE/MCT/2004) Conforme a definio seminal weberiana, a burocracia , sobretudo,umaformadedominaonaqualosburocratastendemausurparo poder poltico. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br12 Naquestoanterior,vimosqueosautoresfalamemtrscaractersticas,mas observarnestadefinioumaquartacaracterstica:atendnciadeaumentodo controle por parte dos administradores. No modelo burocrtico, ocorre a separao entre a propriedade e a administrao. O que ocorreu ao longo dos sculos XIX e XX que as organizaes deixaram de ser controladaspelosproprietrios,paraseremcontroladasporadministradores profissionais. Isso resultado de um processo em que podemos identificar diversas fases.Emprimeirolugar,houveoaparecimentodosistemacorporativo,coma criao das grandes companhias que concentram boa parte da riqueza. Ao mesmo tempo,houveumadispersonapropriedadedasaes.Issotudoresultouna separaodocontroleedapropriedade.J noerammaisosproprietrios,em funodesuariqueza,quecontrolavamasgrandesempresas,masos administradores profissionais, os burocratas. NaadministraodoEstadoocorreuamesmacoisa.Administraoepolticaso esferas distintas e separadas a partir da proibio legal de acmulo ou superposio defunes.Aatividadeburocrticadeveserregidapeloscritriosdaexpertise, confiabilidade, confidencialidade, impessoalidade, imparcialidade, moralidade, entre outros. SegundoWeber,comamaiorcomplexidadeeaburocratizaodasociedade moderna,osburocratastendemaretirarpoderdospolticos.Osurgimentodo estado burocrtico implicaria a renncia de responsabilidade pela liderana poltica e nausurpaodasfunespolticasporpartedosadministradores.Otermo usurpao pode parecer forte, mas correto. Max Weber tinha um duplo sentimento em relao burocracia: considerava que ela era imprescindvel para a racionalizao das atividades estatais, algo que a classe polticanoconseguiriafazersozinha,mastemiaqueaburocraciativessepoder demasiado e, por isso, sempre props um controle poltico sobre ela. ABurocraciacompatvelcomosistemadaautoridadelegalsomentequandoa formulao das leis e a superviso de sua aplicao ficam sendo mais prerrogativas dospolticos:seoaparelhoburocrticoconsegueusurparoprocessopolticoe legislativo, ser preciso falar de um processo de burocratizao que ultrapassou os limites do sistema de domnio legal e lhe transformou a estrutura. O maior dilema da democracia seria: como impedir que a burocracia venha a usurpar o poder e como assegurar que permanea sendo apenas um elo entre dominadores e dominados? Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br13 19.(CESPE/MDS/2006)Impessoalidade,hierarquia,flexibilizaode procedimentos,especializaoenfasenoscontrolessocaractersticasdos modelos das organizaes burocrticas de gesto. Vimos acima que so trs as caractersticas principais da burocracia: formalidade, impessoalidadeeadministradoresprofissionais.Mastambmpodemosfalarem outras.Aburocraciaestabeleceumargidahierarquia,comorganizaes verticalizadas e centralizadas, em que as decises so tomadas apenas pelos nveis mais altos. A diviso do trabalho tambm gera a especializao. E os controles so rgidos, os funcionrios s podem agir conforme diz a lei, devem seguir uma srie de regraseadotarprocedimentospadres.Porissoquenopodemosfalarem flexibilizao de procedimentos. Gabarito: E. 20.(CESPE/TRE-MA/2005) O formalismo da burocracia expressa-se pelo fato de quearelaodeautoridadedecorrnciadeumsistemadenormasracionais formalizadas que definem como tal relao de autoridade-obedincia deve acontecer e definem a distribuio de atividades em prol do atingimento dos objetivos. O formalismo da burocracia se expressa no fato de que a autoridade deriva de um sistemadenormasracionais,escritaseexaustivas,quedefinemcomprecisoas relaes de mando e subordinao, distribuindo as atividades a serem executadas deformasistemtica,tendoemvistaosfinsvisados.Suaadministrao formalmenteplanejada,organizada,esuaexecuoserealizapormeiode documentos escritos.Emprimeirolugar,aautoridade,emumaburocracia,derivadenormasracionais-legais, em vez de tradicionais. Assim, as normas so vlidas no porque a tradio as legitime, mas porque, sendo racionais, so vlidas aos fins visados. Alm disso, essas normas so legais. Elas conferem pessoa investida de autoridade o poder decoaosobreossubordinadosecolocasuadisposiomeioscoercitivos capazes de impor disciplina. Apesardeanormagarantirtaismeioscoercitivos,estaautoridadeestritamente limitada pela norma legal. Ela muito diversa da autoridade ampla e mal definida do pai sobre o filho, do senhor sobre o escravo ou o servo. O administrador burocrtico notemnenhumaautoridadesobreavidaprivadadeseusubordinadoe,mesmo CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br14 dentro da organizao, seu poder est definido pelas suas funes e as funes do subordinado. Em segundo lugar, as normas so escritas e exaustivas. No seria possvel definir todas as relaes de autoridade dentro de um sistema, de forma racional e precisa, semescrev-las.Anormatradicionalnoprecisaserescritaporqueelapouco muda, aceita e obedecida atravs de geraes. A norma racional, porm, precisa a todoinstantesermodificada,adaptando-seaosfatoresnovosquesurgemno ambiente, j que visa consecuo dos objetivos colimados da forma mais eficiente e econmica possvel. Anecessidadedeescreverasnormasburocrticas,deformaliz-las,acentua-se ainda mais devido ao carter exaustivo que elas tende a ter. Elas procuram cobrir todas as reas da organizao, prever todas as ocorrncias e enquadr-las dentro deumcomportamentodefinido.Destaforma,tantoaaltaadministraomantm maisfirmementeocontrole,reduzindoombitodedecisodosadministradores subordinados,comotambmfacilitaotrabalhodestes,quenoprecisamestara cadamomentomedindoasconseqnciasvantajosasedesvantajosasdeumato antes de agir. Em terceiro lugar, a burocracia se caracteriza pelo seu carter hierrquico, ou seja, porumsistemafirmementeorganizadodemandoesubordinaomtuadas autoridades, mediante superviso das inferiores pelas superiores, sistema esse que ofereceaosubordinadoapossibilidadedeapelardadecisodeumaautoridade inferioraumaautoridadesuperior.Aorganizaotoma,assim,umaformade pirmide.Cadasuperiortemsobsuasordensumdeterminado(egeralmente pequeno)nmerodesubordinados,Dizemosquehumapequenaamplitudede controle,quesignificaonmerodeempregadosquedevemsereportaraum administrador.Esteconceitodeterminaquantoumadministradordevemonitorar estreitamente seus subordinados. Quanto maior a amplitude de controle, maior ser o nmero de pessoas para supervisionar e menor ser o nmero de supervisores, ou seja, menor ser o controle. Uma vantagem que o custo menor. Weberafirmaque,emumaburocraciaplenamentedesenvolvida,ahierarquia monocrtica, ou seja, existe apenas um chefe para cada subordinado, defende-se o princpio da unidade de comando. Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br15 21.(CESPE/INMETRO/2009) O formalismo da burocracia expressa-se no fato de que a autoridade deriva de um sistema de normas racionais, as quais definem com preciso as relaes de mando e subordinao, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemtica, tendo em considerao os fins visados. Questopraticamenteigualaanterior.Lembram-sedosfinsvisados?Isso importante. Gabarito: C. 22.(CESPE/MCT/2004)Ouniversalismodeprocedimentosumaderivaodo carter racional-legal dos sistemas burocrticos. O universalismo de procedimentos o tratamento igualitrio perante a lei, sem haver discriminaes positivas ou negativas. um dos princpios defendidos pelo modelo racional-legalcomoformadecombaterasprticaspatrimonialistas,dentrodo princpio da impessoalidade. Ocarterimpessoaldasorganizaesasegundaformabsicapelaqualelas expressamsuaracionalidade.Aadministraoburocrticarealizadasem consideraoapessoas.Burocraciasignifica,etimologicamente,governode escritrio. , portanto, o sistema social em que, por uma abstrao, os escritrios ou os cargos governam. O governo das pessoas existe apenas na medida em que elas ocupam os cargos. Isso salienta o carter estritamente impessoal do poder de cadaindivduo,quenoderivadapersonalidadedoindivduo,comoacontecena dominao carismtica, nem de uma herana recebida, como no poder tradicional, mas da norma que cria o cargo e define suas atribuies. O carter impessoal da burocracia claramente definido por Weber quando ele diz que obedece ao princpio da administrao sineiraacstudio, sem dio ou paixo. Segundo Weber: Aburocraciamaisplenamentedesenvolvidaquandomaisse desumaniza,quantomaiscompletamentealcanaas caractersticasespecficasquesoconsideradascomovirtudes:a eliminaodoamor,dodioedetodososelementospessoais, emocionais e irracionais, que escapam ao clculo. