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N o . 3 Julho / Agosto 2009 Publicação pela construção da Liga Internacional da Luta Árabe Socialista OBAMA: O NOVO ROSTO DO IMPERIALISMO O plano imperialista para o Oriente Médio encontra- se numa das piores fa- ses da sua crise diante do avanço da resistência dos povos árabes.. Mais uma vez, o imperialismo de- monstra que está enfraquecido, somando derrotas atrás de derro- tas à sua crise político-militar; e agora, sofre uma crise cíclica do seu sistema econômicio, que é a expressão histórica da transição do capitalismo mundial. A invasão e ocupação do Ira- que em 2003 é a mais recente manifestação do expansionismo imperialista americano, no seu vasto currículo de agressões, intervenções e ofensivas mili- tares. As condições dramáticas de vida da população iraquiana, a incapacidade de garantir seus salários e a repressão brutal tem aumentado a oposição e a resis- tência iraquiana à ocupação ian- que, que durante cinco anos de carnificina já matou mais de um milhão de civis. No Irã, os protestos de univer- sitários e dos operários em opo- sição ao o regime burguês , junto às ameaças dos EUA de atacar este país caso este não se incline diante do seu plano. são cada vez mais freqüentes, dando protagonismo à esquerda, marginalizada desde as intensas repressões na década de 1980. Nos protestos, vários lídres políticos sindicais são presos presos sob a justificativa de advogar contra o re- gime islâmico, de filiação em gru- pos marxistas ou suporte a grupos de oposição. Na Palestina após o massacre sionista contra o povo palestino em Gaza, o Hamas, partido que tem o controle da faixa de Gaza, aceitou uma negociação com o FATAH mediada pelo governo corrupto do Egito. No entanto, acordos que levem a negociações com as forças de ocupação são in- viaveis, pois só servem para auxi- liar o Estado de Israel a esconder seus crimes contra o povo e a cau- sa palestina. As bases para qualquer unidade nacional são o direito do retorno, o direito à autodeterminação e a criação do Estado Palestino De- mocrático e laico, porêm, esta unidade só será possível com a participa direta dos trabalhadores organizados e dirigidos pelo pro- grama do partido revolucinário. O novo governo israelense en- cabeçado por Natenyaho, após o que se caracterizou como uma das piores ofensivas sobre o povo palestino, desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Para tentar recom- por seu lugar no Oriente Médio após a derrota militar no Líbano em 2006 e em Gaza em 2009, Natenyaho utiliza leguagem de Guerra para corrigir o carater po- lítico-militar do governo sionista. Na Síria, o cenário de acomoda- ção às forças imperialistas não é diferente do contexto da região. O governo Sírio, que até o momen- to negocia os pontos do acordo de paz com Israel, foi incapaz de responder ao novo bloqueio rei- niciado esta vez por Obama e as ameaças de Israel. No Líbano, o Hezbollah, que saiu fortalecido da Guerra de 2006, e procura posições políticas dentro do governo, para respon- der ás provocações das milicias do Hariri, tem interferido nos protestos da classe trabalhadora que se levanta contra o governo de Siniora. O Hezbollah que en- frentou as milícias pró-governo numa Guerra que custou cente- nas de vidas de civis, aceitou ne- gociar com quem era, até então, o seu principal inimigo, Saad Hariri e disputa as eleições parlamenta- res junto á eles. Diante da crise político-militar do imperialismo e seu rebento, o Estado sionista de Israel, os governos corruptos do Oriente Médio não tem uma reposta para defender o seu povo. Por outro lado, não surge uma alternativa revolucionária. Neste processo de luta da classe trabalhadora árabe é necessária a construção de um partido revolucionário capaz de organizar a luta pela federação so- cialista dos países árabes. Entre em contato: [email protected] www.litci-arabe.org Contribuição R$ 2 Manifestação no Irã Nesta Edição EDITORIAL: Obama: O novo rosto do imperialismo • p. 1 GAZA: genocídio não pôde destruir a resistência • p. 2 ISRAEL: As eleições depois do massacre em Gaza confirmam sua natureza racista e genocida • p. 3 PALESTINA: Egito articula uma negociação para retroceder • p. 4 OBAMA: novas formas para manter o domínio • p. 5 MARXISMO: O que é socialismo científico• p. 6 ORGANIZAÇÃO: A coluna vertebral de uma organização é seu jornal• p. 6

Al Bayan 3

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Al Bayan stands for a revolutionary and socialist perspective for the Arab world

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No. 3Julho /

Agosto 2009

Publicação pela construção da Liga Internacional da Luta ÁrabeSocialista

obama: o novo rosto do imperialismoO

plano imperialista para o Oriente Médio encontra-se numa das piores fa-

ses da sua crise diante do avanço da resistência dos povos árabes.. Mais uma vez, o imperialismo de-monstra que está enfraquecido, somando derrotas atrás de derro-tas à sua crise político-militar; e agora, sofre uma crise cíclica do seu sistema econômicio, que é a expressão histórica da transição do capitalismo mundial.

A invasão e ocupação do Ira-que em 2003 é a mais recente manifestação do expansionismo imperialista americano, no seu vasto currículo de agressões, intervenções e ofensivas mili-tares. As condições dramáticas de vida da população iraquiana, a incapacidade de garantir seus salários e a repressão brutal tem aumentado a oposição e a resis-tência iraquiana à ocupação ian-que, que durante cinco anos de carnificina já matou mais de um milhão de civis.

No Irã, os protestos de univer-sitários e dos operários em opo-sição ao o regime burguês , junto às ameaças dos EUA de atacar

este país caso este não se incline diante do seu plano.

são cada vez mais freqüentes, dando protagonismo à esquerda, marginalizada desde as intensas repressões na década de 1980. Nos protestos, vários lídres políticos sindicais são presos presos sob a justificativa de advogar contra o re-gime islâmico, de filiação em gru-pos marxistas ou suporte a grupos de oposição.

Na Palestina após o massacre sionista contra o povo palestino em Gaza, o Hamas, partido que tem o controle da faixa de Gaza, aceitou uma negociação com o FATAH mediada pelo governo corrupto do Egito. No entanto, acordos que levem a negociações com as forças de ocupação são in-viaveis, pois só servem para auxi-liar o Estado de Israel a esconder seus crimes contra o povo e a cau-sa palestina.

As bases para qualquer unidade nacional são o direito do retorno, o direito à autodeterminação e a criação do Estado Palestino De-mocrático e laico, porêm, esta unidade só será possível com a participa direta dos trabalhadores

organizados e dirigidos pelo pro-grama do partido revolucinário.

O novo governo israelense en-cabeçado por Natenyaho, após o que se caracterizou como uma das piores ofensivas sobre o povo palestino, desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Para tentar recom-por seu lugar no Oriente Médio após a derrota militar no Líbano em 2006 e em Gaza em 2009, Natenyaho utiliza leguagem de Guerra para corrigir o carater po-lítico-militar do governo sionista.

Na Síria, o cenário de acomoda-ção às forças imperialistas não é diferente do contexto da região. O governo Sírio, que até o momen-to negocia os pontos do acordo de paz com Israel, foi incapaz de responder ao novo bloqueio rei-niciado esta vez por Obama e as ameaças de Israel.

No Líbano, o Hezbollah, que saiu fortalecido da Guerra de 2006, e procura posições políticas dentro do governo, para respon-der ás provocações das milicias do Hariri, tem interferido nos protestos da classe trabalhadora que se levanta contra o governo de Siniora. O Hezbollah que en-

frentou as milícias pró-governo numa Guerra que custou cente-nas de vidas de civis, aceitou ne-gociar com quem era, até então, o seu principal inimigo, Saad Hariri e disputa as eleições parlamenta-res junto á eles.

Diante da crise político-militar do imperialismo e seu rebento, o Estado sionista de Israel, os

governos corruptos do Oriente Médio não tem uma reposta para defender o seu povo. Por outro lado, não surge uma alternativa revolucionária. Neste processo de luta da classe trabalhadora árabe é necessária a construção de um partido revolucionário capaz de organizar a luta pela federação so-cialista dos países árabes. •

Entre em contato: [email protected]

Contribuição R$ 2

Manifestação no Irã

Nesta EdiçãoEdItoRIAL: Obama: O novo rosto do imperialismo • p. 1

GAzA: genocídio não pôde destruir a resistência • p. 2

ISRAEL: As eleições depois do massacre em Gaza confirmam sua natureza racista e genocida • p. 3

PALESTINA: Egito articula uma negociação para retroceder • p. 4

obAmA: novas formas para manter o domínio • p. 5

mARXISmo: O que é socialismo científico• p. 6

oRGANIzAÇÃo: A coluna vertebral de uma organização é seu jornal• p. 6

No. 3 - Julho / Agosto 20092

Conselho editorial

palestina

gaza: genocídio não pôde destruir a resistência

Por Khalid Almair e Tariq Kader

A

o longo de 22 dias as for-ças armadas sionistas, com sua força aérea,

mísseis de artilharia, utilizando sem escrúpulos armas proibi-das pelas convenções de Gene-bra – como as bombas com fós-foro branco –, arrasaram com a Faixa de Gaza. Assassinaram

Al Baian é o jornal pela construção da Liga Inter-nacional da Luta Árabe. Ele está aberto a todos realmente comprometi-dos com a causa árabe e o socialismo. Nosso ob-jetivo é acompanhar e analisar os acontecimen-tos da luta de classes em nossos países árabes e no mundo dentro de uma perspectiva socialista de combate ao imperialis-mo e seu aliado, o estado sionista de Israel.

Estamos no mesmo campo de batalha de todos os movimentos árabes de resistência ao imperialis-mo e ao sionismo. Nenhum governo árabe, colaboracio-nista ou nacionalista, de-fende até o fim esta luta.

Apoiamos a resistência iraquiana, libanesa, afegã e palestina mas ao mesmo tempo não depositamos a menor confiança nas suas direções, que pelo seu cará-ter pequeno-burguês, estão sempre dispostas a nego-ciar um acordo de acomo-dação com o imperialismo.

Defendemos o direito dos povos árabes às li-berdades democráticas, a autodeterminação dos povos, salário e empregos dignos para os trabalha-dores, e a emancipação da mulher. Defendemos o fim do estado racista de Is-rael e lutamos pela Pales-tina Laica, Democrática e Não Racista rumo a uma Palestina socialista numa federação das repúblicas árabes socialistas.

nosso Jornal al baian

Sadek Amin, Ahmad Naim, Aziz Nasser,

Nadia Khalil, Hassan Al Barazili, Tarik Khader,

Muhssen Daoud, Khalid Al-Mair, Indra K. Habash e

Mhamed Abdel Karim

Conselho editorial

1285 habitantes. Destes, 111 eram mulheres e 280 crianças. Bombardearam ambulâncias, escolas, hospitais, mesquitas, prédios da ONU.

Um verdadeiro genocídio foi aplicado implacavelmente à luz do dia pelo Estado racista, mas sem conseguir acabar com a Re-sistência. A barbárie israelense na faixa de Gaza com todos os bilhões de dólares e todos os sis-temas sofisticados do exército sionista não foram suficientes para derrotar o povo palestino que luta por sua sobrevivência. Apesar de conseguir arrasar o território, o resultado de fato foi uma derrota política para Israel, pois não conseguiu ter-minar com a resistência e seu caráter apareceu como nunca antes para as populações de todo mundo. Foi uma verdadei-ra virada.

Uma violenta onda de repú-dio tomou conta das capitais europeias. A mobilização inter-nacional golpeou fortemente o Estado de Israel. O discurso “Israel é a única democracia de Oriente Médio” caiu por terra de vez. Israel, que já vi-nha perdendo toda sua aura de “democrático”, “posto avançado da civilização”, perdeu de vez o sursis que ainda tinha, utilizan-do a recordação do holocaus-to nazista e do genocídio de 6 milhões de judeus. Já não tem mais a boa vontade que havia conseguido desde sua criação com a extensa utilização do Ho-locausto sofrido pelos judeus para justificar suas atrocidades. Os sionistas terão grande difi-culdade para defender-se pe-rante qualquer plateia depois que o mundo contemplou o horror que produziram. Os mi-lhões que se mobilizaram não voltarão a ser neutros perante o genocídio que foi praticado contra o povo palestino.

Os primeiros protestos

Ainda que a tática israelen-se fosse aproveitar o período de festas de final de ano para arrasar Gaza, os primeiros protestos de massa ocorre-ram já nos primeiros dias. Nos dias 28 e 29 de dezem-bro, Líbano, Egito, Jordânia, Turquia, Síria e Bahrein vi-ram grandes mobilizações, algumas chegando a dezenas de milhares de pessoas.

Nos dias seguintes, as mani-festações surgiam em cidades espanholas, francesas, norte-americanas, latino-america-nas e asiáticas. Em Londres a contagem chegou a 50 mil. Em Nova York, a mídia regis-trou um bloco composto de judeus ortodoxos deplorando a ação israelense.

Na Jordânia e no Egito, a polícia recebeu ordens de seus governos, aliados de Is-rael, para reprimir as mobili-zações. Na Cisjordânia, rela-tos por e-mail chegavam aos ativistas brasileiros detalhan-do os métodos policialescos dos grupos de Abu Mazen, do Fatah, para infiltrar agentes provocadores nas passeatas. Seu objetivo era dar motivos para a intervenção da polícia do Fatah, que foi corrompida e treinada por Israel.

