8
OUTRAS FACES DA D R O G A págs. 4 e 5 págs. 4 e 5 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1446, de 29 de março de 2012 e não pode ser vendido separadamente. Paula Gil Temos de nos fazer ouvir págs. 6 e 7 56 FOTO ANA CAMPONÊS

Akadémicos 56

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição N.º 56 do Jornal Akadémicos Kapa: Outras faces da droga

Citation preview

Page 1: Akadémicos 56

OUTRAS facesda drOga págs. 4 e 5

págs. 4 e 5

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1446, de 29 de março de 2012 e não pode ser vendido separadamente.

Paula GilTemos de nos fazer ouvir

págs. 6 e 7

56Fo

to

An

A C

Am

po

s

Page 2: Akadémicos 56

2

DANÇAHoje 21h30 teatro José Lúcio da Silva

GISELLEA história de uma jovem camponesa, apaixonada por Albert, Príncipe da Silesia, que se faz passar por um camponês para conquistar o seu amor. Assim que Giselle descobre a verdade, a sua alma é consumida pela mágoa de ter sido enganada. Giselle constitui uma das mais expressivas obras-

-primas do ballet romântico. A interpretação é da companhia da Russian Classical Ballet que conta com a participação de bailarinos de notoriedade internacional. No Teatro José Lúcio da Silva com bilhetes entre os 23€ e 25€.

MÚSICA31 março, 21h30 · teatro José Lúcio da Silva

FINGERTIPSOs Fingertips iniciam a sua carreira em 2003, com o lançamento do álbum de estreia All‘bout smoke‘n mirrors e rapidamente atingem o primeiro lugar de airplay com o single Melancholic Ballad. As suas canções conquistam um público leal e seguidor da carreira da banda. Em 2010, apresen-tam-se com uma nova voz: Joana Gomes. Com o novo disco editado em fevereiro, apresentam, em digressão, o novo trabalho. No Teatro José Lúcio da Silva com bilhetes a 10€.

20 abril, 21h30 · teatro José Lúcio da Silva.

BOSS ACBoss AC é um rapper e cantor de hip-hop português. Considerado o pai do hip-hop tuga, iniciou a sua carreira musical no final dos anos 80. Com um caminho repleto de sucessos e participações com as mais diversas bandas portuguesas, Boss AC inicia uma nova digressão no final do mês de março. Começa, assim,a apresentação do disco “AC para os amigos” em salas e auditórios de Portugal.

ExPOSIÇõESAté 31 de março · M|i|Mo

PAIxõES POR MARATONAExposição de fotografia que dará a conhecer os trabalhos presentes na 1ª Maratona Fotográfica Fnac LeiriaShopping. A iniciativa que decorreu a 21 de maio de 2011, na cidade de Leiria, teve como tema central Paixões, sendo os restantes temas letras de canções icónicas da música portuguesa. No M|i|Mo Museu de Imagem em Movimento, de segunda a sexta-feira, das 09h às 12h30 e das 14h às 17h30, bem como aos sábados das 14 até às 17h30.

CINEMA19 abril · Cinema Castello Lopes.

BATALHA NAVALAlex Hopper (Taylor Kitsch) é um oficial da marinha no navio USS John Paul Jones, comandado pelo almirante Shane (Liam Neeson). Alex é noivo de Sam (Brooklyn Decker), filha de Shane, apesar de não ser bem visto por ele. Já em alto mar, precisam de unir forças com a tripulação do navio USS Samson, comandado pelo irmão mais velho de Alex, uma vez que uma força superior desconhecida ameaça a existência da humanidade. Um filme cheio de ação e peripécias. Estreia no cinema Castello Lopes, no LeiriaShopping, a 19 de abril.

A realidade social atual é conhecida como ‘de risco’: pessoas em risco, grupos de risco, sociedade em risco. Esta nova realidade leva à necessidade de repensar e questionar o nosso dia-a-dia, as nossas rotinas, as nossas relações, as nossas intenções, os nossos gestos, dominados por uma sociedade que desvaloriza as relações, que alicia a compra, que valoriza o trabalho,

em detrimento da família, que exige a perfeição. Surge ainda a necessidade de se insistir mais na redefinição/reconfiguração das práticas profissionais, modelos, formas de observar, de praticar, de intervir não só ao nível do consumo de substâncias ilegais – tema desta edição – mas a um nível mais alargado, sentindo como outras e novas dependências dominam o nosso quotidiano: dependência do tabaco, dependência do café, dependência da internet, dependência do telemóvel, e dos jogos (facebook), dependência das compras ou do “status symbol”, a dependência do jogo, a dependência do azar, a dependência do trabalho, dependência do sexo, dependência da comida…

Dependências que abrangem o consumo de substâncias químicas, mas vão muito mais além. Incluem as atividades que são socialmente aceites e repetitivas pelos nossos ídolos, grupos de pares, entre outros.

São dependências que são transversais a todos os estratos sociais: classe baixa, média e alta. Reparamos cada vez mais na insistência aparente de criação de um status social que assenta na ilusão de que somos independentes e que podemos viver em forma de ilhas: autónomos, controlados, exigentes e dominadores.

Talvez a solução passe por nos colocarmos à prova: estar um dia sem telemóvel, sem ir à internet, sem beber café…

Aproxima-se a época tão aguardada pelos alunos: Semana Académica, sinónimo de diversão, convívio, trocas relacionais e afetivas, abusos que podem culminar em adições e dependências. Lançamos aqui algumas sugestões, em forma de desafio:

• Sem Guronsan, contigo próprio; • O dom da palavra, em vez das

mensagens;• Sê por amor, não por sexo;• Dresscode – Traje Académico (não

vale a pena comprar a nova coleção); • Aproveita a noite, não te desculpes

com o Sr. Azar; • Não jogues com malícia; • Confia em quem conheces, não

abuses do que careces; • Faz da dança o teu prato do dia.