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br16 Umaspectoessencialatravsdoqualseexpressaocarterimpessoaldas burocracias refere-se forma de escolha dos funcionrios. Nos sistemas sociais no burocrticos,osadministradoressoescolhidosdeacordocomcritrios eminentementeirracionais.Fatorescomolinhagem,prestgiosocialerelaes pessoaisdeterminaroaescolha.J nasorganizaesburocrticas,os administradoressoprofissionais,quefazemusodoconhecimentotcnico especializado,obtidogeralmenteatravsdetreinamentoespecial.Aquiestamos entrando na terceira caracterstica das organizaes burocrticas. Gabarito: C. 23.(CESPE/CNPq/2004)Asorganizaesburocrticassopersonalistas, valorizando o indivduo e suas caractersticas particulares. Aburocraciaimpessoal,buscasedesumanizarnolevaemconsideraoas pessoas, mas sim as regras. Gabarito: E. 24.(CESPE/MEC/2003)Nasorganizaesburocrticas,cadasuperiortemsob suas ordens determinado nmero de subordinados, os quais, por sua vez, tm sob si outros subordinados, e assim por diante. Um dos princpios da administrao burocrtica a hierarquia. A organizao passa a ser formada por diversos nveis hierrquicos, cada um exercendo o controle sobre osinferiores.Oqueresultadissoumaestruturaorganizacionalextremamente verticalizada, em que as decises so centralizadas nos nveis mais altos, o que faz comquehajalentidodentrodaorganizao,inclusivenascomunicaes,que precisampassarpordiversaspessoasatchegaraoseudestino.Aamplitudede controle baixa. Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br17 25.(CESPE/MEC/2003)Aburocraciaapresentaumadivisohorizontaldo trabalho,emqueasdiferentesatividadessodistribudasdeacordocomos objetivos a serem atingidos. Vimos na questo anterior que a administrao burocrtica apresenta uma estrutura organizacional verticalizada, ou seja, com muitos nveis hierrquicos. J esta outra questodizqueapresentatambmumadivisohorizontaldotrabalho.Elana realidadenoestdizendoocontrriodaanterior.Asduasquestesfalamde coisas diferentes. A diviso do trabalho um dos princpios da administrao burocrtica. Ela ocorre medianteaespecializaodasunidadesemdeterminadastarefas.Estadiviso ocorrenomesmonveldaorganizao,porissohorizontal.Enquantoa hierarquizao,quevimosnaquestoanterior,aespecializaovertical,a departamentalizaoadivisohorizontal.Aadministraoburocrticatambm realiza uma diviso horizontal do trabalho, mas isso no significa que sua estrutura ser horizontal. Ela continuar extremamente verticalizada.Gabarito: C. 26.(CESPE/MDS/2006)Prebendasesinecuras,formaspatrimonialistasde ocupaodeespaosnoaparelhodoEstado,sosubstitudasporcritrios meritocrticos no modelo burocrtico. No patrimonialismo no h distino entre a esfera pblica e a esfera privada. Os benspblicos,doEstado,sousadosparainteressespessoais.Umexemploo fatodeprefeitosexploraremasterraspblicaseficaremcompartedolucro.Os cargos pblicos passam a ser considerados bens pessoais, podendo ser vendidos outransmitidoshereditariamente.Asnomeaesbaseavam-seemcritrios pessoais, trocas de favores. So utilizados os termos sinecura e prebenda para descreverosempregospblicos,jquesignificamocupaorendosadepouco trabalho. Naburocracia,ocorreaseparaoentreocargoeseuocupante.Ocargono mais uma propriedade da pessoa, mas sim do Estado. Vimos que uma caracterstica aprofissionalizaodoadministrador.Existemalgunstraosquedistinguemo administrador profissional. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br18 Em primeiro lugar, ele , antes de tudo, um especialista. Esta uma caracterstica fundamental.Asburocraciassosistemassociaisgeralmentedegrandes dimenses,nosquaisousodoconhecimentoespecializadoessencialparao funcionamentoeficiente.Sonecessrioshomenstreinadosparaexerceras diversasfunescriadasapartirdoprocessodedivisodotrabalho.Seus conhecimentos, porm, no devem se limitar sua especialidade. Participando de umsistemaprdigoemnormas,diretrizeserotinas,elesdevemconhec-las perfeitamente.svezes,noconhecimentodestasnormasqueconsistesua especializao, quando se trata de administradores de baixo nvel. Em relao aos administradores de topo, sua especialidade simplesmente a de administrar. Eles no so especialistas em finanas, produo, pessoal. So generalistas, que podem conhecer um pouco mais um setor do que outro. Emsegundolugar,oadministradorprofissionaltememseucargosuanicaou principal atividade. Ele no administrador por acidente, subsidiariamente, como o eram os nobres dentro da administrao palaciana. Em terceiro lugar, o administrador burocrtico no possui os meios de administrao e produo. Ele administra em nome de terceiros: em nome de cidados, quando se tratadeadministraroEstado,ouemnomedosacionistas,quandosetratade administrar uma sociedade annima. Gabarito: C. 27.(CESPE/MDS/2008)Aorganizaoburocrticaembasadanomodelo racional-legal de administrao, exclusiva da rea pblica, sendo caracterizada pela racionalidadedecorrentedaobjetividadedasnormasdejulgamento;pela impessoalidade,queserevelanosmtodosobjetivosdeselecionarepromover funcionrios; e pelo grau de previsibilidade que proporciona aos dirigentes pblicos. Aorganizaoburocrticaembasanomodeloracional-legal,maselano exclusivadareapblica.Elafoimuitomarcantenasempresaseemoutras organizaes ao longo da histria, como a Igreja. J os princpios colocados depois estocertos.Elacaracterizadapelaracionalidade,pelaimpessoalidadeepela previsibilidade. Gabarito: E. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br19 (CESPE/UAB/2010)Combasenascaractersticasdaburocraciaidealconcebida pelo socilogo alemo Max Weber (1864-1920), julgue os itens a seguir. 28.Asburocraciasforamestabelecidasparaofereceromeiomaiseficientede obteno do trabalho concludo. 29.Em uma organizao formal, a impessoalidade resulta da aplicao uniforme e imparcial de procedimentos e regras. 30.Nacadeiadecomandodeumaorganizaoformal,aautoridadeest dissociada da responsabilidade pelo cumprimento de normas e leis. Como vimos, na teoria, a burocracia surgiu para buscar a eficincia, a racionalidade representaautilizaodosmeiosmaisadequadosparasealcanardeterminado objetivo. A questo 28 certa. A impessoalidade caracteriza-se pelo tratamento igualitrio, pela universalizao de procedimentos. A questo 29 certa. A questo 30 errada, pois o principal da burocracia o cumprimento de normas e leis.Humpontoimportante,queseaproximadoqueditoaqui.Naburocracia,h responsabilidade pelo cumprimento das normas e leis, mas no h responsabilidade pelo alcance dos resultados. Se o burocrata segue o que dizem as leis, executa os procedimentos conforme determinado, o fato de o resultado ser alcanado ou no mais problema dele. Esse era um dos maiores problemas da burocracia, a falta de responsabilizao por resultados. Gabarito: C, C, E. 31.(CESPE/INMETRO/2007) Embora seja alvo de crticas por sua rigidez e at mesmo seja tratada como sinnimo da lentido do Estado, a administrao pblica burocrticatrouxeimportantesavanos,comoaprofissionalizaodoservio pblico, o controle e a impessoalidade. Aadministraoburocrticatrouxeumasriedeavanosemrelao administrao patrimonialista, entre eles a impessoalidade, a racionalidade, o mrito, a profissionalizao, o controle. No entanto, surgiram uma srie de problemas, que a CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br20 doutrina convencionou chamar de disfunes da burocracia, entre elas a rigidez e a lentido.Oexcessodeburocratizao,deformalismoedespersonalizao,aprincipal origem das disfunes da burocracia. Esse excesso resulta na concepo popular deburocraciacomoumsistemaineficiente,dominadopelapapeladaepor funcionriosdementalidadeestreita,incapazesdetomardecisesepensarpor conta prpria. As disfunes mais comumente listadas so as seguintes: a) Internalizao das regras e exagero apego aos regulamentos: as normas e regulamentospassamasetransformardemeiosemobjetivos.Aprimeira conseqnciadesseprocessodeformalizao,especialmentequando levadoaextremos,tornarosimplesemaranhadodenormasuma especialidade.Ofuncionrioburocrticotorna-seumespecialista,nopor possuirconhecimentosprofissionaisemdeterminadosetorqueinteresse diretamente consecuo dos objetivos da organizao, mas simplesmente porqueconheceperfeitamentetodasasnormasquedizemrespeitosua funo.Oconhecimentodessasnormastorna-se,ento,algomuito importante, e, da, para se transformar tais normas, de meios que so, em objetivos, h apenas um passo. b) Desenvolvimento,entreosfuncionrios,deumnvelmnimode desempenho:Orespeitosnormaspassaasertoimportantequeo desempenhotorna-sesecundrio.Quandoosfuncionriossubordinados percebem que seu superior preocupa-se exclusivamente com a observncia das normas estabelecidas, eles verificam tambm que existe certa margem