As dificuldades, entretanto, não evitaram as mobilizações. Também a intensa campanha da mídia para responsabilizar o Hamas pela guerra não sur-tiram o efeito esperado, pois os manifestantes levavam cartazes e distribuíam panfle-tos que apontavam o Estado de Israel como o verdadeiro terrorista. Eram comuns nos atos ao redor do mundo todo as bandeiras em que a estrela de Davi era substituída pela suástica nazista, expressando

claramente a real herança po-lítica do Estado de Israel. Do mesmo modo, cartazes e falas comparavam Gaza e o Gueto de Varsóvia, e colocavam os habitantes de Gaza como as vítimas de um novo e mais prolongado holocausto. Com todas essas demonstrações, a mobilização popular ia ga-nhando mais adeptos e levan-do às consciências dos traba-lhadores uma mensagem de solidariedade com os palesti-nos e desmascarando Israel. •

Manifestação na Síria queima a bandeira de Israel

Mulher palestina em manifestação no Líbano

No. 3 - Julho / Agosto 2009 3

as eleições depois do massacre em gaza confirmam sua natureza racista e genocida

Por Tariq Kader e Indra Habash

A eleição de Israel tirou as dúvidas de quem ainda

tinha alguma ilusão sobre a possibilidade de uma reforma interna de Israel e de que al-guma força moderada pudesse salvar as propostas de “paz” e dos dois Estados. Os vence-dores da eleição são uma va-riação de correntes de ultra-direita, algumas abertamente fascistas e racistas. Demons-trou-se existir um acordo geral entre os judeus israelenses, com exceção de alguns pou-cos indivíduos ou grupos. Vá-rios dos grupos ou indivíduos que advogam contra a limpeza étnica são ameaçados de puni-ção ou eliminação, o que faz com que alguns deles tenham preferido viver no auto-exílio, como o professor Ilan Pappé, que recebeu ameaças de mor-te e foi obrigado a renunciar ao cargo de catedrático de ci-ência política na Universidade de Haifa, e deixar o país.

As camisetas usadas pelos soldados sionistas com inscri-ções que advogam abertamen-te matar mulheres grávidas palestinas para, segundo sua inscrição, eliminar dois com um só tiro, são a expressão mais acabada da barbárie na-zista imperante no Estado de Israel.

Netanyahu, herdeiro dos ter-roristas de extrema direita do Irgun e da gangue Stern, for-mou um governo com a parti-cipação de Israel Beitenu (Is-rael nossa casa), abertamente racista e a favor da expulsão dos palestinos e da exclusão da cidadania para os árabes que vivem no território de 1948. O partido Beiteinu de Lieberman se descreve como “um partido nacional com a meta de seguir o corajoso caminho de Zev Ja-botinsky” – nada mais, nada menos que o fundador do re-visionismo sionista e da orga-nização paramilitar israelense Irgun, responsável pelos ata-ques a bomba ao Hotel King David em Jerusalém, em 1946 (sim, Israel foi quem primei-

Obama e Netanyahu

Chekpoint na Cisjordânia Palestino de 13 anos é usado como escudo humano amarrado a um tanque israelense

israel

ro se utilizou de terrorismo na região, hoje aprimorado para o terrorismo de Estado) e do massacre de Deir Yassin em 1948. Benjamin Netanyahu, por sua vez, reiterou que vai continuar a política de expan-são das colônias judaicas nos TPO’S (Territórios Palestinos Ocupados) dos governos de Ariel Sharon e Ehud Olmert. Também já declarou que vai estimular “áreas econômicas palestinas” e nem sequer o si-mulacro de Estado acordado em Oslo e ansiado por Abbas vai ser permitido.

Os partidos israelenses que seriam pretensamente mais democráticos, Meretz e outros, tidos pela imprensa ocidental como de centro ou centro-es-querda, não têm praticamen-te eleitores. Os únicos parti-dos que questionam até certo ponto o status racista têm sua base entre os árabes israelen-ses, cerca de 20% da popula-ção. Nesta eleição, esses parti-dos chegaram a ter seu direito de concorrer suspenso e de última hora puderam concor-rer, devido a uma sentença da Corte Suprema. Essa situação

questão de reafirmar o “leal compromisso” dos EUA com a segurança de Israel. E conti-nua a sustentar a todo custo o regime nazi de apartheid, que possui centenas de ogivas nu-cleares e tem um dos exércitos mais fortes do mundo, com a desculpa que a segurança de sua população civil está ame-açada pelos foguetes caseiros de Gaza.

Mas não teve uma palavra sequer para o direito à vida dos palestinos, nem mesmo das mulheres e crianças mas-sacradas em Gaza – afinal, até as armas usadas por Israel fo-ram fornecidas pelo governo de Bush e continuam a ser pelo novo governo. Obama inclusive declarou que vai tra-balhar com qualquer governo que o povo de Israel escolha, ou seja, mesmo com esses na-zistas declarados, mas se recu-sa a conversar com o governo eleito pelos palestinos, enca-beçado pelo Hamas, pois “não reconhece Israel”.

Em maio, a visita de Ne-tanyahu colocou nos jornais a discussão entre Obama e Netanyahu. Mas é bom não se deixar enganar: tratava-se de discussões táticas. Obama queria convencer Netanyahu de que, frente à resistência palestina e ao isolamento crescente de Israel, seria me-lhor adotar a prática tradicio-nal de trabalhistas e Kadima, ou seja, falar em “processo de paz”, em Estado palestino, enquanto continuam o roubo de terras palestinas e a lim-peza étnica. E apesar de não tê-lo convencido até agora a disfarçar sua prática genoci-da com a cortina de fumaça dos “dois Estados”como fa-ziam os trabalhistas e o Ka-dima, Obama mantém todo o apoio militar e econômico, que é vital para a manuten-ção de Israel e para que ele possa continuar sua prática genocida. •

Sua derrota patética e a perda até mesmo do 3º lugar para Is-rael Beitenu demonstram que, para o eleitorado israelense, se é necessário defender o caráter racista do Estado, melhor esco-lher quem não mede as pala-vras e diz abertamente que é necessário ir ainda mais fundo na limpeza étnica.

Obama continua a sustentar e armar Israel, mas quer man-ter a política enganosa dos dois Estados e mostrar uma cara mais negociadora

Esses mesmos hipócritas encabeçados por Barak, de-pois de algumas barganhas, se dispuseram a colaborar com os fascistas do Likud. Por trás dessa disposição de Netanyahu e a colaboração pronta dos trabalhistas, está a pressão do governo Obama, ansioso em apresentar uma cara mais dócil para os as-sassinos sionistas. Afinal, em sua recente visita, a secretária de Estado Hillary Clinton fez

levou a que aproximadamen-te metade dos eleitores árabes não comparecesse às urnas.

Quem governa IsraelPara resumir, o eleitorado

israelense escolheu um Knes-set (parlamento israelense) novo cujos membros em sua ampla maioria são fascistas autênticos, como o Likud de Netanyahu, e muitos deles, como Israel Beitenu, exigem abertamente a limpeza étnica dos não-judeus. Outros ape-lam para o genocídio contra a comunidade palestina.

A seguinte síntese das idéias dos partidos ganhadores pode esclarecer o perfil do novo Knesset:

•Os palestinos devem ser mantidos sob a mais cruel repressão. •Caso sigam insistindo em resistir à ocupação, devem ser expulsos. •O “direito a defender-se” de Israel autoriza-o a violar o di-reito à vida das centenas de milhares de palestinos aos quais massacra e a praticar o terrorismo de Estado.Segundo a versão enganosa

da mídia, essa direitização se-ria compensada pela entrada dos trabalhistas no governo. Os trabalhistas, ainda apresen-tados pela mídia internacional como de centro-esquerda, são os mesmos que comandaram o massacre de Gaza através de seu ministro Ehud Barak. O tra-balhismo serviu para tentar dis-farçar a natureza do Estado de Israel, que ele dirigiu por mais de 40 anos; agora, aos 61 anos da criação desse Estado, o sio-nismo “de esquerda” já não tem mais espaço para postular-se aos olhos do mundo como alter-nativa diferenciada e ‘pacifista’.

No. 3 - Julho / Agosto 20094

egito articula uma negociação para retroceder

Por Tariq Kader

O Hamas tem sido perse-guido pelo imperialismo

a serviço do Estado de Israel e sua política genocida não por ser “terrorista” como eles dizem. Nem por ser uma direção funda-mentalista religiosa. O problema reside em que, ao manter em seu programa o chamado à des-truição de Israel e sua denúncia dos Acordos de Oslo, somado ao seu papel na segunda Intifada, tem colocado um obstáculo à traição do Fatah.

Isso é central para que se en-tenda os motivos porque Isra-el e EEUU se negaram a qual-quer concessão, não aceitaram sua vitória eleitoral e trataram de isolá-los, enquanto apoiam com tudo o Fatah e estimulam Abbas e sua gente a persegui-los e a tentar golpes como o fracassado de 2007.

Não deve haver dúvida em nenhum revolucionário de que, em Gaza ou em qual-quer combate da Palestina contra Israel e o imperialis-mo, se deve estar no campo militar de Hamas, ainda que sem lhe dar apoio político. Mas ao mesmo tempo em que defendemos este cam-po e rechaçamos a tentativa de isolar e esmagar Gaza e Hamas através dos governos imperialistas, sejam de direi-ta ou de “esquerda”, da União Europeia, temos que dizer que está em marcha uma política tão perigosa quanto a outra, a de impor pela via da negociação o que não foi possível pela via das armas. Afinal, apesar do terrível nú-mero de mortes e vítimas do ataque genocida, Israel não pôde desarmar a resistência nem mesmo pôde obrigar Hamas a devolver o soldado Galit, cativo há 3 anos.

Por isso, está em curso uma negociação encabeçada pelo

Egito, que é um governo ca-pacho do imperialismo. Esta negociação, que conta com o apoio do governo Obama, se concentra em exigir do Ha-mas que aceite entregar ou “compartilhar” com a ANP colaboracionista de Abbas o controle das fronteiras em troca de uma trégua. Parte dessa política é uma pseudo recomposição de um gover-no de unidade nacional, a ser compartilhado por todas as forças políticas. O cinismo de Abbas o levou a propor divi-dir o controle em Gaza, sem mexer uma vírgula na Cisjor-dânia, que continuaria total-mente controlada pelos esbir-ros de Abbas.

É preocupante que, embora não tenha aceito tal absurdo, a direção de Hamas tenha de-clarado aceitar a manutenção do Fatah no controle da ANP em um possível “governo de unidade nacional”.

A unidade de que os pales-tinos necessitam é a unidade da resistência, de todos os lu-tadores, independente de sua origem e filiação política, não a unidade entre defensores da causa e os traidores que entre-garam até os mapas dos locais dos túneis em Gaza para facili-tar o trabalho dos sionistas as-sassinos. Do que os palestinos necessitam é um chamado a uma política de unir os traba-lhadores e o povo de Gaza com as massas da Cisjordânia com essa perspectiva da resistência e a desconhecer a ANP colabo-racionista. As negociações para o acordo entre Hamas e Fatah vão na contramão dessa neces-sidade e permitem aos colabo-racionistas uma recuperação, a qual vão usar novamente contra a resistência e o próprio Hamas assim que possam.

A esquerda palestinaOs partidos comunistas da

região sempre estiveram com-prometidos pelo apoio da ex-URSS à partilha da Palestina, à criação de Israel e à tese dos dois Estados. Mas também as outras organizações que se rei-vindicam marxistas vieram so-frendo uma transformação e mudando sua estratégia desde a libertação nacional de toda Palestina para “os dois Estados”. Esta constatação vale com di-ferentes ritmos para a Frente Democrática para a Libertação da Palestina e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). A FDLP foi pioneira em propor “etapas” na luta de liber-tação. Isto preparou o caminho para concessões estratégicas que eles consideravam “etapas necessárias” na luta.

A FPLP, cuja postura rei-vindicava o fim do Estado de Israel e que em um período anterior da luta estava na primeira linha da resistência, um tempo depois também passou a aceitar na prática partir das teses das “etapas” e os “dois Estados” em sua li-nha política oficial.

As organizações que tradi-cionalmente representaram a esquerda entre os palestinos tiveram uma posição equi-vocada desde a formação da ANP após os Acordos de Oslo. Essa política fazia com que as organizações de esquerda se comportassem como uma es-pécie de oposição de sua ma-jestade nos marcos do proces-so de Oslo e de conformação da ANP, aceitando a autorida-de do Fatah. Por isso foram perdendo apoio na base da população palestina, e esse espaço acabou ocupado em grande parte pelas correntes islâmicas, como Hamas ou Jihad. Os islamistas, que in-sistiam na libertação de toda Palestina e na negativa a re-conhecer a legitimidade da entidade sionista, e que man-

Hamas não pode cair no canto da negociação que visa a rendição

palestina

Abbas e Obama

Abbas demonstrou seus métodos autoritários ao fechar o escritório da Al Jazeera na Cisjordânia por veicular entrevista em que Faruk Kadumi (foto) denuncia participação de Abbas na morte de Arafat

tiveram a luta de resistência armada, foram ganhando for-ça frente a eles.

