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Terceiro A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOA J 30® róis Annuncios, linha 20 réis 3 meses.. .. 90u o Publicações r*o corno do Avulr-o 10 » ' " jornal, por Unha 65 rélB TERÇA-FEIRA "21 DE JANEIRO DE 1874 A&MICSJM'S-rRA KA PR«VIXCIA 1 mez 500 réis 3 meies 14400 réb A correspondência sobre administração a L) RENA QUEIROZ, calçada do Combro, 10, micro 517 EXPEDIENTE Pedimos aos srs. assi- gnantes das provindas se sirvam renovar as suas assignaturas até ao ulti- mo dia do corrente mez, afim de não sofíVerem in- terrupção no recebimento da folha. O nosso digno correspondente de Évo- ra, o sr. Antonio Jacintho Vilhalva, ofle- receu á bibliolheca publica d'aquella ei- dadej differentes livros ultimamente pu- blicados. Nào veiu hontem o correio de além dos Pyreneus. THEATRO DE S. CARLOS Duas perguntas, o mais nada. Com que direito dispõe a empreza dos camarotes para os três dias de entrudo, privando os assignantes de um direito, que nunca lhes foi contestado, e muito me- nos o devôra ser agora, sabendo os em- prezarios que lhes falta o tempo para cumprir com as recitas de ássignatura a que se obrigaram? Como conta a empreza satisfazer os seus compromissos no mez de abril, tendo es- eripturado os seus artistas até o fim de março? Recommendâmos instantemente ao sr. governador civil que olhe um pouco por estes abusos. É bastante grave o estado do sr. coro- nel Borges, que está em tratamento no hospital militar da Estrella. O povo de Coimbra attribue á rainha Santa Izabel a grande secca que tem ha- vido este inverno e que tem feito com que se não encha o Mondego. A santa pretende que a obra da ponte seja acabada com presteza, para nào es- tarem por mais de um anno interrompidas a sua procissão e festas, que a cidade de Coimbra costuma celebrar em sua honra. Na próxima quintaíeira sobe á scena, 11a Trindade, a zarzuella em 2 actos O Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica de D. Rafael Janando. Os srs. Castro & irmão vão reimprimir o Hussope, admiravel poema her#e-comi- co de Antonio Diniz da Cruz e Silva. A edição será annotada pelo sr. Inno- cencio Francisco da Silva, e enriquecida de gravuras sobre desenhos dos srs. Bor- dai lo Pinheiro e Manuel Macedo. É no proximo sabbado que os dignos empregados do banco Luzitano tencio- nam mandar cantar um solemne Te Deum na freguezia da Encarnação, em acção de graças pelo restabelecimento da impor- tante saúde do sr. conselheiro Francisco Chamiço, governador do referido banco. Ouvimos dizer que o sr. bispo do Por- to toma a direcção suprema d'esta solem- nidade. O hábil facultativo, o sr. dr. Albuquer- que, foi quem salvou o alferes que ha dias noticiámos ter tentado suicidar-se toman- do uma poção venenosa. Diz um correspondente que vae ser da- do ae sr. Antonio Paulo Rangel, ex-com- missaris de policia, um dos logares de fiscaes do lazareto. Estimaríamos muito que assim fosse. Está em Lisboa bastante doente o sr. dr. Lino de Macedo. Vem consultar o sr. dr. Magalhães Coutinho e outros collegas, a fim de allivios no seu padecimento al- cançar. Sabemos que o sr. dr. Lino de Macedo vae publicar um trabalho com relação a assumptos medicos, que deve ser impor-, lante por que o sr. dr. Macedo, esteve al- guns annos nas províncias de Moçambi- que e de Goa, sendo alli professor e vo- gal da Junta de Saúde, e lendo sido encar- regado de varias commissões. As inscripções de assentamento e de ©oupons foram cotadas a 45,35, e as pe- quenas a 45,45; todas com o juro pago até ao fim de segundo semestre de 1873. O ex." 10 bispo de Coimbra deliberou que I no primeiro domingo de cada mez haja Lausperenne, na capella episcopal de S. João d Almcdida. A despeza é feita á cus- ta de s. ex. a Foram publicados 110 Diorio do Governo de hontem, os estatutos da associação de soccorros 11a inhabilidade. Corria hontem, não sabemos com que fundamento, que a praça de Bilbao havia caido em poder dos cari is tas. O jornal de Madrid, El Progresso, foi multado em 2.000 reales pela níaueira por que deu a noticia da suspensão, que lhe tinha sido imposta pelo governo da província. (cânticos e threnosj a que deu o nome synthetico de O Poema da Miséria. Do livro nào podnnos, por eniquanto, dizer senão que esperamos dVlle muito e que o desejamos anciosos, pe!o concei- to elevado que fazemos do seu auctor. Candido de Figueiredo é um respeita- dor sincero das purezas da arte; crente, inspirado, natural, humano, alT*etuoso e delirado nas suas composições. Nào mo- lha a penna em fel. Procura dizer as ver- dades com as delicadezas de um homem de sociedade, e as elcgancias de um ra- paz bem educado. Tem um cstylo fino, límpido, cheio de suavidades e doçuras. Deixa-se lôr com respeito e gosto; dei- xa-se escutar quasi coin amor. reira, vão intentar contra elle accão de perdas e damnos! Custa a crer, mas assim se affirma. Está-se construindo 110 pavimento in- ferior da universidade de Coimbra, por iniciativa do sr. Fernandes Thomaz, um grande deposito, em que serão recolhidas as aguas da chuva que cair nos telhados da universidade. Dizem da Rejjoa uue estão amarrados no caes d'aquella villa mais de 50 bar- cos á espera de carga, mas que o Douro se acha ali em condições taes que os barcos de pequeno lote podem trans- itar. MARIA JOANNA Appareceu afogado no rio Odemira, pro- ximo á villa que tem o mesmo nome, um individuo chamado Manoel Borrega, tra- balhador, que havia cerca de 8 dias tinjia desapparecido. Attribue-se a excessos de bebidas a causa d'esta desgraça. Pelo tribunal do commercio de Lisboa foi declarado em estado de quebra o com- merciante Diogo-Antoni® Borges da Silv*a. Projecta-se na Regoa a creação de um banco. O fundo será de 500:000^000 réis di- vididos cm acções de 1005000 réis. Morreu hontem o sr. D. Carlos de Mas- carenhas, filho do valente general do mesmo nome, e sobrinho do senhor mar- quez da Fronteira. Ao nobre marquez e á sua consternada família damos os nossos sentidos peza- mes. Candido de Figueiredo, poeta distincto e justamente festejado, escriplor de esty- lo duce, elegante e persuasivo, auctor das Parietarias, do poema 'lasso, e de ou- tras composições brilhantes a que deve o seu renome, collaborador assíduo e sempre bem acceite do jornal conimbri- cense A Folha, emprehende actualmente a publicação de um volume de poesias Não se transvia pelos atalhos lobregos onde transitam alguns que appellam pa- ra o tribunal do futuro da sentença que a seu respeito lavra o bom senso e o bom gosto do presente; nem deixa cair a lyra de oiro nos lodaçaes deuin pseudo- realisino em que andara chafurdando uns tantos que temos por varias vezes dependurado aqui. Por isso acolhemos com alegria a nova da appançào próxima do seu livro, e lia- dos em tão recommendaveis precedentes, ousamos reconimendal-o desde já, com instancia, aos nossos leitores. Ha desejos de se estabelecer na Regoa um mercado nos dias 14 de cada mez. Os engenheiros, encarregados do tra- çado do caminho de ferro da Povoa de Varzim, teem andado estudando o local onde, dave ser construída a estacão no Porto. Tem estado em Évora uma companhia hespanhola de declamação; mas pouco tem feito porque o pessoal não satis- faz. Ouvimos dizer que o sr. Máauel José Ferreira fizera requerimento pedindo para transferir os seus direitos como em- rezario do theatro de S. Carlos. Tarn- em ouvimos que os eollegas do sr. Fer- E Subiram á somma de 3:0Wi£520 réis os donativos que o Commercio do Porto re- cebeu de dilTerentes pessoas caritativas 6 distribuiu pelos pobres no anno de 1873. Esteve bastante concorrido no domingo o concerto e baile de mascaras no Casino Lisbonense. Foi prorogado por mais dois annos o contrato que a camara municipal do Por- to tinha feito com o sr. Antonio Gomes da Silva, em relação ao serviço da jardina- gem e arvoredo da cidade. Recebemos o 11. 0 3 da Revista dos T/iea- tros, de que é director o sr. Gervásio Lo- bato. Traz revistas dos theatros de Lisboa e Porto, e noticias diversas. Annuncia para breve o beneficie da actriz Virgínia. A camara municipal do Porto vae re- presentar ao governo acerca da necessi- dade de adquirir a quinta da Torre, que o sr. Luciano Simões de Carvalho possue na rua de Santa Catharina d'aquella ci- dade. Parece que o celebre cura Santa Cruz voltou outra vez a Hespanha, mas inimi- go de D. Carlos e partidario de seu irmão Affonso de Este. HIGH-LIFE Faz annos hoje, a ex. 0 " sr.- D. M. Ama- iia de Azevedo Coutinho. —E' hoje. o anni versario natalício da sr. a viscondessa de Azurara. —Regressa hoje á sua casa em Borba o ex. mo sr. José Maria da Silveira Menezes e suas interessantes filhas. Km companhia do sr. Silveira vae seu primo o sr. Antonio José de Sousa Aze- vedo. —Faz hoje annos a ex. m " sr. u D. Ma- riatma Jacobettv Midosi, mãe do nosso distincto collaborador, o sr. dr. Paulo Mi- dosi. Os nossos parabéns. —Está em Beja o sr. commendador Franco Sá. —Estão em Lisboa os srs. Francisco da Costa Abreu e Antonio Homem da Costa Cabral. —Chegou hontem do Porto o sr. Diogo de Macedo, engenheiro florestal. Recebemos o n.° 9 da Arte dramatica. Traz o retrato do actor Antonio Pedro, e premette para o numero seguinte o da atriz Delfina. I)iz ser esperada brevemen- te em Lisboa a companhia da celebre trá- gica italiana Civili. Está concluída a estrada que liga a freguezia de Vallega á villa de Ovar. O bandarillieiro Peixinho que estava em Setúbal foi accommettido de um ata- que cerebral. O policia Antunes, auxiliado pelos guar- das n.° 33 e 71 da 2/ divisão capturou em uma casa na rua da Amendoeira José de Oliveira o marítimo, c em uma hospe- daria na rua dos Vinagres João Maria, o Padeiro, por serem e^tes indivíduos os ra- toneiros que da noite de lt> do corrente roubaram de cima de um banco, que esta- va á entrada na porta da loja da rua do Ouro n.° 114* 6 pecas de llanella 110 va- lor de OOáOOO réis," estando algumas em retalhos empenhados e outras vendi- das que foram aprehendidas e remettidas hoje b v em como os presos para a ±° dis- tricto. Na primeira dezena de janeiro nasce- ram em Madrid 36G indivíduos e morre- ram G39. Quer-nos parecer que até os obilos em Madrid augmentaram com a pressão atmospheriea da republica. Oxalá nos en- ganemos. O periodico madrileno Las Circunstan- cias foi multado em 250 pesetas por ter publicado a revista da imprensa, c por transcrever artigos de outros jornaes que tinham incorrido na pena da lei. Uma republica assim navega com cu- teVos e varredoras. O peior é se fôr en- gulida por algum cyclone. A Gaceta de Madrid publicou um de- creto pelo qual declara que o levanta- niento dos rails dos caminhos de ferro, a interrupção da via ferrea por qualquer meio, os cortes de pontes, o ataque aos trens feito de mão armada, a destruição ou deterioramento dos objectos destina- dos á exploração e todos os mais prejui- ses causados nas vias ferreas que possam prejudicar a segurança dos viajantes ou mercadorias, se reputarão delictos contra a ordem publica, devendo ser castigados, segundo as circumstancias, com a pena de morte, ou cçm outras de que trata o codigo penal. Todos os implicados n'estes crimes se- rão sem demora subinettidos a conce- lho de guerra. A republica não é de meias medidas. Falleceu o sr. general de brigada refor- mado, Francisco Evaristo Leoni. Foi ho- mem muito estudioso e entendido em as- sumptos litterarios. Foi também auctor de diversas obras, sendo d'ellas as mais no- táveis as que se intitulam: O gaxio da lingua portugueza e Camões e os Luzia- das. O sr. Leoni pertencia á arma de ar- tilheria. Por ir correndo a toda a brida com o seu trem pela rua do Chiado, foi preso, no domingo pela uma hora da noite, o co- cheiro Luiz d'Almeida. Este trem foi de encontro a outro fazendo-lhe alguns es- tragos. Houve toques de apito por uma patru- lha até a rua da Prata, onde teve logar a prisão.

