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Márcio Arioli From: "AEARV" <[email protected]-rs.org.br> To: "AEARV" <[email protected]> Sent: quinta-feira, 14 de maio de 2009 15:44 Attach: header.htm Subject: Seminário Editado Page 1 of 41 19/05/2009 I Seminário AEARV sobre Segurança na Construção Civil (NR-18) 3 e 4 de Abril de 2009 Resumo das Palestras

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Márcio Arioli

From: "AEARV" <[email protected]>To: "AEARV" <[email protected]>Sent: quinta-feira, 14 de maio de 2009 15:44Attach: header.htmSubject: Seminário Editado

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I Seminário AEARV sobre Segurança na Construção Civil

(NR-18)

3 e 4 de Abril de 2009

Resumo das Palestras

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Instalações Elétricas temporárias em canteiros de obras

Recomendações Técnicas de Procedimento

Na indústria da construção, o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes

graves e fatais. Este grave quadro é decorrente da falta de projeto adequado, de

dificuldades na execução e na manutenção das instalações elétricas temporárias dos

canteiros de obras. Na maioria das vezes são executadas por profissionais não

qualificados, gerando com isso situações de extrema gravidade para segurança dos

trabalhadores, dos equipamentos e das instalações.

A recomendação técnica de procedimentos no. 5 (RTP 05) estabelece os métodos básicos

objetivando proteger a integridade física e a saúde dos trabalhadores que direta ou

indiretamente interagem com as instalações elétricas temporárias e as atividades

executadas nos canteiros de obra.

A eletricidade é a segunda causadora de acidentes na construção civil. Cerca de 1000

mortes /ano no Brasil.

Choque Elétrico

É o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, chamada de

corrente de choque, através do organismo humano, podendo provocar efeitos de

importância e gravidades variáveis, bem como fatais.

Efeito da corrente elétrica

O efeito da corrente elétrica depende dos seguintes itens:

• Intensidade da corrente;

• Tempo de exposição

• Percurso através do corpo humano;

• Condições orgânicas do indivíduo.

Classificação do choque elétrico

• Contato direto:

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É o contato com pessoas e animais diretamente com partes energizadas de

uma instalação elétrica.

• Contato indireto:

É o contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou

elementos condutores que por falta de isolação ficaram acidentalmente

energizados.

Ao percorrer o corpo humano, essa corrente elétrica causa danos, temporários ou

permanentes, ao sistema nervoso; gera contrações musculares dolorosas, pro lapso

(descolamentos permanente de órgãos internos) e pode alterar o funcionamento de

músculos vitais como o diafragma e o coração. Além disso, toda vez que ocorre a

passagem de corrente elétrica, há dissipação de calor, podendo causar queimaduras.

Tipos de proteção contra choques elétricos

• Proteção contra contatos diretos

Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um

contato com partes vivas na instalação, tais como condutores nus ou descobertos, terminais

de equipamentos elétricos, etc.

A proteção contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de:

- Isolação das partes vivas: impede todos os contatos com as partes vivas da instalação

elétrica através do recobrimento total por uma isolação que somente possa ser removida

através de sua destruição.

- Barreiras ou invólucros: são destinados a impedir todos os contatos com as partes vivas

devem estar no interior de invólucros ou atrás de barreiras. Para instalação de barreiras ou

invólucros, a rede elétrica deverá ser desligada.

- Colocação fora do alcance: é destinada a impedir os contatos acidentais, consistindo em

instalar os condutores energizados a uma altura/distância que fique fora do alcance do

trabalhador, das máquinas e dos equipamentos.

• Proteção contra contatos indiretos

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Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um

contato com massas colocadas acidentalmente sob tensão através do desligamento da

fonte por disjuntor ou fusível rápido ou desligamento de fonte por um dispositivo à corrente

diferencial-DR.

Tipos de isolação

• Básica: aplicada às partes vivas para assegurar um mínimo de proteção.

Ex: isolação com fita isolante

• Suplementar: destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos no

caso de falha da isolação básica.

Ex: isolamento com fita isolante complementada por mangueira isolante.

• Dupla: composta por isolação básica e suplementar.

Ex: cabo com dupla isolação.

• Reforçada: aplicada sobre partes vivas, tem propriedades equivalentes às da

isolação dupla.

O recobrimento total por uma isolação deverá ter as mesmas características

do isolamento original do cabo.

Dispositivo à corrente diferencial-residual (DR)

Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio mais eficaz de

proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Estes dispositivos permitem o

uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às perdas de energia e

os danos as perdas de energia e os danos às instalações, porem sem dispensar outros

elementos de proteção (disjuntores, fusíveis, etc). A sua aplicação é específica na proteção

contra a corrente de fuga.

Os dispositivos `’ corrente diferencial-residual são aqueles capazes de detectar a corrente

diferencial-residual de um circuito elétrico, provocando o seccionamento automático do

mesmo, no caso desta corrente ultrapassar o valor especificado de atuação do dispositivo

DR, isto é, a corrente diferencial residual nominal de atuação.

Estes dispositivos asseguram a proteção contra tensões de contato perigosas provenientes

de:

- Defeitos de isolamento em aparelhos ligados a terra;

- Contatos indiretos com o terra da instalação ou parte dela;

- Contatos indiretos com partes ativas da instalação;

- Curto circuito com a terra cuja corrente atinge o valor nominal.

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Aterramento elétrico

O aterramento tem duas finalidades básicas: proteger o funcionamento das instalações

elétricas e garantir a segurança do operador e do equipamento que está sendo usado.

Aterramento elétrico é a ligação intencional com a terra, isto é, com o solo, considerando

um condutor através do qual a corrente elétrica pode fluir, difundindo-se. Toda a instalação

ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que,

Eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local

acessível a contatos.

É recomendável utilizar o aterramento constante do projeto elétrico definitivo para as

instalações elétricas temporárias. O condutor de aterramento deverá estar disponível em

todos os andares, em todos os quadros de distribuição.

Esquema de aterramento TT

O esquema de aterramento utilizado em canteiros de obras é o TT. Nesse esquema de

aterramento existe um ponto de alimentação (geralmente o secundário do transformador

com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um

eletrodo de aterramento, independentemente do eletrodo de aterramento da alimentação,

provido de uma proteção complementar a ser instalado nas derivações da instalação

(circuitos terminais), utilizando dispositivo à corrente diferencial-residual (DR) para proteção

contra contatos indiretos por seccionamento automático.

Localização dos riscos elétricos

Quadros de distribuição

Nos canteiros de obras da indústria da construção, a distribuição de energia elétrica deve

ser feita através dos quadros elétricos de distribuição que, conforme suas características

podem ser: quadro principal de distribuição, quadro intermediário de distribuição e quadro

terminal de distribuição fixo e/ou móvel. Os quadros de distribuição devem ser construídos

de forma a garantir a proteção dos componentes elétricos contra poeira, umidade, impacto

etc., e ter no seu interior o diagrama unifamiliar do circuito elétrico.