Diverte-te, sem dependências…!!

Joana Brinca e Maria Inês PintoDocentes da ESECS–IPL

AABRIR

NãOpeRkASMariline Santos

Diretor InterinoJoão Nazá[email protected]

Coordenadores PedagógicosCatarina [email protected]

Paulo [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

Maquetização e Projeto GráficoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Secretariado de RedaçãoAna Neves

Redação e colaboradoresAna Camponês, Ana Neves, Ana Vieira, Andreia Narciso, Bárbara Jorge, Filipa Araújo, Gonçalo Dourado, Daniela Peralta, Daniel Neves, Daniel Sousa, Mariline Santos, Patrícia Calado, Patrícia Gonçalves, Pedro Rodrigues, Rebeca Silva.

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Diretor da ESECSLuís Filipe [email protected]

Diretora do Curso de Comunicação Social e Educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

DR

DR

DR

DR

“Jogo tudo de uma vez Jogo tudo de uma vez sem saber quem vai ficar Penso em tudo outra vez sem saber onde vai dar Mas sinto que vou ganhar Com tudo isto a jogar Sem deitar tudo a perder Como é que tu vais fazer? Penso que não sou eu Penso que não sou euPenso que não sou euNão sou eu

Senti-me quase a perder Aquilo que tinha p’ra ganhar Mas eu não queria ver O que estava a acontecer Fui-me deixando estar Sem nada querer fazer Custa-me a acreditar Que desta vez não vou vencer (…)”

“Dados Viciados” – Xutos & Pontapés

Page 3: Akadémicos 56

29 março 20123

Consciente do valor inestimável dos antigos es-tudantes, encontra-se em desenvolvimento, no Instituto Politécnico de Leiria, a Rede IPLei-ri@lumni que terá como missão principal pro-mover iniciativas que reforcem os laços entre a Instituição e os seus antigos estudantes.

Graça Seco, docente e membro da Comis-são Instaladora da iniciativa, refere que a Rede IPLeiri@lumni pretende contribuir para o reto-mar de relações sociais, profissionais e institu-cionais com os alunos do IPL. O projeto iniciou a sua divulgação no início do passado mês de fevereiro através de uma página do Facebook e conta neste momento com cerca de 600 antigos estudantes já registados.

Na página do Facebook têm sido partilha-das informações relativas aos diferentes cur-sos e escolas do IPL, workshops, conferências, iniciativas culturais, ligações relativas a ofertas de emprego e de estágios, entre outros. Graça Seco explica, no entanto, que o projeto está ain-

da na sua fase inicial. A Rede tem por objetivo desenvolver um conjunto de iniciativas especi-ficamente dirigidas aos alumni, bem como po-tenciar os contactos e partilhas entre estes e os atuais estudantes do IPL. Incentivar e divulgar as boas práticas e desenvolver ações de respon-sabilidade social dentro da comunidade de atu-ais e antigos estudantes são também algumas das linhas de desenvolvimento do projeto.

As inscrições são permitidas a todos os alu-nos que fazem parte e passaram pela Institui-ção. Se já passou pelo Instituto Politécnico de Leiria enquanto aluno, e pretende reencontrar antigos colegas, recordar bons momentos, au-mentar a rede de conhecimentos e contactos, participar em novos desafios e estar informado das últimas novidades pode visitar a página da Rede no Facebook (https://www.facebook.com/redealumniIPL). Para mais informações poderá também ser enviado um e-mail para [email protected]. k

O projeto Consórcio Erasmus Centro tem como principal objetivo promover uma ligação forte e duradoura entre o ensino superior politécnico e o mercado de trabalho, proporcionando estágios Erasmus no estrangeiro (outgoing) e em Portu-gal (incoming). Este projeto promove também a internacionalização de conhecimentos técnicos e profissionais e estabelece ligações a outros con-sórcios europeus. O projeto foi apresentado no passado dia 31 de janeiro. É coordenado pelos po-litécnicos da zona centro (Leiria, Coimbra, Cas-telo Branco, Guarda e Viseu) e abrange cerca de 34 mil estudantes.

Para se poder candidatar aos estágios, é neces-sário estar inscrito no IPL, seja em licenciatura ou mestrado. No que diz respeito às empresas, podem fazer parte do Consórcio Erasmus Centro entidades do setor público ou privado que exer-çam na União Europeia uma atividade económi-ca, independentemente da dimensão, estatuto ju-rídico ou setor económico em que opere.

Segundo o site do Consórcio Erasmus Cen-tro todas as entidades envolvidas, politécnicos e

restantes parceiros, irão beneficiar da associação à marca Erasmus, que movimenta cerca de 200 mil estudantes por ano, a nível europeu. O con-sórcio contribuirá ainda para publicitar todos os participantes, institutos politécnicos, empresas e outras entidades, junto das universidades e es-tudantes europeus, dando visibilidade à região e reforçando a sua dimensão europeia e interna-cional. As empresas são livres na escolha do per-fil do estagiário, dos conhecimentos necessários e das competências fundamentais a desenvolver para a empresa.

O estabelecimento de ligações a outros con-sórcios europeus criará oportunidades de en-volvimento em outros projetos de investigação e cooperação em áreas prioritárias para o desenvol-vimento e crescimento daquela região e país.

