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A98I6NATUBA EM LISBOA 1 mez... 300 réis. Ànnuncios, linha 20 réis. 3 meies. 900 » Ditos na 1.* paeinalOO rs. Avulso .. 10 » Corpo do jornal 40 réis. Communicados e outros artigos con tratam-st na administração. AI8I6NATUBA NAS PBOVINCIAS 3 meies pagamento adiantado 1^150 réis A correspondência sobre administração a Ro- drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queimada, n.* 35. Sexta feira 24 de dezembro de 1886 conde de Pa raty, vindo do Rio de Janeiro; os srs. condes de Gouveia; o sr. visconde de Monsaraz; o sr. Alfredo de Campos Valdez, estudan- te da Universidade. >on«n Senhora de LourdeM No meio do novo escadorio que que se anda fazendo junto ao mo- numento do Sameiro, consta que se vae construir uraa especie de gruta, para ali ser venerada a imagem que segundo consta foi ha pouco mandada esculpturar em França a expensas de um devoto da Virgem. A missa de Palestrina que se cantou na egreja do Loreto por occasião da festividade da Con- ceição foi somente a vozes e teve uma bella execução. O effeito é magnifico. Foi regida pelo mes- tre de capella da Sé, o sr. Carlos Araujo. Amanha celebra-se na egreja dos Anjos matinas solemnes á Conceição, pelas 5 horas da tarde, por instrumental. A' roda do Figaro Chega um reporter. —Trago-lhe uma noticia. —Fresca? —Tão fresca que me constipei ao escrevel-a. Regressaram hontera de Valle dos Reis os srs. visconde de Castello Novo, Luiz Candido Pessoa de Amo rim. D. Antonio Paraty, e D. Antonio S. Martinho. A manhã regressa o sr. duque de Loulé e mais alguns dos seus ami- gos, que ali foram caçar. Vou pedir áquelle avarento cem mil réis.. .Dar-m'os-ha? —Duvido!... —E dois sopapos, então? —Homem, duvido também...di- nheiro ou pancada, sempre é dar. Partiram: para Coimbra o sr. dr. Luciano Monteiro: para Abrantes, com sua ex. familia, o sr depu- tado Avellar Machado: para a Olivei- rinha, o sr. desembargador Francis- co de Castro Mattoso Pereira Corte Real; para o Porto, o|sr. Joaquim de Assumpção; para o Congo o sr. José Caetano Vianna Basto, primeiro te- nente d'armada. Um parasita aborda um sujeito —Olá!...como vaes? —Com muita pressa!... Para quem quer dormir bem COLCHÕES AMERICANOS 0E ARAME 2i5, rua da prata, 2/7 Filets de perdrix, à la Périgord. Caísses de ris de veau, à la Tou louse. Pain de gibier en Belle-vue. PUNCH A L'IMPERIALE ROTIS Dindon piqué aux cressons Salade dhiver. Aggravaram-se os padecimentos do sr. conselheiro Bento de Freitas Soares. Muito sentimos. —Não tem infelizmente experi- mentado allivios o sr. Antonio Alvo> de Sousa (Bulhão). O sr. dr. Ferreira, que veio ex pressamente do Porto, partiu hon- tem para aquella cidade, onde o sr. Alves de Sousa, lo;?o que experi- mente algumas melhoras, irá conva- lescer na Casa de, saúde d aquelle distincto clinico. A íllha do sr. Alves de Sousa não se tem afastado um momento do leito de seu pae. ENTREMETS Choux de Bruxelles à l Anglaise Savarin à la Montmorency. Gateau à la Kapolitaine. LACES Vins, Liqueurs CONSELHEIRO AGOSTINHO FEVEREIRO Preço* «tem competencia menoft 25 por cento don conhecido* Até aqui Sua Alteza o Duque de Bragança e vários convidados foram hontein cacar na lagoa de Albufeira. Sua Alteza embarcou ás 5 horas da manhã a bordo do vapor Condu- ctor , no caes de Belem. Mercê» Além da grã cruz de Torre Es- pada, com que foi agraciado o sr. general José Paulino, como hon- tem noticiámos, foram mais con- cedidas as seguintes mercês; Grã cruz da Conceição ao sr. conde de S. Salvador de Mathosi- nhos, o benamerito chefe da colo- nia portugueza no rio de Janeiro: a carta de conselho ao sr. Adolpho Loureiro, e a commenda de S. Thiago ao sr. engenheiro José Joaquim de Mattos. Desatttre Na rua Occidental da Moeda um cão mordeu o cavalle de uma car- roça que estava parada. O cavallo partiu em carreira vertiginosa derrubando um individuo chama- do Francisco Marques da Silva, o qual ficou muito mal tratado por lhe ter passado por cima uma das rodas da carroça. O atropeliado commctteu a im- prudência de se collocar era fren- te do cavallo, na intenção de o subjugar. Recebeu curativo no hospital e foi para sua casa. Abuno de confiança Manuel Morales queixou-se no commissariado da 2* divisão de que negociando na venda de car- neiros abatidos no matadouro de Bemlica, fôra victima de um abuso de confiança. Joaquim da Silva, o Charreta y encarregou-so da venda da carne nos talhos de Lisboa. A principio deu boas contas dos seus compromissos, mas não tar- dou que se aproveitasse do total da venda, deixando o negociante a fazer cruzes na bocca, e che- gando a dever 96á000 réis. Foi o cabo Oliveira o encarre- gado da diligencia. Conduzido o accusado ao go- verno civil, nçgou o crime, dizen- do dever ao queixoso apenas 40 e tantos mil reis. Assevera-se no entanto que o accusado é dado a gentilezas de tal ordem. , Flor de myoftótlft Com este titulo principia»hoje a publicar o Economista um novo romance original de Alberto Pi- mentel. Estão de serviço a Sua Magestade i n a Rainha a Senhora I). Maria Pia, os v3iD6ll6ir6ir£l . srs. condes de Bertiandos. v * # R. de S.ta Martha. i<>. 4.° Fazem ám&nhi »*nos «<*.»• . Estão_a concurso cadeiras de gr u. instrucçao primaria em fregue- zias dos concelhos de Vallongo e Viscondessa de Bucellas. Torres Vedras. D. Julieta Garin. tST" KALENDÀRIQ ALEGRE D. Maria do Nascimento Peres Te- deschi. _ * , D. Maria da Natividade de Mello Da sorte grande de Hespanha Queiroz. Passou emfim a mania. D. Maria Christina de Faria. Mas vai andar outra roda, E os srs . Haver outra loteria. José Joaquim Dias Gailas. Custodio Miguel Borja. José Augusto de Lima Lemos Caupers. Alfredo Travassos Valdez. Manoel Gerardo de Castro Ribeiro. * Cambista: Joaquim d Almeida # # De maneiras, um portento. Chegaram a Lisboa: a ex. ma sr 4 Mãos rotas para dar prémios., D. Virginia Canete de Castro; o sr. Os prémios do seu talento. Este sorteio é de estalo, A nata, a flor dos sorteios! Rebola no dia 8 No theatro dos Recreios.

j-1244-g 1886-12-24purl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-12-24/j-1244-g_1886-12-24_item2/j... · drigo de Mello Carneiro Zagallo, ... occasião da festividade da Con- ... nia portugueza no

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A98I6NATUBA EM LISBOA

1 mez... 300 réis. Ànnuncios, linha 20 réis.

3 meies. 900 » Ditos na 1.* paeinalOO rs.

Avulso .. 10 » Corpo do jornal 40 réis.

Communicados e outros artigos con tratam-st

na administração.

AI8I6NATUBA NAS PBOVINCIAS

3 meies pagamento adiantado 1^150 réis A correspondência sobre administração a Ro-

drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da

Queimada, n.* 35. Sexta feira 24 de dezembro de 1886

conde de Pa raty, vindo do Rio de

Janeiro; os srs. condes de Gouveia;

o sr. visconde de Monsaraz; o sr.

Alfredo de Campos Valdez, estudan-

te da Universidade.

>on«n Senhora de

LourdeM

No meio do novo escadorio que

que se anda fazendo junto ao mo-

numento do Sameiro, consta que

se vae construir uraa especie de

gruta, para ali ser venerada a

imagem que segundo consta foi

ha pouco mandada esculpturar em

França a expensas de um devoto

da Virgem.

