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Alex Vallauri
Alex (Alessandro) Vallauri (Asmara, Etiópia, 9 de outubro de 1949 — São
Paulo, 27 de março de 1987) foi um artista de origem italiana radicado no Brasil.
Veio para o Brasil (cidade litorânea de Santos – onde treinou a técnica da gravura
retratando as pessoas no porto de Santos – e mais tarde para a capital paulista)
com a família no ano de 1965. Formado em Comunicação Visual pela Fundação
Armando Álvares Penteado (instituição em que alguns anos mais tarde ministrou
desenho). Em 1975 foi se especializar em Artes Gráficas no Litho Art Center na
cidade de Estocolmo, na Suécia. Retornando ao Brasil em 1977, deu continuidade
aos grafites em espaços públicos, desta vez nos muros de São Paulo. Ao mesmo
tempo estudou novas maneiras de aplicações de gravura, como a xerografia.
Pioneiro na arte do grafite no Brasil, Alex usou outros suportes além dos muros
urbanos; estampou camisetas, bottons e adesivos. Para ele, o grafite é a forma de
comunicação que mais se aproxima do seu ideário de arte para todos.
Seu interesse por objetos kitsch fez com que, em meados dos anos 1970, passasse
a fotografar painéis de azulejos, pintados nos anos 1950 e colados nas paredes de
restaurantes de São Paulo. Seus registros fotográficos resultaram no vídeo Arte
para Todos, mostrado na Bienal Internacional de São Paulo em 1977.
Para outras documentações envolvendo a decoração kitsch passou a observar e
registrar embrulhos de papel de confeitarias, padarias e outros tipos de
comércios. Iniciou uma coleção de carimbos de uma fábrica com desenhos da
década de 1950. Totalizando uma coletânea de 400 carimbos, Vallauri compôs
suas obras utilizando esses carimbos em outras novas técnicas experimentadas
por ele.
As imagens apresentadas em seus trabalhos eram de simples e rápido
entendimento, pois ele acreditava que uma vez expostas em meio ao caos da
cidade, as imagens deveriam ser de imediata compreensão.
No final dos anos 1980, o grafite de uma bota preta, de salto fino e cano longo, foi
um dos trabalhos do artista – produzido e inserido na paisagem urbana – no
anonimato. Na mesma época, enviou para artistas e amigos uma sequência de
postais manufaturados que consistiam em cópias de cartões postais, contendo
edifícios históricos da cidade, com a intervenção do carimbo da bota preta
sobreposto aos arranha-céus e com frases sobre a invasão da bota na cidade.
Apropriou-se também de imagens das histórias em quadrinhos e da história das
artes.
Texto extraído da Wikipédia