O consórcio apoia ainda projetos de formação, investigação e cooperação.

Para consultar as ofertas do Consórcio Erasmus Centro visite o site do Instituto Po-litécnico de Leiria: www.ipleiria.pt, ou então www.erasmuscentro.org. k

IPL cria rede de alunos

Consórcio Erasmus Centro

Estagiar em Erasmus

texto Daniela Peralta e Patrícia Gonçalves

texto e Foto Ana Camponês

eSTá – a –

DAR

Quem anda de Mobilis conhece o rosto de Carla Ferreira, uma das condutoras dos miniautocarros que percorrem a cidade. Tem 32 anos e sempre sonhou ser polícia, mas, assim que tirou a carta, decidiu enveredar pela profissão de condutora de pesados.

Cedo começou a trabalhar no ramo comercial, mas rapidamente descobriu a sua paixão pelos automóveis. Hoje, diz que “quanto maior for o veículo, melhor “, dado que o mundo automóvel é o que mais a “fascina”.

Excluindo a ideia de que há profissões que só podem ser realizadas por homens, Carla afirma que “hoje em dia existem as mesmas oportuni-dades de trabalho, tanto para homens como para mulheres” e apesar de sentir que “algumas pes-soas se surpreendem com a presença de uma mulher a conduzir um autocarro” acredita que, cada vez mais, as pessoas aprendem a lidar com o facto do “lado feminino fazer as mesmas coisas que o lado masculino e os comentários são sem-pre positivos”.

Situações caricatas, diz que já teve algumas, mas não regista nenhuma em particular. Admite que nem sempre é fácil lidar com os jovens e os mais velhos, mas acredita que “com paciência e bom senso tudo se consegue.” Afinal, Carla Ferrei-ra tem a percepção que o Mobilis é um dos meios de transporte mais procurado pelos habitantes da cidade e, com a consciência de que “ajuda sempre alguém”, refere realizar um “serviço público”.

Com o sorriso e boa disposição que lhe são característicos, a condutora acredita que são estes valores que melhoram a sua vida e, por sua vez, a vida de quem passa pelas diversas linhas do Mobilis. Na profissão há aproximadamente seis anos e sem previsões para o futuro, Carla Ferreira deseja continuar a trabalhar nesta área servindo o público e conduzindo as pessoas as seus destinos. k

Carla Ferreira

Uma condutora na cidade

TAkTOMOGRAFIAAXIALkOMpUTORIZADA

texto e foto

Mariline Santos

Page 4: Akadémicos 56

4

Domingos Ribeiro, 50 anos, vive em Leiria. In-fluenciado por más companhias, viu na droga uma saída para um ambiente familiar contur-bado. Era jovem e trabalhava, mas perdeu tudo.

“Quando fui a ver, já não conseguia deixar”, expli-ca. Já fez três desintoxicações, mas as três “corre-ram mal”. Encontra-se atualmente em tratamen-to de metadona no Centro de Resposta Integrada de Leiria (CRI), uma associação que tem em vista a prevenção, redução de riscos e integração, pertencente ao Instituto da Droga e da Toxico-dependência (IDT). Há um ano que Domingos não consome.

Também residente em Leiria, João Conde conta, aos 42 anos, com um passado marcado pela toxicodependência. Tinha uma vida ‘nor-mal’, mas aos 17 anos decidiu “experimentar” e ficou viciado. À semelhança de Domingos, está em tratamento de metadona.

Ambos são exemplo dos clássicos casos de toxicodependência, normalmente associados ao consumo de heroína. No CRI de Leiria, grande parte dos utentes são “heroinómanos”, na faixa etária “dos 30, 40 e muitos”, indica Ana Soledade, coordenadora da prevenção do CRI.

Os mais jovens tendem a revelar outros consu-mos. Cristóvão Margarido, docente do curso de Serviço Social, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do IPL, que trabalhou em várias instituições na área da toxicodependência, refe-re que “começam a aparecer jovens com idades muito precoces nos serviços de acompanhamen-to, que não consomem essencialmente aquelas substâncias que já estamos habituados a acom-panhar”. O docente explica que há novas drogas e indica que os padrões de consumo se estarão a alterar: “A heroína, que foi um grande flagelo nos anos 80 e grande parte dos anos 90, parece-me que está a cair um bocado em desuso e que estão a emergir outras substâncias psicoativas. Refiro-

-me a novos tipos de substâncias consumidas em ambientes sociais diferentes.”

O Estudo sobre Consumo de Álcool, Tabaco e Drogas (ECATD), realizado pelo IDT em 2011, numa amostra de 13000 jovens, com idades entre os 13 e os 18 anos, embora assinalando percenta-

gens de experimentação reduzidas (entre os 3 e os 4%), faz referência a um aumento da presença de anfetaminas no grupo dos mais jovens (entre os 13 e os 16 anos) e aponta justamente para a neces-sidade de investir na prevenção dos consumos de álcool e de drogas estimulantes (anfetaminas em particular) e alucinogénios.