Esse papel da esquerda tra-dicional ficou ainda mais ne-fasto quando Abbas, já con-vertido em agente direto do imperialismo e do sionismo, tentou dar um golpe após a eleição que deu a vitória ao Hamas um ano antes. Esse golpe foi orquestrado em as-sociação com Israel e com a supervisão da CIA, mas fra-cassou e as forças do Fatah foram expulsas de Gaza. No entanto, a esquerda palestina passou a chamar à unidade, como se se tratasse de uma briga entre forças da resis-tência, como se fossem todos igualmente responsáveis, Fa-tah e Hamas.

Ainda hoje, em vez de sau-dar a ação que levou a expul-sar os agentes de Gaza, essas organizações mantêm uma posição de considerar ambos os lados “divisionistas” e cha-mar à unidade com elas. O principal dirigente da Frente Democrática de Llibertação da Palestina, Nayef Hawat-meh, em entrevista recente ao jornal Gara, do país bas-co, declarou: ”o diálogo que se levou a efeito no Egito é consequência do golpe mi-litar do movimento Hamas, que provocou a separação de Gaza e Cisjordânia. Portanto, a luta é para recuperar a uni-dade do povo, da resistência e do território palestino. Nós estamos participando ativa-mente no diálogo, e nesta última reunião se chegou a um estancamento, em 2 de abril, pela intransigência de ambos, mas sobretudo do Hamas, que não quer retro-ceder de seu controle sobre a Faixa de Gaza”.

Ou seja, forças que se di-zem de esquerda continuam a falar em uma unidade de to-das as correntes para um “go-verno de unidade nacional”, aí incluídos os agentes do im-perialismo e do sionismo. Se-ria como propor a unidade na

França, quando da II Guerra Mundial, entre as Forças Li-vres da França e o governo de Philippe Pétain (1940-1944) conhecido como regime de Vichy (cidade a sudeste de Paris), que ficou encarrega-do de governar dois quintos da França, cooperando e legi-timando a ocupação nazista. Este governo mantinha a or-dem, protegia fronteiras, re-primia manifestantes e entre-gava militantes da resistência para a Gestapo. Seria também como sustentar uma aliança na década de 70, entre a Fren-te de Libertação Nacional vie-tcongue, com o governo títere do Vietnã do Sul sustentado pelo imperialismo com sede em Saigon. Estaríamos, en-tão, exigindo das forças de re-sistência do Vietnã que divi-dissem o controle de alguma zona libertada com o governo colaboracionista de Saigon.

O que é o governo Abbas senão a direção dos agentes apoiados e pagos pelo impe-rialismo para controlar e re-primir a resistência a serviço do projeto dos ocupantes? Para não deixar margem a dúvidas, Abbas acabou de no-mear um governo encabeça-do novamente pelo funcioná-rio do Banco Mundial Salam Fayad, homem de confiança do imperialismo e odiado pelas massas na Cisjordânia e Gaza, e só aceita o acordo pela unidade se conseguir impor uma força de seguran-ça de 15.000 homens para atuar em Gaza.

Por tudo isso, buscar a uni-dade com o traidor Abbas e exigir de Hamas que aceite as exigências do ditador egíp-cio Mubarak e dos EUA de recompor as forças de segu-rança unificadas sob a autori-dade do “novo governo unifi-cado” com o Fatah à cabeça, é uma política que em vez de unir forças para resistir, como dizem seus defensores, desarma a resistência e faci-lita a tarefa dos traidores da causa palestina! •

No. 3 - Julho / Agosto 2009 5

Por Mhamed Abdel Karim

Q uando há poucos meses acontecia a vitória eleito-

ral de Barack Obama, nas elei-ções presidenciais dos Estados Unidos, em quase todo o plane-ta houve demonstrações de ale-gria. As pessoas queriam esque-cer Bush, que em seu governo havia tentado derrotar, pela via militar, a qualquer país que não se submetesse. O imperialismo quer ter o controle dos recursos energéticos, que são fundamen-tais para dominar o planeta, e por ele Bush invadiu o Afega-nistão e o Iraque e ameaçava de guerra Irã e Síria.

Na política interna Bush tam-pouco melhorou a vida dos nor-te-americanos; além dos cor-tes sociais e medidas cada vez mais autoritárias, foi incapaz de impedir o estouro da crise eco-nômica, que agora afeta todo o planeta.

Ademais, com a chegada de Obama se produziu o fei-to histórico da eleição de um presidente negro, filho de um imigrante nigeriano muçulma-no, ainda que ele mesmo não professe essa religião. Seus dis-cursos colocavam uma nova relação com o resto do mundo, uma aproximação com o mun-do árabe... mas também conti-nuou defendendo o Estado de Israel e apesar de assegurar que retiraria as tropas norte-americanas do Iraque, afirmou que redobraria a ofensiva no Afeganistão, e que esperava a amizade de todos mas que os inimigos, combatê-los-ia.

Obama se elegeu presidente com o apoio durante a campa-nha de importantes setores da burguesia norte-americana. Também recebeu o apoio dos setores que se dizem de es-querda, inclusive alguns que se proclamam socialistas e re-volucionários. Os presidentes de “esquerda” como Lula do Brasil e Zapatero da Espanha lhe fazem cortesias e se ofere-cem para colaborar com ele. Esses governantes empregam seu prestígio, um por ter sido operário metalúrgico e outro por ter tirado as tropas espa-nholas do Iraque, para conter as mobilizações dos trabalha-dores e ir garantindo os lucros dos empresários. Lembremos que o governo brasileiro tem o maior contingente de tropas na ocupação do Haiti e o es-panhol tem tropas no Sul do Líbano, que com a chancela da ONU fazem o serviço dos EUA; os dois governos fazem o trabalho que não podem fazer diretamente as tropas norte-americanas. Fidel Castro, por sua vez, saudou a eleição de Obama e lhe desejou sorte; Chávez, o presidente vene-zuelano que tantos discursos contra Bush fez, espera ser seu amigo.

imperialismo norte-americano

obama: novas formas para manter o domíni0

não tem feito. Se Obama conse-guir domesticar esses dois focos de conflito, isto significará que Israel continuará tendo a exclu-sividade do armamento nuclear da região, o que constitui uma ameaça permanente para os povos árabes. O novo governo norte-americano já anunciou o passo seguinte, caso não consi-ga seus objetivos com o Irã: as sanções econômicas. Não nos esqueçamos das milhares de ví-timas que esse tipo de medida provocou no Iraque de Saddam Hussein.

Diferenças com Netanyahu, mas um mesmo objetivo

O massacre de Gaza perpe-trado nos meses de dezembro e janeiro pelas tropas sionistas pretendia acabar com o Hamas e colocar ali um governo con-trolado por Israel. A polícia da ANP dirigida pelo Fatah se en-contrava na fronteira egípcia, esperando sua entrada na Faixa de Gaza junto com o exército is-raelense. Este plano fracassou por ação da resistência palesti-na, e além disso teve como re-sultado que as massas de todo o mundo viram Israel como o carniceiro que é. Tal derrota de Israel se somou à derrota que sofreu explicitamente contra o Líbano, que a resistência dirigi-da pelo Hizbollah ainda come-mora. O governo Bush havia apoiado a invasão da Faixa de Gaza com a ideia de que Israel, seu posto avançado no Orien-te Médio, recuperaria a perda que teve no Líbano. Esse novo desastre levou a uma mudança de política na nova administra-ção estadunidense.

Os sionistas não se tranqui-lizam até que consigam uma derrota completa dos palesti-nos, e por isso elegeram a di-reita e a ultradireita, represen-tadas agora por Netanyahu e seu novo governo. Este gover-no não quer realizar nenhuma concessão aos palestinos, nem os dois Estados nem barrar a construção dos assentamentos na Cisjordânia, e por isso ago-ra tem rusgas com a proposta de Obama. Sob grande pressão internacional para retomar as formulações do Mapa do Ca-minho, Netanyahu aceitou falar em dois Estados, mas re-baixou este Estado palestino a

Tropas americanas continuam no Afeganistão

Obama, o chefe do imperialismo

Agora que o governo de Oba-ma já tem alguns meses po-demos começar a ver o que se pode esperar realmente do novo presidente.

Em primeiro lugar, há que se ter em conta, ainda que pareça óbvio, que Obama é o presiden-te dos EUA, isto é, é o chefe do imperialismo, governa para que os poderosos dos EUA e suas multinacionais possam conti-nuar explorando os trabalhado-res e saqueando todo o planeta. Ele não chegou ao poder para acabar com o sistema, mas sim para manter, sob outras formas, o domínio do imperialismo, do capitalismo.

Isto se pode notar já pela res-posta que está dando à crise econômica. Obama apoiou as remessas milionárias que Bush preparou para salvar o sistema financeiro e garantir os lucros dos bancos. Em seguida, exigiu das empresas automobilísticas planos de reestruturação, que in-cluem fechamentos de fábricas, de concessionárias, demissão de milhares de trabalhadores e corte de direitos trabalhistas dos trabalhadores que sobrarem.

Em Cuba, localiza-se a base militar estadunidense de Guan-tánamo, transformada em prisão extrajudicial. O tão anunciado fechamento da prisão ilegal de Guantánamo, onde 240 presos estão detidos sem julgamento desde a invasão do Afeganistão, foi deixado para o ano que vem, enquanto se declara a instaura-ção de tribunais militares para apenas alguns dos presos, pois os outros continuarão com o mesmo status jurídico atual.

O que observamos é que, ao se produzir a derrota do plano de George Bush, Obama busca mudar o ódio que se acumulou contra os EUA e o imperialismo, tentando fazer algumas conces-sões democráticas e sobretudo convencer as direções dos paí-ses e de algumas organizações com os quais tem conflitos a

aceitar seus planos através de negociações.

Conflitos no Oriente MédioCom a derrota que as tropas

dos EUA estão sofrendo no Ira-que, Barack Obama apostou no anúncio de que retiraria as tro-pas e de que esperava uma nova relação com os países árabes. Não obstante, a retirada não vai ser completa e se fia na capa-cidade de manter a ordem das tropas do governo imposto pelos EUA naquele país. Para isso, o exército estadunidense vai con-tinuar armando e treinando o que podemos definir como tro-pas coloniais, como foram as do exército cipaio na Índia do Im-pério Britânico.

Ademais, as tropas que Oba-ma retira do Iraque ele as leva para o Afeganistão, onde a resis-tência está se fortalecendo e in-fligindo uma multidão de baixas ao exército ocupante. O contro-le do Afeganistão se lhe escapa das mãos e com isso se debilita o seu aliado da região, o governo do Paquistão.

Perante esses problemas, a po-lítica do imperialismo para o Irã foi mudando: não descartam a opção militar, mas tentam nego-ciar com o regime iraniano. Com as derrotas que o imperialismoe stá sofrendo na região, o regime iraniano se viu fortalecido, e por isso agora os EUA se veem na necessidade de neutralizar essa força crescente na região, para conseguir frear os conflitos que ali tem. Daí que tenha oferecido negociar o programa nuclear ira-niano, propondo permissão para desenvolver a energia de uso ci-vil e controlada pelos EUA, em troca de auxiliar a derrota da re-sistência no Iraque. Além disso, por esse mesmo caminho busca domesticar o Hizbollah, cuja ex-pressão numérica eleitoral, con-firmada no último pleito, já é majoritária no Líbano e poderia servir de base para reivindicar mudanças na composição con-fessional do Parlamento libanês, o que no entanto o Hizbollah

um nível indefensável mesmo pelos seus agentes da ANP.

Mas ter rusgas não significa que deixaram de ter o mesmo objetivo, que é manter o Esta-do de Israel e legalizar o roubo que o sionismo, com o apoio da ONU, realizou contra o povo palestino. E isto é algo que já defendeu o novo presidente dos EUA, tanto em sua campa-nha eleitoral e logo após nas nomeações (Rahm Emanuel, chefe da bancada democrata, é um sionista declarado, filho de um terrorista do Irgun), quanto em sua reunião de maio com Netanyahu, em que apesar das diferenças declarou-o seu eter-no aliado. De fato, nem sequer colocou deixar de apoiar eco-nomicamente os novos assen-tamentos sionistas.

A aproximação ao mundo árabe

No seu discurso no Cairo, acompanhado e louvado pela maioria dos governos árabes, Obama justificou a ocupação do Afeganistão e a existên-cia de Israel (lembrou o Ho-locausto judeu e esqueceu as matanças de palestinos). Enquanto falava de seu de-sejo de se aproximar do povo muçulmano, pediu sua co-laboração contra os violen-tos extremistas. Para Obama não existe resistência contra a ocupação, todos são terro-ristas que assassinam ino-centes. Para o presidente dos EUA, Iraque está melhor ago-ra (como um país destruído e ocupado militarmente pelos EUA) do que com Saddam Hussein. Nisto, portanto, não se diferencia de seu anteces-sor na Casa Branca.