A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOApurl.pt/14328/1/j-1244-g_1874-01-27/j-1244-g_1874-01-27...Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica de D. Rafael Janando. Os srs. Castro & irmão vão reimprimir

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Terceiro

A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOA

J 30® róis Annuncios, linha 20 réis 3 meses.. .. 90u o Publicações r*o corno do

Avulr-o 10 » ' " • jornal, por Unha 65 rélB TERÇA-FEIRA "21 DE JANEIRO DE 1874

A&MICSJM'S-rRA KA PR«VIXCIA

1 mez 500 réis 3 meies 14400 réb A correspondência sobre administração a L)

RENA QUEIROZ, calçada do Combro, 10, micro 517

EXPEDIENTE

Pedimos aos srs. assi-

gnantes das provindas se

sirvam renovar as suas

assignaturas até ao ulti-

mo dia do corrente mez,

afim de não sofíVerem in-

terrupção no recebimento

da folha.

O nosso digno correspondente de Évo-

ra, o sr. Antonio Jacintho Vilhalva, ofle-

receu á bibliolheca publica d'aquella ei-

dadej differentes livros ultimamente pu-

blicados.

Nào veiu hontem o correio de além dos

Pyreneus.

THEATRO DE S. CARLOS

Duas perguntas, o mais nada.

Com que direito dispõe a empreza dos

camarotes para os três dias de entrudo,

privando os assignantes de um direito,

que nunca lhes foi contestado, e muito me-

nos o devôra ser agora, sabendo os em-

prezarios que lhes falta o tempo para

cumprir com as recitas de ássignatura a

que se obrigaram?

Como conta a empreza satisfazer os seus

compromissos no mez de abril, tendo es-

eripturado os seus artistas só até o fim de

março?

Recommendâmos instantemente ao sr.

governador civil que olhe um pouco por

estes abusos.

É bastante grave o estado do sr. coro-

nel Borges, que está em tratamento no

hospital militar da Estrella.

O povo de Coimbra attribue á rainha

Santa Izabel a grande secca que tem ha-

vido este inverno e que tem feito com

que se não encha o Mondego.

A santa pretende que a obra da ponte

seja acabada com presteza, para nào es-

tarem por mais de um anno interrompidas

a sua procissão e festas, que a cidade de

Coimbra costuma celebrar em sua honra.

Na próxima quintaíeira sobe á scena,

11a Trindade, a zarzuella em 2 actos O

Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica

de D. Rafael Janando.

Os srs. Castro & irmão vão reimprimir

o Hussope, admiravel poema her#e-comi-

co de Antonio Diniz da Cruz e Silva.

A edição será annotada pelo sr. Inno-

cencio Francisco da Silva, e enriquecida

de gravuras sobre desenhos dos srs. Bor-

dai lo Pinheiro e Manuel Macedo.

É no proximo sabbado que os dignos

empregados do banco Luzitano tencio-

nam mandar cantar um solemne Te Deum

na freguezia da Encarnação, em acção de

graças pelo restabelecimento da impor-

tante saúde do sr. conselheiro Francisco

Chamiço, governador do referido banco.

Ouvimos dizer que o sr. bispo do Por-

to toma a direcção suprema d'esta solem-

nidade.

O hábil facultativo, o sr. dr. Albuquer-

que, foi quem salvou o alferes que ha dias

noticiámos ter tentado suicidar-se toman-

do uma poção venenosa.

Diz um correspondente que vae ser da-

do ae sr. Antonio Paulo Rangel, ex-com-

missaris de policia, um dos logares de

fiscaes do lazareto.

Estimaríamos muito que assim fosse.

Está em Lisboa bastante doente o sr.

dr. Lino de Macedo. Vem consultar o sr.

dr. Magalhães Coutinho e outros collegas,

a fim de allivios no seu padecimento al-

cançar.

Sabemos que o sr. dr. Lino de Macedo

vae publicar um trabalho com relação a

assumptos medicos, que deve ser impor-,

lante por que o sr. dr. Macedo, esteve al-

guns annos nas províncias de Moçambi-

que e de Goa, sendo alli professor e vo-

gal da Junta de Saúde, e lendo sido encar-

regado de varias commissões.

As inscripções de assentamento e de

©oupons foram cotadas a 45,35, e as pe-

quenas a 45,45; todas com o juro pago

até ao fim de segundo semestre de 1873.

O ex."10 bispo de Coimbra deliberou que I

no primeiro domingo de cada mez haja

Lausperenne, na capella episcopal de S.

João d Almcdida. A despeza é feita á cus-

ta de s. ex.a

Foram publicados 110 Diorio do Governo

de hontem, os estatutos da associação de

soccorros 11a inhabilidade.

Corria hontem, não sabemos com que

fundamento, que a praça de Bilbao havia

caido em poder dos cari is tas.

O jornal de Madrid, El Progresso, foi

multado em 2.000 reales pela níaueira

por que deu a noticia da suspensão, que

lhe tinha sido imposta pelo governo da

província.

(cânticos e threnosj a que deu o nome

synthetico de O Poema da Miséria.

Do livro nào podnnos, por eniquanto,

dizer senão que esperamos dVlle muito

e que o desejamos anciosos, pe!o concei-

to elevado que fazemos do seu auctor.

Candido de Figueiredo é um respeita-

dor sincero das purezas da arte; crente,

inspirado, natural, humano, alT*etuoso e

delirado nas suas composições. Nào mo-

lha a penna em fel. Procura dizer as ver-

dades com as delicadezas de um homem

de sociedade, e as elcgancias de um ra-

paz bem educado. Tem um cstylo fino,

límpido, cheio de suavidades e doçuras.

Deixa-se lôr com respeito e gosto; dei-

xa-se escutar quasi coin amor.

reira, vão intentar contra elle accão de

perdas e damnos!

Custa a crer, mas assim se affirma.

Está-se construindo 110 pavimento in-

ferior da universidade de Coimbra, por

iniciativa do sr. Fernandes Thomaz, um

grande deposito, em que serão recolhidas

as aguas da chuva que cair nos telhados

da universidade.

Dizem da Rejjoa uue estão amarrados

no caes d'aquella villa mais de 50 bar-

cos á espera de carga, mas que o Douro

se acha ali em condições taes que só os

barcos de pequeno lote podem trans-

itar.

MARIA JOANNA

Appareceu afogado no rio Odemira, pro-

ximo á villa que tem o mesmo nome, um

individuo chamado Manoel Borrega, tra-

balhador, que havia cerca de 8 dias tinjia

desapparecido. Attribue-se a excessos de

bebidas a causa d'esta desgraça.

Pelo tribunal do commercio de Lisboa

foi declarado em estado de quebra o com-

merciante Diogo-Antoni® Borges da Silv*a.

Projecta-se na Regoa a creação de um

banco.

O fundo será de 500:000^000 réis di-

vididos cm acções de 1005000 réis.

Morreu hontem o sr. D. Carlos de Mas-

carenhas, filho do valente general do

mesmo nome, e sobrinho do senhor mar-

quez da Fronteira.

Ao nobre marquez e á sua consternada

família damos os nossos sentidos peza-

mes.

Candido de Figueiredo, poeta distincto

e justamente festejado, escriplor de esty-

lo duce, elegante e persuasivo, auctor das

Parietarias, do poema 'lasso, e de ou-

tras composições brilhantes a que deve

o seu renome, collaborador assíduo e

sempre bem acceite do jornal conimbri-

cense A Folha, emprehende actualmente

a publicação de um volume de poesias

Não se transvia pelos atalhos lobregos

onde transitam alguns que appellam pa-

ra o tribunal do futuro da sentença que a

seu respeito lavra o bom senso e o bom

gosto do presente; nem deixa cair a

lyra de oiro nos lodaçaes deuin pseudo-

realisino em que andara chafurdando

uns tantos que temos por varias vezes

dependurado aqui.

Por isso acolhemos com alegria a nova

da appançào próxima do seu livro, e lia-

dos em tão recommendaveis precedentes,

ousamos reconimendal-o desde já, com

instancia, aos nossos leitores.

Ha desejos de se estabelecer na Regoa

um mercado nos dias 14 de cada mez.

Os engenheiros, encarregados do tra-

çado do caminho de ferro da Povoa de

Varzim, teem andado estudando o local

onde, dave ser construída a estacão no

Porto.

Tem estado em Évora uma companhia

hespanhola de declamação; mas pouco

tem feito porque o pessoal não satis-

faz.

Ouvimos dizer que o sr. Máauel José

Ferreira já fizera requerimento pedindo

para transferir os seus direitos como em-

rezario do theatro de S. Carlos. Tarn-

em ouvimos que os eollegas do sr. Fer- E

Subiram á somma de 3:0Wi£520 réis os

donativos que o Commercio do Porto re-

cebeu de dilTerentes pessoas caritativas 6

distribuiu pelos pobres no anno de 1873.

Esteve bastante concorrido no domingo

o concerto e baile de mascaras no Casino

Lisbonense. •

Foi prorogado por mais dois annos o

contrato que a camara municipal do Por-

to tinha feito com o sr. Antonio Gomes da

Silva, em relação ao serviço da jardina-

gem e arvoredo da cidade.

Recebemos o 11.0 3 da Revista dos T/iea-

tros, de que é director o sr. Gervásio Lo-

bato. Traz revistas dos theatros de Lisboa

e Porto, e noticias diversas.

Annuncia para breve o beneficie da

actriz Virgínia.

A camara municipal do Porto vae re-

presentar ao governo acerca da necessi-

dade de adquirir a quinta da Torre, que

o sr. Luciano Simões de Carvalho possue

na rua de Santa Catharina d'aquella ci-

dade.

Parece que o celebre cura Santa Cruz

voltou outra vez a Hespanha, mas inimi-

go de D. Carlos e partidario de seu irmão

Affonso de Este.

HIGH-LIFE

Faz annos hoje, a ex.0" sr.- D. M. Ama-

iia de Azevedo Coutinho.

—E' hoje. o anni versario natalício da

sr.a viscondessa de Azurara.

—Regressa hoje á sua casa em Borba o

ex.mo sr. José Maria da Silveira Menezes e

suas interessantes filhas.

Km companhia do sr. Silveira vae seu

primo o sr. Antonio José de Sousa Aze-

vedo.

—Faz hoje annos a ex.m" sr.u D. Ma-

riatma Jacobettv Midosi, mãe do nosso

distincto collaborador, o sr. dr. Paulo Mi-

dosi.

Os nossos parabéns.

—Está em Beja o sr. commendador

Franco Sá.

—Estão em Lisboa os srs. Francisco da

Costa Abreu e Antonio Homem da Costa

Cabral.

—Chegou hontem do Porto o sr. Diogo

de Macedo, engenheiro florestal.

Recebemos o n.° 9 da Arte dramatica.

Traz o retrato do actor Antonio Pedro, e

premette para o numero seguinte o da

atriz Delfina. I)iz ser esperada brevemen-

te em Lisboa a companhia da celebre trá-

gica italiana Civili.

Está concluída a estrada que liga a

freguezia de Vallega á villa de Ovar.

O bandarillieiro Peixinho que estava

em Setúbal foi accommettido de um ata-

que cerebral.