Drogas sintéticasAs drogas sintéticas são “muito perigosas”, refere Lígia Pedrosa, presidente da Comissão para a Dis-suasão da Toxicodependência de Leiria (CDT), instituição responsável pela articulação entre a ação judicial e o acompanhamento dos utentes. Substâncias como o ecstasy e as anfetaminas são produzidas em laboratório sem que se conheça ao certo a sua composição. O ecstasy é uma droga sintética com efeitos estimulantes e psicadélicos, muito associada a contextos recreativos. A longo prazo, pode ter como consequências ansiedade, depressão, exaustão, insónias, insuficiência re-nal aguda e lesões hepáticas. As anfetaminas têm igualmente efeitos estimulantes no sistema nervo-so central. Com o consumo a longo prazo, surge agressividade, insónias e alucinações. Podem in-clusivamente levar ao surgimento de “patologias como esquizofrenias ou psicoses”, refere também Cristina Couto, diretora do CRI de Leiria.

Para Anabela Brites, vogal jurista da CDT, o problema é conseguir saber o que contêm estas no-vas drogas e, nesse sentido, a jurista refere que “não é fácil controlar o comprimido” que pode causar graves lesões cerebrais.

Há também novos produtos disponíveis em smartshops, lojas especializadas em substâncias psicoativas. “As substâncias das smart shops não são ilegais porque existem na natureza”, tais como “os adubos ou fertilizantes”, refere Ana Soledade. O que muda são os fins para que são utilizados, evidenciando no ser humano efeitos alucinogénios.

Drogas leves?De origem natural, a canábis é “a droga ilegal mais consumida pelos jovens”, afirma Ana So-ledade. Pode causar debilitação física, síndrome

amotivacional, psicose canábica e problemas de aprendizagem.

Frederico, nome fictício, é estudante do IPL e admite ter começado a consumir há um ano, por-que “queria experimentar novas sensações”. Atu-almente diz consumir ‘drogas leves’ várias vezes por semana. Diz que o faz pela “paz interior com que fica”.

Sobre esta e outras drogas, Ana Soledade subli-nha que não há efeitos iguais de pessoa para pes-soa. A técnica explica que, embora os impactos no cérebro sejam transversais, a canábis tanto pode dar sensação de relaxamento, como ser uma droga perturbadora. Não há forma de controlar, subli-nha, explicando que “há pessoas que se sentem mal, só com um charro”.

Estas substâncias são muitas vezes conside-radas inofensivas, mas os técnicos alertam para suas consequências: reações psicóticas, crises de ansiedade e pânico. Situações que Cristina Cou-to indica poderem não ser ”capazes de gerir”. A diretora do CRI refere que “estas situações apa-recem muito na consulta de prevenção indicada”, com alguns jovens a fazer consumo destas subs-tâncias e de álcool, também. “Pensam que não há problema, mas nós temos cada vez mais a noção de que em algumas pessoas o consumo regular de haxixe pode desencadear reações muito graves”, sublinha.

Ana Soledade é da mesma opinião: “Temos jovens com patologias como esquizofrenias ou psicoses associadas, por exemplo, ao consumo de canábis”. Este consumo é “muito desvalorizado e quando chegam a nós já estão num estado que pre-cisam de acompanhamento psiquiátrico”, constata a técnica.

Desconstruir estereótiposO estereótipo do toxicodependente não ajuda à sensibilização para estas realidades e, nesse senti-do, os técnicos alertam para a necessidade de rever as imagens construídas e reajustar a comunicação.

“Os jovens que consomem canábis e outras subs-tâncias das smartshops não se veem como toxico-dependentes porque têm aquela imagem do toxi-codependente a injetar”, explica Ana Soledade. “A

kApA

quetoxico-DePendênCias

O consumo de drogas ‘clássicas’, como a heroína, parece estar a diminuir entre os mais jovens, mas os técnicos alertam para os efeitos das ditas ‘drogas leves’ e para novos padrões de consumo, associados a substâncias químicas

?texto e Fotos Ana Neves, Ana Vieira e Patrícia Calado

Page 5: Akadémicos 56

29 março 20125

Fica na Praça Rodrigues Lobo e está aberto desde dezembro de 2011. O Kanto do Livro é um projeto que nasceu na internet e, dada a procura, tomou também forma de livraria num edifício cara-cterístico da cidade de Leiria, com uma história que remonta ao seculo XIX.

O Kanto do Livro é uma livraria técnica, direcio-nada para estudantes do ensino superior, inves-tigadores e professores. Sílvia Silva, responsável pelo projeto, refere que se procura preencher uma lacuna da cidade no que toca à oferta de livros de especialidade, como psicologia, psicopedagogia e educação, tendo vindo a alargar a sua oferta a muitas outras áreas de estudo. Para além da ofer-ta diversificada, é ainda possível requerer uma pesquisa bibliográfica, facultando informação so-bre o tema em causa.

Tendo consciência da atual conjuntura económi-ca e do modo como ela afeta os estudantes que veem o seu orçamento reduzido, Sílvia Silva tem vindo a desenvolver algumas iniciativas para pro-mover novas soluções para o público, como, por exemplo, a aquisição e venda de livros usados e a oferta de descontos durante todo o ano. Os alunos do IPL beneficiam de 15% de desconto imediato em todos os livros e, até 31 de março, data em que a livraria celebra três meses de existência, todos os clientes podem usufruir de um desconto de 20%.

“Temos tido um feedback positivo” refere Síl-via Silva. A responsável pelo espaço explica que se procurou explorar um conceito de livraria “confor-tável, agradável e muito prático”. Os clientes po-dem sentar-se e folhear um livro, fazer as suas pes-quisas online, visto que tem um serviço de internet wireless ou desfrutar do “prazer de um café”.

Neste espaço onde predominam os tons prata e lilás, e acentuando traços modernos num edifício clássico, cada piso tem um tema e todos os livros se encontram expostos de capa e não de lombada, como é habitual. O Kanto do Livro está aberto de segunda-feira a domingo, entre as 9h00 e as 21h30, ou online, através do site www.ipsys.pt.