A missa de Palestrina que se

cantou na egreja do Loreto por

occasião da festividade da Con-

ceição foi somente a vozes e teve

uma bella execução. O effeito é

magnifico. Foi regida pelo mes-

tre de capella da Sé, o sr. Carlos

Araujo.

Amanha celebra-se na egreja

dos Anjos matinas solemnes á

Conceição, pelas 5 horas da tarde,

por instrumental.

A' roda do Figaro

Chega um reporter.

—Trago-lhe uma noticia.

—Fresca?

—Tão fresca que me constipei

ao escrevel-a. Regressaram hontera de Valle dos

Reis os srs. visconde de Castello

Novo, Luiz Candido Pessoa de Amo •

rim. D. Antonio Paraty, e D. Antonio

S. Martinho.

A manhã regressa o sr. duque de

Loulé e mais alguns dos seus ami- gos, que ali foram caçar.

Vou pedir áquelle avarento cem

mil réis.. .Dar-m'os-ha?

—Duvido!...

—E dois sopapos, então?

—Homem, duvido também...di-

nheiro ou pancada, sempre é dar. Partiram: para Coimbra o sr. dr.

Luciano Monteiro: para Abrantes,

com sua ex.™ familia, o sr depu-

tado Avellar Machado: para a Olivei-

rinha, o sr. desembargador Francis-

co de Castro Mattoso Pereira Corte

Real; para o Porto, o|sr. Joaquim de

Assumpção; para o Congo o sr. José

Caetano Vianna Basto, primeiro te-

nente d'armada.

Um parasita aborda um sujeito

—Olá!...como vaes?

—Com muita pressa!...

Para quem quer dormir bem

COLCHÕES AMERICANOS 0E ARAME

2i5, rua da prata, 2/7

Filets de perdrix, à la Périgord.

Caísses de ris de veau, à la Tou

louse.

Pain de gibier en Belle-vue.

PUNCH A L'IMPERIALE

ROTIS

Dindon piqué aux cressons

Salade dhiver. Aggravaram-se os padecimentos do sr. conselheiro Bento de Freitas

Soares.

Muito sentimos.

—Não tem infelizmente experi-

mentado allivios o sr. Antonio Alvo> de Sousa (Bulhão).

O sr. dr. Ferreira, que veio ex •

pressamente do Porto, partiu hon- tem para aquella cidade, onde o sr.

Alves de Sousa, lo;?o que experi-

mente algumas melhoras, irá conva- lescer na Casa de, saúde d aquelle

distincto clinico.

A íllha do sr. Alves de Sousa não

se tem afastado um momento do

leito de seu pae.

ENTREMETS

Choux de Bruxelles à l Anglaise

Savarin à la Montmorency.

Gateau à la Kapolitaine.

(í LACES

Vins, Liqueurs

CONSELHEIRO AGOSTINHO FEVEREIRO

Preço* «tem competencia

menoft 25 por cento

don conhecido* Até aqui Sua Alteza o Duque de Bragança

e vários convidados foram hontein

cacar na lagoa de Albufeira.

Sua Alteza embarcou ás 5 horas

da manhã a bordo do vapor Condu-

ctor , no caes de Belem.

Mercê»

Além da grã cruz de Torre Es-

pada, com que foi agraciado o sr.

general José Paulino, como hon-

tem noticiámos, foram mais con-

cedidas as seguintes mercês;

Grã cruz da Conceição ao sr.

conde de S. Salvador de Mathosi-

nhos, o benamerito chefe da colo-

nia portugueza no rio de Janeiro: a

carta de conselho ao sr. Adolpho

Loureiro, e a commenda de S.

Thiago ao sr. engenheiro José

Joaquim de Mattos.

Desatttre

Na rua Occidental da Moeda um

cão mordeu o cavalle de uma car-

roça que estava parada. O cavallo

partiu em carreira vertiginosa

derrubando um individuo chama-

do Francisco Marques da Silva, o

qual ficou muito mal tratado por

lhe ter passado por cima uma das

rodas da carroça.

O atropeliado commctteu a im-

prudência de se collocar era fren-

te do cavallo, na intenção de o

subjugar.

Recebeu curativo no hospital e

foi para sua casa.

Abuno de confiança

Manuel Morales queixou-se no

commissariado da 2* divisão de

que negociando na venda de car-

neiros abatidos no matadouro de

Bemlica, fôra victima de um

abuso de confiança.

Joaquim da Silva, o Charretay

encarregou-so da venda da carne

nos talhos de Lisboa.

A principio deu boas contas dos

seus compromissos, mas não tar-

dou que se aproveitasse do total

da venda, deixando o negociante

a fazer cruzes na bocca, e che-

gando a dever 96á000 réis.

Foi o cabo Oliveira o encarre-

gado da diligencia.

Conduzido o accusado ao go-

verno civil, nçgou o crime, dizen-

do dever ao queixoso apenas 40 e

tantos mil reis.

Assevera-se no entanto que o

accusado é dado a gentilezas de

tal ordem. ,

Flor de myoftótlft

Com este titulo principia»hoje

a publicar o Economista um novo

romance original de Alberto Pi-

mentel.

Estão de serviço a Sua Magestade i n • • a Rainha a Senhora I). Maria Pia, os v3iD6ll6ir6ir£l .

srs. condes de Bertiandos. v *

# R. de S.ta Martha. i<>. 4.°

Fazem ám&nhi »*nos «<*.»• . Estão_a concurso cadeiras de gr u. instrucçao primaria em fregue-

zias dos concelhos de Vallongo e

Viscondessa de Bucellas. Torres Vedras.

D. Julieta Garin. „

tST" KALENDÀRIQ ALEGRE D. Maria do Nascimento Peres Te-

deschi. _ * ,

D. Maria da Natividade de Mello Da sorte grande de Hespanha

Queiroz. Passou emfim a mania.

D. Maria Christina de Faria. Mas vai andar outra roda,

E os srs . Haver outra loteria.

José Joaquim Dias Gailas.

Custodio Miguel Borja.

José Augusto de Lima Lemos

Caupers.

Alfredo Travassos Valdez.

Manoel Gerardo de Castro Ribeiro. „ * Cambista: Joaquim d Almeida

# # De maneiras, um portento.

Chegaram a Lisboa: a ex.ma sr 4 Mãos rotas para dar prémios.,

D. Virginia Canete de Castro; o sr. Os prémios do seu talento.

Este sorteio é de estalo,

A nata, a flor dos sorteios!

Rebola no dia 8

No theatro dos Recreios.

Page 2: j-1244-g 1886-12-24purl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-12-24/j-1244-g_1886-12-24_item2/j... · drigo de Mello Carneiro Zagallo, ... occasião da festividade da Con- ... nia portugueza no

&VAWfcO IH* W®T»A r*t

IVlariano e Burnay

«Essa cousa (a bur-

nasia) é representada

na imprensa pelo Jor-

nal! do Commercioy pe-

la Revolução e pelo ou-

tro papel. Unicamente

restasaber qual é o pa-

pel do Diário JUustra-

CDiário Popular de 22 de dezembro cor-

rente).

Como o sr. ministro da fazenda

deseja saber a nossa posição, em

frente da guerra que está diri-

gindo contra um banqueiro e ca-

pitalista, reproduziremos um ar-

tigo que publicámos em 30 de se-

tembro ultimo, quando o sr. Ma-

rianno de Carvalho começava a

campanha.

Parece-nos que considerámos o

assumpto no aspecto geral que

elle tem de repugnantemente es-

peculativo. Escrevemos então:

«Os jornaes do governo, com

um desplante que chega para pas-

mos e admirações, n um tempo

relaxado em que somente as cou-

sas muito extraordinarias fazem

pasmar e admirar, apparecem

cheios de enthusiasmo, replectes

de gáudio, porque, dizem elles, o

sr. Burnay, o belga, que o actual

governo fez conde como fizera

commendador o ministério pro-

gressista de 80, em attenção aos

serviços prestados ao paiz, está

excluído das operações de credi-

to com o estado. Está excluído ou

substituído, que vem a ser a m es-

ma cousa ou peor ainda, porque

se a exclusão pôde indicar perse-

guição, a outra fórmula, a da sub-

stituição, é, de certo, indicativa de

preferencia, que pôde acarretar,

como resultantes, o compadrio e

o monopolio.

