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Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 2: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CARLOS E. M. BICUDO

ROSA MARIA T. BICUDO

Biologistas da Sec~ao de Ficologia '.

do Instituto de Botanica, Caixa Postal 4005,

Sao Paulo, Brasil

,

ALGAS DE AGUASCONTINENTAISBRASILEIRAS

CRAVE lLUSTRADA PARA

IDENTIFIC.A.t1Ql.O DE GENE,ROS

FUNDA'QAO BR~L\SILEIRA PARA 0 DESENVOLVIMENTODO ENSINO DE ·CI~NCIAS

SAO .PAULO - 1970

Page 3: Algas Aguas Continentais Brasileiras

IlustraQoes de

CARMEN S .P . ZOCCHIO

CARLOS E .M . B!CUDO

Direitos cedidos pews autores d

FUNDA(JAO BRASILEIRA PARA 0 DESENVOLVIMENTO

DO ENSINO DE CI~NCIAS - FUNBEC

Page 4: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Obra publicadacom, a colabor~iio da

UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

REITOR: Prof. Dr. MIGUEL REALE

EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

COMISSAO EDITORIAL:

Presidente - Prof. Dr. Mario Guimaraes Ferri(Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras). Mem­bros: Prof. Dr. A. Brito da Curiha (Faculdade deFilosofia, Ciencias e Letras), Prof. Dr. Carlos daSilva Lacaz (Faculdade de Medicina) e Prof. Dr.Persio de Souza Santos (Escola Politt~cnica).

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E urn prazer e naturalmente muito agradavel, escrever urn prefacio,especialmente se este e 0 primeiro que se faze :E agradavel porque quemnos procura e urn casal amigo e dos amigos s6 se costuma falar bern. Eurn prazer porque a presen~a no come~o de um livro. embora nao sendoo nosso, contern de certa forma, algo nosso, que se transmutou pela reno­va~o das gera~oes, que se aperfei~oou, que evoluiu e agora como emurn termino de gesta~o vern a luz. :Este e 0 primogenito ou, para sermais explicito, 0 primeiro livro com que ·Carlos, e Rosa Bicudo nos brin­dam. Conhe~o-os desde os primeiros tempos como alunos da Faculdade,ainda nos idos da Alameda Glette, no curso noturno de Sistematica; 0

simpatico casal, unidopelo cora~o desde ha muito, logo se destacou doanonimato dOB primeiros dias dos bancos escolares, 'atraindo nossa aten­~ao pela dedica~ao e per8everan~a nos estudos. Depois seguiu 0' estagiono Instituto de Botanica, sua permanencia la, a viagem e 0 treinamento,especializado nos Estados Unidos, sob orienta~o do Prof. Gerald 'ltV.Prescott de East Lansing, Michigan, a volta ao Brasil, 0 periodo detransa~ao e 0 prosseguimento sempre· entusiasta de sens estudos.

Hoje podemos todos, mesmo os que estao fora do ambito especiali.zado, usufruir de sens progressos, pois Carlos e Rosa Bicudo com estelivro chegam. ate 0 aluno brasileiro, escrevendo urn texto que abriranovos rumos aos que tiverem vontade de se especializar.

Este e 0 melhor caminho para 0 progresso do Brasil. Vamos pro­duzir nossos livros de texto e especializados, adaptados ao nosso meio eao nosso estudante; maneira segura de progredirmos, d~ libertarmo-nosde tradu~oes indiscriminadas, que considero a Marc'a Registrada do sub­desenvolvimento tecno16gico e cientifico.

Parabens Carlos e Rosa Bicudo.

AYLTH'ON BRANDAO JOLY

Professor Associado de BotanicaUniversidade de Sao Paulo

Cidade Universitaria de Sao Paulo, fevereiro de 1969./

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PR,EFACIO DO~ AUToliES

Os microrganismos sao sempre fascinantes. To\davia seu estudo,quando feito, raramente ultrapassa uma ou duas semanas de aulas teo­ricas do curriculo das escolas secundarias. Ao fim desse perfodo saodeixados de Iado como "vegetais ou animais unicelulares, primitivos",sem que ,0 estudante pudesse dispor do tempo necessario para aprend~r

o que observar neles, quando estuda-Ios. Conseqtientemente, a grandemaioria dos estudantes nao chega a ter urn conhecimento adequado doque sao as algas de aguas continentais, da sua posi~ao em rela~ao aosdemais microrganis,mos e vegetais.

Foi nossa inten<:;ao apresentar, neste manual, principalmente umachave artificial para identifica~ao dos gelleros de algas conhecidos atehoje das aguas continentais brasileiras. Para tanto, foram incluidosprimeiro todos os generos ja citados na literatura ficologica brasileira.Depois outros, ainda nao mencionados na literatura especializada bra­sileira, porem identificados por nos durante os varios anos que vimostrabalhando nesse campo da pesquisa.

Nao pretendemos, absolutamente, escrever urn manual para aquelesque tencionam ingressar no estudo das algas. Esta longe' do escopodeste livro tal intento. Este e, ante'S, urn livro bastante informal ­no que difere da maioria dos seus congenereS - escrito para 0 estudantede nivel secundario. Entretanto, estudantes mais graduados que naoestudaram algas de aguas continentais com maiores detalhes, poderaoencontrar aqui alguma ajuda, principalmente se usado junto a textomais especializado.

A informalidade do presente trabalho e notada DaD apenas no textomas, tambem, nas figuras. Desde que este e urn livro escrito para serusado particularmente como manual para aulas praticas e nao comotratado especializado, sentimo-nos perfeitamente it vontade para fazermudan~as nas figuras nao originais e copiadas de outras fontes, quandousadas. Essas mudan~as consistiram basicamente na coloca~ao de enfa­se nas estruturas de importancia taxinomica e indispensaveis ao estu­dante no processo de identificar urn especime.

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8 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

;

Inclui, ainda, 0 presente livro alguns capitulos b·astante breves, SllS-

cintos mesmo, apenas reunidos para dar- ao estudante uma palida ideiadog ambientes onde procurar algas, como coleta-las, preserva-Ias au man­re-Ias em cultura.

Finalmente, apresentamos um glossario dos termos tecnicos espe··cializados e indispensaveis incluidos no texto ou .nas diferentes alterna­tivas da chave.

CEMBRMTB

Sao Paulo, Fevereiro de 1969.

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AGRAD·EOIMENTOS

Queremos tornar publico nosso sincero agradecimento a todas aspessoas que de certa forma contribuiram para a concretizac;ao da pre­sente chave:

Drs. Ayltho)1 Brandao Joly, do Departamento de Botanica daFaculdade de Filosofia., Ciencias e Letras da Universidade de Sao Paulo,SalTIuel Murgel Branco, da ,Cadeira de Hidrobiologia da Faculdade deHigiene e Saude Publica da Universidade de Sao Paulo e Elsa NelidaLacoste de Diaz, enta~ bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas juntoao Departamento de Botanica da Faculdade de Filosofia, Ciencias eLetras da Universidade de Sao Paulo, pela valiosa cooperaC;ao empres­tada tanto na revisao critica dos manuscritos como pelas sugestoes apre­sentadas.

Sta. Lucy Mirian de Carvalho, biologista do Setor de Limnologiado Instituto de Biociencias da Universidade Fe·deral de Pernambuco, pelapaciencia e dedicac;ao demonstradas no manuseio e teste da presentechave.

Prof.a Myrian Krasilchik, do Centro de Treinamento para Professo­res de Ciencias de Sao Paulo, pela ideia original de publicaC;ao do pre­sente t'exto e pelo incentivo constante durante 0 preparo dos rilanuscritos.

Srta. Carmen Sylvia Palma Zocchio, desenhista da Sec~ao de Cripto­gamos do Instituto de Botanica de Sao Paulo, pelo acabamento e pre­paro da maioria das ilustra~oes contidas neste manual.

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INTRODTJQAO

o termo ALGA desde a sua propOSl~ao em 1753, par Lineu, vernsendo aplicado a uma tal variedade de organismos e a sua interpreta~ao

tao discutida, que nao se the pode mais hoje atribuir urn significadopreciso.

Na sua acep~ao majs ampla, seriam ditos alga todos os ta16fitos eprotistas clorofilados, incluindo-se~ ainda, os seus "aparentados" DaO

pigmentados. Segundo a maioria dos especialistas modernos, compreen­dem urn total de 12 classes - Chlorophyceae, Xanthophyceae, Chryso­phyceae, Bacillariophyceae, Euglenophyceae, Dinopb.yceae, ·Cryptophy­ceae, Desmokontae, Cyanophyceae, Phaeophyceae, Rhodophyceae e Chlo­romonadophyceae - alem de varios grupos menores, ainda POllCO estu­dados.

Essa variedade de organismos considerados como algas torna-as urn'grupo tremendamente heterogeneo.

Morfol,ogicamente, as algas variam de unicelular, sem muita dife­rencia~o, atraves de colonial, filamentoso e sifonaceo, ate 0 talo com­plexo dos grandes vareques, ja com tecidos especializados para 0 de.sen­volvimento de varias fun~6es.

A varia~ao de tamanho desses organismo$ tambem e muito grande,desde celulas diminutas de uns pOllcos micron'S de diametro ate as enor­mes algas do oceano Antartico, com dezenas de metros de ~omprimento.

Muitas algas· sao moveis, aproxim-ando-se, assim, dos protozoarios.Em varios casos, inclusive, em se tratando de individuos nao pigmenta­dos, a distin,~o entre os dois grupos torna-se impossivel!

Tambem a cor das algas e variavel.' Pode-se encontrar algas ver­des, amarelas, vermelhas, pardas, azuis" castanho-douradas, etc.

0,8 processos de reprodu~ao sao quase tao variados quanto as for­mas de vida e envolvem mecanismos vegetativos, assexuais e sexuais,freqiientemente caracterizados pela produ~ao de esporos e gametas flage­lados.

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12 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

o unico caracter comum a todos os grupos de algas, concordamos antores, seria a ausep.cia do envolt6rio multicelulado dos esporangiose gametangios, tal qual 0 que ocorre ate nas mais primitivas bri6fitas.A unica exce~ao e 0 gametangio das caraceas.

Ecologicamente, as algas sao urn grupo de distribuic;ao universal.Ocorrem na Buperficie de terra, em todos os tipos de solo e sobre 0 gelopermanente e campos de neve, tendo, todavia, 0 seu maior centro de dis­tribui~ao nas aguas que cobrem 70 par cento da superficie da Terra.

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Ai\IBIENTES ONDE O:CORR,EMALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS

As algas podem ocorrer -em 'todos os ambientes, exce~o as regioesarenosas deserticas.

o ambiente mais rico em algas, com certeza, e 0 aquatico: rios,represas, lagos, lagoas, empo~ados e pantanos. Porero, algas podemtambem ser encontradas em quantidade em ambientes constantementeumedecidos como troncos de arvore, paredes, sargetas, rochas ou solo.

Nao nos esque~amos, finalmente, das algas _que vivem nos chama­dos "ambientes POllCO usuais": endofiticas, epifiticas, perfurantes, epi­zoarias, aguas termais, neve, etc..

Em cada ambiente a ficoflora e caracteristica, podendo as diferen­~as entre os seus componentes ser, as vezes, ba'Stante definidas. Todavia,.este eurn campo da ficologia onde os estudos ja efetuados sao insuficien­tes para serem tiradas conclusoes mais generalizadas.

Uma das caracteristicas marcantes da ficoflora de aguas continen­tais e 0 cosmopolitismo. Muitas especies sao encontradas em todas aspartes do mundo, dos tr6picos as regioes polares~ numa variedade de,ambientes. Outras, todavia, sao r'estritas a certos ambientes. Mesmo,estas, podem ser encorltradas em esta~6es apartadas quilometros de dis­tancia.

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PROCESSOS I~E NUTRIQAO DAS ALGAS

Da grande variedade de organismos classificados como algas, ape­nas umas poucas especies ja foram estudadas dos pontos de vista fisio­16gico e bioquimico. Assim, ha necessidade de se basear as informa­~oes sobre os mecanismos ass~milat6rios ne-ste capitulo principalmenteem resultados de estudos efetuados com algas verdes unicelulares, e11­quanto que a maior parte das considera~oes sobre a quimica dos pro­dutos fin,ais do metabolismo e decorrente de pesquisas em algas mari­n,has, vermelhas e pardas.

Todavia, a despeito da imperfei~ao do nosso conhecimento, e possi­vel tirar certas conclusoes de cunho mais geral a respeito do metabo­lismo das algas.

A grande maioria das algas e autotr6fica, ou seja, sintetiza os me­tabolitos essenciais a partir de suhstancias quimicas relativamente maissimples e energia luminosa. Certas formas de Chlarwydomonas, Chlorella"Peridinium, nao conseguem desenvolver outro mecanisme metab6licoalem da fotossintese.

Algumas algas com pigmentos fotossintetizantes como, por exem­pIo, certa'S especies de Chlorella~ Chlorogonium, Euglena e Nat'icula saocapazes de crescer normalmente no escuro ou em ambiente de carenciade gas carbonico, desde que lhes sejam fornecidas substancias quimicasde alto teor energetico e facilmente metabolizaveis como acidos graxos,acetatos, carbohidratos, etc..

Num outro extremo, algumas formas fagotr6ficas (ex: O'chromonas,D?~nobryon) sao capazes de assimilar alimento sob a forma de particulasem vacuolos dentro da celula, a maneira dos protozarios e como suple­mento it fotossintese.

Concluindo, poder-se-ia dizer que os processos de sintese de ali­mento entre as algas basieamente nao diferem daqueles desenvolvidospelas Qutras formas de vida. As algas apresentam, isto sim, uma va-

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16 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

ria~ao consideraveI dentro de cada tipo de processo, 0 que parece sel1uma caracteristica normal dos organismos mais primitivos.

Outra- caracteristica importante do metabolismo das algas e a suaflexibilidade, notavel tanto na variedade de substratos que podem serassimilados, como na variac;ao consideravel que pode ocorrer nas por­centagens dos varios produtos de metabolismo acumulados no interiordo organismo.

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COLETA E PRESERVAQAO

Hci varios modos de coletar algas. A escolha deste ou daquele pro­cesso vai depender do meio onde elas cres~am e do tipo de trabalho que.se pretende desenvolver.

De urn modo geral, as algas podem' ser coletadas com urn minimade equipamento devendo 0 coletor, todavia, contar com urn suprimentoadequado de frascos de tamanhos variados. Entretanto, estudos quan­titativos e ecol6gicos, por exemplo, podem solicitar urn aparelhamentode coleta as' vezes extremamente complicado.

o metodo mais simples para coletar algas consiste em passar umfraseo aberto em meio it massa de algas ou mesmo na agua a.parente­mente sem algas, enchendo-o ate it rnetade, mais 0 urnenos. .Se no pri­meiro easo epassivel obter-se uma quantidade sufieiente de material, nosegundo 0 nurnero de algas ppr volume e normalmente muito pequeno,sendo dfffeil 0 seu exame posterior pelo tempo que se podera perderpara encontrar urn unieo especime, talvez.

Para obten~ao de uma amostra mais concentrada de material empre­ga-se uma rede especial, de facil confec~ao, constante de urn aro de metalcom cabo, ao qual se adapta urn funil de seda ou 'nylon' e, na parte maisestreita, urn fraseo pequeno, amarrado. 0 conjunto lembra urn coadorde cafe (fig. 1). Pas.sando-se sucessivamente ~ rede no rio ou-Iago, aagua ira passar atraves do tecido indo as algas se concentrar no frasco.Quando se admitir houver coletado material suficiente, basta esvasiar 0

fraseo num outro ou, simplesmente, substitui-Io na rede.Em .todos os casos,- antes de guardar 0 material coletado, e aeon­

selhavel lav,ar algumas vezes 0 frasco com agua do proprio local dacoleta, para retirar urn pouca do alcali natural dOB frascos feitos devidro comum.

As algas que vivem sobre troncos de arvores podem'ser coletadascom 0 auxilio de urn canivete, retirando-se peda~os da casca da arvorecom 0 material.

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18 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Fig. 1 - Rede de pHincton.

Algas que crescem no· solo devem ser retiradas em blocos do pro..prio solo, com canivete, e colocado em caixinhas de f6sforos, por exem-plo. ,.

Em qualquer easo deve-se rotular 03 frascos. com indicac;oes do localde coleta, data da cole~o, nome do coletor e qualquer outra informa~ao

considerada util p,ara 0 seu estudo posterior.

Entretanto, note-se: frascos de vidro comum, por s~rem alcalinos,nao sao utilizaveis para certos grupos de algas (ex: Chrysophyceae).o alcali do vidro pode entrar em soluc;ao e danificar completamente acole~ao.

o preservativo ideal para as algas nao esta ainda bern determinado.o ideal seria uma solu~ao de facil obtenc;ao e que alterasse 0 menospassivel a aparencia da alga. Algumas algas sao mais afetadas porcertos compostos quimicos que outras, particualrmente no que diz res­peito a cor e forma dos cromat6foros. Das inumeras soluc;6es tentadas,talvez a que melhor atende as caracteristicas do born preservativo sejaa solu~ao de Transeau, popularmente chamada· '6-3-1', preparada da se­guinte maneira:

6 partes de agua

3 partes de alcool .etilico 95%

1 parte de formalina

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COLETA E PRESERVA<JAO 19

A fixa~ao e preserva~ao da amostra deve ser feita 0 mais ~revepossivel apos a coleta e ate 48 horas depois, no maximo, principalmenteem 'Se tratando de amostras concentrada~ de material. 0 excesso dematerial em pouca quantidade de agua, como acontece nessas amostras,provoea a morte e decomposi~ao r,1.pida dos microrganismos no seuinterior, alterando, consequentemente, os resultados a serem obtidos doseu estudo.

A fixa~ao e preserva~ao e feita adieionando-se solu~ao de Transeauit agua da propria amostra., na propor~ao de 1 para 1..

A adi~ao de urn pOlleo de sulfato de cobre it solu~ao, 4% aproxima­damente, permite a preserva~ao da cor verde da alga por maior espa~o

de tempo.Se aamostra vai ser guardada por algum tempo e aeonselhavel adi­

ciona-r tambem algurn.as gotas de glieerina pura it solu~ao a fim dediminuir a sua velocidade de evapora~ao.

Fig. 2 - Prepara~ao de material de caraceas para conserva~ao a seco.

Qutros preferem conservaro material coletado, it seeo. Em setratando de plantas microseopicas, pinga-se algum,as gotas da solu~ao

contendo material vivo concentrado sabre uma ficha de cartolina bran­ca, por exemplo, e deixa-se secar naturalmente. Qbtem-se, ao final,como que urn borraozinho seen sabre a cartolina, 0 qual podera serguardado em envelope, num fichario. Quando se desejar estudar essematerial, basta raspar urn poueo do borraozinho sobre um,a la.mina con-

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20 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

tendQ.. uma gota de soluc;ao a 4 por cento de hidroxido de potassio. 0hidr6xido limpa 0 material e facilita a. penetra~o de substancias coran­tes que porventura ~esejamos empregar no estudo do especime.

o material microsc6pico, principalmente de caraceas, porle ser arran­jado com 0 auxilio de urn pincel fino e bern macio, de modo a semelharo mais possivel a planta quando viva e, depois, seen ao sol ou na estufade urn fogao comum. 0 preparo dessas plantas para a seeagem, entre­tanto, demanda uma tecnica especial: (1) escolher 0 especime d·a algaque desejamos distender; (2) colocar uma folha de papel sabre umalamina de metai e mergulhar ambas em uma cuba contendo agu·a detorneira '(fig. 2); (3) deixar 0 exemplar escolhido de alga flutuar naagua da cuba e, em seguida, elevar a lamina meta..lica com 0 papel ateque a alga assente sobre ele; (4) para se obter uma prepara~ao que seassemelhe 0 mais possivel it planta viva, distender, arrumando, as variaspor~oes do talo da planta usando urn pincel bern fino e macio, trabalhandosempre com 0 material sob a agua; (5) tomar 0 m·aterial ja distendidoe fazer 0 seguinte 'sanduiche':

1 folha de papelao corrugado1 folha de papel rnataborrao ou chupao1 folha de papel com a alga distendida1 folha de papel imperrneavel1 folha de papel mataborrao ou chupao1 folha de papeHio corrugado

Depois de feitos tantos desses conjuntos quantos forem necessarios,amarreo-os com cordeis e coloque para secar.

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CULTURA DE ALGAS

Nao e facil cultivar algas em laboratorio. Qualquer material man­tido naturalmente em laboratorio cQme~a logo alterar seu estado e com­posi~ao. Ao fim de uns poucos dias, aquelas formas que predominavaminicialmente tendem a desaparecer, s.1!bstituidas por outras geralmentemais comuns e menos delicadas. A competi~o entre especies e uma dasmaiores dificuldades na preserva~o de uma popula~ao mista. E neces­sario isolar as especies. E so apos essa separa~ao e que se pode tentarmanter, com sucesso, uma cultura. IS80 nao implica, todavia, numaremo~ao de todos os outros microrganismos de uma cultura, especial­mente as bacterias. Culturas contendo uma tinica especie de alga saochamadas uni-algaceas, DaO importando quais e quantos outros micror­ganismos possaro estar tambem presentes. Em certos casos, entretanto,a ausencia de tOOos os outros microrganismos, inclusive bacterias, eindispensavel. Fala-8e, enta~, em cultura pura ou axenica.

o uso de solu~oeg de sais minerais como meio para cultivo de algase aconselhavel principalmente porque a sua composi~ao pode, muitasvezes, 'ser estabelecida de modo a se aproximar 0 mais passivel daquelado ambiente natural. Tais solu~oes, em especial quando corretamentediluidas, tern a propriedade de assegurar a multiplicidade da especie quevive em agua limpa ou em outras localidades carentes de materia orga­nica.

Intimeras tentativas tern sido -feitas para obten~ao de uma solu~ao

cujas condi~0e8 melhor imitassem aquelas do meio ambiente. Dentreelas, talvez a que melhores resultados tern dado foi a introdu~o dorneio solo-agua.

o melhor tipo de 'Solo e 0 argilo-are'noso, nao tao rico em argila ouhumus. Areia, simplesmente, e inadequada. AS vezes, se urn meio acidoe desej.ado, pode-se empregar solo de turfeira. 0 ideal seria empregarsolo do proprio ambiente onde a alga foi coletada. Sendo possivel, aeon­selha-se este proce·dimento.

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22 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Para preparar 0 nleio de cultura misture 1 parte do solo e 5 de aguade torneira, deixando ferver durante aproxim·adamente 30 minutos paraeliminar 0 maxin10 possivel de microrganismos normalmente presentes nosolo. Apos resfriada~ coar a solu~ao em tecido de gaze e deixar decan­tar completamente para semear, fin·almente, a alga que se queira culti­var. Manter a cultura tampada a maior parte do tempo e em ambientenao demasiadamente iluminado.

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~rECNI(jAS R~\PIDAS P AR-LL\. EVIDENCIAQAO

E COIJORAQAO DE ALIGAS

A pequena diferen~a de refra~ao verificada 8.0 microscopio comunlentre os varios componentes celulares, nem sempre permite sua eviden­cia~ao e exame "ao natural". Torna-se comumente necessario corar acelula com certaB substancias quimicas p1ara melhor evidencia~ao dediferentes estrutu·ras celulares. De urn modo geral, os metodos de colo­ra~ao se baseiam na afinidade de certas substancias quimicas - os coran­tes ~ com as distintas estruturas da celula. As vezes, uma determinadaorganela so e corada por determinado corante. Fala-se, entao, de coran­te especifico. Outras vezes, os corantes evidenciam todo urn conjuntode estruturas bioqulmicamente semelhantes e nao podem, 'porisso, serchamados especificos.

Ha uma serie enorme de tecnjcas para corar algas. Escolheu-s-epara ilustra~ao do capitulo, quatro das mais utilizada:s para 0 estudodas algas de aguas continentais:

(1) PROVA DO AMIDO, com iodo: pode ser feita tanto com materialfresco como fixado.

o iodo penetra na Jnolecula de amido produzindo urn efeitooptico tal que 0 grao de amido fica com uma colora~ao que variado violeta ao negro.

Para preparar a 'Solu~ao corante de iodo ju,nte:

Agua destilada .Iodo .Iodeto de potassio .

100 ml1 g

1 g

(2) PROVA DA CELULOSE, com iodeto de potas:sio iodado e acidosulfurico; apenas levada a efeito com material fresco.

Em primeiro lugar, coloear 0 material em solu~ao de IKI par15 minutos ou mais, conforme 0 material examinado. Em segui-

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24 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

da, adicionar uma gota de acido sulfurico it 65 % e esperar suacompleta difusao.

Em presen~a dessa mistura as membranas de celulose tingem­se de azul escuro. Entretanto, ap6s pouco tempo, 0 acido sulfuri­co dissolvera a celulose e a celula ou tecido se desfara.

(3) E,VIDENCIAQAO DE FLAGELOS, com tinta nanquim:

A tinta nanquim tinge todo 0 campo escurecendo-o uniforme­mente, o. que torna m·ais facilmente visiveis cilios e flagelos. Acoloca~ao da tinta e feita com urn pincel fino, no bordo da lami­nula.

(4) EVIDENCIAQAO DE MUCILAGEM, com tfnta nanquim:

A tinta nanquim, devido it sua menor densidade, nao penetraa mueilagem. Todavia, ao se espalhar no meio, a tinta vai evi­denciaJr qualquer bainha ou matriz gelatinosa, que aparece comoque em negativo.

Deve-se salientar que todas as rea~oes devem ser tentadas dep,referencia com material fresco. A fixa~o e preserva~ao dosorganismos provoea mudan~as fisicas e quimicas em suas variasestruturas. Assim, qualquer prova efetuada com material fixadoporle nao ofereeer resultados reais. Por autro lado, os resultadospodem ser falhos mesmo com material fresco! Nestes casos, nova,tentativa deve ser feita, procurando-se pelas causas dos defeitos.Em muitos easos, ~ode ser apenas falta de aplica~ao eorreta da.teeniea.

Como ja foi salientado anteriormente, as teenicas examinada,sno presente capitulo sao as que julgamos a's mais utilizadas parao estudo das algas de aguas continentais, de urn modo geral. Ha.certos grupos de algas, entretanto, que ha necessidade do empregode teenica,s mais esp,ecializadas para ,estudos mam serios. E I)

c,aso, por exemplo, das algas flageladas, onde 0 primeiro pass(}par~ seu estudo e a fixac;ao dos individuos em vapor de acido6smico a 2%; OU, ainda, 0 caso das diatomaceas, cuja ornamenta",·~ao das valvas s6 e passivel com material limpo. Essa limpeza,entre Qutros processos, e possivel pela oxida~ao da amostra eon­centrada com permaganato de potassio a 10 %, pelo periodo apro­ximado de 24 horas.

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eRAVE AR·TIFICIAI.J PARA GENEROS

Para usar a chave, primeiro observe 0 especime ou os especimes edetermine suas "caracteristicas essenciais". Com referencia a -chave,as alternativas de numero 1, no come~o, -deverao ser comparadas umait outra e as "caracteristicas essenciais" do especime. Ao fim da alter­nativa que concorde com 0 m·aterial em estudo existe urn numero. Pro­cure 0 Ingar na chave onde esse numero esteja indicado ao lado es­querdo da pagina e dividido em duas outras alternativas. Repita 0

processo acima e continue ate que urn nome para a alga) em vez de nume­ros adicionais, seja dado ao fim da linha. Assim, para identificarmosSpirogJyra usando-se a chave, as seguintes alternativ,as seriam usadas,ate que 0 numero 150 seja alcan~ado: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 21, 89, 136, 137,138, 139, 148, 149 e 150.

Quando se alcan~ou urn nome na chave, deverao ser feitas referen­cias a ilus.tra~oes e descri~oes do genero em questao em textos maisespecializados, para se ter certeza se 0 especime estudado ao microsc6pioe'Sta ou nao corretamente identificado. Aconselhamos, para esse fim,'dentre varios, os seguintes manuais:

Bourrelly, P. 1966. Les algues d'eau douce. Initiation a la systema­tique. I - Les algues vertes. 511p., 117 pI. Editions N. Boubee& Cie. Paris.

-----. 1968. Les algues d'eau douce. Initiation a 1a syste­matique. II - Les algues jaunes et brunes. Chrysophycees, Pheo­phycees, Xanthophycees et Diatomees.. 438p., 114 pI. EditionsN. Boubee & Cie. Paris.

Engler, A. & K. Prantl. 1896-1928. Die Natiirlichen Pflanzenfamilien,1 (1a): 1-192; fig. 1-140; 1 (lb): 1-153, fig. 1-282; 2: 1-345, fig.1-447; 3: 1-463, fig. 1-36(t Verlag von Wilhelm Engelmann..Leipzig.

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26 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIR&L\S

Fott~ B. 1959. Algenkunde, 482p., 255 fig. Veb Gustav Fischer VerlagJena. Jena.

Fritsch, F. E. 1932. A treatise on the British freshwater Algae inwhich are included all the pigmented Protophyta hitherto foundin British fresh'water by the late G. S. West, 534p., 207 fig.University Press. Cambridge. (Reimpresso em 1968).

Joly, A. B. 1963. Generos de algas de agua dace da cidade de SaoPaulo· e arredores. Rickia [Sao Paulo] Sup!. 1: 1-188, fig. 1-125.

Prescott, G. W. 1962. Algae of the 'Vestern Great Lakes area, withan illustrated key to the genera of desmids and freshw·ater dia­toms, 977p., 136 pI. Wm. C. Brown Company Publishers. Dubu­que, Iowa.. (Revised Edition) ..

---. 1964. How to know the fresh-water algae.. 272p., 487fig. Wm.. C. Brown Company Publishers.. Dubuque, Iowa. (2nd.Edition) .

Smith, G. M. 1930. The fresh-water algae, of the United States, 719p., 559 fig .. McGra,v-Hill Book Company, Inc., New York. (2ndEdition) .

Page 24: Algas Aguas Continentais Brasileiras

1 ° Plantas macroscopicas, em geral com 5 a 40 cm de altura, cres­cendo erectas a partir de orgaos rizoidais fixos'l caul6ide divididoem nO's (dos quais saem os filoides) e entrenos; plantas nao envol­vidas em gelatina (Characeae) 0 0 0 0 0 0 •••• 0 • 0 0 •• 0 • 0 •••• ° 188

1. Plantas menores, em geral microsc6picas; se macrosc6picas e comramas verticilados, envolvidas em copiosa gelatina (as vezesfirme) 0 • • • • • •• 2

2.

2.

Celulas pigmentadas .

Celulas nao pigmentadas, descoradas ... 0 ••••••••• 0 • 0 ••• 333

3 . Celula'S com os pigmentos localizados em cromat6foros defini-dos ..... 0 •••••••••••• 0 •••••• 00 ••• 00 •••• 0............. 4

3. Celulas com os pigmentos difusos no citoplasm·a, as vezes maisdenso na regiao periferica 0 ' ••••••••••••• 0 ••• o. 277

4. Cromat6foros com colora~ao verde-grama; reserva alimentar ge­ralmente sob a forma de amido ou paramilo ..... 0 0 •• 0 0 • o. 5

4 . Cromat6foros com colora~ao distinta da verde-grama; reservaalimentar geralmente sob a forma de oleo au "glicogenio" 193

5 . Plantas tanto m6veis como im6veis na fase vegetativa, geralmentearmazenando amido 0 •••••• 0 0 ••• 0 • • • • • • • • • • • • • • • •• 6

5 ° Plantas moveis na fase vegetativa, armazenando paloamilo 189

Page 25: Algas Aguas Continentais Brasileiras

28 ALGAS DE .AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

6. Celulas flageladas na fase vegetativa e, com poucas exce~oes,

m6veis 7

6. Celulas nao flageladas na fase vegetativa, im6veis 21

7. Plantas unicelulares, solitarias 8

7. Plantas formando colonias, nao unicelulares 14

8 . ·Celulas 4-flageladas Carteria

Carteria Diesing, 1866. Sao incluidas neste genero, presen­temente, cerca de 70 especies conhecida'S do mundo inteiro.As celulas sao tetraflageladas e poss.nem as formas as maisvariadas quando vistas de frente. Em sec~ao transversal,todavia, sao caracteristicamente circulares e apenas muitoraramente, urn pOllCO achatadas. (fig. 3).

8. Celulas 2-flageladas 9

9 . Flagelos de tamanhos diferentes ..... ". . . . . . .. Rotundomastix

Rotundomastix Skvortzov, 1968. Celulas globosas, isoladas ede vida livre, com 2 flagelos de comprimento diferente inse­ridos anteriormente na celula. No interior das celulas existeurn cloroplasto parietal, de colora~ao verde-paJida e com urnpiren6ide bastante distinto.

Este genero inclui apenas 3 e~pecies, todas conhecidas apenasdo territorio brasileiro. (fig. 4).

9. Flagelos de tamanhos semelhantes 10

10. Celulas ov6ides a elips6ides, com 0 protoplasma situado a certadistancia internamente it parede celular e a ela ligado por filamen­

_tos protoplasmaticos radiais; clorofila freqiientemente mascaradapelo hematocromo (pigmento vermelho-alaranjado) aparecendo oscloroplastos, alaranjados ~ ~ .. Haematococcus

Page 26: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 29

Haernatoc'O'ccu.s C. A. Agardh, 182'8 emend. Wille, 1903. Celu­las ov6ides ou elipticas em vista frontal, biflageladas, cir­cundadas por uma parede celular bastante ampla e separadado protoplasma por gelatina. 0 protoplasma fica a uma certadistancia da parede celular, it qual se prende entretanto pornumerosos prolongamentos citoplasmaticos delicados, mais oumenos radiais.

Sao conhecidas ate 0 momento 6 ou 7 especies deste genero.Em todas, ha acumulo de hematocromo no protopla'Sma e que'obscurece 0 cloroplasto. (fig. 5).

10 . Celulas com formas variadas~ providas ou nao de urn envoltOriogelatinoso (podendo possuir envolt6rio de celulose mais ou mellOSelaborado), mas sem quaisquer filamentos protopla'Smaticos ligan-do 0 protoplasma a parede celular 11

11. Celulas achatadas em sec~ao transversal; envoltorio de celulose,bivalvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Phac'otUiB

Phacotus Perty, 1852. ,Celulas incluidas numa 16rica calci­ficada, espessa e diversamente ornamentada. Esta 16ricae constituida por 2 metades, cada uma com a forma aproxi­mada de UJP. vidro de relogio e que se encaixam pelos bordos.A celula, em sl, e do tipo clamidomon6ide.

o genero engloba talvez umas 12 especies. (fig. 6-7).

11. Celulas circulares em sec~ao transversal; envolt6rio de celulose,quando pre'sente, simples~ constituido por uma tiniea pe~ .. 12

12 . Celulas com urn envolt6rio ~e celulose omado com granulas salien-tes e alinhados em series transversais Granulochloris

Granulochloris Pascher & Jahoda, 1928. Celulas biflagela­das de forma aproximadamente ovoide e incluidas em urnenvoltorio gelatinoso delicado, ornamentado perifericamentecom espinhoB ou granulos salientes e dispostos em series heli­coidais decnssantes.

Sao conhecidas ate agora 4 especies deste genero. (fig. 8).

Page 27: Algas Aguas Continentais Brasileiras

30 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASIL~IRAS

12. Celulas se'ID envolt6rio de celulose como 0 descrito acima (a pare­

de eelul6siea neste caso e fina, raramente mais espessa) .. 13

13. Celulas esfericas, elips6ides, subeilindricas ou piriformes .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chlamydom,ona,,~

Chlamydontonas Ehrenberg, 1833. Celulas biflageladas, decontarno bastante varhivel em vista frontal e sec~ao trans­versal circular na maioria das especies au, mais raramente,urn pOlleo eliptico. A forma dos cloroplastos e extremamentevariada tambem e nela esta basead.a, prineipalmente, a divisaodo genera em 5 subgeneros distintos. Incluem-se, atualmen­te, neste genero mais de 500 especies conhecidas do mundointeiro. (fig. 9-10).

13. Celulas fusiformes Chlorogoniu1'n

~~ii'Jl~_~ __ _ _Chlorogon-ium Ehrenberg, 1835. ,Celulas biflageladas, fusi-formes quando vistas de frente e circulares quando examina­das em see~ao transversal.

o genero inclui no mome.nto ao redor de umas 30 especies.(fig. 11).

14. Colonia:s planas, formadas por celulas dispostas em urn unicoplano Goni~c;r~

Goniu,m, Miiller, 1773. Colonias constituidas por 4, 8, 1()ou 32 celulas clamidomon6ides dispostas de modo a formar1 placa plana ou levemente recurvada e de forma regular. Ascelulas sao rnais ou menos iso-orientadas, t6das com os flage­los dirigidos para uma mesm.a face da colonia.

o genero compreende 6 ou 7 especies atualmente. (fig. 12).

14. Colonias esfericas, subesfericas, oblongas Oil ov6ides, formadaspar celulas, dispostas em mais de 2 pIanos 15

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- CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 31

] 5 . Colonia:s oblongas, desprovidas de envolt6rio gelatinoso; celulaspiriformes, iso-orientadas, mais au menos dispostas em 2 estratosde 4 celulas cada, com 2 flagelos Uvo·

Uv'a Playfair, 1914. Colonias extremamente semelhantesaquelas de Spondylomorum. A distin~ao entre es'Ses doisgeneros e feita principalmente pelo numero de flagelos: emUva os individuos possuem 2 flagelos iguais.

.Este genero jnclui 8 ou 9 especies, ape'nas. 0 nome Uva foipreferido, entre outros} a P'yrobotrys Arnoldi, por ser 0 maisantigo. '(fig. 13).