“Leia mais, saiba mais e relaxe” é a proposta apresentada, num espaço surpreendentemente acolhedor e juvenil. k

Kanto do LivroHá livros na Praça

kOkONSUMOOBRIGATóRIO

texto

Andreia Narciso Bárbara Jorge

foto

Patrícia Gonçalves

imagem que geralmente se tem do toxicodependen-te é a do individuo deteriorado, com os dentes por arranjar, mas esta imagem é cada vez menos real”, afirma Cristina Couto. “O toxicodependente nem sempre tem mau aspeto”, sublinha Ana Soledade.

Para Cristina Couto, o toxicodependente é al-guém “que consome substâncias que, de alguma forma, provocam a alteração do estado de consci-ência, sendo que essas substâncias podem ir des-de o álcool até à heroína, cocaína…”. É a pessoa que “tem um abuso, um consumo regular e que na ausência sente queixas inerentes a essa falta de consumo”.

Cristóvão Margarido concorda que a depen-dência existe quando o indivíduo já não consegue ter um nível normal de funcionamento individual e social sem estar sob o efeito de determinadas substâncias que influenciam o seu sistema ner-voso central, estimulando, deprimindo ou per-turbando: “O toxicodependente é, de facto, essa pessoa que precisa de determinada substância para ter um funcionamento adequado ou ajustado socialmente”, conclui. O docente refere também que há um estereótipo social do toxicodependente que é difícil de desmistificar e que nem todos os toxicodependentes são assim: “Diria mesmo que apenas uma minoria de toxicodependentes são as-sim, a maior parte, não se vê”.

O problema está muitas vezes relacionado com o reconhecimento. Ana Soledade afirma que

“acharmos que temos tudo controlado é complica-do” e exemplifica: “Quando começamos a fumar também achamos que conseguimos largar o taba-co a qualquer altura e não é bem assim, é preciso um esforço muito grande e muitas vezes é preci-so recorrer a ajuda clínica”. Cristina Couto refere ainda casos de pessoas que para dormir recorrem ao consumo de haxixe, que “já não conseguem dormir sem aquele ritual de consumo e que, natu-ralmente, já estão dependentes”.

As situações mais precoces são as mais difíceis de acompanhar. Cristóvão Margarido afirma que

“é mais fácil convencer um toxicodependente a fa-zer um tratamento quando ele bate no fundo e não quando ele ainda está numa carreira de toxicode-

pendência relativamente recente, em que os efeitos desse consumo de droga ainda não se fazem sen-tir, pelo menos com muita gravidade. Nesta fase, anda na ‘primavera das drogas’: anda a consumir, anda a sentir-se bem, consegue dinheiro para con-sumos”. No entanto, o docente conclui que quem entra numa carreira de toxicodependência ”vai chegar a um ponto em vai viver, essencialmente, para o consumo. E se vai viver para o consumo, não vai viver para os estudos, nem para as fre-quências, nem para os trabalhos de grupo e nem para os exames. Vai viver em função do próximo consumo que vai ter. Se a cabeça está focalizada na substância, não está focalizada no estudo, nem na família, nem nos amigos”.

Saber dizer nãoPara evitar os riscos, Pedro Antunes, Sociólogo da CDT fala da “necessidade de saber dizer não”. In-clusive, “se uma pessoa disser não, haverá sempre mais a dizer não”. Se isto não for feito, cai-se “no risco de reproduzir comportamentos que prejudi-cam”. “Nem todos se têm de enquadrar nos valores dos outros”, defende. Para o conseguir, “é essencial sermos assertivos”, sublinha também Ana Soledade:

“Quando nós dizemos a um amigo ‘eu não quero’, isto é comunicação”.

A técnica do CRI coloca a tónica na infor-mação e diz que os jovens devem conhecer tudo sobre as substâncias, as consequências, mas diz também que não basta informar, é preciso “in-formar reduzindo riscos”, prevenindo. O proces-so de sensibilização é, como refere, muitas vezes desenvolvido através dos pares, é dada formação a jovens para que “entre pares possam transmi-tir a informação”. Por isso, Ana Soledade refere também que estas situações não caracterizam a juventude: “É uma questão que eu gosto de des-mistificar. A maioria dos jovens não consome”. Alerta também para a dependência de substân-cias legais, e para a necessidade de sensibilizar a esse nível, acrescentando que a maioria consome álcool, “que é uma droga legal, aceite socialmen-te”, cujos “rituais de iniciação passam pelo seio da família”. k

ÁLCooL Provoca euforia, desinibição, descoordenação motora, redução da força muscular, menor capacidade de compreensão e aumento do tempo de reação. Afeta as relações pessoais e familiares.

CAnÁbiS/HAXiXe Tem como sintomas o relaxamento, sonolência, aumento da frequência cardíaca e tensão arterial, diminuição das inibições. Causa ansiedade, paranoia, psicose. As consequências centram-se na alteração da memória e dissociação de ideias.

HeroínA Os efeitos iniciais centram-se na analgesia, sonolência, euforia, e sensação de tranquilidade. Os consumidores crónicos desenvolvem tolerância em relação aos efeitos de euforia, depressão respiratória, analgesia, vómitos e alterações hormonais. Desenvolvem também sintomas como a diminuição da libido e insónias.

