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3 mezes pagamento adiantado 1#150 réis A correspondência sobre administração a Ro- drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queimada, n.° 35. Terça feira 16 de fevereiro de 1886 HIGH-LIFE Fazem ámanhã annos as ex E' o sr. dr. Antonio Henrique da Silva, lente substituto da fa- culdade de direito, quem fará o elogio historico do fallecido con- selheiro dr. Vicente Ferrer Netto de Paiva, no Instituto de Coim- bra. ApprelienNao ti'armas Madrid, 15, m. 0 juiz que está instruindo o pro- cesso dos indivíduos em casa de quem foram encontrados os cartu- xos de dynamite, descobriu que o trama tinha ramiílcacões em Barce- lona, Malaga, Cordova e Sevilha, e apprehendeu mais 3 bacamartes e duas pistolas no domicilio dos ac- cusados. (Havas.) KleicOe* em Franca * j Paris, 14, t. 0 marquez d Havrincourt, candi- dato conservador, foi eleito sena- dor pelo departamento do Passo do Calais, contra o sr. Camescasse, can- didato republicano. {liavas). Aos apreciadores do bello Colchões americanos de arame 181 rua da Prata andar O GENERAL CAULA Objecto» para brinde* premiado* na expoMiçao do Porto de lAOOO rei* para cima Quentão do Oriente Belgrado 14, t. 0 ministro da Russia recebeu ins- trucções para entender-se cora os representantes das outras potencias aíim de fazerem todos representa- ções energicas contra os armamen- tos da Servia: (Havas). 0 sr. general" D. Luiz de Mas- carenhas foi nomeado primeiro ajudante de campo e chefe da casa militar d'El-Rei o sr. D. Luiz, em substituição do fallecido general Caula. O ffeneral Mascarenhas é uni official distincto, e um fidalgo de raça. Fez parte da expedição auxiliar á Hespanha em 1836, onde foi con- decorado com a cruz de S. Fer- I nando por feitos de batalha. Da Companhia Mineira Sotiel Coronada recebemos a seguinte communicacão: Extracção i." dezena, fevereiro de 1886, 4:539 toneladas. Idem i* dezena, fevereiro de 1885, 1:724 toneladas. A mais em 1886, 2:815 toneladas. Extracção total desde o principio do anno de 1886, '17:439 tonela- das. Idem total desde o principio do anno de 1885, 6:341 tpneíladas. A mais em 1886, 11:098 tonela- As aguas do Rio Odiei entra- ram no canal da mina no dia 11 do corrente.

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3 mezes pagamento adiantado 1#150 réis

A correspondência sobre administração a Ro-

drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da

Queimada, n.° 35. Terça feira 16 de fevereiro de 1886

HIGH-LIFE

Fazem ámanhã annos as ex

E' o sr. dr. Antonio Henrique

da Silva, lente substituto da fa-

culdade de direito, quem fará o

elogio historico do fallecido con-

selheiro dr. Vicente Ferrer Netto

de Paiva, no Instituto de Coim-

bra.

ApprelienNao ti'armas

Madrid, 15, m.

0 juiz que está instruindo o pro-

cesso dos indivíduos em casa de

quem foram encontrados os cartu-

xos de dynamite, descobriu que o

trama tinha ramiílcacões em Barce-

lona, Malaga, Cordova e Sevilha, e

apprehendeu mais 3 bacamartes e

duas pistolas no domicilio dos ac-

cusados.

(Havas.)

KleicOe* em Franca * j

Paris, 14, t.

0 marquez d Havrincourt, candi-

dato conservador, foi eleito sena-

dor pelo departamento do Passo do

Calais, contra o sr. Camescasse, can-

didato republicano.

{liavas).

Aos apreciadores do bello

Colchões americanos de arame

181 rua da Prata L° andar

O GENERAL CAULA

Objecto» para brinde*

premiado* na expoMiçao

do Porto

de lAOOO rei* para cima

Quentão do Oriente

Belgrado 14, t.

0 ministro da Russia recebeu ins-

trucções para entender-se cora os

representantes das outras potencias

aíim de fazerem todos representa-

ções energicas contra os armamen-

tos da Servia:

(Havas).

0 sr. general" D. Luiz de Mas-

carenhas foi nomeado primeiro

ajudante de campo e chefe da casa

militar d'El-Rei o sr. D. Luiz, em

substituição do fallecido general

Caula.

O ffeneral Mascarenhas é uni

official distincto, e um fidalgo de

raça.

Fez parte da expedição auxiliar

á Hespanha em 1836, onde foi con-

decorado com a cruz de S. Fer-

I nando por feitos de batalha.

Da Companhia Mineira Sotiel

Coronada recebemos a seguinte

communicacão:

Extracção i." dezena, fevereiro de

1886, 4:539 toneladas.

Idem i* dezena, fevereiro de

1885, 1:724 toneladas.

A mais em 1886, 2:815 toneladas.

Extracção total desde o principio

do anno de 1886, '17:439 tonela-

das.

Idem total desde o principio do

anno de 1885, 6:341 tpneíladas.

A mais em 1886, 11:098 tonela-

As aguas do Rio Odiei entra-

ram no canal da mina no dia 11

do corrente.

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MARIO ILLU8TBADO

Incidente parlamentar

Na camara dos senhores depu-

dos, antes da ordem dia, passaram

—se hontem cousas extraordina-

rias. , ,

Os sr. Vicente Pinheiro e José

Borges fizeram o seu ^mo na

camara, em favor da integridade

do districto de Braga. A cantata

do costume, que o governo devia

decidir-se immediatamente, que o

governo queria ganhar tempo pa-

ra illudir, etc. De novo somente

uma pergunta: se era verdade, se

era auctorisada pelo governo a

declaração que se dizia ter sido

feita pelo sr. Peito de Carvalho—

de que tudo ficava como antes do

conflicto.

A' pergunta respondeu o illus-

tre ministro da marinha: que se

não podiam considerar como in-

terpretação fiel da palavra da au-

ctoridade os telegrammas recebi-

dos; que elles não tinham caracter

official; que o governo, continuan-

do a providenciar, não tinha ain-

da uma resolução definitiva.

Depois o Padre Luiz José Dias

começou a orar em liberdade;

sermão de redea solta!