15 . Colonias esfericas, subesfericas au ov6ides, dotadas de envolt6riomucilaginoso 16

] 6. Colonias formadas por m.ais de 500 celulas Volvox

Volvox (l/innaeus, 1758) Ehrenberg,1830. Este genero padeser facilmente reconhecido pela forma<;ao de co16nias geral­mente esfericas, macrosc6picas (0,5 ate 1,5 mm de diametrc),con'Stituidas por algumas centenas de celulas do tipo clami­domon6ide dispostas snperficialmente.

o genero cOIrlpreende umas 20 especies conhecidas atualmen.tee (fig. 14-15).

16 . Colonias formadas por menos de 500 celulas 17

17 .. Celulas fusiforme-truncadas, dotadas de processos citoplasmatico3.alongados em ambos os polos e na sua por~ao mediana .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Stephanosp'haera.

Stephanosphaera Cohn, 1852. Colonias de contarno esfericoou eliptico constituidas por 2, 4, 8 ou 16 celulas reunidassllperficialmente no interior de uma gelatina comum. Ascelulas sao aproximadamente fusiformes, mas. cheias de pro­longamentos protoplasmaticos perifericos, mais ou menoscomplicados, de aspecto geral bastante bizarro.

o genero e monospecffico. (fig. 16).

Page 29: Algas Aguas Continentais Brasileiras

32 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

17 . Celulas esfericas OU hemisfericas, sem quaisquer processos cito-plasmaticos 18

18 . Colonias formadas por celulas de 2 tamanhos distintos, com ca-racter polar ~ . . . . . . .. Pleodorina

PleodCYrina Shaw, 18940 Incluem-se neste genero cerca de 4ou 5 especies que formam colonias esfericas ou elipticas, 'ondeas celulas do tipo clamidomon6ide sao normalmente de 2 ta­manhos, na fase vegetativa. As celulas maiores dominam emnumero e se localizam no polo anterior da colonia. (fig. 17).

18. Colonias formadas por celulas de urn tinico tamanho

19. Colonias formadas por celulas justapostas Pandorina

Pandorina Bory de St. Vincent, 182'4. Oito, 16 e ate 32celu}.as clamidomon6ides dispostas mais ou menos radialmen­te, reunidas forma~do uma colonia globosa ou, as vezes, maiseliptica. As celulas se comprimem umas as outras, manten­do sempre 0 polo anterior voltado para a periferia da massagelatinosa.

Sao conhecidas umas 3 ou 4 especies deste genero, ate 0 mo­mento. (fig. 18).

19. Colonias formadas por celulas nao justapostas 20

20 . Celulas esfericas Eudorina

Eudorina Ehrenberg, 1831. Colonias elfpticas ou cilfndri­cas, mais ou menos regulares, agrupando normalmente 32celulas clamidomon6ides '(raramente 8 ou 16). Essas celulasestao mais ou menos arranjadas em pIanos sucessivos para­leloB entre si, mas perpendiculares ao eixo mais longo dacolonia. O's arranjos mais comuns nas colonias de 32 celu..las sao: 4+8+8+8+4 ou 8+8+8+8.

Incluem-se presentemente neste genero cerca de umas 8 ou9 especies. (fig. 19).

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CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 33

20. Celulas hemisfericas Volvulina

Volvulina Playfair, 1915. Colo.nias esfericas ou elipticas,formada,s geralmente pela reuniao de 16 celulas biflageladas,hemisfericas e colocadas com a face plana voltada para aparede tenue da colonia. As celulas de Vol't'ulina se distri­buem em pIanos sucessivos, paralelos entre si e perpendi­culares ao eixo major da colonia, como em Eudorina.

Apenas 2 especies deste genero sao conhecidas no momenta.(fig. 20).

21. Plantas unicelulares, solitarias ou agregadas 22

21. Plantas multicelulares, na forma de colonia Oll filamento 89

22 . Celulas com uma incisao mediana, dividindo-as em 2 semicelu-las 23

22. Celulas aem qualquer incisao mediana 39

23 . Celulas cilindricas ou oval-alongadas, em geral mais de 3 vezesmais compridas que 0 proprio diametro 24

23. Celulas de Qutras formas, normalmente menos de 3 vezes maislongas que 0 proprio diftmetro 29

24. Cloroplastos estrelados Cylindrocystis

Cylindracystis Meneghini, 1838. As celulas sao elipticas oucilindric-as e com as. polos arredondados. A maioria das es­pecie,s incluidas neste genero nao possue constricc;ao mediana;em nns poucos casos, uma constric~o bastante leve podeexistir. Os cloroplastos sao axiais e podem ser estreladosou pregueados longitudinalmente e com as margens das pre­gas com varias saliencias e reentrancias sucessivas.

o genero inclui m·ais ou menos umas 5 especies conhecidasdo mundo inteiro. (fig. 21~22, 110).

Page 31: Algas Aguas Continentais Brasileiras

34 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

24 . Cloroplastos de outras formas 25

25. Celulas com uma incisao no apice de carla semicelula, mais oumenos profunda Tetmemo'ru,~-

TetmemorU8 Ralfs, 1844. Genero com 5 ou 6 especies conhe­cidas, distribuidas em todo 0 mundo, constituido de indivi­duos aproximadamente cilindricos, com os polos arredondadose constric~ao mediana bastante evi~ente. A caracteristic.afundamental para separa~ao deste genero dos seus seme­lhantes dentro da familia e a existencia de uma incisao ver­tical !nediana relativamente profunda em cada polo. (fig. 23).

25. Celulas Bern qualquer incisao apical 26

26. Celulas com varios verticilos sllperpostos, de protuberancias espi-nifera'S; polos divididos, com espinhos retos ou encurvados .. . . . . . . . . . . . . _. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Triplocera.,,;

Triploceras Bailey, 1850 (ou 1851?). Celulas cilindricas,alongada'S, constrictas na regiao do istmo. 0 apice das se­micelulas e achatado e com 2 (raramente 3) lohos curtos eterminados, cada urn, par 2 a 3 espinhos. Entre os 2 lobosexiste 1 entumescencia pequena, tambem ornada com 1 ou 2espinhos. De resto, t6da a parede celular e ornamentadadesde 0 istmo ,ate aos apices, com verticilos regulares de espi­nhos simples au verrugas emarginadas.

Ha possibilidade de confusao de individuos de Triplocerascom certas especies de Pleurotaenium. 0 tipo de apice loba­do das semicelulas de Triploceras, entretanto, e uma caracte­ristica marc-ante, distintiva do genero. Sao conhecidas ateo presente apenas 2 especies deste genero, mas com inume­ras variedades. (fig. 24).

26. Celulas sem verticilos de protuberancias espiniferas; polos indi-visos 27

Page 32: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 35

27 . Celulas rarame:nte ate 6 vezes mais longas que 0 proprio diametro;incisao mediana bastante suave; base das semieelulas nada OU

muito pOlleo entumescida ,. . . . . . . . . . . . . . .. Penium

Penium de BrebissaTI; 1844., Genera constituido par indivi­duos com celulas aproximadamente cilindricas, com as palosarredondados. Entre as caracteristieas fundamentais dogenero, destaca-se a presen~a de uma sutura mediana naparede celular, a qual normalmente apresenta zonas de alon­ga~o aparecendo como varias linhas de sutura, em certoscasos.

Os autores .sao m·ais au menos concordes na inclusao de cercade 10 especies neste genero. (fig. 25-26).

27 . Celulas mais de 6 vezes mais longa'S que 0 proprio diametro; inci­sao mediana conspicua; base das semicelulas nltidamente entu-mescida ~ ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 28

28 . Base das semicelulas com urn verticilo de denticulos ou com pre-gas longitudinais Docidiu1n

Docidium de Brebisson, 1844. Celulas usualmente cilindricas,alongadas: com uma. constric~ao mediana bern visivel e, de urnmodo geral, bastante parecidas com as celulas de Pleurotae­nium. Em Docidi~t1'n a constric~ao mediana apresenta, entre­tanto, de um lado e d'outro, uma cor6a de fendas ou .de peque­ninas verrugas, caracteristica esta fundamental na separa~ao

entre as dois generos em questao. Os apices podem ser trul1­cados, arredondados OU, as vezes, dilatados.

o ge11ero inclui 4 especies conhecidas do mundo inteiro. (fig.27).

28. Base das semicelulas sem qualquer verticilo de denticulos ou pre-gas longitudinais Pleurotaenium

Pleurotae1"~ium Nageli, 1849. ,Celulas geralmente cilindricas,com as polos truncados e 0 istmo reentrante. Certas especiesapresentam 1 ou mais ondula~oes logo acima do istmo ou,como acontece em umas poucas e'Species, a parede celular

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36 ALGAS DE .AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

apresenta ondula~oes mais ou menos regulare's desde 0 istmoate os polos. Os polos podem ser lisos, d~stituidos de qual­quer ornamenta~ao,ou ornados com uma coroa constitufda porgranulO's mais ou menDs arredondados ou por pequenos espi­nhos. Sao conhecidas ate agora cerca de 50 esp'ecies distri­buidas no mundo inteiro, principalmente nas regi6es de climaquente. '(fig. 28-30) ~

29. Celulas achatadas, estreladas au disc6ides, de contorno aproxima­damente circular em vista frontal; semicelulas profundamente in­cisas e geralmente divididas em lobos radialment~ dispostos (porsua vez, freqiientemente lobulados) Micrasterias

Micrasterias C. A. Agardh, 1827. Este e urn dos generos quepela rnultiplicidade e beleza das formas apresentada, maisatrai a aten~ao do estudioso em algas e, principalmente, docurioso na materia. Exce~ao a uma unica especie, MicraB­terias joliacea, que forma cadeias relativamente longas, ascelulas sao isoladas e de contarno aproximadamente circularou ate quadrangular. Quando examinadas em vista apicalsao lenticulares, fortemente achatadas.

o .contorno das semicelulas pode apresentar 2 ou 4 incisoesprincipais, mais ou menos profundas. Quando existem 2incis6es, a semicelula aparece dividida em 3 lobos: 1 polar,mediano e 2 laterais. As semicelulas com 4 incisoes mos­tram-se divididas em 5 lobos: 1 polar, media,no, 2 laterais,subseqtientes e 2 basais. Em qualquer caso, a margem api­cal dos lobos pode ser inteira ou emarginada OU, mesmo, apre­sentar outras incisoes, menDs profundas, secundarias, dandoorigem a lobulose

Ha algumas formas de Micrasterias colocadas por certos auto­res, pela silhueta das semicelulas, como es.pecies de Euastrum. \(fig. 31-32).

29 . Celulas nao achatadas, raramente disc6ides em vista frontal; se­micelulas Dao incisas ou com incisoes pouca profundas, sem divi-sao radial em lobos ou lobulos 30

Page 34: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 37

30 . Celulas com 1 incisao apical superficial e ampla ou profunda eestreita ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Euastrum

Euastrum Ehrenberg, 1832. Euastru,m e urn genero extre­mamente variado incluindo, talvez,' urnas 200 especies domundo inteiro. As celulas estao dividida'S em duas metades(semicelulas) por urn. senD profundo e, quando vistas de urndos apices, mais ou menos achatadas (contorno eliptico OU

poligonal achatado) . A margem apical das 'Sernicelulas e, namaioria das vezes, dividida medianamente por uma incisaovertical mais ou menos profunda. Tambem, e comum nestegenero a existencia de uma entumescencia basal logo acimado istmo ou, as vezes, mais mediana, em cada semicelula.Este eurn genero que apresenta uma varia~ao morfo16gica taogrande e que inclui urn tal numero de especies, que sua deli­mita~ao precisa e extremamente dificil. Sao relativamentefreq'Uentes os casos onde e problematica a separa~ao entreEuastrum, Cosmarium e mesmo Micrasterias. (fig. 33-3'7).

30. Celulas sem qualquer incisao apical 31

31. Celulas angulares em vista apical 32

31. Celulas elipticas ou oblongas, nao angulares em vista api-cal 34

32 . Celulas com 1 papila, mucron ou espinho simples em cada an-gulo Stauro,de'Sm'tlS

Staurodesmus Teiling, 1948. Individuos com celulas bi- apluri-radiais quando vistas de urn dos apices, cada anguloterminado por 1 espinho mais on menos comprido e em varioscasos reduzido a urn mucron. A parede celular e sempre lisa.

o genero foi proposto por Einar Teiling para reunir um,asec~ao do genero Arthrodesmus constituida por individuoscom celulas bi-radiais em vista a,pical e os polos adornadoscom 1 unico e.s,pinho, e uma sec~ao de Staurastrum.

,Sao conhecidas ate 0 momento cerca de 100 especies, destegenero. (fig. 38-39).

Page 35: Algas Aguas Continentais Brasileiras

38 ALGAS DE AGUAS CONTINE,NTAIS BRASILEIRAS

32 . Celulas com 1 processo mais elaborado em cada angulo, nuneacom papila, mucron au espinho simples 33

33 . Processos angulares em ambas as semicelulas mais ou menosiso-orientados, todos encurvados para urn dos ,polos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . Amscottia

Amscottia Gronblad, 1954. Este genero e tlpiealnente brasi­leiro, tendo sido proposto com base em material eoletado noEstado do Para. O'S individuos da tiniea espeeie ate agoraconhecida possuem celulas que lembram bastante as de Sta'u­rastrum. As celulas sao pluri-radiais em vista apical, apre­sentando duas series superpostas de processos, a inferior com10 proeessos e a superior, com 6. A earacteristica notaveldeste genero, entretanto, e que 0 distingue de pronto de Stau­rastrum e a assimetria bipolar devida principalmente a orien­ta~ao dos processos angulares. (fig. 40).

33 . Processos angulares nao iso-orientados, mas retos ou encurVD--dos Staur,astru1~~

Sta,urastrum Meyen, 1829. Celulas normalmente tri-radiais(raramente bi-radiais) em vista apical. com os angulos orna­mentados com espinhos ou processos estruturalmente maisou menos complicados. Ha, entretanto, 3 sec~6~s do gene.roonde os individuos inclufdos sao destituidos de processos angu­lares ou de espinhos.

Staurastr~im e juntamente com Cosmarium 0 genero de ~des­

midiaceas que inclui 0 maior numero de e'Species conhecidas.Acredita-se que ja tenham sido descritas mais ou menos umas1200 especies, conhecidas de todo 0 mundo. A semelhan<;a deCosmarium, tam,bem, a variedade de formas e de estruturasneste genera' e notavel, tao extraordinaria a ponto de se tor­nar obrigat6ria a sua divisao em sub-unidades, atualmenteem 2 subgeneros, urn com 8 sec~6es e outro, com 5. (fig.43-48) .

34. Celulas com os angulos adornados com m,amilos, mucrons ou es-pinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35

Page 36: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENER10S 39

34. Celulas lisas, com os angulos nao adornados com mamilos, mucronsau espinho'S 37

35 . Face das semicelulas com 1 entumescencia mediana, a qual pade,em certos casos, ser substituida POl" uma serie de granulos auPOl" 1 ou mais espinhos X anthidium

Xanthidi~lm Ehrenberg, 1834 (ou 1837?). ~ste genero pos­sui distribui~ao cosmopolita e inclui ao redor de 90 especiesatualmente. As celulas quando vistas de urn dos polos saobi-radiais, elipticas au hexagonal-achatadas. Quando vistasde frente, sao normalmente hexa- ou octogonais (raramentemais ou menos elipticas), com os angulos ornamentados comespinhos de tamanho e forma variaveis. Em vista apical, (\S

espinhos aparecem em duas series. A parede celular elisa, 'mas no centro das semicelulas aparece urn espessamento sa­liente e freqiientemente ornado de poros, granulos au espi­nhos. (fig. 49-50).

35 . Faee das semicelulas lisa, destitufda de entumescencia mediana ouqualquer outro ornarnento 36

36 . Celulas com 1 papila, mucron ou aespinho simples em eadapolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Staurodesm:tts

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 37).

36. ·Celulas com 2 au 3 espinhos simples em cada polo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Arthrodesmu8

Arthrodesmus Ehrenberg, 1838. Celulas em vista apicalelipticas, com 2 on rnais espinhos marginais por semicelula.No grupo de especies que apresenta comumente 2 espinhospor semicelula, a parede celular e verrucos·a, escrobiculada ouporle apresentar urn espessamento mediano ornado ou nao, emcada semicelula. As especies com 2 espinhos por semicelulae parede celular lisa pertencem, segundo Einar Teiling, aogenero Stau1·odesmus~ No grupo de especies ornadas margi­nalmente com 4 ou 6 espinhos, a parede celular elisa. Este

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40 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

genero inclui, talvez j urnas 20 especie,s de todo 0 mundo. (fig.51-52) .

37 . Face das semicelllias com 1, 2 ou 3 protuberancia'S ornamentadascom granulos, geralmente Euas"tru'm

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 37).

37. Face das semicelulas lisa, sem protuberancias 38

38. Celulas geralmente circulares em vista apical; cloroplastos, emvista frontal, com costelas longitudinais Actinotaeniu1n

Actinotaenium (Nageli) Teiling, 1954. Genero proposto porEinar Teiling, em 1954, incluindo atualmente ao redor de 40espeeies situadas anteriormente com duvida ora como Cosma­rium e ora como Penium. Os individuos ora identificadoscomo, Actinotaenium possuem celulas circulares em sec~ao

transversal e com contorno variado de cilindrico a fu,siformeem vista frontal, com os polO's arrendondados. 0 istmo eusualmenhe pOllCO marcado. Como caracteristicas funda­mentais deste genero pode-se mencionaI', ainda, a paredecelular lisa, a qual porle, todavia, apresentar poros ou escro­bicula~oes, e 0 ·cloroplasto estrelado, quando vi'sto de um dospolos. (fig. 53-54).

28 . Celulas elipticas ou oblongas em vista apical raramente circula-,res; cloroplastos, em vista frontal, de outras formas, nunea comcostelas longitudinais Cosmariul1~

Cosmari1tm Corda, 1834. Trata-se de um genero puramenteartificial e de defini~o precisa extremamente dificiI. Acre­dita-se ja haverem sido descritas cerca de umas 2000 esp'eciesde Cosmariu1n. Os autares modernos, diante da vastidao donumero de especies e da multiplicidade de formas nele in­cluidas, costumam fragmenta-Io em 3 subgeneros e 12 sec~oes,

numa tentativa de melhor pader estuda-Io.

Em linhas gerais, 0 genero pode ser delimitado pelo fato dascelulas pos,suiram uma cOILStric~ao mediana bastante de~ar-

Page 38: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 41

carla e semicelulas inteiras (nao subdivididas em lohos). Avista apical das semicelulas e geralmente eliptica, as vezescircular au, mais raramente, reniforme. (fig. 55-58).

39.

39.

Celulas esfericas a suhesfericas e ate hemisfericas

,C'elulas de outras formas

40

57

40 . Parede celular com espinhos ou setas superficialmente 41

40. Parede celular Bern espinhos au setas superficialmente 47

41 . Parede celular densamente revestida de espinhos gelatinosos, hia-linos, longos e conicos Echinosplwe1·ella

Echinosphaerella G. M. Smith, 1920. Celulas solitarias, decontarno esferico e cobertas com numerosas setas gelatinosas,conicas.

o genero e monoespe.cifico e conhecido apenas do planctondos Estados Unidos da America do Norte e Brasil, ate 0

momento. (fig. 59).

41. Parede celular formando setas superficialmente 42

42 . Setas bruscamente espes,s,adas no quarto basal ... . .. . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . ... Achantosphaera

Achantosphaera Lemmermann, 1898 (ou 18991). Individuosesfericos, solitarios, com a parede celular ornada com setasradiais relativamente longas. Quanto ao asp,ecto geral, lem­bram bastante celulas de Golenkinia. Todavia, as setas emAcanthosphaera sao bruscamente espessadas no quarto basal.

o genero inclui 2 especies conhecidas principalmente do he­n1i'sferio norte. '(fig. 60).

42 . Setas apenas levemente espessadas na base, quando tanto 43

Page 39: Algas Aguas Continentais Brasileiras

42 ALGAS DE A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

43 . Plantas normalmente epifitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 44

43 . Plantas de vida livre, nao espifitas 45

44. Plantas solitarias ou ~regarias, eada uma eom 1 tiniea seta longae protegida, na base, por uma bainha gelatinosa curta .. '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Chaetosphaeridium

Chaetosphaeridi·u,m, Klebahn. 1892. Individuos unicelulares ede habito epifita, solitarios ou reunidos em coxins pela pre­sen~a de mueo ou de tubos gelatinosos. As celulas sao globo­sas e formam urn pelo longo e com a base envolvida por bai­nha cilindrica.

o genero inelui apenas 3 ou 4 esp,ecies conhecidas como habi­tantes das turfeiras de esfagno do mundo inteiro. (fig. 61).

44. Plantas soIitarias ou gregarias, cada uma com 1 tiniea seta rami­ficada dicotomicamente, originada da parte basal da celula e des-tituida de bainha gelatinosa Dicranochaete

Dicranochaete Hieronymus, 1895. Individuos unicelulares,solitarios e com habito epifita caracteristico. As celulas saohemisfericas, fixas pela sua face plana e possuem de 1 a 4pelos mais ou menos longos e originarios da b·ase da celula.tsses pelos sao ramificados dicotomicamente uma ou maisvezes.

Este genero inclui 2 especies de distribui~ao cosmopolita.(fig. 62).

45 . Celulas em poucas setas loealizadas apenas nos polos, ou nos polose no equador . . . . . . . .. Chodatella,

Chodatella Lemmermann, 1898. Individuos unicelulares· esolitarios, esferieos ou elipticos, ornados com umas poucassetas localizadas nog, polos e/ou no equador. A distribui~ao

das. setas e caracteristica. Conforme as especies, podem serlocalizadas apenas nos polos ou nos polos e no equador.

Page 40: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 43

~ste genero inclui cerca de 20 especies conhecidas do mundointeiro. (fig. 63-64).

45. Celulas com numerosas setas mais ou menos homogeneamente dis­tribuidas pela superficie da parede celular .......... .. .. .. .. .. .. .. .. .. ... 46

46 . Cloroplasto com 1 piren6ide Golenkinia

Golenkinia Chodat;. 1894 emend. Korschikov, 1953. Indivi­duos esfericos, solitarios, com a parede celular ornada comsetas radiais relativamente numerosas.

Neste genero, as setas se apresentam em geral ·gradualmenteespessadas em dire~ao· it base. 0 cloroplasto e parietal, emforma de copo, com 1 piren6ide.

o genera inclui 2 ou 3 especies conhecidas do mundo inteiro.(fig. -66).

46. 'Cloroplasto destituido de pi.ren6ide Phytel'io8

Phytelios Frenzel, 1891. Celulas esfericas, solitarias, coma parede celular, ornada com numerosas setas dispostas ra­dialmente. 0 cloroplasto eparietal e destituido de piren6ide.A ausencia de piren6ide e, alias, a unica caracteristica dis­tintiva entre 0 presente genero e Golenkinia.

o genero inclui apenas 2 especies de ocorrencia bastante rara.(fig. 65).

47 . Celulas com 1 tinico cloroplasto, axial 48

47. Celulas com 1 ou mais cloroplastos, parietais 49

48 . Cloroplasto estrelado, dotado de processos radiais achatados naperiferia da celula Asterococc~

Asterococcus Scherffel, 1909. Colonias bastante semelhantesas de Gloeocystis, com a matriz gelatinosa nltidamente estra-

Page 41: Algas Aguas Continentais Brasileiras

44 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

tificada. A caracteristica fundamental deste genero, toda­via, e a forma estrelada do cloroplasto em cada celula.

Conhecem-se atualmente apenas· 3 especies deste genero.(fig. 67).

48. Cloroplastos massi~os, estendendo-se ate 3:S proximidades da pare­de celular, de co.ntorno irregular (lobado); alga encontrada prin-cipalmente em talos de liquens Trebouxia

Trebouxia de Puymaly, 1924. Celulas esfericas e que pos­suem 1 cloroplasto massi~o, estrelado (os lobos estelares saocurtos e largos) e geralmnete com 1 piren6ide axial, rara­mente 2 ou 3 deles.

sao conhecidas atualmente cerca de 5 au 6 especelS destegenero que possui habitQ caracterlsticamente subaereo ouvivem ,em talos de liquens. (fig. 68).

49 . Celulas normalmente epifitas ou epizoarias, usualmente fixas aosubstrato por urn est~pe mais ou menos longo e- expandido termi..nalmente num pequeno disco de fixa~ao Characium

Characium A. Braun, 1849. GeRerO com mais ou menos umas30 especies, todas fixas, de habito geralmente epifita. Ascelulas sao solitarias, na maioria das vezes fusiformes OU,

menos freqiientemente, mais ou menos globosas e com urnpedunculo de fixa~ao de comprimento variavel, 0 qual ter­mina distalmente num disco basal.

Algumas especies sao normalmente encontradas sobre micro­crustaceos. '(fig. 69).

49. Celulas de vida livre, nao fixas 0 • • • •• 50

50 . Celulas com numerosos cloroplastos parietais em forma de plaque­tas irregulares, distribuidos em filamentos citoplasmaticos radian-tes do cefitro da celula Erem,osp,haera

Eremosphaera de Bary, 1858. Celulas esferica:s, solitarias edesusadamente grandes para este grupo de algas (ate mais

Page 42: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 45

ou menos uns, 200 microns de diametro). Os cloroplastosaparecem como numerosos pequenos discos, de forma irregu­lar e dispostos parietalmente, alem de outros, mais fu:sifor­mes, distribuidos em filamentos citoplasmaticos radiantes docentro da celula. ~ste genero inclui 3 especies apenas, conhe­cidas do mundo inteiro. (fig. 70).

50 . Celulas com 1 unico cloroplasto; quando mais de 1 cloroplasto estapresente, eles possuem a forma de plaquetas poligonais ..... 51

51. Celulas com varios cloroplastos parietais, em forma de plaqueta'spoligonais Planktosphaeria

Planktosphaeria G. M. Smith, 1918. Individuos esfericos ede habito solitario ou colonial irregular.. ~les, apresentamnumerosos cloropla:stos de forma aproximadamente piramidal,cada com 1 piren6ide. Vma bainha gelatinosa homogenea eampla envolve as celulas.

:Este genero inclui, ate 0 momento, apenas 2 especies. (fig.71-72) .

51. Celulas com 1 unico cloroplasto em forma de calota, lamina, apa-rentemente difuso 52

52. Cloroplasto em forma de calota 53

52. Cloroplasto em forma de lamina, aparentemente difuso .... 55

53. Celulas destituidas de piren6ide Chlorella

Chlorella Beijerinck. 1890. CelQlas solitarias, geralmenteesfericas ou elipticas ou, raramente, ate reniformes ou assi...metricas. Na maioria dos casos, cada celula possue 1 cloro­plasto, raramente 2. A forma do plasto e bastante v"ariada.Geralmente tern a forma de uma banda com os bordos lisos,preenchendo ·a maior parte da celula. Piren6ide, ausente,o genero inclui talvez, umas 30 especies. (fig. 73-75).

Page 43: Algas Aguas Continentais Brasileiras

46 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

53 . Celulas com piren6ide 54

54. Celulas gregarlas, formando massas pulverulentas ou embebi­das em gelatina; celulas j6vens com parede celular fina e homo­genea, as celulas adultas com parede celular espessa e de con-torno irregular pela presen~ de papilas Chloroc'Occu1n

Chlorococcu1n Meneghini, 1842 emend. Starr, 1955. Celulasisoladas ou reunidas, formando agrupamentos temporarios ede feitio bastante irregular, sem geleia colonial. As celulassao esfericas ou elipticas e possuem 1 cloroplasto parietal emforma de copo ou me'smo com a forma de, uma esfera oca,sern qualquer abertura, em ambos os casos com 1 ou rnaispiren6ides. Incluern-se aqui cerca de 30 ou 35 especie-s comdistribui~ao pelo mundo inteiro. (fig. 76-77) ..

54. Celulas quando gregarias formando grupos de poucos individuos,.normalmente distribuidos de forma irregular no interior de 1envolt6rio gelatinoso Planktospha,eria.

(Veja descri~ao suscinta de genero a page 45).

55 • Cloroplasto aparentemente difuso e com varios piren6ides; pare-­de celular espessa e de contorno irregular pela presen~a de papi-·las ChlorococCtl/lY1l

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 46).

55. Cloroplasto em forma de lamina e normalmente sem piren6i-de .. . . .. . . . .. .. .. .. . . .. . .. .. .. .. .. .. . .. . .. .. .. .. . .. .. . .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . .. 56·

56. Cloroplasto em forma de 1 band,a de bordos lisos, preenchendo·apenas uma pequena parte 'da celula; reprodu~ao por meio deautosporos .. . .. . .. . . .. . .. . .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. ChloreZla.

(Veja descri~ao su.scinta do genero it page 45).

Page 44: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 47

56. Cloroplasto em forma de 1 ba,nda de bordos lobados, preenchendoa maior parte da celula; reprodu~ao por divisao celular, ape-nas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. Pro'tococCU8

ProtocoCCU8 C. ....1:".. Agardh, 1824. A situa~ao das especies deProtococcu,s e Pleurococcus esta de tal forma confusa que F.Brand em 1925, numa tentativa de tornar mais funcional asistematica do grupo, propos 0 nome Apatocoe·c'U8 para a.sespecies daqueles generos destituidas de piren6ides e 0 nomeDesmococcus para as especies tanto de Protococcus comoPleurococcus que possuem pirenoide.

Conhecem-se no momento umas 2 especies de Apa,tococcu"s en­quanto 0 genero Desmococcu".s e monoespecifico. '(fig. 78-80).

57 . Celulas ov6ides, elipticas ou oblongas 58

57 . Celulas de outras formas 64

58 . Celulas com 1 unico cloroplasto, axial, massi~o, estendendo-se ateas proximidades da parede celular, de contorno irregular (loba-do); alga encontrada principalmente em talos de liquens .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . Trebo1tXia

'(Veja descri~ao suscinta do genero it page 44).

58 . Celulas com 1 ou mais cloroplastos parietais 59

59.

59.

Celulas destituidas de piren6ide

,Celulas com 1 ou mais piren6ides

60

61

60 . Cloroplasto em forma de 1 banda de bordos lisos, preenchendoapenas uma pequena parte da celuIa; reprodu~ao por meio deautosporos 0 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• Chlorella

(Veja descric;ao suscinta do genero it page 45).

60 . Cloroplasto em forma de 1 banda de bordos Iobados, preenche'ndoa maior parte da celula; reprodu~o por divisao celular, ape-nas .ProtocoCCU8

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 47).

Page 45: Algas Aguas Continentais Brasileiras

48 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

61. Parede celular ornamentada com setas 62

61. Parede celular destituida de setas, podendo ou nao possuir n6du-los polares mamiliformes 63

62 . Celulas com uma tiniea seta longa e protegida, na base, por 1bainha gelatinosa curta Chaetosphaeridium

(Veja, descri~ao suscinta do genero a page 42).

62 . Celulas com poucas setas localizadas apenas nos polos ou nos polose no equador Chodat,ella

(Veja descri~ao suseinta do genero a page 42).

63 . Celulas com 0. polo mais afilado contido em um tubo gelatinosocurto e 0 polo rnais arredondado voltado para 0 exterior da colo­nia; gelatin·a comumente cor acastanhada; n6dulos polares sem­pre ausentes t............................... Botryococcus

Botryococcus Kilt-zing, 1849. Individuos com celulas ov6ides,com 0 polo mais afilado contido em urn tubo gelatinoso curtoe 0 polo mais arredondado envolto em urn halo de gelati.na.As celulas aparecem reunidas em grupo de 4; mas, variosgrupos desses podem ser reunidos de modo a constituir mas­sas bastante compactas as vezes. A gelatina pode, em algunscasos, aparecer colorida de urn tom acastanhado devido a umasubstancia oleaginosa impregnada de caroteno produzida eexcretada pelas pr6prias celulas. 0 gene,ro inclui 2 ou 3 espe­cies apenas. (fig. 83-84).

63. ·Celulas nao arranjadas como acima; n6dulos polares mamilifor-roes geralmente presentes oocystis

Oocystis Nageli, 1855. ~ste genero inclui umas 40 especiesde distribui~ao cosmopolita, a maioria delas de habito planc­tonico.

Os individuos podem ser unicelulares e solitarios ou estarreunidos em colonias de 2 on 16 celulas, as quais se mantem

Page 46: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 49

juntas pela parede celular gelatinizada das celulas-mae. Ascelulas sao normalmente elipticas e apresentam a parede celu..losiea com 1 espessamento em cada polo, os chamados nodu..los polares, mamiliformes. (fig. 81-82).

6L1. Celulas cilindricas, subcilindricas, aciculares, fusiformes ou luna-das ' . . .. .. .. . . . .. .. .. .. .. . . .. .. . .. .. . .. .. . .. .. . .. .. 65

64. Celulas de outras formas 86

65 .. Celulas em geral epifitas ou epizoarias, usualmente fixas ao subs­trato pot urn estirpe mais ou menos longo e expandido, na base,num pequeno disco de fixa~ao " .. .. .. .. .. . .. .. .. Characium

(Veja descri~ao suscinta do genero it, page 44).

65. Celulas de vida livre, nao fixas "0........................... 66

66.. Celulas cilindricas, subcilindricas, fusiformes aciculares, sempreretas .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . . .. .. . .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .... 67

66.. 'Celulas encurvadas, lunadas ou sigm6ides 80

67 . Parede celular ornamentada superficialmente com setas .... 68

67 . Parede celular lisa, destituida de setas 69

68 .. 'Celulas com poucas setas localiz,adas apenas nos polos ou nos. polose no equador; 1-4 cloroplastos em forma de disco ou lamina, porcelula . .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. . .. . . .. . . .. .... Chodatella

(Veja descri~ao su'Scinta do genero a page 42).

68 .. Celulas com ambos os polos prolongados numa seta retilinea ou.encurvada, longa e com ponta simples, ou uma delas com a pontasimples e a outra bifurcada ou expandida num disco; 1 unico cloro-

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50 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

plasto por celula, com a forma de H em sec<;ao transversal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Schroederia

Schroederia Lemmermann, 1.898 emend. Korschikov, 1953.As celulas sao solitarias e de vida livre. Sen contorno efusiforme, podendo ser retas, encurvadas ou torcidas na formade urn S. As extremidades sao alongadas na forma de setalonga e bern individualizada. Este genero inclui presente-·mente cerca de 4 especies distribuidas pelo mundo inteiro.(fig. 85-86).

69. Cloroplastos parietais 70

69 . Cloroplastos axiais 74

70 . Cloroplastos em forma de fita torcida em espiral .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Spirotaenia

Spirotaenia de Brebisson. 1844. Celulas isoladas, cilindricasou mais 011 menos fusiformes. 0 cloroplasto e a caractens­tica fundamental do genero. Ele porle ser de 2 tipos: parie­tal helic6ide ou central e massi~o. Neste caso, entretanto,existe sempre uma serie de pregas .Iongitudinais torcidas emhelice.

Inclui-se presentemente neste genero cerca de um·as 20 espe­cie's conhecidas do mundo inteiro. (fig. 87).

70 . Cloroplastos nao espiralados 71

71. Celulas com 1 ou ambos os polos afilando bruscamente, formando1 estrutura espinescente ponteaguda Ourococcu8

OurocOCCU8 Grobety, 1909. ,Celulas soIitarias, fusiformes oufiliformes, retas ou sigm6ides e destituidas de bainha de geia­tina. Urn ou ambos os polos das. celulas podem aparecer afi­lados de modo a formar uma estrutura e'Spinescente pon­teaguda.

£ste genero inclui 3 ou 4 especies apenas. (fig. 88-89).

Page 48: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 51

71 . Celulas com os polos nao afilando bruscamente para formar estru-turas espinescentes 72

72 . Cloroplastos com uma fileira axial de 10 ou mais pirenoides ...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Clostenop·sis

Closteriopsis Lemmermann, 1908. Celulas solitarias, retasou curva'S, fusiformes, de um modo geral bastante alongadase destitufdas de involucro gelatinoso. 0 cloroplasto e parie­tal e apresenta numerosos piren6ides.

o genero compreende 4 especies cosmopolitas, ate 0 momen­to. (fig. 90).

72. Cloroplastos freqiientemente com 1 unico piren6ide (raramenteausente) . . . . . . . .. 73

73 . Celulas cilindricas, curtas, cerca de 2 ou 3 vezes mais comprid.asque 0 proprio diametro Coenocystis

Coenocystis Korschikov. 1953. Genero de habito colonial.As colonias sao gelatinosas e constitufdas por celulas elipticas,subcilfndrica'S, reniformes ou lunadas (porem nunea esferi­cas!) e que normalmente aparecem reunidas em pequenosgrupos de 4 ou 8.

o genero e conhecido atualmente apenas do plancton daRussia, Callada e Brasil. IncIui, acredita-se, umas 4 espe­cies atualmente. (fig. 91).

73 . Celulas fusiformes, muitas vezes mais longas que 0 proprio dia-metro (pelo menos mais de 10 vezes) Ankistrodesmus

Ankistrodesn~us Corda, 1838. Celulas fusiformes, bastantelongas e aproximadamente retilineas on mais ou menos en­curvadas OU, ate mesmo; sigm6ides. Em algumas especies o~

individuos representativos sao solitarios; em outras, eles sereunem de modo a constituir fa.sciculos. Nestes ultimos, umabainha gelatinosa relativamente ampIa pO'de ou nao existir.

Page 49: Algas Aguas Continentais Brasileiras

52 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

~ste genero inclui umas 20 especies de distribui~ao mundial.(fig. 92-94).

74. Celulas mais de 10 v€zes. mais longas que 0 proprio diametro;parede celular com inumeros espinhos Gonatozygon

Gonatozygon de Bary, 1856. Celulas cilfndricas, alongadas,retas, curvas ou irregularmerlte tortuosas, com as· palos trun­cados. Cada individuo 'possue 2 cloroplastos tabulares, maisou menos retos au ate urn pOUCO ondulados.

o genero inclui cerca de 6 au 7 especies conhecidas de todoo mundo. (fig. 95-96).