Serão instalados em locais visíveis, sinalizados e de fácil acesso, não devendo, todavia,

localizarem-se em pontos de passagem de pessoas, materiais e equipamentos.

Os materiais empregados na construção dos quadros devem ser incombustíveis e

resistentes à corrosão. Quando as carcaças dos quadros de distribuição forem condutoras,

devem ser devidamente aterradas.

Os quadros de distribuição devem ter sinalização de advertência, alertando sobre riscos

presentes naquele local.

Quadro principal de distribuição

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Destinado a receber energia elétrica alimentada pela Rede Pública da concessionária.

A área do quadro principal de distribuição deve ser isolada por anteparos rígidos,

devidamente sinalizados, de forma a garantir somente o acesso de trabalhadores

autorizados. Esta área deve estar permanentemente limpa, não sendo permitido o depósito

de materiais no seu interior.

Quadros terminais: fixos ou móveis

São aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos terminais, isto é, diretamente

máquinas e equipamentos. As ligações nos quadros de distribuição devem ser feitas por

trás, dotando-se ainda de fundo falso, de modo que a fiação fique embutida.

A distribuição de energia nos diversos pavimentos da edificação deve ser feita através de

prumadas, sendo a fiação protegida por eletrodutos, que devem estar localizados de forma

a garantir uma perfeita disposição dos quadros elétricos.

Instalações elétricas aéreas e subterrâneas

As instalações elétricas temporárias devem ser dispostas em locais onde não haja

possibilidade de sofrerem choques mecânicos provenientes da movimentação de materiais

e máquinas ou possibilidade de contatos acidentais com os trabalhadores.

As instalações elétricas temporárias devem constar do PCMAT (Programa de Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).

Nos postes, a rede elétrica (fixação) deve estar a uma altura mínima de 5m (cinco metros) a

partir do solo. Nos serviços especiais ou que empreguem máquinas e equipamentos de

grandes dimensões, a altura da rede elétrica (fixação) deve ser dimensionada para este fim.

Identificação de fios e cabos de baixa tensão pela cor

• Terra: verde ou vermelho e amarelo.

• Neutro: azul claro.

• Fases: qualquer cor menos as anteriores, recomenda-se o vermelho, preto e

branco.

Plugs e tomadas

Os plugs e as tomadas devem ser protegidos contra penetração de umidade ou água. É

obrigatório o uso do conjunto plug /tomada para a ligação dos equipamentos elétricos ao

circuito de alimentação. Não ligar mais de um equipamento à mesma tomada, a menos que

o circuito de derivação tenha sido projetado para tal.

Obs.: Nas ligações com plug /tomada, a parte energizada deve ser a tomada, a fim de se

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evitar a exposição de trabalhadores as parte vivas.

Circuitos de iluminação provisórios

Os circuitos de iluminação provisórios serão ligados aos quadros terminais de distribuição.

A altura da fixação deve ser de no mínimo 2,50m a fim de evitar contatos com

Máquinas, equipamentos ou pessoas. Se a fixação não puder ser aérea, em altura

condizente com o trabalho, a área de distribuição deverá ser isolada e corretamente

sinalizada.

Nos locais onde se encontram máquinas com movimento giratório, não é permitido a

utilização de lâmpadas fluorescentes em uma única fase pelo fato de o efeito

estroboscópico decorrente da freqüência da rede ser múltiplo da rotação da máquina.

Os operadores de máquinas e equipamentos devem ter em seu treinamento noções

básicas sobre eletricidade, contemplando as medidas de controle necessárias para

eliminação ou neutralização dos riscos elétricos.

Equipamentos elétricos devem estar desligados da tomada quando não estiverem sendo

usados. Os serviços de manutenção deverão ser realizados com a máquina desligada.

Considerações

- É fundamental o aterramento, dispositivo DR, tomadas três plugas, com duplo isolamento

de ferramentas, dimensionamento de condutores e disjuntores;

- Exigir que sejam lidas as instruções de uso dos equipamentos e seguidas;

- Perceber o risco e exigir dos especialistas que cumpram e obedeçam as normas;

- Fazer inspeção visual- fios, plugs, carcaças, emendas que evidenciam a precariedade das

instalações;

- Cuidado com a umidade;

- Somente um eletricista autorizado pode executar serviços de eletricidade;

- Em caso de acidente o responsável é mo empregador;

- dimensionar adequadamente a entrada de energia na obra-. pedir reforço na rede-teste

em elevador 350KG;

- Cuidado com o uso de equipamento por alguém não habilitado;

- Mesmo errado, a luz ascende, o motor gira e o chuveiro esquenta. Cuidado;

- A cobrança é mais fácil se você trabalha com pessoas qualificadas.

Gestão de Segurança para Máquinas e Equipamentos em Obras

Elevador, Grua, Guincho de coluna, Serra e Betoneira

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Relação de algumas máquinas e equipamentos em obras

• Betoneira

• Serra

• Grua

• Guincho

• Elevador de obra

Betoneira

A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos

só pode ser feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá. As estruturas e

carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas.

Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes

perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores.

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado

de modo que:

- Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;

- Não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;

- Possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;

- Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer

outra forma acidental;

- Não acarrete riscos adicionais;

Toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por

pessoa não-autorizada.

As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e

manutenção de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes, dispensando-se especial

atenção a freios, mecanismos de direção, cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e

outros dispositivos de segurança.

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Toda máquina ou equipamento deve estar localizado em ambiente com iluminação natural

e/ou artificial adequada à atividade, em conformidade com a NBR 5.413/91 - Níveis de

Iluminância de Interiores da ABNT.

As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em documento

específico, constando as datas e falhas observadas, as medidas corretivas adotadas e a

indicação de pessoa, técnico ou empresa habilitada que as realizou.

O inspetor do CREA deverá pedir um check list da obra com acompanhamento na

manutenção dos equipamentos de obra. Ë uma idéia que está sendo posta em vigor. Isso

seria a garantia de que o equipamento não vai dar problema.

Serra circular

As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade de

carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos desta NR.

A serra circular deve atender às disposições a seguir:

- Ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e

posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou

similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente

para a execução das tarefas;

- Ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

- O disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar

trincas, dentes quebrados ou empenamentos;

- As transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por

anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a

execução dos trabalhos;

- Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e

ainda coletor de serragem.

Grua

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• Movimentação e transporte de materiais e pessoas

Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser

dimensionados por profissional legalmente habilitado.

A montagem e desmontagem devem ser realizadas por trabalhador qualificado. A

manutenção deve ser executada por trabalhador qualificado, sob supervisão de profissional

legalmente habilitado.

Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem

ser operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em Carteira de

Trabalho.

