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  • 8/14/2019 AF Apostila Conceitos e Projetos SITE

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    A OSRAM tem o prazer de colocar disposio o Curso de

    Iluminao: Conceitos e Projetos. Seu objetivo ser um guia

    til, principalmente para aqueles que se iniciam na rea da

    iluminao artiicial.

    De maneira clara e bem estruturada, este curso apresentaos principais conceitos luminotcnicos para que o leitor

    possa se posicionar de maneira mais segura diante de todas

    as etapas que compem o projeto e sua execuo.

    No incio, nos reeriremos tambm luz natural, porque certos

    conceitos no so privi lgio exclusivo da artiicial. Alm disso,

    lembramos a necessidade premente de trabalhar cada vez

    mais o projeto luminotcnico como um todo luz natural e

    art i ic ia l , levando o melhor conorto, uncional idade e

    economia s ediicaes.

    AprstaIia:

    Ccits PrtsA histria da OSRAM est intimamente ligada histria da humanidade,

    suas relaes e descobertas quanto iluminao, pois sempre teve

    como meta o novo... o uturo. Isso s oi e possvel porque a OSRAM

    tem paixo por iluminao inteligente e busca ver o mundo em uma nova

    luz. Por isso, ornece esse bem, de orma responsvel, para a populao

    de mais de 159 pases em todos os continentes.

    Em 1910, a empresa criou as lmpadas incandescentes com lamentos

    de tungstnio, mas, desde ento, os investimentos em pesquisa

    resultaram em novas tecnologias como luzes que transportam dados

    e vozes a qualquer lugar no planeta, curam bebs, eliminam cicatrizes,

    puricam o ar e a gua, alm dos LEDs (diodo emissor de luz).

    No Brasil, a OSRAM est presente desde 1922 e sempre contribuiu

    para o desenvolvimento socioeconmico do pas. Em 1955, iniciou

    a abricao nacional de lmpadas no municpio de Osasco, na rea

    metropolitana de So Paulo.

    Hoje, a OSRAM se caracteriza como a empresa mais especializada do

    mundo na rea de iluminao. Tem uma vasta quantidade de patentes,

    trabalhos cientcos e prmios internacionais que garantem um portlio

    com cerca de cinco mil tipos de lmpadas. Ao mesmo tempo, sua

    atuao refete um engajamento incondicional na preservao do meio

    ambiente e na qualidade de vida das pessoas em todo o mundo.

  • 8/14/2019 AF Apostila Conceitos e Projetos SITE

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    Coforto lmoso

    Objetvos a lmao

    Sstemas e lmao

    Cocetos bscos: graezas fotomtrcas4.1 A radiao solar e a luz

    4.2 Luz e Cores4.3 Potncia Total Instalada4.3.1 Densidade de Potncia4.3.2 Densidade de Potncia Relativa

    4.4 Fluxo Luminoso4.5 Eicincia Energtica

    4.5.1 Eicincia de lmpada4.5.2 Eicincia de luminria4.5.3 Eicincia do Recinto4.5.4 Fator de Depreciao (ou de Manuteno)

    4.6 Nvel de Iluminncia4.6.1 Nvel Adequado de Iluminncia

    4.7 Intensidade Luminosa4.7.1 Curva de distribuio luminosa

    4.8 Luminncia4.9 ndice de reproduo de cor

    4.9.1 Espectro de Radiao Visvel4.10 Temperatura de cor4.11 Fator de luxo luminoso4.12 Vida til, vida mdia e vida mediana

    Capt 01

    ic

    Capt 02

    Capt 03

    Capt 04

    Capt 05 Crtros e esempeho o poto e vsta oprojeto e lmao

    Moelos e avalao em lmao6.1 Mtodo de clculo de iluminao geral:

    Mtodo das e icincias6.2 Mtodo de clculo para iluminao dirigida:

    Mtodo ponto a ponto6.3 Avaliao de custos

    6.3.1 Custos de investimento6.3.2 Custos operacionais6.3.3 Clculo de rentabilidade

    6.4 Sotwares

    Exemplos e aplcao7.1 Exemplo 1 - Clculo de iluminao geral7.2 Exemplo 2 - Clculo de iluminncia7.3 Exemplo 3 - Clculo de iluminao dirigida:

    Fonte de luz com reletor7.4 Exemplo 4 - Clculo de iluminao dirigida:

    Abertura do acho de luz com reletor

    AexosAnexo 1 - Equipamentos auxiliares utilizados

    em iluminao

    Anexo 2 - Nveis de IluminnciaRecomendveis para Interiores

    Anexo 3 - Coeiciente de Relexo dealguns materiais e cores

    Anexo 4 - Planilha de clculo - Mtodo dos luxosAnexo 5 - Fator de depreciao

    Referca bblogrfca

    Capt 06

    Capt 07

    Capt 08

    06

    10

    10

    1515

    161717181919192020222324

    2424252728283232

    33

    3536

    37

    3939404042

    44445051

    52

    5353

    54

    55

    5658

    59Bibigraia

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    01 | IlumInAo: ConFoRTo lumInoSo

    6 7

    1. Conorto luminoso

    O que todos ns queremos - arquitetos,

    engenheiros, decoradores de interiores,empresas ornecedoras de tecnologia,

    produtos e servios e, principalmente,

    o usurio inal - que nossos ambientes

    tenham o melhor conorto luminoso, a

    melhor qualidade e o menor custo

    possvel. Esta equao, que parece

    simples, depende de muitas variveis.

    Para que possamos entend-la de maneira

    mais clara e objetiva, comearemos

    por discutir primeiramente o que

    conorto luminoso.O primeiro nvel para avaliarmos o que

    o conorto luminoso reere-se

    resposta isiolgica do usurio.

    Um determinado ambiente provido de

    luz natural e/ou artiicial, produz

    estmulos ambientais, ou seja, um

    certo resultado em termos de

    quantidade, qualidade da luz e sua

    distribuio, contrastes etc. O mesmo

    raciocnio serve para as outras reasdo conorto ambiental1 . Para a rea

    de acstica, teremos um certo nvel de

    barulho (rudo de undo medido pelo

    seu nvel de intensidade sonora em

    dB(A)), as requncias desse rudo, sua

    distribuio e propagao etc. Para a

    rea de conorto trmico, teremos a

    temperatura do ar, a umidade relativa,

    a ventilao no ambiente, uma certa

    quantidade de insolao etc.