O policia Antunes, auxiliado pelos guar-

das n.° 33 e 71 da 2/ divisão capturou

em uma casa na rua da Amendoeira José

de Oliveira o marítimo, c em uma hospe-

daria na rua dos Vinagres João Maria, o

Padeiro, por serem e^tes indivíduos os ra-

toneiros que da noite de lt> do corrente

roubaram de cima de um banco, que esta-

va á entrada na porta da loja da rua do

Ouro n.° 114* 6 pecas de llanella 110 va-

lor de OOáOOO réis," estando algumas já

em retalhos empenhados e outras vendi-

das que foram aprehendidas e remettidas

hoje bvem como os presos para a ±° dis-

tricto.

Na primeira dezena de janeiro nasce-

ram em Madrid 36G indivíduos e morre-

ram G39.

Quer-nos parecer que até os obilos em

Madrid augmentaram com a pressão

atmospheriea da republica. Oxalá nos en-

ganemos.

O periodico madrileno Las Circunstan-

cias foi multado em 250 pesetas por ter

publicado a revista da imprensa, c por

transcrever artigos de outros jornaes que

tinham incorrido na pena da lei.

Uma republica assim navega com cu-

teVos e varredoras. O peior é se fôr en-

gulida por algum cyclone.

A Gaceta de Madrid publicou um de-

creto pelo qual declara que o levanta-

niento dos rails dos caminhos de ferro, a

interrupção da via ferrea por qualquer

meio, os cortes de pontes, o ataque aos

trens feito de mão armada, a destruição

ou deterioramento dos objectos destina-

dos á exploração e todos os mais prejui-

ses causados nas vias ferreas que possam

prejudicar a segurança dos viajantes ou

mercadorias, se reputarão delictos contra

a ordem publica, devendo ser castigados,

segundo as circumstancias, com a pena

de morte, ou cçm outras de que trata o

codigo penal.

Todos os implicados n'estes crimes se-

rão sem demora subinettidos a conce-

lho de guerra.

A republica não é de meias medidas.

Falleceu o sr. general de brigada refor-

mado, Francisco Evaristo Leoni. Foi ho-

mem muito estudioso e entendido em as-

sumptos litterarios. Foi também auctor de

diversas obras, sendo d'ellas as mais no-

táveis as que se intitulam: O gaxio da

lingua portugueza e Camões e os Luzia-

das. O sr. Leoni pertencia á arma de ar-

tilheria.

Por ir correndo a toda a brida com o

seu trem pela rua do Chiado, foi preso,

no domingo pela uma hora da noite, o co-

cheiro Luiz d'Almeida. Este trem foi de

encontro a outro fazendo-lhe alguns es-

tragos.

Houve toques de apito por uma patru-

lha até a rua da Prata, onde teve logar a

prisão.

Page 2: A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOApurl.pt/14328/1/j-1244-g_1874-01-27/j-1244-g_1874-01-27...Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica de D. Rafael Janando. Os srs. Castro & irmão vão reimprimir

DIÁRIO ILLUSTRADO

Pifblicou-se no Porto o primeiro nume-

ro do jornal o Club. Por dais vezes pre-

tende o college arranhar-nos, mas sem o

tsonseguir. Ainda nas faxas intantis ja o

Club denuncia o que ha de ser quando

chegar a homem.

Em todo o caso seja muito nem appa-

recido. _

A comedia do sr. Rangel de Lima, Ao

calçar das luvas, que no sabbado, no be-

nencio .la distiucta aotriz Maria das Do-

-res. subiu pela primeira vez á scena no

theatro do liymnasio, é uma Una compo-

sição delicadamente dialogada, e ligeira-

mente architectada.

O theatro francez abunda n este genero

de comediasinhas de sala, desempenha-

das unicamente por dois personagens, e

algumas delias ouvimos nós, ha ainda

poucos aunos, elegantemente conversadas

por Santos e Letroublon.

Quem imitasse o exemplo francez, e que

por cá nào havia muito. O sr. Hangel de

Lima, que tão brilhantemente se estreiou

110 genero lever-du-rideau, tem dewle a

noite de sabbado obrigação indeclinável

<le conquistar novos triumphos.

Foi hontem inspeccionada pela reparti

çào das obras publicas a secção do cami-

nho de ferro americano de Alcantara a

Belem. Foi julgada em circnmstancias de

sèr aberta á circulação.

Na loja n.° 25. da"rua de S. Cyro, foi

preso ás 11 horas da noite um individuo

que maltratara de pancadas a mulher coin

quem vivia, ferindo-a no rosto. Houve

gritos de soccorro dados por um lilho

<Testa. ^■___

. Foi considerado limpo de cholera mor-

bus desde 20 do corrente, o porto de An-

tuérpia.

Chamamos a attençào para o annuncio

que na secção rompetente publica a em-

preza do theatro do Principe Heal.

Tem diminuído por tal forma o com-

niercio de Buenos-Àyres, que,tendo subi-

do a 100:000 pesos diários os direitos da

alfandega, ficou reduzido a 35:000.

Vae ser cantada em Madrid, a opera

J{uy lilás, desempenhada pela sr.' Fossa

e pelo tenor Ugolini.

O sr. Albano da Silveira Pinto está es-

crevendo a Resenha das famílias titula-

res de Portugal.

Foi declarado limpo de cholera mor-

bus, desde 21 do corrente, o porto de Car-

tagena.

São jã quatro as concessões pedidas

para caminhos de ferro de via estreita e

de tramways para as Caldas da Rainha e

Leiria. .

A prioridade pertence ao caminho Lar-

manjat.

Effectuaram-se hontem na sé patriar-

chal os officios fúnebres por alma da de-

functa imperatriz, e esposa do sr. D. Pe-

dro 4.", de gloriosa memoria.

Assistiram a este acto suas magestades

el-rei 1). Luiz. a sr.* D. Maria Pia, sua

alteza o sr. infante D. Augusto, corpo di-

plomático todos os membros do ministé-

rio, pares do reino, deputados, titulares,

generaes de terra e mar, officialidade dos

diíTerentes corpos da guarnição, empre-

gados civis, associação dos veteranos da

uberdade, deputações de vários asvlos e

associações de que sua magestade impe-

rial era protectora, muitas senhoras e

povo.

Suas magestades el-rei D. Luiz e a se-

FOLHETIM

MARIA JOANNA

Não deve a aristocracia da arte ser ei-

vada de preconceitos como a aristocracia

social, nem distanciarem-se de tal modo

ali os graus hierarchieos da grandeza

que não possam todos abraçar-se pelo la-

ço da confraternidade artística.

Se ha cathegorias nos differentes thea-

tros, se ha gradações no merecimento

dos actores e actrizes, também na inicia-

ção ha graus, também nos templos ha su-

premacias hierarchicas, e não deixam por

isso todos os iniciados de ser irmãos; tam-

bém na milícia ha postos, também nas dif-

ferentes armas lia preeminencias relativas,

e não deixam todos os alistados de serem

camaradas.

A arte é uma iniciação; os artistas sao

uma cohorte, ligada pelos mais estreitos

vínculos da camaradagem.

Theatros de primeira e de segunda or-

dem, todos egualmente desempenham a

dupla missão de instruir e deleitar; em

todos se presta egualmente culto â arte,

embora n'uns se desvendem mysterios

mais sublimes, que os outros não podem

penetrar.

E' por isso que, tendo frequentes vezes

rendido homenagem ás glorias e trium-

phos das grandes notabilidades scenicas,

entoando os louvores dos principaes thea-

tros portuguezes, não desdenhamos de

modo algum os que lhes são inferiores

em consideração artística e que tantas

vezes têm sido o berço das notáveis voca-

êões, cemo as de Antonio Pedro, que é

oje um dos principaes vultos da scena,

Queiroz, apreciado pelos frequentadores

de todos os theatros a que tem pretenci-

do, Isidoro, que é uma raputa^io feita e

consagrada pelo consenso publioò, Au-

nhora D. Maria Pia foram recebidos com

0 ceremonial estabelecido para estes aetos.

A' porta do templo aguardavam os au-

gustos monarchal o ministério, generaes,

e camara municipal. Sua eminoneia o sr.

cardeal patriarcha, o seu cortejo, foi de

cruz alçada receber suas magestades á

entrada da Sé.

Os nossos reis eram seguidos pela da-

ma de serviço a ex.— sr." condessa de

Sousa Coutinho; camarista, o sr. marquez

de Fica lho: voadores, os srs. conde de

Valle de Reis e visconde da Lançada;

ajudante de campo, o sr. general Caula;

e official ás ordens, o sr. I). Francisco de

Almeida.

.•v guarda de honra foi feita por infan-

teria 16 e o trem de suas magestades era

escoltado por um esquadrão de lancei-

ros 2.

Os officios fúnebres terminaram á uma

hora da tarde, salvando o Castello, nesta

occasião com 21 tiros, c tendo disparado

1 tiro de quarto em quarto de hora, des-

de as 11 horas da manhã.

Os tres batalhões de voluntários e a

artilheria da cidade de Tarragona entre-

garam os seus arm amentos sem opposi-

ção.

A camara municipal da Regoa vae pe-

dir a creaçao de caixas do correio nos

1 pontos mais centraes d'aquella villa, e a

concessão de carteiros suffirientes para

a distribuição da correspondência.

! INCÊNDIOS

la sendo pasto das chain mas, ás 2 ho-

ras e meia da madrugada de hontem, o

palacio onde habita o sr. ministro inglez,

na rua de S. Francisco de Borga n.° 63.

O sinistro começou com grande violên-

cia n'um gabinete, destruindo quasi to-

daa mobilia, passando ainda ao viga-

mento e a outra sala contigua, onde cau-

sou também bastante prejuízo.

O incêndio não tomou maiores propor-

ções, graças aos promptos soccorros e ás

acertadas medidas tomadas pelos primei-

ros empregados.

A mobilia está segura na companhia

Queen.

O prédio, que pertence aos herdeiros

do sr. visconde de Orta, está seguro na

companhia Fidelidade, ficando muito dam-,

ni ficado.

As torres tocaram 26 badaladas e ga-

nhou e premio a bomba n.° 13.

—A' uma hora da tarde de hontem fo-

ram chamados os soccorros para o fogo

que estava em começo no 5.° andar do

prédio 134 na rua da Rosa, em um col-

chão, o que foi logo extinctò, compare-

cendo o carro n.° 3 e todo o pessoal do

districto. _

Tem sido muito bem recebida em Évo-

ra a extineção da roda e sua substituição

por hospícios.

Deve-se este facto á solicitude, intelli-

gencia e zelo dos sr.-. governador civil e

secretario geral do distridto.

Falleceu no Funchal del um ataque apo-

pletico o sr. Antonio Gonçalves de Almei-

da, negociante e proprietário. O finado

era pae do nosso amigo o sr. João Baptis-

ta de Almeida, acreditado negociante nes-

ta cidade.

Contava grande numero de amigos, e

era muito considerado tanto pelo seu ca-

racter probo, como pelas silas excellentes

qualidades.

Tinha 74 annos de idade.

Na próxima sexta-feira, ás 10 horas da

manha, ha officio è missa na parochial de

Santos, que por alma do falleeido manda

gusto, já hoje muito considerado, Alvaro,

que com tão bons auspícios se estreiou na

carreira scenica, e muitos outros de que

nos não occorre agora o nome.

Entre o pessoal das companhias dos

theatros secundários, e n'elles compa-

nheira na aprendizagem, no estudo e na

dedicação ao culto da arte de muitas das

notabilidades, que ali nasceram e se

crearam, figura vantajosamente, por mui-

tos titulos, a actriz Maria Joanna, de que

hoje o Diário Jllustrado dá o retrato, in-

cumbindo-nos o encargo de o acompa-

nharmos de breve noticia áccrca da sua

carreira artística.