74. Celulas no maximo 5 vezes mais longas que 0 proprio diametro;parede celular lisa 75

75 . Cloroplastos em forma de e'Strela, com 1 tinieo piren6ide ... .. .. . .. .. . .. .. . . .. . . .. . . .. . . .. . .. .. .. . . . . .. . .. . . .. . . . . . .. . .... Cylindrocysti.~

(Veja descri~ao suscinta do genera a page 33).

75.. Cloroplastos em forma ,de lamina au com costelas longitudi-nais 76

~"6 . Cloroplastos em forma de lamina 77

76. Cloroplastos com costelas longitudinais 78

77 . Cloroplastos geralmente excavados na regiao mediana ..... Roya

Roya West & West, 1896. Celulas cilindricas, alongadas elevemente recurvadas. 0 cloroplasto e unico, tabular, com3 ou 4 pregas longitudinais e uma excava~ao mais ou menosmediana, na regiao da celula ocupada pelo nucleo.

Genero de ocorrencia relativamente rara e que inclui 3 espe­cies conhecidas do mundo todo. (fig. 97).

Page 50: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 53

77. Cloroplastos sem qualquer excava~ao especial, na parte medla-na Mesotaeni'Ur1n

Mesotaenium Nageli; 1849. Individuos com celulas isoladas,elipticas ou cilindricas e curtas, com os polos arredondadose em varias especies mergulhadas em u'a matriz gelatinosaabundante. 0 cloroplasto e a caracteristica fundamentalpara a distin~ao deste genero de certa'S especies de Cylindro­cystis. 0 sen numero varia entre 1 e 2 por celula, mas aforma tabular e constante.

o genero inclui 8 especies conhecidas do mundo inteiro. '(fig.98-99) .

78. Bordos dos cloroplastos em geral com reentrancias e salien-cia.s N etrium

Netrium (Nageli, 1849) Itzsighson & Rothe, 1856. Celulasisolada:s de contorno geralmente eliptico OU, mais raramente,cilindrico e com os polos arredondados. 0 cloroplasto e axiale com uma serie de pregas longitudinais cujas margens, namaioria das especies, se apresentam mais ou menos profun­damente recortadas.. 0 genero inclui 3 ou 4 especies conhe­cida'S do mundo inteiro4 (fig. 100).

78 . Bordos dos cloroplastos, Iisos 79

79. Vacuolos apicais, presentes Closterium

Closterium Nitzsch, 1817. Celulas geralmente com a fonnade Iua em quarto crescente, mais ou menos arqueadas. Algu­mas especies possuem celulas retas, fusifonnes ou navie-uIDi...des. Outras, sao fusiformes no ter~o mediano e os ter~os

I distais sao encurvados OU, as vezes, muito delgados. Emqualquer caso, todavia, em ambos os polos celulares existeurn vacuolo com 1 ou mais corpusculos trepidantes. Acre­dita-se que cerca de uma centena de e'Species distintas, conhe­cidas do mundo inteiro, sejaln aqui incluidas. (fig. 101-103).

79. Vacuolos apicais, ansentes .. .. . .. . .. .. . .. .. . . .. . .. .. .. . . .. .. .. .. . .... Penium

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 53).

Page 51: Algas Aguas Continentais Brasileiras

54 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

80. Celulas sigm6ides; cloroplasto com 1 tinieo pire'n6ide (raramenteausente) ... · · . · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Ankistrodesmus

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 51).

80. Celulas lunadas 81

81. Celulas com 2 cloroplastos

'(Veja descriGao suscinta do genero it page 53).

Closterium

81. Celulas com 1 unico cloroplasto ..... ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 82

82. Cloroplasto excavado na regUlo mediana 83

•82. Cloroplasto sem qualquer excava~ao na regiao mediana 84

83 . Celulas com os palos truncados au truncado-arredondado'sRoya

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 52).

83 . Celulas com os polos acuminados Closteriopsis

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 51).

84. Celulas com ambos os polos terminando gradualmente num espi-nho forte e curto t • • •• Clos'teridium

Closteridiu,m Reinsch, 1888. Celulas solitarias e livres.Quanto a forma, elas sao arqueada'S au lunadas e possuemurn espinho pequeno e solido encimando cada polo. A paredecelular e eS,pessa, 0 cloroplasto preenche totalmente a celulae ° piren6ide e geralmente unico.

Alguns autores nao aceitam este genero, incluindo as poucasespecies conhecidas em Tetraedron. (fig. 104).

Page 52: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 55

84. Celulas com ambos os polO's terminando gradualmente, sem for-mar 1 estrutura espinescente 85

85. Celulas no maximo 5 vezes mais longas que 0 proprio diame-tro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Mesotaenium

(Veja descri~ao suscinta do genera a page 53).

85. Celulas mais de 10 vezes mais longas que 0 proprio diametro.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ankistrodesrt1/lkfJ

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 51).

86. ,Celulas piriformes; algas encontradas principalmente em talos deliquens Trebouxia

(Veja descri~ao suscinta do genera it page 44).

8tl . Celulas de outras formas 8·7

87 . Celulas com 1 parte aerea, verde, vesicular au tubular, e outrasubterranea, tubular, normalmente despigmentada; alga normal-mente encontrada sobre solo (imido Protosipho-n

Protosiphon Klebs, 1896. Quando adultas, estas algas apa­recem como pequenas vesiculas verdes, globosas, com cerca de0,5 cm de uiametro e que crescem sobre solo (imido. A fixa.­~ao dessas vesiculas ao substrato e feita atraves de urn fila·mento rizoidal simples, incolor e que nada mais e do que UITI

mero prolongamento da propria vesicula.

o genero e monoespecifico e conhecido do mundo inteiro.'(fig. 105) ~

87 . ,Celulas inteiramente verdes~ destituidas de por~ao subterraneadespigmentada 88

Sg. Celulas achatadas ou isodiametricas, triangulares, quadrangularesou poligonais, os angulos providos au nao de espinhos; espinhoscurtos, menores que 0 diametro da celula Tetraed1~on

Page 53: Algas Aguas Continentais Brasileiras

56 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Tetraedron. Kiitzing, 1845. Tetraedron e um genero extre­mamente variado e bastante mal conhecido ainda. De urnmodo geral, poder-se-ia caracteriza-Io como constituido deindividuos unicelulares, solitarios, com formato extremame'ntevariado. Em geral apresentam forma de coxins triangularesou poliedricos. Destes ultimos) a forma tetraedrica pareceser a mais comum, de onde 0 proprio nome do genero. E,ainda, comum 0 prolongamento do corpo das celulas em apen­dices simples ou mais ou menos complicados estruturalmente.

l!:ste genero inclui umas 40 especies distrib·ufda:s pelo mundointeiro. (fig. 106-107).

88. Celulas raramente achatadas, normalmente piramidais, os angu!ossempre com espinhos; espinhos longos, maiores que 0 diametroda celula Treubaria

TreubaJria Bernard, 1908. Celulas solitarias, de contarnogloboso, triangular ou tetraedrico e munidas de 3 ou 4 (rara­mente ate 8) processos conicos, hialinos e dispostos Dum s6plano ou segundo os angulos de urn tetraedro, conforme 0

caso.

o genero compreende cerca de 5 ou 6 especies conhecidas domundo todo. (fig. 108-109).

89. Celulas formando colonias 90

89 . Celula'S fonnando filamentos, pseudoparenquima ou placas136

90. Colonias com gelatina "abunda.nte 91.

90 . Colfulias com gelatina reduzida, praticamente ansente (diflcilmen-te discernivel ao microscopio) 119

91. Colonias com a forma de tubos simples ou ramificados ..... 9a

Page 54: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CRAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 57

91. Colonias de outras formas 96

92.. Celulas arranjadas em serie ou encontradas apenas nas pontas dostubos 93

92.. Celulas arranjadas irregularmente ao longo dos tubos 95

93. Celulas arranjadas em serie; 2 cloroplastos· com costelas longitu-dinais, em cada celula Cylindroc'ystis

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 33).

93.. Celulas encontradas apenas nas pontas dos tubos 94

94. Celulas com 1 incisao mediana, dividindo-as em 2 semicelulas;plantas restritas a regioes calcareas Oocardium

Oocardium Nageli, 1849. Esta alga cresce em agua corrente,fixa sobre pedras, ou paredes constantemente umedecidas porqueda d'agua, em regioes calcareas. Ela forma pequenaspu.stulas hemisferica,s com 1 a 2 mm de diametro, a miudeconfluentes, de colora~ao verde-claro e que sao, na verdade,pequenos tufos. Urn fragmento 'dess,es talos mostra pequenostubos cilindricos, radiais, ramificados dicotomicamente. Ostubos sao constitufdos por gelatina, impregnado's de calcareoe contem na extremidade livre uma celula mais ou menosov6ide, levemente assimetrica, de aspecto cosmari6ide. Aconstric~ao mediana e apenas levee

o genero e monoespecifico, com uma variedade taxinomica.(fig. -111).

94. Celulas sem qualquer incisao mediana, com mancha ocelar e inver­sao polar '(a parte posterior da celula voltada para a extremidadedo tubo) Prasino-cladu8

Prasinocladus Kuckuck, 1894. Estas algas aparecem associa­das formando colonias dendr6ides, nas quais os individuossao encontrados apenas nas extremidades dos ramos tubula-

Page 55: Algas Aguas Continentais Brasileiras

58 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

res unisseriados. Ai os individuos aparecem curiosamenteinvertidos, com 0 polo posterior voltado para a extremidadedistal dos filamentos.

o genero e marinho POl' excelencia~ incluindo 1 unica especieque habita agua salohra e pade 'se adaptar it agua doce. (fig.112) .

95. Celulas com tendencia a distribui~ao em grupos de 4; 1 u,nicocloroplasto em forma de copo, por celula Tetraspora

Tetraspora Link, 1809. Colonias rnacrosc6picas, de aspectobastante irregular e, em geral, vesiculosas. A matriz gela­tinosa eabundante e no sen interior as celulas de forma maisou rnenos globosa se distribuem em grupos de 2 ou 4, arran­jados ao acaso. Cada celula possue 2 pseudo-flagelos, ousejam, estruturas flageliformes, bastante longa'S, gelatinosase aparentemente sem fun~ao.

~ste genero inclui 7 ou 8 especies habitantes de agua correntefria do mundo inteiro. (fig. 113).

95. Celulas sem tendencia it distribui~ao em grupos de 4; 2 ou 3cloroplastos com a forma de placas curvas, por celula .• . . .-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Palm,odictyo"i~

Palmodictyon. RUtzing, 1845. Celulas de forma esferica, com2 ou 3 cloroplastos parietais, laminares, curvos e destituidosde piren6ide. ....~ principal caracteristica deste genero e aforma~ao de talos tubulares, gelatinosos, irregularmente ra­mificados e ate mesmo anastonomosados entre si. No inte­rior desses tubos as celulas estao geralmente reunidas aospares, e dotadas de uma membrana gelatinosa bern definidat

o genero compreende 3 ou 4 especies cosmopolitas. (fig. 114).

96. Colonias normalrn.ente fixas, piriformes ou clavadasApiocysti.~

Page 56: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 59

Apiocystis Nageli: 1849. Colonias geralmente piriformes oumais raramente globosas, fixas ao substrato por urn pe...dunculo gelatinoso. No interior da matriz gelatinosa abun­dante encontram..:se distribuidas perifericamente varias celu­las tetraspor6ides, tambem reunidas em peQ'lenos grupos de2 au 4.

o genero inclui apenas 2 especies, de distribui~o mundial.(fig. 115):

96 . Colonias fixas ou de vida livre, amorfas, esfericas ou ate elipti-cas q. • • • • • • • •• 97

97.

97.

·Celulas esfericas a subesfericas

Celulas de outras formas

98

104

98 . Envolt6rio gelatinoso da colonia contendo restos daparede celu-lular das celulas genitoras 99

98. Envolt6rio gelatinoso da colonia nao contendo restos da paredecelular das celula:s genitoras ~ . . . . . . . . . . .. 100

99 : Restos da parede celular das celulas genitoras formando cordoesramificados; celulas em grupos de 4, uma na extremidade de cadaramo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Dictyosp}1.aeri1.tm

Dictyosphaer·ium, Nageli, 1849. As celulas sao esfericas ouov6ides e contem 1 ou varios cloroplastos parietais, os quaispodem ou nao apresentar piren6ide. As celulas estao reu­nidas em grupos de 4, mantidas junto por fragmentos gela­tinizados da parede celular das celulas-mae. Varios gruposde"Ss~s constituem uma colonia multipla, ordinariamente envol­vida por u'a matriz gelatinosa abundante. 0 genero inclui,acredita-se, ao redor de umas 12 especies. (fig. 116).

Page 57: Algas Aguas Continentais Brasileiras

60 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

99 - Restos da parede celular das celluas genitoras. formando diminu-tas meias-Iua ao redor das celulas j6vens SchizQchlamys

SchizoC'hiamys A. BraUD, 1849. Colonias de forma irregular,constituidas por inumera'S celulas tetraspor6ides reunidas emgrupos de 2 ou 4 no interior de copiosa gelatina. A caracte­rfstica fundamental deste genera e a persistencia de restosda parede celular d,a celula-mae no interior da gelatina. ::E::stesrestos normalmente aparecem como fragmentos em forma delua em quarto crescente e em numero variavel de 1 a 4.

o genero inclui apenas 2 especies com distribuic;ao mundial.(fig. 117).

100 . Gelatina formando e'Stratos concentricos ao redor de cada celula...................... , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GloeoC'1Jtis

Gloeocystis Nageli, 1849. Colonias com forma mais au menosregular, geralmente elipticas ou tetraedricas, formadas parurn numero de celulas esfericas ou elipticas, com, 1 cloroplastoem forma de copo com 1 piren6ide basal e envolvidas por u'amatriz gelatinosa na maioria das vezes estratificada, emalguns casos homogenea. Nestes casos cada celula tern suabainha bern definida, ampla, nao confluente com aquelas dascelulas vizinhas.

~ste genero inclui umas 3 especies com distribui~ao mundial.(fig. 118).

100. Gelatina homogenea, sem formar estratos concentricos ao redorde carla celula 101

101. Cloroplasto axial, com processos radiais achatados na periferiada celula Asterococcus

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 43).

101. Cloroplasto parietal, de outra'S formas 102

Page 58: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 61

102. Colonias amorfas, com muitas celulas (geralmente mais de 100). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Palmella

Palmella Ly,ngbye, 1819. Massas gelatinosas esverdeadas, detalhe freqiientemnete macroscopieo e aspeeto globoso ou irre­gularmente lobado. As eelulas esfericas ou eliptica'S estaoreunidas em grupos de 2 ou 4, distribuidos caoticamente pelamassa gelatinosa. Cada celula possue 1 cloroplasto em formade copo e 1 piren6ide.

o genero parece ser monoespecifico. (fig. 119-120).

102 . ,C'olonias esferica:s, com poucas celulas (no maximo 32) .... 103

103. Celulas com 1 unico cloroplasto em forma de copo; colonias-filhasusualmente presentes no interior da colonia-mae .

Sphaerocystis

SphaerOC1jstis Chodat, 1897. Colonias gelatinosas esfericas.No interior da matriz gelatinosa encontram-se celulas esfe­ricas reunidas em grupos de 2, ou 4, os' quais estao distri­buidos desordenadamente pela matriz. As celulas possuem1 cloroplasto em forma de copo e 1 piren6ide. As formascoloniais de Planktosphaeria sao dificilmente discerniveis das5 especies que ora constituem este genero. (fig. 121).

103. Celulas com varios cloroplastos parietais poligonais (a,s celulasj6vens, entretanto, possuem 1 tinieo cloroplasto em forma de copo) ;colonias-filha's l1unc,a presentes no interior da colonia-mae .• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PlUnJctQ8phaeria

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 45).

104. Celulas elipticas, oblongas, ov6ides ou fusiformes . . . . . . . . . . 105

104. Celula's encurvadas, reniformes ou lunadas 114

105. Celulas nltidamente elipticas ~ , . . .. 106

Page 59: Algas Aguas Continentais Brasileiras

62 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

105 . Celulas oblongas, ov6ides ou fusiformes o. 107

106. Colonias planas, com poucas celulas distribuidas em grupos de 4.... .. . .. .. .. .. .. ... .. .. .. .. .. .. . . .. .. . . .. .. .. .. .. .. .. .. . . . .. .. .. .. .. .. .... ..... .. Dispo'ra

Dispora Printz, 1914. Celulas globosas ou mais elipticas,reunidas em grupos de 4 que constituem colonias planas comuma unica celula de espessura. A gelatina e abundante.

o genera inclui 3 ou 4 especie-s conhecidas do mundo inteiro.(fig. 122) ..

106.. Colonias amorfas, com numerosas celulas distribuidas caOticamen-te .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . . .. . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. . Pahnella,

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 61).

107. Celulas oblongas ou oblongo-cilindricas

107 .. Celulas ov6ides ou fusiformes 111

108. Celulas com 1 incisao me-diana dividindo-a em' 2 semicelulas; celu­l~s unidas umas as outras por finos, cordoes de gelatina da regiaod-o istmo Cosmocladium

Cosmocladium de Brebisson, 1856. Celulas semelhantes asde Cosmari'um: semi~elulas com contorno eliptica tanto emvista apical como frontal. A caracteristica generica funda­mental, entretanto, e a presen~a de filamentos gelatinososoriginados na regiao do istmo e que reunem as celulas entresi.

Ate 0 presente, sao conhecidas 6 espeCles de'ste genera, dis­tribuidas em todo mundo. (fig. 123-124) ..

108 . Celulas sem qualquer incisao mediana; parede celular da celulagenitora, persistente, envolvendo os individuos recem-forma..dos 109

Page 60: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 63

109.. 'Celulas com 2 e ate numerosos cloroplastos parietais, plac6ides;n6dulos polares freqiientemente presente~ Oocystis

'(Veja descri~ao suscinta do genero It pag. 48).

109 .. Celulas com 1 unico cloroplasto parietal, laminar ou aparentemen­te difuso e preenchendo completamente a celula; n6dulos polaresausentes (raramente apenas 1 presente) 110

110.. Envolt6rio colonial com 1 ou 2 proje~oes espinescentes em 1 dospolos r .. .. .. .. • .. .. .. Pilidiocystis

Pilidiocyst'is Bohlin, 1897. Celulas ov6ides e dotadas de umaparede celular mais ou menos hialina com uma calota espes­sada, de cor acastanhada, em urn dos polos. 0 outro polo eornamentado com 1 ou 2 espinhos localizados sobre um tu­berculo basal bastante evidente.

o genero e nlonoespecifico tendo sido encontrado uma unlcavez em ArE-gua, no Paraguai e outra no Mato Grosso, Brasil,em ambos os casos em meio a gelatina de Ri1J1Jlt:tria. (fig.125) .

110. Envolt6rio colonial sem qualquer proje~ao espinescente .. . . . . . . .. .. .. .. . . .. .. . . . .. .. .. . . .. ~ . .. . .. .. . . .. .. .. .. . .. . . .. .. . N epkrocytiunt

}lephrocytiunl~Nageli, 1849. A's celulas sao elipticas, ov6idesou reniformes e contem 1 cloroplasto parietal com 1 piren6ide.Quatro a 8 celulas dessas podem se manter gregarias no inte­rior da parede celul6sica gelatinizada da celula-mae.

:mste genero inclui uma dezena de especies com distribui~ao

mundial. (fig. 126-127).

111. Celulas ov6ides ~ .. .. . . . . . . . . . . . . . . 112

111. Celulas fusifornles ~ , '.. 1.13

Page 61: Algas Aguas Continentais Brasileiras

64 ALGAS DE .AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

112 . Envolt6rioB gelatinosos celulares confluentes; celulas em gruposde 4, nas extremidades de cordoes ramificados .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Dic't1J08phaeriuln

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 59).

112. Envolt6rios gelatinosos celulares distintos, nao confluentes ...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Gloeo,cyst"iB

(Veja de.gcri~ao suscinta do genero it page 60).

113. Celulas aos pares ou em grupos de 4 no interior do envoltoriogelatinoso; reprodu~ao por simples divisao celular .

Elakatothrix

Elakatothrix Wille, 1898. Celulas· geralmente fusiformes,menos comumente cilfndricas e de habito colonial normal­mente. Representantes deste genero sao geralmente confun­didos com aqueles de Ankistrodesm1tt.c;, dos quais diferem prin­cipalmente pela posi~ao relativa do plano de divisao celular.Em Elakatothrix esse pIa,no e obliquo em rela~ao ao planomediano da celula; em Ankistrodesmu8 e perfeitamente trans­verstal.

~ste genero inclui cerca de 10 especies com distribui~ao portodo 0 mundo. (fig. 128-129).

113. Celulas em fasciculos de 4 no interior do envolt6rio gelatinoso;reprodu~ao por autosporos Quadrigula

Quadrigula Printz, 1915. As celulas sao fusiformes e podemser retilineas ou mais ou menos encurvadas. Elas estao reu­nidas em grupos de 4, dispostas paralelamente ao eixo maiorda matriz gelatinosa colonial.

o genero inclui, talvezmeia duzia de especies distribuidaspelo mundo. inteiro. (fig. 130).

114. Celulas reniformes e oblongo-cilindricas na mesma colonia, arran­jadas em grupos de 4 nas extremida.des de cordoes ramificados;

Page 62: Algas Aguas Continentais Brasileiras

eHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 65

as celulas oblongo-cilindricas em serie, polo com polo, e as reni­formes em ambos os lados do ponto de ju.n~ao das 2 primeiras .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Dimofl'p'hoco,cC'lt8

Dimorphococcus A. Braun, 1855. 'Colonias multiplas consti­tuidas pela reuniao de urn numero de grupos de 4 celulascada. As eelulas que constituem cada urn desses grupos saocaracteristicamente de 2 tipos morfol6gicos: as 2 celulas maisexternas possuem forma ligeiramente diferente daquela das2 celulas localizadas mais pa.ra 0 interior da matriz gelati­nosa. Dai 0 proprio nome do genero.

o genero inelui 2 espeeies eOllhe·cidas das aguas. acidas domu,ndo todo. (fig. 131).

114. Celulas de 1 tinieo tipo na colonia 115

115. Celulas arranjadas em grupos de 4, 2 das quais num mesmo planoe em contacto pelos polos. as outras 2 formando angulo com asprime-iras, tocando-as por apenas 1 dOB polos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Tetral'~nto8

Tetrallantos Teiling, 1916. Celulas lunadas e dispostas demodo a formar urn grupo de 4 segundo urn arranjo caracteris ..tieo: 2 delas, localizadas num mesmo plano, se mantem emcontacto por 1 ou ambos os palos; outras 2, distribuidas tam­bern num m·esmo plano do espa~o, perpendicular ao primeiro,mantem 0 mesmo tipo de contacto que as 2 primeiras e apa­recem justapostas a elas por 1 dos polos.

o genero e monoespecifico e conhecido do mundo inteiro.(fig. 132).

115. Celulas arranjadas de forma diferente 116

116. Restos da parede celular das celulas genitoras, persistentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 117

116. Restos da parede celular das celulas genitoras, nao persisten-tes 118

Page 63: Algas Aguas Continentais Brasileiras

66 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

117 . Restos da parede celular das celulas genitoras formando cordoesramificados; celulas em grupos de 4, 1 na extremidade de eadaramo Dict'yo8phaeriu~n

(Veja deseri~ao suscinta do genero it page 59).

117 . Restos da parede celular das celulas genitoras (freqiientementegelatinizados) envolvendo completamente as celulas j6vens, DaO

formando cordoes ramificados N ephroeytium

(Veja descri~ao suscinta do genero it pag. 63).

118. Celulas em fascfculos de 4, iso-orientadas no interior do envol-t6rio gelatinoso QUtadrigul,n,

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 64).

118 . Celulas fortemente lunadas ou falciformes, nao forma-ndo gruposde 4 iso-orientados no interior do envolt6rio gelatinoso .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ - . . . . .. Kirchneriel14

Kirchn.eriella Schmidle, 1893. Celulas geralmente com aforma de Ina em fase de quarto crescente mas, as vezes, maisou menos fusiformes e irregularmente contorneadas. Quatro,8 ou 16 dessas celulas aparecem agrupadas sem qualqllerarranjo especial no interior de u'a matriz gelatinosa homoge­.nea comum.

Sao inclufd.as atuallnente neste genero cerca de 12 especies~

cosmopolitas. (fig. 133).

119. Colonias com forma definida 120

119 . Colonias sem forma definida ,133

120 . Celulas arranjadas em grupos de 4 ou multiplos de 4, usualmenteate 32 r " • • • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• 121

Page 64: Algas Aguas Continentais Brasileiras

eRAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 67

120. Celulas mais numerosas, nao a.rranjadas em grupos de 4 (rara-mente menos de 16 130

121. Margem livre das celulas ornamentada com setas OU espi-.nho·s . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 122

121. Margem livre das celulas) lisa, sem setas ou espinhos ...................................................... 124

122 . Celulas dispostas em linha, os eixos mais longos, paralelos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Scenedesmu8

Scenedesm,'US Meyen, 1829. Celulas de urn modo geral elipti­cas ou fusiformes, reunidas lado a lado de modo a formarcolonias lina-res com 4 ou 8 celulas (raramente 2, 16 ou mes··rno 32). Os cen6bios de 2 celula'S geralmente apresentam-seeonstituidos por 2 fileiras alternantes de 4 eelulas cada uma.

tste genero e de sistematica bastante dificil. Acredita-seque mais de 150 especies possam ser aqui incluidas. (fig.134-136) .

122. Celulas dispostas em cruz1 ou quase 123

123 . Celulas com 1 tinieo cloroplasto em forma de copo; geralmenteformando colonias compostas Micractiniurr~

Micractinium Fresenius, 1858. Genero estritamente planeto­nieD constituido de individuos esfericos ou elips?idais, reuni­dos em grupos de 4. Geralmente, varios grupos de 4 celulaspodem ser encontrados constituindo cen6bios multiplos comate uma centena de celulas. Cada celula possue na sua facelivre 2 a 4 setas delicadas.

o genero inclui 4 espeeies eonhecidas do mundo inteiro. (fig.139) .

123 . Celulas com 1 ,a 4 cloroplastos parietais em forma de lamina;muito raramente formando colonias compostas ~ ~

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tetrastru111

Page 65: Algas Aguas Continentais Brasileiras

68 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Tetrastrum Chodat, 1895. O'S cen6bios neste genero sao bas..tante parecidos com aqueles formados, por Crucigenia. Adiferen~a entre esses dais generos e a presen~a' de urn certonumero de espinhos mais ou menos longos na margem exter­na de cada celula de Tetrastr1l1'n.

Cerca de umas 10 especies, sao atualmente re'conhecidas comorepresentantes deste genero, em todo 0 mundo. (fig. 137-138).

124. Celulas alongadas irradiando de urn centro comum ".. . . . . .. . .. . . . .. . . .. . . . .. . .. .. . . .. . . .. . . . .. " ". Ac,tinas,trum

Actinastrum Lagerheim, 1888. Colonias constituidas por 4ou 8 celula,g de forma variada (raram.ente 16) agrup,adas demodo a formar uma estrela irregular. 0 genero inclui 7 ou8 especies cosmopolitas. (fig. 141).

124.. Celulas sem distribui~ao radial, dispostas em 1 ou 2 pIanos, ape-nas ....... " .. . .. .. . .. .. .. . . .. . . . .. . .. . .. .. . .. . . . .. . . .. .. . .. .. . .. .. . . . . . .. . 125

125 . Celulas dispostas em 2 pIanos paralelos, os eixos mais longos,paralelos a a • • .. .. .. .. • • .. • • .. • • • • • .. .. •• Tetradesmus

Tetradesmus G. M. Smith, 1913. As celulas' sao fusiformes.Elas aparecem reunidas em pequenos grupos de 4 ou 8, para­lelas segundo 0 eixo mais longo das celulas, formando tetra­des.

~ste genero compreende 6 ou 7 especies apenas, ate 0 momen­to. (fig. 142-143).

125.

126.

126.

Celulas dispostas em 1 unico plano

Celulas dispostas em linha

Celulas dispostas em cruz

126

127

128

127. Colonias geralmente compostas, mantidas juntas pelos restos daparede celular das celulas genitoras; celulas esfericas a subesfe-ricas ".............. W esteUa

Page 66: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CRAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 69

Westella de Wildemann, 1897. Celulas esfericas com 0 cloro­plasto em forma de copo e, na maioria das vezes, com urnpiren6ide. As celulas aparecem reunidas em 1 ou mais gru­pos de 4 e normalmente se mantem reunidas pelos restos daparede celular das celulas-mae. Uta matriz gelatinosa mais.ou menos abu,ndante envolve tudo..

o genera inclui 3 especies cosmopolitas. '(fig. 154).

127 . Colonias geralmente isoladas, sem mostrar restos da parede celu­lar das celulas genitoras; celulas elipticas ou fusiformes, os eixosmais longos geralmente paralelos Scenedesmus

(Veja descri~ao suscinta do genero a p,ag. 67).

128. Margem livre das celulas com uma incisao median,a; celulas to-cando-se no centro da colonia Pedia8tr~lm

Pediastrum Meyen, 1829. Cen6bios circulares e planas, cons­titufdos por 2, 4, 8, 16 ou ate 128 celulas. As celulas pos­suem forma muito variada e, na maioria das vezes, as celulasperifericas sao bem distintas das interiores. Os cen6biosbicelulados sao extremamente raros, enquanto que os maiscomumente encontrados possuem de 4 a 16 celulas. .

o genero compreende cerca de 15 ou 20 especies cosmopoli­tas. (fig. 144-146).

128 . Margem livre das celulas, lisa, sem qualquer incisao; celulas, naose tocando no centro da colonia, mas deixando 1 espac;o qua,dratico,maior ou menor ............................•......... 129

129 . Colonias com restos nao gelatinizados da parede celular das celu-las genitoras Westella

(Veja descric;ao suscinta do genero a page 69).

129 . . Colonias sem qualquer resto de parede celular das celulas genito-ras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Crucige11,ia

Page 67: Algas Aguas Continentais Brasileiras

70 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Crucigeni·a Morren, 1930. Celulas reunidas em pequenos gru­pos de ·4, formando cen6bios pIanos. A forma das celulase bastante variavel: triangular, eliptica, trapezoidal, emquarto de circulo, etc. Os cen6bios, por sua vez, podem serretangulares, quadrados.. circulares ou rombicos, mas semprecom urn pequeno meato central.

o genero inclui ao redor de 20 especies distribuidas pelomundo todo. (fig. 149-152).

130. Colonias angulares de celulas poligonais Coelastrunt

Coelastntm Nageli, 1849. Celulas de forma muito variada ereunidas entre si por urn certo numero de apendices mais oumenos longos de maneira a formar colonias regulare~ com4, 8, 16, 32 ou mais celulas. 0 genera inclui aproximada­mente 25 e.species de distribui~ao mundial. (fig. 147-148).

130. Colonias tubulares, esfericas a subesferieas 131

131. Colonias tubulares (saculiformes) de celulas cilfndricas, cujos in-tersticios sao delimitados por 4, 5 ou 6 celulas .• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. H'ydro~ictY01l

HydrodictY01~ Roth, 1800. Celulas cilindricas, alongadas ereunidas polo com polo de tal maneira a formar uma redede malhas geralmente hexagonais. Esse cen6bio reticuladopossue a forma de urn tubo oeo, feehado em uma ou ambasextremidades.

o genero tern 3 ou 4 especies conhecidas ate 0 momento. (fig.140, 153).

131. Colonias esfericas ou subesfericas 132

132. Margem livre das celulas com 1, 2 ou 4 espinhos mais ou menosfortes' Sorastru'n't

Page 68: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 71

132.

Soras'trum Kiitzing, 1845. Os individuos representativosdeste genero formam cen6bios esfericos constituidos por 8 eate 128 celu]as dispostas radialmente.As celulas 'Sao piri­formes ou reniformes e estao em contacto mutuo no centrodo cen6bio atraves de urn prolongamento da propria celula.,na sua parte mais interna em rela~ao ao centro do cenobio,na forma de urn pedunculo cilindrico. No polo livre das celu­las observam-s·e 1, 2 Otl 4 espinhos de, desenvolvimento varia­vel.

Cerca de 10 especies sao reconhecidas e incluidas neste gene­rOe (fig. 155).

Margem livre das ce]ulas, lisa, sem qualquer espinhoCoelastrum·

(Veja descri~ao suscinta do ge,nero a page 70).

133 . Celulas globosas formando pacotes irregulares e com as faces emcontacto, planas Protoco:ccu..~

(Veja descri~ao suscinta do genero it, page 47).

133 . Celulas fusiformes ou encurvadas, nao formando pacotes ..................................................... 134

134. Celulas encurvadas, tocando-se mutuamente pelas faces, conve-xas Selenastrum

Selenast'Nt1n Reinsch, 1867. As celulas sao lunadas e apare­cern em grupos de 4, agregadas pela sua margem convexa,constituindo freqiientemente colo,nias multipla:s. Falta nestegenero a matriz gelatinosa colonial.

Este genero compreende 6 ou 8 especies distribuidas pelomundo todo. (fig. 156).

134. Celulas fusiformes, nao se tocando mutuamente pelas face,s con-vexas 135

Page 69: Algas Aguas Continentais Brasileiras

72 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

135. Celulas dispostas em serie, tocando-se mutuamente pelos polos eformando colonias arborescentes Dactylococcus

DactylococCU3 Nageli, 1849. ·Celulas fusiformes e curtas,que se mantem unidas polo a polo de maneira a formar ca­deias mais ou menos ramificadas. Quando encadeados, osindividuos representativos deste genero sao tipicos. Entre­tanto, quando isoladas, as celulas de Dactylococcus sao facil­mente confundidas com as de Ankistrodesm'US.o genero )e monoespecifico e r,aramente encontrado. i(fig.157) .

135 . Celulas nao dispostas em serie, mas formando feixes torcidos............. · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Ankistro·desmus

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 51).

136. Celulas formando filamentos :............... 137

136.

137.

Celulas formando pseudoparenquima ou placas

Filamentos simples, nao ramificados

183

138

137. Filamentos ramificados 169

138. Filamentos multisseriados na base e unisseriados no apice .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Schizomer1~8

Schizomeris Kiitzing, 1843. Talo cilindrico, massi~o, naoramificado, com ambas extremidades atenuadas e fixo pelabase. :S:sse talo e formado por celulas prismaticas dispostasem aneis regulares. 0 genero inclui apenas 2· especies rara­mente encontradas. (fig. 158-159).

138. Filamentos totalmente unisseriados 139

139 . Celulas com 1 incisao mediana mais ou menos evidente 140

Page 70: Algas Aguas Continentais Brasileiras

139.

140.

CHAVE ARTIFICIAL PARA GtNEROS

Celulas sem qualquer indicio de incisao mediana

Celulas unidas por curtos processos apicais

73

148

141

140. Celulas nao unidas por processos apicais ...... .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. . 142

141. Processos apicais cobrindo parcialmente os apices das celulas adja-centes; celulas 2-angulares em vista apical ...... .. . .. . .. .. . . .. . .. .... .. .. .. . .. .. . . . .. .. .. .... .... .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. Sphaero-zo'sma

Sphaerozosma Corda, 1825 emend. Bourrelly, 1964. In­cluem-se ao 'redor de umas 10 especies conhecidas do mundointeiro neste genero que muito se aBsemelha a Sp'OndylO'siu1n.Neste caso, todavia, a uniao de varias celulas cosmari6idesque constituem os filamentos e feita atraves de 2 apendicesbastoniformes polares~ diagonalmente opostos, de tal modoque num fio as celulas vizinhas entrecruz,am sens apendices.

o genero assim caracterizado inclui uma parte do antigo ge­nero Sphaerozosma Corda e todo 0 genero Onychonema Wal­lich. 0 restante das especies daquele genero nao incluidona caracterizac;ao acima, 0 foi em Teilingia Bourrelly. (fig.160-162) .

141. Processos apicais .nao cobrlndo os apices das celulas adja:scentes;celulas 3-angulares em vista apical Streptone1na

Strep'tmema Wallich, 1860. G-~nero monoespecifico e deocorrencia bastante rara. As celulas sao em geral mais lar­gas que compridas, profundamente constrictas na regiao me­diana. Em vista apical aparecem com a forma ap,roximadade helice de aviao, com 3 lobos mais ou menos iguais. As

\

celulas unem-se umas -As outras por meio de 3 apendices pe-queninos e originarios da por~ao mediana da margem polar.Os filamentos assim constituidos sao levemente torcidos, emhelice. (fig. 163-164).

142. Celulas circulares a elfpticas em vista apical 143

Page 71: Algas Aguas Continentais Brasileiras

74

142.

143.

ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Celulas angulares em vista apical

Celulas circulares em vista apical

14-7

144

143 . Celulas elipticas em vista apical 146

144. Paredes, celulares apresentando estrias longitudinais ............................. Bamb'l.tSi1tG

Bambusin,a Kiitzing, 1845. Celulas mais ou menos cilindricas,com a forma aproximada de urn barrilete e dotadas de estriaslongitudinais na regiao dos polos. Esta estria~o, alias, e acaracteristica fundamental para a separa~o deste genero decertas e.species de Desmidium.

Conhecem-se presentemente cerca de uma dezena de especiesdistribuidas principalmente pelos paises de clima quente. (fig.165).

144. Paredes celulares sem qualquer estria~o 145

145.. Celulas com 1 entun1escencia na regiao mediana · ·. .. .. .. . . . . . . .. . .. . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . .. Groenbla,d-Ut

Groenbladia Teiling, 1952. Os individuos incluidos nas 4especies ora conhecidas deste genero possuem celulas cilin­drieRS ou mais globosa.s, com 0 seno mediano pOllCO marcado.As eelulas estao reunidas polo a polo, numa simples rela~o

de justaposi~ao, formando filamentos simples. '(fig. 168).