Levou o tempo, e tempo bas-

te, a fazer insinuações e a retirar,

obrigado pela presidencia, pala-

vras e phrases impróprias do par-

lamento. Disse que o Norte ardia

em revolução; que a republica

era victoriada, que os povos se

armavam de chuços ao som da

Maria da Fonte, e mais cousas as-

sim, todas ellas doidas, sem tom

nem som!

A1 galhofa succedia-se por ve-

zes a indignação, mas o padre

continuava impávido, a orar em

liberdade!

Nós entendemos que a maioria

faz mal em levar de animo alegre

estes espectáculos, quando esta

na sua mão impedir similhantes

desmandos, que o proprio sr. Luiz

José Dias ha de lastimar mais tar-

de.

Foi ainda o sr. Pinheiro Chagas

quem castigou aquella rhetonca

apopletica.

0 tratado

com o rei de Dahomê

Ainda hontern ficou com a pa-

lavra reservada o sr. Elvino Jose

de Sousa e Brito!

Paliando toda a hora, nao che-

gou a entrar na materia!

Pelo estrangeiro

A asilarão *ociali*ta

em Londres

Da syndicancia a que se proce-

deu ení Londres para conhecer a

origem dos acontecimentos do dia

8 e se poder apreciar a sua im-

portância, resulta que todos aquel-

íes tumultos foram preparados pe-

los socialistas estrangeiros refu-

giados na city.

Desde alguns annos que as

ilhas britannicas e especial-

mente a capital do Reino Unido

são o ninho onde se acoitam de

«referencia os sectários do socia-

smo. Aquellas aves de mau agoi-

ro encontrara em Londres ura asy-

lo seguro. É ali que se refugiara

os anarchistas francezes, os ni-

hilistas russos e os socialistas al-

lemães, publicando toda a casta

de periodicos em diversos idio-

mas, onde fazem guerra de morte

á sociedade e ãs instituições,

guerra que as authuridades tole-

ram e que a elasticidade das leis

inglezas permittio sempre.

Só hoje que as investigações da

policia levaram o governo ao con-

vencimento de que as idéas so-

cialistas teem progredido espan-

tosamente em Londres, graças a

propaganda nefasta d'aquelles pe-

riodicos é que os legisladores bri-

tannicos começam a pensar na

necessidade de pôr diques ao alas-

tramento do mal.

As camaras britannicas devem

reunir-se no dia 18, e*espera-se

que logo immediatamente á sua

reunião se inicie um debate sobre

os acontecimentos de Londres.

Veremos então que meios adopta

o governo e o partido liberal pa-

ra curar esta lepra do socialismo,

que se alastra, como uma onda

imponente e altaneira, por todos

os paizes da Europa.

Os últimos telegrammas dizem

que reina completa tranquillidade

na grande capital ingleza, mas to-

da a gente teme, apezar d'estas

noticias optimistas, que ali se re-

pitam os craves successos do

dia 8.

Os operários actualmente sem

trabalho ascendem a 50.000, e a

fome d'estes infelizes, explorada

pelos manejos socialistas, é ainda

capaz de grandes commetimentos,

a despeito de todo o género de

precauções adoptadas pelas au-

thoridaaes, e de terem sido já en-

tregues aos tribunaes o engenhei-

ro Burns e o bolsista Hyndman,

instigadores das ultimas desor-

dens.

#

ÚLTIMOS TELEGRAMMAS

Londres, 15, m.

Estão expedidos mandados de ca-

ptura contra os agitadores socialis-

tas llyndman, Champion, Burns e

William, por causa dos discursos

sediciosos que proferiram em Tra-

falgar square na segunda feira pas-

sada. (Havas).

A 27 de janeiro proximo passa-

do, pelas 7 horas da noite, foi as-

saltada por um bando de embria-

gados uma casa de venda no lo-

gar da Idanha, resultando d'este

assalto o haverem ficado bastante

maltratadas umas pobres mulhe-

res, muito velhas, donas do refe-

rido estabelecimento tendo sido

n'essa occasião além de arrasta-

das pelos cabellos até ao meio da

estrada, apedrejadas a ponto da

mais edosa achar-se ainda hoje

em perigo de vida em virtude dos

maus tratos soffridos.

Gentilezas d'este genero, assim

como outras de natureza diversa,

por exemplo de differentes rou-

bos de creação e de roupas, etc.

trazem sobresaltados os habitan-

tes quer da Idanha quer de Bel-

las, que também estão egualmen-

te quasi diariamente sendo rou-

bados.

Ainda ultimamente roubaram

ao sr. Francisco de Aboim um

bom numero de gallinhas e não

contentes com isto, teem apalpa-

do as portas de sua casa por dif-

ferentes vezes.

Curapre-nos comtudo dizer que

a authoridade de Bellas tem em-

pregado todos os meios possíveis

para descobrir os gatunos que in-

festam aquelles locares, pelo que

se tem tornado digna de todo o

elogio, entretanto, ella pouco tem

descoberto e adiantado, isto pela

absoluta falta de recursos para

conseguir melhores resultados.

N'uma palavra é pena que dois

logares como Bellas e Idanha tão

frequentados e concorridos no ve-

rão, estejam quasi todos os dias

sendo theatros de roubos e de

scenas menos edificantes como

as que acabamos de referir.

Pedimos portanto ao sr. gover-

nador civil energicas providen-

cias afim de vér se consegue cor-

tar a continuação dos assaltos re-

petidos á propriedade alheia; as;

sim como pedimos egualmente á

camara municipal de Cintra que

mande illuminar o logar da Ida-

nha com alguns candieiros, me-

lhoramento este, que se torna in-

dispensável.

O ex-mini*tro Pidal

Madrid, 14, n.

0 ex-ministro o sr. Pidal, andan-

do á caça nas proximidades de Mé-

ridar recebeu aois tiros de espin-

Sarda, com carga de chumbo miu-

o, disparados por equivoco. Os fe-

rimentos são pouco graves. 0 sr.

Pidal regressa amanhã a Madrid.

(Havas).