No theatro da Rua dos Condes, antigo

emporio das glorias scenicas, templo de

iniciação de tantos e tão explendidos ta-

lentos, arca santa da arte dramatica por

tantos annos, recebeu Maria Joanna o seu

baptismo, sendo dirigida nos primeiros

passos pelo ensaiador Bernardo Victor de

Mendonça, que, distinguindo o engenho da

joven discípula, lhe confiou um papel de

soubrette na comedia n'um acto Casamen-

to por commodidade, que foi a sua estreia

como actriz.

Mas não tardou em ser aquelle ensaia-

dor substituído pelo actor Simões, o qual

deixou na sombra a principiante, pouco

animada com o estacionamento da sua

carreira, que èlla com louvável empenho

desejava ver progredir.

Era por este tempo ensaiador de musi-

ca no theatro das variedades, decaído das

pristinas e gloriosas tradições simulta-

neamente com o da rua dos Condes, o

grande eompositor Casimiro Junior, que,

tendo informações da boa voz de Maria

Joanna, a convidou a ser admittida como

corista n'aquelle theatro, e ahi se estreiou

ella n'um pequeno papel da magica Ij)te-

ria do Diabo, sendo-lhe, pouco depois

confiado, pelo dr. Luiz de Araujo, o de-

sempenho de um personagem da come-

dia A ceia 7io campo, por clle traduzida

expressamente para este fim. e no qual

resar seu inconsolável filho, o sr. João Ba-

ptista d'Almeida, a quem damos os nos-

sos sentidos pesames.

O annuario da sociedade franceza pro-

tectora dos animaes traz a lista dos seus

socios com referencia ao mez de outubro

ultimo. A ajuisar pelo numero de folhas,

e de nomes n'ellas contidos, não tem me-

nos de dois mil socios, repartidos pelas

diversas classes sociaes.

A sociedade protectora dos animaes já

hoje robusta, tende a augmentar-se com

rapidez, obtendo pouco a pouco os bene-

licos resultados a que se propõe.

E' de crér que a exemplo d'esta se for-

mem outras sociedades, como effectiva-

mente tem succedido, e que em tempo

mais ou menos remoto, segundo as respe-

ctivas civilisaçòes dos paizes, se consi-

ga pôr em pratica e generalisar os senti-

mentos caritativos para com os animaes.

O popular poeta Garcia Gutierrez está

acabando um poema intitulado Roger de

FlorjC Trueba um novo livro que tem por

titulo Sarraçues Populares.

O sr. Augusto Garrido pediu a conces-

são de duas linhas ferreas de via reduzi-

da, uma entre a cidade de Loanda e o Go-

lungo Alto, e outra entre o Dende e Ca-

sengo. —■

Foram apresenta das sabbado na ca-

mara dos pares pelo sr. bispo de Bragan-

ça as seguintes representações:

1.® de 65 senhoras de Gòa, pedindo des-

pacho favorável ás representações que os

indo-portuguezes enviaram áquella cama-

ra e foram apresentadas pelo sr. conde

de Cavaileiros, e depois remettidas á com-

missão ecclesiastica.

2/ representação de 1065 cidadãos in-

do-portuguezes, das tres comarcas do

territorio de Gòa,—Salsete, Bardez, e Ilhas

declarando adherir ás representações de

seus patrícios, apresentadas á camara

dos pares pedindo a restauração do Pa-

droado por meio da organisaçao da mis-

são ultramarina; idênticas, de indo-ingle-

zes e de indo-portuguezes, residentes nas

possessões britannicas.

E' a 3." de 544 signatarios de Belgaum

e de Bombaim.

A 4.- é de 450 signatarios de Madrasta

e Cocliim, sendo as assignaturas d'esta

em caracteres da lingua tamul, com a

transcripção ao lado em caracteres euro-

peus.

Avulta entre as assignaturas a de um

príncipe indio, D. Gabriel da Cruz Vaz

Paludar, príncipe de Parvas, as de vá-

rios membros de sua família e as de ou-

tras pessoas de distineção. Este príncipe

tem sido um estrenuo defensor do Padroa-

do, e todos esses signatarios são os que

ainda o sustentam nos dominios inglezes.

O Caçador, vapor pertencente ao sr.

Burnay, também havia saido do Tejo com

mantimentos para a fragata que de Sa-

gres se disse ser franceza e ter a tripula-

ção extenuada de fome e de séde. Voltou

porém sem a encontrar, e outro tanto nos

consta ter acontecido á Bartholomew pias.

Ignora-se por emquanto de que navio re-

cebeu a dita fragata mantimentos. Dizem-

nos que era hespanhola e que a tripula-

ção era dos intransigentes.

Falleceu hontem o sr. visconde da Gra-

ça, proprietário c capitalista muito conhe-

cido em Lisboa.

O sr. Jorge, Croft era súbdito britan-

nico e foi agraciado por sua magestade fi-

delíssima com o titulo de visconde da Gra-

ça, quando o sr. duque de Saldanha es-

teve ultimamente no poder.

Maria Joanna foi muito applaudida, po-

dendo dizer-se que foi esta peça verda-

deiramente a sua confirmação artística.

Seguiram-se as comedias Cantor im-

provisado e Uma entalara o, onde a actriz

conseguiu agradar, recebendo com o ap-

plauso publico a saneção de que podia

proseguir na carreira da arte, que tão

gostosamente encetára.

Luiza Candida, que então gosava de

boa nomeada entre os frequentadores

d'aquelle theatro, deixou^ de fazer parte

da companhia d'elle; e não foi sem cons-

trangimento e sobresalto que Maria Joan-

ua se viu encarregada dos papeis que

ella desempenhara na opera cómica O vi-

veiro de fr. Anselmo e nas comedias Uma

senhora para viajar, Marquez feito á

pressa, Os operários e muitas outras, que

eram então do repertorio d'aquelle thea-

tro.

Quando o ensaiador, que era então Isi-

doro, intentou confiar a Marina Joana o pa-

pel do Viveiro de fr. Anselmo, o tradu-

ctor d'esta peça quiz-se oppõr a isto, pela

pouca confiança que tinha no merecimento

da actriz ainda inexperiente, mas, accre-

dendo a ouvil-a n'um ensaio, não só re-

formou o seu juizo, mas até applaudiu a

substituição, onde Maria Joanna colheu

fartos applausos e conquistou notáveis

svmpathias do publico que frequentava a

platéa d'aquelle theatro, valendo-lhe o de-

sempenho d'esta peça o ver elevados os

Reus vencimentos inensaes de 4:800 a rs.

20:000, quantia quo era então considera-

da quasi como um primeiro ordenado alli.

As magicas vinham annunciar com a

sua varinha de condão uma época de re-

lativa prosperidade ao velho theatro da

calçada do Salitre, e Maria Joanna firmou

mais os seus créditos no desempenho dos

que tiveram por titulo A ave do Paraizo,

Os amores do diabo e A per a de Satanaz.

Das Variedades passou a já então apre-

ciada actriz para o theatro do Principe

Real, onde proseguiu com nalteravel feli-

O^sr. Croft casou, ainda muito novo,

com uma filha da primeiro barão de Bar-

cellinlios; c deixa um filho e uma filha,

sendo esta, actualmente, a sr.* viscondes-

sa de Porto Covo de Bandeira.

O enterro do finado deve realisar-se

hoje ao meio dia.

Na próxima quinta-feira 29 vão os as-

pirantes de marinha á Margueiraipara re-

ceber uma iieção pratica dos trabalhos

geodesicos e hydrographicos, sob a diree-

Íão do distincto official da armada o sr.

lento Maria Freire d'Andrade.

Repetiu-se mais um grave attentado

contra a?disciplina, que evidenceia o aba-

timento e a dcsorganisaçào militar que

lavram no nosso exercito.

Eis o caso:

Um destacamento de caçadores 1, de

guarnição no lazareto, foi pernoitar ao

Barreiro, quando foi rendido; e como o

capitão commandante da força notasse >

estado de embriaguez de uma das pra-

ças, determinou que ella fosse retida no

quartel para evitar qualquer confiicto, e

impedir também que um homem que

veste uma farda se exposesse á irrisão

publica, deshonrando pelo seu desman-

damento a nobre profissão de servir a

patria nas fileiras militares.

O capitão, querendo verificar se as

suas determinações tinham sido cumpri-

das, dirigiu-se ao aquartelamento, e ali

o soldado punido, depois de insultar de

palavras o capitão, aggrediu-o com sue-

cos, sendo precisa a intervenção de ou-

tras praças, para que terminasse o con-

fiicto.

Ha a notar n'esta falta, que o capitão

precedeu de um modo perfeitamente le-

gal, e em harmonia com as disposições

militares, tomando-se por isso muito mais

grave o attentado de que damos noticia.

Ha poucos dias vimos num jornal hes-

panhol que um sargento de caçadores de

Berbasto foi fuzilado, vinte e quatro ho-

ras depois de ter assassinado um alfe-

res. Aqui, a soldadesca indisciplinada,

assassina, esbofeteia, desacata os supe-

riores, e são irrisoriamente castigados

em nome da humanidade, que os delin-

quentes não respeitam, mas que sabem

invocar, para poderem continuar a exer-

cer as suas gentilezas.

É porém verdade que a Hespanha con-

seguiu ter o seu exercito disciplinado,

quando ha bem poucos dias era elle o

primeiro elemento de desordem; e nós,

no remanso da paz que desfructamos, só

presenceamos diariamente desacatos con-

tínuos e perniciosos, praticados pela sol-

dadesca desenfreada.

Não procurem, quanto antes, pôr ter-

mo a este estado desgraçado, que, com

certeza, não hão de encontrar o apoio da

força publica quando a manutenção da

ordem e a independencia da patria o re-

clamarem.

Antes, pelo contrario, ha de ser o que

hoje se chama exercito, que ha de influir

poderosamente para aggravar os males

do paiz.

Foi hontem sepultado no cemiterio

oriental, em jazigo da família, o corpo da

ex."" sr.a D. Gertrudes Colffs Guimarães,

viuva do sr. Antonio José ColfTs Guima-

rães, que por muitos annos exerceu as

funeções de secretario da bibliotheca na-

cional de Lisboa.

Era uma senhora virtuosa e aperciada

pelos seus elevados dotes, que serviram

sempre de espelho a todos os seus paren-

tes e mais pessoas da sua intima ami-

sade.

cidade na sua carreira dramatica; e d'ahi

tornou de novo a escripturar-se na Rua

dos Condes, tornando-se n'essa época no-

tável, entre muitas outras pecas, o desem-

penho das operas-comicas 0 joven Tele-

maco e o Elixir damor.

O theatro do Gymnasio, que depois de

uma existencia esplendida e ditosa vira a

mão da adversidade bater-lhe rijo á por-

ta, teve velleidades de rivalisar com os

outros que estavam ensaiando coino pros-

pero successo o então novo e attraente re-

pertorio de Offenbach, e procurando or-

ganisar o seu pessoal para a exibição de

um genero em que esperava encontrar

salvaterio e que serviu apenas para lhe

cavar mais rapida a ruina, que só muito

mais tarde e com a exploração de outro

jenero poude reparar, empenhou-se com

todo o afan em escripturar Maria Joanna,

cuja voz era então muito apreciavel, como

o mostrou nas Georgianas e depois nas

Recordardes de Mabile na Boneca e na

Flor de Café.

Mas a quebra da emprèza que tomára

a peito implantar o genero da opera bur-

lesca n'aquelle palco, acostumado ás fa-

cécias da boa e jovial comedia, ás alegrias

da scena cómica, e por vezes também ás

coinmoções suaves e sentimentaes da co-

media-drama, levou outra vez Maria Joan-

na para o theatro da rua dos Condes,

onde se conservou até ao anno preterito,

e onde teve o período mais florescente

da sua carreira artística, comquanto cor-

tado das atribulações e infortúnios por

que passou aquella eiwpreza, da qual

por vezes deixou até de recebor orde-

nado.