145. Celulas sem qualquer entumescencia mediana .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . .. . . . . . . .. . . .. . . . . .. H'yalothec'a

Hyalotheca Ehrenberg, 1840. Este e 0 genero menos desmi­di6ide da familia, segundo os autores. O's filamentos unisse­riados sao constituidos de celulas mais ou menos cilindricas,com uma constric~o mediana pOlleo marcada e, as vezes, ate­inexistente.

o genero inclui talvez umas 10 espeeies conhecidas do mundointeiro. (fig. 166-167).

Page 72: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CRAVE ARTIFICIAL PARA GENE~OS 75

146. Celulas fortemente achatadas no sentido do maior eixo ... . .. . . . . . . . . .. .. .. . . . . . . . . .. . . .. .. . . . .. .. . .. .. . .. .. .. .. . .. .. . Sp-ond'ylosi1lm

Spondylosiurn de Brebisson, 1844. Celulas, bastante seme­lhantes as -de Cos'marium, unidas polo a polo em cadeia,s maisou menos- longas. Os polos possuem margem lisa, d~-stituida .'de qualquer granulo ou apendice, como no caso de Sphaero­zosma.. A uniao das celulas se faz simplesmente por COD­

tacto.

Ao redor de 30 especies sao usualmente conhecidas e incluidasneste- genero. (fig. 169-170) ..

146. Celulas nao fortemente achatadas no sentido do maior eixo. .. . . . . .. .. . .. . .. .. .. .. . . . . .. .. . . .. .. . . .. .. . . .. . . .. . . . .. .. .. .. . . .. .. DeS1nidium

Desmidium C. A. Agardh, 1824. Genero de algas que for­mam filamentos geralrnente torcidos em helice e envoltos poruma bainha gelatinos-a mais ou menos notavel. As celulassao mais largas que seu proprio comprime,nto na maioria dasespecies e apresentam na regiao mediana uma depressao quepode aparecer, as vez-es, apen-as indicada. Quando vistas deurn dos polos, ·as celulas aparecem com 0 contorno geralmenteeliptico ou mais ra,ramente, angular (3-5-angular).

o genero Desmidium inclui ao redor de umas 20 especies co­nhecidas do mundo inteiro. (fig. 171-173).

147 . Celulas 3-angulares em vista apical Spondylosium

(Veja descri~ao suscinta do genero a pag. 75).

147. ,C'elulas 4-angulares em vista apical Phymatodocis

PhymatodotCis Nordstedt, 1877. Celulas nltidamente assime­tricas unidas de modo a formar filame-ntoB que podem ou naoser torcidos em helice. As celulas sao quadrangulares ouraramente pentangulares, quando. em vista frontal, com senomediano profundo. Quando observadas de urn dos polos, ascelulas sao cruciadas ou podem se apre:sentar com a formaaproximada de urn H.

Page 73: Algas Aguas Continentais Brasileiras

76 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

o genero 10i p.roposto b,aseado em material brasileiro deMinas Gerais e deve incluir, atualmente, umas 3 ou 4 especiesde ocorrencia rara, conhecidas principalmente das regioesquentes do globo. (fig. 17~177).

148.

148.

149.

Cloroplastos parietais

Cloroplastos axiais .. , ..

Cloroplastos em forma de fita, espiralados

149

162

150

149 . Cloroplastos de outras formas .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 152

150 . Carla cloroplasto ,normalmente com mais de 1 espira completa ........................... "". Spirogyra

Spirogyra Link, 1820. Filamentos unisseriados, simples eformados por celulas cilindricas e de comprimento variado.A caracteristica. fundamental deste genero ea existencia de 1a 16 cloroplastos parietais, enrolados helicoidalmente, em c-adacelula. 'tste genero compreende no momento cerca de 300especies a.mplamente distribuidas pelo mundo inteiro. (fig.178).

150. Cada cloroplasto normalmente com 1 espira incompleta151

151. Filamentos norm,almente com menos de 10 celulas ... .. . . . . .. .. .. .. .. . . .. . .. . .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. . .. .. .. .. . .. . .. .. .. .. .. . Ancylonema

AncylQnerna Berggren, 1870. Ancylonema e urn genero rno­noespecifico de distribui~ao mais ou menos cosmopolita. Ascelulas sao cilindricas, curtas e com urn' unico cloroplasto ta­bula'r, muito semelhantes as celulas de Mesotaenium. A di­feren~a fundamental entre ·ambos os generos e a forma~a-p

de filamentos relativamente curtos, com 2 a 16 celulas rna-isou menos, por An.cylonema. (fig. 179).

Page 74: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNE~OS 77

151. Filamentos normalmente com mais de 20 celulas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. SirogMi1.t'J1l,

Sirogoniurn~ Kiitzing, 1843. Filamentos muito pare,cidos comos de Spirogyra. Entretant0, podem ser diferenciados noestado vegetativo pelo fato de possuire'm 5 a 10 cloroplastospor celula:t laminares, as vezes direitos ou ent.ao levementerecurvados. Quando em fase de reprodu~ao, os filamentos seaproximarn urn do outro, entram em contacto e fundem-sesem que ,apare~am os tubos de copula~o normalmente forma­dos nas, especie.s de Spirogyra.

£ste genero compreende cerca de 15 especies de ocorrenciarelativamente rara. (fig. 180).

152.

152.

Filamentos envolvidos por gelatina copiosa

Filamentos nao envolvidos por gelatin,a copiosa

153

155

153 . Celulas cilindricas, com os polos achatados Ulothrix

Ulothrix Kiitzing, 1836. Filamentos unisseriados, quase per­feitam,ente cilindricos ou ate urn pouco moniliformes e. asvezes, envoltos por uma bainha de gelatina. Qu,ando j6vensos fios sao fixos a urn substrato e livres e flutuantes quandoadultos. Cada celula possue 1 cloroplasto parietal que envol­ve pelo menos a metade ou ate cerca de 3/4 da, circunferen­cia da celula.

£ste genero cosmopolita inclui aproximadamente umas 20especies. '(fig. 181).

153 . Celula's esfericas, subesfericas ou cilindricas, com os polos arre-donda.dos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154

154. Celulas esferic·as ou subesfericas, formando urn filamento conti.nuo Radiofil~I/Ytt

Radio/ilum Schmidle, 1897. ·Celulas esfericas ou elipticasarranjadas no interior de uma bainha de gelatina de modo a

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78 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILE.IRAS

formar filamentos unisseriados. As celulas estao iso-orien­tadas no interior da bainha, de sorte que 0 seu eixo maiore sempre mais ou menos perpendicular aquele do filamento.Outra caracterf,stica notavel deste genero e a parede celularser formada por 2 pe~as hemisfericas bern discerniveis namaioria das esp,ecies.

o genera inclui 3 ou 4 especies, apenas. (fig. 182).

154. Celulas cilfndricas, freq'iientemente distantes umas das outras,formando 1 filamento interrompido Gemin,ella

Geminella T'urpin, 1828. Celulas elipticas ou cilindricas,.com Os polos arredondados. Essas celulas esreo reunidas demodo a formar filamentos tlnisseriados, mais on menos longose, as ve,zes, distribuidas a uma certa distancia umas dasoutras. Em qualquer caso, entretanto, uma bainha gelati­nosa be,m definida envolve 0 filamento.

~ste genera compreende atualmente cerca de 6 especies. (fig..183-184) .

155. Filamentos geralmente com menos de 20 celulas 15&

155 . Filamentos geralmente com mais de 20 celulas 157

156. Filamentos com 1 on ambas extremidades ponteagudas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Rap'hidmema.

Rap,hid,onema Lagerheim, 1892. Filamentos curtos, nao cir-­cundados por gelatina, constituidos por 2 ou ate 32 celulas ecaracteristicos por apre:sentar polaridade bern marcante: as·duas celulas apicais sao afiladas, ponteagudas mesmo, ell-'quanto as intermediarias, sao cilindricas.

o genero inclui 3 especies mais comumente encontradas sobre·a neve, no alto de montanhas ou nas regioes polares. (fig..185-186) .

Page 76: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENERQS 79

156 . Filamentos com ambas extremidades nao p,onte,agudas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Sticho'cOC'CU8

Stichococcus Nageli, 1849. Celulas cilindricas, retas ou sig­mdid,es" com os polos 1Wredondados- e TIaO envolvidas porgelatina. As celulas podem ser solitarias ou se apresentarreunidas, formando urn filamento bastante curto de 3 ou 4celulas apenas. Cerca de 12 especies sao incluidas presen­temente ne-ste genera. (fig. 187-188).

157 . Parede da maio-ria das celulas com estrias, transversais em 1 dospolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. OedogoniurrL

Oedogoni~lm Link, 1820. Filamentos unisseriados, destitui­dosde ramifica~ao e normalmente fixos pela base,. As celu­las do filamento sao ge'ralmente cilindrica,s, as vezes. com asm,argens on,duladas OU, em alguns casos, apresentando a for­ma de hexagonos alongados. A celula basal apresenta formabastante distinta das demais: e aproximadamente coni-ca, asvezes mais hemisferica ou ate globosa e com numerosos pro­cessos em forma de pequeninos ganchos na sua parte basal.

~ste g~nero inclui mais de 400 especies, distribuid·as pelomundo inteiro. (fig. 189-190).

157 . Parede das celulas sem qualquer estriac;ao transversal ..... 158

158 . Parede celular constituid,a por 2 pe~as com forma de H e que seencaixam na regiao mediana da celula Micro-spora

Microspora Thuret, 1850. ~ste genero inclui umas 15 espe­cies e e conhecido do mundo inteiro. As pla,ntas sao fila­mentosas. Os filamentos sao cilindricos, unisseriados e sim­ples. 0 cloroplasto parietal, de aspecto reticulado e de-sti­tuido de piren6ides e a parede celular constituida por 2 frag­mentos encaixados na parte mediana da celula, sao as carac­te'risticas fundamentais. para delimita~ao deste genero. Cadaurn desses fragmentos e comum a duas celulas vizinhas e

Page 77: Algas Aguas Continentais Brasileiras

80 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEffiAS

aparece ap exame microsc6pico com a forma de urn H, a barrahorizontal do H aparecendo como 0 septo transversal que de­limita as duas celulas5 (fig. 191-192).

158. Parede celular DaO constituida por 2 pe~as, com forma de H•• ,..,.,.,.,..,.,.,.,o,.,.,.,.,.,.,.,.,. ... ,o,o.,o.,o.,.,o •• ,o,. •••• ,o •••• ,o.,o,o,o.,o,o 159

159 . Cloroplastos com numerosos piren6ides .. ,. .. ,o.,o,o,o.,o.,o,o,o ••• ,o,.,o •

. . . . . ,. ,. ,. ,. .. ,. . . . . . . . . . .. Rhizoclonium

Rhizoclmium Kiitzing, 1843. Filamentos unis,seriados, naoramificados na maioria das es·pecies OU com poucos rarnoscurtos em outras. As plantas podem ser fixas pela por~ao

basal ou flutuar livremente. As celulas sao cilindricas, alon­gadas e possuem urn cloroplasto parietal, reticulado e comnumerosos piren6ides.

o genera compreende 5 a 7 especies conhecidas do mundotodo e muitas m·arinhas (fig. 193-195).

159 . Cloroplastos com 1 ou alguns piren6ides, apenas ,o •• ,o.,o,o,o 160

160. Filamentos com ambas extremidades livres ... Chlorhormidiu1n

Chlorhormidium Fott, 1960". Filamentos unisseriados, sim­ples, livre-flutuantes e facilmente dissociaveis. As celulasapresentam apenas 1 cloroplasto, 0 qual circunda parietal­mente apenas metade da circunferencia da celula.

Este genero inclui ao redor de umas 15 especies conhecidasno momento.' 0 nome Chlorhomidium foi proposto porBohuslav Fott, fic6logo tchecoslovaco, em substitui~ao aHormidium proposto por F. Kutzing, 0 qual ja havia aidontilizado previamente para urn genero de orquideas, porLindley, em 1840. (fig. 196).

1.60 . Filamentos com uma das extremidades aderentes ao substrato,constituindo urn apress6rio basal ,o •••••••••••• ,o.,o 161

Page 78: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 81

161. Apice dos filamentos, ponteagudo . . . . . . . .. Urone'ma

Uronema Lagerheim, 1887. Filame·ntos muito parecidos' comaqueles de Ulothrix."\ A diferen~a principal entre esses daisgeneros e feita porque Urone1OO possue plastos mais reduzi­dos e a celula apical dos filamentos se apresenta diferenciada.Essa celula e levemente recurv·ada e distintamente acuminada.

Este genero inclui uma dezena de especies, ,aproximadamente.'(fig. 197).

161. Apice dOB filamentos, arredondado Ulo·thrix

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 77).

162. Cloroplastos com forma de lamina 163

162. Cloroplastos com forma de estrela on almofada 165

163. Cloroplastos sem piren6ide·s Mougeotiopsis

Mougeotiopsis Palla, 1894. Os fila,mentos unisseriados esimples destas algas sao constituidos por inumeras celulascili-ndricas e relativamente curtas. 0 1 cloroplasto e unico emcada celula, axial, laminar e destitufdo de piren6ides.

o genero e monoespecifico no momento e de ocorrencia rara.(fig. 199-200).

163. Cloroplastos com piren6ides 164

164. Filamentos tipicamente geniculados, produzindo aplanosporos .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Go:n;atonema

Gonatonem,Q, Wittrock, 1878. Filamentos unisseriados e sim­ples, muito semelhantes aqueles de Mougeotia. A caracteris­tica distintiva deste genero, entretanto, seria a reprodu~o

levada a efeito apenas por aplanosporos. As celulas nesses

Page 79: Algas Aguas Continentais Brasileiras

82 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

pont~s tornam-se entumescidas e fletidas, lembrando peque­ninos "joelhos" ao longo do fio.

tste genero, para alguns autares, e considerado apenas, comoVma Sec~ao do genero Mougeotia. Gonatonema inclui, nomomenta, ao redor de umas 7 ou 8 especie:s apenas. (fig.198) .

164 . Filamentos muito raramente geniculados; aplanosporos ausen-tes Mougeotia

Mougeotia C. A. Agardh, 1824. Individuos filamentosos, sim­ples e constituidos por celulas cilindricas e de comprimentovariavel conforrne a especie. A caracteristica distintivadeste genero e a existencia de 1 ou 2 cloroplastos por celula.com a forma de lamina, localiza~ao axial e com numerosospiren6ides. Este genero compreende, no momenta, talvezuma~ 120 especies com distribui~ao cosmopolita. (fig. 201).

165. Cloropla'Stos em forma de almofada Z'ygogoniunt

Zygogonium K'iitzing, 1843. Ha muita duvida quanto it vali­dade deste genero. Muitos autores nao 0 aceitam. Asalgas aqui incluidas sao filamentosas. OIS filamentos saounisseriados, simples e constituidos por varias, celulas cilin­dricas, mais ou menos alongadas e com 2 cloroplastos coma forma de almofada em carla celula. :Esses cloroplastos DaD

possuem os inumeros prolongamentos radiais que lhes con­fere um aspecto equina,do em Zygnema e Z'ygnemop'sis.Sao incluidas presentemente neste genero cerca de 20 espe­cies, mais ou menos. (fig. 202).

165. Cloroplastos em forma de estrela 166

166. Urn unico cloroplasto por celula 167

166. Dois ou mais cloroplastos por celula 168

Page 80: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 83

167 . Celulas mais compridas que 0 pr6prio diametro, normalmente cir-cundadas p,or varios estratos celu16sicos concentricos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cylindroc'OIps'a

Cylindrocaps,a Reinsch~ 1867. Celulas, elipticas" reunidas emfilamentos de aspecto moniliforme'. 0 cloroplasto e estreladonas celulas" j6vens e com aspecto granuloso na,s celulas adul­tas. A parede celular e es,pessa e estratificada. Envolvendoo filamento existe urn envolt6rio tubular gelatinoso.

~ste genero inclui 2 ou 3 especies de ocorrencia relativamen­te rara. (fig. 203).

167 . Celulas mais largas que compridas, DaD circundadas por estratoscelul6sicos, COnCelltricos .'.'................... S,chizogoniu1n

Schizogon.iu1n Kiitzing, 1843. Filamentos curtos e facilme,ntequebradi~os, constituidos por um,a fileira continua de celulasmais ou menos cilindricas. As vez,es, algumas celula.s podemsofrer divisao longitudinal, de modo a produzir talos comduas ou tres celulas de espessura.

De a.cordo com autores modernos, estas plantas seriam, tal­vez, estados juvenfs de Prasiola C. A. Agardh. (fig. 204).

168. Celulas ferteis preenchidas com material gelatinoso apos forma-«;ao dos zigotos, Z'ygnemopsis

Zygnemopsis (Skuja: 1930) Transeau, 1934. O's filamentosvegetativos de ZygnernQPsis sao indiscerniveis daqueles deZygnema. A distin~ao entre ambos s6 podei ser feita quandose dispoe de material fertiI. E,m Zygnem,opsis, os zigotos apa­recem envolvidos por material gelatinoso, 0 que nao acontececom Zygnema. ,tste genero inclui ·ao redor de 40 espe'ciesdistribuidas pelo mundo inteiro. (fig. 205).

168 . Celulas, ferteis nao preenchidas com material gelatinoso ap6s for-ma«;ao dos zigotos, Zygne1na

Zygnema C. A. Agardh~ 1817. Filamentos unisseriados, sim­ples e forma,doB de celulas cilindricas mais ou menos com-

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84 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

pridas. eada celula possue 2 cloroplastos com a forma ca­racteristica de ouri~o, tambem referidos como estrela,dos.

o genera inclui mais de uma centena de especies conhecidasdo Mundo inteiro. (fig. 206).

169 . Talos em forma de tubos, ocO's Enter'omorpha

Enteromorpha Link, 1820. Os talos destas algas sao de ini­cio filamentosos, unisseriados, depois multisseriados e maistarde tubulares, ocos e em geral fixos ao substrato (pedras e·ramos de plantas submersas).

o genero e primariamente marinho incluindo talvez umas·8 ou 9 especies que habitam as aguas continentais. Apesarde domin,antemente marinho, 0 genero e capaz de se ada.ptarcom relativa facilidade ao ambiente de agua doce. (fig. 207­209).

169 . Talos mass.i~os, nao em forma de tubos oeos 170

170. Filamentos cenociticos, sem septos transversais (a nao ser os que-isolam os 6rgaos reprodutivos) Vauche'ria.

Vaucheria De Candolle. 1801. As plantas de Vaucheria saofilamentos·as. Os filamentos sao cilindricos, ramificados edestituidos de septos transversais (sifonaceo).

o genero e caracteristico de solo umido e engloba, talvez,.umas 60 especies distribuidas pelo mundo todo. Ocorre tam­bem no mar, entre nos. (fig. 210).

170 . Filamentos nao cenociticos, com septos transversais 171

171. Filamentos com setas ou cerdas unicelulares 172

171. Filamentos sem setas ou cerdas (as vezes, as celulas distais dosramos podem formar esrtuturas alongadas, hialinas, semelhantesa setas) & • • • • •• ~74

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CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 85-

172 . Setas com 1 bainha gelatinosa basal, cada ... .'.... Coleochaete

Coleochaete de Brebis,son. 1844. Genero de plantas bastallte'variado e normalmente ep,ifitas ou' end6fitas. Incluem-seaqui individuos filamentosos e irregularmente ramificados,.com ramos erectos e prostrados. O'utros possuem a formaaproximada de coxins hemisfericos constituidos por filamen­tos livres, 'radiais e ramificados dicotomicamente. Aindaoutros, sao plac6ides, com a forma de discos constituidos de.filamentos radiais coalescentes no centro e livre'S na periferia..Finalmente, ha os individuos que formam talos disciformes,.constituindo urn pseudoparenquima pela uniao total dos fila­mentos radiais. 0 gene'ro inclui ao redor ,de' uma duzia de.especies cosmopolitas conhecid,as no mome,nto. (fig. 211-212) ..

172. Filamentoso com cerdas unicelulares 173.

173 . Filamentos inteira- ou parcialmente erectos; base das, cerdas, dila-tada ... .. .. .. .. . .. .. .. .. . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . .. . . .. .. . .. .. . .. .... Bulbo·chaete

Bulbochaete C. A. Agardh, 1817. Plantas filamentosas efixas. Os filamentos sao unisseriados e ramificados, pOBsuin­do ainda inume'ros pelos de comprimento variado e base emforma de bulbo conico, de onde 0 proprio nome do genero..

Sao conhecidas atualmente cerca de umas 100 especies destegenero, distribuidas por todo mundo. (fig. 213).

173 . Filamento8 inteiramente prostra,doB; base das cerdas nao dilata-das Aphanochaete

Aphanochaete ..~. Braun, 1849. Plantas epifitas, constitui­das por filamentos ramificados, unisseriados e prostrados..As celulas sao mais ou menos globosas ou ate cilind'ricas epossuem na parte dorsal urn ou mais pelos hialinos, unicelll­lares e com. a base entumescida.

o numero de especie.s incluidas neste genero e questionavel..Para alguns antares, parecem ja haver sido descritas 5 ou

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86 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

6 especies deste genero. Para outros, apenas· Aph. repensdeveria ser mantida, englobando todas as demais 4 on 5 espe­cies. (fig. 214).

174. Filamentos normalmente com acinetos alte'rnando com celulasvegetativas Pith,op'hora

Pithop'hora Wittrock, 1877. Este genero compreende ao redorde 20 especies conhecidas ate 0 momenta e que possuem ampladistribui~ao nos tropicos. O's filamentos sao ramificados econstitufdos. par uma tiniea serie de celulas cilfndricas e alon­gadas. A caracterfstica marcante deste genero e a produ­~ao regular de acinetos: os quais possuem a forma aproxima­da de uma elfpse e conteudo denso e rico ern amido. (fig.215-216) .

174. Filamentos sem aeinetos 1.75

175. Plasto parietal reticulado, com numerosos piren6ides .. . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . OedoclMiu'in

Oedocladium Stahl, 1891. Os filamentos de"stas algas lem­bram bastante os de Oedogonium. A distin~ao entre ambose facil, todavia, pois Oedoclad,ium ·apresenta ramifica~ao re­gular.

Aeredita-se que umas 10 ou 11 especies deste genero sejamconhecidas presentemente. De urn modo gera], sao plantasrelativamente raras e melhor eonheeidas ·das regioes quentesdas Americas, fndia e Australia. (fig. 217).

175. Plasto parietal laminar, mas'Sivo ou zonado, com 1 au va-rios pire-n6ides, nao reticulado 176

176. Apices dos ramos" ponteagudos 177

176. Apices. dos ramos., arredondados 179

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 87

177 . Plantas com 1 eixo principal distinto, de celulaB grandes, e ramaslaterais de celulas marcadamente menores Draparnaldia

Draparnaldia Bory de St. Vincent, 1808. ~sse genero ecaracteristico por possuir urn eixo principal ramificado ounao, formado de celulas grandes, cilindricas, ou em forma debarrilete e com urn plasto zonado e de bordo mais ou menosfranjado. Deste eixo principal partem verticilos de ramossecundarios unisseriados, muito ramificados, constituidos decelulas pequenas, .cilindricos, muito menores que aquelas. doseixos principais,. Nestas, os cloroplastos parietais preenchemgrande parte da celula. Os :r:amos terminais sao alongadosde modo a formar pelos hialinos e de comprimento bastantevariado.

Tres, especies ape,nas sao conhecidas ate 0 momento e inclui­das neste genero. (fig. 218). /

177 . Plantas com eixos principal e secundarios indiferenciados, pelotama,nho das celulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 178

\

178 . Talos com forma definida e tamanho macrosc6pico .. . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ChaetOlpho1·a

Chaetop'hora Schrank, 1789. Poder-se-ia dizer que Chaeto­p'hora e urn Stigeoclonium com crescimento radial e que formatalos gelatinosos macroscopicos e com forma definida '(globo­SOS, tuberculados ou irregularmente lobados). tsses taIos,de cor verde bastante pronunciada sao freqiiente·me'nte encon­trados presos sobre partes imersas de fanerogamas aquaticas,pedras, folhas mortas~ etc.

Sao conhecidas ate 0 momento talvez umas 10 especies" domundo todo. (fig. 219-220).

178. Talos 'sem forma definida e tamanho microsc6pico .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Stigeo'clonium

Stigeocloniu'Jn Kutzing, 1843. Na maioria, dos, casos, esta alg·aapresenta uma parte prostrada "e outra, erecta. A parte

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88 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASrLEIRAS

prostrada e constituida de filamentos unisseriados e irre­gularmente ramificados'. A parte erecta tambem e formadapor filamentos unis,seriados (ra'ramente bisseriados) e rami­ficados. ~s:ses ramos late'rais sao irregulares e, quanto aotamanho, nao e possivel uma distin~ao nitida e.ntre eles e 0

eixo principal. Os ramos terminais sao afilados em dire~ao

it extremidade livre de modo a formar pelos mais ou menos- longos, geralmente hialinos ou quase. 0 genero inclui cercade 30 especies cosmopolita'S. (fig. 221-222).

179. Ramos curtos, geralmente com 1 a 5 celulas apenas 18()

179 . Ramos mais longos, geralmente com mais de 5 celulas 181

180. Plantas cor de ferrugem, ricas em hematocromo .• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • A • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• Trentepo-ltl'ia.

T'rentepohlia Martius, 1817. As plantas deste genero pos-·suem habito 'Subaereo tipico, aparecendo como massas macros-­copicas de cor avermelhada, alaranjada ou ferruginea e comaspecto semelhante ao de feltro. Vivem sabre rochas, tron-­cos de arvores, folhas9 etc.. O's filamentos sao unisseriados,irregularmente ramificados, com uma por~o prostrada sobre­o substrato e outra, aerea, mal's OU menos numerosa. Naoha riz6id'es. As celulas do filamento sao cilindricas ou gIo­bosas e no sen interior pode-se notar numerosos gl6bulos de.pigmentos caroten6ides que dao it alga a colora~ao caracte­ristica. Ocorre em liquens. Sao incluidos neste genero cer­ca de 40 especies repartidas na regiao tropic-al do globo. (fig.­223).

180. Plantas verdes, s,em hematocromo, com filamentos rizoidais ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Rhizocloniu·m.

(Veja ,descri~ao suscinta do genero it page 80).

181. Filamentos de celulas moniliformes Ph'ysolinum.

PhY80linun~ Printz, 1921. 0 talo destas algas e composto por'filamentos unisseriados, enl parte prostrados e em parte-

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GtNEROS 89

irregularmente ramificados e de aspecto moniliforme. Nointerior da celula 0 plasto possue form,a de fita reta ou espi­ralada e colora~ao verde-palido. Tanto a forma dos cloro-

, plastos como a sua cor, entretanto, sao dificilmente discerni­veis e ate totalmente mascaradas pela presen~a de um maiorou menor numero de globulos de caroten6ide.

E'Ssa semelhan~a com Trentep'ohlia faz com que alguns autO.res nao a,ceitem 0 genero como tal. Preferem incluir a unicaespecie de Physolinum como Trentepohlia. Isto, todavia, eainda materia de muita especula~ao no momento. (fig. 224).

181 . Filamentos de celulas cilindricas 182

182 . Celulas com inumeros pirenoides, cada; ramos com tendenciabilateral Cladophora,

Cladop'hora Kiitzing, 1843. Talos arbustivos, as, vezes muitoramificados, constituidos por filamento'S unisseriados e fre­quentemente fixos pela base ao sub,strato, quando j6vens. Ascelulas possuem forma cilindrico-alongada e urn cloroplastoparietal, reticulado e com nun1erosos piren6ides.

Incluem-se presentemente neste genero 30 es,pecies de agu,as·continentais, cuja determina~aosistematica e bastante dificil.:mste genero ocorre tambem no mar. '(fig. 225).

182. Celulas geralmente sem piren6ides; ramos com tendencia unila-teral Mierothamnionr

Microthamnion Nageli, 1849. Plantas fixas, ricamente ra·-.mificadas e de feitio bastante regular. Os filamentos saO'uni'ss'eriados e constituidos de celulas cilindricas. As celulasterminais dOB ramos sao ogivais, nao formando qualquer tipo­de pelo.

o genero inclui 7 ou 8 especies presenteme:nte. (fig. 226) ..

183.. T·aIos discoides, nao possuindo estrutura pseudoparenquimatosa• .. .. . .. . . . .. . .. . .. . . . . .. . . . . . .. .. .. . . .. . . . . . . . .. . .. . . . .. .. .. ChaetQP'eltis

Chaetopeltis Berthold, 1878. Talos epifitas, de'Stituidos de'riz6ides e, quando adultos, disciformes. Eles sao co.nstituidos

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90 ALGAS DE A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

por uma camada unica de celulas poligonais" arranjadas maisau menos, radialmente e que podem au nao possuir urn nume­ro variavel de pelos gelatinosO's longos e que sao, na reali­dade, pseudoflagelos.

:Este genero inclui atualmente 2 especies cosmopolitas encon­tradas principalmente em agua corre,nte. (fig. 233).

183. Talos ps-eudoparenquimatosos 184

184. Talos formados por 2 ou mais camadas de celulas .... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. Ceprhale'uro8

CephaleU1"OS Kunze, 1827. Este eurn genero de caracteriza~ao

bastante dificil. De urn modo geral, poder-se-ia dizer quesao algas de habito endofitico marcado e cujos talos sao dis­c6ides, formados por filamentos articulados e que dao ori­gem a ramos aereos erectos e que transportam os elem,entosde reprodu~o da planta.

Sao incluidas neste genero talvez umas 12 es,pecies onde algu­mas sao parasita.s perigos,as de plantas. cultivadas nas regioestropicai's, como, por exemplo, 0 cha, 0 cafe e a borracha,entre outras. '(fig. 228-230).

184. Talos formados por 1 unica camada de celulas 185

185 . Celulas com setas 186

185. Celu}.as sem setas 187

186 . Setas farmadas por ramos ere-etos simples, geralmente com 4-8celulas; celulas com 1 cloroplasto de'Stituida de piren6ide ...... · ...• .. . . . . .. .. .. . .. .. . . . . . . . .. .. .. .. . . .. . . . .. . . . . .. . .. . .. .. .. . . ... Psetttdoichaete

Psetttdochaete West & W"est, 1903. Plantas, epifitas" consti­tuid,as por uma serie de filamentos curtos, unisseriados, pros­trados e formados de celulas mOlliliformes. O' sistema erecto

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eHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 91

eformado por filamentos tambern unisseriados., simples, cons­titituidos por 5 a 8 celulas apenas e com a forma de pelosalongados.

Conhecem-se atualmente apenas 2 especies deste gene'ro. (fig.231) .

186 . Setas formadas por urn 'simples prolongamento citoplasmatico dascelulas da parte prostrada~ hialino, cuja parte basal e envolta poruma bainha de gelatina Coleochaete

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 85).

187 . Plantas geralmente verdes, com 1 unico cloroplasto por celula;piren6ides presentes Protoderma

Protoderma Kiitzing, 1843 emend. Borzi, 1895. Plantas dehabito epifita, com talos disc6ides, irregulares, compostos poruma unica camada de celulas. A parte central desse talo emais ou menos desenvolvida e e constituida de celulas poligo­nais" das quais tern origem os filamentos. livres, ramificados,com distribui~ao aproximadamente radial. Em alguns casos t

onde a por~ao central praticamente inexiste·, 0 talo aparecereduzido a filamentos unisseriados, prostrados, nao coalescen­tes e distribuidos de forma irregularmente radial.

o genero e monoespecifico. (fig. 232).

187 . Plantas geralmente cor de ferrugem, com inumeros cloroplastosdisc6ides por celula; piren6ides ausentes Phycop,eltis

Phycop1el.fis Millardet.t 1870. 0 talo destas algas e constituidopor uma unica camada de celulas dispostas em filamentos demodo a formar urn disco orbicular epifita mais ou menosregular. Nao se nota nele riz6ides. A colora~ao alaranjadadas celulas e d'evida ao hematocromo} como em Trentep,olh l1:a.tste genero cornpreende atualmente cerca de 10 especies· (tal­vez 12) com ampla distribui~ao tropicaL (fig. 227).

Page 89: Algas Aguas Continentais Brasileiras

92 ALGAS DE AGUAS CONTIN}4~NTAIS BRASILEIRAS

188. Ramulos verticelados furcados 1 on mais vezes; coroa dos oogo­nios, com 10 celulas .... :........................... Nitella

Nitella ·C. A. Agardh, 1824 emend. A. Braun, 1849, Leonhard,1863. Plantas normalmente delicadas., com intern6s unice­lulares, nus e que podem ,alcan~ar ate 52 cm de comprimento,como em Nitella cernua. Pelo que se sabe, dOB estudos ateagora efetuados, este genero possue sua melhor representa~ao

no suI do pais. (fig. 234-235).

188 . Ramulos verticelados nao furcados; coroa dos oogonlOs, com 5celulas Chara

Chara Linnaeus, 1753 emend. C. A. Agardh, 1824, A. Braun,1849. Pla.ntas geralmente bastante incrustadas com calcareo,o que lhes confere urn aspecto aspero ao tacto mas, poroutro lado, as torna frageis, ate quebradi~as.

o genero, pelo que se sabe ate 0 momento, foi mais e·ncon­trado nos Estados do norte e nordeste brasileiro. As espe­cies citadas para 0 territ6rio nacional apresentam - tOdas -­intern6s corticados. Ha, entretanto, umas 5 especies descor­ticadas conhecidas mas ainda nao encontradas no Brasil.(fig. 236-237).

189. Celulas no interior de 16ricas geralmente acastanhadas I • ••••••••

. . . .. . . . . .. . . .. .. . ... . . . . . . .. . . ... . .. . . . . . . Trachelomonas

Trachelomonas Ehrenberg, 1833 emend. Deflandre, 1926.Individuos euglen6ides; solitarios, livre-natantes e que vivemno interior de lIma 16rica celul6sica comum'ente impregnadade compostos de ferro (neste caso, aparecem coloridas detons de castanho). Essa 16rica pode ser: circular, mais oumenos eliptica, camp-anulada, fusiforme, etc. Pode ou naopossuir urn colar envolve.ndo a abertura por onde emerge 0

flagelo. Podem, ainda, apresentar a parede lisa ou ornadacom espinhos, pontos, estrias, reticulos, etc.:Este genero inclui ao red6f-ae umas 250 espec~es distribuidaspelo mundo inteiro. (fig. 2'38-239).

Page 90: Algas Aguas Continentais Brasileiras

189.

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS

Celulas nuas, destituidas de lorieas

93

190

190 . Celulas plasticas, mudando de forma contlnuamente enquanto se

locomovem Euglena

E1lgle'YU1 Ehrenbe'rg, 1838. Estas· algas possuem habito soli­tario, sao clorofiladas e aparecem ao mierosc6pio mudandocontlnuamente de formata conforme se movimentam. Emalgumas especies essa plasticidade emenor e, as vezes, quaseimperceptive!. Entretanto, apesar dessa varia~ao constantede forma, poder-se-ia dizer que as celulas sao dominante­mente fusiformes e aciculares.

:mste genero inclui mais de uma centena de especies diBtri­buidas pelo mundo inteiro. (fig. 240-241).

190 . Celulas rigidas, nao mudando de forma enquanto se locomo-vern 191

191. Celulas subesfericas, ov6ides ou piriformes, sem achatamento dor-siventral Lepocinclis

Lepocinclis Perty, 1849. Celulas rigidas e com 0 contarnoeliptico a ovoid'e. 0 polo posterior em algumas especies apa­rece afilado em ponta. 0 periplasto apresenta normalmenteurn numero de estrias longitudinais ou em espiraL

Inclui-se presentemente neste genero cerca de meia centenade especies distribuidas pelo mundo inteiro. (fig. 242-243).

191. Celulas mais ou menos achatadas dorsiventralmente 192

192 . Celulas bastante comprimida:s dorsiventralmente em vista apical,em geral quase foliares, freqiientemente torcidas Phacus

Phacus Dujardin, 1841. Celulas solitarias" livre-natantes ecom a forma definida. As celulas sao nitidamente achatada'Se mais ou m·enos torcidas. Elas aparecem usualmente comproje~oes aliformes, dobras ou pregas, reentrancias e salien-

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94 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

cias e que dao it celula uma sec~ao transversal ora tri-radiale ora irregular.. 0 periplasto e ornamentado com estrias,pontos on denticula~oes que aparecem como series longitudi­nais ou em espiral.

Este genero inclui ao redor de 150 e-species distribuidas em2 subgeneros e 5 sec~oes distintas.. (fig.. 244-246).

192 . ,C'elulas retangulares em vista apical, nao tao comprimidas dor-siventralmente, sem qualquer torsao Euglena

(Veja descric;ao suscinta do genero a pag. 94).

193.. Cromat6foros com colora<;ao verde-amarelada 194

193. Cromat6foros com colora~ao distinta da verde-amarelada 202

194.. Celulas solitarias 195

194. Celulas formando filamentos 200

195.. Celulas fixas ao substrato 196

195. Celulas de vida livre 198

196. Celulas com por<;ao aerea pigmentada e outra, subterranea, rizoi­dal, nao pigmentada; plantas normalmente encontradas em 'soloumido Botrydiu·m

Botrydium Wallroth, 1815. 0 genero e habitante normal desolo umido e inclui cerca de 5 ou 6 especies apenas, no mo­mento. A parte aerea e vesiculosa, globosa ou piriforme etermina por riz6ides ramificados, incolore's e enterrados. (fig.249).