«Não temos nada, nuncã tive-

mos, não procuramos nem quere-

mos ter relações de qualquer or-

dem com o sr. Burnay; e se já o

sr. miuistro da fazenda nos fez

uina d'aquellas insinuações calum-

niosas em que é fértil, em que é

de uma grande fecundidade, dei-

xámol-a inutilisar pelo despreso

do nosso silenco, que é o melhor

que tem a fazer quem sabe o va-

lor que teem as suas perfídias e

embustes no conceito da opinião

publica.

«Ora, porque somos completa-

mente indilíerentes para com o

sr. Burnay, são de todo o ponto

insuspeitas as considerações que

vamos fazer, sob um caracter ge-

ral.

«Vivemos no ultimo quartel do

século XIX; não ha já, principal-

mente no meio civilisado da im-

prensa periodica, preconceitos e

fanatismos. Pois ainda hoje, no jor-

nalismo progressista, com uma

ironia idiota, com uma intenção

de desprezo parvo, se chama ao

sr. Henrique de Burnay—conde de

Burnay pelos progressistas—o bel-

<in, como se esta denominação en- % ívesse alguma idéa de inferiori-

< -le, como se ella significasse,

na realidade, mais alguma cousa

do que cidadão d'um nobre paiz,

pequeno em area e população,

mas grande em progresso, em

conquistas civilisadoras, tanto na

ordem politica corno na industrial

e commercial!

«Se houvesse motivo, se hou-

vesse razão para suspeitar de

quaesquer capitalistás, ou interme-

diários do capital, em virtude de

quaesquer preconceitos de nacio-

nalidade e religião, os partidarios

do sr. Burnay respondiam aos do

sr. Foz, se é que já se chegou a

este partidarismo pecunioso, com

a genealogia do sr. Ephrusai, fa-

cilmeme copiada da França judia,

um livro que ó uma mina inexgo-

tavel de informações preciosas!

«Seguramente seria divertida

esta discussão, aliaz desafiada

pela ironia inepta dos que des-

prezadoramente chamam ao sr.

conde de Burnay—o belga.

«Mas vamos a" outro ponto, ain-

da mais importante, o ponto prin-

cipal d'stas considerações.

«Não vemos que o governo me-

reça elogio pelo facto de ter posto

de parte, de ter substituído o sr.

Burnay nas operações de credi-

to do "estado. As g'arantias de in-

teresse do thesouro estão na

concorrência, na competencia de

todos, que a exclusão de uns e a

preferencia de outros destrae. Is-

to é elementar, mas esquecido

pelos thuribularios, que na sua

cegueira chegam a louvar o go-

verno pelo que merece censura,

pelo que é digno de condemnação

pelo que está pedindo, em vez de

incenso, um apito!

"Elogiar um ministério porque

forma um partido de banqueiros,

porque exclue os contrários, por-

que assegura a preponderância

de uns sobre outros! E' um cu-

mulo de cynismo: é gosar como

loria o que é crime!

«Nós já sabíamos que na ulti-

ma operação para o emprestimo

de 10:500 contos se tinha melho-

rado uma proposta depois do

grupo apresentante ter conheci-

mento das propostas dos outros

concorrentes. Ora este facto re-

presentou um abuso, e nunca es-

perámos que se viesse a fazer ga-

la dos seus efTéitos e resultados,

das suas conseqnencias de toda

a ordem.

«Não queremos governos com

partidos de capitalistas; queremol-

os sem esses partidos,, que ficam

muito caros; queremol-os que não

excluam, mas que admittam todos

que não favoreçam nem persigam,

que não prestem favores nem

obséquios excepcionaes. Alias

desacredita-se o nosso credito, e

uma operação em boas condições

pode ficar muito cara nas subse-

quentes, principalmente quando

um ministro se elogia per formar

partido de banqueires, excluindo

outro das suas relações.

«Não nos importa que o sr. con-

de de Burnay seja belga e o sr.

marquez da Foz portuguez; não

curamos de saber se aquelle re-

presenta o capital francez e este o

judeu. São pontos secundários, que

nem servem para rhetorica qn-a

preste. O que queremos, o que

quer o paiz é a livre concorrência

de todos, porque só assim serão

salvaguardados os seus interesses

legítimos.»

Aqui tem o sr. ministro da fa-

zenda como nós entendemos a

guerra era que anda com banquei-

ros e capitalistas favorecendo os in-

teresses de outrcs. Somos de opi-

nião que em virtude d'este facto

nunca a politica nacional atraves-

sou um período de tanta immora-

lidade.

Nunca, em parte alguma, um

ministro da fazenda se entreteve

em descompor e insultar banquei-

ros. Tratam todos de viver nas

melhores relações para que não

aconteça como está acontecendo

ao sr. Marianno de Carvalho: que

é completamente suspeito para

avaliar das propostas que ama-

nhã possa apresentar o sr. conde

de Burnay relativamente a quaes-

quer operações de credito. Este

sr., em vista do que au jour lejour

se escreve no Diário Popular, es-

tá condemnado ápriori, escusa de

ir, porque o monopólio está pela

prosa do ministro assegurado para

o grupo dos seus amigos.

Isto é feio, é medonho, é escan-

daloso, e o que admira é que haja

cynismo que chegue para esta-

dear tudo isto no sudário da pu-

blicidade!

Por assim escrevermos seremos

buruasianos?. O sr. ministro da fa-

zenda ha de aflirmar que sim, mas

o publico que nos lêr, e nos com-

parar, ha de rir-se da conciusào

do sr. Marianno de Carvalho.

Cousas da politica

Os jornaes progressistas enche-

ram as suas columnas com elo-

gios a Sua Magestade El-Rei, fa-

zendo inteira justiça á rectidão,

imparcialidade * patriotismo com

que tem exercido a sua espinhosa

e diíBcil missão de rei constitu-

cional, durante os 25 annos do

seu reinado.

Nunca aquellas folhas inseri-

ram palavras de tanta verdade;

no entanto, unicamente o muitís-

simo respeito que temos pelo Mo-

narcha nos contém no desejo de,

ao lado dos louvores de hoje, col-

locarmos os insultos de hontem,

para evidenciarmos no espirito

publico que estes progressistas

são os eternos especuladores, não

se importaado de confessarem

que foram uns reles detractores.

El-Rei está vingado. A cainçada

tem os dentes quebrados.

♦ #

O sr. Fino, delegado do thesou-

ro em Villa Real, negou-se a sa-

tisfazer um capricho do governa-

dor civil, que pretendia que elle

informasse contra um empregado

zeloso e honesto.

Como consequência, o conde

telegraphou e o ministro da fa-

zenda transferiu o delegado para

Leiria.

Que lhe aproveite a lição, por-

que o sr. Viamonte é do estofo do

sr. Conde de Villa Real. #

# #

O iribunal administrativo de

Villa Real approvou a eleição da

Régua! Baseou-se para isso na

[alta de documentos, quando no

processo estava uma declaração

do proprio presidente da assem-

bléa de Sediellos, dizendo que a

eleição tinha sido roubada!

Que melhor documento quere-

ria o tribunal?

Também apprcrvou a eleição de

Santa Martha, sendo excluído o

procurador á junta, medico Por-

tella.

Como dissemos, a eleição de

Alijó foi annullada; mas o relato-

rio do governador civil substituto,

em exercício no tribunal adminis-

trativo (!), concluía pela appro-

vação!

Cruel, o sr. Lobo de Bulhões,

que como os nossos leitores sa-

bem é o auctor das excellentes

revistas politicas, que de 8 em 8

dias publica o nosso illustre col-

lega do Commercio do Porto.