Foi ahi e n'essa época que Maria Joan-

na revelou a principal physiQiiomia da

sua aptidão artística, tornando-se notá-

vel no desempenho das parodias das ope-

ras Lucrécia Borgia, Norma e Trovador,

3ue já desempenhára também nas Varie-

ades, seiado neste genero que colheu a

sifti melhor coroa, e que firmou mais so-

A finada mostrou-se sempre grata ao

coração bondoso d'elrei o sr. D. Luiz, que

por um acto de summa benevolencia lhe

havia concedido uma pensão attentos os

serviços prestados pelo marido da mesma

finada, como preceptor que havia sido de

chorado monarcha o sr. D Pedro V.

Respeitando a memoria da ex."" sr." D

Gertrudes ColfTs Guimarães depositamos

hoje no seu jazigo uma corôa de perpe-.

tuas saudades.

A companhia dos caminhos de ferre

americanos pediu ao governo que lhefotse

concedida a necessaria licença para con-

tinuar • prolongamento das suas linhar

ató á villa de Cascaes. Esta pretençào foi

deferida.

O sr. Jayme Larcher foi nomeado para

proceder aos melhoramentos e outros ar-

ranjos indispensáveis nas difTerentes ofi-

cinas do arsenal da marinha.

Segundo as noticias que tivemos de Ma-

cau, consta que o sr. visconde de S. Ja-

nuario pedira a exoneração de carge de

governador geral d'aquella provinda.

Foi approvada, para uso das escolas

primarias, a 3." edição do livro intitula-

do: Leituras populares, instructivas e

moraes, por Pedro Wenceslau de Brite

Aranha.

No demingo á noutinha foi atropelada

por um trem na calçada do Salitre uma

senhora, que ficou bastante maltratada,

A policia prendeu o cecheiro.

O general hespanhol Villacampa ma«-

dou erganisar em Maestrazgo diverses

corpos de guerrilhas para combater as

guerrilhas carlistas.

Os soldados da 5." companhia do regi-

mento de infanteria n.° 18, aquartelade

no Porto, mandaram celebrar 14 missas

por alma do seu falleeido capitão e sr.

Manuel Luiz de Almeida.

Reuniu hontem em Coimbra a Associa-

ção dos Artistas de Coimbra, para deli-

berar acerca do modo de representar aos

poderes públicos em relação á escolha da

directriz do caminho de ferro da Beira.

Publicou-seo 1.° numero de uma folha

semanal de instrucção e recreio que tem

por titulo O génio.

Traz um retrato de Mozart. Desejamos

prosperidades ao collega.

Agradaram muito no Gymnasio as ne-

vas peças que a actriz Maria das Dores

escolheu para o seu beneficio.

No domingo foi completa a enchente e

todo o espectáculo foi applaudido.

Esta noite repetem-seas mesmas come-

dias e Taborda representa mais outra vez

O Amigo Banana.

A camara municipal do Porto elegeu

vogaes para a junta de repartidores da

contribuição sumptuaria *e de renda de

casas, para o bairro oriental da cidade

do Porto, o sr. visconde de Fragozell», e

para o bairro occidental o sr. visconde

da Trindade^

Durante a terceira, dezena de dezembro

houvè em Madrid 480 nascimentos e 805

fallecimentos.

Se vae por este andar fica Madrid sem

gente.

O general Contreras, Ferrer, Galvez e

outros emigrados de Cartagena estão pre-

sos no Castello d'Oran á disposição do

governo francez.

Appareceu um individuo assassinado

na rua de Toledo, em Madrid, reconhe-

lidamente o seu renome, não havendo en-

tre as actrizes dos theatros em que se tem

ensaiado a parodia lyrica quem melhor

e com mais felicidade desempenhe pa-

peis da indole dos que Maria Joanna ali

desempenhou.

Filha piedosa e coração aberto ao sen-

timento da caridade, tem a actriz quo

hoje celebra a sua festa artística no thea-

tro do Principe Real, a que novamente

pertence, alcançado applausos e glorias

na sua carreira, limitada quasi sempre a

theatros de segunda ordem, mas onde

tem sabido obter um dos primeiros loga-

res sem contestação, quer nos papeis do

genero acima dito, quer nos de soubrette,

como hoje se diz, e que correspondem

quasi aos que outr'ora se dominavam

lacaia, genero ligeiro, fácil, alegre, folga-

são, sempre tão apreciado nos theatros

populares e n'elles tão explorado pelos

escriptores drainaticos, que encontram

na actriz uma graciosa interprete das

suas creações.

Têm os theatros d'esta natureza o seu

publico especial, o seu repertorio adequa-

do, a sua physionomia característica;

molda-se ali tiido pelo gosto dos espe-

ctadores que os frequentam, escasseiam

n'elles por vezes os bons ensaiadores, não

raro ficam por desvendar os mysterios

mais sublimes da arte; mas também acon-

tece frequentemente encontrarem ali os

papeis aprimorada interpretação, revela-

rem-se n'elles notáveis aptidões artísticas,

darem os primeiros passos grandes e no-

táveis talentos, e n'essa atmosphera assim

mixta, assim desègual, em que nem sem-

pre domina o que é máu, em que muitas

vezes os espectadores mais exigentes têm

que applaudir conscienciosamente, em

(|«e a arte se cultiva com boa o resoluta

devoção, teni Maria Joanna obtido glo-

riosas primasias e conquistado uma in-

contestável preeminencia.

Ciikistovão de Sá.

Page 3: A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOApurl.pt/14328/1/j-1244-g_1874-01-27/j-1244-g_1874-01-27...Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica de D. Rafael Janando. Os srs. Castro & irmão vão reimprimir

DIÁRIO ILLUS TRADO

e«do-se que havia pertencido ao eorpo

ie tegurança publica, na qualidade

toupector.

Actualmente estava empregado na fa-

brica de chocolate da companhia Colo-

BIBLIOGRÀPHIÀ

Diceionario de educarão e ensine,

e As grandes Invenções

C#m o nosso numero de quinta feira

passada mandámos distribuir aos nossos

aasignantes um papel em que a Livraria In-

ternacional, do Porto, de que é proprietá-

rio o sr. Chardron, annunciava haver ter-

minado a publicação de duas importan-

tíssimas obras, quaes sào as que servem

de enunciado a esta noticia.

Sàt tào raros os editores em Portugal, e

principalmente os de obras de valia in-

trínseca e applicação social, que começa-

remos por louvar a quem não receiou,

como o sr. Chardron, metter hombros á

empreza de que os mais ousados se arre-

ceiam.

O primeiro dos livros editado pelo sr.

Chardron, o Diceionario de educação e en-

sino, revela logo no titulo o seu préstimo

antes mesmo de ser consultado, e muito

mais depois de conhecido o methodo di-

dáctico, que constitue inneçavelmente a

sua primasia sobre outros livros da mes-

ma indole, e destinados aos mesmts fins

otrílisadores.

Com o tacto que tem até agora distin-

guido o editor na escolha dos homens a

quem deve confiar o bom êxito das suas

emprezas litterario-industriaes, convidou

«lie o sr. Camillo Castello Branco para in-

terprete da quasi totalidade dos artigos

<la encyclopedia que, com o nome de

Deccionario de educação e ensino, tem por

intuito pôr a sciencia ao alcance de todos,

debaixo da fórma a mais popular e pro-

veitosa, senào a mais amena.

Conhecido como é o tacto litterario do

sr. Camillo Castello Branco, e o seu pro-

funds conhecimento da lingua materna,

não é deslocada a afirmativa de que o li-

vro de que tratámos se avantaja a todos

os outros do mesmo genero, quer pela

maior copia de indicações, e desenvolvi-

mento de princípios, quer pela fórma por-

tugueza de que o traductor os soube revis-

tarão que nào é para despresar, antes mui-

to para levar em conta,na confusão techni-

ca a que o progresso nas artes, nas scien-

cias e na litteratura levou o vocabulario

das nações que se deixaram atrasar litte-

raria ou scientificamente das outras.

Nào foi porém Camillo Castello Branco

o único padrinho do Diceionario de edu-

cação e ensino. A' sua consciência de ho-

mem de lettras repugnava incumbir-se da

traducçào de algumas das partes consti-

tutivas do utilíssimo livro que o sr. Char-

dron desejava ver entre todas as màos,

menos por espirito de mercantilismo, do

que por amor io desenvolvimento intelle-

ctual dos leitores e interesse p.*los menos

versados nas matérias, que o original fran-

cez com tamanha clareza expende e de-

senvolve.

N'este intuito foi convidado o sr. Aze-

vedo e Albuquerque, professor de mathe-

matica, para traduzir e ampliar os arti-

gos a que se nào prestava a indole espe-

cial dos estudos do sr. Camillo Castello

Branco, concorrendo um e outro, em har-

monia de desejos e boa vontade, para dar

ao Diccionarii de educarão e ensino a ne-

cessária unidade em obra que, por ser

encyclopedica, nào deixava de o recla-

mar.

Outro livro egualmente editado pelo sr.

€hardron é intitulado As grand's desro-

bertas; e é seu auetor Luiz Figaier, escri-

ptor que tomou a peito popularisar a sci-

encia, amenisando-a e tornando-a com-

prehensivel dos mais desprovidos de quaes-

quer noções, nào diremos elementares,

mas pouco mais do que elementares.

Foi encarregado da traducçào o sr. An-

tonio Plácido da Costa, que se desempe-

nhou d'ella de um modo que denuncia

possuir os conhecimentos indispensáveis

para trasladar a portuguez sem incon-

gruências nem tibieza de phrase o que

acerca das grandes invenções modernas

resumiu a provada aptidão scientilica de

Luiz Figuier, o mais notável dos recopi-

Jadores contemporâneos.

Destinados a fins diversos e a leitores

de edades diíTerentes, os dois livros do

que acabámos de fazer menção podem

julgar-se nascidos de uma mesma idéa

utiíitaria, sendo o primeiro, em uma das

suas partes, auxiliar indispensável á com-

prehensào do segundo, tào intimamente

frende a apreciação das descobertas, que

sao o orgulho da humanidade, com as

simples noções das sciencias de que o

Diccienario Universal nos dá o resumo.

Até o fim do presente mez o sr. Char-

dron sustenta os preços modicos, relati-

vamente ao numero de folhas dos volu-

mes indicados, á sua nitid>*z typographi-

ca, c á dispendiosa acqui>i<;ào que fez dos

clMes das gravuras, mas de fevereiro em

diante as duas obras sobem de preço, au-

gmentando a primeira cm iáOOO réis, e

a segunda em 500 réis.

Pomos os nossos assignantes de sobrea-

viso, indicando-lhes a tempo a possibili-

dade de fazerem uma notável economia

com a compra rapida de dois livros utilís-

simos.

A Igualdade, de Madrid, fallando das

declarações feitas pelo sr. Roque Barcia,

diz: i

«Como observarào os nossos leitores

D. Roque fez justiça a si proprio, ainda

que reconhece a sua nullidade e a de

seus correligionários cantonaes ou intran-

sigentes; mas esse reconhecimento á pos-

teriori, depois de uma luta de seis mezes

e de uma catastrophe prevista e recente,

é um suspiro de além da campa, que em

vez de produzir consolações ineffaveis, e

fagueiras esperanças, augmenta a inten-

sidade da dor e arranca lagrimas de amar-

gura sem fim.

A corveta Bartholomeu Dias. tendo an-

corado em Cascaes levantou ferro, hon-

tem, para ir em soccorro de um cahique

portuguez, o qual havia desarvorado.

Silva Pereira, o estimado e gracioso

actor comico, que ha pouco veiu do Rio

de Janeiro, repleto de louros e de valio-

sos testemunhos que lhe foram ali sITere-

cidos, representa quinta-feira no theatro

do Gymnasio. A peça escolhida é as Tri-

bulações dc Mane Coco, engraçada come-

dia em que o distineto artista tem uma

das suas melhores creações.

O publico e os seus amigos vão ter en-

sejo de se regosijarem com a apparição

de tão sympathico actor.

O sr. Francisco Ferreira da Silva Fra-

gateiro, do Porto, oíTereceu 505000 réis

Sara o hospital de D. Luiz I na villa da

egua.