196. Celulas fixas ao substrato por um estipe de comprimento variado,nao formando riz6ides .. .. .. .. .. .. .. .. 197

Page 92: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL . PARA G:mNEROS 95

197 . Celulas subcilindricas, geralmente com 0 apice urn POllCO dilatado;parede celular formada por 2 pe'~as que se encaixam mais oumenos na regiao mediana da celula .Op·hioc;yt'ium

Ophiocytiu'm, Nageli, 1849. Individuos solitarios ou reunidosem grupo, de vida livre ou ses,seis. As celulas sao cilindricas,recurvadas na forma de urn S, urn C ou de e'Spira.is irregula­res e com os polos arredondados, algumas vezes levementedilatados ou, as vezes, terminados por urn espinho mais oumenos curto.

:mste genero inclui cerca de uma duzia de especies distribui­das por todo 0 mundo. (fig. 250).

197 . ·C'elulas ov6ide'S, piriformes ou fusiformes, com 0. apice geralmentenao dilatado; parede celular formada por 1 unica pe~ .. · · · · · .... · · · · · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ClLa,raciop,sis

Characiopsis Borzi, 18950 Celulas globosas, ov6ides ou fusi­formes, com os polo.s, arredondados, geralmente sesseis sabreoutras alga's e de habito solitario ou gregario. A fixa~o aosubstrato e feita por urn pequeno disco localizado na extre­midade distal de urn pedunculo gelatinoso. Este genero incilliao redor de 60 especies cosmopolitas. (fig. 251-252).

198. Celulas m6veis por 2 flagelos e com 1 tufo de tricocistos localizadona por~ao anterior do individuo e o.utros, dispersos periferica.-mente pela celula Merotrichia

, Merotrichia Mereschkowsky, 1877. Celulas. ov6ides, elipticasou mais ou menos faseoliformes quando vistas de. frente ecom sec~ao transversal normalmente circular. Os, 2 flagelospossuem tamanho ligeiramente diferente e estao inseridoslateralmente na celula, a uma pequena distancia do seu poloanterior. Como caracteristica deste genero pode-se mencio­nar a existencia de urn pequeno ;tufo de tricocistos, com aforma de leque e localizados na parte anterior da celula; alemdesses, podem aparecer outros, dispersos uniformemente pelaperiferia da celula.

Page 93: Algas Aguas Continentais Brasileiras

96 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

~ste genero inclui pres,entemente cerca de 7 ou 8 especies,a maioria conhecida apenas pelaa suas descri~oes originais.Sao algas bastante raras. (fig. 253).

198. ·Celulas destituidas de flagelos e de tricocisto's 199

199 . Celulas esfericas, ov6ides e freqiientemente ass.imetricas ......................................... Monodu8

Monodus Chodat, 1913. Celulas piriformes, ov6ides ou maisarredondadas, freqiie.ntemente assimetricas., solitarias e devida livre. No interior de cada celula pode-se distinguir de1 a varios cromat6foros parietais.

:mste genero compreende mais on menos uma duzia de especiesdistintas e comuns em culturas de solo. (fig. 254).

199. Celulas cilindricas, encurvadas ou espiraladas, sem qualquer espi-nho nos polos ou com 1 espinho em 1 ou ambos os polos .. .. . . . · . . . . . .. .. . . .. . . . . .. . . . . . .. . . .. .. . . . . . . . .. .. .. .. . . . OphioC'Ytium

(Veja descric;ao suscinta do genero a page 95).

200. Filamentos cenociticos, sem septos transversais (a DaO ser os queisolam os 6rgaos reprodutivos) o.o............. Vaucheria

(Veja descri~ao suscinta do genero a pago. 84).

200. Filamentos nao cenociticos, com septos transversais .. '.... o. 201

201. Celulas com parede espessa, formada por 2 pe~s em H bastanteconspicuas .. o. o. o..o. o. ••• o. o.... Tribonem-a

Tribonema Derbes & Solier, 1855. Filamentos unisseriados,simples, constituidos por celulas cilindricas OU, as vezes, coma forma de barrilete alongado. Uma caractenstica marcantedo genero e a parede celular espessa, constituida por duaspe~as com a form,a de H, bastante conspicuas.

Page 94: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 97

Incluem-se presentemente neste genero cerca de 20 especiescosmopolitas. (fig. 255).

201. ,Celulas com parede fina, formada por 2 pe~as em H dificilmentediscerniveis ;. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Bumilleria

Bumilleria Borzi, 1888. Filarnentos unisseriados, simples eformados por celulas cilindricas, lembrando Tribonem,a.Estas plantas tambem formam pe~as em H. Urn dOB septostransversais de cada grupo de 2 ou 4 celulas aparece espes­sado de modo a lembrar, em corte 6ptico, a forma de H queencaixa os apices de duas celulas vizinhas. De fato, esse He formado por 2 cilindros abertos em uma das extremidadese sold·ados na base.

o genero inclui 3 especies apenas, mas com distribui~ao cos­mopolita. (fig. 256-257).

202. Cromat6foros com colora~ao acastanhada (qualquer nuance!)203

202 . Cromat6foros com colora~ao distinta da acastanhada e geralmenteolivacea, avermelhada ou purpurea 268

203 . Celulas flageladas na fase vegetativa 204

203 . Celula'S nao flageladas na faae vegetativa 218

204. Celulas circundadas por um sulco transversal 205

204 . Celulas nao circundadas por suleo transversal 211

205. ·Celulas nuas, sem parede celular ou com pared~ celular constituidade plaquetas de celulose . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 206

205 . Celulas nuas, sem parede celuIar.. ou com parede celular constituidapor plaquetas dificilmente discerniveis 210

Page 95: Algas Aguas Continentais Brasileiras

98 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

206. Plaquetas da parede, finas e lisas Glenodinium

Glenodini1l'm Fjhrenberg, 1837. Celulas globosas, as vezesachatadas dorsiventralmente. A parede celular e bastantedelicada e constituida por Uln numero definido de plaquetasfinas e lisas. 0 sulco transversal emediano e circunda total­mente a celula. Este genero ,comp,reende· .no momento aoredor de 45 a 50 especies. (fig. 258).

206. Plaquetas da parede, esp,essas e ornamentadas 207

207 . Parede celular com 1 tiniea plaqueta antiapical Gon·yaulax

Gonyaula·x Diesing, 1866. Individuos de urn modo geralmuito parecidos eom aqueles de Peridinium. A diferen~a

esta em que Gonyaulax possue uma unica plaqueta antiapi­cal em vez de 2, como Peridinium. Neste genero, como emPeridinium, a tabula~ao das plaquetas constituintes d·a pare­de celular e impre-scindivel para a determina~ao das especies.

o genero e dominantemente marinho, incluindo apenas umas5 ou 6 especies de aguas continentais. (fig. 259-260).

207. Parede celular com 2 plaquetas antiapicais Peridinium

Peridinium Ehrenberg, 1822. Quando vistas de frente, ascelulas apresentam contorno variado.. Em algumas especiese circular, em outras emais ovalado e ainda em outras, angu­lar. A parede celular e relativamente espessa e apresentaas suturas entre as plaquetas, bem evidentes. As plaquetassao bern definidas e ornamentadas. Sua tabula~ao e orna­mentos sao fundamentais na sistematica das especies destegenero.

Sao atualmente conhecidas cerca de 50 especies deste genero,distrib~fdas pelas aguas continentais do mundo todD. (fig.261-262) .

208. Sulco transversal incompleto, nao circundando a celula completa­mente, geralmente formando uma espiral sinestrogira descen-dente ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Hemidinium

Page 96: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 99

Hemidinium Stein, 1878. Individuos assimetrica- a perfeita­mente elipticos, comprimidos bilateralmente.. 0 suleo trans­versal e ineompleto) nao cireundando totalme,nte a eelula eaparecendo como espiral sinestr6gira descendente.

o genero compr~ende eerca de 10 especies, presentemente.(fig. 263) ..

208. Sulco transversal eompleto, circundando completamente a celula....................................................................... 209

209. Suleo transv~rsal equatorial a subequatorial, sempre no ter~o me-diana da celula Gymnodinium

Gymnodini-u1n, Stein, 1878 emend. Kofoid & Swezy, 1921.ICelulas de um modo geral ov6ides e com rarissimas exce~oes

com as por~oes acima e abaixo do sulco transversal, de for­mas di'stintas. 0 sulco transversal e perfeitamente equato­'rial em algumas especies e subequatorial em outras, mas sem­pre loealizado no ter~o me'diano da celula.

o genero inelui ao redor de 140 ou 150 especies distribuidaspor todo 0 mundo, 60 das quais sao de aguas continentais.(fig. 264).

209. Sulco transversal deslocado para urn dos ter~os apicais da ce-lula .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 210

210. Por~ao da celula acim,a do sulco transversal (epicone) mais longae mais larga que aquela abaixo do sulco trans,versal (hipocone) ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . Katodinium

Katodiniunt Fott, 1957. As celulas de Katodinium possuemo suleo transversal localizado no sen ter~o posterior. Dessaforma, 0 epicone e mais longo e mais largo que 0 hipocone.

o genero inclui no momento eerca de 30 especies. (fig. 2'65).

210 . Hipoeone mais longo e mais largo que 0 epicone .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. A mphidiniu1n

Amphidinium Claparede 1& Lachmann, 1859. Os individuosincluidos neste genero possuem 0 sulco transvers·al deslocado

Page 97: Algas Aguas Continentais Brasileiras

100 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

para 0 ter~o anterior da celula, de tal modo que a por~ao

abaixo des,se suleo (hipoeone) emaior e mais larga que aquelalimitada inferiormente pelo mesmo suleo (epicone) .

:mste genero inclui ao 'redor de uma duzia de especies de aguascontinentais, POllCO mais talvez. (fig. 266) ..

211. Celulas com 1 unieo flagel0 212

211. Celulas com 2 flagelos 215

212. Celulas revestidas por escamas silicosas e com cerdas longas, tam-bern silicosas Mallomonas

Mallomonas Peltty, 1851. Indivlduos solitarios e de vidalivre, caraeterlsticos por possuir a parede celular constituidapor inumeras plaquetas escamiformes, imbricadas, de natu­reza silico~a, muitas das quais portam uma cerda longa e tam­bern silicosa.

£ste genero inclui ao ,redor de 80 especies conhecidas domundo inteiro. (fig. 267).

212. Celulas nao revestidas por escamas e sem cerda.s 213

213 . Celulas nuas, nao protegidas por 1 16rica Chromulina

Chromulina 'Cienkowski, 1870. Individuos unicelulares, soli­tarios, em geral metab61icos e que nadam livremente no meioliquido. Normalmente possuem 1 ou 2 cromat6foros amare­lados OU, mais raramente, mais de 2. 01 flagelo nas especiesde aguas co.ntinentais e unico e apical.

:mste genero inclui ao redor de umas 120 especies distribuidaspelo mundo inteiro e cuja sistematica esta bastante confusano momento. (fig. 268).

213. Celulas no interior de 16riea'S esfericas, elipticas, cordiformes ouencu.rvadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 214

Page 98: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 101

214. Llricas com 1 estrutura espinescente curta prOXIma it aber-tura Proroc'entrum

Prorocentrum Ehrenberg, 1833. Algas unicelulares, cujascelulas estao metidas no interior de loricas divididas longi­tudinalmente em duas metades '(valvas). A forma dessasloricas v,aria bastante de espeC'ie para especie. Elas podemser : esfericas, ov6ides, cordiformes ou botuliformes. Naregiao anterior da teca: proximo a abertura por onde emergeo flagelo, existe urn espinho 'curto e mais ou menos proemi­nente, caracterlstico..

Cerca de 20 eS,pecies distintas deste genero sao conhecidas· nomomento. (fig. 269) ~

214. . Llricas sem qualquer estrutura espinescente ..... Chry80CO'CC~(3

Chrysococcus Klebs, 1892. Celulas incluidas no interior deuma lorica globosa, lisa ou esculpida, de natureza calco-pecti­ca, celul6sica ou silicosa e com urn pequeno poro em urn dospolos, por onde emerge 0 flagelo.

Incluem-se no momento neste genero ao redor de 30 especies.(fig. 270).

215. Flagelos de tamanhos iguais 216

215. Flagelos de tamanhos desiguais 217

216. Celulas isoladas, no interior de 16ricas norrnalmente fixas aosubstrato Derepyxi"s

Derepyxis Stokes, 1885. Celulas no interior de 16ricas queapresentam forma extremamente variada. As lorieas saofixas pela base, as vezes diretam,ente e outras vezes atravesde urn pedunculo bastante conspicuo.

Conhecem-se, no momento, cerea de 12 especies deste genero.(fig. 271).

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102 ALGAS DE AGUAS CONTINE,NTAIS BRASILEIRAS

216. Celulas nuas, unidas radialmente em colonias m6veis, esfericas onsubesfericas .. . . . . . . . .. . . . .. . .. .. . .. . . .. .. .. . .. . . . . .. .. .. .. . .. ... Synufa

Synura Ehrenberg, 1835. Celulas piriformes, reunidas ra­dialmente pelas suas extremidades posteriores afiladas demodo a formar colonias livre-natantes, de forma, globosa aueliptica.

Este genero inelui uma duzia de especies, aproximadamente.(fig. 272).

217 . Celulas isolada'S e nuas Ochromonas

Ochromonas Wyssotzki, 1887. Estas algas, sao unicelulares,solitarias e de vida livre. As celulas podem ser piriformes,globosas, elipticas ou mais ou menos metab6lieas, mas sempreponco au mais achatadas.

Acredita-se que eerca de 50 especies de agua doce sejam pre­sentemente conheeidas. (fig. 273).

217 . Celulas no interior de 16rica'S alongadas, formando colonias arbo­rescentes . .. .. . . .. . . .. . . . . .. . . . .. .. . . . . . .. . .. .. .. . .. . .. . . ... Din.obryon

Dinobryon Ehrenberg, 1835. Celulas aproximadamente fusi­formes, fixas pelo polo posterior ao fundo de uma 16rica maisou menos vasiforrne e de constitui~ao eelul6sica.. As 16rica..spodem ser solitarias ou apareeer encaixadas umas nas outras,de modo a formar colonias arborescente's mais ou menos ex­tensas.

:mste genero inclui no momento ao redor de nmas 25 espeeiesdistribnidas pelo mundo todo. E comum no plancton prin­cipalmente na primavera e outono. (fig. 274).

218.. Parede celular de celulose, tiniea on formada par urn numero defi-nido de plaquetas 219

218. Parede celular de 'Silica, formada por duas metades que se reeo-brem como a tampa e 0 fundo de uma caixa 225

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CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 103

219 . Celulas 2-5-angulares, com os angulos normalmente terminadosem 1 ou 2 espinhos curtos 220

219 . Celulas, nao como foi descrito acima 221

220 . Celulas elfpticas quando examinadas em vista apical. . .. . . . . .. .. . . .. . . .. . . .. . .. . . . . . . . . . .. .. . . . . . .. . . . .. . . . . . . . Raciborskia

Raciborskia Woloszynska, 1919. Individuos solitarios e -dehabito epifita dominante, fixas ao substrato por urn pedunculobastante, curto. As celulas sao, de urn modo ge'ral, inversa.­mente triangulares quando vistas de frente e elipticas quandoem vista apical. Os angulos laterais das celulas sao prolon­gados num espinho solido e recurvado em dire<;ao ao subs­trato.

o genero parece ser monoespecifico ate 0 momento. (fig. 275).

220. Celulas 3-4-5-angulares Tetradini~t1n

Tetradin·ittm Klebs, 1912. Estas algas normalmente possuemcelulas solitarias, encontradas flutuando livremente na rna,ssaliquida ou vivendo como epifitas. Neste caso, a fixa~o aohospedeiro e feita atraves de urn estipe mais ou menos longoe que termina num disco de fixa~o. As celulas sao trian­gulares a tetraedricas quando vistas de frente, sendo. os angu­los ornados com 1 ou 2 espinhos curtos.

tste genero inclui no momento ao redor de 4 especies. (fig.278-280) .

221. Celulas usualmente estipitadas 222

221. Celulas usualmente nao estipitadas 223

222 . 'Celulas globosas, obov6ides au raramente quadrilateras .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. Stylodiniu1n

Stylodinium Klebs, 1912. Celulas solitarias, estipitadas, comforma variada de globosa a o,r6ide ou aproximadamente qua-

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104 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

drangular. 0 estipe e constftufdo de material gelatinoso enormalmente possue uma expansao pequena mas evidente, noponto em que ele se liga ao c~rpo da celula. Na extremidadedistal do estipe, pade ou nao existir urn disco de fixa~ao. ,

:mste genero compreende cerca de 6 ou 7 especies (fig. 276).

222. Celulas reniformes a obpiriformes DinlYpodiella

Dinopodiella Pascher, 1944. A existencia deste genero ebastallte discutida. Para alguns autores, nao haveria dife­ren~a entre Din.opodiella e Stylodinium. Para os que acre­ditam em Dinopodie lla, su·a· caracteriza~ao seria feita ex­clusivamente pela forma dOB individuos, reniforme ou obpiri­forme.

o genero inclui, par enquanto, 2 especies conhecidas ape-nasda Europa e 1 terceira, apenas do Brasil. '(fig. 277).

223 . Celulas isoladas ou reunidas em grupos no interior de uma bainhade gelatina estriada concentricamente Gloeodinium

Gloeodin1:um Klebs, 1912. Celulas relativamente grandes,esfericas ou subesferica'S e que podem aparecer tanto isoladascomo reunidas em pequenas grupos, envolvidas por bainhagelatinosa ora homogenea, ora estratificada concentricamente.

o genero parece ser monoespecifico e ede ocorrencia bastanterara. (fig. 281).

223. Celulas Dao como descrito acima 224

224. Celulas arqueadas a· lunadas (raramente elipticas), usualmentecom urn espinho curto em carla polo (raramente sern) .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cystodinium

Cystodiniu'm Klebs, 1912. Celulas solitarias, normalmenterecurvadas ou Iunadas (raramente ,elipticas) e com os polosusualmente terminados eI!l um espinho curto, solido.

Sao co.nhecidas no momento cerca de 14 ou 15 especies destegenero. (fig. 282-283).

Page 102: Algas Aguas Continentais Brasileiras

224.

eRAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS

Celulas esferieas a elipticas, sern espinhos polares

105

Phytodiniu1n

PhytQdini~£m Klebs, 1912. Individuos de habito solitario eforma variavel de esferica a eliptica. Neste ultimo caso, naose nota nos palos quaisquer estruturas espinescentes, comoem certas especies de Oystodinium.

Sao conhecida's no momento 3 especies deste genero, com dis­tribui~ao bastante restrita. (fig. 284-285).

225 . Valvas com rafe ou pseudo-rafe t~ • .. .. 226

225.

226 ..

226.

Valvas tlpicamente sem rafe ou pseudo-rafe

Uma ou ambas as valvas com rafe verdadeira

Ambas as valvas com pseudo-rafe

259

227

253

227.. Uma ou ambas as valvas com rafe muito curta OU rudimentar,aparecendo nos polos das celula:s, apenas 228

227.. Uma ou ambas as valvas com a rafe localizad,a em toda extensaoda valva 230

228.. .Valvas assimetricas em rela~ao ao eixo transversal .... . .. . . .. .. .. .. .. . .. .. . . .. . . . . .. .. . .. .. . .. . .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . . .. .. .. .. . .. .. Ac,t,inella

ActineUa Lewis, 1865. . Celulas heteropolares. Em vista val­var sao alongad·a's e com ambos os polos capitulados sendo,entretanto, um de]es maior que 0 outro. As celulas lembram,assim, ossinhos. Como em Eunotia, existe em cada polo 11mn6dulo interno onde esta alojada a rafe.

:mste genera inclui ao redor de umas 10 especies comuns nasregioes mais quentes do globo. (fig. 286).

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106 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

228. Valvas simetricas em rela~ao ao eixo transversal. . . . . . . . . 229

229 . Valvas com espinhos curtos' nas margens ventral e dors'al. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desmogonium

Desmogonium Ehrenberg, 1848. Frustulas retangulares emvista pleural e usualmente aparecem formando filamentos em

. ziguezague. Em vista valvar sao mais ou menos alongadase apresentam os polos dilatados (ca,pitados). Pode-se n.otar,ainda, numerosos denticulos em ambas as margens das val­vas.

Este genero aproxima-se muito de Eunotia, do qual difereprimariamente pela presen~a de denticulos marginais nas

. valvas.

o genero e muito comum nos tr6picoB e inclui mais de umacenten·a de especies de aguas continentais, abundantes sobre­tudo em ambientes fortemente acidos. (fig. 287).

229. Valvas tlpicamente sem espinhos '(se com espinhos, estes sao redu-zidos a margemdorsal, apena'S) ,. . . . . . . . . . .. Eunotia

Eunotia Ehrenberg, 1837. As celulas desta alga oc;orremisoladas - livres ou epffitas - ou reunidas valva com valvade modo a fonnar colonias em fita ou em ziguezague. Ascelulas tern forma variada mas, de urn modo ger.al, sao arquea­da.s e lembram bananas. Proximo a cada polo existe urnn6dulo bastallte evidenteJ onde esta localizada a rafe. Estae bastante rudimentar e possue a forma aproximada de umavirgula.

:Este genero inclui mais de ,urn cento de especies de aguas con­tinentais. (fig. 288).

230 . Celulas com 1 valva com rafe verdadeira e a outra com pseudo-rafe 231

230 . Celulas com rafe verdadeira em amba,s as valvas 232

Page 104: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 107

231. Celulas longitudinalmente encurvadas em vista pleural .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Achnanthes

Achnanthes Bory de St. Vincent, 1822. Celulas solitarias oucoloniais, fixas em geral ao substrata por urn pedunculo gela­tinoso e curto. Quanto it forma, as celulas podem ser elipti­cas, fusiformes, navicu16ides' OU, e,ntao, em alguns poucos .casos, sube'sfericas. Em vista pleural, os individuos apare­cern mais ou menos dobrados na forma de urn angulo obtuso.

~ste genero inclui ao redor de 50 especies de agua~ continen­tais. (fig. 289-2'90).

231. Celulas transversalmente encurvadas em vista pleuralCoc'coneis

Cocconei8 Ehrenberg, 1838. Celulas solitarias e normalmen-,te epifitas sobre algas ou outras :dlantas aquaticas. Elasaparecem fixas ao hospedeiro pela valva que. possue rafe eque geralmente e plena. A valva normalmente voltada para'fora apresenta uma pseudo-rafe de posi~o axial e e maisou menos abaulada. Quando em vista valvar, estas celulas'apresentam contorno perfeitamente eliptico.

o genero compreende cerca de 10 especies de aguas continen~

tais. (fig. 291-292).

232. Rafe Iocalizada axialmente nas valva'S (as vezes, ocorrendo numaproj~o quilhiforme das valvas) 233

232 . Rafe localizada no interior de 1 quilha verdadeira, . . . . . . .. 249

233 . Rafe localizada numa proje~ao quilhiforme das valvas .• a •••••••• a • a •• a ••••••••••• a • • • • • • • • •• • • • • • • ••• Amphiprora

Amphiprora Ehrenberg, 1843. Em vista valvar as celulassao lan,ceoladas, com os polos pontudos, e percorridas poruma quilha saliente e torcida na forma, de urn Sa Em vistapleural (posi~ao normal para observa~ao desta'S algas) sao

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108- ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

espessas e possuem 0 contorno aproximadamente de urn 8 de­vido a quilha saliente.

o genero e dominantemente marinho, incluindo ao redor deuma dezena de especies de aguas continentais. (fig. 293).

233. Rafe localizada axialmente nas valvas, .numa proje~ao quilhifor-me 234

234. Valvas simetricas em rela~ao aos eixos apie-ais e pervalvar e, nor­malmente, tambem em rela~o ao eixo transversal (exce~ao itscelulas sigm6ides ou com rafe sigmoide) 235

234. Valvas assimetricas em rela~ao aos eixos apical e transversal ........................................................ 245

235. Valvas com septos Mastogloia

Mastogloia Thwaites, 1856. Celulas ora solitarias e ora agru­padas em colonias gelatinosas tubulares ou destituidas deforma propria. Quanto a forma, as celulas sao navicul6idese possuem 08 apices as vezes capitados. tste gene,ro e carac­teristico na familia por possuir 2 septoB longitudinais inter­nos e uma aerie continua de pequenas c8maras localizadasentre carla septo e a margem lateral das celulas.

o genero e dominantemente marinho, com 4 ou 5 especiesapenas de aguas continentais. (fig. 294).

235. Valvas sem qualquer septo 236

236 . Valvas sigm6ides Pleurosigma

Pleurosigma W. Smith, 1852. Frustulas sigm6ides em vistavalvar e gradualmente atenuadas em dire~ao aos apices. Acaracteristica princip·al do genero e a orn,amenta,~ao valvarcom 3 sistemas de estrias: uma serie paralela ao eixo trans­versal da valva e as outras dua:s, obliquas ~o plano axial.

Este genero e dominantemente marinho. Inclui ,ap,enas 2 ou3 especies de aguas continentais. '(fig.- 295-296).

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CHAVE "ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 109

23.6 . Valvas nao sigm6ides ... · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 237

237 . Valvas com 2 canais longitudinais, 1 de cad·a lado da area axial. .... . . .. . . . . .. .. .. . . .. . . . . . . .. .. .... . ... . .. .. . . . . Diploneis

Dip·loneis Ehrenberg, 1844. Celulas comumente elipticas e,as vezes, com uma constric«;ao mediana (panduriformes). 0,n6dulo central apresenta 2 prolongamentos na forma de pe...queninos chifres e que aparecem urn - de cada lado da rafe.

- Acredita-se existir umas 20 especies de aguas continentaisconhecidas atualmente. (fig. 297).

237 . Valvas sem tais canais 238

238 . Valvas geralmente com reentrancias e saliencia:s marginais,; es-trias distintamente pontuadas N eidium·

N eidium Pfitzer, 1871. As frustulas sao elfpticas ou lanceo­ladas e possuem os polos geralmente arredo.ndados ou, maisraramente, capitados. Como c-aracteristicas deste generopode-se mencionar a existencia de linhas destituidas de orna­menta~o e que percorrem paralelamente os bordos das valvaecortando transversalmente as estrias; e, a rafe bifurcada nas .extremidades polares.

~ste genero inclui umas 20 especies de aguas continentais.(fig. 298).

238 . V,aIvas com outras formas 239

239 . Rafe localizada em ou entre 2 costelas silicosas 240

239 . Rafe nao localizada em ou entre 2 costelas silicosas 241

240 . Rafe ocupando tOda a extensao das valvas Frustulia

Frustulia Rabenhorst, 1853. Celulas com contorno linear­eliptico e ate romb6ide-Ianceolado em vista valvar. De urn

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110 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

modo geral, os individuos de Frustulia lembram bastan.teaqueles de Amphipleura. A pri.ncipal diferen~a entre ambosesta no tamanho dos n6dulos central e polares. Neste ge­nero ha urn encurtamento relativQ. do n6dulo central e urnalongamento proporcional dos n6dulos polares.

£ste genero inclui 5 especies de aguas continentais. (fig. 299).

240 . Rafe ,normalmente muito curta e com a area central com largurairregular Amphip'leura

Amp'hip'leura Kiitzing, 1844. Celulas solitarias, alongadas,fusiformes ou lanceoladas. 0 n6dulo central e axial, lineare ocupa uma extensao equivalente a mais ou menos metadedo comprimento total da frtistula. Os nodulos polares apa­recem como 2 prolongamentos paralelos, do proprio n6dulocentral. Dentro de cada urn desses prolongamentos duplose que esta alojada a rafe, reta e curta.

:Este genero inclui apenas 2 ou 3 especies de aguas continen­tais. (fig. 300).

241. Estrias semelhantes a costas ou com estrutura fenestrada242.

241. Estrias nao semelhalltes a costas e nem com estrutura fenestrada,•.•. o. ... o.o..o. ..•.. o..o.o.o.o.................................. 243·

242. E'strias aparentemente cortadas por 1 ou mais bandas longitudi--

nais estreitas, pr6ximas d·a margem das valvas . .. .. .. . . Caloneis'

Caloneis Cleve, 1891. Celulas de formas extremamente.variadas em vista valvar e com os polos ora pontudos e ora.capitados. As margens laterais de uma grande maioria,das especies apresentam uma ondula~ao rnediana saliente..Intemamente it mal'gem lateral de cada valva existe' uma ou.mais linhas paralelas entre si e ao bordo da pr6pria valva.e que cortam a,s estrias sem, todavia, interrompe-Ias.

~ste genero inclui ao redor de umas 30 especiesde aguas con-­tinentais. (fig. 301).

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 111

242 . Estrias nao aparentemente cortadas por bandas longitudinais au,se cortada~s, as. estrias sao bastante largas Pinnulmria

Pinnularia Ehrenberg, 1843. Frustulas elipticas au lanceo­ladas, de habito solitario OU, menos freqiientemente, colonial(colonias em fita). Os polos sao arredondados ou capitula­

dos e as margens laterais podem s,er convexas, onduladas oudireitas e paralelas. Como caracterfsticas do genero pode-semencionar a presen~a de costela.s e de camaras laterais deli­mitadas pelas estri~s marginais. As duas linhas longitudi­nais evidentes de cada lado do campo axial sao as margensda abertura interna das c.amaras laterais ocupando 0 anguloda valva.

Este genero compreende cerca de 200 especies de aguas con­tinentais. (fig. 302).

243. Valvas com a area central espess,ada, formando urn stauros.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. Stauroneis

Stauroneis Ehrenberg, 1843. Frustulas navicul6ides e com.habito solitario ou colonial (colonias em fita). A ·caracte­ristiea fundamental do genera e 0 n6dulo central espe-ssado eaumentado transversalmente em rela~ao ao eixo da rafe, atin­gindo cada margem lateral 4as valvas.

~ste genero inclui cerca de 40 es,pecies de aguas continen­tai.s. .(fig. 303).

243. Valvas com a area central naG eS,pessada, nao formando urnstauros . .. . .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. . . . .. ".. .. .. . .. . 244

244 . Estrias geralmente nao bern definidas em toda a sua extensao ecruzadas por li-nh·as longitudinais espessadas e hialinas ... . . ... .. . .. .. ... .. ... .. . ... p.. .. . .. .. . ... . .. . . .. .. ... . .. .. .. .. .... Anomo'eoneis

A'nomoecmeis Pfitzer, 1871. Celulas lanceoladas ou rombieas,e raramente com os apices capitados e margens onduladas.o genero e caracterizado pela ornamenta~ao d,ag valvas, cons­tituida por estrias perpendiculares a rafe e interrompidas por

Page 109: Algas Aguas Continentais Brasileiras

112 ALGAS DE AGUAS OONTINENTAIS BRASILEIRAS

espa~os hialinos irregulares -e orientados mais OU menos para­lelamente a margem das valvas. Cada e'stria aparece, assim,como linha's mais on menos interrompidas.

~ste genero inclui cerca de uma dezena de especies de aguascontinentais. (fig. 304).

244 . Estrias perfeitamenle nitidas em toda sua extensao e nao cruzadaspor linhas longitudinais espessadas e hialinas ..... . Navicula

Navicula Bory de St. Vincent, 1822. Inclue-se normalmenteneste genero ao redor de 500 especies de aguas continentaisdivididas em 15 sec~oes distintas, 0 que torna a defini~ao dogenero urn tanto dificil. De um modo geral, poder-se-ia dizerque sao celulas. lanceoladas, raramente elipticas, ou com asmargens onduladas. 0'8 polos sao pontudos ou capitados. 'Arafe emediana, os n6dulos sao bem rnarca-dos e as valvas saoornadas de ...estrias finamente pontilhadas ou lineares. Ascelulas de Navicula podem ser confundidas com as de Pinnu­laria. Nao se nota aqui,' entretanto, as costeletas ou camarasmarginais de Pinnularia. (fig. 305-306).

·245. Valvas assimetricas em rela~ao ao eixo transversal, 1 das metadesda valva mais larga que a outra 246

245. Valvas assimetricas em rela~ao ao eixo apical e simetricas emr:ela~ao ao eixo transversal 247

246. Estrias compostas de pontos dispostos numa serie dupla .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Gomp'honeis

Gomphon.eis Cleve, 1894. As celulas de Gomp'honeis sao muitosemelhantes as· de Gomphonema. A unica distin~o entreambas e que nas primeiras aparece s,empre u'a linha longi­tudinal que acompanha amba:s as margens da valva.

~ste genero inclui apenas 3 ou 4 especies de aguas continen­tais, tadas de ocorrencia relativamente rara. (fig. 307).

Page 110: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 113

246 . Estrias compostas de pontos dispostos numa unica serie .... .. .. .. .... ~. .. . . .... .. . . .. .. . . . . .. . . . . . . .. Gomphonema

Gomphone'YYU:t Ehrenberg, 1831. Celulas hete·ropolares e fixasao substrato par intermedio de urn .pedUnculo gelatinoso sim­ples ou ramificado. Em vista pleural as celulas sao a,proxi­madamente cuneiformes. Em vista valvar sao lance'oladas,clavadas, quase piriformes e com urn dOB polos geralmentecapitado e maior que 0 outro. 0 polo mais afilado e 0 defixa~ao.

~ste genera inclui ao redor de meia centena de especies deaguaa continentais, ao que se sabe no momento. (fig. 308-309).

247. Valvas com costas transversais Rhopalodia

Rhopalodia. O. Muller, 1895. As fru.stulas destas algas apre­sentam-se .mais larga.s em vista pleural que na valvar.. Emvista valvar sao mais ou menos recurvadas e possuem umasdas margens convexa e a autra, concava. Lembram, por isso,o sinal grafic9 para parenteses. Esta, entllletanto, e a vistamenos comum de observa~ao natural dessas algas. Em geralelas aparecem em vista' pleural. Ai elas sao aproximada­mente retangulares, com os polos truncados e uma entumes­cencia maior ou menor na por~ao mediana, em cada margemlateral.

tste genero inclui ao redor de 6 au 8 especies apenas deaguas continentais. (fig. 310).

247. Valvas sem costas transversais 248

248 . Valvas com superficie plana Cymbella

Cymbella C. A. Agardh, 1830. As celulas de Cymbella po­dem ser solitarias ou aparecer constituindo colonias, reunidasno interior de tubos de gelatina. Em vista valvar as' celulassao mais on menos fauciformes e em vista pleura], aproxi­madamente retangulares. tste genera inclui cerca de 140especies de aguas continentais.. (fig. 311).

Page 111: Algas Aguas Continentais Brasileiras

114 ALGAS DE .A.GUAS CONTINEN'rAIS BRASILEIRAS

248. Valvas com 8llperficie convexa .'.......... Amphora

Amphora E,hrenberg, 1840-. Quanto a forma, em vista valvaras celulas de Amphora lembram a figura de lua em quartocrescente. Em vista pleural possuem contOrno eliptico, trun­cado nas duas extremidades e, freqiie'ntemente, com urn n,ume­ro de bandas interc·alares. ~ste genero domina nas aguassalgadas incluindo, talvez, apenas umas 4 ou 5 es,pecies de,aguaS continentais. (fig~ 312).

249 . Rafe marginal1 localizada em ambas as margens das valvas, nobordo de quilhas aliformes 2'!9

249 . Rafe marginal '(ou quase)., localizada em 1 unica margem dasvalvas, no bordo de quilhas llao' alifo~es 250

250. Face das valvas, transversalmente ondulada Cyrnatopleura

C·ymatopleura W. Smith, 1851. Frustulas isopolares, de con­tarno el~ptico e as vezes com uma leve constric~ao medianaquando vistas pelas valvas. Em vista pleural sao aproxima­damente retangulares e com ambas as superficies valvaresonduladas.

~ste genero inclui cerca de 5 ou 6 especies de aguas continen­tais. (fig. 313).

250. Face das valvas, Dao transversalmente ondulada, mas torcida emespiral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Surirella

Surirelkt Turpin, 1828. ·Celula'S com fonna variada em vistavalvar; podem ser elipticas, lanceoladas, lineares, ov6ides,torcid,as, isopolares ou heteropolares, etc. A rafe ne'ssa vistaaparece como u'a linha ondulada, proxima it ma,rgem e per­fazendo todo 0 seu conrorno.

Este genero inclui ao redor de 100 especies de aguas conti­nentais. (fig. 314).

Page 112: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GtNEROS 115

251. Valvas com rafes diagonalmente opostas Nitz8Ch·ia

Nitzschia Hassall, 1845. Celulas de habito nonnalmente soli­tario ou, as vezes, colonial. As valva,s possue;m forma extre­mamente variada. Podem ser lineares" elipticas" retas ousigm6ides, com a por~ao mediana mais estreita on mais entu­mescida e os polos arredonddaos, ca.pitados OU, mais rara­mente, estirados. 0 canal d.a rafe esta alojado numa quilhasaliente, de localiza~ao as vezes central ou mais freqiiente­mente, marginal.

Este genero inclui ao redor de 200 especies de aguas conti­nentais. (fig. 315).

251.

252.

Valvas com rafes nao diagonalmente opostas

Plantas formando colonias; quilha com posi~o central

252

Bacillaria

252.

Bacillaria Gmelin, 1788. Individuos re'unidos valva com val­va de modo a constituir colonias com a forma de fita. ~sses

individuos aparecem deslizando constantemente uns sobre osoutrO's, de modo assincrono. As celulas em vista val~lar saoretas, lineares ou fusiformes, possuem 0 canal da rafe media­no e finas estrias transversais. Em vista pleural sao retan-gulares. .

Ao que se sabe, apenas uma especie deste genero e conhecidacomo habitante de aguas salobra e doce. (fig. 316).

Plantas solitarias; quilha com posi~ao excentricaHantz8chia

Hantz8chia Grunow, 1877. Celulas em vista valvar levementecurvadas e com os polos capitados. A quilha e 0 canal que·contem'R rafe estao localizados sobre a margem concav,a davalva. Quando examinadas em vista pleural sao retangula­res.

~ste genero inclui cerca de 10 especies de aguas continen­tais. (fig. 317-818).