Obama representa os seto-res do imperialismo que sa-bem que a política belicista de Bush e de Israel pode levá-los a derrotas cada vez mais impor-tantes. Isso explica sua políti-ca de “aproximação do mundo árabe”. Obama quer aplicar a política de Bill Clinton, conse-guir que Israel possa cumprir seu papel de policial do impe-rialismo ao fazer os palestinos e os países árabes reconhece-rem o Estado sionista, em tro-ca de um falso Estado pales-tino, dependente de Israel. O que seu discurso busca é que as massas árabes deixem de ver o Estado norte-americano como seu inimigo, que os go-vernos árabes se comprome-tam mais a fundo na estraté-gia imperialista e que possam fazer o trabalho que as tropas estado-unidenses não pude-ram acabar.

Em resumo, o povo árabe, bem como os outros povos do planeta, teremos um inimigo mais pérfido em Obama, mais difícil de combater. Os gover-nos dos países árabes estão prontos para escutar seu can-to de sereia.Os trabalhadores e os povos oprimidos teremos que estar atentos para que as direções que até agora vinham combatendo Israel e o impe-rialismo não concedam agora o que as massas ganharam nos últimos anos de luta.•

No. 3 - Julho / Agosto 20096

Por Sadek Amin

N a sociedade capitalista em que vivemos, exis-

tem duas classes sociais FUN-DAMENTAIS que lutam entre si quanto às relações de pro-dução: a burguesia e o prole-tariado. A burguesia é uma classe social formada pelos proprietários dos meios de produção (terras, máquinas, ferramentas, matéria-prima, edifícios, meios de transporte etc.), e o proletariado é uma classe formada por aqueles que possuem apenas sua força de trabalho (a capacidade dos trabalhadores, usada em troca de um salário pequeno, para produzir riqueza material). A burguesia despojou o proleta-riado dos meios de produção por um longo processo histó-rico, que envolveu guerras e opressão.

Assim chegamos a enten-der que a minoria burguesa, por possuir os meios de pro-dução, explora a maioria pro-letária, obrigada nestas condi-ções – capitalistas - a vender sua força de trabalho em tro-ca de um salário. Este salário, pago pelo capitalista em troca do trabalho executado pelo proletário, é muito menor do que o valor final que ele, tra-balhador, produziu.

A diferença de valor entre o salário pago ao proletário e o valor final que ele pro-duziu como produto do seu trabalho, que fica na mão do explorador, é a chamada mais-valia, que constitui o lucro e é a base para o acú-mulo crescente de capital na mão do capitalista. Des-ta forma, os interesses das duas classes são opostos: o proletariado quer se liber-tar deste círculo vicioso de exploração, e a burguesia quer explorar cada vez mais o proletariado para ter mais mais-valia e concentrar em suas mãos cada vez mais ri-queza, luxo e controle polí-tico-social. Deste antagonis-mo surge a luta de classes que é uma constante do re-

gime capitalista, e é a única ameaça séria ao domínio da propriedade burguesa.

A classe proletária, para re-verter esta situação, tem como única saída atacar a burguesia no seu eixo essencial. A tare-fa fundamental é expropriar a burguesia de sua propriedade dos meios de produção e as-sim obter o controle do pro-duto social do trabalho, antes usurpado pela burguesia. Para cumprir esta tarefa histórica, a classe proletária organiza-se em sindicatos e partidos polí-ticos revolucionários, inician-do a luta pela destruição do modo capitalista de produ-ção. Seu triunfo será a subs-tituição do capitalismo pelo socialismo, como um novo modelo social em que a pro-priedade privada dos meios de produção seria substituída pela propriedade social, cole-tiva, dos meios de produção e de distribuição da riqueza.

Na concepção marxista, ela-borada a partir de análises científicas da formação histó-rica do capitalismo e de seus mecanismos econômicos, o socialismo é um sistema só-cio-político que só pode ser caracterizado pelo fim efetivo do capitalismo, com a apro-priação dos meios de produ-ção pela coletividade. Assim abolida a propriedade privada destes meios, todos se torna-riam trabalhadores, tomando parte na produção e na distri-buição, e as desigualdades so-ciais tenderiam a desaparecer drasticamente.

O socialismo é portanto uma etapa do processo revolucio-nário, que começa acabando com as estruturas capitalistas e construindo um Estado con-trolado pelo proletariado para organizar o funcionamento da sociedade e a repressão dos antigos dominadores, mas que só acaba com sua pró-xima fase: o comunismo, na qual o Estado passaria a ser desnecessário e seria extinto em que todos os vestígios da divisão em classes desapare-cerão gradualmente. •

Por Khalid Al Mair

O Al-Baian vem reali-zando um esforço de

análise e estudo da con-juntura política dos países do mundo árabe ou in-fluenciados por ele. Com isso, ele não busca uma compreensão abstrata que não leve a resultados prá-ticos, mas sim um escla-recimento político para apresentar alternativas de ação.

Mas como um simples jornal pode chegar a mu-dar a conjuntura política? Isso só pode ser feito se o Al-Baian servir como impulsionador de grupos políticos organizados e atuantes dentro de sindi-catos, associações e movi-mentos clandestinos.

A primeira etapa é a impressão e distribuição do Al-Baian. Em seguida, é preciso discutir com os leitores as matérias, ouvir as críticas e os acordos. A terceira etapa é organizar um grupo para realizar essa discussão de forma mais constante, com reu-niões semanais.

Nessas reuniões, é vital chegar a uma apreciação comum dos eventos políti-cos e das propostas. Essas propostas são o começo de um programa, que reúne as avaliações comuns so-bre as forças de cada lado

na luta de classes de cada país e como os socialistas podem desenvolvê-la para levar os trabalhadores à tomada do poder.

A discussão de um pro-grama deve começar pe-los princípios comuns. Os três princípios essen-ciais da tradição marxis-ta são: o classismo (os trabalhadores devem ser independentes da bur-guesia e só podem con-fiar em suas próprias for-ças), a revolução (não há possibilidade de avanços definitivos para os traba-lhadores sem uma ruptu-ra com o Estado burguês e poder econômico capi-talista), e o internaciona-lismo (a revolução deve derrubar o capitalismo em todos os lugares e construir uma integração verdadeiramente mun-dial da humanidade). Em seguida, há que discutir uma interpretação mar-xista e saídas revolucio-nárias para os proble-mas concretos, como por exemplo a luta por me-lhores salários e condi-ções de trabalho, a resis-tência contra o sionismo e a guerra contra o impe-rialismo, a libertação das nações oprimidas.

Uma tarefa tão grande pode parecer impossível de fazer a partir de um simples jornal, mas um grupo organizado em tor-

no dessas reivindicações e atuando com unidade consegue uma audiência cada vez mais disposta a ouvir as propostas revo-lucionárias. Esse grupo leva suas propostas para os ativistas, através do jornal e de panfletos e conversas, e os mobiliza para essas causas. Quan-to maior a mobilização e mais ampla a participação das massas, mais rápida a experiência de cada luta-dor com a burguesia, seu Estado e o beco sem saída em que eles botaram os povos do mundo. Quan-do os trabalhadores assu-mem as bandeiras que os revolucionários propõem, e exijem das lideranças não-revolucionárias que façam o mesmo, cada vi-tória que eles obtêm é um cerco a esses dirigentes, um incômodo que acaba levando-os a se desmas-cararem e exporem seu verdadeiro programa de colaboração com o impe-rialismo e a burguesia.

Então é o momento dos revolucionários, que vi-nham mostrando as dife-renças entre seu progra-ma revolucionário e os outros programas políti-cos limitados, se ofere-cerem como alternativa clara para a direção do movimento, e encaminha-rem a mobilização para a tomada do poder. •

marxismo

o que é socialismoorganização

a coluna vertebral de uma organização é seu jornal

المنظمة

العمود الفقري أليةمنظمة هي الصحيفة

No final dos anos 70 no Brasil, a difusão dos jornais operários acompanhou a expansão das greves.

أوباما: الوجه الجديد لالمبريالية

من اجل بناء الرابطة العالمية للنضال العربي

صادق أمين

للشرق الجديد االمبريالي المخطط أسوأ من بواحدة اليوم يصطدم االوسط التي وهي بها, يمر التي األزمة مراحل البطلة.. العربية الشعوب مقاومة أنتجتها االمبريالية أن يتبين أخرى، فمرة تلوة واحدة جراءالهزائم تضعف، باتت السياسية ألزمتها تضاف والتي األخرى من اليوم اإلمبريالية وتعاني والعسكرية؛ ليست وهي الدورية، اإلقتصادية األزمة إال تعبير عن التحول التاريخي للرأسمالية

العالمية. عام في العراق واحتالل غزو فإن مظاهر مشاهد آخر من هو 2003االمبريالية األمريكية التوسعية, مضافاالى والتدخالت الواسع تاريخهاالعدواني الحياة فظروف مكان. كل في العسكرية وعدم والفقر العراقي، للشعب المروعة والقمع المعاشات تأمين على القدرة المعارضة عزم من زادت الوحشي, األجنبي اإلحتالل ضد المقاومة وتوسع للعراق. والذي أدى خالل مدة ستة سنوات اكثر وقتل الدماء إراقة إلى اإلحتالل من

من مليون مدني عراقي. من الكثير نشهد إيران، في والعمال بهاالطلبة يقوم التي اإلحتجاجات من البرجوازية نظام ضد المعارضة في للهجوم االميركية التهديدات وضد، جهة أمام اإلنحناء عدم حال في البلد هذا على

جهة من وتهديداته األمريكي المشروع تتضاعف باتت اإلحتجاجات هذة اخرى. المهمش, اليسار دور وتبرز بإستمرار في المكثف القمع من أصابه ما جراء اإلحتجاجات خالل الثمانينات. عقدة واإلضرابات عدة زعماء سياسيين ونقابيين يدعون أنهم بحجة وسجنهم, إعتقالهم تم و للمعارضة ماركسية منظمات ضمن

للعمل ضد النظام االسالمي. الصهيونية المجزرة بعد فلسطين في غزة، في الفلسطيني الشعب ضد البشعة فإن حركة حماس التي تسيطر على قطاع وبوساطة التفاوض على وافقت قد غزة، الفاسدة فتح حكومة مع مصر من

والخائنة. إلى أدت التي اإلتفاقات أن غير ليست هي االحتالل, قوات مع التفاوض قادرة على اإلستمرارية، ألنها ال تؤدي إال إلى مساعدة دولة اسرائيل إلخفاء جرائمها

ضد الشعب والقضية الفلسطينية. فأي تفاوض من أجل الوحدة الوطنية أساس, على يقوم أن يجب الفلسطينية وإقامة المصير تقرير وحق العودة، حق العلمانية, الديمقراطية الفلسطينية الدولة إال تحقق أن يمكن ال هذةالوحدة ولكن تحت المنظمين للعمال مباشرة بمشاركة

راية برنامج الحزب الثوري. برئاسة الجديدة االسرائيلية الحكومة التي الحرب بعد أتت التي نتنياهو, الهجمات أشرس من واحدة بأنها وصفت

األيام حرب منذ الفلسطيني الشعب على هي الحكومة هذة .1967 عام في الستة في مرحلة تخبط لمحاولة إستعادة مكانتها الهزيمة بعد سيما األوسط الشرق في وفي 2006 عام في لبنان في العسكرية نتنياهو ،2009. عام في غزة قطاع كمحاولة القاسية الحرب لغة يستخدم والعسكري السياسي الطابع لتصحيح

المهزومة. الصهيونية للحكومة من المرحلة هذه فإن سوريا، في التسويات مع القوى اإلمبريالية ال تختلف الحكومة بالمنطقة. يجري ما سياق عن حتى زالت وما كانت التي السورية، اليوم في تفاوض مستمر حول بعض نقاط إسرائيل, مع السالم الى للتوصل اإلتفاق هذة الحكومة هي غير قادرة على الرد ضد تجديدالحصار والعقوبات اإلقتصادية الذي عاجزة وههي أوباما, المرة هذه فرضها

أيضا للتصدي للتهديدات االسرائيلية. خرج الذي هللا، حزب لبنان، في معززا من حرب 2006، راح يبحث عن على للرد الحكومة، داخل سياسي موقع استفزازات ميليشيا الحريري، كما وتدخل قامت التي العاملة الطبقة إحتجاجات في تسييرها بهدف السنيورة حكومة ضد المليشيات واجه الذي هللا حزب لصالحه. الموالية للحكومة في الحرب التي اسقطت وافق قد المدنيين, من المئات بحياة ذلك حتى كان، الذي مع التفاوض على الحين، عدوه الرئيسي، أي سعد الحريري

االنتخابات حرب مسرح الى ،والدخول البرلمانية للنزاع معها.

والعسكرية السياسية لألزمة ونظرا الدولة من وبراعمها، لالمبريالية الفاسدة والحكومات الصهيونيةاإلسرائيلية، في الشرق األوسط التي ليس بحوزتها ردودا للدفاع عن الشعوب أو باالصل هي ال تريد

األخرى الناحية ومن الشعوب. عن الدفاع يفتقد عالمنا العربي للبديل الثوري.