CoCAínA Com o seu consumo destaca-se a dilatação das pupilas, excitação, autoconfiança, irritabilidade, diminuição do apetite e aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

eCStASy É uma droga sintética com efeitos estimulantes e psicadélicos. A longo prazo pode ter como consequências a ansiedade, depressão, insónias, insuficiência renal aguda, lesões hepáticas e hipertensão arterial.

AnFetAMinAS Têm efeitos estimulantes no sistema nervoso central. Com o consumo a longo prazo, surge a agressividade, alimentação deficiente, insónias, alucinações, psicose e perturbações cutâneas.

SubSTânciaS maiS comunS

CRISTóVãO MARGARIDO DoCEntE DE SErvIço SoCIaL

ANABELA BRITES jurISta CDt

LíGIA PEDROSA PrESIDEntE CDt LEIrIa

CRISTINA COUTO DIrEtora CrI–LEIrIa

PEDRO ANTUNESSoCIóLogo CDt

ANA SOLEDADECoorDEnaDora DE PrEvEnção Do CrI–LEIrIa

Page 6: Akadémicos 56

6

Como se iniciou o movimento Geração à rasca?O movimento ‘Geração à Rasca’ é um grupo de amigos. Somos quatro amigos, estávamos a tomar café e começámos a falar da música dos Deolinda [Que parva que eu sou!] e de como reagiram as pessoas. Constatámos que éramos precários, que os nossos amigos também e consequentemente a nossa família ficaria também. Decidimos então criar a página no Facebook, iniciando-se o movimento. Porquê registar a marca ‘M12M’?Decidimos registar a marca Geração à Rasca/M12M porque depois do protesto abordaram-nos muitas vezes para criar t-shirts, bonés, enfim, para ganharem dinheiro com isso. Nós não queríamos, nem nunca quisemos, que se tornasse uma marca comercial. Portanto, decidimos registar a marca para salvaguardar que o nome se tornasse uma marca comercial, para salvaguardar também do uso errado por parte de outros partidos políticos ou até de outras marcas.

Ficou surpreendida com a massiva adesão à manifestação de 12 de março?Muito! [risos] Eu achava que iam sair mil pessoas

à rua, nunca pensei que saísse tanta gente. Nós dizemos que saíram 500 mil, mas não temos bem noção de quanta gente era. Fiquei muito, muito, surpreendida.

Um ano depois da manifestação quais as principais mudanças?Muita coisa mudou depois da manifestação. O país mudou para pior… os cortes na saúde, na educação, o aumento dos impostos… mudou para pior. Mas acho que a manifestação trouxe uma nova preocupação política, as pessoas estão mais atentas às notícias, há cada vez mais pensamento crítico, há mais movimentos e iniciativas sociais. As pessoas estão mais interessadas, essa é a grande herança do protesto.

Sentiu algum tipo de dificuldade depois dar a cara a este movimento?A maior dificuldade que senti depois da manifestação foi de ter tempo. Deixei de ter tempo para fazer a minha vida normal, estar com amigos, sair para beber um café, deixei de facto de ter tempo. A nível de trabalho as pessoas inicialmente ficavam um pouco reticentes, admito, mas não foi motivo para não conseguir trabalho.

PauLa gILFundadora do movimento ‘Geração à Rasca’

Uma conversa de café tornou-se mais séria do que imaginava. Foi assim que Paula Gil e três amigos iniciaram o movimento Geração à Rasca/M12M, organizador da maior manifestação nacional da última década. Um ano depois do 12 de Março, a jovem conta o que mudou e o que a faz continuar na (sua) luta

“Tem de existir uma mudança no mercado laboral”

SeNTADO NOMOCHO

Texto: Filipa araújo

kURTASUM íDOLOO povo português

UM LIvROHistória de amor num país em guerra

UMA MúSICAGrândola Vila Morena

UM SABORPimenta

UM LeMA“Nós somos a mudança que queremos ver”

Fot

o l

us

A

Page 7: Akadémicos 56

29 março 20127

Requiem for a DreamA consequência de um sonho

Porque é que a manifestação teve mais sucesso do que o M12M?Depende das definições de sucesso. Para mim a manifestação teve um sucesso grande no momento. Já o movimento teve continuidade, continua com iniciativas, com propostas, com atividades. Portanto considero que em termos mediáticos, realmente a manifestação teve muito sucesso, mas o movimento prevaleceu.

na altura o movimento não se quis associar a nenhum partido, hoje fariam o mesmo? Sim! Não há ninguém no nosso movimento que seja anti-partidário, nós achamos que os partidos e sindi-catos têm um importante papel para a democracia e devem estar disponíveis para a sociedade. Acho que a grande novidade do movimento M12M foi permi-tir às pessoas perceber que a democracia não são só os instrumentos sociais, mas sim a possibilidade das pessoas se envolverem mesmo sendo anti-partidárias.

está prevista uma nova manifestação?Não é algo que estejamos a planear.

os políticos ouvem os jovens e os movimentos?Acho que há cada vez menos vontade de ouvirem os jovens e os movimentos, e não só os jovens e movimentos, as pessoas também. Acho que, neste momento, estamos tão envolvidos nesta dívida que temos que pagar, custe o que custar, que estamos a deixar de lado a voz do povo. Em vez de servir e proteger a população, o Governo esta a servir e proteger os bancos, os credores.