Page 113: Algas Aguas Continentais Brasileiras

116 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

253. Septos presentes Tabella1"ia

Tabellaria Ehrenberg: 1840. Celulas de forma relativamentevariada e reunidas formando colonias com a forma de fitaou, mais comumente~ "quebr~das" (em ziguezague irregular)ou estreladas e planas. Cada celula apresenta, em vista pleu­ral, septos Iongitudinais interrompidos na sua parte centra.L

~ste genero inclui 4 especies de aguas continentais. (fig. 319).

253. Septos ausentes 254

254. Valvas com costelas Ie estrias na sua sllperficie DiatomCl;

D·iatoma Bory de St. Vincent, 1824. As celulas desta alga.geralmente aparecem reunidas umas as outras formando colo­nias line'ares ou em ziguezague. As celulas sao elfpticas emais Oll menos alongadas em vista valvar, com os a.pices umPOllCO dilatados, em alguns casos. Dentro, existem septosque aparecem como costelas internas e que cortam transver­salmente as celulas, de urn Iado a outro.

Sao conhecidas atualmente umas 7 on 8 especies de aguascontin,entais deste genero. (fig. 320).

254. Valvas apenas com estrias na sua superffcie ..... . . . . . .. .. 255-

255 . Valvas assimetricas em rela~ao ao eixo transversal .. . . .. . .. .. . . . . . .. . . . . . .. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ". Asterionella.

Asterionella Hassall, 1855. Celulas lineares quando vistaspela face valvar, iso- ou heteropolares" com os bordos apro­xfmadamente paralelos e os polos capitados. Elas aparecemnormalmente reunidas umas as outras por pequeninos botoes.gelatinosos, de modo a formar colonias estreladas planas ecom pequeno numero de individuos. Qua,ndo as celulas sao.heteropolares, as extremidade,s mais dilatadas e que estao emcontacto no centro da colonia..

tste genero inclui ao redor de 8 especies, apenas. (fig. 321) ..

Page 114: Algas Aguas Continentais Brasileiras

255.

256.

CHAVE ARTIFICIAL PARA O:mNEROS

Valvas simetricas em rela~ao ao eixo transversal

Valvas com 0 eixo apic~l encurvado

117

256

Synedra

Synedra Ehrenberg, 1830. Celulas com habito solitario ougregario. Neste caso, formam colonias. radiantes .ou emforma de leque e normalmente epifitas. O's individuossao isopolares, lineares ou lanceolados e geralmente retos OU,

as vezes, mais au menos faucifonnes.

No momenta sao conhecida,s cerca de 30 especies deste genero.(fig. 322).

256. Valvas com 0 eixo a,pical retilineo 257

257. Estrias formadas par pontos grosseiros, extremamente visiveis ................................................. Raph~ei8

I

Raphoneis Ehrenberg, 1844. Qelulas navicul6ides, lanceola-das ou eliptico-Ianceoladas quando examina,das em vista fron­tal., Em vista pleural sao lineares. A orpamenta~ao das val­vas e feita por estrias transversais constituidas de pontosgrosseiros e bern evidentes.

o genera inclui numerosas especies, tanto viventes como f6s­seis. (fig. 323).

257 . Estria,s formadas por pontos geralmente indistintos 258

258. Celulas tipicamente formando filamentos Frag-ilaria

Fragilaria Lyngbye, 1819. Celulas geralmente lineares onfusiformes e raramente com contOrno ondulado, losangularou mesnio tripola"r, em vista valvar. Os individuos aparec,emunidos pelas valvas, constituind6 colonias com a forma defita. As valvas sao ornadas com estrias transversais deli-

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118 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

cadas ou mais grosseiras e constituidas de pontos get:almenteindistintos.

:mste genero compreende umas 30 especies distribuidas pelomundo todo. (fig. 324).

258. Celulas i.solad,as, de vida livre ou presas ao substrato, nao for-mando filamentos Synedra

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 117).

259 . Celulas alongadas, 2 ou mais vezes mais compridas que largas.................................................... 260

259. ·Celulas isodiametricas ou quase, menos de 2 vezes mais, compri-das que largas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 263

260. Valvas com as margens onduladas; septos aparece'ndo como pro-cessos internos das bandas intercalares Terpsi'iW8

Terpsinoe Ehrenberg, 1841. Celulas com contOrno elfpticoou trian.gular e lados nltidamente ondulados em vista valvar.Em vista pleural sao quadrangulares e apresentam 2 ou maisseptos que aparecem como processos internos das ba,ndas in­tercalares.

Duas especies apenas deste genero sao ora conhecidas, comunsnas regioes quentes do mundo. (fig. 325).

260. Valvas com as margens nao onduladas; septos ausentes OU, sepresentes, nunca aparecendo como processos internos das bandasintercalares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 261

261. Frustulas com a 'superficie lisa, sem qualquer proJe~ao espines-cente nos polos Melosi·ra

Melosira C. A. Agardh, 1824. Diatomacea normalmente fila­mentosa. . Os filamentos sao unisseriados e formados por

Page 116: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL P~\RA G~NEROS' 119

celulas cilindricas, em geral mais longas que 0 proprio dia­metro, unidas umas as outras pela superficie' valvar. Cadacelula mostra na regiao mediana (em vista pleural), no pon­to de jun~ao de duas valvas, uma cinta lisa ·caracteristica edelimitada por 2 suicos.

:Este genero inclui ao redor de uma vintena de especies dis­tribuidas por todo 0 mundo. (fig. 326).

261. Frustulas com 1 ou mais proje~oes es,pineseentes nos polos ......................................... 262

262 . Celulas isoladas, com 1 espinho mais ou menos longo em eada poloe grande numero de bandas interealares Rhizosolenia

,Rhizosolenia Brightwell" 1858. Celulas cilindrieas" alonga­das, com numerosas bandas·intercalares que conferem a pa~e­

de celular destas algas 0 aspecto de eseamaS imbricadas, ca­raeteristico. Ambos' os palos sao alongados de modo a for­mar um espinho de comprimento variado e localizac;ao excen­triea em rela~ao it se~c.;ao transversal da celula. Lembram,ate certo ponto, ampolas de jnje~ao.

o genero e dominantemente marinho incluindo, talvez, umas4 ou 5 especies de aguas eOlltinentais. (fig. 327).

262. Celulas dispostas em colonias filamentosas, com numerosos espi­nhos pequenos em cada polo e de'stitufdas de bandas intercala-res ...' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . .. Melosira

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 118).

263 . Celulas formando longos filamel1tos; pleura ornamentada. . . . . . . . . .. . .. .. . .. . .. .. ... . . . .. . . .. . . .. ... .. . .. .. . . . . . Melosira

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 118).

'263 . Celulas solitarias; pleura nao ornamentada 264

Page 117: Algas Aguas Continentais Brasileiras

120 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

264. Frustulas angulares em vista valvar 265-

264. Frustulas nao angulares em vista valvar 26&

265. Frustulas mostrando septos internos ,............. Hydrosera;

Hydrosera Wallich, 1858. As celulas podem ser triangulares.ou ter a forma de estrela de 6 pontas, com as extremidadesarredondadas. A superficie da valva e crivada de pequenasareolas, enquanto os angulos sao apenas finamente punctula­dose

o g~nero inclui apenas uma especie de aguas continentais,. quehabita as cascatas das regioes tropicais. (fig. 328).

265. Frustulas sem qualquer septa interno 0 • • •• Biddulphia;,

Biddulphia Gray, 1831. As valvas p08suem contorno eliptic()ou poligonal (este, nas formas marinhas), com urn numero.de processos conicos salientes e ornamenta~o radial consti­tuida por poros ou areolas e, as vezes, espinhos dos quais.geralmente 2 sao maiores que os outros. Essas celulas po-­dem ocorrer isoladamente ou constituindo cadeias retilineas.ou em ziguezague.

~ste genera inclui apenas 2 espeCles de agua.s continentais..e mais de uma centena de especies marinhas. (fig. 329).

266. Superficie" valvar com areas hialinas radiais Stephanodiscus--~

Stephanodiscus Ehrenberg, 1845. ~ste genero inclui umas~

10 especies comuns do plancton dog lagos. Os individuo~l.

normalmente incluidos: neste genero sao bastante parecidoscom os de C,yclotella. A ornamenta~ao das valvas, entretanto".e.caracteristica. Distingue-se nelas areas radiais orname·n-,·tadas alternantes com outras, lisas. Tambem, 0 bordo da~

valvas tem uma areola de espinhos curtos. (fig. 330).

Page 118: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 121

266 . Superficie valvar gem areas hialinas radiais 267

267 . Superffcie valvar com alternancia de setores, mais e menos ele-vados a partir de urn centro hialino 'Ac,ti.noptych118

Actinopt1Jchus Ehrenberg, 1839 emend. Van Heurck, 1890.Frustulas circulares em vista valvar e onduladas quando exa­minadas em vista pleural. As valvas estao divididas em 6ou mais setores variando alterp.adamente, ora elevados e oradeprimidos, ora areolados e ora pontuados. Porle-se notarainda, nas margens, 3 ou mais processos espiniformes pe­quenos.

:tste genero inclui mais de 100 especies, sendo a quase tota­lidade marinha. (figJ 331).

267 . Supe,rficie valvar sem alternancia de setores mai.s e menos ele-vados; centro hialino, ausente Coscinodiscus

Coscinodiscus Ehrenberg, 18380 Celulas semelhantes as deCyclotella. Todavia, a,s valv·as possuem urn circulo de peque­nos espinhos e ornamenta~o mais ou menos homogenea, comareolas dispostas regularmente em tOda a superffcie valvar.

o genero e dominantemente marinho, com cerca de 500 espe­cies de agua salgada e apenas 4 ou 5 de aguas continentais.(fig. 332).

268. Plantas de ambiente terrestre ou aereo 269

268. Plantas de ambiente tipicamente aquatico 270,

269 . Plantas unicelulares e com cromat6foros com colora~ao averme-lhada ,. . . . . . . . . . . . . .. Porphyridium

Porphyridium, Nageli, 1849. Individuos unicelulares,. Ascelulas sao mais ou menos globosas e cada qual e envolvidapor uma bainha gelatinosa. Em celulas recentemente divi­didas, .uma parte dessa bainha pode aparecer como urn pe-

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122 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

d6nculo celular que logo se torna confluente co-m a matriz_gelatinosa na qual as celulas estao mergulhadas.

Esta e a unica alga vermelha estritamente terrestre. Elacresce em troncos de arvore au em solo umido, como urn estra­to fino, de aspecto gelatinoso e cor de sangue.

Sao conhecidas no momento umas 4 ou 5 especies deste gene­rOe (fig. 333-334).

-269 . Plantas multicelulares, filamentosas e com cromat6foros com colo-ra~ao ferruginea Trentepohlia

(Veja descri~ao suscinta do genero it page 88).

270. Plantas unicelulares, flageladas na fase vegetativa . .. .. .. .. .. .. 27"1

270-. Plantas multicelulares, nao flageladas na fase vegetativa ........................................................................................... 272

271. Plantas com 1 ou 2 cromat6foros com colora~ao olivacea ou ama-relad.a (raramente avermelhada) _ Cryptomo-nas

CryptotnDrtas Ehrenberg, 1838. Celalas com contarno emgeral mais au menos elfptico, 0 polo anterior ora mais arre­dondado, ora truncado e 0 polo posterior normalmente malsafilado. Os 2 flagelos possuem tamanho ligeiramente dife-

,rente e estao inseridos logo- abaixo do apice da celula, nointerior de uma pequena "ga-rganta". No interior da celulaexiste 1 ou 2 cromoplasto'S grandes, com a forma de laminae colora~ao variavel em torno do castanho-amarelado. Saoinclufdas neste genero atualmente cerca de 30 au 35 espe­cies distintas. (fig. 335). .

271.. Plantas com varios cromat6foros com colora~ao azul-esverdeada...... ~ .. . .. .. . . .. . .. .. .. . .. .. .. .. . . . . .. . .. .. .. . .. . .. .. .. . . .. . .. . . .. ... Cyanomonas

Cyanomonas Oltmanns, 1904. ·Celulas mais on menos ov6i­des, comp~imidasdorsiventralmnete e com ~ flagelos de ta-

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'CHAVE ARTIFICIAL ,PARA G:mNER'OS 123

manho desigual inseridos no fundo de uma pequeni.na de­pressao localizada pouco abaixo da extremidade ante'rior dacelula. A principal caracteristica do genero e a presen~a emcarla celula de varios cromoplastos disc6ides e azulados.

I 1:ste genero inclui talvez umas 2 ou 3 especies apenas. (fig.336).

272 . Plantas in,crustantes, formadas por 1 camada extremamente com-pacta de filamentos decumbentes e ramos erecto~ .

Hildenbrand'tia

Hildenbrandtia Nardo. 1834. Plantas crostosas, fortementeapressas ao substrato e com ambito mais ou menos circularquando a alga e j6vem e bastante irregular, quando maisvelha. 0 talo e constitufdo por uma por~o 'basal p;rostradae outra, de fios erectos. ~ste genero inclui cerca de 10 espe­cies marinhas e, ao que parece, apenas uma de aguas continen­tais. (fig. 337-338).0

272. Plantas erectas, nao incrustantes 273

273 . Talos com superficie pseudoparenquimatosa 274

273.

274.

Talos com superficie nao ps~udoparenquimatosa

Plantas diferenciadas externamente em nos e entrenos

275

Lemanea

Lemanea Bory de St. Vincent, 1808 emend. C. A. Agardh,1828. Os talos de Lemanea sao rigidos, cartilaginosos e apre­sentam varia~aode cor de especie para especie e mesrno numadeterminada especie de acordo com a es~ao do ano, entreos tons mais esmaecidos do verde-oliva ate qua~e 0 negro.Estas sao encontradas em agua corrente, geralmente sobrepL~ras e na base de quedas d'agua. Sua aparencia e de fiosgrosseiros, sern ramos laterais evidentes e que atingem ate20 em de comprimento.· Os filamentos sao fixos pela base

Page 121: Algas Aguas Continentais Brasileiras

124 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS, BRASILEIRAS

mas aparecem deitados no sentido da correnteza mais onmenos turbulenta do ambiente em que vivem.

1:ste genero inclui ao redor, de umas 20 especies. (fig. 339­340).

274 . Plantas nao diferenciadas externamente ern nos e entrenos; eixocentral das plantas, unisseriado Compsopogon

CompsOrp,ogon Montagne, 1846. Os talos desta alga sao fila­mentosos, livremente ramificados, unisseriados n·a sua por­~ao apical e multisseriados nas pa.rtes mais velhas, macrosco­picos e se apresentam com colora~ao ora az,ulada, ora viohiceaou mais esverdeada, dependendo da es,pecie considerada. Narealidade, essa aparencia de multisseria~a~ e dada pelas divi­80es periclinais sucessivas das celulas situadas desde logoabaixo do apice do fio e que vao ocasionar 0 aparecimentode uma verdadeira cortex .em torno daB celulas centraisaXlalS. Estas celulas crescem bastante e nao se divioem mais.Os filamentos podem ser livres e flutua~tes ou se prender aosubstrato por meio de rizoides originados das proprias celu­las corticais dos nivei.s mais baixos do filamento.

~ste genero inclui ao redor de 12 especies distribuidas pelomundo todo. (fig. 341-342).

275 .. Eixo central das plantas formado por celulas compridas, maislongas que aquelas dos ramos laterais Batrachosp-ermum

BatrachOt~permumRoth, 1797. Talos macroscopicos, filamen­tosos e ramificados. Na nlaioria das especies ele possue

..aspecto moniliforme mais ou menos acentuado. Na parteadulta do talo porle-se distinguir urn eixo central, constituidopar uma unica fileira de celulas mais desenvolvidas e den­samente revestida por grupos compactos de ramos laterais.tstes grupos de ramos po~em estar mais ou menos distantesun.s dos outros, ~. que vai conferir ao filamento urn aspectomonilifonne mais ou menos evidente. Algumas especies pos­suem os ramos laterais pouco conspicuos e, nelas, esse aspecto

Page 122: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 125

moniliforme e mascarado lembrando mais Lemanea. Toda­via, mesmo liestes casos, os n6s aparecem levemente entumes­cidos em rela~ao aos entren6s.

Cerca de 50 especies deste genero sao ora conhecida,s, distri­buidas pelo Mundo inteiro. (fig3 343-346).

275 . Eixo central das plantas formado por celulas com 0 mesmo com-primento daquele das celulas dos ramos laterais 276

, 276. Eixo central das plantas unisseriado, obscuro .... AUJiouinella

_4.udouinella Bory de St. Vincent, 1823 emend. Papenfuss,1945. Talos microsc6picos, filamentosos, unisse·riados e livre­mente ramificados. Nao ha nesses fios distin~ao entre 0

ramo principal e os laterais. Tanto pelo sen desenvolvimentocomo pelo diametro, sao bastante semelhantes. A caracteris­tica fundamental deste genero e que 0 distingue dos demaisque possuem talo com constru~ao semelhante e a p'res·en~a

nas celula:s de cromat6foros com forma de bandas espirais.~ste genero inclui cerca de 5 on 6 especies, apenas. (fig. 347).

274. Eixo central das plantas multisseriado, envolvido p,or filamentos............................................ Thorea

Thorea Bory de St. Vincent, 1808. Os talos sao macroscopi­cos e profusam·ente ramificados. Microscopicamente, saoconstituidos de urn eixo central multiaxial formada por ramoscurtos, torcidos e arrumados de modo compacto. Estasplantas nao sao comuns. Todavia, nos ambientes em queocorrem, sao abundantes. Algumas plantas podem alcan~ar'

ate 50 cm de comprimento: 0 genero inclui no momentotalvez umas 6 ou 7 especies. '(fig. 348).

277. Celulas formando filamentost

. . 278

277 . Celulas nao formando filamentos 314

Page 123: Algas Aguas Continentais Brasileiras

126 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

278. Tricomas com diametro constante em t8da sua extensao 279

278 . Tricomas adeIga~ando em 1 ou am'bas as extremidades 308

279 . Tricomas ramificado.s 280

279 . Tricomas nao ramificados 290

280.

280.

Tricomas com ramifica~Oes falsas

Tricomas com ramifica~oes verdadeiras

281

284

281. Tricomas de celulas todas iguais; heterocistos ausentes .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ple·ctO'nema

Plectonema Thuret, 1875. Plantas muito parecidas com Toly­pothrix no que se refere ao tipo de falsos ramos e de bainhade gelatina. A maior diferen~a entre ess"es dois generos estaem que Plectonerna apresenta celulas disc6ides ou com a formamais aproximada de barrilete e mais ou menos constritas naregiao dOB septos transversais. A bainha de gelatina e firmee pode ser mais ou menos estreita, homogenea ou estratificadae colorida ou hialina. Nao foram ainda observados nestasalgas heterocistos e acinetos.

~ste genero compreende ao redor de 30 ou 35 especies atual­mente. (fig. 349).

281. Tricomas de celulas de 2 ou m·ais tipos diferentes; heterocistospresentes 282

282 . Plantas esparsamente ramificadas; heterocistos apenas basais onbasais e intercalares '. Microchaete

Microchaete Thuret, 1875. Os tricomas desta alga sao iso­lados no interior de uma bainha gelatin.osa firme, usualmente

Page 124: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PAltA G£NEROS 127

estreita e ora lamelada, ora homogenea. Algumas vezes apa­recem atenuados em uma das extremidades, mas sempre ~om

1 heterocisto terminal alem de outros que podem ocorrerintercaladamente no fio. Os acinetos podem ocorrer pr6xi­mos dos heterocistos ou mai's distantes deles, isolados ou emseries. ~As pseudo-ramifica~oes sao escassas, normalmente.

tste genero inclui no momento cerca de umas 12 a 15 espe­cies conhecidas. (fig. 350) ..

282 .. Plantas abundantemente ramificadas; heterocistos tipicamenteintercalares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . .. . .. .. 283

283 .. Ramifica~oes geralmente aos pares ..... ~ . . . .. . . . . Scytonema

Scytonerna C. A. Agardh, 1824. Esta alga apresenta fiosgeralmente com numerosas ramifica~oes falsas e que apare..cern tanto isoladas como aos pares e formadas entre hetero­cistos. A bainha de gelatina ,pode ser fina e finne' ou amplae lamelada.

o genero inclui presentemente mais de meia centena de espe­cies distribudas por todo 0 Mundo e encontradas em ambienteaquatico OU, mais comumente, como algas subaereas. Haalgumas especies marinhas. ,(fig. 351).

283 .. Ramifica~oes geralmente isoladas Tolypothrix

Tolypothrix Ktitzing, 1843. tste genero inclui ao redor deumas 50 especies distribuidas pelo Mundo inteiro e reconhe­cidas de vez pela forma~ao de pseudo-ramos adjacentes a urnhetero~isto au a um grupo deles. A bainha mucilaginosapode ser fina e fluente ou mais espessa e lamelada. Toly­potkrix e urn dos generos COmuns em' ambiente subaereo.Todavia, podetn ocorrer entrela~ados com outras algas aqua­tieas on presas a pedras, paus OU outros substratos imersos.(fig. 352).

284 . Tricomas de celulas tOdas iguais; heterocistos ausentes, .... 285

Page 125: Algas Aguas Continentais Brasileiras

128 ALGAS . DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

284 . Tricomas de celulas de 2 .Oll mais tipos diferentes; heterocistospresentes 286

285 . Plantas fixas ao substrato; tricomas adelga~ando para as extre-midades livres doa ramos Loefgrenia

Loefgrenia Gomont,. 1896. Tricomas· sesseis, ramificados eafilados nas extremidades. As ramifica~6es ocorrem pr6xi­mas a base clos fios e sao originadas do crescimento bifido decertas celulas do tricoma. Heterocistos ainda nao foramobservados nestas algas.

A unica especie do genero foi descrita baseada em materialbrasileiro coletado na cidade de Sao Paulo. (fig. 353).

2b5. Plantas de vida livre; tricomas com diametro mais ou menos cons­tante em toda sua extensao, nao adeIga~ando para as extremida-des livres dos ramos Albrightia

Albrightia Copeland, 1936. Plantas com 0 habito bastanteparecido ao de Hapalosip·hort: sao tambem filamentosas, unis­seriadas e livremente ramificadas. Os ramos laterais de

ba'stante longos e indiferenciaveis do eixo principal tanto peloseu diametro relativo como pelos elementos componentes. Acaracteristica, entretanto, de Albrightia e 0 crescimento api­cal dos ramose

o genero e menospecifico e, ao que se sabe, conhecido ape­nas de fontes quentes. (fig4 354).

286. Bainhas de gelatin.a dos filamentos, confluentes .. N ostochopsis

NostoChOpsis WoOd, 1869. As plantas de Nostochopsis saofilamentosas e livremente ramificadas. Os fios sao unisse­riados e os ramos sao em geral longos e torulosos. As celu­las sao mais compridas que 0 proprio diametro e podem sercilindricas ou ter a forma aproximada de urn barrilete. Osheterocistos podem ser intercalares mas, mais comumente,

Page 126: Algas Aguas Continentais Brasileiras

eRAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 129

sao, formados na extremidade de ramos Iaterais muito curtos.~ste genero inclui no momento 3 ou 4 especies conhecidasapenas. (fig. 355).

286 . Bainhas de gelatina dos filamentos, DaD confluentes 287

287 . Tricomas unidos, formando u',a massa almofadada ... Capsosira

Capsosira Kiitzing, 1849. Talos hemisfericos, gelatinosos,com 1 a 2 mm de diametro e a Buperficie inferior fixa a urnsubstrato firme. Os filamentos sao u,nisseriados, repetida­mente ramificados de tal sorte a DaD apresentar distiD~ao

muito nftida entre eixo principal e ramos secundarios. Rete­rocistos tanto laterais como intercalares. 0 genero e mo­noespecffico. (fig. 356).

287. Tricomas livres, DaO unidos ou formando u'a Massa almofada-da 288

288 . Tricomas inteira ou parcialmente multisseriados .... Stigonema

Stigonema C. A. Agardh. 1824. Filamentos com 0 eixo prin­cipal parcial- au totalmente multisseriado e ramos verdadei~

ros originarios de qualquer parte do fio. As celulas sao glo­bosas ou ov6ides e apresentam freqiientemente conexoes inter­eelulares visivei'S. Os heterocistos sao intercalares au late­rais'. Estas plantas podem ser encontradas entre .outrasalgas ·aqua-tieas ou formando massas com 0 aspecto de veludosobre substrato umido.

Este genero inclui ao redor de umas 20 especies co~hecidas

ate 0 momento. (fig. 357-358).

288 . Trieomas inteiramente unisseriados 289

289. Tricomas com 0 eixo principal formado de celulas globo~as e oseixos laterais de celulas cilindricas e alongadas .... Fischerella

Fischerella Gomont, 1895. Plantas razoavelme,nte semelhan­tes as de Stigonema. Os filamentos sao geralmente multisse-

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130 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

riados ou, as vezes, unisseriados. Os ramos sao unilaterais,erectos e sao constituidos por celulas cilindricas mais oumenos longas. 0 eixo principal e formado por celulas globo­sas e grandes. Esta diferen~a de celulas nos ramos prin­cipal e secundarios e 0 caracter unilateral das ramificac;oes,parecem ser as caracteristicas fundamentais para delimitac;aodo presente genero.

Cerca de uma dezena de especie:s deste genero parece ja te­rem sido descritas ate 0 momento. '(fig. 359).

289. Tricomas com os eixos principal e laterais formados de celulascilindricas, mais ou menos alongadas Hapalosipkon

Hapalosiphon Nageli, 1849. Filamentos uniss.eriados (muitoraramente podem ser bisseriados!) e livremente ramificados.As celulas vegetativas destas algas sao mais ou menos ciHn­dricas, caracteristica esta que permite distinguir este generade certas especies de Fische1"ella. Os heterocistos sao inter­calares e se desenvolvem e'm geral a partir de celulas, do eixoprincipal.

Talvez umas 35 especies deste genero ja sejam conhecidas nomomento. (fig. 360).

290. Tricoma's com heterocistos 291

290 . Tricomas tipicamente sem heterocistos 295

291. Heterocistos tlpicamente terminais CylindrospermuJm

Clllindrospermum Kiitzing, 1843. T'ricomas unisseriados esimples, constituidos por urn heterocisto terminal (mais comu­mente em urn dos polos Oll, m-ais raramente, em ambos) eadjacente ao qual existe senlpre de 1 a varios acinetos. Ascelulas vegetativas apresentam 0 diametro mais ou menosconstante em toda extensao do fio.

Conhecem-se atualmente ao redor de umas 20 especies destegenero. (fig. 361).

Page 128: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 131

291. Heterocistos intercalares 292

292 . T,aIos contendo mais de 1 tricoma, todos paralelos .. . . . · ... · · · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aphamizomenon

A phanizom,enon· l\Iorren, 1838. Os tricomas desta alga apa­recem dispostos em feixes paralelos e que podem formar flocosmacrosc6picos na superficie da agua onde habitam. As celu­las sao geralmente ricas em pseudovacllolos e propiciam asplantas flutuar. Os tricomas sao atenuados em ambas asextremidades e normalmente possuem heterocistos e acinetoslocalizados mais ou menos no centro do fio.

Quatro on 5 especies deste genero sao conhecidas ate 0 mo­mento. (fig. 362).

292 . Talos contendo 1 tinico tricoma ou se com mais de 1, estes naosao paralelos 293

293 . Tricomas gregarios, emaranhados no interior de u'a mas.sa gela-tinosa firme e com forma definida N ostoc

Nostoc Vaucher, 1803. Tricomas extremamente semelhantesaos de Anabaena. A principal diferen~a entre' esses doisgeneros e que a gelatina colonial em Nostoc e firme e muitoevidente. 0 tala tern, porisso, forma definida. ~ste' generoinclui ao redor de umas 45 ~specie's distribuidas por todo 0

mundo, princi.palmente sobre b"arrancos ou parede de grutasconstantemente umedecidos. (fig. 363).

293 . Tricomas solitarios ou gregarios e emaranhados no interior de u'amassa gelatinosa diluida, amorfa ,...... 294

294. Tricomas com bainhas de gelatilla reduzidas e firmes .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ ~ . . . . . . Aulosira

Aulosira Kirchner, 1878. Os tricomas neste genero podemRparecer solitarios ou formando pequenos feixes dentro deuma bainha gelatinosa comum. Os tricomas podem ai estar

Page 129: Algas Aguas Continentais Brasileiras

132 ALGAS DE .A.GUAS C'ONTINENTAIS BRASILEIRAS

entrela~dos ou paralelos. ~les apresentam heterocistos eacinetos intercalares e de diametro bastante 'Semelhante.

~ste genero inclui, ao que parece, umas 6 especies apenaR.(fig. 364).

294 . Tricomas com bainhas de gelatina amplas e diluidas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. A OOJ.baerna

Anabaena Bory de St. Vincent, 1822. Celulas com a formade contas ou barrilete e dispostas em tricomas unisseriados esimples. Quando formam colonias, estaS nao possue,m formadefinida dada it inconsistencia da mucilagem colonial. Podemser plancto.nicas ou misturar-se com outras algas na agua ouem solo umido. Representantes deste geneTo podem ocorrerformando "flores d'agua" juntamente com Microcystis.

295 . Trieomas envolvidos por bainha de gelatina 296

295. Tricomas nao envolvidos por bainha de gelatina 305

296 . Bainh,as de gelatina contendo 1 tinieo tricoma 297

296 . Bainhas de gelatina eontendo mais de 1 tricoma 303

297 . Tricomas formados por celulas independentes, nao se tocando uma,sas outras _. . . . . . . . .. . . . . . .. H eterohormogonium

Heterohormogonium Copeland~ 1936. As algas incluidas nes­te genero possuem celulas aproximad.amente lenticulares~ dis­postas unisseriadamente urn poueo distantes umas das outrase metidas em uma bainha gelatinosa tubular. As vezes acon­tece uma altera~ao do plano de divisao das celulas do fio eaparecem regioes bisseriadas distintas. A separa~ao lateralde uma dessas duas series de celulas pode conferir- it algacaracter ramificado.

o generO e ate 0 momento monoespecifico. (fig. 366).

Page 130: Algas Aguas Continentais Brasileiras

eHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 133

297 . Tricomas formados por celulas DaO independentes, que se tocamumas as outras 298

298 . Bainhas de gelatina diluidas e confluentes lateralmente .... 299

298. Bainh,as de gelatina firme e DaO confluentes lateralmente .. 301

299 . Filamentos fonnando tufos erectos Symploca

Symploca Kiitzing, 1843. Tricomas individuais envoltos poruma bainha gelatinosa mais ou menos marcada. Em muitoscasos as bainhas dos filamentos sao confluentes principalmen­te nas suas por~oes medianas (muito raramente tambem nasextremidades) dando, assim, a impressao de existencia defalsas ramifica~oes.

:mste genero inclui ao redor de 20 espeCles de habito domi- .n,antemente subaereo e que crescem como uma crosta da qualemergem numerosos tufos conicos mais ou menos verlicais.(fig. 367).

299. Filamentos nao formando tufos erectos 300

300 . Filamentos emaranhados, formando 1 estrato expandido, geral-mente sobre terra umida Phormidiu·m

Phormidium Kiitzing.. 1843. Os tricomas deste genero saobastante semelhantes aos de Oscillatoria, de tal forma a naoser passivel a distin~ao entre ambos quando se observar tri­comas isolados de urn e outro. - Os tricomas de Phormidiu·rn,entretanto, sao sempre envoltos por uma bainha gelatinosaPOllCO consistente e, freqiielltemente, as bainhas dos· variostricomas sao confluentes. -Como resultado disso, os tricomaspodem ocorrer paralelos uns aos Qutros OU entrel~~ados demodo mais ou menos complicado.

...

~ste e urn genero de algas azuis primAriamente subaereocrescendo usualmente, sabre solo umid.o, com cerca de umas

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134 ALGAS DE AGUAS ·CONTINENTAlS BRASILEIRAS

90 on 100 especies conhecidas do mundo inteiro. (fig. 368­369).

300 . Filamentos nao emaranhados, mas paralelos e formando massasescamiformes de vida livre, na agua Trichodesmium

Trichodesmium Ehrenberg, 1830. Tricomas extremamentesemelhantes HOS de Oscillatoria, envoltos por uma bainha gela­tinosa extremamente delicada, quase imperceptivel. Os fila­mentos assim con'stituidos Ullem-se lateralmente nns aos Qutrosde modo a form,ar colonias fusiformes ou escamiformes,flutuantes na m·assa liquida. Alguns autores, nao aceitameste genero, confundindo-o com Oscillatoria.

. Inclue,:"se atualmente neste genero umas '2 au 3 especies ape­nas, alem de algumas especies marinhas. (fig. 370).

301. Tricomas com menos de 20 celulas Rome-ria

Romeria Koczwara~ 1932. As celulas sao moniliformes oucilindricas e apa.recem formando tricomas curtos e geralmen­te com uma a 12 celulas. :a:les podem ou DaO ser incluidosem uma bainha gelatinosa. Quando essa bainha existe egeralmente estreita mas bern evidente.

~ste genero inclui no In.omenta apenas, 3 especies de ocor­rencia relativamente rara. (fig. 371-372).

301. Tticomas tipicamente com centenas de celulas ... . . . . . . . .. 302

302 . Bainha~ de gelatina sem cor ou com colora~ao acastanhada .... . . ..... .. . . . ... .. ... .. .. .... .. .. .. .. .. . . .. . . . liyngbya

_liyngbya C. A. Agardh, 1824. Tricomas individualizados eenvolvidos par uma bainha gelatinosa firme, relativamentefina e que normalmente se estende alem da -extremidade dotricoma. Os filamentos de liyngbya podem ocorrer sozinhosou entrela~ados de modo a constituir u'a massa flutuante ouurn estrato relativamente amplo.

,. Incluem-se neste genero', atualmente, cerca de uma centena

de especies distribu~das por todo 0 mundo. (fig. 273).

Page 132: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G~NEROS 135

302 . Bainhas de gelatina com colora~ao purpurea .. . . . . . . . . . . . . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porphyrosip'hon

Porph'yrosiphon Kiitzing, 1849. Tricomas nao ramificados,envolvidos por uma ba.inha gelatinosa firme e multiestratifi­cada, geralmente colorida de purpura avermelh,ada.

o genero inclui cerca de 4 ou 5 especies conhecidas de todomundo. (fig. 374).

303 . Bainhas de gelatin,a, diluidas Schizothrix

Schizothrix Kiitzing, 1843. as trieomas de Schizothrix saoincluidos em uma bainha firme e ampla, usualmente lamelada,podendo ser colorida quando mais velha, em certas especies.Na por~aome'diana do filamento podemos encontrar 2 ou maistricomas torcidos em helice, uns sobre os outros. A,s bainhasnormalmente apresentam 'ramifiea~oes distais em eujo inte­rior encontramos usualmente urn s6 trieoma.

Incluem-se neste genero, no momento, umas 70 ou 80 espe­cies. (fig. 375).

303 . Bainhas de gelatina, firmes 304

304. Bainhas de gelatina contendo tlpjcamente muitos trieomas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Microcoleus

Microcoleus Desmazi'eres, 1823. a'S individuos representan­tes deste genero aparecem como varios, tricomas' mais oumenos paralelos, entrela~ados e incluidos em uma bainha, gela­tinosa ,ampla, nao ramificada. Este genero inclui, no mo­mento, cerca de umas 30 especies aproximadamente. (fig.376).

304. Bainhas de gelatina contendo tlpicamente pOlleos tricomas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Hydrocoleu1n

Hydrocoleum Kiitzing j 1843. as individuos incluidos nestegen,ero poss,nem uma bainha gelatinosa relativamente ampla

Page 133: Algas Aguas Continentais Brasileiras

136 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

e que pode apresentar, as vezes, uma certa estratifica~ao.

No seu interior podem-s,e encontrar uns pOllens trieomas frou­xamente agregados. Em alguns casos, as bainhas apresen­tam ramifica~oe'S. Cerca de umas 20 especies sao incluidas,no momento, neste genero. He}., tambem, espeeies marinhas.(fig. 377).

305 . Tricomas retilineos, encurvados ou torcidos em espiras irregula-res ". 306

305 .. Tricomas toreidos em espiras regulares 307

306.. TrieomaB com menns, de 20 celulas Borzia

Borzia Cohn, 1883. Filamentos unisseriados constituidos POl"

urn numero reduzido de celulas, geralmente 3 a 6, bastantesemelhantes a hormogonios de outros representantes do grupo.Essa semelhan~a do tricoma de Borzia eom hormogonios deoutros generos das algas aiuis, torna diseutida a existeneiareal deste genero. Sao ineluidas neste genero apenas 2 espe­cies, ate ° momento. (fig. 378) ..

306 . Tricomas tlpicamente com centenas de celulas ....... Oscillatoria

Oscillatoria Vaueher, 1803. Filamelltos, eilindricos eonstitui­dos por uma aniea serie de celulas todas iguais e envoltos poruma bainha gelatinosa extremamente delgada, praticamenteinvisivel sem auxilio de ~ubstaneias eorantesoo

Mais de 100 especies distintas sao conhecidas deste genero,no momento, distribuid~s por todo 0 mundooo Ra, tambem,algumas espeeies marinhas. (fig. 379-380) ..

307 . Septos transversais presentes; tricomas pluricelulares ...... oo .....• .. . .. . . . . .. . .. .. . . . . . .. .. . . . .. .. . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . Arthrospira

Arthrospira Stizenberger, 1852~ Filamentos torcidos em heli­ce, constituidos por urn numero de celulasoo Os septos trans-

Page 134: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 137

versais que delimitam as celulas nem sempre e facilmelltevisivel sem 0 auxilio de solu~ao corante.

o genero compreende talvez umas 15 especies conhecidas ·domundo todD. (fig. 381).

307 . Septos transversais ausentes; tricoma'S unicelulares .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Spiruli~1,a

Spirulina Turpin, 1829. Tricomas torcidos em helice e des­tituidos de septos transversais. A ausencia de septos e aunica diferen~a entre este genero e A'tthrospira.