    Todos esses estmu los ambientais so

    sicos, objetivos e quantiicveis.O usurio sentir todas estas variveis

    sicas do espao por meio de seus sentidos

    - visual, auditivo e termo-metablico - e a

    elas responder, num primeiro momento,

    atravs de sensaes.

    Neste momento pertinente, ento,

    nos perguntarmos como podemosdeinir conorto, e, particularmente, o

    conorto visual.

    Mas o que seria este esoro de

    adaptao? Do ponto de vista

    is iolgico, para desenvolvermos

    determinadas ativ idades visuais,nosso olho necessita de condies

    especicas e que dependem muito

    das atividades que o usurio realiza.

    Por exemplo: para ler e escrever,

    Figura 1 O conceito de conorto: resposta siolgica a estmulos ambientais

    1O conorto ambiental uma rea de ormao tcnica denida pelo MEC na estrutura curricular prossional de arquitetos eurbanistas. composta de quatro sub-reas: conorto trmico, iluminao (natural e articial), acstica e ergonomia.

    Meio Ambiente(clima)

    Sensaes1 Nvel de conorto

    Resposta siolgicaaos estmulosambientais

    Objetivos, sicos equanticveis

    Estmulos

    Qtde. de luz: LuxNvel de rudo: dB(A)

    Temperatura do ar: CUmidade relativa: %Ventos: m/s

    Qat r r sr

    aapta ii, air sr

    sa ssa crt (fg. 1).

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    01 | IlumInAo: ConFoRTo lumInoSo

    8 9

    necessria uma certa quantidade de

    luz no plano de trabalho 2; para

    desenhar ou desenvolver atividades

    visuais de maior acuidade visual

    (atividades mais inas e com maior

    quantidade de detalhes), necessita-sede mais luz3. Mas quantidade de luz

    no o nico requisito necessrio.

    Para essas atividades, a boa distribuio de

    luz no ambiente e a ausncia de contrastes

    excessivos (como a incidncia direta do sol

    no plano de trabalho e reexos indesejveis)

    tambm so atores essenciais.

    Quanto melhores orem as condies

    propiciadas pelo ambiente, menor ser

    o esoro sico que o olho ter de azer

    para se adaptar s condies ambientais

    e desenvolver bem a atividade emquesto. o enfoque fisiolgico da

    deinio de conorto ambiental.Mas ser que, para desenvolvermos

    uma determinada atividade, conorto

    pode e deve ser equacionado somente

    por esta vertente isiolgica de maior

    ou menor esoro? No. Hopkinson

    diz: Aquilo que vemos depende no

    somente da qualidade sica da luz ou

    da cor presente, mas tambm doestado de nossos olhos na hora da

    viso e da quantidade de experincia

    visual da qual temos de lanar mo

    para nos ajudar em nosso julgamento...

    Aquilo que vemos depende no s da

    imagem que ocada na retina, mas

    da mente que a interpreta4. Ou seja,

    no possvel azer uma distino

    marcante entre experincia sensorial e

    emocional, uma vez que a segunda

    certamente depende da primeira e

    ambas so elos inseparveis. Qualquerato visual ter sua repercusso, depois de

    interpretado, no signifcado psico-emocional

    que o homem lhe d.

    Esta resposta sensorial do indivduo

    ao seu meio ambiente tem, portanto,

    um componente subjetivo importante.

    No processo de atribuir signiicado a

    um determinado estmulo ambiental,

    o homem lana mo de uma srie de

    atores: sua experincia pessoal, suapersonalidade, aspectos culturais, a

    relao de gnero e idade, entre

    outros atores.

    Este carter subjetivo da deinio de

    conorto ambiental, seja ele luminoso,

    trmico ou acstico, muito importante

    e, em algumas situaes de projeto,

    como veremos mais adiante, vital.

    Quando pedimos para 100 pessoas

    deinirem o que entendem por conorto,

    99 o deiniro com uma palavra

    subjetiva. Diro: uma sensao debem estar, sentir-se bem num

    ambiente, no se sentir incomodado,

    ter a satisao plena dos sentidos,

    estar em harmonia com o ambiente,

    um ambiente aconchegante,

    agradvel etc. Mas, quando

    perguntamos para estas mesmas

    pessoas se elas esto se sentindo bem

    ou no em um determinado ambiente,

    sob determinadas condies

    ambientais, a totalidade delas az

    automaticamente uma relao direta

    com os estmulos sicos, objetivosdeste ambiente, mensurando-os. Diro

    sim ou no dependendo se a

    temperatura est alta ou baixa, se tem

    muito ou pouco barulho, muita ou

    pouca luz, se est abaado ou bem

    ventilado etc.

    2A norma 5413, da ABNT, estipula como mnimo 300 lux e mximo 750 lux.3A mesma norma estipula 1.000 lux para desenho, por exemplo.4 HOPKINSON, R.G. & KAY, L.D. The light o building, ed. Faber and Faber Ltd, London, 1969.

    Figura 2 O conceito de conorto: sensaes e emoes subjetivasFigura 3 - Conorto como sensaes apartir de estmulos sicos

    Estmulos Sensaes / emoes

    Qtde. de luz: Lux

    Nvel de rudo: dB(A)Temperatura do ar: CUmidade relativa: %Ventos: m/s

    Crt , prtat, a

    itrprta sts

    btis, sics acit

    qatifcis, pr i

    rspstas fsigicas

    (ssas) s,

    c cartr sbti

    ici aaia (Figs. 2 3).

    Avaliao que depende nos da resposta sica mas: Da experncia anterior

    Da personalidade

    Do estado de nimo

    Da faixa etria

    Da relao de gnero

    De aspectos culturais e

    estticos

    Objetivos, sicos, quanticveis Subjetivas e dicilmente quanticveis

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    02 | oBjeTIvoS dA IlumInAo

    10 11

    As duas sub-reas do conorto

    ambiental que tm maior grau de

    subjetividade so a ILUMINAO e a

    acstica, respectivamente.