Considera que o povo português é um povo de lutas?Absolutamente. O povo português na sua história sempre teve grandes momentos de lutas, desde a luta contra o regime, as várias manifestações, as trincheiras construídas em frente à Assembleia da República, as várias greves ilegais, até um regicídio. Acho que ao viver 40 anos de ditadura aprendemos a valorizar a pouca democracia que temos hoje. Acho que por isso é que ainda não chegámos a um patamar de violência como na Grécia, não é que eu queria lá chegar, ou que algum dia cheguemos, espero sinceramente que não.

o desemprego jovem qualificado continua a subir, existem soluções?Sim, existem. Tem de existir uma mudança no mercado laboral. Repare, nós estamos a trabalhar 40 ou mais horas por semana ilegais, muitos de nós trabalhamos sem qualquer salário, com um trabalho precário. As pessoas ganham pouco, são facilmente

despedidas, fazem o trabalho de duas ou mais pessoas. Contratar mais pessoas para esse trabalho faria todo o sentido e permitiria tirar muitas pessoas do desemprego.

Como se explica aquela expressão a que o representante do Conselho das Comunidades Portuguesas, eduardo Dias, chama de

“emigração parva”? Portugal tem neste momento o mesmo nível de emigração do que tinha há 60 anos atrás. Há 60 anos tínhamos um regime ditatorial, do qual cada vez mais nos aproximamos, mas de uma forma mais leve, ou seja, continuamos a poder votar, continuamos a ter direito de expressão… mais ou menos. As pessoas emigram porque não veem alternativa à situação em que se encontram. Isso passa muito pelo nosso Governo. Ouvimos há pouco tempo Passos Coelho a dizer que os jovens deviam emigrar. Um Governo que diz isto está claramente a dizer que não vai conseguir resolver a situação do país e que nem sequer vai tentar.

Portugal será a futura Grécia?Portugal é a Grécia. A nossa única diferença é que a Grécia tem medidas de austeridade aplicadas há dois anos e Portugal está a seis meses desse dois anos. Nós também temos pais a entregar os filhos a instituições por não ter possibilidades de os alimentar, crianças em que a única refeição que têm é na escola, há pessoas que não podem pagar a hemodiálise logo não a podem fazer, pessoas cancerosas que não podem ser transportadas para os IPO’s porque não têm dinheiro para o transporte. Portugal é a Grécia.

o seu conselho para os jovens da ‘Geração à rasca’?Mobilizem-se! Juntem-se em movimentos sociais ou culturais que lutem pela democracia que temos. Um Estado é sempre obrigado a ouvir a sua população, ele só existe unicamente para servir a sua população. O Estado tem que nos ouvir, portanto temos de nos fazer ouvir. k

kULTOSDaniel Neves

Darren Aronofsky foi, em 2000, o realizador do filme que viria a ser reconhecido, por diversos críticos, como uma das melhores obras de todos os tempos. Requiem for a Dream é uma represen-tação perturbadora, mas autêntica, da presença e influência das drogas na sociedade.

O filme caracteriza todos os cenários próprios de uma situação de toxicodependência – ilustran-do o desenvolver da necessidade, o êxtase, as possibilidades, as consequências, e, por fim, a desgraça. Um dos objetivos é a demostração do invariável desfecho de uma vida em torno da dro-ga. Harry (Jared Leto) é um adolescente viciado em cocaína, filho de uma mãe obcecada por uma

“dieta forçada”, Sara Goldfarb (Ellen Burstyn), e acompanhado pelo melhor amigo, Tyrone (Mar-lon Wayans) e pela namorada, Marion (Jennifer Connelly) igualmente dependentes. Neste quar-teto, distinto entre si, há um ponto no qual as suas vidas irão sempre coincidir, na dependência narcótica e consequente miséria.

Um dos parâmetros fortes do filme é a conju-gação entre a imagem e a banda sonora do com-positor Clint Mansell. A música desempenha, não um mero adereço de composição, mas um impor-tante elemento da narrativa. Adequa-se perfeita-mente ao ritmo das cenas, à ânsia, à inércia e ao stress. A sequência de imagens, nomeadamente nos momentos mais críticos, é igualmente digna de sublinhar. Uma edição precisa, que destaca um variado e vasto leque de cenas apresentadas como se de fotografias se tratasse; uma sequên-cia de momentos captados e expostos com pou-ca fluência, com mais ênfase no processo, do que na ação. É neste jogo entre som e imagem que se implica e integra a audiência no ambiente vivido e no ritmo da narrativa.

É incrível a maneira como o realizador repre-senta o ‘maravilhoso’ mundo da droga e como, da mesma forma, acaba por ir destruindo essa ‘natureza desleal’, desvendando um mundo de mentira. Tudo se torna insustentável, tudo en-globa a alucinação e tudo vale para saciar esse desespero.

É esta a realidade para a qual Requiem for a Dream nos alerta: um ciclo vicioso que inverte todas as prioridades.

A pontuação no Internet Movie Data Base (IMDB.com) é de 8.5. k

DR

O movimento teve continuidade, continua com iniciativas, com propostas, com atividades

Fot

o l

us

A

Page 8: Akadémicos 56

8

A FeCHAR

Money BasicsEm moneybasics.pt encontra toda a

informação que

necessita para

enfrentar a conjuntura

económica atual.

Desde sugestões

para poupar a uma

aplicação que o

ajuda a controlar

o orçamento, e ter

noção de quanto

dinheiro gasta, e onde

o está a empregar,

são disponibilizados

neste site uma série de recursos úteis

para a melhor gestão das suas finanças.

http://www.moneybasics.pt/

College HumorReconhecido pelo seu conteúdo origi-

nal, este é um site repleto de humor que

conta já com 13 anos de existência.