detolernciaeque,desdequesemantenhamdentrodessamargem, podero reduzir seu desempenho ao mnimo, permanecendo, ainda assim, seguros. c) Excesso de formalismo e de papelrio: h a necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicaes dentro da burocracia a fim de que tudo possaserdevidamentetestemunhadoporescrito.Derivadiretamentedo excessodeformalismo,doprincpiodequetudooqueocorreemuma organizao deve ser documentado. O problema consiste em determinar o pontoemqueoempregodessesdocumentosdeixadesernecessrioe transforma-se em papelada CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br21 d) Resistncia a mudanas: o funcionrio da burocracia est acostumado em seguirregras,ouseja,conformerotinas,comisso,sente-seseguroe tranqilo, resistindo a possveis mudanas. e) Despersonalizaodorelacionamento:comovimosnacaractersticada impessoalidade, a administrao burocrtica realizada sem considerao a pessoas.Burocraciasignifica,etimologicamente,governodeescritrio.O problemaqueaspessoaspassamaserelacionardeformaimpessoal, poiscomeamaolharoscolegascomomembrosdaorganizao.Os superiorespassamasecomunicarcomoscargosouregistros,semlevar em considerao as especificidades de cada um, como cada funcionrio ir reagir; f) Categorizaocomobasedoprocessodecisorial:aburocraciaseassenta em uma rgida hierarquizao da autoridade, ou seja, na burocracia, quem toma as decises so as pessoas que esto no mais alto nvel da hierarquia. Issofazcomqueasdecisessejamtomadasporpessoasdistantesda realidade, que muitas vezes no tm o conhecimento suficiente da situao. Almdisso,oprocessodecisriotorna-selento,jqueasdemandasda sociedade tm sempre que passar por um superior; g) Superconformidade s rotinas e procedimentos: na burocracia as rotinas e procedimentossetornamabsolutasesagradasparaosfuncionrios.Os funcionrios passam a trabalhar em funo das regras e procedimentos da organizao e no mais para os objetivos organizacionais, com isso, perde-se a flexibilidade, iniciativa, criatividade e renovao. h) Dificuldadenoatendimentoaclienteseconflitoscomopblico:Os funcionriostrabalhamvoltadosaointeriordaorganizao,deformaauto-referida, sem atentar para as reais necessidades dos clientes, os cidados. Os clientes necessitam de atendimentos personalizados, mas na burocracia osfuncionriosatendemosclientesnumpadro,fazendocomqueas pessoas fiquem insatisfeitas com os servios. Gabarito: C. 32.(CESPE/MDS/2006) O insulamento burocrtico um fenmeno caracterstico de administraes pblicas com alto grau de controle social. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br22 O problema poltico da burocracia estatal crtico no seio do Estado. A dicotomia entreburocraciaestatalesistemapolticopodeassumirformasquevariamdo insulamentoburocrticodaburocraciaemrelaoaosistemapoltico,captura clientelistapredatriadapolticaoudosistemapolticoemrelaoburocracia. Nestesmesmoscasosextremoscabemtambmsituaesdeintegrao disfuncional,taiscomoalianasespriasentresegmentospolticoseburocrticos em busca de rendas patrimoniais decorrentes de privilgios, proteo ou corrupo. Para que a burocracia no sofra interferncias externas, tanto dos polticos quanto dasociedade,muitasvezeselasefechaepassaaatuardeformaisolada.O insulamento burocrtico pode ser compreendido como um processo de proteo do ncleo tcnico do Estado, que se responsabiliza pela consecuo de determinados objetivosespecficos,contraainterfernciaoriundadopblicooudeoutras organizaes intermedirias. Segundo Edson Nunes, O insulamento burocrtico significa a reduo do escopo da arena em que os interesses e demandas populares podem desempenhar umpapel.Estareduodaarenaefetivadapelaretiradade organizaescruciaisdoconjuntodaburocraciatradicionaledo espaopolticogovernadopeloCongressoepelospartidos polticos,resguardandoestasorganizaescontratradicionais demandas burocrticas ou redistributivas. Oinsulamentoburocrticopodeservistodeformapositiva,comoparaevitara pressodegruposdeinteressespoderosos,oudeformanegativa,quandoos burocratas deixam de ouvir a sociedade, reduzindo a participao desta no processo decisrio. O insulamento burocrtico busca evitar a interferncia sobre os burocratas tanto de polticosquantodasociedade.Numpascomaltograudecontrolesocial,no haverinsulamentoburocrticoporqueasociedadeparticipaativamentedas decises do Estado. Gabarito: E. 33.(ESAF/MPOG/2002) O Estado do Bem-Estar Social foi prejudicado e marcado pelo modelo de administrao pblica burocrtica. A administrao pblica burocrtica clssica foi adotada porque era uma alternativa muito superior administrao patrimonialista do Estado. Entretanto o pressuposto CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br23 deeficinciaemquesebaseavanosereveloureal.Nomomentoemqueo pequenoEstadoliberaldosculoXIXdeudefinitivamentelugaraograndeEstado social e econmico do sculo XX, verificou-se que no garantia nem rapidez, nem boa qualidade nem custo baixo para os servios prestados ao pblico. Na verdade, a administrao burocrtica lenta, cara, auto-referida, pouco ou nada orientada para o atendimento das demandas dos cidados. QuandooEstadoerapequeno,estasdeficinciasdaburocracianoeramto relevantes.SegundoBresser,noEstadoliberalseramnecessriosquatro ministrios: o da J ustia, responsvel pela polcia; o da Defesa, incluindo o exrcito e a marinha; o da Fazenda; e o das Relaes Exteriores. Nesse tipo de Estado, o serviopblicomaisimportanteeraodaadministraodajustia,queoPoder J udicirio realizava. O problema da eficincia no era, na verdade, essencial. Contudo, a partir do momento em que o Estado se transformou no grande Estado socialeeconmicodosculoXX,assumindoumnmerocrescentedeservios sociaiseducao,sade,cultura,previdnciaeassistnciasocial,pesquisa cientfica e de papis econmicos regulao do sistema econmico interno e das relaes econmicas internacionais, estabilidade da moeda e do sistema financeiro, proviso de servios pblicos e de infra-estrutura , nesse momento, o problema da eficincia tornou-se essencial. O estado ficou responsvel por uma srie de servios, e as demandas da sociedade cresciamesetornavammaiscomplexas.Contribuaaindamaisparapiorara imagem da burocracia o fato de ela ser classificada poca muito mais como um grupo de interesse do que como um corpo tcnico neutro a servio dos cidados. O excesso de regras, que tinha como objetivo combater o patrimonialismo e defender osbenspblicosdaaodeparticulares,nemmesmoissoestavaconseguindo fazer.Gabarito: C. 34.(CESPE/MDS/2006)Verifica-seofenmenodorentseekingquando determinadosgruposdasociedade,pormeiodocontroledoaparelhodoEstado, viabilizam a apropriao de rendas e vantagens excepcionais para si ou para seus protegidos. Segundo Bresser Pereira: CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br24 Aadministraopblicagerencialemergiu,nasegundametade destesculo,comorespostacrisedoEstado;comomodode enfrentar a crise fiscal; como estratgia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administrao dos imensos servios que cabem ao Estado; e como um instrumento para proteger o patrimnio pblico contra os interesses do rent-seeking ou da corrupo aberta. Mais especificamente, desde os anos 60 ou, pelo menos, desde o incio dadcadados70,cresciaumainsatisfao,amplamente disseminada, em relao administrao pblica burocrtica. Ele coloca que, alm da ineficincia, h uma razo mais ampla para o interesse que a reforma do Estado, e particularmente da administrao pblica, tem despertado: a importncia sempre crescente que se tem dado proteo do patrimnio pblico ou da coisa pblica (res publica) contra as ameaas de sua privatizao ou, em outras palavras, contra atividades de rent seeking. OsurgimentodoEstadodoBem-Estarparagarantirosdireitossociais,eopapel cada vez maior que o Estado assumiu ao promover o crescimento econmico e a competitividadeinternacional,tornaramevidenteocarterdoEstadocomores publica.Eimplicaramemumaumentoconsiderveldacobiadeindivduosede grupos desejosos de submeter o Estado a seus interesses especiais. A privatizao da carga fiscal (forma principal da res publica) passava a ser o principal objetivo dos rent-seekers.Noporacaso,quasesimultaneamente,umcientistapolticosocial-democratabrasileiro(Martins,1978),pelaprimeiravezescreveusobrea privatizaodoEstado,eumaeconomistanorte-americanaconservadora (Krueger,1974)definiurent-seeking.Ambossereferiamaomesmoproblema: percebiamqueeranecessrioprotegerarespublicacontraagannciade indivduos e grupos poderosos.O termo rent seeking foi usado pela primeira vez na dcada de 1970 para descrever a atuao de determinados grupos com o objetivo de tirar vantagem do Estado. O rentseekingchamadotambmdeparasitismopoltico.Aquestofalaem