Acaba de sair á luz em Badajoz uma

traducçào dos Luziadas, devida ao sr.

D. Carlos Soler y ^rquer, socio da Aca-

demia de Historia de Madrid.

Este livro, em 4.°, muito bem impres-

so, traz o original a par da traducçào; e

notas e noticias biographicas acerca de

Luiz de Camões, o príncipe dos poetas

portuguezes.

Xada melhor do que o espectáculo de

hoje na Trindade Cruz de Oiro e Casa de

Orates!!

E' um verdadeiro brinde com que a

empreza mimoseia o publico.

A passagem do canal da Mancha está

sendo desde muitos annos, motivo dos

inais arrojados projectos.

Tem-se tentado toda a casta de com-

mettimento: tunneis submarinos, pontes

suspensas, navios gigantescos, e outras

estupendíssimas coisas de que sò o pla-

no basta para encher os ânimos de as-

sombro.

Ultimamente apresenta-se um capitão

da marinha ingleza, mr. Dicev, com o in-

vento de um novo systerna tie paquetes

destinados principalmente a preservar os

passageiros do enjòo do mar.

A nova construcção marítima compõe-

se de dois cascos eguaes e parallelos, li-

gados um ao outro por uma-plataforma

que deixa entre os dois corpos principaes

uin intervallo, verdadeira galeria, túnel

que tem por base a agua, onde trabalham

as rodas da machina a vapor.

Este intervallo é a circuinstancia capi-

tal do invento, por que é elle que anni-

quila o balanço da navegarão.

A plataforma está dividida em duas

pontes, uma á próa, outra á põpa, e no

centro eleva-se um corpo de fórma circu-

lar, onde se veem as janellas que corres-

pondem aos camarins e salas interiores,

destinadas a commodidade dos viajantes.

Por muito forte que seja o embate do

mar, a onda que vem de encontro ao du-

plo navio, escoa-se pelo espaço que existe

entre os dois cascos jungidos, e apenas

ali entrada perde logo o seu furor, porque

deixou de sofTrer a acção do vento que a

impelle, e o ar que traz comsigo acha

saída fácil com o auxilio de um respira-

tório, que faz parte do aparelho. O navio

navega assim ligeiramente, e a platafor-

ma mantem-se estranha aos balanços que

os dois vasos supportain.

Em 1872 experimentou-se uma cons-

trucção analoga. Metteu-scao mar n'uma

occasiào tempestuosa, em que nenhuma

outra embareaçào se atreveria a sair, e

comquanto as ondas o cobrissem impe-

tuosas, não deixou elle de navegar ligei-

ramente, e com oscilação tão insensível

que todos os que iam dentro poderam

manter-se de pé sem a menor diíTlcul-

dade.

Este navio linha 50 pés decomprimcn-

te. O que actualmente se construe, de

systema idêntico mas mais aprefeiçoado,

é tres vezes maior.

Destina-se exclusivamente ao serviço

de transporte entre a França e a Ingla-

terra, serviço que geralmente so faz por

meio de vapores insufficientes.

Alu vão as rasões que Roque Barcia

deu para estar em Cartagena até final

da festa:

«Estava em Cartagena porque não me

deixavam sair, nem eu o devia ten-

tar.

«Estava em Cartagena porque era mais

um prisioneiro dos sitiados que dos sitian-

tes.»

Estas rasões parecem do sr. Magalhães

Lima.

Roque Barcia diz em outra parte do

seu escripto que toda a democracia em

embrião dissolve e não organisa, isto é

parodia do que disse Emilio Castelar na

camara, c como tem horror ás dissolu-

ções, acrescenta o homem em estylo de

poeta do futuro:

«Se a dissolução fosse cantonalismo,

arrepender-me-ia de ser cantonal.

«Se fosse republica, arrepender-me-ia

de ser republicano.

«Se fosse democracia, arrepender-me-ia

de ser democrata.

•Se fosse humanidade arrepender-me-

ia de ser homem.

«Se fosse Christo, arrepender-me-ia de

ser christão.»

Nós crémos que Roque Barcia não

saiu de Cartagena com o juizo no seu

logar.

«Se fosse Christo, arrepender-me-ia de

ser christão !f»

Deus lhe valha que bem pôde.

No dia 7 do proximo mez ha um bene-

ficio no theatro do Gvmnasio afavord'um

artista dramatico d'aquelle theatro, que

não precisa de recommendação, porque

basta o seu nome e o logar que occupa

na nossa scena, para que o publico se

apresse a tributar-lhe as suas homena-

gens.

Referimo-nos a Pinto de Campos, que

admiramos como actor verdadeiramente

consciencioso e modesto, e que nos me-

rece a maior consideração como homem

honesto e digno.

O TREMULO

Era a alcunha de um sujeito chamado

Hotelard, fallecido ha poucos dias n'uma

aldeia perto do Bouchain, França, na

idade de noventa o cinco annos.

Devia a uma particularidade singular

a honra de ser cognominado 0 Tre-

mulo.

Este individuo, sendo cabelleireiro, foi

obrigado a alistar-se na qualidade de vo-

luntário nos exercitos da primeira repu-

blica, exercendo por muito tempo as fun-

ções de tambor.

A 21 de janeiro de 1793 foi destacado

para a praça da Revolução (praça da Con-

cordia) e assistiu ali á execução do rei

Luiz XVI.

Fez deste modo parte do pelotão de

tambores, que rufaram rijamente, por or-

dem de Santerre, para cobrir a voz de

Luiz XVI, o qual do alto do cadafalso

pretendia fallar ao povo de Pariz.

Hotelard conservou d'esta scena horrí-

vel e commovente uma recordação tào

profunda, uma impressão por tal fórma

violenta, que quando tentava fallar sobre

este assumpto, exacerbavam-se-lhe os

nervos e tremia violentamente.

N'estas occasiões, a cabeça parecia que

lhe oscilava sobre os hombros.

D'ahi a origem da alcunhada do Tre-

mulo, aue se lhe tornou popularíssima.

Hotelard teve uma filha e um filho.

A joven Hotelard fez-se religiosa em

1820 e falleceu n'uni convento de Pariz;

seu irmào foi morto no cereo d'esta capi-

tal em 1870. j

Foi approvado o orçamento geral do

annó económico de 1873 a 1874 da ca-

mara municipal de Portalegre.

Por decreto de lo'do corrente, foi con-

cedida ao sr. John Bennington Blythe pa-

tente de invenção por cinco annos, como

inventor de «aperfeiçoamentos no trata-

mento das madeiras e outras matérias fi-

brosas vegetaes.»

Temos outro artiguinho do sr. Maga-

lhães Lima, com cabeçalho em francez.

Intitula-se o artigo Apr es nous le deluge

e d'esta vez percebe-se, o que já é um

adiantamento, que o auctor pretende fal-

lar do atraso da instrucção primaria em

Portugal.

Nós quando entendemos o sr. Magalhães

Lima nào temos a maldade do o negar,

mas isso acontece-nos tào poucas vezes

que parece acinte da nossa parte a repe-

tida declaração de que ficámos a vér na-

vios ao lér os escriptos do joven acadé-

mico.

O sr. Magalhães Lima aponta no seu

artigo oito rasões capitaes do atrazo da

instrucção primaria entre nós, e entre el-

las uma digna de eternas luminarias, e

vem a ser: a distancia em que estão as

escolas dos povoados!

A quem lér este argumento ha de pa-

recer que as escolas portuguezas foram

calculadamente edificadas entre selvas e

brenhas nào para educar creaneas mas

para convidar qualquer novo S. Francis-

co ás agruras do deserto.

Para tamanho mal só vemos um reme-

dio e vem a ser o estabelecimento de ca-

minhos de ferro americanos das escolas

para os povoados, a fim de que as crean-

ças possam receber o pào do espirito.

O sr. Malhàes Lima dá-nos também a

novidade: que os rapazes não vão no in-

vento á escola por causa do inau tempo.

Para remediar este mal é que nós nào

vemos furo.

Sr. redactor.—Tem causado aqui uma

dcsagradabilissima impressão os últimos

aitigos políticos do Paiz e Diário Popular

orçios na imprensa, dos partidos da oppo-

siçao.

Aquelles jornaes lançando-se franca e

abertamente nos braços da republica, ou

o que importa quasi o mesmo, fazendo

depender o seu apregoado e problemático

monarchismo de pequenas circumstancias

desviam do seu grémio todos os que am-

bicionam a ordem sem tyrannia e a liberda-

de sem licença.Ineontestavel mente as pavo-

rosas scenas de fogo e sangue que enlu-

taram Paris, Alcoy, Sevilha e Cartagena,

pretendendo em seus loucos desvarios an?

niquilar Deus, família e propriedade, lon-

ge de acharem echo áquein das nossas

fronteiras levaram esto povo religio-

zo, activo, honesto e laborioso a grupar-

se em torno das nossas instituições libér-

rimas e monarchicas esperando d'ellas a

paz e a ordem.

Por isso estamos convencidos de que se

amanhã por círcumstancias imprevistas

historicos ou reformistas fossem chama-

dos a constituir poder não deixariam de

ser monarchicos. Mas poderiam por ven-

tura conter os elementos republicanos

que tem animado, engrandecido e sobre-

levado?

Nào seriam fatalmente levados ao mes-

mo abismo que Zorrilla? O throno do sr.

D. Luiz I, nao teria o mesmo fim que o

de Amadeu? E' mais do que provável.

E por temer esses resultados funestos a

maior parte dos abrantinos repito, vé

com desagrado a propaganda republica-

na do Paiz e Popular.

Em Abrantes nào ha partido da opposi-

ção organisado.

Ha amigos do sr. Santos e Silva, minis-

teriaes e indiíTerentes. Os ministeriaes es-

tão profundamente convencidos de que um

ministério como o actual que tem atra-

vessado serenamente as grandes crises

de França e Hespanha, que levantou o

nosso credito, consolidou as nossas insti-

tuições e está quotidianamente dotando

o paiz com largos e despendiosissimos

melhoramentos materiaes e moraes bem

merece da patria. No grupo dos amigos

do sr. Santos e Silva ha cavalheiros di-

gnos, influentes e honestos que pensam

como os ministeriaes, mas antepõem as

afTeições possoaes ao bem commum as-

sim como ha, é forçoso dizel-o um certo

numero de indivíduos irriquietos, ambi-

ciosos e maculados que procuram na poli-

tica agua lustral para as asquerosas no-

doas que os polluem. Para conseguirem

os seus fins descem e descem tanto que

aquelles a quem prestam o seu appoio po-

litico os repudiam com asco. São de todos

os partidos mas nenhum partido os ac-

ceita.—Abrantes.

Do nvsso correspondente.

Vae, pela eamara municipal do Porto,

ser levantado o resto do empréstimo para

a abertura da projectada rua de Mousi-

nho da Silveira.

A camara municipal da Regoa vae pe-

dir ás cortes auctorisaçào para tributar os

carros que transitam n'aquella villa.

O município de Madrid resolveu tornar

a collocar na praça Mayor a estatua eques-

tre de Filippe III que os republicanos fe-

deraes tiraram dali.

EPIGRAMMA

—Que fazes agora amigo,

Que ninguém te põe a vista?

—Ando entretido com obra

Sou poeta realista.

—Realista! Pois nao dizes

Que és também republicano?

—Em verso mudo de crenças

Doze vezes cada anno.

—Tens então crenças de inverno

E crenças de primavera?

—Nem outra coisa o talento

A quem faz versos tolera.

—Pelo que vejo ora vòas,

Ora rojas como a cobra?

Nesse caso meu amigo,.

Es um pau para toda a obra!

Publicaram-se as folhas 6.« e 7." do se-

gundo volume da obra Os Crimes dos pa-

pas, editada pelos srs. Barata <fc C.a

Alcançam ao 141." papa, Domnus II.

Juntamente com ellas distribuiram-se

uma gravura Egreja do Santo Sepulchro

em Jerusalem, e a capa do 1.° volume.

Vae ser transferido para o largo do

Contador Mór, o recolhimento da rua da

Rosa.