Tlieatro de D. Maria

E' attrahente o espectáculo de

hoie n'este theatro. Represcnta-se

pela ultima vez, antes da comedia

Cesar de Batan, a lindíssima peça

de George Sand, Marquez de Vil-

lemér, e na próxima quinta feira,

se é certo o que ouvimos, será

também a ultima da... Não se

diz: e surpreza! Entretanto, não

será diilicil advinhar que se trata

de uma peça que sempre produz

no espectador effeito contrario ao

seu titulo.

Sera a Sociedade onde v gente

se aborrece? Talvez seja, se não

fòr mais. muito mais do que isso.

Exéquias por alma

de D. Fernando

A AVENIDA

(AO IMBERBE)

Também tómo rapé, e inda me lembro

Das invazões francezas

De rheumatismo, sinto as pernas prezas

Quando nos vem os gelos de dezembro.

Sou pae d'um dos valentes do Mindello,

N'essa brilhante scena.

E quando oiço fallarem de Massena,

Ora!.. Parece até que estou a vel-o!

Decrepito já sou. Leão, não digo.

Vou já no fim da vida,

Mas ainda passeio na Avenida.

E então? Que tem com isso o meu amigo?

Lisboa, 1886.

Frederico Jovial.

Curso de arclieologia

elemenfar

Ouvimos que o jury composto

dos srs. viscondes -de Alemquer e

de Castilho, Carlos Munró e con-

selheiro Póssidonio, etc., conferi-

ra o i.° premio pecuniário de 50

mil réis, arbitrado por Sua Alteza

o Principe Real, ao sr. D. Antonio

José de Mello, professor do Real

Asylò de D. Maria Pia, membro

da* commissão de tactica de ca-

vallaria, e conhecido escriptor mi-

litar .

Felicitando o brioso e distincto

official, mais uma vez applaudi-

mos o grande serviço prestado

pelo príncipe D. Carlos á instruc-

ção nacional, despertando com os

prémios por Sua Alteza generosa-

mente concedidos o amor dos es-

tudos archeologicos entre nós.

Foram 11 os concorrentes a

premio.

Principe da Bulgaria

Sofia, 14, t.

E esperado amanhã em Philippo-

polis o príncipe Alexandre.

(Havas).

178 FOLHETIM

SM ALTEZA 0

(Tradacçâo de Pedro dos Rejs]

SEGUNDA PARTE

(Continuado do numere 4:602)

XXXIV

Um segundo depois cruzava o

sr. de Fossaro o limiar do gabine-

te de trabalho, corria ao movei

italiano, introduzia a chave falsa

na'fechadura e abria a gaveta de

cima.

Sobre um monte de papeis

achavam dois grandes sobrescrip-

tos com seguinte indicação em

lettras gordas:

Isto é o meu testamento

Nenhum d'elles estava lacrado.

—Que signiffea isto?—pergun-

tou o barão surprehendido—Dois

testamentos!..—Tenho a certeza

de sô ter visto um ha tres sema-

nas. ..

Abriu o primeiro: Continha as

disposições feitas em favor de Ge-

noveva.

—Este conheço eu...— prose-

guiu Cesar.—Vejamos o outro...

E, tirando rapidamente a folha

de papel sellado, desdobrou-a com

anciedade..

Sabemos o que leu.

O barão enrugou o sobrolho, e

a sua physionomia tomou um as-

pecto sombrio.

—Os meus presentimentos não

me enganavam!—murmurou elle.

—O reinado de Genoveva aca-

bou. .. Foi substituída por outra!

—Este testamento, a data o diz,

foi escripto na véspera do duel-

lo. . .—Genoveva já estava posta

de lado!..—A sua rival chama-se

Lucília... Lucília cognominada a

Tutinegra, rua Julien-Lacroix, em

Belleville...—Foi para casa d'el-

la que a marqueza de La Tour-

du-Roy viu entrar o príncipe

aquella manhã... Está explicado

tudo!.. O |caso, felizmente, não

é para desesperar!—Tanto peior

para essa rapariga, se vem trans-

tornar os meus planos! Oò obstá-

culos foram feitos para se sup-

primirem!. .—Mas como é que o

príncipe não rasgou o primeiro

testamento ? — Não percebo!...

Lembrar-se-ha elle que ainda o

tem?., quer lembre, quer não,

vae para a minha algibeira...

Cesar tornou a metter no res-

pectivo gobrescripto o testamento

feito em favor de Genoveva e

guardou-o.

O segundo voltou a occupar o

seu logar, e a gaveta foi nova-

mente fechada.

Súbito, a physionomia do barão

illuminou se e os* seus lábios mur-

muraram as seguintes palavras:

—Sim-r. é uma idéa trium-

pliante/..

E voltou para o quarto de Hei-

tor.

Tudo isto se passára em muito

O principe D. Carlo»

Dizem os jornaes francezes que

houve na quinta feira, no parque

do Castello d'Eu uma caçada a ti-

ro organisada pelo conde de Pa-

ris em honra do nosso Principe

Real D. Carlos.

O Principe devia demorar-se

uma semana em Eu, voltaria de-

pois ao hotel de Bristol, d'onde

partiria definitivamente a 20.

Antes de entrar em Lisboa, Sua

Alteza acompanhará a Madrid a

sr.* condessa de Paris, e assistirá

ao casamento do Principe D. An-

tonio com a Infanta D. Eulalia.

Para isso já lhe estão reser-

vados aposentos no Palais Royal,

em Madrid.

Sligftiva republicana

Madrid, 15, m.

0 sr. Galvez, chefe dos republi-

canos de Murcia escreveu a um jor-

nal d aquella cidade dizendo que,

se elle tivesse tomado parte na sur-

Sreza do forte de S. Julião de Car-

jagena, o general Farjado estaria

ainda vivo, e o forte haveria resis-

tido a todo o transe.

(Havas).

menos tempo do que o necessá-

rio para o referirmos.

O ferido continuou a dormir.

Cesar tornou a sentar-se e tos-

siu.

Realisam-se hoje na egreja de S.

Domingos, solemnes exequias,

por alma de Sua Magestade El-

Rei o sr. D. Fernando.

Será cantada a missa de re-

quiem de Cherubini e o Libera-mé,

tudo por distinctos curiosos.

A orchestra é composta tam-

bém por distinctos amadores, sob

a direcção do sr. Filippe Duarte.