Antes do início dos serviços, os equipamentos de guindar e transportar devem ser

vistoriados por trabalhador qualificado, com relação à capacidade de carga, altura de

elevação e estado geral do equipamento.

Devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de máquinas e

equipamentos próximos a redes elétricas.

• Check List

- A estrutura da Grua está devidamente aterrada (18.14.24.7).

- Há manual do fabricante ou laudo estrutural/operacional da Grua.

- Limitador de momento máximo.

- Limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação.

- Limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades.

- Limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão.

- Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como

de acionamento automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando.

- Placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, como especificado pelo

fabricante.

- Luz de obstáculo (lâmpada piloto).

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- A grua deve dispor de dispositivo automático (anemômetro) com alarme sonoro que

indique a ocorrência de ventos superiores a 42 Km/h;

- Toda empresa fornecedora, locadora ou de manutenção de gruas deve ser registrada no

CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para prestar tais

serviços técnicos;

- A implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por

engenheiro legalmente habilitado com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços,

deve ser emitida ART - Anotação de Responsabilidade Técnica;

- Toda grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou

importador estabelecido ou, ainda, que já tenha mais de 20 (vinte) anos da data de sua

fabricação, deverá possuir laudo estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e

eletromecânica, bem como, atender às exigências descritas nesta norma, inclusive com

emissão de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - por engenheiro legalmente

habilitado;

- Este laudo deverá ser revalidado no máximo a cada dois (dois) anos.

Guincho de Coluna- tipo Velox

Outras máquinas, equipamentos e veículos

• Andaimes

• Balancins (elétrico e manual)

• Martelete (vibração)

• Veículos (muck ou guinchos)

• Pontes rolantes

• Talhas

Elevadores de Obra

Tipos de elevadores

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Tração por pinhão e cremalheira

É mais seguro, rápido, com maior capacidade de carga e com custo mais caro. Pouco

utilizado na Região Sul do Brasil na Indústria da Construção – São Paulo, Rio, Belo

Horizonte, já usam bastante na Construção.

Aqui é mais utilizado em Indústrias de Petróleo e Petroquímicas (Refap, Copesul).

Tração por cabo de aço

Há dois tipos:

• Materiais;

• Pessoas e materiais

Materiais

Não tem comando interno na cabine, a transmissão pode ser feita por corrente/correia e

tem freio mecânico manual.

Elevadores de pessoas e materiais

A transmissão é por motor-redutor, possui comando interno na cabine e porta pantográfica.

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Preparação e montagem

Devemos observas os seguintes itens:

- Projeto – Dimensionamento - torre/ cabine/ freio – ART;

- ART – Instalação;

- Base;

- Energia Elétrica (Proteções);

- Aterramento;

- Material para rampas - instalação das cancelas;

- Material para fechamentos (Tela / Madeira / Tubos);

- Laterais das cancelas;

- Gabine do guincheiro;

- Acessos à torre (térreo /bandejas);

- Treinamento/Reciclagem - Guincheiro (Anotação CTPS);

- Contrato de Manutenção – ART.

Visão Geral

• Base

• Torre tubular

• Guincho

• Cabine

• Sistema de ferragem

• Acessos

• Cabos de aço

• Polia Louca-enrolamento do cabo-granden esforço

Torre

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Guincho com motor redutor

Guincho corrente/correia

Cabine

Limitador de velocidade e placa de identificação

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Caixa freio cunha

Rampa

Cabos de aço

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Polia louca

Saúde e Segurança do trabalho

Gestão de segurança no canteiro de obras

O enfoque é prevenir problemas que envolvam segurança. Criar vantagens e enfoques.

A atuação da empresa é arraigar o SST pela estrutura organizacional da empresa,

disseminar o conteúdo de segurança para todos, habilitar o máximo de pessoas possíveis

para que sejam multiplicadores.

Integrar

No escritório

Integração dos profissionais de EST (engenheiro de segurança do trabalho) com o setor de

planejamento, orçamento, contratos e compras. Participar, trabalhar com profissionais de

planejamento e orçamento na formação de composições de custo e discriminação de itens

de orçamento, compondo em centro de custos específicos para segurança com itens como:

treinamento, laudos, avaliações, programas e projetos de EST para o empreendimento.

No canteiro

Integração dos profissionais de EST com eng. De obra (auditor) de qualidade, técnicos,

mestres, encarregados e fornecedores de serviço (empreiteiros seus empregados) e

trabalhadores.

Visão distorcida

- Falta de conhecimento;

- Nexo entre resultado, saúde e segurança;

- Falta de planejamento de EST (orçamento, contratos, projetos);

- Não se mensuram riscos;

- Falta de investimento em treinamento;

- Cultura da impunidade.

Integrar com planejamento e orçamento

Participar, trabalhar com profissionais de planejamento e orçamento na formação de

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composições de custo e discriminação de itens de orçamento, compondo um centro de

custos específicos para segurança com itens como:

- Treinamentos exigidos por lei ou não, especificações de EPIs, EPCs, avaliações, laudos,

programas e projetos de EST para aquele empreendimento.

Integrar com jurídico

Contribuindo na elaboração de contratos e editais (estes mais técnicos executados por

engenheiro) com fornecedores de serviço.

Como perito assistente em processos de reclamatórias trabalhistas que envolvam

insalubridade e periculosidade, indenizações por acidente ou morte.

Integrar com compras

Participar como consultor nas negociações que envolvem EPIs, material para implantação

de EPCs compra/locação de máquinas e equipamentos, contratação de treinamentos,

laudos, programas, projetos especiais, avaliações quantitativas de agentes nocivos, etc.

Integrar com a direção

Apresentar relatórios gerenciais que comprovem a eficácia do trabalho da equipe de

segurança e planos de ação com metas claras a curto e médio prazo.

Integrar com engenheiro residente

Normalmente um profissional com múltiplas atribuições, um generalista, bastante

pressionado por um “orçamento apertado” e um “cronograma espremido”... Orientar sobre

os aspectos de legislação, riscos de interdição, embargo, multas, acidente e até morte.

Integrar com engenheiro (auditor) de qualidade

Muitos dos projetos e ações de segurança coincidem com o trabalho de qualidade e estes

são auditados por certificadoras, são profissionais muito próximos, muito se pode aproveitar

dos relatórios de não conformidades.

Integrar com técnicos, mestre e encarregados

As ações de segurança destes profissionais são fundamentais. É a primeira linha de gestão,

é linha de fiscalização de regramento de conduta e comportamento, controla EPI e “atos

inseguros”. O profissional de segurança do trabalho deve conscientizá-los disso!

Integrar com fornecedores

Comprometer empreiteiros nas ações de prevenção.

- Na forma de contrato;

- Com previsão em orçamento/proposta;

- Com encontros (Pauta/Ata) com EST;;

- Medindo serviços de segurança em planilha com centro de custo específico

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- Aprovando medições, fazendo retenções e descontos quando aplicável.