    2. Os objetivos da iluminao

    Para a Iluminao, tanto natural quanto

    artiicial, a uno o primeiro e mais

    importante parmetro para a deinio

    de um projeto. Ela ir determinar o tipo

    de luz que o ambiente precisa.

    O primeiro objetivo da iluminao

    a obteno de boas condies de

    viso associadas visibil idade,

    segurana e orientao dentro de um

    determinado ambiente. Este objetivo

    est intimamente associado satividades laborativas e produtivas

    escritrio, escolas, bibliotecas, bancos,

    indstrias etc. a luz da razo (ig. 4).

    O segundo objetivo da iluminao

    a util izao da luz como principal

    instrumento de ambientao do espao

    na criao de eeitos especiais com

    a prpria luz ou no destaque de objetos

    e supercies ou do prprio espao.

    Este objetivo est intimamente

    associado s at iv idades nolaborativas, no produtivas, de lazer,

    estar e religiosas residncias,

    restaurantes, museus e galerias, igrejas

    etc. a luz da emoo5 (ig. 5).

    3. Os sistemas de iluminao

    Muitos profssionais cometem um erro

    primrio num projeto luminotcnico,

    partindo inicialmente da defnio de

    lmpadas e/ou luminrias. O primeiro

    passo de um projeto luminotcnico defniro(s) sistema(s) de iluminao, respondendo

    basicamente a trs perguntas:

    1. Como a luz dever ser distribuda

    pelo ambiente?

    2. Como a luminria ir distribuir a luz?

    3. Qual a ambientao que queremos

    dar, com a luz, a este espao?

    Pelas questes acima, vemos que,

    qualquer que seja o sistema adotado, ele

    dever sempre ser escolhido de umaorma intimamente ligada uno a ser

    exercida no local novamente, as

    laborativas e no laborativas.

    Para se responder a primeira pergunta,

    classiicamos os sistemas de acordo

    com a orma que as luminrias so

    distribudas pelo ambiente e com os

    eeitos produzidos no plano de trabalho.

    Esta classiicao tambm conhecida

    como Sistema Principal. Nela, os

    sistemas de iluminao proporcionam:

    a) Iluminao geral: distribuio

    aproximadamente regular das luminrias

    pelo teto; iluminao horizontal de um certo

    nvel mdio; uniormidade (fgs. 6 e 7).

    Vantagens: uma maior exibilidade na

    disposio interna do ambiente layout.

    Desvantagens: no atende s

    necessidades especfcas de locais que

    requerem nveis de iluminncia6 mais

    elevados, grande consumo de energia e, emalgumas situaes muito especfcas,

    podem desavorecer o controle do

    ouscamento7 pela viso direta da onte.

    Este o sistema que se emprega mais

    requentemente em grandes escritrios,

    oicinas, salas de aula, bricas,

    supermercados, grandes magazines etc.

    b) Iluminao localizada: concentra-se

    a luminria em locais de principal interesse.

    Exemplo: este tipo de iluminao til

    para reas restritas de trabalho em brica(fgs. 8 e 9).

    As luminrias devem ser instaladas

    suicientemente altas para cobrir as

    supercies adjacentes, possibilitando

    altos nveis de iluminncia sobre o plano

    5Algumas atividades esto, por essncia, numa situao intermediria, como por exemplo as comerciais. Dependendo do tipo de loja,estaremos mais prximos de um caso ou de outro.

    Figura 4Iluminao para atividade laborativa - escritrio

    Figura 5Iluminao para atividade no laborativa - residncia

    6Vide item 4.67Vide item 4.8

    Figura 6 - Iluminao geral Figura 7 - Exemplo de iluminao geral - Supermercado

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    03 | SISTemAS de IlumInAo

    12 13

    de trabalho8, ao mesmo tempo em que

    asseguram uma iluminao geral

    suiciente para eliminar ortes contrastes.

    Vantagens: maior economia de

    energia, e podem ser posicionadas de

    tal orma a evitar ouscamentos,sombras indesejveis e relexes

    veladoras, alm de considerar as

    necessidades individuais.

    Desvantagens: em caso de

    mudana de layout, as luminrias

    devem ser reposic ionadas.

    Para atividades laborativas, necessitam

    de complementao atravs do

    sistema geral de controle de

    uniormidade de luz do local. Para

    outras situaes, no necessariamente.

    c) Iluminao de tarefa: luminrias

    perto da tarea visual e do plano de

    trabalho iluminando uma rea muito

    pequena. (igs. 10 e 11)

    Vantagens : maior economia de

    energia, maior controle dos eeitos

    luminotcnicos.

    Desvantagens: deve ser complementada

    por outro tipo de iluminao, e apresentamenor exibilidade na alterao da

    disposio dos planos de trabalho.

    Para responder a segunda pergunta,

    Como a luminria ir distribuir a luz?,

    classifcam-se os sistemas de iluminao

    de acordo com a orma pela qual o uxo

    luminoso irradiado pela luminria, ou,

    mais precisamente, de acordo com a

    quantidade do uxo luminoso irradiado

    para cima e para baixo do plano horizontal

    e da luminria (e/ou lmpada). Essasegunda classifcao obedece ao

    esquema acima (fg. 12).

    Muitos autores classiicam os sistemas

    simplesmente por: direto, indireto e

    direto-indireto (compreendendo, nesse

    lt imo caso, as classi icaes

    intermedirias).

    Normalmente, quando temos um

    projeto de iluminao em mos, o

    dividimos em sistema principal,

    aquele que resolver as necessidadesuncionais, e sistema secundrio,

    que dar mais nase personalidade

    do espao, a sua ambientao por

    meio da luz (numa abordagem mais

    criativa, livre e no to uncional).