النضالية الصيرورة هذة إطار ففي من لهو العربية, العاملة للطبقة التاريخية الضروري بناء الحزب الثوري القادر على بناءاالتحاد أجل من النضال وقيادة تنظيم

االشتراكي للبلدان العربية. •

عدد 03البيان اإلشتراكي يوليو / أغسطس 2009

كلمة التحرير: أوباما: الوجه الجديد لالمبريالية - صفحة ۱غزة:اإلبادة الجماعية لم تتمكن من القضاء على

المقاومة الفلسطينية - صفحة ۲ إسرائيل: اإلنتخابات بعد مذبحة قطاع غزة تؤكد طبيعتها - صفحة ۳

فلسطين: مصر تحضر التفاوض للتنازل - صفحة ٤ أوباما: الشكل الجديد للحفاظ على السيطرة الدولية - صفحة ٥

الماركسية: ما هي االشتراكية - صفحة ٦ المنظمة: العمود الفقري ألية منظمة هي الصحيفة - صفحة ٦

طبعت في البرازيلالمساهمة ما يعادل 1500 ليرة لبنانية

إقرأ في هذا العددُ

األالف يتظاهرون في إيران متخذين من اإلنتخابات ذريعة ليعبرون عن إستيائهم من النظام البرجوازي.

[email protected] يمكنكم اإلتصال بنا عبر هذا البريد اإللكترونيwww.litci-arabe.org

كلمة التحرير

فلسطين

غزة:اإلبادة الجماعية لم تتمكن من القضاء على المقاومة الفلسطينية

عدد 03 - يوليو / أغسطس 2009البيان2

CONSELHO EDITORIAL

الرابطة جريدة هو البيان . العالمية من أجل النضال العربيهم الذين لكل الباب يفتح وهو ملتزمين حقا مع القضية العربية رصد هو هدفنا واالشتراكية. ومتابعة وبحث وتحليل لالحداث الصراع مسار على الجارية الطبقي في بالدنا العربية وفي هو لألحداث تحليلنا العالم, بالد من منظور اشتراكي علمي بهدف وحليفتها االمبريالية مناهضة . االسرائيلية الصهيونية الدولة ونحن في نفس ساحة المعركة مع جميع الحركات العربية التي وضد االمبريالية ضد تقاتل الصهيونية. ليست هناك اية حكومة عربية, متعاونة مع العدو المحتل او قومية تدافع عن هذة المقاومة.

! نحن ندعم ونؤيد هذا النضالندعم ونؤيد المقاومة في فلسطين وفي العراق وفي أفغانستان وفي لبنان, لكنا بذات الوقت ليس لدينا أي ثقة بهذة القيادات العاملة على رأس المقاومة, ألنها في جوهرها , هي من البرجوازية الصغيرةوهي دائما على إستعداد للتفاوض عن بحثا االمبريالية مع

مصالحها.حق عن ندافع نحن حرياته نيل في العربي الشعب الديمقراطية وعن حقه في تقرير من العمال حق وعن المصير, اجل الحصول على االجور العادلة والعمل الكريم والوظائف وتحرير المرأة. نحن مع القتال من أجل دحر الكيان الصهيوني العنصري ونناضل من أجل بناء فلسطين والغير والديمقراطية العلمانية عنصرية نحو فلسطين االشتراكية ضمن إتحاد الجمهوريات العربية

اإلاشتراكية.

خالد المير و طارق قادر

القوات قامت يوما, 22 مدى على ما كل ووجهت الصهيونية، العسكرية المدفعية وقذائف الجو، سالح من لديها ضد المدنيين في غزة، وعديمة الضمير

جريدتنا البيان

هيئة التحريرصادق أمين, أحمد نعيم, عزيز ناصر, حسن البرازيلي, طارق قادر, نادية خليل, محسن داوود,

خالد المير , اندرا سيشاس و محمد عبد الكريم

المتظاهرون يحرقون العلم اإلسرائيلي في باكستان ويفضحون تاريخ هذة الدولة النازية.

في الضفة الغربية خرج االالف منددين بالمجزرة الصهيونية ضد شعب غزة البطل ومعبرين عن رغبتهم باإللتحاق في المقاومة.

بموجب المحظورة األسلحة إستخدمت اتفاقيات جنيف - كما هو الحال في قنابل الفوسفور األبيض - ودمرت قطاع غزة. هؤالء، بين من شخص. وقتلت 1،285 111 امرأة و280 طفال. وقصفت سيارات والمستشفيات والمدارس االسعاف والمساجد والمباني التابعة لالمم المتحدة.

ووحشية حقيقية جماعية إبادة إنها الدولة قوات النهار بوضح طبقتها قمع من تتمكن لم ولكنها العنصرية، قطاع في اإلسرائيلية الهمجية المقاومة. غزة وكل مليارات الدوالرات وكل التطور التكنولوجي والنظامي للجيش الصهيوني لم يكن كافيا للتغلب على الشعب الفلسطيني في نضاله من أجل البقاء على قيد الحياة. األراضي بجرف القيام من الرغم على والتدمير والقتل، كانت النتيجة في النهاية تتمكن لم التي السرائيل، سياسية هزيمة العكس حصل بل المقاومة, تدمير من الفلسطينية المقاومة ظاهرة وأصبحت ميزة لم يكن لها مثيل من قبل في كل انحاء الجماهير كل وتأييد دعم ونالت العالم,

العربية. وكانت نقطة تحول حقيقية. قامت موجة من الرفض العنيف الذي طال كل العواصم األوروبية. اإلحتجاجات ضربت العالم دول كل عمت التي «إسرائيل مقولة اسرائيل. دولة بقوة الشرق في الوحيدة الديموقراطية هي األوسط» سقطت على االرض في الوقت فقدت أن سبق التي إسرائيل، المناسب. جميع إمكانيات «الديمقراطية» و «الموقع التي الشفقة وفقدت المتقدم» الحضاري كانت ما زالت تقع عليها, مستخدمة ذكرى لستة النازية الجماعية واإلبادة المحرقة الحسنة النوايا فقدت لقد يهودي. ماليين التي حصلت عليها منذ نشأتها إلستخدامها منها عانت التي اليهود للمحرقة المكثف الشعب ضد والجرائم الفظائع لتبرير الفلسطيني. الصهاينة سيجدون المزيد من أنفسهم عن الدفاع في الكبيرة الصعوبة أمام أي جمهور في العالم بعد حالةالرعب التي ولدوها في نفوس الجمهور العالمي. الماليين الذين تمت تعبئتهم لإلحتجاج لن تكون لديهم مواقف محايدة بل ادانوا عملية اإلبادة الجماعية التي مورست ضد الشعب

الفلسطيني.

أول احتجاجات حتى التكتيك االسرائيلي الذي اراد السنة, نهاية احتفاالت فترة إستغالل لتدمير غزة, اول احتجاجات جماهيرية 28 أيام في األولى. األيام في قامت األردن مصر، لبنان، ديسمبر، 29 و الى تحولوا والبحرين وسوريا وتركيا الى وصل وبعضها كبيرة، إحتجاجات

عشرات االالف من التظاهرين. في األيام التالية، قامت المظاهرات والفرنسية، األسبانية، المدن في الالتينية وأمريكا الشمالية وأمريكا وآسيا. عدد المتظاهرين في لندن وصل حسبما ، نيويورك في ألف. 50 إلى مؤلفة كتلة االعالم وسائل ذكرت

عن اعربت االرثوذكس اليهود من اإلسرائيلية. لالعمال استنكارها

تلقت الشرطة ومصر، األردن في اسرائيل، حلفاء حكوماتهم من أوامر الضفة في الشعبية. التحركات لقمع عن وصلت التي التقارير الغربية، نشطاء الى االلكتروني البريد طريق أساليب عن بالتفصيل تحكي برازيليين وابو فتح حركة شرطة من مجموعات في استفزازيين عمالء للتسلل مازن، أسباب إعطاء هو هدفه المسيرات.

تم التي فتح لحركة الشرطة تدخل اسرائيل. يد على تدريبها

قيام من تمنع لم الصعوبات، لكن الحملة كذلك تعبئتها. و اإلحتجاجات على اللوم إللقاء المكثفة اإلعالمية حماس لحرب لم يكن لها الوقع المنتظر الفتات المتظاهرون حمل كما وفشلت، حقيقة على وتدل وزعت ومنشورات كل في تقريبا االرهابية. اسرائيل دولة اإلحتجاجات التي كانت تجري في دول التي األعالم من العديد رفعت العالم,

بالصليب داوود نجمة تستعيض كانت يعبر كان هذا للنازية, المعقوف لسياسة الحقيقية الوراثة واضح بشكل الملصقات وبالمثل، إسرائيل. دولة غزةبغيتو تقارن كانت والخطابات فارسوفيا ، ووضع سكان غزة كضحايا المظاهرات، هذه كل جديدة. لمحرقة من المزيد تكتسب الشعبية والتعبئة كرسالة العمال ضمير في المعجبين وفضح الفلسطينيين، مع تضامن

• اسرائيل.

في العرب بين قاعدة لها العنصري, ٪ 20 نحو يمثلون والذين اسرائيل، االنتخابات، هذه في السكان. عدد من من منعت قد كانت االحزاب هذه االنتخابات، في للمنافسة االشتراك وتمكنت من نيل هذا الحق للتنافس في للمحكمة قرار بسبب االخيرة اللحظة

. لعليا انصف يقارب ما جعل ما وهذا الى الحضور عدم من العرب الناخبين

االقتراع. صناديق وباختصار، اسرائيل يحكم الذي اإلسرائيليين الناخبون إختار لقدى (البرلمان االسرائيلي الكنيست أعضائه يشكل الذي االسرائيلي) من هم العظمى الغالبية في الجدد بنيامين أمثال من الفاشيين، أصلية منهم، والكثير الليكود، وحزب نتنياهو بدعوة يقومون ، بيتنا اسرائيل مثل التطهير عمليات أجل من واضحة يدعون وآخرين اليهود. لغير العرقي الفلسطيني. للمجتمع الجماعية لالبادة الفائزة األحزاب ألفكار الملخص هذا للكنيست الجديدة الصورة لنا يوضح أن يجب الفلسطينيين إن اإلسرائيلي: إذا القمع, أنواع أقسى تحت يكونوا مقاومة متابعة على مصرين كانوا «الحق يطردوا. أن ويجب االحتالل تتدعي كما النفس» عن الدفاع في في الحق انتهاك لها يتيح دولةاسرائيل الفلسطينيين, من اآلالف لمئات الحياة الدولة إرهاب تمارس التي الدولة هذة

والمجازر. حسب وسائل اإلعالم المضللة، العمل حزب دخول على شجعت التي اإلعالم وسائل وعملت الحكومة. الى اليسار كمحور تقديمه على الدولية التي القيادة هذة اي اإلسرائيلي, مذبحة دبرت التي هي اليسار تتدعي ايهود الصهيوني وزيرها عبر غزة دعائية بخدمة قام العمل حزب باراك. الدولة طبيعة لتمويه محاولة في والتي والعنصرية، النازية اإلسرائيل ممنوعين من الدراسة كي ال يتعلموا تاريخ فلسطين...لكن المقاومة علمتهم ليس عن فلسطين وحسب بل عن كل العربجندي صهيوني يرهب صبي فلسطيني, تهمته أنه فسلطين وفلسطيني يعني مقاوم.

أوباما يريد إقناع نتانياهو بأنه في ظل تصاعد المقاومة الفلسطينية وزيادة عزلة إسرائيل من األفضل إعتماد سياسة السالم.