Ássiste a côrte.

O templo está ricamente arma-

do.

O sr. Fonseca Vaz, nosso addido

militar em Londres, comprou o

palacio dos srs. condes do Porto

Covo, ao Pau da Bandeira.

Condem narão

por infant icitlio

Respondeu hontem novamente

no 1.° districto, Elvira da Concei-

São, a mulher moradora na rua

a Bombarda n.° 45, que era ac-

cusada de ter mórto um filho, en-

terrando-o em seguida no vão da

escada.

No 1.° julgamento fôra absolvi-

da, mas o sr. jniz deu a decisão

por iniqua, mandando recolher a

ré á cadeia.

Hontem foi condemnada em 2

annos e 8 mezes de prisão cellu-

lar, e na alternativa em 4 annos

de prisão maior.

Falleceu o juiz ordinário do jul-

gado de Oeiras, Bento José Gon-

çalves, que exerceu por muito tem-

po dilTerentes cargos administra-

tivos no mesmo concelho, onde era

um dos principaes proprietários.

A sua morte causou ali bastante

impressão, porque sendo tradic-

cional a honradez, o amor do tra-

balho, e o sentimento do bem na

sua família, nunca elle praticou

um acto que desmentisse essa tra-

dicção.

Até que a enfermidade a que

succumbiu o prostrou na cama,

trabalhou sempre, incessantemen-

te, como quem sabia cumprir a

mais obrigatoria de todas as leis

da vida. Acabou em paz com a

consciência, porque sempre viveu

bem com ella.

AS PESSOAS ENFRA-

QUE D ID AS pelo paupe-

rismo do sangue ás

quaes os medicos acon-

selham o emprego do

FERRO, supportoram

sem fadiga as gottas

concentradas do FERRO

BRAVAIS, de preferen-

cia ú qualquer outro

preparado ferruginoso

Bneonira-u em todas at Pharmãdê»

A companhia das aguas foi

hontem novamente autoada e mul-

tada por não cumprir o determi-

nado no artigo 1.° da postura de 4

de novembro de 1872.

O andar nobre do prédio sito

na rua Direita dos Anjos n.°8 7 a

13, foi arrendado pela commissão

executiva da camara municipal

para uma escola central do sexo

feminino..

CoiiNelboN de diwtrirto

Nomeados vogaes efiectivos do

conselio do districto de Aveiro,

para o quadriénio de 1886 a 1889

o bacharel Antonio Domingues da

Silva, bacharel João Carlos de As-

sis Pereira de Mello, bacharel

Jayme de Magalhães Lima e Anto-

nio Augusto ue Sou$a Maia.

Nomeados vogaes substitutos do

mesmo conselho o bacharel Ruy

Couceiro da Costa, bacharel João

Maria de Almeida Moura, Abilio

Cesar Henriques de Aguiar e Jo-

sé Agostinho Barbosa.

Nomeados vogaes effectivos do

conselho do districto de Beja, pa-

ra o quadriennio de 1886 a 1889,

o bacharel Rosendo de Abreu Lo-

bo Bacellar e Meirelles, bacharel

Antonio Cortez Bermeu de Lobão,

José Candido de Castro e Sousa

e José Manuel Guedes Pimenta.

Nomeados vogaes substitutos

do mesmo conselho o bacharel

José Mendes Lima, general João

José Rodrigues de Moraes, bacha-

rel Manuel Pires Lavado de Brito

e o bacharel Antonio Joaquim Ben-

tes.

Vae ser promovido a general de

divisão e de brigada sr. Francisco

Canavarro, e a general de brigada

o sr. coronel Silva Froes.

Ambos pertencem á arma de

cavallaria.

Xão maia molemtiam gra-

ven «Io peito

As cellulas do Pinheiro d'Aus-

tria de Mack, com a dose de 6 por

dia, constituem segundo os me-

dicos mais esclarecidos o único

medicamento infallivel nas molés-

tias graves dos bronchios e dos

pulmões.

Encontra-se em todas as boas

pharmacias e no deposito geral

drogaria dos srs. Ribeiro da Costa,

V.a Serzedello & C.a, 23 Largo do

Pelourinho, Lisboa, onde se en-

contra egualmente todos os ou-

tros importantes productos do Pi-

nheiro d'Austria, assim como um

folheto muito interessante sobre o

tratamento pelos ditos productos.

Nos dias 17, 18 e 19, I.° anni-

versario do fallecimento da sr.a D.

Maria Rita de Mendonça Pina Ma-

rique, resar-se-hão das 8 ás 10

na egreja dos Anjos, dezoito mis-

sas sulíragando a sua alma.

Heitor abriu os olhos e ergueu-

se, firmado nos cotovellos.

—Queira desculpar, meu caro

barão...—disse elle—parece que

me deixei dormir...

—Durante alguns segundos ape-

nas."

—Estou ainda muito fraco, e é

essa a minha desculpa.—Agora

podemos continuar.

—Estou as suas ordens.

—Quer ter a bondade de ler-me

a carta interrompida?

Cesar satisfez o desejo do prin

cipe, que proseguiu e acabou o

seu dictado, assignou com mão

um pouco vacilante e exclamou:

—Prompto!..

—Não lhe esquece mais nada?

—Não, meu amigo.

—Cuidei que tencionava escre-

ver a Genoveva...

—Não, nem pensava em seme-

lhante coisa... Que, aliás, nem

sabia o que havia de dizer-lhe...

—Vou então fechar - as cartas

para o seu escriptorio...

—Sim, e manda-as depois dei-

tar no correio por um dos meus

criados,..

—Eu proprio as deitarei, por-

que sáio já.

Cesar voltou ao gabinete, pe-

gou n'umas poucas de folhas de

papel e de sobrescriptos com as

armas do principe e metteu-as na

sua carteira.

Em seguida accendeu uma véla,

muniu-se de lacre vermelho e do

sinete de Heitor, e sellou os so-

brescriptos.

Feito isto, deitou n'um oitavo

de papel alguns pingos de lacre e

tirou uma reproducção exacta do

sinete que guatdou junto das fo-

lhas roubadas.

Com aquelle brazão em relevo

era fácil obter um cunho cavado,

e, com este, um sinete em tudo

egual ao do principe.