Integrar com trabalhadores

Na forma dos DDS, pelos técnicos de segurança: em integrações, treinamentos. Palestras,

SIPAT e contatos pelo canteiro.

Ferramentas de gestão

• PCMAT

• Programas de SST

• Treinamentos

• Projetos

• CIPA/ SESMT

• Contratos

• Ordens de serviço

• Comitês integrando prestadores de serviço

• Controle de documentação interno e de 3°

• Projetos motivacionais

• Indicadores

PCMAT

Desenvolvido pelo Engenheiro de Segurança (consultor ou não) em conjunto com

Engenheiro residente, após apresentar ao Engenheiro coordenador.

Aplicação do PCMAT

O PCMAT deve ser consultado a cada etapa da obra e editado quando necessário para

atualização.

O que deve conter um PCMAT

• Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,

levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas

respectivas medidas preventivas;

• Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de

execução da obra;

• Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

• Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;

Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de

dimensionamento das áreas de vivência;

• Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças

do trabalho, com sua carga horária.

Programa de SST e projetos

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Realizados da forma isenta: Consultoria.

Engenheiro deve revisar, editar, melhorar padronizando e controlar implantação.

Treinamentos

• Pelo multiplicador

• Pelo profissional

Treinamento pelo multiplicador

• Realizar DDs: necessário qualificá-los par tal, função da equipe de SST

CIPA

CIPA atuante! Reuniões objetivas e com pauta voltada exclusivamente para segurança.

Contratos

Ë o documento que regra a relação de trabalho entre tomador de serviço e empreiteiro; se o

contrato não abranger aspectos de segurança, trará problemas sérios ao bom andamento

da obra.

Ordens de serviço

Atendimento a NR-1. Mesmo que o trabalhador tenha em seu passado larga experiência no

seu ofício o empregador é obrigado a aplicar OS de segurança, o trabalhador conhecerá

regras de conduta de empresa e sempre aprenderá algo se a OS for bem aplicada.

Inspeções e auditorias

Mede a situação da obra nos aspectos da ordem, limpeza, organização, higiene, proteção

de máquinas, EPCs, EPIs, situações de riscos que podem ser resolvidas imediatamente.

Normalmente com registro fotográfico (antipático) e posterior relatório.

Inspeção de segurança

Realizar inspeções periódicas nas obras sejam totais ou parciais, mas sempre com

relatórios fotográficos

• Periodicidade: semanal pelo engenheiro, diário, pelo técnico

• Tipo: verificado/medida proposta/prazo/responsável

• Encaminhada ao colega engenheiro da obra

• Apresentado em reunião semanal

Investigação de acidentes

Sabe-se que o objetivo fim da EST é evitar o acidente, mas quando ele ocorre há de se

obter o máximo de informação para que o mesmo não ocorra mais. Assim ações devem ser

tomadas analisando relatórios (preciosos) de investigações passadas. Por isso a

investigação de acidentes é uma ferramenta da EST.

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Realizar investigação de acidentes e “quase acidentes” sempre que ocorrer pode-se

fotografar. Encaminha-se ao engenheiro da obra, fala-se da investigação na reunião

semanal, apresenta-se na reunião mensal.

Advertências e afastamentos

• Advertências: é outra forma de ferramenta, deve ser graduada conforme gravidade

de ocorrência.

• Afastamentos: desde que defina na OS ou na integração no canteiro.

APRs e PTs

Análise preliminar de riscos e permissões para trabalho pode ser usadas em atividades

especiais com riscos não bem conhecidos ou não bem controlados.

Comitês integrando prestadores de serviço

• Atende NR-18

A empresa que possuir um ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com 70 ou mais

empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.

As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrem no subitem 18.33.3

participarão com, no mínimo um representante das reuniões, do curso da CIPA e das

inspeções realizadas pela CIPA da contratante.

Aplicam-se às empresas da indústria da construção as demais disposições previstas na NR

5, naquilo em que não conflitar com o dispositivo neste item.

• É mais efetivo que apenas a CIPA, que normalmente participam só trabalhadores do

tomador de serviço.

Controle da documentação

É obvio que os arquivos (físicos e digitais), organizados e atualizados são essenciais,

fundamentalmente quando se é auditado pela SRTE.

Formulários e documentos devem atender a condição de segurança jurídica:

- Revisar, editar, melhorar padronizando, e controlar, formulários e documentos a fim de

atender devida segurança jurídica;

- Auditar documentos periodicamente (mensalmente auditoria interna SST; trimestralmente

externa).

Projetos motivacionais

Nem só com treinamentos e cobranças se obtém bons resultados, “quebrar” a rotina, com

algo motivador, reconhecer, premiar o trabalhador ou equipe perante colegas é muito

positivo.

Ex.: SIPAT (anual)

Motivar, compreender

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Motivar, comprometer os trabalhadores para a segurança.

O que mais compromete é ter a consciência das sérias conseqüências de uma doença ou

acidente do trabalho, isto é, motivar também é informar.

Saber que descuido, azar e religião não são causas de acidentes.

Funcionário do mês (vinculado a qualidade inclusive).

Painel de avaliação de empreiteiros.

Caixas de sugestões com reconhecimento e prêmio.

Faixas educativas, etc.

Indicadores

Devem-se medir resultados, mede-se produção e qualidade. Porque SST seria diferente?

- Número de acidentes/ano;

- Índice de acidentes;

- Índice de gravidade.

EPCs

• Plataformas de proteção primária e secundária (Bandeja)

• Proteção de Periferia

• Anteparo rígido ou tela (com laudo)

• Proteção de vãos (elevador)

• Periferia

Proteção da periferia sistema rígido

Sistema rígido calculado em modulo

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Sistema de proteção da periferia com tela

Proteção de vãos

EPCs

• Linha de vida 1 (Tubos)

• Linha de vida 2 (Estrutura)

• Proteção sacadas/janelas baixas

• Fechamentos vãos lajes

• Fechamento e acesso elevador obra

Tratamento do tubo de LV

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Linha de vida (estrutura) pelo teto

Controles importantes

• Andaimes

- Apoiados/fachadeiros

- Suspensos: manuais ou motorizados

• Elevador de obra

• Guinchos de coluna (tipo Velox)

• Serra circular

Andaime fachadeiro calculado

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Esquema de travamento de rodapé de andaime apoiado

Controles importantes

• Betoneiras

• Masseiras

• Policortes

• Silo (argamassa bombeada)

• Pistola finca pino, furadeiras, esmerilhadeiras e outras ferramentas elétricas

• Instalações elétricas (NR-10, RTP-5)

• Aterramentos, plugs, extensões, carga, iluminamento, bebedouros, instalação de

máquinas, etc.

• Atividades com risco físico, químico, biológico e ergonômico.