إسرائيل

طارق قادر و اندرا سيشاس

الشكوك أزالت إسرائيل إنتخابات برهانهم يوهمون زالوا ما عندالذين في الداخلي اإلصالح إمكانية حول معتدلة قوة ألية يمكن وأنه إسرائيل، الدولتين. وفكرة عملية «السالم» إنقاذ هم االنتخابات في الفائزين أسماء اليميني التيار من خليط عن عبارة علنا معروف بعضهم المتطرف,

والعنصرية. بالفاشية بينت األخيرة اإلنتخابات هذة كان انه وهي جدا, مهمة ظاهرة اليهود بين بالرأي عام اتفاق هناك من قليل عدد بإستثناء االسرائيليين،

الجماعات. أو األفراد أو المجموعات من فالعديد التطهير ضد ينددون الذين األفراد ومعرضين مهددين أصبحوا العرقي البعض جعل مما للتصفية، او للعقاب في او الخارج في العيش يفضل باب، إيالن الجامعي كاألستاذ المنفى. وأجبر بالقتل، تهديدات تلقى الذي على االستقالة من منصب استاذ العلوم ومغادرة حيفا، جامعة في السياسية

البالد. الجنود يرتديها التي القمصان التي بالعبارات المنقوشة الصهاينة الحوامل النساء قتل إلى عالنية تدعو بطلقة إثنين «قتل الفلسطينيات, للطبيعة وحشية األكثر هي واحدة»، دولة في البربريةالسائدة النازية

إسرائيل. لإلرهابيين وريث هو ، نتنياهو لمنظمة المتطرف اليمين حزكة من وشكل شتيرن، وعصابة إيرغون، بيتنا إسرائيل مشاركة مع حكومته المنظمة هذة بيتنا)، إسرائيل (منظمة بطرد تطالب التي العلنية العنصرية للعرب المواطنين وإبعاد الفلسطينيين الذين يعيشون في أراضي عام 1948 المدنية. الحقوق من وتجريدهم المحتلة بيتنا, إسائيل حزب أي ليبرمان حزب وطني حزب » بأنه نفسه يصف الذي مسار متابعة وهو شجاع هدف ذو التعديلية مؤسس جابوتنسكي» زيف الشبه المنظمة ومؤسس الصهيونية عن المسؤولة «إيرغون» عسكرية

تؤكد غزة قطاع مذبحة بعد اإلنتخابات الجماعية واإلبادة العنصرية طبيعتها

عدد 03 - يوليو / أغسطس 20093 البيان

الملك فندق على التفجير هجمات داوود في القدس في عام 1946 (نعم، استخدم من اول هي اسرائيل كانت هي ها واآلن المنطقة، في اإلرهاب الحزب وهذا الدولة) بإرهاب معززة ياسين دير مجزرة عن المسؤول هو بدوره، نتنياهو بنيامين .1948 عام سياسة سيواصل أنه مرات عدة أكد في اليهودية المستعمرات توسيع على المحتلة, الفلسطينية األراضي ارييل من كل حكومات سياسة غرام

اولمرت. وايهود شارون سيحفز «المناطق أنه أيضا وسرح وبعدم ،» الفلسطينية االقتصادية عليها المتفق عباس دولة على موافقته

أوسلو. في االسرائيلية السياسية االحزاب ديمقراطية أكثر أنها تدعي التي اتخذتها التي وغيرها، ميرتس مثل يساري، كوسط الغربية الصحافة االحزاب ناخبين. لديها يوجد ال يكاد التي المعنية األطراف من الوحيدة الوضع من ما حد إلى وتشكو تستاء

وبعد اآلن عاما، 40 من ألكثر قادها الدولة, هذه إنشاء على عاما 61ما لديه ليس الصهيوني «اليسار» مختلف كبديل العالم أنظار امام يقدمه

وسلمي. ووضعه العمل، حزب هزيمته بيتنا, اسرائيل امام الثالثة بالمرتبة يفضلون االسرائيليين الناخبين أن تبين العنصري الطابع عن الدفاع ضرورة في يبالي ال من وإختيار للدولة، أنه بصراحة ويقول الكلمات قياس في عميقا يذهب أن الضروري من

العرقي. التطهير وتسليح دعم يواصل اوباما على الحفاظ يريد ولكنه إسرائيل، الوجه واظهار التضليل سياسة هؤالء وسلمي. وحيد كحل التفاوضي

باراك، وبرعاية نفسهم المنافقين استعداهم أبدوا الصفقات، بعض وبعد

الفاشي. الليكود مع للتعاون التي الحكومة هذة وراء ولكن حزب مع بالتعاون نتنياهو يقودها وهو أساسي عامل هناك العمل، أوباما حكومة تمارسه الذي الضغط وتعبئة المزيد من الحريصة على تقديم

مستعدون كلطفاء الصهاينة الرجال للقتل.

هيالري األخيرة، زيارتها في وتأكيد إبداء على حرصت كلينتون الواليات بين ما «االمين» التعهد تواصل وعلى واسرائيل. المتحدة بدعمها االمريكية المتحدة الواليات للنظام حساب اي فوق الكامل الفصل نظام و النازي الصهيوني من المئات يمتلك والذي العنصري، من واحدا وتمتلك النووية الرؤوس أن بحجة العالم، في الجيوش أقوى للخطر معرض المدنيين سكانها أمن من الصنع محلية صواريخ قبل من

غزة. قطاع ولكن ال يوجد حديث وال كالم حول حتى وال للفلسطينيين، الحياة في الحق يذبحون الذين واألطفال النساء حق التي األسلحة حتى ونهاية، - غزة في من توفيرها تم إسرائيل تستخدمها الجديدة والحكومة بوش حكومة قبل كما أوباما التسليح. هذا في مستمرة حكومة أي مع سيتعامل انه قال, اليهودي، الشعب يختارها إسرائيلية مع حتى للتعاون مستعد أنه أي، إجراء يرفض ولكنه العلنيين، النازيين قبل من منتخبة حكومة مع محادثات حماس، برئاسة الفلسطينيي، الشعب

باسرائيل». تعترف «ال ألنها الزيارة التي قام بها نتانياهو في أيار الصحف في نقاشات أحدثت مايو، /حول االختالف في الرأي ما بين اوباما ونتنياهو. لكن ال يمكن أن نخدع انفسنا: فهذا اإلختالف كان يدور حول المناقشات في التكتيكات. أوباما يريد إقناع نتانياهو بأنه في ظل المقاومة الفلسطينية وزيادة األفضل من سيكون إسرائيل، عزلة العمل حزب وتجربة ممارسة إعتماد «عملية عن الحديث أي وكاديما، في الفلسطينية، الدولة وعن السالم» سرقة فيه يتواصل الذي الوقت نفس األراضي الفلسطينية والتنظيف العرقي. وعلى الرغم عدم إقناعه تماما حتى االن, فتسويغ ممارسات اإلبادة الجماعية تحت حزب فعل كما دخان «الدولتين» ستار كل على يبقي أوباما وكديما, العمل الدعم العسكري واالقتصادي، وهو أمر أجل من إسرائيل، على لإلنفاق حيوي الجماعية ممارسةاإلبادة في تستمر أن

• بحق الشعب الفلسطيني.

مصر تحضر التفاوض للتنازلفلسطين

طارق قادر

التي حماس مالحقة كانت تأديتها في وتقوم اإلمبريالية تنتهجها اإلبادة وسياسة الحكومةاإلسرائيل منظمة حماس إلن ليس الجماعية دينية ألنها وال يقولون. كما «إرهابية» في هي، المشكلة االتجاه. أصولية تدمير إلى يدعو الذي حماس برنامج المعادي والموقف الصهيوني الكيان في دورها إلى إضافة أوسلو، إلتفاقات منها جعل هذا كل الثانية، االنتفاضة الخياني. فتح مشروع أمام حقيقية عقبة الذي السبب لفهم أساسي أمر هذا وإسرائيل المتحدة الواليات من يجعل حماس بفوز يقبلوا ال وان يرفضوا، ان على بشدة يعملوا وان االنتخابات، في الدعم كل يقدموا كانوا بينما عزلها، اإلنقالب على والتشجيع وعباس لفتح

عام 2007. الفاشل كذاك لدى شك أي هناك يكون أال ينبغي أي ثوري في قطاع غزة كان أو في أي اسرائيل ضد فلسطين في قتالي موقع في نكون أن يجب أنه وضداالمبريالية، لحركة القتالي العسكري الموقع ذات الدعم نقدم ال كنا وإن حتى حماس، نفسه الوقت في ولكن لها. السياسي ورفض الخيار, هذا عن به ندافع الذي من وغزة حماس وسحق عزل محاولة اليمينية االمبريالية، الحكومات خالل األوروبي، االتحاد أو «اليسار»، أو تسير سياسة هناك أنه نقول أن يجب وهي كبير، خطرا وتمثل االمام إلى من يكن لم ما لفرض التفاوض سياسة على السالح. طريق عن فرضه الممكن عددالوفيات من الرغم على حال، كل نتيجة الجماعية اإلبادة وضحايا الرهيب لم اسرائيل الشرس، الصهيوني للهجوم

ولم بل المقاومة، سالح نزع من تتمكن على حماس حركة إجبار من تتمكن لدى الموجود غاليت، الجندي إعادة 3 من أكثر منذ كأسير حماس حركة

سنوات.

التفاوض حاليا يجري ولذلك، رهينة حكومة هي والتي مصر، بقيادة والذي التفاوض، هذا لإلمبريالية. يتركز أوباما، حكومة بدعم يحظى الى الحكم لتسليم حماس من بالطلب أو لعباس التابعة الفلسطينية السلطة معها الحكم وتقاسم للمشاركة الدخول عن والتخلي وطنية وحدة حكومة ضمن هذه هدنة. مقابل الحدود على السيطرة الوحدة حكومة إلستعادة تهدف السياسة جميع فيها تشترك أن على الوطنية، أخذت عباس سخرية السياسية. القوى به إلى أن يقترح مشروع تقسيم السيطرة فاصلة تتحرك أن دون غزة، قطاع في في الضفة الغربية، التي ال يزال يسيطر

عباس. رجال عليها لكن ما يثير القلق هو أنه، على الرغم من أنها لم تقبل هذا الهراء، قيادة حماس على الحفاظ قبول إمكانية عن اعلنت قد الوطنية السلطة على السيطرة في فتح «حكومة تشكيل لمحاولة الفلسطينية

وطنية». وحدة إليها يحتاج التي الوحدة لجميع المقاومة, وحدة هي الفلسطينيين, أصلهم عن النظر وبغض المقاتلين، بين وحدة وليس السياسي، وانتمائهم تخلوا الذين والخونة القضية مؤيدي خرائط حتى العدو وسلموا الشعب عن لتسهيل غزة قطاع في والمواقع األنفاق يحتاجة ما القتلة. الصهاينة عمل سياسة الى الدعوة هو الفلسطينيون الجماهير مع غزة وشعب عمال توحيد

المنظور هذا ضمن الغربية الضفة في الوطنية السلطة وتجاهل للمقاومة فتح بين لالتفاق المفاوضات العميلة. الشعب آمال بعكس تتجه وحماس والسماح المتعاونين إنتعاش إلى وتؤدي تستخدم سوف والتي باإلستمرار، لهم وحتى المقاومة ضد قواها، أخرى مرة

حماس. ضد

الفلسطيني اليسار المنطقة في الشيوعية األحزاب السوفياتي لالتحاد متعهدة دائما كانت فلسطين، تقسيم ودعم أيد الذي السابق الدولتين. وفكرة اسرائيل دولة وقيام التي األخرى المنظمات أيضا ولكن عملية من عانت ماركسية, انها تدعي الدعوة فمن اإلستراتيجية, في تحول شعارات إلى فلسطين كل لتحرير «الدولتين». وتنطبق هذه المالحظة وإن الجبهة على مختلف, نمط على كانت والجبهة فلسطين لتحرير الديمقراطية الجبهة فإن فلسطين. لتحرير الشعبية كانت فلسطين لتحرير الديمقراطية رائدة في اقتراح «المرحلية» في الكفاح الطريق هذا ومهد التحرير. أجل من تعتبرها التي التنازالت الستراتيجية

المعركة. في الضرورية» «الخطوات فلسطين، لتحرير الشعبية الجبهة الكيان تدمير شعار ترفع كانت التي اإلولى الصفوف في وكانت الصهيوني, السابقة الصراع فترات طيلة للمقاومة وقت بعد أصبحت الصهيوني, العدو مع «المرحلية» نظريات في عمليا تقبل

رسمية. كسياسة «الدولتين» وفكرة اليسار تقليديا تمثل التي المنظمات مواقف لها كان الفلسطينيين بين الوطنية السلطة تشكيل منذ خاطئة تلك أوسلو. اتفاقات وبعد الفلسطينية

ان المنظمات هذة من جعلت السياسة المعارضة من كنوع انها على تتصرف السلطة في والمشاركة أوسلو ضد القبول وبهذا الفلسطينية, الوطنية هذة فقدت السبب لهذا فتح. بسلطة الجماهيري الدعم اليسارية المنظمات أمام المجال وأفسحت الفلسطينيي، والجهاد حماس أي االسالمية، التيارات الفراغ هذا إسغالل إستطاعا الذين أصروا االسالميين لمصلحتهما. وبلورته فلسطين، كل تحرير شعار رفع على الكيان وجود بشرعية االعتراف وعدم في النضال من وجعلوا الصهيوني، هذا للتحرير، الطريق المسلحة المقاومة على قوة ويزدادون يكبرون جعلهم ما

األخرى. المنظمات عكس أكثر أصبح التقليدي اليسار دور هو الذي ، عباس قام عندما ضررا والصهيونية، لالمبريالية المباشر العميل االنتخابات بعد بانقالب القيام وحاول االنقالب هذا الفوز. حماس أعطت التي مع والتعاون باالشتراك تنظيمه تم قد إشراف وتحت اإلسرائيلية، الحكومة وكالة االستخبارات المركزية االمريكية، لكن هذة المحاولة فشلت، وطردت قوات ذلك، كل من وبالرغم غزة. من فتح يدعو زال ما الفلسطيني اليسار فإن معركة وكأنها الفلسطينية، الوحدة الى الجميع كان لو كما المقاومة، قوى بين فتح في والمسؤولية, المساواة قدم على

وحماس. كان الذي الوقت في اليوم، وحتى التي المناسبة إحياء المفروض من غزة، قطاع من العمالء طرد الى أدت األخذ على تصر زالت ما اليسار قوى القائمة «االنقسام» حالة اإلعتبار بعين الوحدة الى والدعوة الجانبين بين للجبهة الرئيسي الزعيم معها. واإلتحاد نايف فلسطين، لتحرير الديمقراطية مؤخرا معه أجرتها مقابلة في حواتمة، ان قال الباسك، لبالد غارا، صحيفة «الحوار الذي يجري في مصر هو نتيجة حركة به قامت الذي العسكري لالنقالب غزة انفصال في تسببت والذي حماس، من كفاح هناك لذلك الغربية. الضفة عن والمقاومة الشعب وحدة استعادة أجل نشارك ونحن الفلسطينية. واالراضي االجتماع وهذا الحوار، في بنشاط 2 في مسدود طريق إلى وصل األخير الطرفين، لعناد نتيجة نيسان/ابريل، حماس حركة عناد رئيسي بشكل ولكن

على سيطرتها عن العودة تريد ال التي قطاع غزة «.