0 sr. de Fossaro voltou ao guar-

to do doente, apertou a mão de

Heitor que começava novamente

a dormitar, saiu e deu ordem ao

cocheiro para que o conduzisse

para casa.

No caminho deitou no correio

as quatro missivas dictadas pelo

principe.

Chegando a casa correu os fer-

rolhos do mysterioso gabinete on-

de ninguém penetrava, sentou-se

á sua secretária, poz diante de si

uma folha de papel com as armas

do principe e o testamento feito

pelo punho de Heitor, e imitando

com a sua admiravel perícia de

falsario a letra do ex-Bégourde,

traçou as seguintes linhas:

«Meu caro Fossaro

«Tendo-o na conta do mais de-

dicado e certo de todos os amigos,

vou dar-lhe urna prova da minha

confiança e da minha estima.

«Não querendo morrer sem tes-

temunhar o meu reconhecimento

á mulher que tão sinceramente

me tem amado faço-lhe e envio-

lhe incluso o meu testamento, que

o meu bom amigo fica encarrega-

do de executar em todas as suas

disposições.

$Quando eu deixar de existir

queira pois o meu caro barão en-

tregal-o a quem dç direito per-

tence.

«E' o ultimo obsequio que lhe

pede o seu dedicado amigo.»

Cesar imitou a assignatura do

principe com a mesma.iidelidade

com que imitou a letra do texto,

mas deixou a data em branco; em

seguida traçou n'um sobrescripto

armariado o seu proprio endereço.

Ex.m0 Sr. barão de Fossaro

Rua de Provença.

Terminada esta tarefa o socio

de Malpertuis esfregou as mãos,

guardou o testamento e a carta,

sahiu, metteu-se n'um fiacre e

apeou-se na praça da Bastilha,

d onde seguiu a pé para a rua de

Lappe em procura do ferro-velho

que já conhecemos.

O motivo dá sua visita áquelle

bairro longinquo é fácil de sup-

pôr.

O cunho foi entregue ao da loja

que se encarregou de lhe apresen-

tar um sinete perfeitamente egual

até ao fim da semada

Cesar jantou n'um restaurante

do boulevard do templo, e diri-

giu-se cerca das nove horas ao

theatro de Belleville a visitar Fer-

nando Volnay.

O actor soltou uma exclamação

de alegria.

—Seja muito bem apparecido,

meu caro!—disse elle ein seguida

estendendo ambas as mão a Ce-

sar de Fossaro—Já não ha quem

o veja!

Em geral as senhoras, que por

gosto, ou por força maior, saem

pouco, os homens de lettras, os

empregados, que estão sujeitos a

uma vida sedentaria, e também

os homens de idade avançada,

queixam-se de falta de appetite,

dôres de estomago, palpitações e

suffocações. Nada mais natural,

por isso que o organismo funcciona

mal, o sangue circula lentamente,

e o estomago e os intestinos par-

ticipam da indolência geral. Sendo

indicado em casos similhantes o

uso de um vinho generoso, os medi-

cos aconselham com rasão o Vinho

de Dusart, que desperta o appetite,

regularisa as digestões, eleva á

temperatura do corpo e faz circu-

lar o sangue mais energicamente

por causa do phosphato de cal,

que entra na sua composição.

A. Schultz, cirurgião do hos-

pital de S. José, rua da Barroca,

72, 2.°. Consultas ás 9 da manhã e

4 da tarde.

CANCIONEIRO POPULAR

DCCXXXX

eparado de meu bem Vivo eu o mais do tempo

Não me podia Deos dar

No mundo maior tormento.

—E de quem é a culpa?

—Minha não é...

—Peço perdão, mas é o contra-

rio! E' exclusivamente sua... Sa-

be perfeitamente onde eu moro...

—Não ha duvida, mas de ma-

nhã tenho ensaio, á noite tenho

espectáculo...

—E a lua de mel absorve-lhe o

resto do tempo...—interrompeu

Cesar rindo.

—Effectivãmente assim é... O

meu caro barão desculpa-me sim?

—Está desculpado!.. — Já sei

pelos jornaes da sua nova escri-

ptura para o Ambigu e dou-lhe os

meus parabéns.

—Ah! meu amigo, é aos seus

bons conselhos que eu devo toda

a minha boa fortuna.

—Sim, pôde considerar-se com

o pé no estribu... Agora é gal-

gar... Creia que ha de ir longe...

—Assim o espero...—A pro-

posito traz-me alguma noticia a

respeito do paradeiro de certa

dama...

—Ah! ah!.. da condessa de Ver-

gis...—Não. por emquanto não

sei nada... Mas espero ter noti-

cias frescas dentro em pouco...

—O seu primo continúa enamo-

rado?

—Mais que nimca, o pobre ra-

paz!.

—Diga-lhe que tenha paciência

por mais algum tempo...—De um

dia para o outro eu lhe enviarei

um bilhete a avisal-o...—Mora

ainda na rua Julien Lacroix?

(Continua).

Xavier de Montépin.

Page 3: 3 mezes pagamento adiantado 1#150 réis - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-16/j-1244-g_1886-02-16_item2/j... · A cantata do costume, que o governo devia decidir-se immediatamente,

DIABIO ILLI STRlltO

PRIMHRAS REPRESKSTAÇÕSS

Através dos palcos

"THEATRO DO PRINCIPE REAL

Maria Antonietta

Acabo de assistir no theatro do

Principe Real á reprise da Maria

Antonietto, o drama em que Gia-

commetti arrasta ha tantos annos,

atravez de todos os palcos e enso-

pado em todas as lagrimas das al-

mas sensíveis, «sse sangrento ca-

pitulo da historia de França.

O escriptor italiano, exactamen-

te ao contrario do que fez Alexan-

dre Dumas pae, no acto de meta-

morphosear a rainha de Franca

em uma heroina de novella, poz

<le parte a phantasia, com todos

os seus artifícios suductores, e só

attendeu á coherencia histórica, a

fidelidade descriptiva. Giacommet-

ti pegou na Historia de França,

•dialogou-a, dividiu-a em varias

scenas e deu-lhe os requisitos de

peça theatral.