    O sistema secundrio relaciona-se

    mais terceira pergunta, Qual a

    Figura 8 - Iluminao localizada Figura 9 - Exemplo de iluminao localizada

    Figura 10 Iluminao de tarea

    Figura 12 - Classicao das luminrias segundo a radiao do fuxo luminoso

    Figura 13 - Exemplo de sistema direto e indireto

    0 10%

    0 100%

    10 40%

    60 90%

    40 60%

    40 60%

    40 60%

    40 60%

    60 90%

    10 40%

    90 100%

    0 10%

    8 Tanto para a iluminao localizada como para a de tarea, que muitas vezes destinam-se a proporcionar altos nveisde iluminao (1.000-2000 lux).

    Figura 11 - Exemplo de iluminao de tarea

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    03 | SISTemAS de IlumInAo

    14 15

    ambientao que queremos dar, com

    a luz, a este ambiente?.

    Luz de destaque: Coloca-se nase em

    determinados aspectos do interior

    arquitetnico, como um objeto ou uma

    supercie, chamando a ateno do olhar.

    Geralmente, esse eeito obtido com o uso

    de spots, criando-se uma dierena 3, 5 ou

    at 10 vezes maior em relao luz geral

    ambiente. Este eeito pode ser obtido

    tambm posicionando a luz muito prxima

    superfcie a ser iluminada. Exemplo:

    paredes, objetos, gndolas, displays,

    quadros etc (fg. 15).

    Luz de efeito: Enquanto na luz de

    destaque procuramos destacar algo,aqui o objeto de interesse a prpria

    luz: jogos de achos de luz nas

    paredes, contrastes de luz e sombra

    etc (ig. 16).

    Luz decorativa: Aqui no o ee i to

    de luz que importa, mas o objeto que

    produz a luz. Ex: Lustres antigos,

    arandelas coloniais e velas cr iam

    uma rea de interesse no ambiente,

    destacando o objeto mais do quei luminando o prprio espao (ig. 17).

    Modulao de intensidade

    (dimerizao): a possibil idade de

    aumentar ou diminuir a intensidade

    das vrias luminrias, modi icando

    com isso a percepo ambiental.

    Luz arquitetnica: Obtida quando

    posicionamos a luz dentro de elementos

    arquitetnicos do espao, como

    cornijas, sancas, corrimos etc. Deve-

    se tomar cuidado com esse termo, pois

    toda a luz deve ser, por deinio,

    arquitetnica. Ou seja, estar em pereita

    integrao com a arquitetura. Neste

    caso, esto apenas sendo escolhidos

    elementos arquitetnicos para servirem

    de suporte luz (ig. 18).

    4. Conceitos bsicos: grandezas

    otomtricas

    As grandezas a seguir so

    undamentais para o entendimento

    dos conceitos da luminotcnica.

    A cada deinio, seguem-se as

    unidades de medida e o smbolo grico

    do Quadro de Unidades de Medida, do

    Sistema Internacional - SI, alm de

    interpretaes e comentrios destinados

    a acilitar o seu entendimento.

    4.1 A radiao solar e a luzUma onte de radiao emite ondas

    eletromagnticas com dierentes

    comprimentos de onda. A radiao solar

    tem trs espectros principais destaradiao: o inravermelho - responsvel

    pela sensao de calor - o espectro visvel,

    ou luz, e o ultravioleta responsvel pelo

    eeito higinico da radiao (pois mata

    bactrias e ungos), pela despigmentao

    de alguns tipos de tecidos, pelo

    bronzeamento da pele, etc.

    Sstema Prcpal

    Geral

    Localizado

    De tarefa

    Sstema Secro

    Luz de Destaque

    Luz de Eeito

    Luz Decorativa

    Modulao de Intensidade

    Luz Arquitetnica

    Figura 14 - Sistemas de iluminao

    Figura 16 - Iluminao de eeito

    Figura 17 - Iluminao decorativa

    Figura 18 - Luz arquitetnica

    Figura 15 - Iluminao de destaque

  • 8/14/2019 AF Apostila Conceitos e Projetos SITE

    8/29

    04 | ConCeIToS BSICoS

    16 17

    Luz , portanto, a radiao eletromagntica

    capaz de produzir uma sensao visual e

    est compreendida entre 380 e 780 nm

    (Figs. 19 e 20). A sensibilidade visual para

    a luz varia no s de acordo com o

    comprimento de onda da radiao, mas

    tambm com a luminosidade.

    A curva de sensibil idade do olho

    humano demonstra que radiaes de

    menor comprimento de onda (violeta e

    azul) geram maior intensidade de

    sensao luminosa quando h pouca

    luz (ex: crepsculo, noite etc.),

    enquanto as radiaes de maior

    comprimento de onda (laranja e

    vermelho) se comportam ao contrrio.

    O olho humano possui dierentessensibilidades para a luz. Durante o

    dia, nossa maior percepo se d para

    o comprimento de onda de 550 nm,

    correspondente s cores amarelo-

    esverdeadas. J durante a noite, para

    o de 510 nm, correspondente s cores

    verdes azuladas (ig. 20).

    4.2 Luz e Cores

    H uma tendncia em pensarmos que os

    objetos j possuem cores defnidas.

    Na verdade, a aparncia de um objeto

    resultado da iluminao incidentesobre ele. Por exemplo, sob uma luz

    branca, a ma aparenta ser de cor

    vermelha, pois ela tende a reletir a

    poro do vermelho do espectro de

    radiao, absorvendo a luz nos outros

    compr imentos de onda. Se

    util izssemos um i ltro para remover

    a poro do vermelho da onte de luz,

    a ma reletiria muito pouca luz,

    parecendo totalmente negra. Podemos

    ver que a luz composta por trs

    cores primrias.

    A combinao das cores vermelho,

    verde e azul permite obtermos o

    branco (Sistema RGB: R=Red,

    G=Green, B=Blue).

    A combinao de duas cores primrias

    produz as cores secundrias - magenta,

    amarelo e ciano. As trs cores primrias,

    dosadas em dierentes quantidades,

    permitem obtermos outras cores de luz.