• Sinalização de segurança

• EPIs

• Qualidade de ferramentas e equipamento de trabalho

• Uniforme (número de mudas)

• Condições das áreas de vivência

Sinalização de segurança e passarela para trabalhadores

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NTEP/FAP

Na Construção Civil

Evolução da quantidade de benefícios Emitidos pela Previdência Social - Em milhões

de benefícios-1999 a 2006 e 2007(jan)

Benefícios concedidos pela Previdência social em 2005

Estrutura atual do SAT

Prevenção

Empresas sob orientação e fiscalização do Ministério do Trabalho e Ministério da Saúde.

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Benefícios

• Indenizatório: empregador e Previdência Social

• Reposição da renda: Previdência Social

Assistência à saúde

Sistema Único de Saúde - SUS

Reabilitação e reinserção

Previdência Social

Legislação

• Lei 10.666/03: bônus/Malus

• Resolução 1236 de 28/04/2004: cria o FAP

• Lei 11.430 de 26/12/2006 e após decreto 6.042 de 12/02/2007: disciplina a

aplicação, acompanhamento e avaliação do fator Acidentário de prevenção-FAP e do

Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP)

Lei N 10.666/2003

A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do

benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de

incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá

ser reduzida, em até cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme

dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva

atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos

índices de freqüência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo

Conselho Nacional de Previdência Social.

Principais alterações

Incorporação da competente epidemiológica na avaliação da perícia médica.

Revisão do enquadramento dos setores de atividade para fins de contribuição ao seguro de

acidente do trabalho (anexo V do regulamento da Previdência Social-RPS).

Fator acidentário de prevenção – FAP

Em 12.02.2007 o CNPS fez editar a resolução n 1.269 que introduz o termo – NTEP (Nexo

Técnico Epidemiológico Previdenciário).

Nexo = junção entre duas ou mais coisas; ligação vínculo, união.

Nexo casual = relação que une a causa ao efeito.

Epidemiológico = relativo a epidemiologia.

Epidemiologia = estudo da ocorrência, da distribuição e dos determinantes se um agravo à

saúde em uma população.

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Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP

O NTEP é a relação estatístico-epidemiológica que se estabelece entre o código de doença

CID e o setor de atividade CNAE, a partir do estimador de riscos Razão de Chances (RC) >

1, com 99% de confiança estatística com base na serie histórica dos benefícios concedidos

pelo INSS (2000-2004).

O NTEP presume ocupacional o benefício por incapacidade requerido em que o atestado

médico apresenta um código de doença que tenha a supracitada relação com o CNAE da

empresa empregadora do trabalhador requerente.

Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE

A tabela de códigos e denominações da CNAE foi recentemente atualizada, DOU –

Resoluções IBGE/CONCLA (Comissão Nacional de Classificação) nº 1 (4/set/2006) e nº 2

(15/dez/2006).

Decreto nº 6.042/07, em seu anexo II agrega a tabela do CNAE elaborada pela Receita

Federal. Determinação de grupos homogêneos – clusters. Reenquadramento do CNAE

ocorrerá a cada dois anos.

Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP

Relação de atividades predominantes e correspondentes graus de risco (conforme a

classificação nacional de atividades econômicas)

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Lista B

Ao final de cada agrupamento estão indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece

Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 1o do art. 337, entre a entidade mórbida e as

classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos

iniciais sejam comuns. – CNAE 4120.

• A15 – A19: doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com o trabalho (grupo I

da CID-10);

• E10 – E14: doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas relacionadas com o

trabalho (grupo IV da CID-10);

• F10 – F19, F20-F29: transtornos mentais e do comportamento relacionados com o

trabalho (grupo V da CID-10);

• VI: transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso do álcool

• G40 – G47: doenças do sistema nervoso relacionadas com o trabalho (grupo VI da

CID-10);

• V: distúrbios do ciclo vigília (sono);

• H53 – H54: doenças do olho e anexos relacionadas com o trabalho (grupo VII da

CID-10);

• VII: distúrbios visuais subjetivos;

• I20 – I25 – I30 – I52 – I60 – I69: doenças do sistema circulatório relacionadas com o

trabalho (grupo IX da CID);

• III: infarto agudo do miocárdio (I21);

• IV: parada cardíaca (I46);

• J40 – J47: doenças do sistema respiratório relacionadas com o trabalho;

• X: Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui: “Asma Obstrutiva”,

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“Bronquite Crônica”, “Bronquite Asmática”, “Bronquite Obstrutiva Crônica”) (J44).

Exposição ocupacional à poeira de sílica livre (Z57.2-) (Quadro XVIII);

• XI - Asma (J45. -)

• K40 – K46: doenças do sistema digestivo relacionadas com o trabalho (grupo XI da

CID-10);

• M00 – M25, M40 – M54: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo,

relacionadas com o trabalho (grupo XIII da CID-10);

Estão disponíveis no portal do MPS os dados sobre a concessão de benefícios de natureza

previdenciária e acidentária, relativos aos meses de outubro a dezembro de 2008 e 2009.

Os dados estatísticos são resultado do cruzamento dos códigos do CNAE e do CID.

Construção civil

As notificações acidentárias e de doenças profissionais estão relacionadas quase que

exclusivamente a doenças do aparelho digestivo, LER/Dort e traumatismos em geral-

quedas, choques e escoriações.

Nexo técnico epidemiológico previdenciário – NTEP

Geração de dados mais precisos sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no

Brasil, superando as dificuldades advindas da subdeclaração da CAT.

Criação de instrumento que permita melhorar a gestão da área de benefícios por

incapacidade e melhor formulação de política.

Alinhamento do investimento das empresas com objetivos de prevenção de acidentes de

trabalho.

Revisão do enquadramento

Base de aferição: benefícios por incapacidade concedidos a partir de 2000, cujo nexo

epidemiológico indicou uma associação entre a atividade econômica e um determinado

agrupamento CID.

Necessidade de revisão do enquadramento das empresas para fins da contribuição de 1%,

2% ou 3%.

Revisão do Anexo V do Regulamento da Previdência Social - RPS, que contém a relação

de atividades preponderantes das empresas, por código CNAE, e os correspondentes graus

de risco.

Fator acidentário de prevenção – FAP

Calculado por fórmulas que têm por base as ocorrências de doenças nos empregados das

empresas, sejam eles de natureza ocupacional ou não ocupacional em cada uma das

empresas ativas no Brasil.

O FAP é um n° compreendido entre 0,5 e 2,0, que reduzirá em até 50% ou

aumentará em até 100% as atuais alíquotas de contribuição de 1%%, 2% e 3%, com base

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em indicador de desempenho da empresa, calculado a partir das dimensões: frequência,

Gravidade e Custo.

A variável Frequência é definida pelo número de ocorrências ocupacionais ou não

ocupacionais.

A variável Gravidade é definida pela dimensão social do acidente, equivalente à idade do

benefício que é medida pela diferença em dias da data da cessação do referido benefício.