vantagensexcepcionaisporqueorentseekernocontribuiuparaqueobtivesse essa vantagem. Ela ser conquistada como o sacrifcio de toda a coletividade. Bresser Pereira conceitua rent seeking da seguinte forma: Rent-seeking,literalmente,buscaderendas,aatividadede indivduosegruposdebuscarrendasextramercadoparasi prpriospormeiodocontroledoEstado.Temorigemnateoria econmica neoclssica, em que um dos sentidos da palavra rent exatamente o ganho que no tem origem nem no trabalho, nem no CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br25 capital.CorrespondeaoconceitodeprivatizaodoEstadoque os brasileiros vm usando. Segundo Divanildo Triches: Rent Seeking usualmente definido como atividade poltica de um indivduoougrupoqueadotarecursosescassosparaperseguir direitosdemonoplioconcedidospelogoverno,ouainda atividadequetentaseapropriardariquezaexistente,aoinvsde cri-la.Apreposiobsicaqueo:a)gastoderecursospara conseguirumatransfernciaderenda,emsimesmo,umcusto social,b)privilgioresultantedomercadoouarendarepresenta umaperdadebem-estarsobreosconsumidoresoucontribuintes. Osinstrumentoseaaopolticadogovernoparaqualarenda criadasosubornosdirecionadosvendaouconcessode subsdios,impostosprivilegiados,manutenodepreosetarifas, estabelecimentosdecotasdeimportao,concessodelicenas, pagamentos de elevados salrios ou pagamentos de adicionais No entanto, o termo rent seeking usado tambm para descrever outras formas de seconseguirvantagensexcepcionaispormeiodoEstado,como:corrupo, lobbying,financiamentodecampanhas,usodafora,comoainvasodeprdios pblicospeloMST.UmexemploapressodabancadaruralistanoCongresso comoobjetivodeconseguiroprolongamentodasdvidasdocampo.Quemvai pagar toda a sociedade, mas somente um grupo ser beneficiado. Gabarito: C. 35.(CESPE/TCE-PE/2004)Apreocupaocomofenmenodorent-seekingfoi umadasprincipaisinspiraesdosmovimentosdereformadoEstado implementados no final do sculo XX. Uma das correntes que mais influenciou as reformas do Estado no final do Sculo XXfoioneo-institucionalismoeconmico.Trata-seumaescoladepensamento que emergiu ao longo da segunda metade do sculo XX, tendo como principal foco de anlise as instituies. O neo-institucionalismo faz parte das diversas correntes de pensamento econmico liberal.SuacontribuioaodiscursodacrisedoEstadoqueasinstituiesso importantes (institutions matter) em dois principais sentidos: CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br26 elassovitaisparaaproduoderesultados,massoumaescolhade segunda ordem (second best), um mal necessrio, uma vez que o mercado por si s no pode assegurar as transaes sem estruturas ou organizaes formais; as organizaes no so instncias to racionais assim; a racionalidade (da eficinciaeconmica)limitada,sujeitaaumasriedeinterfernciase constrangimentosdecorrentesdasuanaturezamultifacetada(poltica, humana, cultural etc.). A partir desses fundamentos, o Estado passa a ser considerado como um problema logo, a soluo seria haver menos Estado, e mais mercado e sociedade civil. O Estadohavia,segundoessatica,atingidoumpontodeestrangulamentoe ingovernabilidade.sociedadecivilcaberiaresgatarsuadeterminaoesuas capacidadesprprias,dependermenosdoEstado(afinal,haverianolimiardo sculo XXI condies tecnolgicas para isso) e control-lo mais. O Estado deveria restringir-se a suas funes mnimas (defesa, arrecadao, diplomacia e polcia), a um aparato mnimo de proteo social (com reconhecimento de poucos e seletos direitos sociais, e baseado na prestao privada de servios de relevncia social) e aumagestomnimadaordemeconmica(comdestaqueparaaregulaoea gesto macroeconmica). Dentrodessacorrente,aTeoriadaEscolhaPblicaanalisouosprocessosde deciso poltica numa democracia e afirmou que polticos e burocratas, da mesma forma que empresrios e consumidores, so atores racionais e esto motivados pelo interesse prprio, que no caso dos polticos consiste em atingir o poder e/ou manter-se nele. Isso resulta muitas vezes no fracasso das polticas pblicas em satisfazer de forma eficaz ao conjunto da sociedade ou mesmo maioria da populao atravs de polticas em prol do bem comum. Portanto,oquecontribuiumuitoparaessasreformasfoiessavisodequeos burocratas no so to racionais, tambm so movidos pelos interesses pessoais, o que se manifestava no rent seeking. Gabarito: C. 36.(CESPE/TCU/2008) No sculo XX, aps o advento dos direitos pblicos, isto , aqueles de que gozam todos os cidados, fazendo que a propriedade do Estado sejaefetivamentepblica,ademocraciaeaadministraopblicaburocrtica concebidasparaprotegeropatrimniopblicoprecisavamtransformar-se:a CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br27 primeiradeveriasermaisparticipativaoumaisdireta,easegunda,menos burocrtica e mais gerencial. Esta questo foi tirada do texto do Bresser Pereira, segundo o qual: medidaqueaproteoaosdireitospblicospassavaaser dominanteemtodoomundo,foi-setornandocadavezmaisclaro queeraprecisorefundararepblica;queareformadoEstado ganhava uma nova prioridade; que a democracia e a administrao pblicaburocrtica-asduasinstituiescriadasparaprotegero patrimniopblico-tinhamdemudar:ademocraciadeviaser aprimoradaparasetornarmaisparticipativaoumaisdireta;ea administraopblicaburocrticadeviasersubstitudaporuma administrao pblica gerencial.AreformadoEstado,eparticularmentedaadministraopblica,temcaminhado em conjunto com o interesse crescente em relao proteo do patrimnio pblico (respublica)contraasameaasdeprivatizaoou,emoutraspalavras,contra atividades de rent-seeking. A proteo do Estado, na medida em que este inclui a respublica,correspondeadireitosbsicosque,noltimoquartodosculoXX, comearamaserdefinidosdireitosquepodemserchamadosdedireitos pblicos, ou direitos de terceira gerao. Os direitos de primeira gerao comearam a ser introduzidos nas constituies no sculo XVIII, influenciados pelo iluminismo e pelo liberalismo. O objetivo era evitar a ingernciadoEstadonavidaprivada,porissosooschamadosdireitosde liberdade,taiscomoliberdadedelocomoo,deassociao,delivreexpresso, etc.NosculoXIX,ossocialistasdefiniramosdireitossociaisque,naprimeira metadedosculoXX,foramintroduzidosnasConstituiesdetodosospases pelospartidossocial-democratas.Sodireitosqueprevemaintervenoestatal comoobjetivodegarantirumnveldequalidadedevidamnimo,taiscomoos direitos a educao, sade, a previdncia, etc. Os direitos de terceira gerao no olham para o indivduo, mas sim para a coletividade, por isso so direitos pblicos, taiscomoosrelacionadosaomeio-ambiente,aopatrimniocultural,etambmos bens do Estado, que passa inclusive a ser um sujeito portador de direitos. Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br28 37.(CESPE/AGU/2010)Paraaadministraopblicaburocrtica,ointeresse pblicofrequentementeidentificadocomaafirmaodopoderdoEstado.A administrao pblica gerencial nega essa viso do interesse pblico, relacionando-o com o interesse da coletividade, e no do Estado. Vimos que o insulamento burocrtico o isolamento da burocracia em relao aos polticoseasociedade,deformaanosofrerinflunciaspessoaisemsuas decises. Entendia-se que os burocratas, por serem especialistas e estarem sempre sujeitos s normas, tomaram decises racionais, ou seja, aquelas mais adequadas aos fins visados. Por isso a administrao burocrtica no permitia a participao da sociedade e era auto-referida, ou seja, ouvia apenas a si mesma.Contudo,essetipodeisolamentonomaispossvelatualmente.Aolongodo SculoXX,associedadeforamsetornandomaisconscientesarespeitodeseu papel como cidados e foi aumentando seu desejo por participao.Enquantoaburocraciaviaopblicocomosinnimodeestatal,surgeuma concepo diferente, do pblico como sinnimo de interesse coletivo. Assim, torna-seinvivelmanteroinsulamento,devidosexignciasdaspessoasporserem ouvidas,eaadministraogerencialtrarcomoumdeseusprincpiosa participao social. Gabarito: C. 38.(CESPE/AGU/2010) A administrao pblica burocrtica sustenta, entre seus objetivos globais, a necessidade de aumentar a governana do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficincia, direcionando a ao dos servios de Estado para o atendimento dos cidados. Quemirdefenderanecessidadedeaumentaragovernanaaadministrao gerencial,enoaburocrtica.Agovernanaconceituadacomoacapacidade gerencialdeimplementarpolticaspblicas.Ograndeproblemadaburocraciaera justamenteagovernana,poislhefaltavaeficincia,eracara,lenta,rgidaeno conseguia dar os resultados de que a sociedade precisava, as polticas pblicas era de m qualidade. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br29 Aadministraogerencialvaidefenderamudananaformadegesto,inserindo tcnicas da administrao privada e buscando flexibilizar os procedimentos de forma a aumentar a eficincia. Almdisso,enquantoaburocraciaeraauto-referida,aadministraogerencialir defender que o Estado se volte para o atendimento dos cidados, ou seja, atende as suas necessidades. Gabarito: E. 39.(CESPE/TCU/2008)Paraaadministraopblicagerencial,aocontrriodo que ocorre na administrao pblica burocrtica, a flexibilizao de procedimentos e aalteraodaformadecontroleimplicamreduodaimportnciae,emalguns casos, o prprio abandono de princpios tradicionais, tais como a admisso segundo critrios de mrito, a existncia de organizao em carreira e sistemas estruturados de remunerao. Apesardainsatisfaocomomodeloburocrtico, no podemos entender que a administrao gerencial seja um rompimento total com relao a ele. Segundo oPlanoDiretordaReformadoAparelhodoEstado (PDRAE): Aadministraopblicagerencial constituiumavanoeatumcerto pontoumrompimentocoma administraopblicaburocrtica. Istonosignifica,entretanto,que neguetodososseusprincpios. Pelocontrrio,aadministrao pblicagerencialestapoiadana anterior,daqualconserva,emboraflexibilizando,algunsdosseus princpiosfundamentais,comoaadmissosegundorgidos critriosdemrito,aexistnciadeumsistemaestruturadoe universalderemunerao,ascarreiras,aavaliaoconstante dedesempenho,otreinamentosistemtico.Adiferena fundamental est na forma de controle, que deixa de basear-se nos processosparaconcentrar-senosresultados,enonarigorosa O PDRAE um documento doGoverno FHC, lanado em 1995 eque trazia a base da reformagerencial que seria promovida.Veremos ele na aula que vem, masele bem importante, vale penavocs darem uma lida. Estdisponvel no site:http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/PlanoDiretor/planodiretor.pdf CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br30 profissionalizaodaadministraopblica,quecontinuaum princpio fundamental. Podemosverqueaquestofoitiradadessetrecho.Aadministraogerencial, apesarderepresentaratmesmoumrompimentoemrelaoburocrtica,vai manter muitos de seus princpios. Gabarito: E. 40.(CESPE/TCE-AC/2006)Naadministraopblicagerencial,aestratgia volta-se para a definio dos objetivos que o administrador pblico deve atingir em suaunidade,paraagarantiadaautonomianagestoderecursoshumanos, materiais e financeiros e para o controle e a cobrana a posteriori de resultados. Esta mais uma questo tirada do Plano Diretor. Vamos ver o que ele diz sobre a administrao gerencial: Na administrao pblica gerencial a estratgia volta-se (1) para a definio precisa dos objetivos que o administrador pblico dever atingiremsuaunidade,(2)paraagarantiadeautonomiado administradornagestodosrecursoshumanos,materiaise financeirosquelheforemcolocadosdisposioparaquepossa atingir os objetivos contratados, e (3) para o controle ou cobrana a posterioridosresultados.Adicionalmente,pratica-seacompetio administradanointeriordoprprioEstado,quandoha possibilidade de estabelecer concorrncia entre unidades internas. Noplanodaestruturaorganizacional,adescentralizaoea reduodosnveishierrquicostornam-seessenciais.Emsuma, afirma-se que a administrao pblica deve ser permevel maior participaodosagentesprivadose/oudasorganizaesda sociedadeciviledeslocaranfasedosprocedimentos(meios) para os resultados (fins). Se a administrao gerencial muda o foco do controle para o resultado, primeiro precisoterosobjetivos,asmetasquedevemseralcanadas.Porissoquedeve haver uma definio clara dos objetivos. No d para cobrar o que no est definido. Almdisso,paraqueoadministradorsejacobrado,precisoqueeletenha liberdade de ao, por isso importante a autonomia na gesto.Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br31 41.(CESPE/TCU/2008)Ocontroledosresultadosdeformadescentralizada,na administraopblica,dependedeumgraudeconfianalimitadonosagentes pblicos, que, mesmo com estrito monitoramento permanente, devem ter delegao de competncia suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas A gesto por resultados se caracteriza pela maior autonomia do gestor pblico na escolhadosmeiosemtrocadeumaresponsabilizaoporresultados.Aquesto fala em "confiana limitada nos agentes pblicos" porque a administrao gerencial substitui a desconfiana total da administrao burocrtica pela confiana limitada. A administraoconfianoservidor,deixaeleescolherosmeios,mascontrolaos resultados. Fala tambm em "mesmo com estrito monitoramento permanente", mas isto no controle somente de processo, significa tambm controle de resultados. Segundo Maria Ozanira da Silva: Omonitoramentopermiteoacompanhamentoconstante,atravs do gerenciamento do cumprimento de metas e prazos, buscando o cumprimentodocronogramadasatividadescomoobjetivode garantir a eficincia do programa. Portanto,mesmoquehajaumacompanhamentocontnuo,aindafalamosem controlederesultado,enodeprocessos,apesardefalarmosqueocontrolede resultadosumcontroleaposteriori.Podemosdizeratmesmoquena administraogerencialfeitoumrgidocontrolededesempenho.Elano abandonaocontrole,smudaofoco,deixandodesepreocupartantocomo controle do processo para se preocupar com o controle de resultados. Gabarito: C. 42.(CESPE/MTE/2008) Bresser Pereira, ao caracterizar a administrao pblica gerencial, argumenta que ela constitui instrumento de proteo do patrimnio pblico contraosinteressesdeprivatizaodoEstado.Poroutrolado,consideraqueos funcionrios pblicos tm de ser merecedores de grau ilimitado de confiana. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br32 Vimosque,almdaineficincia,pesavacontraaburocraciaapercepode corrupo.Aadministraogerencialsurgeentoparatambmdefendero patrimnio pblico.Mais uma vez eles cobram a questo da confiana limitada. Prestem ateno nisso, importante. Gabarito: E. 43.(CESPE/STJ /2004) A administrao pblica gerencial pode ser compreendida a partir de diversas caractersticas fundamentais, como a delegao de autoridade, a valorizaodopressupostodaconfianalimitadaemdetrimentodadesconfiana totaldofuncionriopblico,organizaescommuitosnveishierrquicose administrao voltada para o atendimento do cidado. No modelo burocrtico, h uma desconfiana total com o servidor, por isso feito um controle a priori, ou seja, tudo deve ser autorizado. J na administrao gerencial humaconfianalimitada.Assim,concede-semaiorautonomiaaoservidor,mas sero cobrados resultados. A administrao gerencial tambm mais voltada para o cidado,maselanocaracterizadapormuitosnveishierrquicos.Comoela descentralizaasdeciseseaumentaaamplitudedecontrole,asorganizaes tornam-se mais achatadas. Gabarito: E. 44.(CESPE/STJ /2004)Acentralizaodoprocessodetomadadedeciso,o rgidocontrolesobreodesempenhoeofocoemresultadossoalgumasdas caractersticas do paradigma ps-burocrtico. Naadministraogerencialhadescentralizaodopoderdedeciso,eno centralizao.Aquestoerrada.Contudo,quandoaquestofalaemrgido controle de resultado, isto no est errado. A administrao gerencial no abandona o controle, ela apenas muda o foco do processo para o resultado. E esse controle sobre resultado ser, inclusive, rgido. Gabarito: E. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br33 45.(CESPE/IBAMA/2003)Aadministraopblicagerencialsurgiucomo resposta crise do Estado e voltou-se para a busca do incremento da eficincia no setor pblico. Ela orientada para o cidado, serve-se da centralizao, do incentivo inovao e concentra-se no processo. Aadministraogerencialvaiserorientadaparaocidadoevaiincentivara inovao.Contudo,elanovaiservir-sedacentralizao;vaifazerjustamenteo contrrio,descentralizandoopoderdedecisodentrodasorganizaesestatais, aproximandoasdecisesdasociedade.Almdisso,elanoseconcentrarno processo,massimnoresultado.Darmaiorautonomiaparaosservidores, cobrando deles resultados. Os princpios bsicos que foram sendo adotados por esta nova filosofia so: Descentralizaoadministrativa,atravsdadelegaodeautoridade paraosadministradorespblicostransformadosemgerentes crescentemente autnomos; Descentralizaodopontodevistapoltico,transferindorecursose atribuies para os nveis polticos regionais e locais. Organizaes com poucos nveis hierrquicos ao invs de piramidal, Pressuposto da confiana limitada e no da desconfiana total; Controle por resultados, a posteriori, ao invs do controle rgido, passo a passo, dos processos administrativos; Administrao voltada para o atendimento do cidado, ao invs de auto-referida. Gabarito: E. 46.