Mas estas qualidades, de que a

Italia não prescinde nos dramas

historicos, isto é a rigorosa fideli-

dade e a escrupulosa verosimi-

lhança, são precisamente os defei-

tos que ate certo ponto prejudi-

cam, em relação a nós, o êxito da

Maria Antonietta, por isso que fa-

zem d'ella um dramalhão enorme

e interminável, que entra pela

noute dentro, ameaçando não aca-

bar nunca.

O drama de Giacommetti repre-

sentou-se em tempo no theatro de

D. Maria, sendo os dois principaes

papeis do rei e da rainha desem-

penhados por Santos e Emilia

Adelaide, e cabendo a interpreta-

ção dos outros personagens histo-

ricos aos artistas Antonio Pedro,

Gertrudes, Virginia, Amelia Viei-

ra, Alvaro, Cesar de Lima, Polia e

Gil.

O personagem de Maria Anto-

nietta, a desventurada filha de

Maria Thereza, tem também sido

interpretado, em varias epochas,

pelas primeiras actrizes italianas,

taes como a Ristori, a Peggana,

Marini, Paladini, etc.

Foi com estes terríveis confron-

tos que a companhia do Principe

Real se apresentou a representar

o celebre drama: se a victoria não

se assignalou completamente em

toda a linha, o êxito obtido pela

peça de Giacommetti e a forma

correcta e digna de a expor ao

publico, provou mais uma vez que

na na companhia que trabalha no

Principe Real artistas de notáveis

aptidões, capazes de grandes com-

mettimentos, artistas de verdadei-

ro talento, que estudam, que dese-

jam acertar e que merecem que a

critica se occupe d'elles, animan-

do-os, aconselhando-os, estimu-

iando-os, sempre que o mereçam,

com os seus louvores e os seus

imparciaes applausos.

O modo como elles acabam de

salvar-se dos escolhos d'esta arro-

jada tentativa, a maneira elevada

e conscenciosa como ainda ha

pouco se desempenharam de um

trabalho de largo folego, como a

interpretação do maior drama do

primeiro poeta dramatico da Hes-

panha, O Grande Galeoto, é um

testemunho incontestável do seu

mérito artístico, que no interesse

do theatro portuguez todos nós

devemos apreciar, collocando-nos

no ponto de vista relativo, em

que tanto a critica como o louvor

se éxerçam independentes de

qualquer suggestão preconcebida,

sem rigorismos inoportunos e sem

exagerações irrisórias.

Diga-se já, sem mais preâmbu-

los, que o desempenho da Maria

Antonietta, no Principe Real, se

não é uma. obra prima, é todavia

notabilissimo, sobresaindo o esme-

ro com que a peça está mettida

cm scena, com um luxo de guar-

da roupa e adereços, com um

apuro de decorações, verdadeira-

mente excepcionaes! Todos os

vestidos de Maria Antonietta, os

fatos de Luiz XVI, Lafayette, con-

de de Provença, Beaúmarchais,

madame Izabel, etc., são riquíssi-

mos, particularmente um opulen-

to vestido de velludo escarlate

bordado a oiro, apresentado pela

actriz Margarida, no prologo, que

é esplendido!

Não se faria mais nem melhor

em um theatro de primeira ordem

cabendo, por esse facto, os maio-

res louvores ao ensaiador e dire-

ctor do palco, o actor Brandão, a

quem se deve esse bello resulta-

do.

As honras da noute pertenceram

ao actor Polia e á actriz Margari-

da Cruz.

Polia modelou com extraordiná-

rio talento o vulto de Luiz XVI,

sustentando-o até ao fim na mes-

ma elevação e distinguindo-se na

scena final, em que o eminente

actor se levantou ao nivel do gran-

de artista, que a morte acaba de

roubar-nos.

Margarida foi sempre distincta

elegantíssima, tendo, por vezes,

alguns magníficos ímpetos drama- aiguns magnincos ímpetos urama-

ticos, em que se affirmou a fina

intuição do seu temperamento ar-

tístico, particularmente na grande

scena dilacerante da despedida

com Luiz XVI, e no quadro da

Concierçerie, quando Maria An-

onietta intenta arraucar das gar-

as do sapateiro Simão o filho es-

tremecido.

Seria apenas para desejar que

a distincta actriz modificasse um

pouco o seu penteado e a sua ca-

racterisação, no prologo.

O penteado, ou antes a cabel-

leira apresentada pela actriz Mar-

garida, é demasiadamente grande,

ou para melhor dizer, larga de-

mais, para as dimensões da sua

phisionomia e da sua estatura.

É certo que, (referindo-se ao

penteado) Maria Antonietta escre-

via á imperatriz Maria Thereza da

Austria, sua mãe, em 1775: «Os

meus penteados são talvez ridículos,

mas a moda autorisa-os: os olhos

habituam-se a vel-os e não os estra-

nham«.

Entretanto, a graciosa actriz lu-

craria não seguindo tanto ao pé

da letra a moda do século XVIII,

e não abusando da maquillage, de

que aliaz não carece a natural al-

vura da sua cutis.

Noblesse oblige; quem possue ta-

lento e aptidões expontaneas e

malleaveis, como as da illustre

actriz, tem por dever não lhe

obscurecer o brilho com ligeiras

incorrecções, que por serem ligei-

ras não deixam todavia de preju-

dicar a harmonia do conjuncto.

Alvaro sustentou na persona-

gem de Lafayette a mesma posi-

ção culminante, que alcançara em

tempo no theatro de D. Maria.

Gil foi horrível no sapateiro Si-

mão, horrível e medonhamente

natural, a ponto de provocar o

protesto de muitos pés indigna-

dos: está n'isso o seu melhor elo-

gio.

Maria das Dores desenhou com

delicadeza e distineção a nobre fi-

gura de madame Izabel.

Adelina (madame Roy ale) disse

com muito sentimento uma phra-

se, no quadro da prisão,

Costa, Brandão, no personagem

de Santerre, Margarida Lopes, Ju-

lio Vieira, e um actor, de que

ignoro o nome, incumbido no pro-

logo de um pequeno papel de mi-

nistro, concorreram para o corre-

cto e excellente ensemble, que co-

mo já disse, faz honra á compa-

nhia do theatro do Principe Real.