A variável Custo é definida pela dimensão monetária do acidente, equivalente ao

desembolso previdenciário expresso em reais pago ao trabalhador ou dependente (no caso

de pensão por morte do titular).

A partir de tais dados chega-se a geração dos:

- Coeficiente de Freqüência (CF);

- Coeficiente de Gravidade (CG);

- Coeficiente de Custo (CC).

As dimensões do acidente do trabalho

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Considerações

TRT aplicando uma legislação que ainda não está em vigor, dando ganho de causa ao

funcionário utilizando dados do MPS (NTEP) como argumento.

Legislação parte de um dado coletivo para presumir uma situação particular (nexo

presumido).

Prazos para impugnação:

• 15 dias da data entrega GFIP

• 15 dias após ciência da decisão INSS

Impugnar:

• Acidentes de trajeto

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• Acidentes ocorridos nos horários de descanso

• Auxílio doença normal.

De suma importância, posto que responsabilize o empregador, a questão relativa a

antecedentes médicos do trabalhador (Exame de Astronauta).

INSS informará segurado por AR sobre contestação da empresa, para que apresente

contra-razões (prazo 15 dias).

Ambas as partes podem ingressar com recurso no CRPS (Conselho de Recursos da

Previdência Social), que será avaliado por um Médico Perito distinto daquele que

realizou a perícia.

Não considera se a doença antecede o CNAE, ou seja, aquela adquirida antes de iniciar

em uma determinada empresa.

O Governo Federal editou Portaria MPS nº 457, de 22/11/2007 fixando alterações no

Decreto 6.042/2007.

Art. 2º A empresa poderá, no prazo de 30 dias, a partir de 30/11/07, impugnar junto ao

INSS a indevida vinculação de benefício ao NIT, ao CID e à empresa.

Não leva em consideração aspectos como idade e sexo.

Conselho Federal de Estatística (www.confe.com.br) elaborou parecer técnico (001-2007)

para subsidiar uma análise crítica sobre o NTEP, no que se refere a metodologia estatística

utilizada na caracterização da relação causal.

CNI, através de uma ADIn (3931), realizou contestação no STF da atual redação do artigo

21-A da lei que define os planos de benefício da Previdência Social (Lei 8.213/91).

Previdência cria órgão voltado para a saúde e segurança ocupacional

Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional

O órgão será dirigido por *Remígio Todeschini*, que deixa a presidência da Fundacentro/SP

para assumir o novo departamento do MPS, cujas atribuições são as seguintes:

- Subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas relativas à interseção entre

as ações de segurança e saúde no trabalho e as ações de fiscalização e reconhecimento

dos benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do trabalho;

- Coordenar, acompanhar, avaliar e supervisionar as ações do Regime Geral de

Previdência Social, bem como a política direcionada aos regimes próprios de previdência

social, nas áreas que guardem inter-relação com a segurança e saúde dos trabalhadores;

- Coordenar, acompanhar e supervisionar a atualização e a revisão dos planos de custeio e

de benefícios, em conjunto com o Departamento do Regime Geral de Previdência Social; - Desenvolver projetos de racionalização e simplificação do ordenamento normativo e

institucional do Regime Geral de Previdência Social, nas áreas de sua competência;

- Realizar estudos, pesquisas e propor ações formativas visando ao aprimoramento da

legislação e das ações do Regime Geral de Previdência Social e dos regimes próprios de

previdência social, no âmbito de sua competência;

- Propor, no âmbito da previdência social e em articulação com os demais órgãos

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envolvidos, políticas voltadas para a saúde e segurança dos trabalhadores, com ênfase na

proteção e prevenção;

- Assessorar a Secretaria de Políticas de Previdência Social nos assuntos relativos à área

de sua competência.

Ações

Por parte das empresas

Como estão os registros das doenças que podem ser relacionadas ao trabalho? Foram

investigadas?

Tem registros de todos os casos que foram afastados do trabalho com atestado int./ext., por

setor, por turno?

Tem análise dos acidentes e das doenças possivelmente relacionadas ao trabalho?

Sabem quanto tempo ficaram afastados seus empregados por motivo de alguma doença?

O que fazer pra enfrentar o NTEP

• Dispor dos mesmos dados que a Previdência Social;

• Dispor de registros que permitam contestar eventuais dados incorretos da

Previdência;

• Ter ótima qualidade de assistência médica integral (ocupacional + assistencial);

• (Ter agilidade no estabelecimento do diagnóstico e na recuperação do trabalhador –

menos de 15 dias);

• Toda atenção para as patologias multicausais (LER/DORT, perda auditiva, doenças

emocionais, etc.).

O que fazer pra enfrentar o NTEP

• Estudos epidemiológicos permanentemente atualizados mostrarão a realidade de

cada empresa.

• Conhecer hábitos dos empregados fora da empresa. Necessário, mas polêmico.

Vigência das alterações introduzidas na legislação

Nexo Técnico Epidemiológico: 01/04/2007;

Anexo V - Novas alíquotas: 01/06/2007;

Fator Acidentário de Prevenção: 01/01/2008 (Inciso III do art. 5º, combinado com § 6º do

Art. 202-A – Vigência + regra permanente)

FAP:

- Avaliação desempenho de maio de 2004 a 31 de dezembro de 2006;

- MPS vai disponibilizar relação dos benefícios que serão considerados, por empresa, para

apuração do FAP;

- A empresa pode impugnar eventos demonstrando inconsistência;

- Até 31/08/2007 o MPS disponibilizará o FAP por empresa;

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- A partir competência 01/2008 passa a ser aplicado.

Legislação

Lei 11.430, de 26.12.2006

Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da

incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho

e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida

motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças

- CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento.

ART 202

§ 5o É de responsabilidade da empresa realizar o enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da

Previdência Social revê-lo a qualquer tempo.

6o Verificado erro no auto-enquadramento, a Secretaria da Receita Previdenciária adotará as medidas necessárias à sua correção, orientará o responsável pela empresa em caso de

recolhimento indevido e procederá à notificação dos valores devidos.

§ 13. A empresa informará mensalmente, por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, a alíquota

correspondente ao seu grau de risco, a respectiva atividade preponderante e a atividade do

estabelecimento, apuradas de acordo com o disposto nos §§ 3o e 5o.

§ 5o O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, no Diário Oficial da União, sempre no mesmo mês, os índices de freqüência, gravidade e custo, por atividade

econômica, e disponibilizará, na Internet, o FAP por empresa, com as informações que

possibilitem a esta verificar a correção dos dados utilizados na apuração do seu d § 6o O

FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente ao de

sua divulgação.

§ 7o Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de janeiro a dezembro de cada ano, a contar do ano de 2004, até completar o período de cinco anos, a partir do qual

os dados do ano inicial serão substituídos pelos novos dados anuais incorporados.

esempenho(NIT).