انها تدعي التي القوى تزال ال أي «حكومة عن الكالم في مستمرة يسارية المنظمات كل تشمل وطنية» وحدة االمبريالية وعمالء الفلسطينية يقترح كان ما بمثابة هذا والصهيونية. من وحدة وطنية في فرنسا، إبان الحرب الحرة فرنسا قوات بين الثانية العالمية (1944-1940) فيليب بتاين وحكومة جنوب في (مدينة فيشي باسم المعروف عن مسؤوال كان الذي باريس)، شرق على يعمل وكان فرنسا من خمسين حكم هذة النازي. االحتالل شرعية تطبيق على المحافظة وظيفتها كانت الحكومة ومعاقبة وقمع الحدود، وحماية النظام، المقاومة في والناشطين المتظاهرين

الجستابو. الى وتسليمهم أو مثل شأن دعم التحالف الوطني في لتحرير الوطنية الجبهة بين السبعينيات، جنوب في العميلة الحكومة مع فيتنام فيتنام المدعومة من اإلمبريالية التي كانت تتخذ من سايغون موقعا لها. وكأننا نطلب تتقاسم ان فيتنام في المقاومة قوى من

السيطرة مع حكومة سايغون العميلة. قيادة إال هي ما عباس, حكومة المؤجورين العمالء من لمجموعهة بهدف االمبريالية لصالح يعملون الذين العدو لخدمة المقاومة وقمع السيطرة مجاال يبقى ال ولكي المحتل. الصهيوني وعين حكومة بتشكيل عباس قام للشك، البنك موظف رأسها على كمسؤول بثقة يتحلى الذي فياض، سالم الدولي االمبريالية وبكره عميق من قبل الجماهير وقطاع الغربية الضفة في الفلسطينية باإلتفاق يقبل ال الذي فياض سالم غزة. حول الوحدة الوطنية إال من خالل فرض عسكري 15،000 من مؤلفة أمن قوى

غزة. قطاع في للتدخل أمني الوحدة وراء الركوض كله، لهذا والضغط عباس, الخائن مع الوطنية بمطالب بالقبول ومطالبتها حماس على مبارك حسني المصري الديكتاتور قوات بناء إلعادة المتحدة والواليات وطنية سلطة راية تحت الموحدة األمن الموحدة» «للحكومة جديدة موحدة من بدال سياسة هذة فتح, حركة برئاسة كما المقاومة، أجل من القوى توحيد سالح نزع هي عنها، المدافعمن يقول للقضية الخونة مهمة لتسهيل المقاومة،

• الفلسطينية!

البيان 4

ال ميكن حلماس أن تقع في فخ التفاوض املؤدي لإلستسالم

أبو مازن الخائن في أحضان اإلمبريالية

ابو مازن عبر عن أساليبه اإلستبدادية بإغالق مكاتب تلفزيونية بعد بثها لتصريحات فاروق القدومي الذي يتهم أبو مازن بقتل ياسر عرفات بالتعاون من الصهاينة.

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5البيان

أوباما: الشكل الجديد للحفاظ على السيطرة الدوليةاإلمبريالية االمريكية

محمد عبد الكريم

باراك فوز تم عندما قليلة أشهر قبل للواليات الرئاسية االنتخابات في أوباما الفرح مظاهر كانت األمريكية، المتحدة

تقريبا. العالم أنحاء كل تغطي الذي بوش, ينسى ان يريد فالشعب العسكرية بالوسائل حاول حكومته أثناء أمامه. ينحني ال بلد أي وهزيمة، ضرب على للسيطرة وتسعى تريد االمبريالية موارد الطاقة الطبيعية التي ال غنى عنها والهيمنة اإلقتصادية السيطرة مسألة في على كل دول العالم. وهذا دليل قاطع لغزو والتهديدات والعراق, ألفغانستان بوش

بالحرب على إيران وسوريا. في حتى وال قادرا يكن لم بوش تحسين على الداخلية السياسة مسألة الخفض الى لجأ بل األميركيين، حياة النية وإظهار للحاجيات االجتماعي قادرا يكن لم متزايد، بشكل السلطوية التي االقتصادية األزمة تفجر منع على

تؤثر اليوم على دول العالم بأسره. وعالوة على ذلك، مع وصول أوباما في المتمثل التاريخي االنجاز ينتج مهاجر ابن وهو أسود، رئيس انتخاب هذا يعتنق ال كان وإن مسلم، نيجيري عالقة خطاباته خالل من وضع الدين. خاصة إتبعه نهج وهو العالم، مع جديدة الدفاع واصل لكنه العربي... العالم مع من الرغم وعلى اسرائيل دولة عن القوات بإنسحاب ويتعهد يكفل راح ذلك دعم واصل لكنه العراق، من االمريكية وأعرب أفغانستان، في والقتل الهجوم مع الصداقة تستمر ان فى أمله عن

منهم. األعداء بمكافحة ولكن الجميع أهم من بدعم رئيسا انتخب أوباما لحملته األمريكية البرجوازية قطاعات القطاعات من الدعم تلقى كما اإلنتخابية. التي تلك او يسارية، أنها تدعي التي

والثورية. االشتراكية تدعي لوال البرازيل في «اليسار» رؤساء وثاباتيرو في أسبانيا قدموا له المجامالت هؤالء معه. والعمل للتعاون واإلستعداد وتاريخهم، هيبتهم يستخدمون القادة وثاباتيرو معادن عامل كان الذي كالوال على اتخاذه قرار سحب القوات االسبانية اإلحتجاجات قمع بهدف العراق، من لضمان المالئم المناخ لتأمين العمالية بأن ونذكر المشاريع. ألصحاب األرباح إحتالل قوة لهاأكبر البرازيلية الحكومة في هايتي والقوات االسبانية موجودة في االمم مع بتعاونهم الذين لبنان، جنوب فإن االميركية، اإلدارة يخدمون المتحدة يقومان واإلسبانية البرازيلية الحكومتين القوات مباشرة تستطيعه ال ما بعمل

االمريكية. فيدل كاسترو، بدوره، رحب بإنتخاب أوباما، وتمنى له التوفيق، شافيز، الرئيس خطاباته من العديد جعل الذي الفنزويلي أن يأمل بوش, ضد ومخصصة موجهة

ألوباما. صديقا يكون

االمبريالية زعيم اوباما على أشهر بضعة وبعد اآلن نبدأ ان يمكنا أوباما, الحكوم توليه من حقا نتوقعه كنا لما إستنتاجية برؤية الرئيس الجديد. أوال، ينبغي أن يؤخذ في أوباما أن واضحا يبدو وربما االعتبار، رئيس أي المتحد، الواليات رئيس هو االمبريالية الذي يحكم لصالح األقوياء في الواليات المتحدة ولمصلحة قوة الشركات وعلى وموظفيها الجنسيات المتعددة العالم دول كل ونهب استغالل جنود اإلمبريالية األمريكية في حالة الهستيريا في العراق...اإلنسحاب أو الموتمواصلة

عدد 03 - يوليو / أغسطس 2009

لهدف ليس السلطة الى وصوله بأسرها. للحفاظ ولكن النظام, هذا على القضاء األشكال من جديد شكل وإعطائه عليه،

الرأسمالية. االمبريالية إلستمرار عبر بالفعل نراه أن يمكن وهذا أوباما اإلقتصادية. األزمة مع تعاطيه قدمها التي الماليين شحنات ضخ يؤيد أرباح وضمان المالي النظام إلنقاذ بوش البنوك. ال وبل طلب من شركات تصنيع إلعادة جديدة عملية خطط السيارات تشمل والتي المالية، اإلدارية الهيكلية وطرد والمعارض، المصانع إغالق وإحرامهم األجور وقطع العمال آالف

حقوقهم. من عسكرية قاعدة هناك كوبا، في التي غوانتانامو، جزيرة في امريكية حيث قانوني غير سجن إلى تحولت منذ محاكمة دون سجين 240 يحتجز إغالق حول والكالم أفغانستان، غزو في القادمة، للسنة ترك السجن, هذا المحاكم إنشاء عن فقط الكالم يدور حين يستمر حيث السجناء، لبعض العسكرية قانوني الغير الوضع نفس في اآلخرين

اليوم. حتى خطة هزيمة بعد أن هو نالحظه ما الى يسعى أوباما بوش، جورج الرئيس الكراهية ومحو الشعوب نظرة تغيير الواليات ضد بنيت التي المتراكمة تقديم ويحاول واالمبريالية، المتحدة حول الحوار بشكل األمريكي المشروع وبعض البلدان وإقناع الديمقراطية قبول على المتصارعة المنظمات من اإلمبريالي المشروع أمام التنازالت

المفاوضات. خطط خالل األوسط الشرق في الصراعات أمام الواليات تعانيها القويةالتي الهزيمة ومع باراك العراق، في االمريكية المتحدة سحب عن االعالن في يراهن أوباما المحتل، العراق من األمريكية القوات مع جديدة عالقة إقامة في يأمل وأنه االنسحاب فإن ذلك، ومع العربية. الدول كامال, يكون لن العراق من األمريكي الحفاظ في القدرة جوهر هو وهذا قبل من القوات هذه وإدارة ترتيب على الحكومة االميركية التي فرضت سيطرتها عبر القوة في العراق. لهذا، فإن الواليات وتدريب تسليح تواصل سوف المتحدة

جيش الحكومة العراقية, هذا ما يمكن أن لهذة االستعماري الطابع ويعطي يحدد عهد في سبيبايو جيش كمثل القوات،

الهند. في البريطانية االمبراطورية ما أوباما فإن ذلك، على عالوة سيرسلها العراق من قوات من يسحبه أقوى المقاومة ان حيث أفغانستان، إلى وأصبحت تكبد خسائر فادحة في االرواح لجيش االحتالل. السيطرة على أفغانستان من الفلتان حالة وفي مهددة أصبحت حليفتها يضعف أصبح ما وهذا اليدين،

الباكستانية. والحكومة أي المنطقة في سياسة المعضلة، لهذه ونظرا تتخلى فال تتغير: ايران نحو االمبريالية عن الخيار العسكري، ولكنها في محاولة فأمام االيراني. النظام مع للتفاوض في االمبريالية تعانيها التي الهزائم الظاهرة هذة تستغل إيران المنطقة، فإن ولهذا الحوار، في موقعها لتعزيز للتصدي بحاجة هي المتحدة الواليات المنطقة في المتنامية المقاومة لهذه المنطلق هذا ومن الصراعات. ولوقف اآلمريكية المتحدة الواليات عرضت فقد النووي البرنامج حول للتفاوض بتطوير قبولها عن وأعربت االيراني، استخدام إلى يهدف الذي البرنامج سيطرة تحت المدني، المجال في الطاقة المساعدة مقابل في المتحدة، الواليات المقاومة وهزيمة ضرب على اإليرانية وبنفس ذلك، على وعالوة العراق. في لحزب ترويض عملية البحث الطريقة العددي التعبير دعم له كان الذي هللا في وأكد االنتخابات، في الواضح ودعم تأييد له أن األخيرة، االنتخابات بإمكانه وكان لبنان، في الشعبية األغلبية

المطالبة اللبناني التكوين في بتغييرات الطائفي. إذا كان أوباما يستطيع ترويض إخماد أي المنطقة, في الظاهرتين هذين هذا هللا، حزب سالح وتجريد المقاومة في تستمر سوف إسرائيل أن يعني والقوة النووية األسلحة نيل في التفرد دائما تهديدا يشكل ما وهو المنطقة، في

العربية. للشعوب الجديدة المتحدة الواليات حكومة في التالية، للخطوة إستعدادها اعلنت قد حال فشلت محاوالت الحوار السياسي مع

االقتصادية. العقوبات خطوة أي إيران: العراقيين الضحايا آالف ننسى وال االمريكية السياسة هذه ثمن دفعوا الذين

الوسخة, أيام صدام حسين.