Vejam com que ironia attica

elle acompanha uma medida do

gradiloquo sr. ministro da fazen-

da: •

«Tem-se afíirmado na imprensa

que, na alfandega de Lisboa, estão em serviço vários indivíduos da

policia secreta ou preventiva. E'

possível. Mas parece-nos pouco

provável que o serviço fiscal este-

ja, depois de tantas reformas, nas

circunstancias de carecer dos au-

xílios da policia secreta. Se esta

policia vae íiscálisar os íiscaes, é

logico arranjar outros llscaes para

ílscalisarem a dita policia, e assim in infinitum, como a antiga lei dos

dignos pares queria que se trans-

mitisse de paes a filhos o direito

de legislar.»» ——a——■ *

Pelo estrangeiro

TELEGRAMMAS

Demissão do cxpZoradoi'

Brazza

Paris, 22, n.

O «Jornal dos Debates» fala da

demissão do sr. de Brazza em con-

sequência das modificações resul-

tantes das medidas tomadas pela

camara dos deputados relativamen-

te ao Congo francez.

Temporal

Paris, 22, n.

Continua o temporal em Marselha;

nenhuma embarcação poude sair

ainda hoje daquelle porto.

Decreto tio imperador

da China

Parts, 22, n.

0 governe chinez lembrou aos go-

vernadores de todas as províncias

do Celeste império o decreto de 27

de agosto de 1884, que lhes manda

proteger os missionários e os chi-

nezes convertidos á fé christà.

A «iiiefttão «lai llulgaria

Paris, 22, n.

Dm despacho de Sofia desmente

os boatos de revolução na Bulgaria.

Londres, 23, m.

0 «Standard» renova solemne-

mente a declaração de que não con-

sidera a Inglaterra particularmeute

iuteressada ne questão bulhara, a

qual respeita sobretudo á Turquia

e á Austria, e diz fazer esta decla-

ração para evitar todo o equivoco.

Crise ministerial

em Inglaterra

Londres 22, t.

Lord Randolph Churchill deu hoje

a sua demissãa, por estar em diver-

gência com os seus colleças tanto

a respeito oos armamentos como

das questões internas.

0 «Times» considera o gabinete

enfraquecido com esta demissão;

não julga possível um gabinete pu-

ramente conservador; aconselha

portanto que se reforce com ele-

mentos liberaes unionistas.

Boato «rave

Londres, 22. t.

0 correspondente do «Times» em

Berlim reproduz, sem acreditar em

tal, o boato de que o tzar n um ac-

cesso de furor matou com um tiro

de revolver o coronel de Villaume,

addido militar da embaixada aliemã.

Ordem do governo

allemão

Londres, 22, t.

Segundo annuncia o correspon-

dente do «Standard» em Berne, os

estudanies allemães residentes na

Suissa receberam ordem de voltar

aos seus regimentos.

<|uestão do Egypt o

Londres, 23, m.

O correspondente do «Standard»

em Constantinopla annuncia cons-

tar ali que a Inglaterra ameaça oc-

cupar definitivamente o Bgypto,

se a Porta persistir em procurar a

alliança russa.

Paquetes

S. Thomé. 23, l.

0 paquete «Portugal» chegou á

ilha de S. Thomé hoje pela manhã,

e o paquete «Cabo Verde» saiu

d aqui para o norte hontem. Ambos

sem novidade,

(liavas.)

O sr. Luiz da Siiva, commissa-

rio da 2.a divisão, já hontem pas-

sou duas horas no governo ci-

vil.

Alegrano-nos com tal facto, que

denuncia as vantagens alcançadas

pela sciencia no combate da gra-

ve doença que tem flagellado tão

distiucto funccionario.

Tribunaes militares

Tribunal superior

de guerra e marinlia

Sessão em 23 de dezembro

N'esta sessão foram julgados os

processos dos seguintes reus:

Armando Odom Pereira Bra-

mão, aspirante interino do corpo

de officiaes de fazenda da arma-

da com graduação de guarda ma-

rinha, condemnado em conselho

de guerra em 18 mezes de prisão

a bordo de um navio em estação,

p«lo crime de insubordinação e

ofTensas corporaes a superior e

embriaguez.

O tribunal confirmou a senten-

ça de 1." instancia, alterando-a

porém em 6 rnezes de prisão n'u-

ma fortaleza.

Francisco Sabino Gonçalves,

gjumete de l.a classe n.° 21 i da

10/ companhia do corpo de mari-

nheiros. condemnado em conselho

de disciplina em 4 annos, 2 mezes

e 10 dias de serviço em Africa

pelo crime de deserção simples.

O tribunal confirmou a senten-

ça de l.a instancia, reduzindo-a

porém quanto á duração da pena

que sera por tempo de 3 annos. •

Francisco Caetano, grumete de

!.• classe n.* 128 da 8.a compa-

nhia do corpo de marinheiros,

absolvido em conselho de guerra

pelo crime de damno.

O tribunal confirmou a senten-

ça. ^

Manuel Patricio, soldado ser-

vente n.° 22 da 9.* bateria do re-

gimento de artilheria n.° 2, con-

demnado no 2.° conselho de guer-

ra da 1." divisão militar em 4 an-

nos de prisão militar pelo crime

de insubordinação a superior.

O tribunal confirmou a senten-

ça.

I José Francisco, soldado n.° 28

da l.a companhia do 2.° batalhão,

Avelino José dos Santos, tambor

n.° 5, e João Fernandes Saraiva,

corneteiro n.° 20 da 2." compa-

nhia do 1.° batalhão, todos do re-

gimento de infanteria n.° 16, con-

demnados no 2.° conselho de

guerra da 1." divisão militar, o 1.°

em 1 anno de prisão militar pelo

crime de insubordinação por des-

obediencia, o 2.° em 6 mezes da

mesma prisão pelo crime de ex-

travio de artigos, e o 3.° em 2 an-

nos pelo crime de inutilisação de

objectos militares.

O tribunal addiou os julgamen-

tos.

Associarão dos «fornalis-

tas e Escriptores Por-

tuguezes

São convidados os ex.,n08 socios

para no proximo domingo 26 do

corrente ao meio dia. em sessão

extraordinaria,na conformidade do

n.° 5 do art. 15.° dos estatutos, as-

sistirem á leitura do drama histo-

rico, original do ex.0,0 sr. Alberto

Estanislau, O Secretario do Mi-

nistro.

A sessão terá legar no salão no-

bre do theatro de I). Maria II, que

foi bizarramente cedido para este

fim.

Os bilhetes de admissão, que

também dão entrada ás senhoras

que acompanharem o portador,

podem ser requisitados na casa

da Associação, largo de S. Carlos,

n.° 38, 1.°, nos dias 24 e 2o, das 6

ás 10 horas da noite.

Casa da Associação, 22 de de-

zembro de 1886.

A direcção,

M. Pinheiro Chagas, presidente.

Costa Goodolphim, secretario.

José Miguel dos Santos, thesourei-

ro.

No largo de Camões 12 e 13 ta-

bacaria, encontrarão os amadores

um variado sortimento de boas

rozeiras todas de pé franco, e que

poderãe obter por limitados pre-

ços segundo o catalogo,

Adolpho Sarmento, tendo de

partir para Cabo-Verde a bordo

da canhoneira Sado, e não poden-

do, como desejáva, despedir-se

pessoalmente de todas as pessoas

das suas relações; offerece por es-

tô meio os seus serviços n'aquella

província.

As festas do hiatal

Por occasião d'estas festas das

famílias catholicas, a companhia

do caminho de ferro do Norte é

Leste, ampliou o praso dos bilhe-

tes de ida e volta, com 20 por

cento de abatimento, vendidos

desde hoje em diante até ao dia

10 de janeiro proximo, isto é mais

15 dias que o estabelecido n*a-

quelles bilhetes..

Rapto

Ao Imparcial de Coimbra, che-

gado hontem, constou que no dia

21, fora raptada uma formosa me-

nina, que habitava em uma quin-

ta nas cercanias da cidade.

Tinham procurado, procurado,

mas em balde, não atinando com

o esconderijo dos amantes.

Com este frio que vai, cortante

como uma lamina de Toledo, co-

mo elles devem eslar, os dois,

muito achegadinhos, arrollando,

muito alegres e satisfeitos, escre-

vendo amor nos vidros baços das

janellas!

Excellentemente escolhida a

poca do rapto!