Entre muitos outros temas que garantem

uma boa gargalhada, podem encontrar-

-se sketches e paródias de músicas

muito conhecidas, como Party Rock Anthem dos LMFAO e Hold It Against Me de Britney Sprears. Pode visitar-se o

site oficial ou o canal de CollegeHumor no Youtube. Não ficará desapontado.

http://www.collegehumor.com/

ONLINe

Andreia Narciso

www.moneybasics.pt

A 6ª Convenção de School Fitness, que decorre no próximo dia 14 de Abril, é um evento “virado para a promoção da cultura, desporto e bem estar”, como explica Nuno Carvalho, professor organizador da convenção.

Com um programa bem preen-chido, esta 6ª Convenção de School Fitness conta com workshops direcio-nados aos profissionais da área do fit-ness, como Ginástica Localizada, Jazz Dance e Ragga, entre outros. Vão de-correr, ainda, ao longo de todo o dia, masterclasses com temas como o Hip Hop e os Ritmos Africanos, contando ainda com um “Treino à Peso Pesa-do” com Rui Barros, o treinador do programa de televisão.

No final do dia, o Colégio Dinis de Melo (CDM), em Amor – espaço onde decorre a convenção de fitness – dá lugar ao “9º torneio de Hip Hop Dance”, com o destaque para a parti-

cipação do grupo de dança da ESECS – DBE Dance Crew“.

Esta atividade começou por ser di-recionada a toda a comunidade edu-cativa do CDM, mas rapidamente se alargou a todo o distrito de Leiria e, atualmente, a nível nacional. É or-ganizada para que todas as pessoas, estudantes ou não, possam “usufruir de uma formação em diversas áreas da atividade física”, refere Nuno Car-valho. O responsável refere ainda que “o School Fitness é uma excelente oportunidade para os futuros profis-sionais de atividades físicas ficarem a conhecer ou aprofundarem os seus conhecimentos nas diferentes áreas que são desenvolvidas nos ginásios de todo o país”.

Para mais informações visite o site www.schoolfitness.org, onde encontra o programa completo, bem como a fi-cha de inscrição para o evento. k

De 20 a 22 de abril, decorre, em Leiria, a XV edição do Real Festival de Tunas Aca-démicas organizado pela tuna mista da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria – Tum’acanénica, fundada em 1995. Este ano o tema é “Raízes Lusitanas”, prestando as-sim um tributo aos primórdios da música tradicional portuguesa.

O evento já faz parte da programa-ção cultural da cidade de Leiria desde 1997/98 e, segundo a organização, atrai cada vez mais expectadores de diver-sas idades, garantindo uma amostra das melhores tunas mistas nacionais prove-nientes de norte a sul do País. O cartaz ainda não está fechado, mas Paulo Mar-ques, membro da organização, já adian-ta alguns nomes confirmados, entre eles Iscalina (Lisboa), Vicentuna (Lisboa) e Enftuna( Portalegre).

O Real FesTA, é divido em três partes, a primeira é a serenata à cidade, que terá lugar no Jardim Luís de Camões, com ini-cio marcado para as 22.30h do dia 20 e contando com a participação de todas as tunas de Leiria e as tunas convida-das para o festival. A segun-da parte é o festival em si, que aconte-ce no Teatro José Lúcio da Silva, pelas 21h do dia 21. Os bilhetes custam cerca de 6€, mas a grande novidade deste ano é a realização de um arraial no dia 22, no estádio da cidade, constituindo a terceira e última parte.

A organização do evento garante estar a trabalhar apaixonadamente para garantir um Real FesTA inesquecível para todos. k

úLTIMASDaniel Sousa

Real FesTA regressa a Leiria

School Fitness está de voltaLeiria é centro de fitness pelo sexto ano consecutivo

Em honra de D. Dinis, O Trovador

I Ciclo de Cinema ChinêsO auditório 1 da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais acolhe o primeiro Ciclo de Cinema Chinês. No âmbito da mostra de cinema, serão exibidos os seguintes filmes: Little Red Flowers (11 de Abril); Together With You (9 de Maio); Not One Less (13 de Junho). O horário será das 17:30 às 19:30. No âm-bito dos Diálogos com a Cultura Chinesa, estão também abertas inscrições para os workshops de Astrologia Chinesa, Gastronomia Chinesa e Iniciação ao Mandarim. Mais informação em: www.esecs.ipleiria.pt.

20ª Edição do PEJENEO Programa de Estágios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas Empresas (PEJENE) destina-se a jovens estudantes a frequentar o penúltimo ou último ano do ensino superior público, privado e coopera-tivo. O objetivo deste programa é a criação de uma relação direta entre a Escola e a Empresa/Organização, através do desenvolvimento de pro-jetos conjuntos de formação em local de trabalho. Os estudantes interessa-dos devem formalizar a sua candida-tura a partir de 30 de abril. Os estágios decorrem de julho a setembro do presente ano. Para mais informações visita: http://www.fjuven-tude.pt/pejene2012/pejene.htm.

Conferência Internacional em EducaçãoVai decorrer a 25 e 26 de maio a Conferência Internacional Investigação, Práticas e Contextos em Educação. Numa organização da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais a conferência tem como objetivos a partilha de experiências e conhecimentos, identificação e discussão de desafios e soluções para os mais diversos problemas e contextos no mundo da educação. A submissão de artigos pode ser feita até dia 15 de abril e a apresentação de relatos e posters até dia 20 de abril. Informação mais detalhada disponível em: http://sites.ipleiria.pt/ipce.

DR

DR

www.collegehumor.com

DR

texto Rebeca Silva

texto Pedro Rodrigues