§ 8o Para as empresas constituídas após maio de 2004, o FAP será calculado a partir de

1o de janeiro do ano seguinte ao que completar dois anos de constituição, com base nos dados anuais existentes a contar do primeiro ano de sua constituição.

§ 9o Excepcionalmente, e para fins do disposto no §§ 7o e 8o, em relação ao ano de 2004 Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do

INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.

§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora

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da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID) em

conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II deste Regulamento.

Art. 337 § 6o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto no § 3o quando demonstrada a inexistência de nexo causal entre o trabalho e o agravo, sem prejuízo do

disposto nos §§ 7o e 12.

§ 7o A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo causal

entre o trabalho e o agravo.

§ 8o O requerimento de que trata o § 7o poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para a entrega, na forma do inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a

movimentação do trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância

administrativa.

§ 9o Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no § 8o, motivada pelo

não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata o § 7o

poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data em que a empresa tomar ciência

da decisão da perícia médica do INSS referida no § 5o.

§ 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os §§ 8o e 9o, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que possuir demonstrando a

inexistência de nexo causal entre o trabalho e o agravo.

§ 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências

técnicas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas

no âmbito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável

técnico legalmente habilitado.

Técnicas de análise de riscos

• Check-list

• Técnica de incidentes críticos

• Série de riscos

• Análise preliminar de perigo/risco m- APPR

• Análise de modos de falha e efeitos – FMEA

Decreto Nº 6.042, de 12 de fevereiro de 2007

Art. 337 § 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa, para,

querendo, impugná-la, obedecendo quanto à produção de provas o disposto no § 10,

sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de

inexistência do nexo causal entre o trabalho e o agravo.

Art. 337 § 13. Da decisão do requerimento de que trata o § 7o cabe recurso, com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de

Recursos da Previdência Social, nos termos dos arts. 305 a 310.

Decreto Nº 6.042, 12 de fevereiro de 2007 e Decreto Nº 6.257, de 19 de novembro de

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2007

Art. 4o A aplicação inicial do disposto no art. 202-A fica condicionada à avaliação do desempenho das empresas até 31 de dezembro de 2006.

§ 1o Para os fins do disposto no caput, o Ministério da Previdência Social disponibilizará

pela rede mundial de computadores - internet, até 30 de novembro de 2007, o Número de

Identificação do Trabalhador - NIT relativo aos benefícios de que trata o inciso I do § 4o do

art. 202-A do Regulamento da Previdência Social, referente ao período de 1o de maio de

2004 a 31 de dezembro de 2006, a ser considerado, por empresa, para o cálculo do

respectivo FAP.

§ 2o A empresa será cientificada da disponibilização dos dados a que se refere o § 1o por meio de ato ministerial publicado no Diário Oficial da União.

§ 3o A empresa poderá impugnar junto ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo de

trinta dias contados da publicação do ato a que se refere o § 2o, a inclusão de benefício

decorrente de indevida vinculação.

Setores que pagarão mais

Alíquotas

Antig.- Nova

- 1% - 3%%: Bancos, Correios, Rádio e Televisão.

- 2% - 3%%: Inv./Vig./Seg., Transp. Aéreo de Pass.

- 1% - 2%%: Telecomunicações

Nota: Histórico de auxílios-doenças pagos entre 2000 e 2004.

INSS: Estima uma perda de R$ 400 milhões em 2007 e possível recuperação em 2008 face

a implantação do FAP.

Número de empresas de baixo risco (1%) subiu de 400 mil para 1,95 milhões de um total de

2,5 milhões.

Atividades de ensino: Risco leve (1%).

IN – INSS/PRES 16 – 27/03/2007

Dispõe sobre procedimentos e rotinas referentes ao Nexo Técnico Epidemiológico

Previdenciário - NTEP, e dá outras providências.

Considerando a necessidade de estabelecer critérios e uniformizar procedimentos na

aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP, na concessão dos

benefícios por incapacidade, resolve:

• Art. 1º Estabelecer critérios para aplicação do NTEP pelo INSS como uma das

espécies do gênero nexo causal.

• Art. 2º A perícia médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do trabalho

mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo.

• § 1º Para os fins do disposto neste artigo, considera-se agravo: a lesão, a doença, o

transtorno de saúde, o distúrbio, a disfunção ou a síndrome de evolução aguda,

subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,

independentemente do tempo de latência.

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• § 2º Os agravos decorrentes dos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza

ocupacional da Lista A do Anexo II do RPS, presentes nas atividades econômicas

dos empregadores, cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial e

indiretamente, serão consideradas doenças profissionais ou do trabalho,

independentemente do NTEP, não se aplicando, neste caso, o disposto no § 5º deste

artigo e no art. 4° desta Instrução Normativa.

• § 3º Considera-se estabelecido nexo entre o trabalho e o agravo sempre que se

verificar a ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o ramo de atividade

econômica da empresa, expressa pela Classificação Nacional de Atividade

Econômica - CNAE, e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, relacionada

na Classificação Internacional de Doenças, em conformidade com o disposto na Lista

B do Anexo II do RPS.

• § 4º A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo causal entre o

trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do acidente

do trabalho fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a análise do relatório

do médico assistente, além dos exames complementares que eventualmente o

acompanhem.

• § 5º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, a perícia médica poderá, se

necessário, solicitar as demonstrações ambientais da empresa, efetuar pesquisa ou

realizar vistoria do local de trabalho ou solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário

- PPP, diretamente ao empregador.

• § 6º A perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o nexo técnico

epidemiológico mediante decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou

elementos circunstanciados e contemporâneos ao exercício da atividade que

evidenciem a inexistência do nexo causal entre o agravo e o trabalho.

• § 7º O segurado poderá requerer, após recebimento do resultado da decisão quanto

ao benefício, cópia da conclusão pericial e de sua justificativa, em caso de não

aplicação do NTEP pela perícia médica.

• Art. 3º A existência de nexo entre o trabalho e o agravo não implica o

reconhecimento automático da incapacidade para o trabalho, que deverá ser definida

pela perícia médica.

• Parágrafo único. Reconhecida pela perícia médica do INSS a incapacidade para o

trabalho e estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo, serão devidas as

prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito.

• Art. 4º A empresa poderá requerer ao INSS, até quinze dias após a data para a

entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e

Informações à Previdência Social - GFIP, a não aplicação do nexo técnico

epidemiológico, ao caso concreto, quando dispuser de dados e informações que

demonstrem que os agravos não possuem nexo causal com o trabalho exercido pelo

trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa.

• § 1º Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no caput, motivada

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pelo não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que

trata este artigo poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para

entrega da GFIP do mês de competência da realização da perícia que estabeleceu o

nexo entre o trabalho e o agravo.