نتنياهو مع الخالف غزة مجزرة ارتكاب من الهدف ديسمبر / األول كانون شهري في الجنود قبل من يناير / الثاني وكانون على القضاء حاولوا الذين الصهاينة حكومة سيادة بسط هو حماس حركة عليها تسيطر أن إلسرائيل يمكن عميلة الوطنية السلطة شرطة وكانت مباشرة. فتح, حركة تقودها التي الفلسطينية, المصرية، الحدود على تأهب حالة في لدخولها المناسب الوقت وبإنتظار الجيش جانب إلى غزة قطاع الى

االسرائيلي. التصدي بسبب الخطة هذه فشلت المقاومة ألعمال والتاريخي البطولي رؤية عن أيضا وأسفرت الفلسطينية، العالم جماهير لكل وحقيقية واضحة اضيفت كما إلسرائيل, السفاح للوجه في اسرائيل هزيمة إالى الهزيمة هذة حزب يقودها التي المقاومة أمام لبنان، فإدارة بالنصر. يحتفل يزال ال الذي هللا كانت بوش جورج االمريكي الرئيس انها بحيث غزة، قطاع غزو أيدت قد هي إسرائيل بأن القائلة الفكرة مع كانت

اإلمبريالي الموقع ويمكنها األوسط، الشرق في المتقدم في بها الحقت التي الهزيمة تعويض كارثة هذه لكن .2006 صيف في لبنان سياسة في جديد تغيير إلى أدت جديدة

االميركية. االدارة مخططهم في ينجحوا لم الصهاينة كاملة بهزيمة إال يطمئنوا ولن اليمين انتخبوا الهدف ولهذا للفلسطينيين،

المتطرف وايمين وحكومته نتنياهو يمثله الذي

الجديدة. أي إجراء تريد ال الحكومة هذه عن الكالم وال الفلسطينيين، مع تفاوض دولتين أو عن وقف بناء المستوطنات في الضفة الغربية، والتي تنافت مع خطابات

الضغط وتحت أوباما. إتفاقية صيغ الستئناف الدولي

على وافق نتانياهو الطريق, خريطة نمط على ولكن الدولتين، حول التحدث

الصهيونية, الشروط مثل إفراغ هذة الدولة الفلسطينية من

حق الدفاع عن النفس االمبريالية. جانب من حتى

اإلمبريالية بين اإلختالف هذة لكن على للحفاظ تأكيد إال ليس والصهاينة السرقة وتشريع اسرائيل دولة موقع االمم من وبدعم الصهيونية، قادتها التي

الفلسطيني. الشعب ضد المتحدة، الرئيس ادعاه أن سبق ما وهذا حملته في سواء الجديد، االميركي (رام الترشيحات وبعد االنتخابية، الديمقراطي, الهيئة رئيس ، إيمانويل من ارهابي ابن علني، صهيوني هو / شهرأيار في لقائه وأثناء ايغرون)، الخالفات من وبالرغم نتانياهو، مع مايو أكد أوباما على أن دولة إسرائيل هي

األبدي. الحليف غستعداد اي يبدي لم الواقع، في

اإلقتصاديا. الدعم لوقف الجديدة. الصهيونية للمستوطنات

الى الموجه خطابه في المتبع النهج العالم العربي في كلمته القاهرة، رصدت العربية. الحكومات معظم به وأشادت ووجود أفغانستان احتالل برر أوباما اليهودية بمحرقة (وذكر إسرائيل دولة فلسطينيين) بحق المجازر ونسى من للتقارب رغبته عن تحدث حين ضد تعاونها وطلب اإلسالمية، األمة بنظر للعنف. يلجأون الذين المتطرفين االحتالل، ضد مقاومة توجد ال أوباما ارهابي عمل هي المقاومة هذة وكل

األبرياء. قتل إلى يؤدي اآلن يرى المتحدة الواليات رئيس واحتل دمر (بلد أفضل بلد العراق من من المتحدة) الواليات قبل من عسكريا فهو المنطلق هذا من حسين. صدام عهد ال يختلف عن سابقه في البيت االبيض.

االمبريالية قطاعات يمثل أوباما العدوانية بوش سياسة أن يعرفون الذين متزايدة هزائم الى تؤدي قد واسرائيل سياسة يفسر ما وهذا اهمية. واكثر اوباما العربي». العالم مع «التقارب والتي كلينتون، بيل سياسة تنفيذ يريد

إسرائيل. من تجعل ان تقوم بدور الشرطة االمبريالية, من العربية والدول الفلسطينيين جعل خالل مقابل في الصهيونية، بالدولة االعتراف دولة على تعتمد مزيفة، فلسطينية دولة خطابه خالل من يريد أوباما اسرائيل. تتخلى كي العربية للجماهير يتوجه ان االمريكية. المتحدة للواليات عدائها عن هو العربية والحكومات من والمطلوب اإلستراتيجية مع اكثر بجدية التعهد االمبريالية كخلفية لها، لتقوم بالمهام التي لم تتمكن القوات العسكرية اآلمريكية من

إنجازها.العربي شعبنا اليوم فإن وباختصار, وغيره من شعوب العالم، لدينا عدو أكثر في صعوبة وأكثر أوباما، في غدرا مكافحته. حكومات الدول العربية مستعدة صفارات لصوت لالستماع وصاغية والشعوب والعمال اإلمبريالية. اإلنذار من االنتباه علينا يتوجب المضطهدة أجل من النضال أدارت التي القيادات تقبل ال كي واسرائيل, مكافحةاالمبريالية الجماهير إكتسبته ما حول بالتفاوض

• خالل األعوام اآلخيرة من النضال.

ما هي االشتراكية

البيانالماركسية

صادق أمين

نعيش الذي الرأسمالي المجتمع في أساسيتين إجتماعية طبقتين هناك فيه، االنتاج: عالقات حول بينها فيما تتقاتل البرجوازية والبروليتاريا. البرجوازية تكونت التي االجتماعية الطبقة هي (األرض اإلنتاج وسائل أصحاب من الخام، والمواد واألدوات واآلالت والبروليتاريا الخ)، والنقل، والمباني، يملك من فقط يشكلها التي الطبقة هي تستخدم العمال، قدرات العمل) قوة إلنتاج ضئيل، راتب مقابل في جردت البرجوازية المادية). الثروة خالل االنتاج وسائل من البروليتاريا بواسطة طويلة، تاريخية مرحلة نتوصل وبذلك واالضطهاد. الحروب البرجوازية، االقلية أن فهم إلى اإلنتاج، لوسائل إمتالكها خالل من المجبر البروليتارية, األغلبية تضطهد

الظروف هذه ظل في عليها قوة من لديها ما بيع - الرأسمالية -والذي الراتب، هذا راتب. مقابل عمل العمل مقابل في الرأسمالي يدفعه أقل هو البروليتاريا، به تقوم الذي التي الحقيقية النهائية القيمة من بكثير إستخدمها (التي لإلنتاج, أُستخدمت

لإلنتاج). العامل األجور بين القيمة في الفرق والقيمة للبروليتاريا المدفوعة من باعتبارها تنتج التي النهائية سيد بيد تبقى التي العمل، منتجات القيمة تسمى العمل)، (صاحب العمل هو وهذا القيمة، فائض أي المضافة, رأس تراكم لزيادة أساسا وهو الربح، فإن وهكذا، الرأسمالي. يد في المال مضاضة هي الطبقتين كال مصالح التحرر تريد البروليتاريا ومتناقضة: تريد والبرجوازية االستغالل هذ من وإستغالل إضطهاد متزايد وبشكل فائض من المزيد لكسب البروليتاريا من ممكن عدد أكبر وجمع القيمة، ايديهم بين وتركيزها الثروات والسيطرة الترف على واإلستيالء جوهر من االجتماعية. السياسية على الطبقي الصراع ينتج العداء هذا النظام إلستقرار الوحيد التهديد وهو

البورجوازية وهيمنة الرأسمالي ت. للممتلكا

هذا لتغيير البروليتاريا، طبقة وسيلة إال لديها ليس وعكسه, الوضع وهي محنتها من للخروج وحيدة وضرب البرجوازية الطبقة مهاجمة

الفقري. عامودها االولى األساسية المهمة وتتمحور ونزع البرجوازية ملكية نزع في الحصول وبالتالي اإلنتاج، وسائل االجتماعي اإلنتاج على السيطرة على البرجوازية. قبل من المغتصبة للعمل، طبقة التاريخية، المهمة هذه النجاز النقابات إطار ضمن تنظم البروليتاريا معلنة الثورية، السياسية واألحزاب النمط تدمير أجل من بدءاالنضال ويكتمل يتم نجاحها لإلنتاج. الرأسمالي باإلشتراكية الرأسمالية بإستبدال تصبح بحيث جديد اجتماعي كنموذج تحل االنتاج لوسائل الخاصة الملكية االجتماعية-الجماعية الملكية محلها وتوزيع اإلنتاج لوسائل العامة

الثروة. من المستمد الماركسي، المفهوم في للرأسمالية والعلمي التاريخ التحليل فالنظام االقتصادية، واآلليات االجتماعي النظام هو االشتراكي فعال يتميز ان يمكن ال الذي السياسة الرأسمالية، على نهائيا بالقضاء إال

االنتاج وسائل ملكية تحويل وهكذا العامة. المجتمع ملكية إلى

الخاصة بإلغاءالملكية يدها، من الوسائل هذة ونيل في مشاركين عمال، الجميع يصبح والتفاوتات والتوزيع، اإلنتاج عملية الزوال إلى الميل تبدأ االجتماعية

كبير. بشكل من خطوة بالتالي هي االشتراكية تبدأ التي الثورية، العملية المرحلة أسس وبناء الرأسمالية، بنية بنهاية البروليتاريا عليها تسيطر التي الدولة الحكام وكف المجتمع سير لتنظيم بتقدم يحقق ذلك ولكن السابقين، والتي الشيوعية، الجديدة: المرحلة هذة ظل في الدولة لوجود حاجة ال التقسيم آثار كل فيا وتسقط المرحلة،

• تدريجيا. وتزال الطبقي

المنظمة

العمود الفقري أليةمنظمة هي الصحيفة

خالد المير

تقوم اإلشتراكي, البيان جريدة الحالة ودراسة للتحليل بمحاولة العربي، العالم بلدان في السياسية ال فهي ذلك، مع بها. يتأثر ما أو يؤدي ال الذي المجرد للفهم تسعى تعتمد ولكن عملية، نتائج إلى لتقديم التوضيح سياسة عهلى

للعمل. بدائل لصحيفة يمكن كيف ولكن مستوى إلى الوصول من بسيطة

السياسي؟ والتغيير التأثير إذا إال يتم أن يمكن ال هذا سائر مع تعمل البيان جريدة كانت والمنظمات السياسية المجموعات والجمعيات النقابات داخل الفعالة وتتمثل شرعية. الغير والحركات وتوزيع طباعة في األولى الخطوة هي، التالية الخطوة الجريدة. مع والمقاالت المواد مناقشة اإلنتقادات الى واالستماع القراء والخطوة اإليجابية. والمواقف مجموعات تنظيم هي الثالثة المناقشة من مزيد إلجراء اجتماعات عقد مع ثباتا، األكثر االجتماعات، هذه في أسبوعية. إلى التوصل هو الحيوي اآلمر السياسية لألحداث مشترك تقييم هي االقتراحات هذه والمقترحات. جوهره في يجمع برنامج بداية

لجوانب المشتركة التقييمات على الطبقي الصراع في القوى كل يمكن وكيف العالم, أنحاء كل في العمال ينظموا أن لالشتراكيون

السلطة. على لالستيالء تبدأ أن ينبغي البرنامج مناقشة المشتركة. المبادئ من بإنطالق رئيسية مبادئ ثالثة وهناك (العمال الطبقية تقليدية: ماركسية عن مستقلين يكونوا أن يجب اإلاعتماد يمكنهم وال البرجوازية الثورة الخاصة)، قوتهم على إال لتقدم إمكانية أية هناك (وليس مقاطعة دون العمال وتطور االقتصادية الرأسمالية البرجوازية للدولة والسلطة)، واألممية (الثورة كل في الرأسمالية تهزم يجب التكامل وبناء األرض, من مكان

لإلنسانية). العالمي الحقيقي التفسير مناقشة من لنا بد ال ثم الثورية والنواتج الماركسي من النضال مثل محددة، لمشاكل وظروف األجور تحسين أجل الصهيونية ضد والمقاومة العمل، والحرب، االمبريالية وضد

المطضهدة. الشعوب وتحرير قد لدرجة كبيرة, مهمة وهي تحقيقها المستحيل من أنها تبدو ولكن البسيطة. الصحيفة هذا عبر ترفع التي المنظمة المجموعة والمطالبات، الطرح هذا راية

الجمهور مع بوحدة العمل يمكنها إستعداد على الذي المتزايد المقترحات إلى لالستماع دائما المجموعة هذا وتوصل الثورية. خالل من ، للناشطين المقترحات والنقاشات، والمنشورات الصحف الجمهور هذا تعبئة على وتعمل حزبية. مجموعات في وتنظيمه والمشاركة أكبر الحشد كان وكلما أسرع كانت للجماهير، أوسع ثوري مناضل كل تجربة واعمق الدولة وضد البرجوازية، ضد طريق أمام الشعوب وضعت التي راية العمال يرفع عندما مسدود. ويجبرون الثورية, اإلقترحات يفعلوا أن ثوريين الغير الزعماء إنتصار كل وبعد نفسه، الشيء يكون العمال, عليه يحصل الزعماء، لهؤالء حصار بمثابة بالنهاية يؤدي اإلزعاج هذا الممارسات وفضح كشف إلى مع المتعاون لبرنامهجم الحقيقية

واالمبريالية. البرجوازية المناسب الوقت هو ذلك بين الفروق الثوار، به يبين ألن من وغيره الثوري البرنامج المحدودة، السياسية البرامج البديل لتقديم المالئم الوقت هو حركة لقيادة الواضح الثوري األمام إلى والدعوة العمال، نضال

• السلطة. على لالستيالء

6عدد 03 - يوليو / أغسطس 2009