Incluem-se neste genero cerca de 25 ou 30 especies com dis­tribui~ao mundial. Ha, tambem, algumas especies marinhas.(fig. 382).

308. Tricomas adelga~ando em ambas as extremidades.RaphidioP8is

Raphidiopsis Fritsch, 1929. as tricom,as desta alga saocurvos e afilados em uma ou ambas as, extre'midades. Jaforam observados hete'rocistos em representantes deste generomas ainda nao se verific.ou a ocorrencia de acinetos.

o genero ao que tudo indica e ainda monoespecifico. (fig.383-384) .

308. Tricomas adelga~ando em 1 extremidade, apenas 309

309. Heterocistos presentes 310

309. Heterocistos ausentes " . . . . . . . . . . . . .. 313

310. Filamentos gregarios formando talos esfericos ou hemisfericos .... .. .. .. .. . . . . . . . . . . .. .. .. . . .. . . .. . . .. . . ... . . . . . .. . . .. 311

310 . Filamentos solitarios ou gregarios, mas nao formando talos esfe-ricas ou subesfericos· 312

Page 135: Algas Aguas Continentais Brasileiras

138 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS 2RASILEIRAS

311. Tricomas tlpicamente com acinetos Gloeotric;~ia

Gloeotrich1~a J. G. Agardh, 1842. Os individuos representa­tivos deste genero de algas sao distintos daqueles de Rivuw/ria,apenas pelo fato de formarem comumente acinetos. De restosao bastante ~semelhantes. Os acinetos, quando isolados apa-

. recem localizados em seguida ao heterocisto basal. Quandova-rios acinetos ocorrem, eles aparecem sempre na parte basaldo tricoma, concatenados e adjacentes ao heterocisto basal onintercalados por 2 ou 3 celulas vegetativas, comuns.

Ao redor de umas, 15 au 16 especies ja foram descrita.s paraeste genero, no momento, ao que se sabe. (fig. 385).

311. Tricomas sem acinetos Ri1'ularia

Rivularia C. A. Agardh, 1824. Tricomas unisseriados, sim­ples e atenuados para urn dos apices, considerado distal. Elesaparecem arranjados mais ou menos radialmente e bastantepr6ximos nns dos outros no interior da mucilagem colonial.As bainhas gelatinosas podem ser parcial- ou totalmente con­fluentes. Os talos assim formados. sao em geral hemisferi­cos e macrosc6picos.

o genero compreende ao redor de umas 20 ou 25 especies,no momento. (fig. 386).

312. Bainhas de gelatina contendo varios tricomas contfguos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dichothrix

Dichothrix Zan,ardini, 1858. Algas que lembram bastanteCalothrix e da qual difere basicamente pelo fato de geral­mente possuir 2 ou 3 tricomas jazendo mais ou menos parale­los, no interior da bainha gelatinosa comum. Cada fio isola­do, entretanto, e extremamente semelh,ante aquele de Calo­thrix. 0 heterocisto esta localizado normalmente na base dotricoma. As vezes, alguns intercalares podem ocorrer.

tste genero inclui ao que se s,abe umas 20 es.pecies aproxima­damente, no momento, distribuidas pelo mundo inteiro.(fig. 387).

Page 136: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS

312 . Bainhas de gelatina contendo varios tricomas nao contiguos••••••• 0 •••• 0 •••••• 00' •••••••••• 0. • • • • • • • • • • • • •• Calothrix

Calothrix C. A. Agardh, 1824. Os tricomas de Ca.lothrix saounisseriados, simples e possuem um heterocisto basal. Deum modo geral, sao ate'TIuados para a extre'midade distal aoheterocisto, sendo raras as especies em que isso nao acontece.A bainha gelatinosa e mais Oil menos estreita e bern evidente.Pode, ainda, ser homogenea ou apresentar e'Stratifica~ao.

o genero parece incluir no momento mais de meia ce,ntenade es,pecies de aguas continentais do mundo inteiro. Ha,tambem, especies marinhas. (fig. 388).

313. Extremidades adelga~adas do tricoma, paralelas Amphithri;{~

313.

Am,p}~ithrix Kiitzing~ 1843 emend. Bornet & Flahault, 1886.Os filamentos desta alga sao formados, por 2 por~oes distin­tas: uma basal e constituida de tricomas, densamente entrela­<;ados (as vezes tao densam.ente entrela~ados que tomam,aspecto pseudoparenquimatoso!) e outra, superior, com fios

erectos e atenuados para as extremidades distais". Nao foramobservados. ainda nestas algas heterocistos e acinetos.'Este genero inclui ao que parece 3 ou 4,especies apenas. (fig.389) .

Extremidades adelga~adas dos, tricomas, nao paralelasCalotht'ix

(Veja descri~ao suscinta do genero a page 139).-

314. Plantas formando endosporos 315

314. Plantas nao fOlillando endosporos 0 ••••••••••••••• 317

315. Plantas unicelulares, isoladas (3.:s veze.s, gregarias) .• • • • • • • • • • • • • • • • • • • 0'. ~ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Chamaesiphon

Page 137: Algas Aguas Continentais Brasileiras

140 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Chamaesiphon A. Braun & Grunow, 1865. Algas unicelula­res com a forma aproximada it de uma clava ou cilindro,usualmente epifitas em outras algas filamentosas. Quandomaduras, da extremid·ade da celula destacam-se segment-oRmais ou menas esfericos, os endosporos.

,Este genero inclui cerca de 25 especies distintas, distribuidaspelo mundo inteiro, embora encontradas com pouca freqiien­cia pelos estudiosos. (fig. 390).

315. Celulas formando colonias 316

316 . Plantas de vida livre X enoCOC'CU8

XenOCOCC1lS Thuret, 1880. Algas sesseis, normalmente epifi­ta.s sobre outras algas. As celulas sao arredondadas ouangulares devido a compreensao mutua e formam urn estratogeralmente com uma unica celula de espessura, as vezes cornalgumas poucas. Elas formam endosporos ainda que pos­sam se reproduzir ativamente tambem por simples divisoescelulares.

o genero e dominantemente marinho, incluindo 5 especies deaguas continentais. (fig. 391).

316. Plantas tipicamente fixas ao substrato Myxosarci1~a

317.

Myxosarcirta Printz, 1921. Colonias globosas ~orm,adas porcelulas angulares pela compreensao mutua, densamente dis­postas e incluidas em uma mucila,gem comum. Algumascelulas podem apresentar endosporos. Este genero inclui nomomento apenas 2 especies. (fig. 392).

Celulas formando colonias pseudoparenquimatosasEntophysalis

Entophysalis Kiitzing, 1843. Celulas esfericas distribuidasem grupos de duas ou 4 e com bainha gelatinosa homogeneaenvolvendo cada grupo. Tais grupos de celuJ.as estao arran­jados de tal forma a originar proje~oes verticais pseudofila­mentosas.

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eRAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 141

Este genero inclui ao que parece 5 especies no momento, 2marinhas e 3 caracteristicas de aguas continentais. (fig.393).

317 .. Celu}.as isoladas ou fornlando colonias nao pseudoparenquimato-sas . .. ...... .... .. ...... .. .. .... . .. .. ... .... .. .. .. . .. ..... .. .. .. .. .. .. .. .. .... .. .. ...... 318

318. Celulas endofiticas em algas despigmentadas ..... .o.. Glaucoc'ystis

Glaucocystis Itzigsohn, 1854. Celulas globosas ou ate elipti­cas, com a parede celular geralmente espessada nos polos it,

semelh,an~a com Oocyst,is. Eiasl possuem "plastos" disc6idesou bastoniformes e curtos, de colora~ao verde-azulada e quesao, na realidade, cianoffceas endo-simbionte's. ~stes pseudo..pla'Stos ordinariamente se distribuem radialmente na formade uma estrela ou de um ouri~o.. (fig. 394).

318. Celulas de vida livre, nao endofiticas 319

319.. Celulas formando colonias com forma mais ou menos definidaCJ............................................................................. 320

319 . Celulas formando colonias sem forma definida 324

320 . Celulas distribuidas perifericamente, apenas, formando uma es-fer·a oca 321

·320 0 Celulas distribuidas homogeneamente no interior de u'a massagelatinosa, nao formando uma esfera oca 323

321. Celulas angulares, mutuamente em contacto e destituidas de envoI..t6rio gelatinoso Pilgeria

Pilgeria Schmidle, 1901. Celulas densamente dispostos numacamada unica, na sllperficie de urn talo esferico e oco. Elas

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142 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

sao angulares pela mutua 'compreensao e it primeira vistadao a impressao de constituirem urn falso tecido.

o genera ao que tudo indica e monoespecifico e conhecidoapenas do Brasil. (fig. 395).

321. Celulas ,nao angulares, nao se tocando mutuamente, no interior decopiosa gelatina _. . .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. 322

322 . Interior das colonias cOlltendo fios gelatinizados dispostos radial-mente Gomphosphae1'ia

Gomp'hosphaeria Kiitzing, 1836. Celulas, com a .forma decora~ao ou mais globosa,s. e dispostas na extremidade de fila­mentos gelatinizados que' irradiam do centro do talo. Envol­venda tudo existe a, gelatina colonial abundante.

Ao redor de 7 ou 8 especies deste genera sao conhecid.as pre­sentemente. (fig. 397).

322 . Interior das colonias nao contendo quaisquer fios gelatinizados.. .. . .. .. .. . . .. . .. .. .. .. .. . .. .. .. . .. . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . . ... Coelosphaerium

Coelosphaerium Nageli, 1849. As celulas esfericas ou maiselipticas destas algas' aparecem. dis1postas na periferia dam,assa gelatinosa esferica (geralme'nte globosa!) colonial..Con.stituem, assim, como que uma esfera oca, caracteristica.

Este genero compreende ao redor de 12 ou 15 especies conhe­cidas ate 0 momento. (fig. 396) ..

323 . ,C'olonias cubicas Eucap.')is.

Eucapsis Clements !& Shantz, 1909. As, celulas nesta algaaparecem dis,postas de modo a formar colonias cubicas, comb,ainhas ao redor de pequenos grupos de 8 ou 16 celulas.,Esses grupos sao, par sua vez, envoltos por mucilagem co..mum. As colonias, c~bicas caracteristicas deste genero saoresultantes das divisoes celulares sucessivas em 3 pIanos do­espac;o.

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENE:eOS 143

Sao conhecidas presentemente apenas 2 especies deste genero.(fig. 398).

323. Colonias plae6ides Merismopedia

Merismopedia Meyen, 1839. Celulas arranjadas de, modo aformar uma plaea caracterfstiea e derivada da divisao celu­lar sucessiva em 2 pIanos do espa~o. Envolve'ndo tudo, existegelatina mais ou menos copiosa, mas sempre e'vidente.

Aeredita-se que umas 12 ou 15 especies deste gene,rO sejamconheeidas no momento. (fig. 399).

324 . Celulas esfericas (excessao aquelas em processo de divisao)325

324. Celulas elfpticas, cilfndrica.s au fusiformes 330

325 . Celulas solitarias ou unidas em colonias com menos de 50 indivi-duos 326

325. Celulas tlpicamente formando colo.~ias, com centenas de indivi-duo,s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 328

326 . Envolt6rios de gelatina ao redor das eelulas, ineonspicuos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Synechocystis

Synechocystis Sauvageau, 1892". Individuos unieelulares ee solitarios, com forma globosa e destituidos de envoltOriogelatinoso. Logo ap6s a divisao celular, 08 2 individuos re­cern formados permaneee,m juntos por urn certo espa~o detempo.

:Este genero compreende, 7 ou 8 especies atualmente. (fig.400-401) .

326. Envolt6rios de geJ.atina ao redor das 'celulas, evidentes .......................................................... 327

Page 141: Algas Aguas Continentais Brasileiras

144

327.

ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Envolt6rios de gelatina ao redor das celula,s, coloridosGlo·eocapsa

Gloeocapsa Kiitzing, 1843. Celulas globosas, usualmente reu­nidas formando pequenos grupos. com duas ou mais celulase incluida's em c.amadas concentricas de gelatina. A unicadistin~o que se faz entre este genero e Chroococcus ea geta­tina tinta de amarelado, vermelho, castanho, azul ou violeta,das primeiras.

:mste genero compreende cerca de 30 ou 35 especies conheci­das ate 0 presentee (fig. 402).

327 . E,nvolt6rios de gelatina ao redor da.s celulas, s.em colora~ao ...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Chroococcus

Chroococcus Nageli, 1849. Colonias, us,uaIrnente compostasde poucas celulas, geralmente com duas a 8 celulas ou, maisraramente~ com 16. Elas sao em geral planctonicas, emboraalgum,as especies possam ocorrer presas, ao substrato imersoon formar filmes sabre superficies aereas.

:Este genero inclui ao redor de 25 especies presentemente(fig. 403).

328. Celulas com envolt6rios evidentes Chondroc'ys,tis

Chondrocystis Lemmermann, 1899. As celulas· desta algaaparecemreunidas em pequenos grupos envolvidos par umabainha mucilaginosa individual. Toda a massa colonial esta,por sua vez, incluida em mucilagem eS,pessa. Essas coloniasformam massas em coxins sobre 0 substrato e aparecem en­crustradas de calcareo na sua parte basal.

o genera inclui talvez 1 ou 2 especies atualmente'. (fig. 404).

328. Celulas com envolt6rios gelatinosos nao evidentes 329

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 145

229 . Celulas bastante pr6xim.as umas das outras, no interior da massagelatinosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Micr9cystis

Mierocystis Kiitzing, 1833. ,C'elulas mais ou menos esfericase dispostas de modo compacto em colonias de forma irregularmas definida, com urn envoltorio gelatinoso geralmente bas­tante evidente. Essa'S ~olonias em alguns casos ap,resentamburacos na gelatina. As celulas podem ou nao a,presentarpseudovacuolos e quando os tern, flutuam n,a superficie liqui­da. :Este e urn dos generos de algas formadores de "flaresd'agua" e que podem causar direta- ou indiretamente a mortede peixes por s.ufoca~ao au envenenamento.

:Este genero inclui, ao redor de 24 ou 25 especies conhecidase distribuidas pelo mundo todo. (fig. 405).

329 . Celulas distantes umas das outras, no interior da massa gelati-nosa . . . . . . . . . . . .. Aphanocap.sa

Aphanocapsa Nageli, 1849. Celulas em geral esfericas, muitopequenas, e distribufdas freqiientemente aOB pares e de modouniforme' no interior da mucilagem colonial concentricamenteestratifieada. Muitas especies destas algas, especialmentequando 0 individuo e constituido de poucas celulas., sao difi­cilmente separaveis de Chroococ'cus. Por issO', varios, autoresmoder-nos sao de opiniao que se deva colocar os: dois generosjuntos, como urn so.

o genero inclui, no momento, cerca de 25 a 30 especies conhe­cidas e distribufdas pelo mundo todo. (fig. 406).

330 . Celulas fusiforme's Da,ctylococcopsis

Dactylococcopsis Han.sgirg, 1888. ·C'elulas geralmente fusi­formes OU, algumas vezes, lunadas ou ate espiraladamentetorcidas umas em torno das outras. Em algumas especiesexibe-se uma bainha mucilaginosa mais ou menos evidente;em outras, nada. Cerca de um,a dezena de especies e conhe­cida atualmente neste genero. (fig. 407).

330 . Celulas elipticas ou cilindricas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 331

Page 143: Algas Aguas Continentais Brasileiras

146 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

331. Celulas solitarias ou formando colonias com me-nos de 50 indi-viduos, Aphanothece

Aphanothece Nageli, 1849. Estas aIg,as, aparecem como celu­las bastoniformes ou mais ou menos cili.ndricas e imersas, llamucilage,m colonial.

o genero compreende, atualmente, cerca de 15 especies dis­tribuida.s, pelo mundo todo. (fig. 408).

331. Celulas tlpicamente formando colonias com centenas de individuos..................................................... 332

332. Celulas com envoltorios gelatinosos evidentes Gloeothece

Gloeothece Nageli, 1849. ,Celulas, aproximadamente bastolli­formes, dotadas de bainhas gelatinosas individuais e geral­mente englobadas em mucilagem comum. Sao conhecidas ateo momento talvez umas 17 ou 20 es,pecies deste genero. (fig.409).

332. Celulas com envoltorios gelatinosos nao evidentes .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. S'yn,echococcus

SynechocoCCU8 Nageli! 1849. Algas unicelulares, solitarias ecom a forma variando de eliptica a cilindrico-oblonga. Bai­nha de gelatin,a ausente. Como em S'ynechocystis, generomuito proximo de S'ynechococcus' e do qual difere apenas pelaforma das celulas, pode-se encontrar alguns pares de celulasformadas apos divisao celular recente.

Sao conhecidas atualmellte umas 8 ou 9 especies deste ge­nero. (fig. 410).

333. Individuos colonia:is, incluidos nos apices de massas gelatinosasdensas, ramificadas ~ . . . . .. Phalansterium

Phalansterium Cienkowski, 1870. 0 genero inclui atualmente3 especies: 2 coloniais e dendr6ides e uma solitaria. As

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEROS 147

celulas sao incolores, eliptieas a ov6ides e possue_m lou, maisraramente1 2 flagelos circundados na base por urn perist6miomucilaginoso e pequeno. Nas especie,s, coloniais essas celulasestao alojada,g nas extremidades dos ramos gelatinosos. Agelatina colonial apresenta granula~o grosseira con,spicua.(fig. 411-412).

333 . Individuos isolados, livre-natantes 334

334. Celulas rigidas, nao mudando de forma enquanto se locomovem,(as vezes, quando essas mudan~as ocorrem, sao praticamente im­perceptiveis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 335

334. Celulas plasticas, mudando continuame.nte de forma enquanto selocomovem 344

385 . Celulas m6veis por 1 unico flagelo 336

335. Celulas m6veis par 2 au mais flagelos (as. vezes, 1 deles podeestar Intimamente aderido it celula, dificultando sua evidencia-~ao) 339

336. Flagelo com inser~o apical Hue ber-Pestalozziamonas

Hueber-Pestalozziamonas Skvortzov, 1967. Individuos inco­lores, isolados, nao metab6licos, livre-natantes, e mais ou menosfusiformes em vista frontal. 0' flagelo e unico, grosseiro,vibratil apenas na extremidade distal e esta inserido no fun­do deum rese·rv·at6rio anterior e geralmente evidente. Tal­vez, a unica diferen~a entre estes individuO's e os represen­tativos de Peranema, seja a rigidez das celulas dos primeirosem oposi~ao a plasticidade daquelas dos 11ltimos. '~ste generoinclui 12 especies conhee-idas no momento e distribuidas ape­nas pelo Brasil, China, Manchuria e Suecia. '(fig. 413).

336. Flagelo com inser~ao subapical 337

Page 145: Algas Aguas Continentais Brasileiras

148 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

337 . Flage.lo vibratil apenas na extremidade distal .. a •• Scytomonas

Scytomonas Stein, 1878. Celulas rigidas, incolores, u,niflage­ladas e que aparecem nadando livremente no meio liquido.Quanto it forma, os individuoB po-dem ser oblongos ou ovoides ..o flagelo e relativamente grosso e bastante evidente.

Sao eonheeidas no momento duas es,pecies a,penas deste gene­rOe (fig. 414).

337 . Flagelo vibratil em toda sua extensao 338·

338 . Periplasto ornado de quilhas helicoidais mais au menos longitudi-nais Gyropaigne'

Gyrop:aigne Skuja, 1939. Celulas rigidas, incolores, unifla­geladas e de vida livre. Quanto it forma., elas podem ser mais.ou menos cilindricas, fusifolmes, ovoides au a.ssimetricamente,elipticas quando vistas de fre'Dte. 0 periplasto e firme emostra urn numero de quilhas helicoidais. 0 espa~o entreduas quilhas consecutivas eamplo e nltidamente eoneavo. Asquilhas sao agudas. Essas duas caracteristicas sao basicaspara sep,arar 0 presente genero de Menoidium,.

~ste genero inclui atualmente 5 especies: 4 conhecidas ape-­nas da Europa e uma brasileira. (fig. 415-416).

338. Periplasto sem apresentar quilhas helicoidais Kolbeana,

Kolbeana Skvortzov, 1966. ·C'elulas incolores" pouco metab6-­licas, assimetricas, mais ou menos elipticas. OU faseoliformese com urn tinieo flagelo anterior e inserido lateralmente n.a,celula" pOlleo abaixo do apiee.

'~ste genera inelui 3 especies eonhecidas unicamente do terl'li­torio brasileiro. (fig. 417).

339 . Celulas 2-flageladas. com 1 ,dos flagelos dirigidos anteriormente. e 0 outro, para tras ".................... Dinema,

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CHAVE ARTIFICIAL PARA GENEIWS 149

Dinema Perty, 1852. Dinema possue 2 flagelos de tamanhodesigual, 0 menor sempre dirigido para a frente quando aalga esta em movimento e 0 outro, maior e consideravelmenternais longo que a propria celula, voltado para tras. 0 peri­plasto e rnais ou menos firme, embora os individuos possammostrar certa metabolia quando em movimento.

:Este genero inclui no momento cerca de 2 ou 3 especies ape­nasa (fig. 418).

339. Celulas 3- ou 4-flageladas 340

:i40. Celulas 3-flagelad.as, sendo 2 inseridos anteriormente e 0 outro,posterior Balliamonas

Balliamonas _Skvortzov, 1967. Celulas incolores, solitarias,de vida livre, ativamente m6veis no meio liquido, rigidas,heteropolares e mais ou menos torcidas em espiral. 0 poloanterior e mais arredondado em alguns especimes e maisamplamente truncado em outros. 0 polo posterior e agudo,sempre. Os individuos pos:suem 3 flagelos) sendo 2 inseridosanteriormente, no apice e 0 outro, posteriorme'nte, tambemapical.

o genero e mOlloespecifico e conhecido ap·enas do Brasil, nomomento. (fig. 419).

340. Celulas 4-flageladas 341

341. Celulas com 2 flagelos in·seridos anteriormente e 2 posteriormen-te ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Alst~iamit'll8

Alstoniamitu8 Skvortzov, 1967. C'elulas incolores, solitarias,assimetricas, aproximadamente elipticas quando vistas defrente e que aparecem nadando livremente no meio liquidoem que habitam. Elas sao heteropolares, s.endo 0 polo ante­rior arredond,ado e. 0 posterior, reentrante (retuso). asflagelos existem em numero de 4, sendo 2 deles inseridos itfrente e 2 na reentrancia posterior.

Page 147: Algas Aguas Continentais Brasileiras

150 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

o gene'ro e monoespecifico e conhecimento somente do Brasilate 0 presentee (fig. 420).

341. Celulas com os. 4 flagelos com ins,er~ao anterior (apical ou subapi-calmente) 342

342. Celulas com os 4 flagelos inseridos apicalmente .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Silvamonas

Silva,monas Skvortzov, 1967. Celulas incolores, isoladas,aproximadamente cilindricas ou cilindro-conicas em vistafrontal e com 2 ou 3 suicos longitudinais mais ou menos pro­fundos,. Em sec~ao transversal sao achatadas e os sulcoslongitudinais acima referidos delimitam 6 ou 8 lobos bas­tante distintos. Os 4 flagelos estao inseridos anteriormentena celula 2 de cada lado de uma pequenina papila apical.

o genero emonoespecifico e geograficamente restrito ao terri­torio brasileiro, por enquanto. '(fig. 423-424).

342. Celulas com os flagelos inseridos subapicalmente, em 2 gruposopostos de 2 flagelos carla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 343

343. - .Celulas comprimidas dorsiventralmente Danielia

Danielia Skvortzov, 1967. Celllias incolores, solitarias, naometabolic-as, obpiriformes OU, as vezes, aproximadamente5-angulares em vista frontal e achatadas dorsiventralmente,aparecendo eliptica.s em sec~ao transversal. Os 4 flagelosestao inseridos subapicalmente em 2 grupos. distintos e OpOS­

tos de 2 flagelos carla. A sec~ao transversal eliptica destasalgas e a unica caracteristica que permite distingui-Ias deLimamitus•.

o genero e monoespecifico e conhecido apenas do Brasil ateo momento. (fig. 421-422).

-343. Celulas nao comprimidas dorsiventralmente Limamit~t8

Page 148: Algas Aguas Continentais Brasileiras

CHAVE ARTIFICIAL PARA G:mNEROS 151

Limamitus Skvortzov, 1967. Individuos incolores, unicelu­lares, nao metab61icos e que nadam livremente no meio liqui­do. As celulas sao aproximadamente obov6ides, com os fla­gelos inseridos subapicalmente em 2 grupinhos opostos de 2flagelos cada. A sec~ao transversal perfeitamente circulardesses individuos e a unica caracteristica palpavel que per­mite separa-Ios de Danielia, genero bastante pr6ximo.

o genero e monoespecifico e conhecido apenas do Brasil ateo momento. (fig. 425).

344. Celulas m6veis por 1 unico flagelo Astasia

Astasia Dujardin, 1841. Celulas despigmentadas, livre-na­tantes, com um unico flagelo e que aparecem mudando cons­tantemente de forma ~nquanto se movem. Poderi~m ser'referidas como euglenas sem pigmentac;ao. 0 processo denutri~ao dessas aIg,as e saprofitico na maioria das especies.

~ste genero e comumente encontrado em agua estagnada erica em materia organica. Inclui cerca de 30 a 35 espe­cies. (fig. 426).

344. Celulas moveis par 2 flagelos (as vezes, 1 deles pode estar Inti-mamente aderido it celula, dificultando sua evidencia~ao) ............................................................. 345

345. Celulas sem estigma Distigma

Distigma Ehrenberg, 1838. tste genero inclui apenas umas6 a 8 especies conhecidas no momento.

Estas algas nao p·ossuem pigmenta~ao. Sao unicelulares,mais ou menos fusiformes e tern 2 flagelos. O'S flagelos pos­suem tamanhos nltidamente diferentes:. Apesar do nOffi,e

Distigma aparentemente sig,nificar 2 estigmas, os individuosincluidos neste genero carecem de estigma. (fig. 427).

345 . Celulas· tipicamente com 1 unico estigma 346

Page 149: Algas Aguas Continentais Brasileiras

152 ALGAS DE AGVAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

346. Celulas aparentemente com 1 unico flagelo, 0 outro Intimamenteaderido a celula, em toda a sua extensao Perane1i~a

Peranema Dujardin:, 1841. Celulas altamente metab61icas eque quando extendid·as mostram 0 polo anterior mais afiladoe 0 posterior amplamente arredondado. Os individuos saodespigmentados e possuem urn dOB flagelos bastante evidentee vibratil apenas na sua por~ao terminal. 0 fIa,gelo que nor­malmente vai dirigido para tras quando a celula esta emmovimento dificilmente e observado, pois esta Intimamenteaderido ao corpo da celula, em tOda sua extensao.

Existem atualmente ao redor de umas 15 especies conhecidas.. (fig. 428).

346. Celulas com os 2 flageloB evidentes e de tamanhos distintos............................... ,. .. .. . . .. . .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. . He-teronema

Heteronema Dujardin, 1841. As celulas destas algas saomarcadamente plasticas (metab61icas). Quando extendidas,sao mais on menos cilindricas ou fusiforme's e apresentam asllperficie ora lisa e ora com pregas torcidas helicoidalmente.Os 2 flagelos estao inseridos anteriormente na celula e pos­suem. tamanho e espessura desiguais, evidente.

~ste genero inclui ao redor de 25 especies no momento. (fig.429-430) .

Page 150: Algas Aguas Continentais Brasileiras

PLANCHAS

Page 151: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 3 - Carteira sp.Fig. 4 - Rotundomastix pluvialis Sky.Fig. 5 - Haematococcus lacustris (Gir.) Rost.Fig. 6-7 - Phacotus lenticularis (Ehr.) Stein; F"ig. 7 - Vista lateral da 16rica

mostrando em pontilhado, no seu interior, a celula.Fig. 8 - Granulochloris sp.Fig. 9 - Chlamydomonas sp·.Fig. 10 - Chlam:ydomonas citriformis Sherfiel & Pasch.Fig. 11 - Chlorogonium elongatum Dang.Fig. 12 - Gonium pectorale Mull.Fig. 13 - Uva sp.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que espec]fi..earnente indicado ) •

Page 152: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 153: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 14-15 - Volvox aureus Ehr.; Fig. 14 - Aspecto geral da colonia; Fig. 15- Detalhe da colonia mostrando dois individuos.

Fig. 16 - Stephanosphae.ra pluvialis CohnFig. 17 - Pleodorina illinoisensis Kof.Fig. 18 - Pandorina morum (Mull.) BoryFig. 19' - EudolJAina SPA

Fig. 20 - Volvulina 8teinii Playf.Fig. 21 - Cylind'rocystis brebissonii Menegh.Fig. 22 - Cylindrocystis diplosP01'lI, Lund.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado).

Page 154: Algas Aguas Continentais Brasileiras

1

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21 .

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Page 155: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 28 - Tetmemorus brebissonii (Menegh.) RalfsFig. 24 - Triploceras gracile BaileyFig. 25, - Penium 'Ynargaritaceum. (Ehr.) B~b.

Fig. 26 ---- Penium silvae nigrae Rab. f. minor Bourr. & Mang.Fig. 27 - D'ocidium undulatum BaileyFig. 28..29 - Pleurotaenium ehrenbergii (Breb.) De Bary; Fig. 28 - Apice da

semicelula; Fig. 29 - Vista geral de uma semicelula.Fig. 30 - Pleurotaenium ovatum Nordst. yare tumidum (Mask.) G. S. WestFig. 31 - Micrasterias la.ticeps Nordst.~'ig. 32 - Micrasterias denticulata Breb.Fig. 33 - Euastrum brasiliense BorgeFig. 34 - Euastrum 8ubintegrum Nordst. yare brasiliense GronbI.Fig. 35 - Euastrum brasilien8'e Borge var. minus G. S. WestFig. 36 - Euast.rum oblongum (Grev.) RalfsFig. 37 - Euastrum 8ubloba.tum Breb. var. obtusatum (Gutw.) Kr.Fig. 38 - Staurodesmu8 dickei (Ralfs) Lill.Fig. 39 .....:.- Staurodesmu8 con'IJerg~n8 (Ehr.) Teil.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

Page 156: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Fig. 40 - Amscottia mira (GronLl.) Gronbl.Fig. 41 42 - Staurastrum trifidum Nordst. yare glabrum Lagerh. f. tortu'nl,

Borges.; Fig. 42 - Vista apical de uma semicelula.Fig. 43 - Staurastrum prescottianum (C. Bic.) C. Bic.Fig. 44-45 - Staurastrum quadrangu,lare Breb. yare longispinum Borges.; Fig. 45

- Vista apical de uma semicelula.Fig. 46 - Staurastrum rotula Nordst.Fig. 47-48 - Staurastrum polymorphum Breb. var. itirapinensis C. Bic.; Fig. 48 -

Vista apical de um~ semicelula.Fig. 49 - Xanthidium reg.ula1re Nordst. yare asteptum BorgeFig. 60 - Xanthidiu,m trilobum Nordst.Fig. 51 - Arthrodesmu8 octocornis Ehr.Fig. '52 - ArthrodesmuB mucronuia·tu8 Nordst.Fig. 53 - Actinotaenium elongatum (Rae.) Teil. yare lanceolatum (Turn.) Teil.Fig. 54 - Actinotaenium wollei (Gronbl.) Teil.Fig. 55, - Cosmarium contractum Kirchn.Fig. 56 - Cosmo,riu..m brancoi C. BicFig. 57 - Cosmarium a·moenum Breb. yare constrictum Scott & Gronbl.Fig. 58 - Cosmarium pyramidatum Breh.

(0 tra~o proximo a cada figu.ra representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

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Fig. 59 - Echinosphaerella limnetica G. M. SmithFig. 60 - Acantho8phaera zachariasi Lemm.Fig. 61 - Chaetosphaeridium globosum (Nordst.) Kleb.-Fig. 62 - Dicranochaete reniformis Hier.Fig. 63 - Chodatella wratislawiemis (Schr.) LeyFig. 64 - Chodatella stdbsalsa Lemm.Fig. 65 - Phryte.lio8 viridis Frenz. yare brasiliense C. Bic. & VentreFig. 66 - Golenkinia radiata Chad.Fig. 67 ~ Asterococcus limneticu8 G. M. SmithFig. 68 - Trebouxia cladoniae (Chod.) G. M. SmithFig. 69 - Characium angustatum A. BraunFig. 70 - Eremosphaera viridis De BaryFig. 71-72 - Plankto8phaeria gelatinosa G. M. 'Smith; Fig. 71 - Celula madura;

Fig. 72 - Colonia j6vem.Fig. 73-75 - Chlorella variegata Beij.Fig. 76-77 - Chlorococcum humicola (Nag.) Rab.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especni­camente indicado).

Page 160: Algas Aguas Continentais Brasileiras

62

Page 161: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. '78-80 - ProtocoCCU8 viridis C. A. Agardh; Fig. 78 - Individuo unicelulado;Fig. 79-80 - Grupo de individuos mostrando arranjo em pacotese ontro, tendencia a forma~ao de filamento.

Fig. 81 - OO(1JJ8tis cras84 Wittr.Fig. 82 - OiicystiB sp., colonial.Fig. 83-84 - Botf'1/ococcus braunii, Kiitz.; Fig. 84 - Detalhe da colonia mostrando

disposi~io dos individuos no interior da massa g'elatinosa.Fig. 85 - Schroederia setigera, (Schr.) Lemm.Fig. 86 - Schroederia ancorCl G. M. SmithFig. 87 - Spirotaenia condensata Breb.Fig. 88-89 - OurococCU8 bicaudatu8 Grob.Fig. 90 - Closteriopsis longisBima Lemm. var. tropical West & WestFig. 91 - Coeno~sti8 Bubcylindrica Korsch.Fig, 92-93 - Ankistrodesmu8 !alca,tuB (Corda) RalfsFig. 94 - Anki8trodesmu8 spiralis (Turn.) Lemm.Fig. 95 - Gonato~gon pilo8um WolleFig. 96 - Gonatozygon brebi8'80nii De Bary var. minimum West & West

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado) .

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Page 163: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 97 - Roya obtusa (Breb.) West & WestFig. 98 ---- Mesotaenium mirificu·,n Arch.Fig. 99 - JIIle80taenium macrococcum (Klitz.) Roy & Biss.Fig. 100 - Netrium digitus (Ehr.) Itz. & Rothe yare naegelii (Breb.) Kr.Fig. 101 - CloBterium parvulum Nag.Fig. 102 - Closterium libellula FcckeFig. 103 - Closterium setaceum Ehr.Fig. 104 - CloBteridium lunula ReinschFig. 105· - Protosiphon botryoides (Klitz.) KlebsFig. 106 - Tetraedron caudatum (Corda) Hansg.Fig. 107 - Tetraedron lobulatum (Nag.) Hansg.Fig. 108-109 - Treubaria triapendic.ulata Bern.Fig. 110 - Cylindrocystis craS8Q, De Bary yare itirapinensis C. Bic.Fig. 111 - Oocardium stratum Nag.Fig. 112 - Pra8inocladu8 lubricu8 Kuck.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado).

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Fig. 113 - Tetraspora cylindrica (Wahlb.) C. A. AgardhFig. 114 - Palmodictyon viride K,iitz.Fig. 115 - Apiocystis tbrauniana Nag.Fig. 116 - Dictyo8phaerium pulchellum WoodFig. 117 - SchizochlamY8 gelatinosa A. BraunFig. 118 - GloeoC1jstis vesiculosa Nag.Fig. 119-120 - Palmella miniata Liebl. var. aequalis Nag.; Fig. 119 - Aspecto

macroscopico da colonia; Fig. 120 - Detalhe da colonia.Fig. 121 - Sphaerocystis schroeteri Chod.

(0 t.ra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­carnente indicado).

Page 166: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 167: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 122 - Dispora globosa C. Ric. & R. Bic.Fig. 123-124 - Cosmocladium p.usillum HUseFig. 125 - Pilidiocystis endophyti~a BohlinFig. 126 - N ephrocytium sp.Fig. 127 - Nephrocytium limneticum G. M. SmithFig. 128-129 - Elakatothrix gelatinosa WilleFig. 130 - Quadrigula sp.Fig. 131 - Dirftorphococcus lunatu8 A. BraunFig. 132 - Tetrallantos lagerhe.inzii Teil.Fig. 133 - Kirchneriella lunaris (Kirchn.) MobiusFig. 134 - Scenedesmu8 ecorni8' (Ralfs) Chod. var. disci/ormis Chad.~"ig. 135 - Scenedesmus brasiliensis BohlinFig. 136 - Scenedesmu8 sp.Fig. 137 - Tetrastr.um staurogeniaeforme (Schr.) Lemm.Fig. 138 - Te,trastrum heterocanthum (Nordst.) Chod.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

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Page 169: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 139 - Mic'ractinium pusillum Fres.Fig. 140 - Hydrodictyon reticulatum (L.) Lagerh., aspecto macroscopico da co­

lonia.Fig. 141 - Aetinastrum hantz8chii Lagerh.Fig. 142-143 - Tetradesmu8 wisconsinensis G. M. Smith; Fig. 143 - Vista apical

do cen6bio.Fig. 144-145 - Pediastrum tetras (Ehr.) RalfsFig. 146 - Pediastrum duplex Mcyen var. reticulatum Lagerh.Fig., 147-148 - Coelastrum microsporum Nag., diferentes fases de desenvolvimento.Fig. 149-150 - Crucigenia tetrapedia (Kirchn.) West & WestFig. 151-152 - Crueigenia reetangularis (Nag.) GayFig. 153 - Hydrodietyon retieulatum (L.) Lagerh., detalhe da colonia.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

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Page 171: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 154 - lVestella botryoides (W. West) Wildm.}"ig. 155 - Sorastrum sp.Fig. 156 - ..'7Jelenastrum gracile, ReinschFig. 157 - Dactylococcu8 in/usionum Nag.Fig. 158-159 - Schizomeris leibleinii Klitz.; Fig. 158 - Detalhe da por~ao multis-

s~riada do talo; Fig. 159 - Apice do talo.Fig. 160 - Sphaerozosma laeve (Nordst.) Thorn.Fig. 161 - Sphaerozosma granulatum Roy & Biss.Fig. 162 - Sphaerozosm,a {ili/ormis (Ehr.) Bourr.Fig. 163-164 - Streptonema trilobatum Wallr.; Fig. 164 - Vista apical de uma.

semicelula.Fig. 165 - Bambusina brebissonii Kiitz.Fig. 166 - Hyalotheca indica Turn.Fig. 167 - Hyalothe.ca dissiliens (J. E. Smith) Breb.