Arrayolos

Agradecimento

Marianna de Jesus Lopes Fran-

co Machado, José Joaquim Franco,

e esposa D. Joanna Barbara Fran-

co, e Victor Julio Machado, tendo

mandado construir um jazigo de

família, no cemiterio de Arrayol-

los, para n'elle recolher os restos

mortaes do seu bom e querido pae,

e sogro, que repousavam no jazi-

go da exni.a família Dordio, e ha-

vendo-se verificado no mesmo ce-

miterio no dia 18 do corrente a

competente trasladação, ainda as-

saz impressionados p^ Ia pungente

commoção, que n'esta occasião

novamente sofTreram Ipor aquella

irreparavel perda, penhoradissi-

mos para com todas as pessoas,

sem distinccão, que expoutanea-

mente concorreram, e tomaram

parte n'este fúnebre e religioso

acío, tornando-o assim mais res-

peitozo, grave e solemne, vem por

este meio render-thes o seu agra-

decimento, e testemunhar-lhes sua

indelevel gratidão por tão signifi-

cativa prova d'obsequiosa home-

nagem e consideração, que se di-

gnaram prestar á memoria do

finado, de perenne e saudoza re-

cordação. Não especializam pes-

soas, porque de todas receberam

obrigantes deferencias, e em to-

das se divizavam bem patentes as

mais vivas demonstrações de sen-

timento, que as dominava:—só

não podem deixar de consignar

o seu cordeal agradecimento á

exm,a família Dordio-por lhe ha-

ver facultado tão obsequiosa como

expontanearnente em transe tão

angustioso um logar no seu jazigo,

flaezaa que sempre andará ligado

o seu mais profundo reconheci-

mento.

21 de dezembro de 1886.

Despachos das alfandegas

Manuel Viegas Tendinha, patrão

n.° 15 da fiscalisação marítima na

zona de Faro, reformado com o

ordenado por inteiro.

Guilherme Lopes, idom, n-.014,

idem, idem.

Francisco Chagas, idem, n.° 133,

idem, idem.

Manuel Vicente Soeiro, idem,

n.° 47, idem, idem, com metade

do ordenado.

José Joaquim Caldeira, remador

n.° 63, idem, idem; com o ordena-

do por inteiro.

Manuel de Oliveira, idem, n.°

112, idem, idem.

Manuel Baptista Café, idem, n.°

114, idem, idem.

Miguel de Araujo, idem, n.# 33,

idem, idem

João Evangelista, idem, n.° 115,

idem, idem.

José Antonio, idem, n.° 51, idem,

idem.

Antonio da Conceição, idem,

n.° 134, idem, idem.

Francisco Joaquim Alves da Sil-

va, aspirante da alfandega de Lis-

boa, concedida a serventia vitalí-

cia.

Jayme Miguel Gouveia, 3.° offi-

cial aposentado da alfandega do

consumo, reintegrado na cathego-

ria de 3.° official addido ás alfan-

degas de l.a grupo, devendo pres-

tar serviço na de Lisboa.

Manuel Diogo Gambôa, thesou-

reiro da alfandega de Bragança,

concedida licença de 30 diàs sem

vencimento.

José Maria Lucas Pereira, re-

mador n.° 67 da fiscalisação marí-

tima da zona de Lisboa, reforma-1

do com o ordenado por inteiro.

André Ferreira, idem n.# 78,

idem. idem.

Sebastião José Ramos, idem n.°

142, idem, idem.

José Pereira, idem n.° 74, da

fiscalisação marilima da zona de

Faro, idem.

Bernardino Heitor e Emiliano

Furtado, aspirantes da alfandega

do Porto, concedida licença de 30

dias com direito ao ordenado.

Camara municipal

de Lisboa

Sessão de 23 de dezembro de 1886

Presidencia do sr. Fernando

Palha.

Foi nomeado o sr. Luiz Diogo

da Silva para vogal da junta dos

repartidores do 2.° bairro, pela

escusa pedida do sr. Joãd Alfredo

Dias.

Para presidir ás assembléas dos

40 maiores contribuintes foram

nomeados os seguintes vereado-

res:

1.° bairro —o sr. Matheus dos

Santos.

2.° bairro —o sr. presidente da

camara.

3.° bairro—o sr. Gomes Netto.

4.° bairro—o sr. Pedreira.

O sr. Guedes disse que no sitio

da Horta Navia ha falta de limpe-

za, e pediu providencias a este

respeito.

O sr. Elias Garcia, sobre a pos-

tura relativa a construcções que

está em vigor, disse que se não

pôde cobrar a sua receita porque

não está descripta no orçamen-

to.

O sr. presidente respondeu que

a camara votara a postura para

ella ser executada depois da sua

publicação, mas isto não impedia

que fossem seguidas todas as for-

malidades.

O sr. Elias Garcia, encontrando

excesso em algumas das verbas

do orçamento, apresentou algu-

mas emendas que na sua opinião

deviam fazer-se.

Os srs. presidente e Fuschini

deram explicações a este respei-

to.

O sr. Consiglieri Pedroso pediu

que se mandassem 2 ou 3 exem-

plares de todas as publicacões

que se fizerem para as bibliothe-

cas municipaes.

O sr. Simões de Almeida, por

parte da commissào encarregada

de rever o codigo de posturas,

apresentou o seu parecer, que se

deliberou que entrasse ern dis-

cussão na ordem do dia de hoje.

A companhia real dos caminhos

de ferro portuguezes acaba de

publicar uma nova tarifa geral

combinada, de grande velocidade,

para transporte de passageiros,

bagagens e cães, entre varias es-

tações da sua rede, e das de Ma-

drid a Caceres e a Portugal, e

Minho e Douro, que deve come-

çar a vigorar desde I de janeiro

ao proximo anno.

Os preços para passageiros

são:

De Lisboa a Madrid: l.a classe,

15£540 réis; 2.a classe, 11*630

réis; 3.a clas^, 8*400 réis.

Do Porto a Madrid: l.a classe,

18SOOO réis; 2 a classe, 13£540

reis; 3,a classe, 93770 réis.

E' no dia 16 do proximo mez

de janeiro qne perante a camara

da Azambuja se hãe de aforar, em

hasta publica 16 courellas de ter-

reno baldio situadas na freguezia

de Alcoentre.

Cliopin

Por absoluta falta de espaço,

não podemos heje publicar o arti-

go d'este titulo.

SSCÍÃC iSAMISIICA

Logogripho

Por leiras

Tens moeda certamente. 1,2.7.

2 8 Ruminante {é sua raca. 3, 2', 4'

6, 8. Apoquenta o indigente. 3, 8, 1.

Exprimindo ameaça. 5, 6, 7, 8.

K nome de mulher:

Decifre quem poder.

A. Nunes d'A. It.

Decifrações das charadas do nu-

mero antecedente:

Bailarico—Parafuso--Sadio--Rapa-

riga—Pedrosa—Frioleira— Salpica—

Portaria.

CANC10MIK0 P0PILA8

a CMLXXII

senhora da Aífliccão,

>ue bem afíiicta estou eu,"

ue me chegou a noticia

'e que o meu amor morreu!

Page 3: j-1244-g 1886-12-24purl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-12-24/j-1244-g_1886-12-24_item2/j... · drigo de Mello Carneiro Zagallo, ... occasião da festividade da Con- ... nia portugueza no

*

Talheres

HE christolle, alfenide, electro

Opiate, ébano, marllm, osso etc.

Grande sortimento de bandejas de

todas as qualidades. Antiga casa de

José Alexandre, It. Garret, Chiado,

10 e 12.

CESAR A. PAIVA

Cirurgiã» dentista

de suas majestades e altezas

pOLLOCAM-SE dentes desde um À até a dentadura completa. Tra-

tamento especial em moléstias de

bocca.

Bkun tio Arwenai lOO 1.°

Dantes artiíiciaes e mais

tratamento de sua arte,

a preços reduzidos, por

A. E. Guerreiro.

Praça «le S* Paulo» IO

*Minm

Extracto Composto

SAL'

PARA A Cl'BA RADICAL DAS

Escroíuias e todas as Moléstias

provenientes de»ifis:epar«

DarVigor ao CORPO

PumnçAah SAMCUE.

,imjií-SE nas principaes pliar-

macias e drogarias.

Agentes geraes: James Casse 4

C.4, rua do Mousinho da Silveira,

127 1.«. Porto.