Grassam com intensidade as pneumo-

nias em Ovar.

Frequentam actualmente o lyceu de

Coimbra, 101 alumnos.

0 marquez de Fronteira e os con-

des da Torre participam aos seus

parentes e amigos qtie foi Deus ser-

vido levar da vida presente a seu

presado sobrinho e primo D. Carlos

Maria Mascarenhas, e pedem que

lhes deem a honra de assistir aos of-

ficios fúnebres que se hão de cele-

brar ámauhã, 27, na egreja de S.

Domingos de Bemfica, ás 11 horas

da manhã.

Por expressa determinação do

fallecido, não ha convites especiaes.

TELEGRAMMAS

MADRID, 25, ás 10 h. e 30 rn. da m.—

Paris, 20.—Aflirma-se que o governo deu

auctorisarào para se abrirem em França

e no estrengeiro subscripçòes para soc-

corro dos feridos hespannoes de todos os

partidos.

Está muito doente a duqueza de Aos-

ta. Fui apprpvada a lei dos maires.

O duque Decazes declarou que o go-

verno quer rodear o papa, auctoridade

espiritual, de respeito filial, e manter com

a Italia, como as círcumstancias o deter-

minarem, relações amigáveis. Terminou

dizendo: «Queremos paz com toda a

Etrop v A interpellaçào Du Temple nào

foi adinittida como questão previa.

Fabra.

MADRID 25 ás 11 h. e 55 m. da m.=

Vienna, 21.—O governo apresentará hoje

ao «reichsrath um projecto abolindo a

concordata ecclesiastica e reformando as

relações das egrejas com o estado.

BERLIM, 22.—Segundo um artigo ofH-

cioso publicado na Gazeta da Allemanh*

do Norte,* Lamarmora alterou completa-

mente o despacho Goyon.

TRIESTE, 22.—Celebrou-se com graa»

de solemnidade o funeral da infanta Ma-

ria Thereza, de Portugal.

ROMA, 22.—Receberam o pallium os

arcebispos de Compostella e Tarragona.

O papa está ligeiramente incommodado.

O conselho federal suisso respondeu à

nova nota do Agnozzi; mantém a ruptura

das relações com a santa sé e mando®

entregar os passaportes a Agnozzi, nún-

cio do papa.

Fabra.

Pelo cabo de FalmotUh

LONDRES, 24 ás 5 h. e 30 m. da L—

Gladstone annuncia um excesso de 5 mi-

lhões na receita.

Ali Pacha, embaixador em Paris, foi

acreditado junto da córte de Lisboa.

LONDRKS 24.—Consolidados inglezot

92 Hespanhol oxt. 181/2, Portuguez 43

J/4.

I Renter

MADBID, 26 ás 10 horas da manha.-—

A Gaceta diz que a guerrilha do cura

Prades foi dispersa na Catalunha perden-

do dois prisioneiros.

Foram restabelecidos o caminho de fer-

ro e o telegrapho entre Tarragona e Bar-

celona.

O ministro da fazenda assignou um

contracto com Elbogen para a renova-

ção do credito do banco de Paris á vis-

ta dos projectos do ministério consentin-

do na creaçào de um grande banco na-

cional bazeado na fusão do banco de Hes-

panha com os bancos das provincias.émit-

tindo bilhetes que hão de circular em to-

da a Hespanha, mas sem curso forçado:

para a reorçmisaçào do svstema de bi-

lhetes hypolhecarios; e para a operação

sobre os tabacos das Philippinas e imposto

do sei lo. Graças a estes novos projectos

o ministério espera prover ás necessida-

des da guerra pagar os coupons, e amor-

tizar a divida fluctuante.

PARIS, 23.—As sessões da assemblea

hontem e hoje foram insignificantes.

. BRUXELLAS, 25.—A Etoile e outros jornaes belgas annunciam que Bismark

dirigiu a Bruxellas algumas observações

relativamente á attitude do clero e daW

prensa.

Fabra.

MADRID, 26 ás 9 horas e 55 minutos

da noite.—O conselho de ministros ap-

provou hontem á noite o manifesto ás po-

tencias extrangeiras. A Gaceta publical-Q-

ha provavelmente ámanhà. O conselho

de ministros deve ter tratado hoje da ques-

tão dos governadores das províncias. Cor-

re o boato de que os círculos affonsinos

fechados ultimamente serão em breve an-

ctorisados a reabrir.

CHARADAS

CHARADAS NOVÍSSIMAS

1 ,a—Vôs esta mnlher a correr para a egr

ja.—2—?

í.4—Queima mulher este instrumento!-l-ç

6,"—Mette-te n'esta que esto te indica o ca-

minho do theatro.-?—3

J. C. Massa Junior.

CHARADAS FERHAMKNTAES

A PREMIO

Para os srs. assignantes de Lisboa

PaUBLEHIM E

ris

SANTOS NAZARETH

1.»—Orna ferramenta e quatro letras.—2—2

No homem.

?.•—Tres leiras e uma ferramenta.—1—2

Peixe,

3 »—Duas letras e uma ferramenta. —t—3

Ferramenta.

4.*—Uma ferramenta e trez letras.—2—1

Operário.

C vhmo K Sousa.

EXPLICAÇÕES DO NUMERO ANTECEDENTS

Ch nr«d h Francisco.

espectáculos"

HOJE

Tlicntro de ». liaria BI —0 Paralvtico

—Gost s não se discutam. - \'s 7 y 3|4T

Tl»cairo «la Trindade— A Casa de ora-

tes—Itoas noites sr I). Simào,—A's 8 horas. Theatro do &j-ninn«lo — A Orpllã do

Aldoar — Ao meu amuo banana—Ao calçar das luvas—A dama «lo lajço.

Thea:ro do Principe Renl — Beneficio

da actriz MMU.V JOANW —0 trovador (paro-

dia)—a dama das camélias.

brande espectáculo equestre, ^ymnastico e

comico.

As 8 Ivoras.

AVISO —Tem entrada no baHe do Casino

cepois de acabar os espectáculos as pessoas

que apresoiihreiu os talões «te lus:ar«s supe-

riores, cadeiras e balcão de qualquer thea-

ro por a quaniia de 42óU róis.

TYP. DK J. 0. SOUSA NEVIS

65, Rua tia Atalaya, 67

Page 4: A*«l«ifcAT»*A KX JbMJftOApurl.pt/14328/1/j-1244-g_1874-01-27/j-1244-g_1874-01-27...Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica de D. Rafael Janando. Os srs. Castro & irmão vão reimprimir

PnWfiO 100 REIS.—Remette-se franco dé porte a quem mandar a impor-

tância »?m "istampiliiíis a« edu'»r «U

C« iJecção de Probi.-mas. ru* d> 65j 24

ffci. dL A vapor portuguez W » Pedro, ca*

pitão Henrique

franco Gomes,

iSS^ciS5^Saifc sairá no dia 5 de feveri iro as 3 horas da tarde para a

Madeira, S. Vicente, S. Thiago, Princi-

pe, S. Thomé, Ambriz, Loanda, Ben-

guella, $e Mossamedes.

i'ara carga e passagens, trata-se no

escriptorio de Bailey & Leetham, pro-

prietários da empreza Lusitana,rua do

Ferregial de Cima, n.# 4. 25

D ECEBE annuncios, communicados,

It correspondências, assignaturaspa- n o niarlo IHiiNtrndo, Jornal da

AoKr, forrf«pondci»Ha de P«r-

tugai e para os demais periodicos da

capital, e também para a c;a*eta do Algarve. (Lagos) HoHeiom., (\alen-

çaj e Jornal de IWrttelow (Pinta-

0 escriptorio está aberto todos os

dias não santificados das 9 horas da

manhã ás 7 da tarde. 1

D CAROLINA Leonor de

. Miranda Mendes, e D.

Julia Candida de Miranda,

agradecem por esle meio. a

todas as pessoas que se di-

gnaram assistir ao funeral

do seu presado marido e

cunhado, Henrique Pereira

Mendes, e bem assim a to-

das as outras pessoas, de

quem receberam provas de

amisade e dedicação, não

só durante, como depois da

dolorosa e curta enfermida-

de. a (iue o mesmo succum-

4^ 1 pARÀ os portos 1 acima sairá no

f Kv dia 7 de fevereiro

0 ?a(luete ,n£le* Jerome que se

espera do Havre em 6.

Para carga ou passagens trata-se

na rua do Alecrim, 10.

Os agentes —- Garland Latdle?

& C.» 26

CONVITE

3 0.4O BIP11MT4 DE

Miiini, pede a todos os

seus pa rentes -e amigos e de seu

íallecido pae o ex.®0 sr. Antonio

Gonçalves de Almeida, o favor

de assistirem na sexla-feira 30

do corrente á<|t0 horas da ma-

nhã, na parochial de Santos, ao

officio e mis*a,que por sua alma

se hade resar. i

SA IR A no dia 10

de fevereiro o

paquete inglez— V Student que se

espera de Liver-

idos os espectáculos—Direitos parochiaes nas

DIÁRIO ILLUSTRADO

ANTIGA AGENCIA

DE

BK

;; Alfredo Valadin

165 ,Travessa de Santa /ws/a, 65

2/andar

tm-se de tanto infortúnio

pagar a renda ao senhorio. Compadeçan

as almas benellcas e caritativas.

íe corno na

pódem en-

viar a sua esmola as pessoas carido-

sas que queiram soccorrer tão des-

graçada famiiia. 8

Tanto n'agueile albergue

administração d esta folha

Companhia Lisbonense

dc illuminaçâo a gaz

¥>0R ordem do ex ■" sr. presidente

l da assemWéa geral da referida

companhia são convocados para se

reunirem em asserabléa geral ordi- ■aria no dia 29 do corrente, pelas G

horas e meia da tarde, no seu escri-

tório á Boa Vista, todos os senhores

accionistas que possuírem 20 ou majs

acções averbadas em seu nome dois

mezes completos antes do 1.° dia do mez actual, afim de ser observado o

disposto nos artigos 19 * e 24 • dos es-

tatutos da mesma companhia

Lisboa. ?3 de janeiro de 1874.—0 secretario da assembléa geral, José

Gregorio da fíosa Araujo. 3

Crimes dos papas

Mysterios e iniquidades

da corte de Roma

PDBLIC0U-SE as folhas 6 — 7 do 2.'

vol, com uma magnifica gravura

iEgreja de S. Sepulch ro em Jerusalem)

que alcançam até ao papa 141 Aos

srs. assignantes das províncias quelfoi

distribuído e 5.* fascículo e o 1." vo .

completo sendo o preço do fascículo

250 rs. e o l .# vol. 1J250 rs.. Kscriptorio da empreza. Barata &

C.1, rua de S Paulo, i92 (á Moeda).

CÍÍÀ

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des que dá um resultado superior

a qualquer chã de 3#>200.

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casas m mm

ARRENDA-SE urra casa no sitio da

Qintinha «Strada de Cintra para

Coitares e mais as casas da quinta ta

Cabeça, da quinta de S. Tniago e da

quinta de de S. Bento on do Bosque, listas ultin as lem mobília.

São iodas ninadas na freguezia de

S. Martini»!» em Cintra.

Trata-si do ajuste, em Cintra, com

o Jardineiro da quinta d«- Mousarrate

ou em Lisboa com C. G. Payant, Lar-

go da Magdalena, G, 6

■rrfíSt

D MaRIA Henriqueta Rebello da Sil-

. va. seu filho Rodrigo Felner, sua

mulher D. Maria Maximianna de Gou-

vea Durão Felner e sua filha D. Emi-

lia Candida de Gouvéa Durão Felner, agradecem por este meio em quanto

o não fazem pessoalmente a todas as

pessoas que as acompanharam na sua

tão jusla dôr. pelo falecimento de sua

tia e prima D M ria Candida Teixeira

Coelho de Mello. E eg&lmente agrade-

cem ao ex ■ sr. Maximiano Corrêa o

interesse e dedicação com que a tra-

tou sempre durante a doença de que

uiccumbio. 7

UMA infeliz família residente na rua

de S. Bento, 252, 1.°, lado direito,

está sem ter um lençol nem um co-

bertor, porque tudo tem vendido pa-

xa accudir as nece>sidades da vida,

e á enfermidade de uma das pessoas

de casa.