• § 2º A informação de que trata o § 1º será disponibilizada para consulta pela

empresa, por meio do endereço eletrônico www.previdencia.gov.br ou,

subsidiariamente, pela Comunicação de Resultado do Requerimento - CRER,

entregue ao trabalhador.

• § 3º Com o requerimento, a empresa formulará as alegações que entender

necessárias e apresentará a documentação probatória, em duas vias, visando a

demonstrar a inexistência do nexo causal entre o trabalho e o agravo.

• § 4º A Agência da Previdência Social - APS, mantenedora do benefício, informará ao

segurado sobre a existência do requerimento da empresa, informando-lhe que

poderá retirar uma das vias apresentada pela mesma para, querendo, apresentar

contra razões no prazo de quinze dias da ciência do requerimento.

• § 5º Com as contra razões, o segurado formulará as alegações que entender

necessárias e apresentará a documentação probatória, com o objetivo de demonstrar

a existência do nexo causal entre o trabalho e o agravo.

• § 6º A análise do requerimento e das provas produzidas será realizada pela perícia

médica, cabendo ao setor administrativo da APS comunicar o resultado da análise à

empresa e ao segurado.

• § 7º Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da

empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da

Previdência Social - CRPS.

• § 8º O INSS procederá à marcação do benefício que estará sob efeito suspensivo,

deixando para alterar a espécie após o julgamento do recurso pelo CRPS, quando

for o caso.

• § 9º O disposto no § 7º não prejudica o pagamento regular do benefício, desde que

atendidos os requisitos de carência que permita a manutenção do reconhecimento

do direito ao benefício como auxílio-doença previdenciário.

• § 10. A apresentação do requerimento de que tratam o caput e o § 1º, no prazo

estabelecido, é condição necessária para o posterior recurso ao CRPS.

• § 11. Será considerada apenas a documentação probante que contiver a indicação,

assinatura e número de registro, anotação técnica, ou equivalente, do responsável

legalmente habilitado, para os respectivos períodos e escopos, perante o conselho

de profissão.

• Art. 5º Aplicam-se as disposições desta Instrução Normativa aos benefícios

requeridos a partir de 1º de abril de 2007 ou cuja perícia inicial for realizada a partir

dessa data.

• § 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos pedidos de revisão e recurso tempestivos

do segurado visando à transformação do benefício previdenciário em acidentário,

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ainda não analisados ou concluídos, ainda que impetrados antes de 1º de abril de 2007.

• Art. 7º A perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por

parte do empregador, em relação aos benefícios por incapacidade concedidos,

deverá oficiar à Procuradoria Federal Especializada - INSS, subsidiando-a com

evidências e demais meios de prova colhidos, notadamente quanto aos programas

de gerenciamento de riscos ocupacionais, para as providências cabíveis, inclusive

para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, conforme previsto nos

arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213, de 1991, de modo a possibilitar o ressarcimento à

Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade,

permanente ou temporária.

• Parágrafo único. Quando a perícia médica do INSS, no exercício das atribuições que

lhe confere a Lei nº 10.876, de 2 de junho de 2004, constatar desrespeito às normas

de segurança e saúde do trabalhador, fraude ou simulação na emissão de

documentos de interesse da Previdência Social por parte do empregador ou de seus

prepostos, deverá produzir relatório circunstanciado da ocorrência e encaminhá-lo,

junto com as evidências e demais meios de prova colhidos, à Procuradoria Federal

Especializada - INSS para conhecimento e providências pertinentes, inclusive,

quando cabíveis, representações ao Ministério Público e/ou a outros órgãos da

Administração Pública encarregados da fiscalização ou controle da atividade.

• Art. 9º A instituição do NTEP não desobriga a empresa da emissão da Comunicação

de Acidente do Trabalho - CAT, conforme previsto nos arts. 19 a 23 da Lei nº

8.213/91.

• Parágrafo único. Não caberá aplicação de multa, por não emissão de CAT, quando o

enquadramento decorrer de aplicação do NTEP, conforme disposto no § 5º, art. 22

da Lei nº 8.213/91, redação dada pela Lei nº 11.430, de 26 de dezembro de 2006.

• Art. 10. A partir da publicação deste Ato, quando do requerimento de auxílio-doença

e aposentadoria por invalidez do segurado empregado e desempregado, é

obrigatória a informação do Código Internacional de Doença - CID, devendo, no caso

de segurado empregado, informar também a Data do Último Dia de Trabalho - DUT,

conforme Anexo.

• Art. 11. Esta Instrução Normativa entra em vigor a partir de 1º de abril de 2007.

Portaria MPS Nº 232 – 31/05/2007

• Art. 1º Disponibilizar o rol das ocorrências que serão consideradas, por empresa,

para o cálculo do respectivo Fator Acidentário de Prevenção - FAP, no site:

http://www.previdencia.gov.br no link: Fator Acidentário de Prevenção – FAP

• § 1º O acesso aos dados dar-se-á mediante indicação do Cadastro Nacional de

Pessoa Jurídica CNPJ, da empresa e a respectiva senha de acesso aos dados e

serviços da Previdência Social.

• § 2º As ocorrências de que trata o caput são relativas ao período de 1º de maio de

2004 a 31 de dezembro de 2006.

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• § 3º A ausência de dados no site indica que não houve ocorrências consideradas

para o respectivo CNPJ.

• Art. 2º A empresa poderá, no prazo de trinta dias, contados a partir da data de

publicação desta Portaria no Diário Oficial, impugnar junto ao Instituto Nacional do

Seguro Social - INSS, a inclusão de eventos que tenham sido relacionados,

demonstrando as eventuais impertinências em relação à metodologia aprovada pelo

Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS, em conformidade com o disposto

no art. 10 da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003 e consolidado pelo Decreto nº

6.042, de 2007.

• § 1º As impugnações serão apresentadas nas Agências da Previdência Social onde

os benefícios são ou foram mantidos.

• § 2º A procedência das impugnações refletirá no resultado do FAP individual de cada

empresa, a ser divulgado pelo MPS em setembro do corrente ano, na forma do § 5º

do art. 202-A do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.

• Art. 1º Prorrogar, até 1º de agosto de 2007, o prazo de que trata o art. 2º da Portaria

MPS nº 232, de 31 de maio de 2007, publicada no DOU de 1º de junho de 2007,

Seção 1, Pág. 54.

• Art. 2º Ratificar o endereço eletrônico disponibilizado para acesso ao rol das

ocorrências divulgadas (http:/www.previdencia.gov.br) e incluir, entre as informações

acessíveis, o Número de Inscrição do Trabalhador - NIT correspondente às

ocorrências elencadas.

A Classificação Internacional de Doença – CID como Novo Parâmetro

Periodicidade e divulgação dos resultados

A periodicidade de cálculo dos coeficientes será anual, para fins do FAP, e ao menos uma

vez a cada três (03) anos, para fins de revisão de enquadramento de risco, conforme Anexo

do V do RPS.

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