»MJ3*e ftXAtmmADO

PRIMEIRAS REPRESENTAÇÕES

CymiiUNio

A inglbza — drama de Mei-

Ihac e Halévy, traducção de Borges

■ de Avellar.

Foi com esta peça que o distin-

cto actor Gama fez o primeiro be-

neficio em Lisboa, e, se ella não

prima pelo entrecho, pela lógica e

condução das suas scenas, é na

verdade molde para a especiali-

dade dos seus recursos artísticos.

Deu-nos um bello typo de paraly-

tico, victima dos desregramentos

da vida levada ã redea solta pelos

.prazeres e deboches; velho torna-

do creança diante de uma cocotte,

que lhe compra o titulo e o põe

em respeito em frente dos seus

olhos de domadora.

E' impossível synthetisar a In-

íjleza no seu enredo, mas no meio

d'aquelle cahos, onde o drama se

mistura com a comedia, ha boas

situações paraosartistas do Gvrn-

nasio: assim, Salles diz perfei-

tamente o seu papel de visconde

que bate na mulher, n'um mo-

mento de loucura, mas que lhe

abre os braços quando ella vem

refugiar-se n'elles, .fugitiva das

tentações dos seus adoradores.

Beatriz muito e muito bem de

viscondessa bonita, sabendo con-

servar a expontaneidade da in-

gleza e simplicidade do typo sym-

pathico que interpreta; Barbara

correctamente como cocote ingle-

za, que é o peor genero da femea

Sue negoceia com a formosura.

s demais concorrendo todos para

o bom desempenho do drama, que

principalmente por elle merece

ser visto, senão também peia mo-

ralidade da acção, porque a vir-

d£ triumpha e o vicio é castigado,

^segundo as boas regras clássi-

cas.

O actor Gama foi muito festeja-

do; o publico deu-lhe testemunhos

de que aprecia o seu talento ar-

tístico, como elle em verdade me-

rece ser apreciado.

Deneflclo

de Joaquim cio Almeida

E' na noite de 8 de janeiro que

se deve realisar no theatro dos

Recreios o beneficio do distincto

actor Joaquim de Almeida com o

drama Luiz XL

Joaquim de Almeida é um ar-

tista de reputação estabelecida e

solida. O publico lisbonense co-

nhece-o e estima-o. E' portanto

de esperar que a sua festa artisti-

ea seja muito concorrida, tanto

mais que, segundo nos consta,

Joaquim de Almeida tem n'este

drama um trabalho primoroso.

♦ *

0 actor Joaquim de Almeida

em consequência dos successivos

ensaios de apuro da peça Luiz XI

não lhe deixarem tempo para fa-

zer passagem do seu beneficio,

pede d'isso desculpa aos seus

-amigos e convidados do costume,

estando desde já aberta a folha no

camaroteiro para os que deseja-

rem dispensar-Ihe a fineza de as-

sistir á sua festa artística.

Domingo, pelas 2 1|2 horas da

tarde, deve realisar-se a inaugu-

ração do novo edifício na Avenida

Estephania n.° 2, destinado ao Col-

legio Araujo que é administrado

pelo Asylo de Mendicidade, em

cumprimento de disposição teste-

mentaria do seu failecido bemfei-

tor Francisco Gomes de Araujo,

e que tem por fim a educação gra-

tuita de crianças de ambos os se-

xos da freguezia de S. Jorge d'Ar-

royos.

Agradecemos o convite que nos

foi enviado.

(lorreio do estrangeiro

Não se receberam hontem, n'e s-

ta redacção, nem os jornaes de

Madrid nem os de Paris.

Attribuimos este facto aos últi-

mos temporaes, se bem que, mui-

tas vezes, em tempo sereno e cal-

mo, quando as andorinhas noivam

alegremente pelos beiraes dos te-

lhados e o azul do ceu não tem

nem uma nuvemsita a manchai o,

correio estrangeiro nos falta da

mesma forma, por culpa do cor-

reio indígena.

Direcção do* Imlõe*

O governo brazileiro concedeu

] o privilegio de invenção por quin-

ze annos, ao padre portuguez Joa-

quim Ignacio Ribeiro, residente

em Nitheroy, para um apparelho

destinado a dirigir balões em na-

vegação àerea^^^^^^

Recommendamos ás nossas lei-

toras e leitores o annuncio da ex-

cellente livraria franceza que vae

na secção respectiva. Não se tra-

balha n'aquelle genero com mais

»erfeição e barateza. Os donos do

tftabelecimento são da mais ex-

imada cortezia, e todas as pes-

is que ali forem uma vez hão

sem duvida ficar afreguezadas

conGrmar assim o nosso asserto.

força de infanteria da guarda mu-

nicipal, e durante a ceremonia

tocou a banda do corpo de mari-

nheiros da armada.

A actual casa da escola esteve

patente ao publico, que ali con-

correu a admirar as magnificas

collecções de modelos, e os tra-

balhos executados pelos alumnos,

tanto em desenhos como em obras

de modelação em barro, e lavores

feitos pelas alumnas da officina.

Os resultados tão brilhantes que

já tem dado a escola são uma

gloria para o seu professor o sr.

João Hilário Pinto de Almeida,

que o sr. Bendvides apresentou a

El-Bei D. Luiz, congratulando-se

El-Rei pelos progressos realisados

por esta nova instituição de ensi-

no industrial.

Obteve licença o sr. dr. Lopes

Tavares, vogal do tribunal admi-

nistrativo do districto de Santa-

rém.

Foram concedidos 30 dias de

licença ao sr. dr. Lopes Marçal,

delegado em Figueira de Castello

Bo d r i go.

O illustre bispo de Portalegre

mandou distribuir esmolas aos

asylados e presos da cadeia, fes-

tejando assim com a mais sublime

das virtudes chrislãs a sua entra-

da solemne na cathedral da dio-

cese.

Kleepius-car

Vae ser introduzido nas via-

gens do caminho de ferro do Nor-

te e Leste, entre Lisboa e Ma-

drid, este novo serviço de com-

modidade e luxo, a partir do dia

10 do proximo mez de janeiro de

1887, e que ha dois mezes está

estabelecido eutre o Porto e Lis-

boa.

Noite de I\alal

llisNa do gallo

Sua eminencia o cardeal Patriar-

cha não prohibiu a Missa do gallo,

quando seja solemne.

Só recommendou aos reveren-

dos priores que providenciassem

a fim que se realise aquelle

acto religioso com o maior esplen-

dor, piedade e ordem.

*

# *

Na egreja parochial de S. Sebas-

tião da Pedreira ha missa do gal-

lo a grande instrumental.

Na egreija parochial de S. Pe-

dro em Alcantara, por iniciativa

do respectivo parocho e auxilio

dos parochianos, haverá hoje á

meia noite missa solemne do Na-

tal, e no dia 31 ás 6 da tarde Te-

Deum, tudo por musica vocal e

instrumental.

Hoje abre-se a porta da egreja

ás 11 horas e meia.

# * #

Também ha missa do gallo na

capella do Paço da Ajuda, nas

egrejas da Sé, S. Paulo, Santa Iza-

bel, Coração de Jesus, S. Roque,

Sacramento, Inglezinhos, S. Julião,

e nas capellas dos Caldas, Picoas

e Menino Deus.

Hoje pelas 4 horas da tarde ha

vesperas na Sé, por instrumen-

tal.

Os nossos pobres

Imploramos uma esmola para

os nossos pobres.

Maria da Encarnação Luz, rua

da Inveja, n.° 51. 4.°

Luiza Ferreira, rua da Atalava,

128, 1.°

Maria de Jesus Alves de Paiva,

travessa da Estoupa ao cruzeiro

d'Ajuda.

Margarida Candida, rua direita

da Fonte Santa n.° 108.

Anna d'Assumpção, Campolide

de Cima, pateo do Carmo.

Maria Joanna, travessa de Nos-

sa Senhora da Gloria (á Graça)

n.» 10, 4.°

Maria da Gloria Espada, largo

do Mastro, 23, 4.°

Joaquim Confeiteiro, rua do

Jardim do Regedor, n.° 17, 1.°

Espectáculos

8 h.—Real Theatro de S. Carlos

32.* recita de assignatura—Opera

—Africana—Bailados da Opera.