(0 tra~o proximo a carla figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado) .

Page 172: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 173: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 168 - Groenbladia neglecta (Rae.) Teil.Fig. 169-170 - Spondylosium monilifo·rme Lund.; Fig. 170 - Vista apical de

urna semicelula.Fig. 171-172 - Desmidium cylindricum Grev.; Fig. 171 - Vista apical de uma

semicelula.Fig. 173 - Desmidium baileyi (Ralfs) Nordst.Fig. 174-175 - Phymatodocis a.lternans Nordst.; Fig. 175 - Vista apical de uma

celula.Fig. 176-177 - Phymatodocis nordstedtiana Wolle; Fig. 177 - Vista apical de

urna semicelula.Fig. 178 - Spirogyra sp.Fig. 179 - Aneylonema norde.nskioldii Berggr.Fig. 180 - Sirogonium sp.Fig. 181 - Ulothrix zonata (Weber & Mohr) Klitz.Fig. 182 - Radiofilum conjunctivum Schm.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

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Fig. 183-184 - Geminella spiralis (Chad.) G. M. SmithFig. 185-186 - Raphidonema niva,le Lagerh.; Fig. 185 - Celula em divisio.Fig. 187-188 - Stichococcus bacillaris Nag.Fig. 189-190 - Oedogonium sp.; Fig. 189 - Individuo j6vem; Fig. 190 - Oogo­

nios com oosfera no interior.Fig. 191-192 - Microspora sp.; Fig. 192 - Peea em H.Fig. 193-195 - Rhizoclonium sp.; Fig. 193 - Por~ao do filamento mostrando urn

ramo lateral; Fig. 194 - Celula basal do filamento; Fig. 195 ­Detalhe do filamento mostrando cloroplasto parietal, reticulado ecom numerosos piren6ides.

Fig. 196 - Chlorlwrmidium sp.Fig. 197 - Uronema elongatum IIodg.Fig. 198 - Gonatone'Yna ventrico8um Wittr.Fig. 199-200 - Mougeotiopsis calo8pora Palla; Fig. 199 ~ Zigosporos.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado).

Page 176: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 177: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 201 - Mougeotia microspora Taft, zigosporos.Fig. 202 - Zygogonium sp.Fig. 203 - Cylindrocapsa conferta W. WestFig. 204 - Schizogonium mura.le Klitz.Fig. 205 - Zygnemopsis americanli Turn., zigosporos.Fig. 206 - Zygnema collins·ianum Trans., zigosporos.

__~ig. 207-209 - Enteromorpha sp.; Fig. 207 - Apiee do talo; Fig. 208 - Detalhede uma por~ao do' talo; Fig. 209 - Corte transversal do talo.

Fig. 210 - Vauche.ria terrestris Lyngb. emend. Walz.Fig. 211 - Coleochaete scutata Breb.Fig. 212 -- Coleochaete soluta Pringsh.

(0 tra~o proximo a eada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

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Page 179: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 213 - Bulbochaete Spa

Fig. 214 - Aphanochaete repens A. BraunFig. 215-216 -- Pithophora oedogonia (Mont.) Wittr.; Fig. 216 - Acineto.Fig. 217 - Oedocladium hazenii L,e.wisFig. 218 - Draparnaldia glomerata (Vauch.) C. A. AgardhFig. 219-220 - Chaetophora sp.; Fig. 220 - Detalhe do filamento mostrando

parede celular espessa e lamelada.Fig. 221-222 - Stigeoclonium spp.; Fig. 221 - Parte basal do talo mostrando

primordio de ramo aereo e riz6ide.:Fig. 223 - Trentepohlia Spa

(0 traco proximo a cada figuI"a representa 10 microns, a menos que especlfi­.camente indicado).

Page 180: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 181: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 224 - Physolinu1n monilia (\\Tildm.) PrintzFig. 225 - Cladophora sp.Fig. 226 - 2lficrothamnion strictis8imum Rab.Fig. 227 - Phycopeltis arundinaceae (Mont.) De ToniFig. 228-230 - Cephaleuros vi1'escens Kunze; Fig. 228 - Folha mostrando man­

chas de Cephaleuros; Fig. 229 - Corte transversal aos fios deCephaleuros,. Fig. 230 - Por~ao do talo mostrando organiza~ao

dos filamentos.Fig. 231 - Pseudochaete cra8'sisetum (West & West) West & WestFig. 232 ---- Protoderma viride Klitz.Fig. 233 - Chaetope.ltis orbic.ularis Berth.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado).

Page 182: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 183: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 234-235 - Nitella acuminata A. Braun ex Wallm. emend. R. D. W.; Fig. 234- Oogonio; Fig. 235 - Detalhe de urn ramo fertil, mostrandoposi~ao de oogonios e anteridio.

Fig. 236-237 - Chara zeylanica Klein ex Willd. emend. R. D. W. f. angolensis(A. Braun) R. Bic.; Fig. 236 - Detalhe da planta, mostrandoposi~ao de oogonio e anteridio; Fig. 237 - Oogonio.

Fig. 238 - Trachelomonas volvocina Ehr.Fig. 239 - Trachelomonas superba Swire var. swirenkiana Defl.Fig. 240 - Euglena spathirhyncha SkujaFi~. 241 - Euglena rubra HardyFig. 242 - Lepocincl{s salina FritschFig. 243 - Lepocinclis ovum (Ehr.) Lemm.'~'ig. 244 - Phacu8 acuminatu8 Stokes var. jowensis Allerge & JahnFig. 245 - Phacu8 tortu8 (Lemm.) Skv.Fig. 246 - Phac.us assyn-tetricU8 Sok.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado ) .

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Fig. 247-248 - Euglena sp; Fig. 248 - Secao transversal da celula.Fig. 249 - Botrydium wallrothii Klitz.Fig. 250 - Ophiocytium capitatunl,. W oUeFig. 251 - Characiopsis cylindricum (Lamb.) Lemm.Fig. 252 - Characiopsis pyriformis (A. Braun) BorziFig. 253 - Merotrichia capitata SkujaFig. 254 - Monodus pyreniger Pasch.Fig. 255 - Tribonema sp.Fig. 256-257 - B~tmilleria sicula Borzi; Fig. 256 - Parte de urn filamento;

Fig. 257 - Filamcnto j6vem.Fig. 258 - Glenodinium inaequale Chod.Fig. 259-260 - G0'!lyaulax tamarensis Lebour.; Fig. 260 - Vista apical do epicone.Fig. 261-262 - Peridinium cinctum (O.F.M.) Ehr.; Fig. 262 - Vista apical do

hipocone.Fig. 263 - Hemidinium montanum C. Bic. & Skv.Fig. 264 - Gymnodinium uberrintum (Allm.) Kof. & SwezyFig. 265 - Katodinium sanctipaulense C. Bic & Skv.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­eamente indicado).

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Page 187: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 266 - Amphidinium kesslitzii Schill. yare sanctipaulense C. B:c. & Sky.Fig. 267 - Mallomonas caudata Iwan. yare macrolepis Conr.Fig. 268 - Chromulina truncata Conr.Fig. 269 - Prorocentrum micans Ehr.Fig. 270 - Chrysococcus rufescens KlebsFig. 271 - Derepyxis bullos'a Conr.Fig. 272 - Synura uvella Ehr.Fig. 273 - Ochromonas sp.Fig. 274 - Dinobryon sertularia Ehr.Fig. 275 - Raciborsk'la bicornis Wo~osz.

Fig. 276 - Stylodiniu'Jn tarnum Baum.Fig. 277 - Dinopodiella baumeiste1'"i C. Bic. & Sky.

(0 tra~o proximo a cada figul~a representa 10 mlcl'ons, a menos que especifi­earnente indicado).

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Page 189: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 278-280 - Te.tradinium javanicum Klebs; Fig. 279-280 - Vista apical dedois individuos distintos.

Fig. 281 - Gloeodinium montunum KlebsFig. 282 - Cystodinium butaviense Klebs var. ,brusiliense C. Bic. & Sky.Fig. 283 - CY8todinium phaseolus Pasch yare brusiliense C. Bic. & Sky.Fig. 284 - Phytodinium simplex Klebs var. minus C. Bic. & Sky.Fig. 285 ~ Phytodinium globosum Pasch.Fig. 286 - Actinella. brasiliensis Grun.Fig. 287 - Desmogonium guianenS'e Ehr., polo de um individuo.Fig. 288 - Eunotia triodon Ehr.Fig. 289 - Achnanthes in/lata KiitE.Fig. 290 - Achnanthes sp., esquema da vista pleural.Fig. 291-292. - Cocconeis sp.; Fig. 292 - Esquema da vista pleural.Fig. 293 - Amphiprora alata Klitz., vista pleural.Fig. 294 - Jfastogloia smithii Thwaites ex W. Smith yare lacu,stris Grun.Fig. 295-296 - Pleuro8igma angulatum (Quek.) W. Smith; Fig. 296 Detalhe

da valva, para mostrar ornamenta~ao.

(0 traco prOXImo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi..camente indicado).

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Page 191: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 297 - Diploneis Spa

Fig. 298 - Neidium hitchcokii Ehr.Fig. 299 - Frustulia rhomboides (Ehr.) De ToniFig. 300 - Amphipleura lindheimeri Grun.Fig. 301 - Caloneis obtusa (W. Smith) CleveFig. 302 - Pinnularia SpaFig. 303 - Staurone:s smithii Grun. var. ·incisa Pant.Fig. 304 - Anomoeoneis sphaerophora (Klitz.) Pfitz,erFig. 305 - lvavicula integra (W. Smith) RalfsFig. 306 - Navicula bacillum Ehr.Fig. 307 - Gomphoneis herculeanum (Ehr.) Cleve, vista pleural.Fig. 308 - Go,mphonema acuminatum Ehr.Fig. 309 -- Gomphonema brasil."ense Schm. var. demararae. Grun.Fig. 310 - Rhopal'odia gibba (Ehr.) O. Mull., vista valvar.Fig. 311 -- C1Jmbella turgidula Grun.Fig. 312 - Amphora ovalis Klitz.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado ) .

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Page 193: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 313 - Cymatopleura solea (Breb.) W. SmithFig. 314 - Surirella capronii Breb.Fig. 315 - Nitzschia epithemioides Grun.Fig. 316 - Bacillaria paxilliter (0. Miill.) HendeyFig. 317-318 - Hantz8chia amphioxys (Ehr.) Grun.; Fig. 318 - Corte trans-

versal esquematico de uma celula.Fig. 319 - Tabellaria fe.nestrata (Lyngb.) Kiitz.Fig. 320 - Diatoma hiemale (Roth) Heib.Fig. 321 - Asterionella formosa Hass.Fig. 322 - Synedra capitata. Ehr.Fig. 323 - Raphoneis Spa

Fig. 324 - Fragilaria crotonensis KittonFig. 825 - Terpsinoe musica Ehr., vista valvar.Fig. 326 - Melosira italica, (Ehr.) Klitz.Fig. 327 - Rhizo8olenia longiseta Zach.Fig. 328 - Hydrosera triquetra WalL

(0 tra~o proximo a cada figlira representa 10 microns, a menos que especlfi­. camente indicado).

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Page 195: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 329 - Biddulphia laevis Ehr., vista pleural.Fig. 330 - Stephanodiscu8 astraea (Ehr.) Grun.Fig. 331 - Actinoptyckus undulatus (Klitz.) R,alfsFig. 332 - C08cinodiscu8 ge.mmatulu8 Castr.Fig. 333-334 - Porphyridium cruentum (Smith & Soerly) Nag.; Fig. 333 -

Sec~ao transversal.Fig. 335 - Cryptomonas obovoidea Pasch.Fig. 336 - Cyanomonas coeruleus LackeyFig. 337-338 - Hildenbrandtia sp.; Fig. 337 - Corte radial; Fig. 338 - Aspecto

slll>ercial do talo.Fig. 339-340 - Lemanea /luviatiUs C. A. Agardh; Fig. 339 - Aspecto macros­

copico da planta; Fig. 340 - Corte transversal do talo.Fig. 341-342 - Compsopogon coeruleus (Balbis) Mont.; Fig. 341 - .Ap~ce da

planta; Fig. 342 - Por~ao do ta10 apresentando ja cilindro centrale cortex.

Fig. 343 - Batrachospermum sp., aspecto gel~al.

Fig. 344 - Batrachospermu1n boryanum Sir., aspecto geraI.Fig. 345 - Bat?·achospermum mon'llijorme Roth, detalhe mostrando fecunda~ao da

oosfera.

(0 traco pl~oximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

Page 196: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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331

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14

Page 197: Algas Aguas Continentais Brasileiras

F.ig. 346 - Batrachospermum sp., mostrando nos, entre nos e inicio de cortica~ao.

}4'ig. 347 -- Audouinella violaceae (Klitz.) HamelFig. 348 - Thorea ramosiS8ima Bory, aspecto geraLFig. 349 - Plectonema tomasiniana (Klitz.) Born.Fig. 350 - lJtficrochaete sp.Fig. 351 - Scytonema arcangelii Born.. & Flah.Fig. 352 - Tolypothrix tenuis Klitz.Fig. 353 - Loeforenia anomala Gom.Fig. 354 - Albrightia tortuosa ClJp.Fig. 355 - Nostochopsis lobutus Wood

(0 traco proximo a cada figura representa -10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

Page 198: Algas Aguas Continentais Brasileiras

353

348

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Page 199: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 356 - Capsosira brebissonii Kiitz.Fig. 357-358 - Stigonema ocellatum (DiIlw.) Thur.; Fig. 357 - Por~ao do fila­

mento mostrando ramificacao verdadeira; Fig. 358 - Por~ao apicalde urn ramo.

Fig. 359 - Fische.rella ambigua (Nag.) GOln.Fig. 360 - Hapalosiphon brasiliensis BorgeFig. 361 - Cylindro8per1num musc1'cola Klitz.Fig. 362 - Aphanizomenon flo8-aquae (L.) RalfsFig. 363 - N ostoc sp. ; porcao do tala mostrando alguns tricomas imersos na

matriz gelatinosa..Fig. 364 - Aulosira sp.Fig. 365 - Anabaena circinalis (Kiitz.) Rab.Fig. 366 - Heterohormogonium sp.Fig. 367 - Symploca mU8corum (C. A. Agardh) Gom.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 Inlcrons, a menos que especlfi­camente indicado).

Page 200: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 201: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 368-369 - Phormidium autumnale (C. A. Agardh) Gom.Fig. 370 - Trichodesmium lacustre Kleb.Fig. 371-372 - Romeria elegans -\Volosz. yare nivicola Kol.Fig. 373 - Lyngbua hieronimusii Lemm. yare cra8sivaginata GhoseFig. 374 - Porpkyrosiphon notarisii (Menegh.) Klitz.Fig. 375 - Schizothrix purpurascen8' (Kiitz.) Gom.Fig. 376 - Microcoleu8 vaginatu8 (Vauch.) Gom.Fig. 377 - Hydrocoleum homeotrichum Klitz.Fig. 378 - Borzia trilocularis Cohn ex Gom.Fig. 379 - Oscillatoria margaritijl'ra (Kiitz.) Gom.Fig. 380 - Oscillatoria ornata Klitz. ex Gom.Fig. 381 - Arthro8pira jenneri (Klitz.) Stiz.Fig. 382 - Spi'l'ulina SPA

Fig. 383..384 - Rapkidiopsis curvata Fritsch & Rich

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­carnente indicado ) •

Page 202: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 203: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 385 - Gloeotrichia echinul.ata (J. E. Smith) RichterFig. 386 - Rivularia sp.Fig. 387 - Dichothrix orsiniana (Klitz.) Born. & Flah.Fig. 388 - Calothrix jusca (Klitz.) Born. & Flah.Fig. 389 - Amphithrix janthina (~1:ont.) Born. & Flah.Fig. 390 - Cha'maesiphon incrustans Grun.li'ig. 391 - Xenococcus 8chousboei Thur. var. pallida Hansg.Fig. 392 - ]lI!yxosarcina amcthystina Cop.Fig. 393 -- Entorphysalis magnoliae FarlowFig. 394 - Glaucocystis 'Ylostochinearum Itz.,Fig. 395 - Pilgeria brasiliensis Schm.Fig. 396 - Coelosphaerium kue.tzingianum Nag.Fig. 397 - Gontphosphaeria lac.ustris Chod.

(0 traco proximo a eada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado).

Page 204: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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388

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393, [

Page 205: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 398 - Eucapsis alpina Clem. & ShantzFig. 399 - Merismopedia punctata MeyenFig. 400-401 - Synechocystis aquat"1'lis Sauv.; Fig. 401 - Individuo em fase de

, reprodu~ao.

Fig. 402 - Gloeocapsu magma (Breb.) Klitz.Fig. 403 - Chroococcus turgidu8 (Klitz.) Nag.Fig. 404 - ChondroCYlJotis schauinslandii Lemm.Fig. 405 - Microcystis aeruginosu8 Klitz.Fig. 406 - Aphanocapsa pulchra (Klitz.) Rab.Fig. 407 - Dactylococcopsis smithi-t. R. Chod. & F. Chod.}4-'ig. 408 - Aphanothece 8tagnina (Spreng.) A. BraunFig. 409 - Gloeothece linearis Nag,Fig. 410 - Synechococcus aer.ugino8uB Nag.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especifi­camente indicado).

Page 206: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Page 207: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Fig. 411-412 - Phalansterium digitatum Stein; Fig. 411 - Parte da colonia;Fig. 412 - Indivic.uo isolado.

F'ig. 413 ~ Hueber-Pestalozziamonas 8ubnasuta Sky.}4'ig. 414 - Seytomonas major (Berl.) L,ernrn.Fig. 415-416 - Gyropaigne sp.; Fig. 416 - Vista apical do individuo.Fig. 417 - Kolbea.na ovoidea Sky.Fig. 418 - Dinema griseolum Pe~ty

Fig. 419 - Balliamonas spiralis Sky.Fig. 420 - Alstoniamitus 8ubtropka Sky.Fig. 421-422 - Danielia brasilie.nsis Skv.; Fig. 422 - Vista lateral de' urn individuo.Fig. 423-424 -- Silvamonas lobata Skv.; Fig. 424 - Sec~ao transversal da celula.Fig. 425 - Limamitus salviniae Sky.

(0 tra~o proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado). .

Page 208: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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Fig. 426 - Astasia dangeardii Lerl1m.Fig. 427 - Di8tigma proteu8 (O.F .M.) Ehr.Fig. 428 - Peranema Spa

Fig. 429 - Heteronema saopaulensis Skv.Fig. 430 - Heteronema eneydae Skv.

(0 traco proximo a cada figura representa 10 microns, a menos que especlfi­camente indicado ) .

Page 210: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Acineto: esporo produzido de celulas vegetativas, com a parede maisespessa e rico em reserva alimentar.

Amido: carbohidrato; substan·cia de reserva da grande maioria dos vege­tais.

Antiapical: posterior, basal, oposto ao apice; placas (ou placa) que cons­tituem 0 vertice da metade posterior da carapa~a dos dinoflagelados.

Aplanosporo: esporo imovel, produzido isoladamente ou em nume.rov,ariado no interior de celulas vegetativas. Normalmente nao terna mesma forma da celula genitora.

Apres.s6rio: estrutura modificada para fixa~o.

Autosporo: esporo ja formado com todas as caracteristicas da celulagenitora, exceto 0 tamanho.

Axenico: sem outro organismo presente; sinonimo de cultura pura.

Axial: relativo ao eixo, situado nele.

Bandas intercalares: bandas que ajudam a. manter juntas as- valvas deunrua diatonaacea.

Bisseriado: formado por duas fileiras' de celulas.

Bri6fita: unidade do sistenaa de Engler que inclui musgos e hepaticas.

Caracea: familia que por Bi s6 forma a classe, das caroficeas; compreen­de algas de aspecto semelhante ao dos equisetos, com 0 talo diferen­ciado em riz6ides, cau16ide e fil6ides.

Cau16ide: estrutura que se assemelha a caule nas snas fun~oes·, porem,de origem difere·nte.

Cenocito: mass,a protoplasmatica multinucleada resultante de uma Sllces­sao de divisoes nucleares nao seguidas de· divisoes do citoplasma;tala onde Dao ocorrena septos. transversais· nas estruturas vegetativas.

Page 211: Algas Aguas Continentais Brasileiras

216 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Cerda: estrutura semelhante a urn pelo, porem, mais espessa e resis­tente.

Clamidomon6ide: semelhante a Chla,mydomonas.

Clorofila: pigmento verde da maioria dos vegetais; ester euja saponi­fica~ao da um,a molecula de fitoI, uma de aleool metilico e uma deurn acido dibasico.

Cloroplasto: corpusculo nas celulas vegetais que contem a clorofila comopigmento dominante ..

Colonia: grupo de indivlduos unidos por urn envolt6rio de gelatina maisou me·nos abundante, nas algas.

Colonial: diz~se do individuo que normalmente forma coloni-as·..

Coroa: nas caraceas, a roseta formada por 5 ou 10 celulas que arrematao apiee do oogonio.

Cosmopolita: qualificativo aplicado em geobotanica, as especies, varieda­des ou formas que se encontram naturalmente em todos os p·aisesOU, pelo menos, em urn grande numero deles, em distintas zonas ehemisferios.

Costa: estrutura tubular conspicua aparecendo como linhas duplas naparede de certas. diatomaceas.

Costel~: filete ou bordo que forma urn ressalto mais ou menos pronun­ciado na superfic.ie do 6rgao considerado.

Cromat6foro: corpusculo colorido no interior das celulas, nos quais do­minam quaisquer outros pigmentos que nao a clorofila.

Eixo apical: 0 eixo que une os dois polos '(a, a') de uma valva.

a

01

Page 212: Algas Aguas Continentais Brasileiras

c

217

Eixo pervalvar: 0 eixo que nne os pontos, centrais (b, b') das duasvalvas.

b

b'

Eixo tr,ansversal: 0 eixo perpendicular ao eixo apical.

End6fito: que vive no interior de uma planta, nao necessariamente com()parasita.

Endosporo: esporo formado no interior de uma celula; esporo cortadodo apice da celula, como em Cha;rnaesiphon, par exemplo.

Entreno: por~o do talo compreendida entre dais nos consecutivos.

Epifita: que vive sabre outra planta, sem tirar desta sen alimento.

Page 213: Algas Aguas Continentais Brasileiras

218 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Epizoario: que vive s.obre animais, nao necessariamente com,o parasita.

Espinho: proeminencia pollteaguda e de base aproximadamente arredon­dada, que adorna as celulas de Trebouxia, por exemplo.

Esporangio: Iqualquer estrutura no interior da qual sejam p'roduzidosesporos. p'ode ser uma simples celula on bastante complexo, depen­dendo do grupo considerado.

Esporo: elemento unicelular e as.sexuado de reproduc;ao.

Estigma: granulo ou grupo de granulos fotos,sensiveis dos flagelados emaioria dos elementos m6veis de reprodu~ao (zoosporos e zoogame­tas).

Estipe: vedunculo, eixo principal.

Estria: linha de poros, por6ides ou alveolos na superficie das valvas decertas diatomaceas.

Fenestrado: que tern janelas, perfurado.

Ficoflora: conjunto de algas de urn Iugar qualquer: empoc;ado, lago,represa, mar, pais, etc.

Ficologia: parte da botanica que se ocupa especialmente do estudo dasalgas; 0 mesmo que algologia.

Filamento: conjunto de celulas arranjadas linearmente; nas algas azuis,refere-se ao tricoma e seu envoIt6rio gelatinoso.

~

Fil6ide: estrutura que se assemelha it folha nas suas fun<;oes, porem, deorigem distinta.

FlageIo: filamento protoplasmatico com a forma de chieote e que cons­titui 0 elemento de locomo~ao de inumeros microrganismos.

Foto-autotrofontes: diz-se dos organismos que elaboram sen proprio ali­mento atraves da fotossintese.

Frtistula: a capsula bivalva- das diatonuiceas; a celula das diatomaceas.

Gameta: elemento unicelular e sexuado de reprodu~ao.

Gametangio: qualquer estrutura no interior da qual sejam produzidosgameta.s. Pode ser unicelulado e simples on multicelulado e bas­tante complexo.

Page 214: Algas Aguas Continentais Brasileiras

GLOSSA-RIO 219

Glicogenio: carbohidrato; substancia de reserva de aIgum,as, cianoficeas,segundo alguns autares.

Hematocromo: pigmento avermelhado de ocorrencia ocasional ou per­manente em algumas algas.

Heterocisto: celula especial d,as cianoficeas, us.ualmente maior que as de­mais celulas do talo, de parede urn tanto m,ais grossa e 8em pigmentoassimilador.

Incrustante: que cobre 0 substrato, como uma crosta.

Istmo: por~ao mais estreitada, mais ou menos mediana e que liga. asduas semicelulas de uma desmidia, entre si.

I~fquen: classe de plantas inferiores, no sistema de Engler, constituidaspela associa~ao simbiotica de certas algas e fungos.

Lobo: parte arredondada e saliente de qualquer orgao.

L6bulo: diminutivo de lobo; cada parte arre·dondada e saliente em quese· divide 0 lobo.

IJorica: envolt6rio geralmente resistente do protoplasma, como encon­trado em Dinobryon, por exemplo.

Micron: medida de extensao usada em biologia, equivalente it milesimaparte do milimetro.

Mucron: ponta curta, mais ou menos aguda e isolada, no apice de urnorgao qualquer.

l\fultisseriado: formado de mais de' uma fileira de celulas.

No: ponto definido no eixo principal ou secundario de urn vegetal, deonde se originam as folhas e ramifica~6es.

Nodulo polar: espessamen~o interno da valva das diatomaceas, na regia(#dos polas.

Oogonio: celula ou orgao no interior do qual form-am-se urn ou maisgametas femininos, imoveis.

Papila: eleva~ao mais ou menos conica.

Page 215: Algas Aguas Continentais Brasileiras

220 ALGAS DE .A.GUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Paramilo: carbohidrato produzido como materia de reserva por algumaseuglenaceas.

Parede celular: envolt6rio de material inerte das celulas vegetais, emalguns casos.

Parietal: relativo it parede, situado nela.

Periplasto: membrana limitante; em especial, a membrana celular dosflagelados euglen6ides.

Peristomio: em volta da boca; por exemplo, a estrutura gelatinosa, COIl­

sistente, em forma de colarinho e que circunda a base do flagelo dePhalansterium.

Piren6ide: granulo proteico, em geral rodeado de amido e com cuja for­ma~ao sua presen~a esta relacionada.

Pleura: sec~ao composta das bandas intercalares que mant.em juntas asduas' valvas da frustula.

Polo: cada urn dos extremos de urn eixo de simetria da alga; nas diato­rna-ceas, diz-s.e das regioes espessadas da valva, nas extremida,des.

Protista: organismo unicelular, tanto animal como vegetal.

Pseudoparenquima: tecido originado peia aproxima~ao e soldadura deceIuIas antes desunidas.

Pseudo-ramo: proje~a_o lateral formada sem mudan~a no plano de divi­sao das celulas.

Pseudo-rafe: area mediana, lisa, que divide ou interrompe a grava~ao

das valvas em algumas diatomaceas. Tern 0 as,pecto mas nao afun~o de uma rafe verdadeira.

Quilha: parte elevada nas valvas de algumas diatomacea:s.

Rafe: fenda em forma de > na parede celular de algumas diatomaceas.

Ramo verda,deiro: ramo formado pela divisao lateral de uma celuia doramo axial.

Riz6ide: estrutura que se assemelha a raiz nas suas fun~oe,s, porem, comorigem diferente.

Page 216: Algas Aguas Continentais Brasileiras

GLOSS.A.RIO 221

Semicelula: cada Ulna das. metades especularmente simetricas da celuladas desmidiaeeas, por exemplo, limitada pelo seno equatorial.

Seno: incisao aproximadamente mediana na celula das desmidias; de urnmodo geral, qualquer invagina.~ao evidente.

Septo: uma parede transversal ou parti~o; nas diatomaceas, fala-se dasparti~oes incompletas provenientes das bandas intereala,res.

Seta: pelo relativamente tes.o e alongado.

Sifon6ide: diz-se do talo tubular, cenoeitieo, que nao possue divisoestransversais.

Staul'os: 0 n6dulo central externo de algumas diatomaceas.

Suleo transversal: suleo que se extende (pelo ~enos parcialmente) aoredor da regiao mediana da celula dos dinoflagelados.

Talo: tipo de corpo vegetativo em que nao se distingue folha, caule auraiz.

Tal6fito: diz-se do vegetal que possni tala.

Trieoma: pelo; urn cordao de eelulas, sem considerar a bainha gelati- .nosa, como em algumas cianoficeas.

U11isseriado: formado de uma unica fileira de celulas.

Vacuolo: urn espa~o no citoplasma, preenchido por suco celular.

Valva: cada uma das duas partes que compoem a parede celular dasdiatomaceas.

Vareque: designa~ao geral para as algas marinhas, popularmente; asarga~o do mar.

Verticilo: conjunto de fi16ides ou ram08 dispostos em volta de urn eixocomum e no mesmo plano horizontal.

Vista pleural: vista da frustula das diatomaceas, pelo lado.

Vista valvar: vista da frustula das diatomaeeas, pelo topo OU fu.ndo.

Zigoto: 0 ovulo feeundado; a celula resultante da uniao dOB gametas.

Page 217: Algas Aguas Continentais Brasileiras

tNDICE~ GER,AL

Prefacio " .

Prefacio dos autores .

Agradecimentos .

Introdu~ao .

Ambientes onde ocorrem algas de aguas continentais .

Processos de nutri~ao das algas .

Coleta e preserva~ao .

Cultura de algas .

Tecnicas rapidas para evidencia~ao e colorac;ao de aIg'as .

Chave al·tificial para generos .

Planchas .

Glossario " , .

fndice geral .

fndice alfabetico dOB generos .

PAGS.

5

7

9

11

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15

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21

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25

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225

Page 218: Algas Aguas Continentais Brasileiras

INDICE AL,FABETICO DOS GENEROS

Acanthosphaera 41Achnanthes 107Actinastrum 68Actinella 105Actinoptychus 121Actinotaenium 40Albrightia 128Aistoniamitus 149Amphidinium 99Amphipleura 110Amphiprora 107Amphithrix 139Amphora 114-Amscottia 38Anabaena 132Ancylonema 76Ankistrodesmus 51, 54, 55, 72Anomoeoneis 111Aphanizomenon 131Aphanocapsa 145Aphanochaete 85Aphanothece 146Apiocystis 59Arthrodesmus 39Arthrospira 136Astasia 151Asterionella 116Asterococcus 43, 60AUdouinella 125Aulosira 131

Bacillaria 115Balliamonas 149Bambusina 74Batrachospermum 124Biddulphia 120Borzia 136Botrydium 94Botryoc:occus 48

Bulbochaete 85Bumilleria 97

Caloneis 110Calothrix 139Capsosira 129Carteria 28Cephaleuros 90Chaetopeltis 89Chaetophora 87Chaetosphaeridium· 42, 48Chamaesiphon 140Chara 92Characiopsis 95Characium 44, 49Chlamydomonas 30Chlorella 45, 46, 47Chlorhormidium 80Chlorococcum 46

Chlorogonium 30

Chodatella 42, 48, 49Chondrocystis 144Chromulina 100Chroococcus 144Chrysococcus 101Cladophora 89Closteridium 54Closteriopsis 51, 54Closterium 53, 54Cocconeis 107Coelastrum 70, 71Coelosphaerium 142Coenocystis 51Coleochaete 85, 91Compsopogon 124Coscinodiscus 121Cosmarium 40Cosmocladium 62Crucigenia 70

Page 219: Algas Aguas Continentais Brasileiras

226 ALGAS DE AGUAS CONTINE'NTAIS - BRASILEIRAS

C,ryptomonas 122Cyanomonas 122Cylindrocapsa 83

-Cylindrocystis 33, 57Cylindrospermum 130Cymatopleura 114Cymbella 1.13Cystodinium 104

Dactylococcopsis 145Dactylococcus 72Danielia 150Derepyxis 101Desmidium 75Desmogonium 106Diatoma 116Dichothrix 138Dicranochaete 42Dictyosphaerium 59, 64, 66Dimorphococcus 65Dinema 149Dinobryon 102Dinopodiella 104Diploneis 109Dispora 62Distigma 151Docidium 35Draparnaldia 87

Echinosphaerella 41Elakatothrix 64Enteromorpha 84Entophysalis 140Eremosphaera 44Euastrum 37, 40Eucapsis 142Eudorina 32Euglena 93, 94Eunotia 106

Fischerella 129Fragilaria 117Frustulia 109

Geminella 78Glaucocystis 141Glenodinium 98Gloeocapsa 144Gloeocystis 60, 64Gloeodinium 104

Gloeothece 146Gloeotrichia 138Golenkinia 43Gomphoneis 112Gomphonema 113Gomphosphaeria 142Gonatonema 81Gonatozygon 52Gonium 30Gonyaulax 98Granulochloris 29Groenbladia 74Gymnodinium 99Gyropaigne 148

IJaematocoCCllS 29Hantzschia 115Hapalosiphon 130Hemidinium 99H'eterohormogonium 132Heteronema 152Hildenbrandtia 123Hueber-Pes talozziamonas 147Hyalotheca 74Hydrocoleum 135Hydrodictyon 70Hydrosera 120

Katodinium 99Kirchneriella 66Kolbeana 148

Lemanea 123Lepocinclis 93Limamitus 151Loefgrenia 128Lyngbya 134

Mallomonas 100Mastogloia 108Melosira 118, 119Merismopedia 143Merotrichia 95Mesotaenium 53, 55Micractinium 67Micrasterias 36Microchaete 126Microcoleus 135Microcystis 145Microspora 79

Page 220: Algas Aguas Continentais Brasileiras

Microthamnion 89Monodus 96Mougeotia 82Mougeotiopsis 81Myxosarcina 140

Navicula 112Neidium 109N ephrocytium 63, 66Netrium 53Nitella 92Nitzschia 115Nostoc 131N ostochopsis 128

Ochromonas 102Oedocladium 86Oedogonium 79Oocardium 57Oocystis 48, 63Ophiocytium 95, 96Oscillatoria 136Ourococcus 50

iNDICE ALFABETIOO DOS GENEROS

Porphyrosiphon 135Prasinocladus 57Prorocentrurn 101Protococcus 47, 71Protoderma 91Protosiphon 55Pseudochaete 90

Quadrigula 64, 66

Raciborskia 103Radiofilum 77Raphidiopsis 137Raphidonema 78Raphoneis 117Rhizoclonium 80, 88Rhizosolenia 119Rhopalodia 113Rivularia 138Romeria 134Rotundomastix 28

Roya 52, 54

227

Palmella 61, 62Palmodictyon 58Pandorina 32Pediastrum 69Penium 35, 53Peranema 152Peridinium 98Phacotus 29Phacus 93Phalansterium 146Phormidium 133Phycopeltis 91Phymatodocis 75Physolinum 88Phytelios 43Phytodinium 105

"Pilgeria 141Pilidiocystis 63Pinnularia 111Pithophora 86Planktosphaeria 45, 46, 61Plectonema 126Pleodorina 32.Pleurosigma 108Pleurotaenium 35Porphyridium 121

Scenedesmus 67, 69Schizochlamys 60Schizogonium 83Schizomeris 72Schizothrix 135Schroederia 50Scytomonas 148Scytonema 127Selenastrum 71Silvamonas 150Sirogonium 77Sorastrum 71Sphaerocystis 61Sphaerozosma 73Spirogyra 76Spirotaenia 50Spirnlina 137Spondylosium 75Staurastrum 38Staurodesmus 37, 39Stauroneis 111Stephanodiscus 120Stephanosphaera 31Stichococcus 79Stigeoclonium 87Stigonema 129Streptonema 73

Page 221: Algas Aguas Continentais Brasileiras

228 ALGAS DE AGUAS CONTINENTAlS BRASILEIRAS

Stylodinium 103Surirella 114:Symploca 133Synechococcus 146Synechocystis 143Synedra 117, 118Synura 102

Tabellaria 116Terpsinoe 118Tetmemorus 34Tetradesmus 68Tetradinium 103Tetraedron 56Tetrallantos 65Tetraspora 58Tetrastrum 68Thorea 125Tolypothrix 127Trachelomonas 92Trebouxia 44, 47, 55

Trentepohlia 88, 122Treubaria 56Tribonema 96Trichodesmium 134Triploceras 34

Ulothrix 77, 81Uronema 81Uva 31

Vaucheria 84, 96Volvox 31Volvulina 33

Westella 69

Xanthidium 39Xenococcus 140

Zygnema 83Zygnemopsis 83Zygogonium 82

Page 222: Algas Aguas Continentais Brasileiras

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COMPOSTO E I~IPRESSO NO ANO DE 1919, NAS OFICINAS DAEMPR*SA GRAFICA DA REVISTA "DOS TRIBUNAlS S. A.•RUA CONDE DE SARZEDAS, 38~ SAO PAULO, BRASIL.