    Da mesma orma que surgem dierenas

    na visualizao das cores ao longo do

    dia (dierenas da luz do sol ao meio-dia

    e no crepsculo), as ontes de luzartiiciais tambm apresentam dierentes

    resultados. As lmpadas incandescentes,

    por exemplo, tendem a reproduzir

    com maior idel idade as cores

    vermelha e amarela do que as cores

    verde e azul, aparentando ter uma luz

    mais quente.

    4.3 Potncia Total Instalada (ou

    Fluxo Energtico)

    Smbolo: Pt

    Unidade: W ou Kw

    a somatria da potncia de todos os

    aparelhos instalados na iluminao. Trata-

    se aqui da potncia da lmpada,

    multiplicada pela quantidade de unidades

    utilizadas (n), somado potncia

    consumida de todos os reatores,

    transormadores e/ou ignitores. Uma vez

    que os valores resultantes so elevados,

    a Potncia Total Instalada expressa em

    quilowatts, aplicando-se, portanto, o

    quociente 1000 na equao.

    *W = potncia consumida pelo conjunto

    lmpada + acessrios.

    4.3.1 Densidade de Potncia

    Smbolo: D

    Unidade: W/m2

    a Potncia Total Instalada em watt

    Figura 20Curva de sensibilidade do olho humano radiao visvel

    UV Luz100 400 500 600 700 nm

    IV

    380 780

    DiaNoite

    100

    0

    20

    40

    60

    80

    %

    Figura 19 - Espectro eletromagntico

    Ondas largasOndas mdiasOndas curtasOndas ultracurtasTeleviso

    Radar

    Inravermelho

    Luz

    Ultravioleta

    Raios X

    Raios Gama

    Raios Csmicos

    nm1013

    1011

    109

    107

    107

    103

    10

    10-3

    10-5

    10-7

    10-9

    10-11

    10-15

    Figura 21 - Composio das cores da luz

    Pt =n . w*

    1000em Kw

    nm

    780

    610590570

    500

    380

    Ultravioleta

    Infravermelho

    Luz

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    18 19

    para cada metro quadrado de rea.

    Essa grandeza muito til para os uturos

    clculos de dimensionamento de sistemas

    de ar-condicionado ou mesmo dos projetos

    eltricos de uma instalao. A comparao

    entre projetos luminotcnicos somente se

    torna eetiva quando se leva em conta nveis

    de Iluminncia9 iguais para dierentes

    sistemas. Em outras palavras, um sistema

    luminotcnico s mais efciente do que

    outro, se, ao apresentar o mesmo nvel de

    Iluminncia do outro, consumir menos watts

    por metro quadrado.

    4.3.2 Densidade de Potncia RelativaSmbolo: Dr

    Unidade: W/m2 p/ 100 lx

    a Densidade de Potncia Total Instalada

    para cada 100 lx de Iluminncia.

    Logo:

    Tomando-se como exemplo duas

    instalaes comerciais, (ig. 22) tem-se

    a primeira impresso de que a

    instalao 2 mais eiciente do que a

    1, j que a Densidade de Potncia :

    Porm, ao avaliar-se a eicincia,

    preciso veriicar a I luminncia em

    ambos os casos.

    Supondo-se: E1 = 750 lx

    E2 = 400 lx

    Com esses dados, a Densidade de

    Potncia Relativa (Dr) :

    Logo, a instalao 2 consome mais

    energia por metro quadrado, e tambm

    ornece menos luz. Portanto, a

    instalao 1 mais eiciente.

    4.4 Fluxo LuminosoSmbolo:

    Unidade: lmen (lm)

    Fluxo Luminoso a radiao total da onte

    luminosa entre os limites de comprimento

    de onda mencionados (380 e 780m). O uxo

    luminoso a quantidade de luz emitida por

    uma onte, medida em lmens, na tenso

    nominal de uncionamento.

    chamado tambm de pacote de luz

    (ig. 23).

    4.5 Ecincia Energtica

    Smbolo: w (ou K, conorme IES)

    Unidade: lm / W (lmen / watt)

    4.5.1 Ecincia energtica de lmpadas

    As lmpadas se dierenciam entre si no

    s pelos dierentes Fluxos Luminosos que

    irradiam, mas tambm pelas dierentes

    potncias que consomem.

    Para poder compar-las, necessrio saber

    quantos lmens so gerados por watt

    consumido. A essa grandeza d-se o nome

    de Efcincia Energtica (ou RendimentoLuminoso). A fgura 24 exemplifca as

    efcincias de alguns tipos de lmpadas.

    Como geralmente a lmpada instalada

    dentro de luminrias, o Fluxo Luminoso fnal

    disponvel menor do que o irradiado pela

    lmpada, devido absoro, reexo e

    transmisso da luz pelos materiais com que

    D1 =1500

    50= 30 W / m2

    D2 =1400

    70 = 20 W / m2

    Figura 22: Exemplos de avaliao do consumo energtico.

    1A = 50 m2

    E = 750 lxPt = 1,5 KwD = 30 W/m2

    Dr= 4 W/m2

    por 100 lx

    2A = 70 m2

    E = 400 lxPt = 1,4 KwD = 20 W/m2

    Dr= 5 W/m2

    por 100 lx

    Dr1 =30 W / m

    750 lx

    100 lx

    = 4 W / m2

    por 100 lx

    Dr2 =20 W / m

    400 lx

    100 lx

    = 5 W / m2por 100 lx

    Figura 23 - Fluxo luminoso de uma lmpada (lm)

    D =Pt . 1000

    Aem W/m2

    9 Vide iten 4.6

    Dr =D

    A . E

    100

    em W/m2 . 100 lx

    Instalao 1 Instalao 2

    2

    2

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    20 21

    so construdas as luminrias. O Fluxo

    Luminoso emitido pela luminria

    avaliado atravs da Eicincia da

    Luminria (item 4.5.2). Isto , o Fluxo

    Luminoso da luminria em servio

    dividido pelo Fluxo Luminoso da lmpada.

    4.5.2 Eficincia de luminria

    (rendimento da luminria)

    Smbolo: L

    Unidade: no tem

    Razo do Fluxo Luminoso emitido por uma

    luminria, em relao soma dos uxos

    individuais das lmpadas uncionando ora da

    luminria (fg. 25). Normalmente, esse valor

    indicado pelos abricantes de luminrias.