8 n.—Theatro de D. Maria II—

A Martyr.

8 h. —Theatro do Gymnasio—

Ingleza.

—8 h.— Theatro do Príncipe Real

As Noites da índia.

8 V* h.—Theatro dos Recreios—

Mysteriosa desaparição de 4 pessoas

vivas— Test amento-^ Duas bengallas.

Os senhores accionistas e sub-

scriptores, teem entrada por meios

preços.

8 V? Colyseu dos Recreios.—

Estreia dos novos quadros de mo-

vimento, no maravilhoso Diaphano-

rama de Mr. Danguy.

0 insigne equilibrista Mr. Jonh Le

Claire.

A Troupe Juliano, com a sua ex-

cêntrica Cosinha Diabolicci. Os cele-

bres artistas Aba-chi e Maz-uz e

todos os artistas da companhia.

Jardim Zoologico—Exposição per-

manente d'animaes. — vendas ga-

rantidas d'animaes, ovos plantas, e

sementes, etc., etc. — Recebem-se

animaes para deposito.— Musica aos

domingos e dias sanctificados—

Entrada geral 100 réis

Typ. do "Diário lllastrado"

' TT. da «iueimada. 35

Bòa casa

Com jardim, quarto de banho e

mais commodos, arrenda-se

na Travessa de S. Sebastião n.B 33

(á praça das Flores).

—618—38

2—12—21—15-22—29—20-3— 16

—2— 8—[ — 30— 1-8—3—11—8-11

—12— 1—29—1—8—9—12—1 — 26—

24—3—12—27 ■ 22-28-20—12—3— 2G—20—8—16—22—25 — 3! —23—25

—8—7—12—25—34— 12—29—21—22

—2—16-10-16—8— 1 - 32—2—3—1 —26—23—22—25—28 -16—1—1—22

—12—1—10—25—12—4—12—34—20 -8—1—44—10-3—16—11 8-11—

22—8—11—3—1—29—24—3 -12—25

-16—11-8-26.

Camara Munici-

pal ile Lis-

boa.

ÂC0MM1SSÃ0 executiva manda

annunciar para conhecimen-

to dos portadores das obrigações do emprestimo de 1881, que as oflere-

ram para conversão:

1.*

Que as apresentadas em Lisboa

na thesouraria municipal, serão pa-

gas das 10 horas da manhã, até á 1

hora da tárde, nos seguintes dias

de janeiro proximo:

T\\n Q—propostas n.os 2, 10, Uid O nj 22, 26 e 30.

Dia 4-ç,X"en5935,36'

Dia 5e "ito°'87'

n;0 >7—propostas n.ft1 117, Uid / 141, 144 e 148.

Dia 87WVe'.5^

O O *»•

As obrigações do mesmo empres-

timo que se appresentaram na De-

legação da Caixa Geral dos Deposi-

tos, no Porto, serão pagas na the-

souraria da mesma Caixa e nos

mesmos dias conforme a distribui-

ção que fôr annunciada.

Os impressos, tanto para recibo

das obrigações como do respectivo

juro dos semestres, serão forneci-

dos pela thesouraria da camara mu-

nicipal e da delegação.

Devidamente preenchidos pelos

portadores serão veriíicados na re-

partição de contabilidade da cama-

ra municipal, depois do que se pro-

cederá ao pagamenlo.

Paços do concelho em 23 de de-

zembro de 1886.

0 escrivão da camara.

João Augusto Marques

Parelha de cavados

"yende-se uma com l,m52 d'altu- Y ra com 6 annos de edade mui-

to boa e bonita.

T. do Monte do Carmo n.® 46.

(illOHAIl TORREZ AO

ID7LLI0 L IÍ75LSSÀ

CONTOS MODERNOS

TTM elegante volume de 365 pa- u ginas, 500 réis.

A' venda na livraria editora Fer-

reira, 132, rua do Ouro, e em to-

das as livrarias.

Tribuiiiil do Com-

inercio de Lis-

boa.

LEILÃO

No dia 24 do corrento pelas 11

horas da manhã e na rua da

Boa Vista n.* 96 a 100, estabeleci-

mento de vinhos, se liade proceder'"

na almoeda dos cascos, barris, di-

versas bebidas, armação e mais

objectos ali existentes e pertencen-

tes á massa fallida da firma A. Sil-

va & Irmão.

Lisboa 9 de dezembro de 1886.

.0 Escrivão do dito Tribunal,

(a) Julião fíarlholomeu Iiodrigucs.

Chromos

Esplendida collecção para felici- J-i tações, da mais alta novidade.

Vendas por grosso e miúdo. Grandes

descontos para revender. Bazar Com-

mercial, 73, rua da Escola Polyte-

chnia 75.

pONSULTORIO medico cirúrgico

^ de J. G. Rodrigues, especial

para doenças pulmonares. Rua do

Kortc, 95.

Escola industrial Marquez de

1'oiiibal, em Alcantara

Veriflcou-se quarta feira, pelas

4 horas da tarde, a inauguração

dos trabalhos para a construcção

de um novo edifício para a escola

iudustrial Marquez de Pombal, na

rua do Conselheiro Pedro Franco,

em Alcantara, lançando a primei-

ra pedra dos fundamentos Sua

Magestade El-Rei D. Luiz. Assis-

tiram também o Senhor Infante

D. Affonso, e os membros do go-

verno com excepção do sr. minis-

tro dos negocios estrangeiros, o

sr. Madeira Pinto, director geral

de commercio e industria; o sr.

Fonseca Benevides, inspector das

escolas industriaes; o sr. dr. Tel-

lo, chefe da repartição de indus-

tria; o governador civil de Lisboa,

vários deputados, etc.

O sr. Benevides, no seu discur-

so, agradeceu a El-Rei o ter hon-

rado com a sua presença a inau-

guração de urna obra tão neces-

sária, e de que tanto ha a espe-

rar a bem da instrucção dos in-

dustriaes; e recordou como fora o

sr. conselheiro Antonio Augusto

de Aguiar quem fundára esta es-

cola, que já tão profícuos resulta-

dos dera, como se via na exposi-

ção de trabalhos feitos pelos alum-

nos, e que estavam patentes na

actual casa da escola.

Em seguida agradeceu ao sr.

Emygdio Navarro, actual ministro

das'obras publicas, o ter promo-

vido o desenvolvimento da ensino

industrial, não tendo olvidado a

construcção de uma nova casa,

reconhecendo a justiça e opportu-

nidade das instancias que n este

sentido lhe fizera.

Terminou o sr. Benevides o seu

discurso, congratulando-se com

El Rei pela coincidência que ha-

via entre esta festa industrial e

popular com a celebração do 25.°

anniver?ario da sua exaltação ao

throno, que era como que as bo-

das de prata do soberano com a

nação.

El-Rei respondeu que tinha dis-

pensado todas as festas para o

actual anniversario, menos esta,

porque era sempre com o maior

prazer que assistia a uma festa

popular, especialmente quando se

tratava do desenvolvimento da

industria e da instrucção do po-

vo.

Apesar do pouco tempo que

houve para organisar esta festa,

esteve muito brilhante, e o sr.

conselheiro director de obras pu-

blicas de Lisboa conseguiu fazer

levantar dois elegantes pavilhões,

um para a ceremonia, outro para

os convidados, trabalhando o pes-

soal das obras publicas com ex-

traordinaria actividade, de dia e

de noite, debaixo de frio e chuva

torrencial.

Fez a guarda de honra uma

J. Jorge Coelho

Calista pedicuro, que substituiu

desde outuoro de 1884, o bem conhe-

cido callista J. M. do Couto, Qá faile-

cido), tem a honra de participar

respeitável publico que oflerece oa

beus serviços no seu consultorio.

sue abriu na Rua do Ouro n.® 26f t. D."

A Trevas

/^brigada; foi hoje um dia nara

^ mim de grande regosijo. Bom

é que os nossos corações se com-

prehendam.

Desejo bem que seja depressa o

que me dizes, so assim então terei

vida.

Recebe mil lembranças.