(CESPE/MDS/2006) A administrao pblica gerencial incorporou, a exemplo do setor privado, os conceitos de eficincia, eficcia e efetividade na avaliao de seudesempenho.Aeficinciacaracteriza-sepelousoracionaldosrecursos CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br34 disponveis;aeficcia,pelosresultadosobtidospelaaogovernamentalea efetividade, pelo alcance dos objetivos e metas previamente estipulados. Veremos na aula 04 a gesto por resultado, quando estudaremos as dimenses do desempenho, como a eficincia, eficcia e efetividade. Importante aqui sabermos que a administrao gerencial ir trazer essas dimenses para a gesto, buscando avaliarodesempenhocombasenelas.Aavaliaodedesempenhonouma inovao da administrao gerencial, j era praticada na burocracia, mas o foco era diferente, era voltado para obedincia s normas, executar o trabalho conforme os procedimentos definidos. Na administrao gerencial ser avaliado o resultado. A eficincia realmente caracteriza-se pelo uso racional dos recursos disponveis. fazer mais com o menos. Os resultados obtidos pela ao governamental constituem aefetividadeenoaeficcia,ouseja,soosefeitossobreasociedade,comoa melhoranaeducao,areduodamortalidadeinfantil.Oalcancedemetase objetivos est associado a eficcia. Portanto, inverteram os dois ltimos conceitos. Gabarito: E. 47.(CESPE/DPU/2010)Agestogerencialumaestratgiadegestode polticaspblicasquereforaaeficinciaeeficciadasaesdoEstadono enfrentamento da questo social. Essa questo foi dada como errada pelo CESPE, mas entendo esse posicionamento como equivocado. Vimos que a administrao gerencial incorpora na avaliao do desempenho os conceitos de eficincia e eficcia. Contudo, tambm vimos que as reformasdofinaldoSculoXXbuscaramlimitaraatuaodoEstadossuas funes essenciais. Assim, a questo social seria tratada pela iniciativa privada, com o apoio do poder pblico, como ocorre no caso das organizaes sociais. Parece que o CESPE entendeu como errado o fato de a administrao gerencial no reforaraatuaodoEstadonaquestosocial.Porm,ogerencialismonoir abandonaraquestosocial,eleaindairdefenderqueoEstadoapoieas instituiessemfinslucrativos.EemmuitoscasosoEstadoaindavaiestar presente. Nesses casos preciso ter eficincia. O importante vocs guardarem o posicionamento da banca. Gabarito: E. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br35 48.(CESPE/TCE-PE/2004) Um adequado aparato normativo garante a transio deummodelodegestoburocrticoparaummodelodenaturezagerencialna administrao pblica. Somente alteraes na legislao no so suficientes para que seja implantada uma administraogerencial.precisomudaralegislao,mastambmimportante promoverumamudananaculturadoserviopblicoealterarastcnicasde gesto. Gabarito: E. 49.(CESPE/STJ /2008)Oparadigmaps-burocrtico,apesardesecontrapor ideologia e ao rigor tcnico da burocracia tradicional, possui diversas caractersticas do modelo burocrtico. Comovimos,aadministraogerencialnoabandonoutudoqueaadministrao burocrtica defendia. Muita coisa permanece. Gabarito: C. 50.(CESPE/TCE-PE/2004)Importantedistinoentreaadministraopblica burocrtica e a gerencial reside nas formas de controle; enquanto no primeiro caso o controle feito a priori de processos, no segundo, feito a posteriori de resultados. Essa a principal diferena entre a administrao burocrtica e a gerencial: o foco do controle. Enquanto a primeira foco processo, a priori, a segunda foca o resultado, a posteriori.Gabarito: C. 51.(CESPE/MDS/2006)Oparadigmadoclienteumavertentedasreformas gerenciais que privilegia o atendimento s demandas dos consumidores/clientes dos CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br36 serviosdoEstado,emcontrapontoaomodelogerencialpuro,quetinhacomo principais objetivos das reformas a reduo de custos do setor pblico e o aumento de sua produtividade. A Nova Administrao Pblica (New Public Management) como ficou conhecida a reformagerencialevoluiupormeiodetrsmodelos:ogerencialismopuro,o consumerism e o public service orientation. Estes trs modelos ocorreram em vrios pases,masforamtrsvisesdaadministraopblicaqueseressaltaramno modelogerencialbritnico.Abrcioelaborouoquadroaseguir,emelefazuma pequena comparao quanto aos principais objetivos de cada viso e quanto a sua relao com a sociedade, ou melhor, com seu pblico-alvo.Gerencialismo PuroConsumerismPublic Service Orientation (PSO)Economia / eficincia - produtividade Efetividade / qualidadeAccountability / eqidade ContribuintesClientes / consumidoresCidados As teorias esto apresentadas da esquerda para a direita, em ordem cronolgica de criao.Emprimeirolugar,precisoressaltarqueadivisoentreasteoriasfoi estabelecidaapenasparafacilitaracomparaoentreelas.Narealidade,hum graurazoveldeintercmbioentreasteorias,principalmentenocasodasduas ltimas. OManagerialisminglstevecomoprimeiromomentoogerencialismopuro.No incio, as reformas gerenciais eram bastante prximas das idias neoliberais. Esta corrente teve como principais objetivos reduzir os gastos pblicos e aumentar sua produtividade.Ofatoque,noinciodoNPM,asmodificaesnaburocracia estavam vinculadas a um projeto de reforma do Estado que se caracterizava como ummovimentoderetraodamquinagovernamentalaumnmeromenorde atividades.. Foi, portanto, sob o signo da questo financeira que se implantou o modelo gerencial puro na Gr-Bretanha. O managerialism seria usado no setor pblico para diminuir gastos em uma era de escassez e para aumentar a eficincia governamental. Em suma,ogerencialismopurotinhacomoeixocentraloconceitodeprodutividade. Segundo Caio Marini: Oprimeiromodeloogerencialismopuro,quecorresponde primeiraetapadaexperincianoReinoUnidoetambmnos CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br37 Estados Unidos, onde a perspectiva central o foco na economia e naeficincia;ofazermaiscommenos,oquesignificaolharo cidado como contribuinte, que no quer desperdcio, ao contrrio, quer ver o recurso arrecadado ser aplicado eficientemente. UmdosfatoresquelevaramcrisedoEstadodeBem-Estarfoiacrisede governabilidade, que se instaurou em virtude de o Estado no conseguir atender s demandasdasociedade.Prejudicandoaindamaisacrisefiscal,ocorreramas revoltasdostaxpayers,oucontribuintes,quenoenxergavamumarelaodireta entre o acrscimo de recursos governamentais e a melhoria dos servios pblicos. Podemos perceber que o gerencialismo puro, como uma resposta a esta crise, vem defender que o Estado considere o cidado como contribuinte e gaste seus recursos com eficincia, com conscincia de custos. Asmaiorescrticasaogerencialismopuronobuscavamoretornoaomodelo burocrtico, mas sim a incorporao de novos significados. Primeiro, introduzindo o conceito de qualidade no servio pblico. Com o conceito de efetividade, recupera-se a noo de que o governo deve, acima de tudo, prestar bons servios. a tica da qualidade que comea a ser incorporada pelo modelo gerencial.O consumerism, que pode ser traduzido como satisfao do consumidor, introduziu aperspectivadaqualidadecomoumaestratgiavoltadaparaasatisfaodo consumidor, atravs de medidas que visavam tornar o poder pblico mais leve, gil ecompetitivo:descentralizaoadministrativa,criaodeopesdeatendimento, comoincentivocompetioentreorganizaespblicaseadoodeumnovo modelo contratual. Podemos dizer que aqui que tem incio o paradigma do cliente na administrao pblica. Segundo Caio Marini: Ooutro,nestalinhaevolutiva,recebeuadenominaode consumerismoapartirdofoconaflexibilidadedegesto,na qualidadedosserviosenaprioridadesdemandasdo consumidor:ofazermelhor.Note-seque,enquantoaprimeira perspectivaquerrecuperaraeficinciaperdida,asegundaquer incrementaraqualidadedosservios,olhandoocidadocomo cliente. A introduo da perspectiva da qualidade no setor pblico surgiu quase no mesmo momentoemqueaadministraopblicavoltavasuasatenesparaosseus clientes.Essatalveztenhasidoumadasprincipaisrevoluesnomodelo gerencial. Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br38 52.