    Dependendo das qualidades sicas do

    recinto em que a luminria ser instalada, oFluxo Luminoso que dela emana poder se

    propagar mais acilmente, dependendo da

    absoro e reexo dos materiais e da

    trajetria que ir percorrer at alcanar o

    plano de trabalho. Essa condio mais ou

    menos avorvel avaliada pela Efcincia do

    Recinto (vide item 4.5.3).

    Certos catlogos ornecem a Curva de

    Distribuio Luminosa junto Curva

    Zonal de uma luminria. A Curva Zonal

    nos indica o valor da Eicincia da

    Luminria em porcentagem.

    4.5.3 Ecincia do Recinto

    Smbolo: RUnidade: no tem

    O valor da Eicincia do Recinto dado

    por tabelas, contidas nos catlogos dos

    abricantes de luminrias, onde

    relacionam-se os valores dos coeicientes

    de relexo do teto, paredes e piso, com

    a Curva de Distribuio Luminosa da

    luminria utilizada e o ndice do Recinto

    (para este ltimo, vide p. 21).

    Uma vez calculado o ndice do Recinto(K), procura-se identiicar os valores da

    reletncia do teto, paredes e piso.

    Na interseo da coluna de

    reletncias e l inha de ndice do

    Recinto, encontra-se o valor da

    Eicincia do Recinto (R), via Fator

    de Util izao Fu (vide p.21).

    ndice do Recinto

    Smbolo: K

    Unidade: no tem

    O ndice do Recinto a relao entre as

    dimenses do local, dada por:

    para iluminao direta

    para iluminao indireta, sendo

    a = comprimento do recinto

    b = largura do recintoh = p-direito til

    h = distncia do teto ao plano de

    trabalho

    H = p direito

    hpt = altura do plano de trabalho

    P-direito til o valor do p-direito total

    do recinto (H), menos a altura do plano de

    trabalho (hpt), menos a altura do

    pendente da luminria (hpend). Isto ,

    a distncia real entre a luminria e o

    plano de trabalho (Fig. 26).

    Como j visto, o luxo luminoso pode

    ser alterado de acordo com o tipo de

    luminria empregada e as dimenses

    do recinto.

    Obs: quando a luminr ia or

    embutida, h = h.

    Fator de Utilizao

    Smbolo: Fu

    Unidade: no tem

    O Fluxo Luminoso inal (t i l ) que i r

    incidir sobre o plano de trabalho

    aval iado pelo Fator de Uti l izao.Ele indica, portanto, a eicincia

    luminosa do conjunto lmpada,

    luminria e recinto . O produto da

    E ic inc ia do Rec in to (R) pe la

    Eic incia da Luminria (L) nos d

    o Fator de Uti l izao (Fu).

    a . b

    h (a + b)K =

    3. a . b

    2.h (a + b)K =

    Figura 26 Representao do P Direito til

    H

    h pend

    Figura 25:Esquema de representao de Fluxos Luminosos.

    Luminria

    Plano

    Figura 24 - Ecincia energtica (lm/W)

    Halge-nas

    15 25

    Incandes-cente

    10 15

    MistaHWL

    20 35

    LUMILUX

    T570 125

    MercrioHQL

    45 55

    DULUX

    no integr.50 87

    LUMILUX

    T866 93

    SdioNAV

    80 140

    010

    2030

    40

    50607080

    90100110120

    130140150160

    170

    h

    h

    hpt

    DULUX

    integradas50 65

    MetlicaHCI

    65 90

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    22 23

    Determinados catlogos indicam tabelas de

    Fatores de Utilizao para suas luminrias.

    Apesar destes serem semelhantes stabelas de Efcincia do Recinto, os valores

    nelas encontrados no precisam ser

    multiplicados pela Efcincia da Luminria,

    uma vez que cada tabela especfca para

    uma luminria e j considera a sua perda na

    emisso do Fluxo Luminoso.

    Esta tabela nada mais do que o valor da

    Efcincia do Recinto j multiplicado pela

    Efcincia da Luminria, encontrado pela

    interseo do ndice do Recinto (K) e das

    Reetncias(1) do teto, paredes e piso, nesta

    ordem (Fig. 27).

    4.5.4 Fator de Depreciao (ou Fator

    de Manuteno)

    Smbolo: Fd

    Unidade: %

    Todo o sistema de iluminao tem,

    aps sua instalao, uma depreciao

    no nvel de iluminncia ao longo dotempo. Esta decorrente da

    depreciao do luxo luminoso da

    lmpada e do acmulo de poeira

    sobre lmpadas e luminrias. Para

    compensar parte desta depreciao,

    estabelece-s e um ator de depreciao

    que uti l izado no clculo do nmeros

    de luminrias. Este ator evita que o

    nvel de iluminncia atinja valores

    abaixo do mnimo recomendado. Para

    eeitos prticos pode-se uti l izar a

    tabela (Anexo 4).

    Nesta publicao, iremos considerar uma

    depreciao de 20% para ambientes com

    boa manuteno / limpeza (escritrios e

    afns) e de 40% para ambientes com

    manuteno crtica (galpes industriais,

    garagens etc.), dando origem a Fatores de

    Depreciao, respectivamente, Fd = 0,8 e

    Fd = 0,6.

    4.6 Nvel de Iluminncia

    Smbolo: E

    Unidade: Lux (lm/m2)

    A luz que uma lmpada irradia,

    relacionada supercie qual incide,

    de ine uma nova grandeza

    luminotcn ica denominada de

    Iluminamento, nvel de i luminao ou

    Iluminncia (ig. 28).Expressa em lux (lx), indica o uxo

    luminoso de uma onte de luz que incide

    sobre uma supercie situada uma certa

    distncia dessa onte.