A riffa de Piano

Que se havia de annunciar hoje

24 annunciar-se-ha em 30 de

abril de 1887 em oonsequencia de

se não terem ainda passado todos

os bilhetes.

Regimento

de cavallaria n.° 4

O CONSELHO administrativo d es-

te regimento faz publico que

no dia 30 do corrente mez pelas 11

horas da manhã, no seu quartel da

Calçada d'Ajuda, procede novamen-

te á arrematação de generos de ran-

cho e combustível para o consumo

no proximo anno àe 1887, de pra-

ças do dito regimento e dos regi-

mentos de Cavailajia n.# 2, Iufan-

ria n.# 1, praças de Monsanto, tor-

re do Bom Sucesso, Alto do Duque

e destacamento do Lazareto.

As condições acham-se patentes

na secretaria do conselho todos os

dias das 10 horas da manhã ás 3 da

tarde.

Os concorrentes deverão apresen-

tar propostas em carta fechada indi-

cando os preços dos generos que

se propõem fornecer assignadas por

elles e seus fiadores. Servindo para

base da citação uma proposta exis-

tente no conselho.

Quartel em Belem 23 dezembro

do 1886. 0 secretario do conselho.

José Candido de Andrade Junior.

alferes graduado-secretario.

Conselho administra-

tivo do Arsenal da

Marinha.

PERANTE este conselho se abre

* praça no dia 7 do janeiro do

proximo futuro anno, pelas 11 horas

da manhã, para arrematar o forne-

cimento do seguinte:

1:500 litros d'aguardente a prova,

1:000 litros d'aguardente de canna.

As propostas são em carta fecha-

da acompanhadas do deposito de

20£000 para cada qualidade d'aguar-

dente, seguindo-se licitação verbal

sobre o menor preço das propostas.

As amostras serão enviadas oito

dias antes da praça a esta reparti-

ção, onde estão patentes as restan-

tes condições todos os dias não fe-

riados, desde as 10 horas da manhã

as 4 da tarde. Secretaria do referido conselho

23 de dezembro de 1886. O secretario.

Caetano Rodrigues Caminha.

Capitão:tenente.

' Edital

A Camara Municipal

do Concelho de Co-

ruche

T^AZ publico, que foi creado n?és-

* la vila um mercado de gado

suino, que terá logar no dia 10 de

janeiro de cada anno, sendo o lo-

cal escolhido para o mesmo mer-

cado o rocio junto a esta villa, por

isso convida todos os lavradores e

possuidores do referido gado a con-

correrem ao dito mercado.

Coruche 20 de dezembro de 1886. O Presidente da Camara,

Antonio Jose Cunha.

Sorte grande

Caza de Loterias

DE

Domingos José Fernandes

Canella

2—Rua Nova da Palma—2

14— Travessa de S. Domingos—14

Participa aos seus amigos e fre-

guezes que teve no seu estabele-

cimento na extracção" de 23 do

corrente os seguintes prémios:

6695 Cautellas 450:000^000

40143 Décimos 45:000^000

4858 Cautellas 3:600^000

28656 Dezenas 3:600^000

O seguinte sorteio da loteria

portugueza é a 28 do corrente.

Premio grande

8:000$000

E a loteria hespanhola a 30 do

corrente.

Premio grande

25:200^000

Odr. José Joaquim Riclioso e

Mathilde Adelaide Rosa Alves

Richoso cumprem o doloroso dever

de participar aos seus parentes e

ás pessoas de suas relações o fal-

lecimento de sua muito p'resada ir-

mã e cunhada, Maria Rosa Duarte

Richoso, e que o seu funeral se rea-

liza hoie, 24 de dezembro, por 9

horas da manhã, saindo o préstito

fúnebre da parochial egreja do Sa-

cramento.

Camara Municí

pai de Lis

Ima.

Bem diz Eduardo Garrido: a

sorte grande é uma cousa que sae

aos outros.

Os outros foram este anno aquel-

les que apanharam o n.° 6:00.">:

Rico numero da nos^i alma, tão

ingrato para comnosco, que até

quizeramos haver-te adivinhado o

pensamento... de saires premia-

do!

Mas, já que não fomos ainda

d'esta vez felizes, ao menos os nos-

sos pobresinhos, a quem o cam-

bista Silva havia oiTerecido 40

cautelas de 600 réis. estão habili-

tados a receber 400 reis em cada

cautela, a fóra o premio parcial

que lhes possa caber.

Uma das pobres da nossa lista

testemunhou-nos a sua alegria,

mostrando-se muito grata para

com o algarismo 5, que lhe dera

400 réis.

—Vou já comprar uma gallinha!

dizia-nos ella.

E' o caso de dizer: gallinha gor-

da por pouco dinheiro.

A ella... ficou lhe de graça. *

Foram premiados:

Com 2.500:000 pesetas o nume-

ro 6:695; com 2.000:000 o n.° 3:943;

com 1.000:000 o n.° 10:469: com

750:000 o n.° 40:890; com 500:000

o n.° 29:202; com 250:000 os n 01

345 e 40:143; com 125:000 os n.°>

5:771,15:153 e 38:886; com 80:000

os n.0' 1:050. 24:902 39:399 e

43:195; com 50:000 os n.00 5:063,

8:236, 13:740, 18:524, 23:734,

29:761, 31:033. 32:860, 33:146,

33:617, 35:900, 37:150, 38:391,

40:277, 41:537, 44:615, 6:694 e

6:696; com 30:000 os n.os 4:205,

1:439,4:461, 'i :858,12:738,16:268

19:486, 19:953, 23:646, 26:815,

27:398; 27:795, 28:048, 28:656,

49:097, 34:654, 36:283. 40:184,

26:583. 47:336, 10:468 e 10:470;

com 14:000 os n.os 40:889 ^ 40:891,

e com 10:000 os n." 22:901, e

22:903. j/

firaide palpite em dividir o pre

raio grande.

Maria Rosa Duarte

Richoso

FALLECEU

A COMMISSAO executiva da ca- A mara manda annunciar que

receberá propostas em carta fecha-

da, até ao meio dia de 12 de janeiro

proximo, para o fornecimento de

cinco mil litros de vinagre, para

consumo no serviço do matadouro

do gado suino, sob as condições que

podem examinar-se na secretaria da

mesma camara.

Ouirosim faz publico que vende-

ra em praça no edifício da superin- tendência do serviço da limpeza e

rega das ruas da cidade (rua da

Boa Vista n.°7), pela hora do meio

dia de 31 de corrente mez, os ob-

jectos seguintes: moinho para fava,

vazos de cilhão para bois, rodas de

madeira, sucata de ferro batido, di-

ta de dito fundido, dita de metal,

dita de zinco, dita de cobre, dita

de mangueiras de sola, dita de di-

tas de lona, de coactchouc, capas

inutilisadas, carros de bois, etc.

Paços do concelho, em 22 de de-

zembro de 1886.

0 escrivão da Camara.

João Augusto Marques.

Page 4: j-1244-g 1886-12-24purl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-12-24/j-1244-g_1886-12-24_item2/j... · drigo de Mello Carneiro Zagallo, ... occasião da festividade da Con- ... nia portugueza no

AJA*/»

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Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Faz-se abatimento ás familias que viajarem para os portos do Brari! c

Rio da Prata.

Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores, está ineliiáa

vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bo«"do ha criados, cosinheiros portuguezes e medico.

Decreto de 16 de setembro de 1886

PRFÇO 120 RÉIS

Acaba de se publicar e acha-se à venda:

EM LISBOA—Ferreira, Pacheco & Carmo, Rodrigues,

Aira, rua do Ouro; Tavares Cardoso, Largo de Camões; Pe-

reira, Lavado, rua Augusta; Barata, á Moeda.

gpO PORTO—kiosque, Praça de D. Pedro.

' Todos os pedidos devem ser dirigidos á administração

do "Diário lllustrado", acompanhados da importancia de

420 réis, para ser expedido FRANCO DE PORTE.

Faz-se abatimento aos revendedores.

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Já chegou a primeira remessa» e dão.se pro-

vas a quem as pedir»

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Para carga e passa genstrata-se com os agentes PO PORTO J IM U3B0A

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10—Largo de l. João Kovo~» 1 | «4—liaei do *odré—i