(CESPE/SAAE/2003)Apreocupaodaadministraopblicacomos clientessurgiubasicamenteeprimeiramentecomomovimentodoPublicService Oriented. A preocupao com os clientes surgiu com o consumerism, e no com o PSO.Emboratenhaavanadomuitocomrelaoaomodelogerencialpuro,o consumerismrecebeuvriascrticas,particularmentenoterrenoemquemais transformouosconceitos,isto,narelaoentreogovernocomoprestadorde servios pblicos e a populao. A crtica mais geral direcionada ao conceito de consumidor de servios pblicos. Em primeiro lugar, com relao diferena que existe entre o consumidor de bens no mercado e o consumidor dos servios pblicos. mais complexa a relao do prestadordeserviopblicocomasociedade,jqueelanoobedeceaopuro modelo de deciso de compra vigente no mercado. Alis, h determinados servios pblicoscujocartercompulsrio,isto,noexisteapossibilidadedeescolha, como provam a utilizao em determinados momentos dos hospitais e dos servios policiais. Toda a reflexo realizada pelos tericos do PSO leva aos temas do republicanismo e dademocracia,utilizando-sedeconceitoscomoaccountability,transparncia, participao poltica, eqidade e justia, questes praticamente ausentes do debate sobre o modelo gerencial. O PSO adota uma nova tica a respeito da descentralizao. No modelo gerencial puro,adescentralizaoeravalorizadacomomeiodetornarmaiseficazesas polticas pblicas. J no consumerism, o processo de descentralizao era saudvel na medida em que ele aproximava o centro de decises dos servios pblicos dos consumidores,pensadoscomoindivduosquetmodireitodeescolheros programassociaisquelhesoferecemmelhorqualidade.J oPSOva descentralizaocomoumaformadepromoveraparticipaopoltica,trazendoo cidado para decidir a respeito dos temas que so de seu interesse. OpontoqueaquidistingueoPSOdasoutrascorrentesoconceitodecidado. Pois,enquantoocidadoumconceitocomconotaocoletivapensarna cidadaniacomoumconjuntodecidadoscomdireitosedeveres,otermo consumidor (ou cliente) tem um referencial individual, vinculado tradio liberal, a mesma que d, na maioria das vezes, maior importncia proteo dos direitos do CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br39 indivduo do que participao poltica, ou ento maior valor ao mercado do que esfera pblica. Segundo Caio Marini: Oterceiro,oPublicServiceOriented(PSO),estbaseadona noo de eqidade, de resgate do conceito de esfera pblica e de ampliao do dever social de prestao de contas (accountability). Essanovaviso,aindaquenocompletamentedelimitadado pontodevistaconceitual,introduzduasimportantesinovaes: umanocampodadescentralizao,valorizando-acomomeiode implementao de polticas pblicas; outra a partir da mudana do conceitodecidado,queevoluideumarefernciaindividualde meroconsumidordeservios,nosegundomodelo,parauma conotaomaiscoletiva,incluindoseusdeveresedireitos.Desse modo,maisdoquefazermaiscommenosefazermelhor,o fundamentalfazeroquedeveserfeito.Istoimplicaum processodeconcertaonacionalqueaproximaecompromete todosossegmentos(Estado,sociedade,setorprivado,etc.)na construo do projeto nacional. Gabarito: E. 53.(CESPE/MDS/2008)Aadministraopblicagerencialvocidadocomo contribuinte de impostos e como cliente dos seus servios. Os resultados da ao do Estado so considerados bons no porque os processos administrativos esto sob controle e so seguros, como quer a administrao pblica burocrtica, mas porque as necessidades do cidado-cliente esto sendo atendidas. Vimos na evoluo dos modelos do NPM, que no managerialism as pessoas eram vistascomocontribuintes,porissooEstadodeveriatereficincianosrecursos coletadosjuntosociedade.J noconsumerismincorpora-seanoodecliente, quando o Estado passa a valorizar a qualidade na prestao dos servios. Por fim, no PSO ganhou fora a noo de cidado.Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br40 54.(CESPE/STJ /2008)Naadministraopblicagerencial,ocidadovisto tanto como contribuinte de impostos quanto como cliente de seus servios. Mais uma questo em que o CESPE cobrou esta noo de cliente/contribuinte. Gabarito: C. 55.(CESPE/TCE-PE/2004)Ooramento-produtoummodelodeinstrumento oramentrio compatvel com os princpios da administrao pblica gerencial. O oramento-insumo aquele que prev todos os gastos relacionados produo deumbem,discriminandocadaumdosinsumos.J ooramento-produtoprev apenasovalordobem,sementrarnodetalhedoscustosdosinsumos.Por exemplo, na produo de um carro, o oramento-insumo diz quanto ser gasto com os pneus, com a lataria, com a mecnica, etc. J o oramento-produto diz quanto deve custar o carro pronto. O oramento-insumo est associado com a administrao burocrtica, j que faz um controle dos meios, do processo. J o oramento-produto se preocupa muito mais com o resultado, por isso est associado com a administrao gerencial.Gabarito: C. 56.(CESPE/SENADO/2002)Osprincpiosdegestomaiscomumente consagrados nas principais abordagens do NPM incluem a preferncia a alternativas externasnaexecuodeservios,taiscomoprivatizao,terceirizao,parcerias governo-sociedadecivil,voluntarismo,devoluo,desconcentraoe descentralizao para outras esferas de governo O Estado passa a diminuir suas funes por uma srie de instrumentos. A devoluo se caracteriza pela transferncia de atividades iniciativa privada, atividades estas que antes eram privadas, mas que o Estado trouxe para si ao longo da evoluo do Estado Social, por isso falamos em devoluo.Gabarito: C. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br41 57.(CESPE/MCT/2008)Aolongodoprocessoevolutivodosmodelosde administraopblica,buscou-seabandonaropapelderegulaodoEstado, fortalecendo-se, desse modo, a governana. Asreformaspromovidasapartirdosanos1980tinhamcomoobjetivoreduziras atividadesestatais.Noincio,aadministraogerencialestavamuitoprximado neoliberalismo,masfoiseafastandocomotempo.erradaafirmarquea administraogerencialdefendeumEstadoMnimo,elabuscaumEstado Regulador. Ao se retirar da produo e prestao de servios, ao Estado caberia proteger, de formainstitucionalizada,investidoreseconsumidores.Investidoresdesejamum sistemaregulatrioestveleprevisvelparaqueoprocessodeacumulaode capital da companhia possa se materializar; consumidores desejam ser protegidos da prtica de preos abusivos, em setores onde existem monoplios naturais. Para o governo, estabelecer e definir mecanismos de reviso e controle do preo justo dos servios monopolistas a grande questo. O preo justo permite ao governo cobrar do investidor a realizao dos investimentos necessrios continuidade e qualidade da oferta de servios, ao tempo em que fornece as bases da justificao do mesmo perante os consumidores. Nesta nova viso, ao abandonar funes empresariais, relacionadas produo de bens e servios, o Estado estaria se capacitando para ter uma atuao mais seletiva e, portanto, mais eficaz. O novo papel regulatrio do Estado faz parte do resultado deumprogramadereformasque,adespeitodeserorientadoparaomercado, objetiva a recuperao da capacidade de interveno estatal. Gabarito: E. 58.(CESPE/SEAD/2001)Apartirde1960,aorganizaops-burocrtica preconizadapelaliteraturaorganizacionalbaseava-senaemergnciade organizaesnasquaisaracionalidadefuncionalsubordina-seracionalidade substantiva. Weber descreve dois tipos de racionalidade: a funcional e a substantiva. A primeira focadaemresultadoscalculados,enquantoasegundapautadaemvaloressem CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br42 maiores preocupaes com os fins. Na racionalidade funcional constante busca da eficincia para alcance dos resultados no apreciada a qualidade intrnseca das aes,porm,suamaioroumenorconvergnciaaosfinspr-estabelecidos, independente do contedo que possam ter as aes. a velha mxima de que os fins justificam os meios.Emladooposto,aracionalidadesubstantivaestligadaaosvalores.Segundo Weberaracionalidadesubstantivaouracionalnotocanteavaloresfortemente portadoradeconscinciasistemticadesuaintencionalidade,vistoqueditada pelomritointrnsecodovaloroudosvaloresqueainspiram,bemcomo indiferente aos seus resultados. conduta por assim dizer, herica ou polmica, que testemunha a crena num valor tico, religioso, esttico, ou de outra natureza, e sua racionalidade decorre apenas de que orientada por um critrio transcendente. Associando com a questo anterior, a tica da responsabilidade, que corresponde aoracionalreferidaafins,temcomocritriofundamentalaracionalidade funcional.Aticadaconvicooudovalorabsolutoestimplcitaemtodaao referida a valores, sendo seu critrio a racionalidade substantiva. Aquestoerradaporqueaadministraogerencialmantmaracionalidade funcional,ouseja,arelacionaaosresultados,nosubordina-searacionalidade substantiva.Gabarito: E. 2Lista de Exerccios 1.(CESPE/HEMOPA/2004)NasociologiacompreensivadeWeber,podere dominao so conceitos sinnimos, um substituindo plenamente o outro. 2.(CESPE/MDS/2006)MaxWeberconsideraaexistnciadetrstipospurosde dominao legtima: a tradicional, a racional-legal e a gerencial. 3.(ESAF/MPOG-EPPGG/2003)Adominaotradicionalrefere-seaocomando exercidoporsenhoresquegozamdeautoridadepessoalemvirtudedostatus herdado,ecujasordenssolegtimastantoporseconformaremaoscostumes como por expressarem a arbitrariedade pessoal. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br43 4.(CESPE/MPE-TO/2006)Alideranacarismticafunda-senocarisma, caracterstica que herdada ou aprendida pelo lder. 5.(CESPE/MPE-TO/2006)Alideranacarismtica,quandoserotiniza,pode transformar-se em tradicional ou em racional-legal. 6.(CESPE/STM/2004)Historicamente,adominaoracional-legalouburocrtica surgiu no sculo XIX como uma forma superior de dominao, legitimada pelo uso da lei, em contraposio ao poder tradicional (divino) e arbitrrio. 7.