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O problema não no conceito de restrição mas na definição dos possíveis conteúdo e extensão dessas restrições e na distinção entre restrições Restrição a um direito – elementos - o direito e sua restrição - relação de restrição. Teoria Externa Em primeiro lugar ! o direito não restringido Em segundo lugar" o direito restringido. Os direi tos apre senta m-se sobre tudo ou excl usiv amente como direitos restr ingid os" tamb#m concebíveis sem restrições. Entre o conceito de direito e o conceito de restrição não existe nenuma relação necess!ria. $ criada a partir da exig%ncia" externa ao direito" de conciliar os direitos de diversos indivíduos" bem como direitos individuais e interesses coletivos. Teoria Interna  &ão ! o direito e s ua restrição 'penas o direito com um determinado conteúdo. Restrição substitui-se por limite (restrições imanentes) *imites do direito - dúvidas sobre seu conteúdo +e fala em restrições imanentes. ,uem defenda uma teoria individualista do Estado e da sociedade - teoria externa ,uem defenda o papel de membro ou participante de uma comunidade - teoria interna. Restrição a direitos fundamentais - restringíveis são os bens protegidos por direitos fundamentais e as  posições prima fa cie garantidas por p rincípios de direitos fund amentais. Restrições a direitos fundamentais são normas ue restringem uma posição prima acie de direito fundamental. /ma norma somente pode ser uma restrição a um direito fundamental se ela for compatível com a 0onstituição.

Alexy Capitulo 6

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O problema não no conceito de restrição mas na definição dos possíveis conteúdo e extensão dessas

restrições e na distinção entre restrições

Restrição a um direito – elementos - o direito e sua restrição - relação de restrição.

Teoria Externa

Em primeiro lugar ! o direito não restringido

Em segundo lugar" o direito restringido. Os direitos apresentam-se sobretudo ou exclusivamente como direitos restringidos"

tamb#m concebíveis sem restrições. Entre o conceito de direito e o conceito de restrição não existe nenuma relação

necess!ria. $ criada a partir da exig%ncia" externa ao direito" de conciliar os direitos de diversos

indivíduos" bem como direitos individuais e interesses coletivos.

Teoria Interna

 &ão ! o direito e sua restrição 'penas o direito com um determinado conteúdo. Restrição substitui-se por limite (restrições imanentes) *imites do direito - dúvidas sobre seu conteúdo +e fala em restrições imanentes.

,uem defenda uma teoria individualista do Estado e da sociedade - teoria externa

,uem defenda o papel de membro ou participante de uma comunidade - teoria interna.

Restrição a direitos fundamentais - restringíveis são os bens protegidos por direitos fundamentais e as

 posições prima facie garantidas por princípios de direitos fundamentais.

Restrições a direitos fundamentais são normas ue restringem uma posição prima acie de direito

fundamental.

/ma norma somente pode ser uma restrição a um direito fundamental se ela for compatível com a

0onstituição.

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1rincípios restringidores não são capa2es de colocar o indivíduo em determinadas posições

definitivamente restringidas (não-liberdades" não-direitos).

/ma restrição definitiva alcança-se por um sopesamento entre o princípio constitucional atingidos e os

 princípios ue o restringem.

 &ão são os princípios ue podem ser restrições" mas somente as regras ue" de acordo com a lei de

colisão" expressam o resultado do sopesamento.

3ireitos fundamentais podem ser restringidos somente por normas de ieraruia constitucional

O conceito de restrição – direito

0l!usula restritiva - norma.

/ma cl!usula restritiva # parte de uma norma de 3ireito 4undamental completa.

 &o caso de algumas cl!usulas # uestion!vel se são cl!usulas restritivas ou parte do suporte f!tico.Restrições indiretamente constitucionais são auelas ue a 0onstituição autori2a algu#m a estabelecer.

56berle" 7todas as restrições admissíveis aos direitos fundamentais seriam imanentes a eles7.

/ma importante debilidade da teoria interpretativa das reservas # a exist%ncia de inúmeros casos nos

uais o legislador pode decidir se uer" ou não" impor restrições a um direito fundamental.

O ue leva a uma exclusão da proteção do direito fundamental8

O conceito de suporte f!tico dos direitos fundamentais

O conceito de 9mbito de proteção desses direitos.

:mbito de proteção e suporte f!tico devem ser definidos de forma diversa" dependendo da esp#cie de

norma de direito fundamental de ue se trate.

O autor analisa sob o espectro das normas permissivas.

O suporte f!tico # constituído pela cooptação religiosa e pertencem ao seu 9mbito de proteção todas as

condutas ue representam uma cooptação dessa esp#cie.

0ooptação religiosa como um 7bem protegido7 da norma

O conceito de bem protegido e o conceito de intervenção.

;ens protegidos são ações" características ou situações" ou ainda posições de direito

ordin!rio" ue não podem ser embaraçadas" afetadas ou eliminadas. <ntervenção constitui o supraconceito para os conceitos de embaraço" afetação e

eliminação. Os direitos a ações negativas são" portanto" direitos = não-reali2ação de

intervenções em determinados bens protegidos. ' esse direito = não-reali2ação de uma

intervenção corresponde" como ! demonstrado" o dever de não reali2ar essa intervenção.

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O conceito de suporte f!tico do direito fundamental deve ser denominado 7suporte f!tico em sentido

amplo7.

+uporte f!tico em sentido estrito - auilo ue at# agora foi camado simplesmente de 7suporte f!tico7

e a cl!usula de restrição.

1ara ue a conseu%ncia urídica definitiva (proteção definitiva) de um direito fundamental ocorra" o

suporte f!tico tem ue ser preencido e a cl!usula de restrição" não> para ue ela não ocorra # necess!rio ou

ue o suporte f!tico não sea preencido ou ue a cl!usula de restrição o sea.

?eoria do suporte f!tico amplo

?eoria do suporte f!tico restrito.

 &o 9mbito dos direitos fundamentais as normas de direito ordin!rio podem ser classificadas de

diversas formas.

*erce@

 &ormas interventoras  &ormas esclarecedoras  &ormas conformadoras  &ormas protetoras de abuso  &ormas solucionadoras de conflitos

 &orma não-restritiva no 9mbito de um direito fundamental # norma ue tem alguma relação com

auilo ue # abarcado pelo direito fundamental.

O ue diferencia restrição de configuração8

'lgo deve ser 7regulado7 ou 7determinado7 por meio ou em virtude de uma lei

?odos os direitos fundamentais são não apenas passíveis e carentes de restrição legal como tamb#m de

uma 7configuração legal7

O crit#rio da não-inibição da reali2ação de um princípio de direito fundamental pode ser utili2ado par 

diferenciar entre configuração e restrição.

O crit#rio da não-inibição da reali2ação de um princípio de direito fundamental pressupõe ue sempre

ue um sopesamento orientado pela m!xima da proporcionalidade.