Celebra-se esta noite no thea-

tro do Gvmnasio O casamento da

menina Pimenta. E' cerimonia

que devia ir para o high-life, mas

por ser celebrada á noite, cousa

fóra do vulgar, vae aqui.

E pensam que a festa fica só

no Casamento?..

Isso sim. Termina com a co-

media Na boca do lobo, uma ga-

lhofa de fazer dores nas ilhargas.

E o Gvmnasio agora dá n'is-

to!..

Cirande meeting;

socialista

Londres, 15, m.

Os representantes da Federação

democratica socialista dirigiram uma

carta ao sr. Gladstone insistindo pe-

la resposta ao seu memorial, e an-

nunciando-lhe o projecto de convo- car para domingo em Hyde Park um

grande comício.

(Havas.)

K1LEND1I1I0 ALEGRE

Hontem o padre das ligas

Botou vaidade e chieira

Atando na mesma liga

A si e ao padre Vieira.

Ligou alhos com bo^alhos

EJulgou-se na oração

Tão ligado ao padre Vieira

Como ligado a Monsão.

Quanto mais elle subia,

Mais o Vieira baixava.

O Dias chegava ao lustre

E o Vieira o chão tocava.

Oh! que soberbas imagens

Que a sua bocca escorria!

Sobre tudo aquella do arabe

Que galopando brandia

Com *uror a lança hervada

As pyramides do Egyptot

Quanto daria o Vieira

Por tal coisa haver escripto!

E a fúria do povo irado,

Que rugia em vagalhões!

O destroço das campinas!

O incêndio das povoaçõest

Que lindo! E que susto, ó manas!

Ai! pobre d'este paiz!

Que terror! Cessa, Saraiva!

Libra 7ios, padre Luiz!

A questão do Minho

(Parte noticiosa)

PORTO, 15, ás 2 h. da t.—A'

redacção do Diário Illustrado9 Lis-

boa.

A opposição ao governo u esta

cidade, para chegar aos seus fins,

não duvida recorrer a toda a qua-

lidade de intriga. Vendo a manei-

ra enthusiastica por que o povo

acolheu o governador civil de Bra-

ga, Peito de Carvalho, trata de

alterar e desvirtuar o que elle

disse ao povo. As palavras do go-

vernador foram bem explicitas e

ouvidas por centenares de pes-

soas. E' em verdade inqualificá-

vel o processo de transtornar a

verdade dos factos, para promover

intrigas mesquinhas e conseguir

êxito para expeculações desgraça-

das.

• • - A.

Ira grande desastre

no rio

No domingo, ás 6 horas da tar-

de, chegaram á ponte de Cacilhas

quatro indivíduos que se mostra-

ram muito contrariados por verem

que o vapor da carreira d'essa

hora tinha já largado.

O vento era do sudoeste e mui-

to forte, e a travessia em barco

pequeno de vela tornava-se peri-

gosa. No entanto os passageiros,

ou porque tivessem realmente

grande necessidade de regressa-

rem n'essa hora a Lisboa, ou le-

vados por uma imprudência, re-

solveram atravessar o Tejo, e de-

pois de discutirem por muito tem-

po o assumpto, concluíram por

ajustar um bete que os conduzis-

se á margem direita do rio.

Dirigiram-se a diversos catraei-

ros que não se prestaram á con-

ducção; mas no fim lá atinaram

com um mais corajoso, o João

Preto, que conseguiu arranjar um

companheiro, combinando-se. a

viagem por dois mil réis.

Barato, muito barato na verda-

de, ante a espectativa de uma via-

gem para a eternidade.

Decidiu-se que a travessia fos-

se feita a remos, e ás 8 horas da

noite partia o bote, do qual era

proprietário Luiz Canarim, na di-

recção de Lisboa.

Que occorreu depois? Quaes os

transes afílictivos, porque passa-

ram esses seis homens no meio

do Tejo revolto e na frente da ci-

dade illuminada, e algum d'elles

talvez avistando o local onde a

familia o esperava?

Ninguém sabe. O que é certo é

que hontem de manhã appareceram

á tona d'agua no Caes do Sodré, os

paneiros e guarda-patrão do mes-

mo bote, havendo todas as pro-

babilidades de que os catraeiros

e passageiros, morressem afogados,

visto não haver noticias (Telles,

até á hora em que escrevemos.

Diz-se o que desastre foi moti-

vado pelo facto dos catraeiros vi-

rem bastante embriagados.

De tarde dizia-se que os nau-

fragos tinham sido recolhidos por

um cahique, que vinha entrando.

Não nos parece, infelizmente,

que seja verdadeira essa versão,

porque nem na policia nem em

parte alguma constava que tives-

sem apparecido os infelizes pas-

sageiros e os tripulantes do bote

cacilheiro, sendo também de pres-

sumir que, se fossem salvos, até

á noite se conservassem no barco

salvador sem darem novas de si.

o Intante

D. Augusto

A sr.a D. Branca de Carvalho

Pinto de Sousa, como presidente

da Associação das damas de Avei-

ro, enderessou ao sr. Infante D.

Augusto uma mensagem em que

se iô:

«As damas de Aveiro felicitam

a Vossa Alteza Sereníssima pela

sua chegada a esta cidade, dese-

jando que sob os passos de Vossa

Alteza se desdobrem todas as fe-

licidades de que Vossa Alteza é

digna. Se a Providencia acolhesse

os votos que irrompem fervidos

de corações devotados, a existên-

cia de Vossa Alteza sòmente se

contariam pelo numero de méri-

tos relevantíssimos de Vossa Al-

teza, que nós somos as primeiras

a reconhecer n'um profundo sen-

timento de respeito e dedicação.»

Foi hontem, ás 2 horas e meia

da tarde, accommetido de um in-

sulto apopléctico o sr. Augusto

Cesar Gerard, estimado 3.° official

da Alfandega de Lisboa. Poi leva-

do na maca da alfandega para o

hospital de S. José, onde continua

gravemente enfermo.

O sr. Antonio Carlos Velasco

Celestino Soares, 1.° tenente da

armada, foi promovido a capitão

tenente, por ter sido nomeado ca-

pitão tenente da armada.

Kleftçdes em Hespanha

Madrid, 14, n.