(CESPE/MTE/2008)Aadministraopatrimonialistarepresentauma continuidade do modelo inspirado nas monarquias e prevalecente at o surgimento daburocracia,sendoacorrupoeonepotismoinerentesaessemodelo.Aos cidadosseconcedembenesses,emvezdaprestaodeservios,earelao entreogovernoeasociedadenodecidadania,esimdepaternalismoe subservincia. 8.(CESPE/MCT/2004)Aprincipalcaractersticadoestadopatrimoniala apropriao privada da coisa pblica. 9.(CESPE/DPU/2010)Agestopatrimonialfundamenta-senaprpriaformao scio-histrica, na privatizao das esferas do Estado e de acordo com interesses particularizados. 10. (CESPE/MDS/2006)Opatrimonialismocaracteriza-sepeloresguardodo patrimnio pblico de captura por parte de grupos de interesse na sociedade. 11. (CESPE/SEAD/2001) O patrimonialismo pode ser definido como uma cultura ou umconjuntodeprticasdeapropriaodeativoseinteressespblicospor particulares ou privados. 12. (CESPE/TCU/2007)Opatrimonialismonormalinibeaeconomiaracionalno apenasporsuapolticafinanceira,mastambmporpeculiaridadesdesua administrao,entreasquaissepodecitaraausnciatpicadeumquadrode funcionrios com qualificao profissional formal. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br44 13. (CESPE/TCE-PE/2004)Aburocraciapatrimonialistaeraomodeloclssicode administrao presente nas monarquias europias do sculo XIX. 14. (CESPE/TRE-BA/2009) A dominao racional-legal surgiu no sculo XIX como uma contraposio forma de atividade do aparelho do Estado que se baseava no poder arbitrrio e tradicional, isto , culturalmente patrimonialista. 15. (CESPE/SEGER/2007) No entendimento de Bresser Pereira, a administrao do Estado pr-capitalista era do tipo patrimonialista; a associao entre o capitalismo e a democracia fez emergir uma administrao pblica burocrtica, o modelo racional-legal, ao passo que a administrao pblica gerencial est mais orientada para as necessidades do cidado e para a obteno de resultados. 16. (CESPE/STM/2004)Burocraciaumsistemasocialracional,ouumsistema social em que a diviso do trabalho racionalmente realizada tendo em vista os fins visados. 17. (CESPE/STM/2004)Emrelaoscaractersticasbsicasquetraduzemo carter racional da burocracia, correto afirmar que esta constituda por sistemas sociais formais, impessoais e dirigidos por administradores profissionais, que tendem a control-los cada vez mais completamente. 18. (CESPE/MCT/2004)Conformeadefinioseminalweberiana,aburocracia, sobretudo,umaformadedominaonaqualosburocratastendemausurparo poder poltico. 19. (CESPE/MDS/2006)Impessoalidade,hierarquia,flexibilizaode procedimentos,especializaoenfasenoscontrolessocaractersticasdos modelos das organizaes burocrticas de gesto. 20. (CESPE/TRE-MA/2005)Oformalismodaburocraciaexpressa-sepelofatode quearelaodeautoridadedecorrnciadeumsistemadenormasracionais formalizadas que definem como tal relao de autoridade-obedincia deve acontecer e definem a distribuio de atividades em prol do atingimento dos objetivos. 21. (CESPE/INMETRO/2009)Oformalismodaburocraciaexpressa-senofatode que a autoridade deriva de um sistema de normas racionais, as quais definem com CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br45 preciso as relaes de mando e subordinao, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemtica, tendo em considerao os fins visados. 22. (CESPE/MCT/2004)Ouniversalismodeprocedimentosumaderivaodo carter racional-legal dos sistemas burocrticos. 23. (CESPE/CNPq/2004)Asorganizaesburocrticassopersonalistas, valorizando o indivduo e suas caractersticas particulares. 24. (CESPE/MEC/2003) Nas organizaes burocrticas, cada superior tem sob suas ordensdeterminadonmerodesubordinados,osquais,porsuavez,tmsobsi outros subordinados, e assim por diante. 25. (CESPE/MEC/2003) A burocracia apresenta uma diviso horizontal do trabalho, em que as diferentes atividades so distribudas de acordo com os objetivos a serem atingidos. 26. (CESPE/MDS/2006)Prebendasesinecuras,formaspatrimonialistasde ocupaodeespaosnoaparelhodoEstado,sosubstitudasporcritrios meritocrticos no modelo burocrtico. 27. (CESPE/MDS/2008) A organizao burocrtica embasada no modelo racional-legaldeadministrao,exclusivadareapblica,sendocaracterizadapela racionalidadedecorrentedaobjetividadedasnormasdejulgamento;pela impessoalidade,queserevelanosmtodosobjetivosdeselecionarepromover funcionrios; e pelo grau de previsibilidade que proporciona aos dirigentes pblicos. (CESPE/UAB/2010)Combasenascaractersticasdaburocraciaidealconcebida pelo socilogo alemo Max Weber (1864-1920), julgue os itens a seguir. 28. Asburocraciasforamestabelecidasparaofereceromeiomaiseficientede obteno do trabalho concludo. 29. Em uma organizao formal, a impessoalidade resulta da aplicao uniforme e imparcial de procedimentos e regras. 30. Na cadeia de comando de uma organizao formal, a autoridade est dissociada da responsabilidade pelo cumprimento de normas e leis. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br46 31. (CESPE/INMETRO/2007)Emborasejaalvodecrticasporsuarigidezeat mesmo seja tratada como sinnimo da lentido do Estado, a administrao pblica burocrticatrouxeimportantesavanos,comoaprofissionalizaodoservio pblico, o controle e a impessoalidade. 32. (CESPE/MDS/2006) O insulamento burocrtico um fenmeno caracterstico de administraes pblicas com alto grau de controle social. 33. (ESAF/MPOG/2002)OEstadodoBem-EstarSocialfoiprejudicadoemarcado pelo modelo de administrao pblica burocrtica. 34. (CESPE/MDS/2006)Verifica-seofenmenodorentseekingquando determinadosgruposdasociedade,pormeiodocontroledoaparelhodoEstado, viabilizam a apropriao de rendas e vantagens excepcionais para si ou para seus protegidos. 35. (CESPE/TCE-PE/2004) A preocupao com o fenmeno do rent-seeking foi uma das principais inspiraes dos movimentos de reforma do Estado implementados no final do sculo XX. 36. (CESPE/TCU/2008) No sculo XX, aps o advento dos direitos pblicos, isto , aquelesdequegozamtodososcidados,fazendoqueapropriedadedoEstado sejaefetivamentepblica,ademocraciaeaadministraopblicaburocrtica concebidasparaprotegeropatrimniopblicoprecisavamtransformar-se:a primeiradeveriasermaisparticipativaoumaisdireta,easegunda,menos burocrtica e mais gerencial. 37. (CESPE/AGU/2010)Paraaadministraopblicaburocrtica,ointeresse pblicofrequentementeidentificadocomaafirmaodopoderdoEstado.A administrao pblica gerencial nega essa viso do interesse pblico, relacionando-o com o interesse da coletividade, e no do Estado. 38. (CESPE/AGU/2010)Aadministraopblicaburocrticasustenta,entreseus objetivos globais, a necessidade de aumentar a governana do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficincia, direcionando a ao dos servios de Estado para o atendimento dos cidados. CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA EM EXERCCIOS STM 2010 PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br47 39. (CESPE/TCU/2008) Para a administrao pblica gerencial, ao contrrio do que ocorrenaadministraopblicaburocrtica,aflexibilizaodeprocedimentosea alterao da forma de controle implicam reduo da importncia e, em alguns casos, oprprioabandonodeprincpiostradicionais,taiscomoaadmissosegundo critrios de mrito, a existncia de organizao em carreira e sistemas estruturados de remunerao. 40. (CESPE/TCE-AC/2006) Na administrao pblica gerencial, a estratgia volta-se paraadefiniodosobjetivosqueoadministradorpblicodeveatingiremsua unidade, para a garantia da autonomia na gesto de recursos humanos, materiais e financeiros e para o controle e a cobrana a posteriori de resultados. 41. (CESPE/TCU/2008)Ocontroledosresultadosdeformadescentralizada,na administraopblica,dependedeumgraudeconfianalimitadonosagentes pblicos, que, mesmo com estrito monitoramento permanente, devem ter delegao de competncia suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas 42. (CESPE/MTE/2008)BresserPereira,aocaracterizaraadministraopblica gerencial, argumenta que ela constitui instrumento de proteo do patrimnio pblico contraosinteressesdeprivatizaodoEstado.Poroutrolado,consideraqueos funcionrios pblicos tm de ser merecedores de grau ilimitado de confiana. 43. (CESPE/STJ /2004) A administrao pblica gerencial pode ser compreendida a partir de diversas caractersticas fundamentais, como a delegao de autoridade, a valorizaodopressupostodaconfianalimitadaemdetrimentodadesconfiana totaldofuncionriopblico,organizaescommuitosnveishierrquicose administrao voltada para o atendimento do cidado. 44. (CESPE/STJ /2004) A centralizao do processo de tomada de deciso, o rgido controlesobreodesempenhoeofocoemresultadossoalgumasdas caractersticas do paradigma ps-burocrtico. 45. (CESPE/IBAMA/2003) A administrao pblica gerencial surgiu como respost