Accresce a estas penosas circuins-

tancias não ter agora onde se reco-

lher por lhe faltarem os meios para

ALMANACH

DO POVO

luvvro Ac 96 paginas

DECIMO SEXTO 5NN0 DE PUBLICAÇÃO

PREÇO 40 RÉIS

CONTEM:

Administrações dos bairros — Administradores e escrivães, escrivães de

fazenda e freguezia pertencentes a cada um—Bênçãos matrimoniaes—Calen-

dário, procissOes, festividades e indulgências —Caminhos de ferro de norte

e leste, preços e escalas—Caminho de ferro, preços até Pans —Caminho de

ferro, serviço directo para Madrid — Caminho dc ferro, serviço directo com

Tuy e Vigo — Caminho de ferro do Sul, preços e escalas — Caminho de ferro

Larmanjat, preços e escalas—Caminho de ferro americano—Comissariado de

policia - Nomes dos commissarios, escrivães e local das esquadras-Computo

ecclesiastico — Eclipses — Abreviaturas — Conservatórias — Curiosidades do

campo — CORREIO: Correios diários; segundas, quartas e sabbados; cor-

reios diários em circumferencia de Lisboa; posta interna; preço das corres

pondencias para as províncias, Lisboa, ilhas e Brazil, segundo a nova lei—

Terras aonde se segura dinheiro, até 200^000 réis, inclusivè ilhas e continen-

Lisboa—Enchentes e vasantes das marés—Estações do anno— Explicaçs

boa das marés—Família real—Festas moveis—Têmporas—Ferias—Governo

civil de Lisboa (nomes e moradas) Instituto vaccinico — Juizes, delegados e

escrivãesdas varas eiveis e crimes—Juizo do anno (em verso)—Luto, tempo

por que se deve tomar—Mercados e feiras—Moedas hespanholas, valor em

dinheiro portuguez—Modo de pesar cartas, prescindindo de pesos—Nasci-

mento e occaso do sol—Omnibus, preços e escalas—Postos medicos—Sello

que pagam diversos papeis—Signaes de incêndios em Lisboa-Signaes de in-

cêndios em Belem e no Porto—Tabelliães em Lisboa—TELEGRAPHIA ELE-

CTRICA; estações em Lisboa e Belem; preço dos despachos e numero de

palavras para dentro da cidade e terras do reino; para o estrangeiro: paizes

e números de palavras e preços—Trens da praça, preço por hora ou corri-

das por 1 ou 2, 3, 4, 5 e 6 pessoas-Vapores para os Açores, preços e escalas

—Vapores para Alcantara. Belem e Cacilhas, idem—Vapores para Africa, idem

—Vapores para S. Vicente, Pernambuco, Bahia, Kio de Ja-ieiro, Montevideu e

Buenos-Ayres-Yapores semanaes para o Rio de Janeiro, Montevideu, Bue-

nos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Calláo.

Remette-se franco de porte a quem enviar a importância

das estampilhas, a Souza Neves, rua da Atalaya, 65, com

quem se podem entender as pessoas a quem convenha com-

prar para negocio, pois se faz abatimento. n

PHOTOGRAPH O

De suas magestades fidellissimas //sí ss

pHOTOGRAPHIAS desde miniatura até tamanho natural. 0 seu gabinete

acha-se aberto das 9 horas da manhã até á6 4 da tarde.

2, rua do Moinho de Vento. 2

ALfiUHAS

ConiHiercio especial

com a Hcspanha

ôOliRfí AS DIVERSAS FOR-

MAS COMPARATIVAS E

SUPERLATIVAS DA LINGUA P0RTUGUEZA, para auxiliar o ensino da

mesma lingua.—Preço 80 réis.

Kvenda na typographia de Sousa Neves. rua da Atalaya 65 13

■ ^^——— i i——. —— .

Club portuguez

POR ordem do ex.®* sr. presidente,

é convocada a assembléa geral a

reunir-se no dia 28 do corrente ás 8

e meia da noite, para discutir á alte-

ração dos artigos n.° 4 g 2.° n 6, 7,

8 e 9 dos estatutos do mesmo Club,

proposta pela direcção, c bem assim

dois pareceres da commissão reviso-

ra de contas: sendo o l.# sobre o re-

latorio e contas da direcção, e o 2.°

sobre uma proposta apresentada era

sessão dassembléa geral de 16 do

corrente, pelo nosso digno consocio

o ex.1"0 sr. conselheiro Sebastião José

da Costa.

Lisboa. 26 de janeiro de 1874. — 0

1* secretario d'assembléa geral, João

Augusto de Faria. 17

Tenham compaixão

0 INFELIZ carpinteiro, que ficou sem

casa e sem ferramenta em conse-

quência do incêndio, mora na rua do

Val de Santo Antonio, n.#58, loja, aon-

de espera lhe acudam as almas cari-

dosas, por occasião do Natal de Nos .o

Senhor Jesus Christo. 18

nssões, consignações

e transportes

EseripMrU

235, Rua dos Fanqueiros, 1.°

■Emi BOl CHKRkVF

AGENTE commercialda companhia do

caminho de ferro de Ciudad Real

a Badajoz e de Almorahon ás minas

de carvão de Belmez. 14

Lenços da India

BONITO e bom sortimento para algi-

beira, cabeça e cache-nez. bran-

cos e de corés, singelos, tarjados e admaseados.

SOO, rua do Ouro, tOO

CHHISTIM A~i

réis. — Vende-se na typograph»a de

Sousa Neves, rua da Atalaya, 65.

CARLOS da Costa Pereira

Mendes, envolto na mais

profunda dôr pela inespera-

da morte de seu muito pre-

sado e nunca assaz chora-

do irmão Henrique Pereira

Mendes, muito agradece a

todos os seus numerosos

amigos residentes em Lis-

boa, a bondade que tiveram

de acompanhar seu corpo á

derradeira morada; e a este

acto de tanta dedicação e

estima, e a muitos outros

que n'esta Ião triste conjun-

ctura dos mesmos lem rece-

bido, será sempre sobrema •

neira grato e reconhecido.

RAMALHETE

DO S-SRISTlk

rjEMAISARIO religioso dedicado á»

O ÍMiuUlaM caehollea*—director o

rev. padre pregador F. da S. Figuei-

ra. prior da freguezia d'Ajuda.

Publicou-seo n.# 11 do 3.° vol. con-

tendo os seguintes artigos: Simei in-

sulta David (com gravura).—Bispos de

Castello Branco: 2.° bispo D. Fr. Vi-

cente Ferrer da Rocha.- Confidencias

(continuação). — Philippona de Dam-

pierre. — Uma historia verdadeira,

(continuação).-—Quadro chronologico

dos Papas (continuação).—A fé (poe-

sia. —Noticiário.

0 Bamulheto do Chrlntfto, é

uma encyclopedia religiosa util a to-

das as famílias catholicas, e muito

K)pria para dar de premio nas esco-

Vende-se unicamente no escri-

ptorio da empresa—rua d'Atalaya, 65 —Preço aiooo réis cada volume.

0 1.° e 2.° vol. tem 104 bellas *çr«-

vnrft", cófitas de quadros dos melho-

res auclores e perto de 800 artigos

religiosos e moraes, romances, poe-

sias, etc.

Remette-se, FRANCO DE PORTE, a

Suem enviar a import;

0 correio, e na absol

lidade d'estes, em estampilhas.—Re-

cebem-se assignaturas para o 3.° vol.,

sem dependencia do 1.° ou 2.#—Cada

3 mezes ou 13 números 500 réis. Cor-

respondência ao director do jornal,

rua da Atalaya, 65.

Pede-se aos srs. assignantes a quem

a empresa tem escnpto ácerca do

atraso de pagamento, que mandem a

sua resposta para governo da admi-

nistrnção. 21

25 de julho

r» RE que não sou ingrato ás provas

1 de amor que me dás todos os dias.

Tu sabes.'e certa estás de que te ado-

ro.—2 4 feira 5 li. e 20 minutos da

tarde.—Muito, muito, maito. 22

uem enviar a importancia em vales

o correio, e na absoluta impossibi-

pooi em 9.

Para carga ou passagens de 1.» Ca-

mara u ^ na rua ao Alecrim, 10

Os agentes — . mod Laldley

& ©.*. 27

Rio de Janeiro, Monte-

video e Bnenos-Âyres.

Recebendo também carga e

passageiros para o Rio

CSranda do Mui.

RA os porto.®

acima saíra no

dia 7 de fevereiro

o paquete mglez

Gaiuieo, qne se

Sera ae Liverpool era 7.

ara carga ou passagens trata-se na

rua do Alecrim, 10.

Os agentes — Clarland Latdlej

& C.» 28

es

Para LONDRES

O vapor Peninsula

AIR.Í qusrta-feira

28 do corrente.

: Para carga e pas-

ír sagens lrata-se no

Caes do Sodré, 64.

Os agentes,

29 K. Pinto IKiiNto & €.»

Para a Bahia

SAÍRA' no dia 2 ou

3 de fevereiro

o paquete inglez

Muruidi, que se

espera de Liver-

pool em 2.

Para carga trata-se na rua do Ale-

crim, 10.

Os agentes — Gartaud l.aldley

& C.* 30

Para Southampton

jAIRA depois de

j pouca demora •

paquete inglez —

Tycho Brake —

que se espera do

Brasil de 5 a 8 de fevereiro.

Para passagens trata-se na rua do

Alecrim 10.—Os agentes «ariand

I.aidle) & C.» 31

CUARGEtRS REUNIS

Para Pernambuco (des-

carregando dentro

do porto), Rio de

Janeiro, Montevi-

deu e Buenos-Ay-

res.

ESPERADO em Lisboa no dia 5

ou 6 de feverei'

ro, o vapor pa-

& quete francez —

Henri if. de 1:500 toneladas, com-

mandante Capel le, que saíra para os

portos acima depois da mdespensa-

vel demora n este porto. Recebe carga e passageiros para

os quaes tem excel lentes acommoda-

ções

Fornece-se vinho aos passageiros

de 3.a classe.

Dào-se todos os mais esclarecimen-

tos no escriptorio dos agentes.

Pereiras & La Rocqne

120, rua dos Capellistas, 2.«

PARA MALAGA E BARCELONA

O vapor hespanhol Valdez

SAÍRA' em 29 de janeiro corrente ás 2 horas da tarde

Para carga e passageiros trata-se na agencia, calçada

do Ferregial, 7, 1.° andar.

0 agente J. M. Alcobla.

THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COIIPANY

0 PAQ0ETE qUe ggjr para og

porto* do Braxii e Paciiico em 28 do corrente tem

muito lugar para carga e passageiros.

Lisboa, 22 de janeiro de 1874.

Os agentes, F,. Pinto HaMto 8c C.»

THE PACIFIC mu. iVIGM COMPANY

Rio de Janeiro, RfSontevidíu, Buenos Ayres,

VaSparaizo, Arica, Islay e Calles.

LINHA SElKANf&L

PAQUETES

(*) BIUTAWI V 28 de janeiro.

PATACioniiA, 4 de fevereiro.

PAQUETES

(*) John Eider, 11 de fevereiro.

Com escala por Pernambuco e Bahia

DE IA EM 15 DIAS

(*) ímiTANSiA a 28 de janeiro-Join elbf.r a 11 de fevereiro.

Para Pernambuco se recebem malas e passageiros.

A velocidade d'estes vapores é já bem conhecida, costumam gastar

Lisboa ao Rio de Janeiro 13 dias.

Para carga e passagens trata-se lo Caes do Sodré, 64.

0 agente no Porto

Tasco Ferreira Pinto lta*to< Os agentes em Lisboa

E. Plnlo IXanto & C.«