    A equao que expressa esta grandeza :

    tambm a relao entre intensidade

    luminosa e o quadrado da distncia (I/

    h) (ig.28). Na prtica, a quantidade

    de luz dentro de um ambiente, e pode

    ser medida com o auxlio de um

    luxmetro. Como o luxo luminoso no

    distribudo uniormemente, a iluminncia

    no ser a mesma em todos os pontos

    da rea em questo. Considera-se, por

    isso, a iluminncia mdia (Em). Existem

    normas especiicando o valor mnimo

    de iluminncia mdia, para ambientesdierenciados pela atividade exercida,

    relacionados ao conorto visual. Alguns

    dos exemplos mais importantes esto

    relacionados no anexo 2 desta

    publicao (ABNT - NBR 5413).

    Fu = L . R

    1Refetncia ou Refexo, vide anexo 3

    Figura 28 - Lei do inverso do quadrado da distncia

    E =

    A

    lm

    m2 )(

    Figura 27 - Exemplo de tabela de Fator de Utilizao de Luminria

    0,60

    0,80

    1,00

    1,25

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    4,00

    5,00

    34

    40

    45

    50

    53

    58

    60

    62

    64

    66

    29

    36

    41

    46

    50

    55

    58

    60

    63

    64

    26

    33

    38

    43

    47

    52

    56

    58

    61

    63

    33

    39

    44

    49

    52

    56

    59

    61

    63

    64

    29

    35

    41

    45

    49

    54

    57

    59

    62

    63

    26

    32

    38

    43

    46

    52

    55

    58

    60

    62

    29

    35

    40

    45

    48

    53

    56

    58

    61

    62

    26

    32

    38

    42

    46

    51

    55

    57

    59

    61

    25

    31

    36

    41

    45

    50

    53

    55

    58

    59

    kr

    PiSO (%) 10 10 0Fator e tlzao

    PAREdE (%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0

    TETO (%) 70 50 030

    10

    1m

    2m

    3m

    36 lux9 lux

    4 lux

    S1

    S2 = 4S1

    S3 = 9S1

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    24 25

    4.6.1 Nvel Adequado de Iluminncia

    Quanto mais elevada a exigncia visual da

    atividade, maior dever ser o valor da

    Iluminncia Mdia (Em) sobre o plano de

    trabalho. Deve-se consultar a norma NBR-

    5413 para defnir o valor de iluminncia mdia

    pretendido. Como j oi mencionado

    anteriormente, deve-se considerar tambm

    que, com o tempo de uso, se reduz o Fluxo

    Luminoso da lmpada devido tanto ao

    desgaste, quanto ao acmulo de poeira na

    luminria, resultando em uma diminuio da

    Iluminncia. (Fig. 29) Por isso, quando do

    clculo do nmero de luminrias, estabelece-se

    um Fator de Depreciao (Fd), o qual, elevandoo nmero previsto de luminrias, evita que, com

    o desgaste, o nvel de Iluminncia atinja valores

    abaixo do mnimo recomendado.

    4.7 Intensidade Luminosa

    Smbolo: I

    Unidade: candela (cd)

    Se a onte luminosa irradiasse a luz

    uniormemente em todas as direes, o Fluxo

    Luminoso se distribuiria na orma de uma

    esera. Tal ato, porm, quase impossvel de

    acontecer, razo pela qual necessrio medir

    o valor dos lmens emitidos em cada direo.

    Essa direo representada por vetores,

    cujos comprimentos indicam as Intensidades

    Luminosas. Portanto, Intensidade Luminosa

    o Fluxo Luminoso irradiado na direo de

    um determinado ponto (fg. 30 e 31).

    4.7.1 Curva de distribuio luminosaSmbolo: CDL

    Unidade: candela (cd) X 1000 lmSe, num plano transversal lmpada,

    todos os vetores que dela se originam

    tiverem suas extremidades ligadas por um

    trao, obtm-se a Curva de Distribuio

    Luminosa (CDL).

    Em outras palavras, a representao da

    Intensidade Luminosa em todos os

    ngulos em que ela direcionada numplano (fg. 32).

    Para a uniormizao dos valores das

    curvas, geralmente so reeridas a 1000

    lm. Nesse caso, necessrio multiplicar

    o valor encontrado na CDL pelo Fluxo

    Luminoso das lmpadas em questo e

    dividir o resultado por 1000 lm.

    4.8 Luminncia

    Smbolo: L

    Unidade: cd/m2

    Das grandezas mencionadas, at

    ento, nenhuma visvel, isto , os

    raios de luz no so vistos, a menos

    que se jam re le t idos em uma

    supercie e a transmitam a sensao

    de c la r idade aos olhos. Essa

    sensao de claridade chamada de

    Luminncia ( ig. 33).

    a Intensidade Luminosa que emana de

    uma supercie, pela sua supercie

    aparente (fg. 34).

    A equao que permite sua determinao :

    na qual:

    L = Luminncia, em cd/m

    I = Intensidade Luminosa, em cd

    Figura 29 - Compensao da depreciao no clculo da Iluminncia Mdia (Fator de Depreciao) paraambientes com boa manuteno

    Tempo

    Margem para depreciaode fuxo luminoso e acmulode sujeira

    Iluminncia%

    80

    100

    125

    150

    Figura 31 - ngulo de abertura SPOT 10Figura 30 - ngulo de abertura FLOOD 38

    Figura 32: Curva de distribuio de IntensidadesLuminosas no plano transversal e longitudinal parauma lmpada fuorescente isolada (A) ou associadaa um refetor (B).

    0 4020

    120

    8040

    60

    80

    120

    180 160 140

    120

    90

    60

    cd

    0 5 1525

    3545

    55

    65

    75

    859095

    100

    115

    125135155175

    121110

    98765432

    2

    4567

    L = I

    A . cos

    Transversal Longitudinal

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    26 27

    A = rea projetada, em m

    = ngulo considerado, em graus

    Como dicil medir a Intensidade

    Luminosa que provm de um corpo no

    radiante (atravs de reexo), pode-se

    recorrer a outra rmula, a saber:

    na qual:

    = Reletncia ou Coeic iente de

    Relexo

    E = Iluminncia sobre essa supercie

    Como os objetos reletem a luz

    dierentemente uns dos outros, ica

    explicado porque a mesma Iluminncia

    pode dar origem a Luminncias

    dierentes. Vale lembrar que o Coeiciente

    de Relexo a relao entre o Fluxo

    Luminoso reletido e o Fluxo Luminoso

    incidente em uma supercie. Esse

    coeiciente geralmente dado em

    tabelas, cujos valores so em uno das

    cores e dos materiais utilizadas (exemplos

    no anexo 3).

    Limitao de Ouscamento

    Duas ormas de ouscamento podem

    gerar incmodos:

    Ofuscamento direto, atravs de luz

    direcionada diretamente ao campo visual.

    Ouscamento refexivo, atravs da

    relexo da luz no plano de trabalho,

    direcionando-a para o campo visual .

    Considerando que a Luminncia da

    prpria luminria incmoda a partir

    de 200 cd/m, valores acima deste

    no devem ultrapassar o ngulo de

    45, como indicado na ig. 35.

    O posicionamento e a Curva de

    Distribuio Luminosa devem ser tais

    que evitem prejudicar as atividades

    do usurio da iluminao.

    Proporo Harmoniosa entre

    Luminncias Acentuadas di erenas entre as

    Luminncias de di erentes planos

    causam adiga visual, devido ao

    excessivo trabalho de acomodao

    dos olhos, ao passar por variaes

    bruscas de sensao de claridade.

    Para ev i ta r esse desconor to,recomenda-se que as Luminncias

    de piso, parede e teto se harmonizem

    numa proporo de 1:2:3, e que, no

    caso de uma mesa de trabalho, a

    Luminncia no seja iner ior a 1/3 da

    do objeto observado ( ig. 36).

    Eeitos Luz e Sombra

    Deve-se tomar cu idado no

    direcionamento do oco de uma

    luminria, para evitar que sejam

    cr iadas sombras incmodas,

    lembrando, porm, que a total

    ausncia de sombras leva perda da

    identiicao da textura e do ormato

    dos objetos. Uma boa i luminao no

    signiica luz distribuda por igual.

    4.9 ndice de reproduo de cor

    Smbolo: IRC ou Ra

    Objetos iluminados podem nos parecer

    dierentes, mesmo se as ontes de luz

    tiverem idntica tonalidade.

    As variaes de cor dos objetosi luminados sob ontes de luz

    dierentes podem ser identi icadas

    atravs de um outro conceito, a

    Reproduo de Cor, e de sua escala

    qualitativa, o ndice de Reproduo

    de Cor (IRC ou RA). O IRC

    estabelecido em uno da luz natural

    Figura 33 - Luminncia X Iluminncia

    LuminnciaLuz refetida visvel

    IluminnciaLuz incidente no visvel

    Figura 34 - Luminncia (percepo de brilho)

    Supercie aparente

    A . cos

    Supercie iluminada

    A

    L = . E

    Figura 35 - Ouscamento

    OuscamentoRefexivo

    OuscamentoDireto

    45

    Figura 36 - Proporo harmoniosa de luminncias

    2

    3

    1

    3

    10

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    que tem reproduo idedigna, ou

    seja, 100. No caso das lmpadas, o

    IRC estabelecido entre 0 e 100,

    comparando-se a sua propriedade

    de reproduo de cor luz natural

    (do sol ).

    Portanto, quanto maior a dierena na

    aparncia de cor do objeto iluminado

    em relao ao padro, menor seu

    IRC. Com isso, explica-se o ato de

    lmpadas de mesma Temperatura de

    Cor possurem ndice de Reproduo

    de Cor dierentes (igs. 37 e 38).

    4.9.1 Espectro de Radiao VisvelComo j mencionamos nos itens 4.1 e

    4.2, luz uma aixa de radiaoeletromagntica, com comprimento de

    onda entre 380 a 780 nm (nanmetros),

    ou seja, da cor ultravioleta vermelha,

    passando pelo azul, verde, amarelo e

    roxo. As cores azul, vermelho e verde,

    quando somadas em quantias iguais,

    deinem o aspecto da luz branca.

    Espectros contnuos ou descontnuos

    resultam em onte de luz com presena

    de comprimentos de ondas de cores

    distintas. Cada onte de luz tem,

    portanto, um espectro de radiao

    prprio que lhe conere caractersticas

    e qualidades especicas.

    A cor de um objeto determinada pela

    reexo de parte do espectro de luz que

    incide sobre ele. Isso signifca que uma boa

    Reproduo de Cor est diretamente ligada

    qualidade da luz incidente, ou seja,

    distribuio equilibrada das ondas

    constituintes do seu espectro. Ao lado,

    apresentam-se alguns espectros de

    lmpadas (fgs. 39 a 43).

    4.10 Temperatura de corSmbolo: T

    Unidade: K (Kelvin)

    Em aspecto visual, admite-se que bastante

    dicil a avaliao comparativa entre a

    sensao de Tonalidade de Cor de diversas

    lmpadas. Para estipular um parmetro, oi

    Figura 39 - Espectro da luz natural

    Figura 40 - Espectro das lmpadas fuorescentesLUMILUX 830.

    Figura 41 - Espectro das lmpadas fuorescentesLUMILUX 860.

    Figura 42 - Espectro das lmpadas POWERSTAR HCI930.

    Figura 47

    Figura 43 - Espectro das lmpadas de sdio NAV

    Figura 38 - IRC

    Figura 37 - ndice de reproduo de cor e exemplos de aplicao

    Muito Bom

    Bom

    Razovel

    Ruim

    Nvel 1

    Nvel 2

    Nvel 3

    Nvel 4

    1a Ra 90-1001b Ra 80-1002a Ra 70-79

    2a Ra 60-69

    Ra 40-59

    Ra 20-39

    Testes de cor - Floricultura,escritrios - residncias - lojas

    reas de circulao - Escadasocinas - ginsios esportivos

    Depsitos - Postos de gasolinaPtio de montagem industrial

    Vias de trego - Canteiro deobras - Estacionamentos

    Classicao Nvel - ndice IRC Exemplos de aplicao

    OSRAM - Linha de produtos Normas ABNT - 5413

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    80

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