Diz o Correo que o decreto dis-

solvendo as actuaes côrtes e convo-

cando as novas, deve ser publicado

pela Gaceta nos primeiros dias de

março; as eleições geraes para de-

putados serão eflectuadas na pri-

meira década de abril; e as côrtes

hão de reunir-se no meado de maio.

(Havas).

Merces honorificas

Commendadores da ordem mi-

litar de Nosso Senhor Jesus Chris-

to:—Dr. Jacques Joseph Abden

Chapplain, director da escola de

medicina de Marselha e barão

Max de Fabrice, súbdito de Sua

Magestade o Rei de Saxe.

Cavalleiros da ordem militar de

Nosso Senhor Jesus Christo: —

Emile Gustave Joseph Marie Ge-

rard, conde de Grelle, banqueiro

em Anvers, súbdito de Sua Ma-

gestade o Rei dos Belgas; Don En-

rique de Illana y Mier, presidente

da sala do civil na audiência de

Caceres; Charles Albert Charlois,

cidadão francez; Edmond Frederic

Goguel, cidadão francez; Bonaven-

ture Basséres, engenheiro, cidadão

francez e Don Frederico Alvarez

y Cavero, súbdito de Sua Mages-

tade Catholica, sub-chefe do ser-

viço da fiscalisação e estatística

da companhia real dos caminhos

de ferro portuguezes.

Entrou para a enfermaria de

S. Francisco no hospital de S. Jo-

sé, Alexandre da Costa, trabalha-

dor, que na estação dos caminhos

de ferro do Norte foi entalado en-

tre dois carros de descarga, fican-

do muito contuso no peito.

O Diário do Governo de hontem

publicou o programma do concur-

so documental para o prehenchi-

mento da vagatura nos quadros dos

oííiciaes engenheiros hydrogra-

phos.

Por ter sido nomeado governa-

dor de Benguella, foi promovido a

capitão-tenente, o 1.° tenente da

a o sr. Guilherme Gomes arm

Coei £

Uma desgraça em Macau

Quando em frente de Macau, no

primeiro domingo de janeiro, se

fazia o exercício de torpedos nos

fortes, a caldeira de uma das pe-

quenas canhoneiras construídas

na Allemanha rebentou, levando

um dos estilhaços a cabeça do en-

genheiro.

O sr. Eduardo da Costa Santos,

laborioso editor do Porto, conta

apresentar brevemente o drama

em cinco actos GeiTnano, compo-

sição original do sr. Abel Acá-

cio.

Este drama foi o que suscitou,

ultimamente, a conhecida questão

entre o seu auctor e a empreza

do theatro de D. Maria. J

Chronica do dia

Terça 16 —S. Porphirio e S. Se-

lenco, martyres.

Paramentos vermelhos.

Lausperenne na egreja da Real

Casa de Santo Antonio.

Principio da aurora ás 5 h. e 1 m.

Nascimento do sol ás 6 h. e 39 m.

Occaso do sol ás 5 e 21 m.

Primeiro preamar ás 0 e 6 m.

da manhã.

Baixamar ás G h. e 18 m. da ma-

nhã.

Segundo preamar ás 0 h. e 30 m.

da tarde.

Baixamar ás 6 h. e 4 2 m. da tar-

de.

Tempo f « .

Conforme o boletim do Observa-

tório do infante D. Luiz, a tempe-

ratura maxima, ante-hontem em

Lisboa, foi de 14,5, a minima 8,6.

Vento fresco d'entre NW. e SW.

Ceu nublado.'

Com respeito ao estado geral do

tempo, diz:

» Ainda baixou o barómetro até 6

millimetres ao ií. do reino, subindo

um pouco ao S., com vents já pre-

dominante do quadrante $W, acom-

panhado de chuvas.

A disposição das isobaras mostra

que a depressão a que hontem nos

referimos caminhou para o NE., fi-'

cando hoje as mais altas pressões

para o Sw. da peninsula.

Faltam boletins de França.

linimento «Ia Barra

Vapores entrados:

Vapor portuguez: Rio Tejo.

Vapores inglezes: Bragansa e

Brunswich.

Vapor ailemão; Jupiter. ...

Vapor noruéguez: Sjòflra.

Of 4MMO > oh óii

Vapor inglez: Brostalands.

Bolsa de Lisboa

Effecturam-se hontem as seguin-

tes operações:

Inscripçôes interna 3 por cento

assent, 46,.id.

Inscripçôes interna 3 p. c. coiiz

pons., 46,35.

Inscripçôes externa, 3 p. c., 45,61.

Obrigações do empréstimo de

1881, coupons, 75*800.

^Acções do Banco Lisboa e Açores,

Acções da companhia Minas de

Huelva, 1003000.

^Obrigações municipaes, 5 p. c.,

Rendimento

*la alfandega de Lisboa

Rendeu ató 13 335:204*739

Em 15 26:101 #636

Total 361:306^375

Alfandega de consumo

Rendeu até 13 57:506^507

Em 15 4:452*266

Total 61:958*773

Despachos em deposito

Ficaram hontem em deposito na

estação principal os seguintes des-

pachos :

Pimentel, endereço insufíiciente.

LMADA

VIOLANTE Fausta Pavia Dores

e seus filhos, genro e noras

agradecem profundamente reconhe-

cidos a todas as pessoas que se di-

gnaram acompanhar á sua ultima

morada _ o seu muito querido e es-

ro, An-

em as-

\j ov;u muiiu tjuufiut,

tremecido esposo, nae e sogr

tonio Ferreira das Dòres, ebt

illoAV«eií eS° 1SSUÍ clSn- * sim agradecem reconhecidos aos Dr. Jose \entura dos Santos Reis, ex.®0* urs. Francisco Martins Ramos

hotel_ Universal: auzente.

João Real. hotel London, não es-

tá lá hospedado.

Garcia, endereço insufíiciente.

Antonio Lourenço, rua de S. Ju-

lião; não foi encontrado.

Gertrudes Costa, rua dos Reme-

dios á Lapa. 53, 1.®; idem.

Madame Clement, rua do The-

souro Velho, 2; idem.

Espectáculos

8 h.—Theatro de D. Maria II—

Marquez de ViUemer.

8 n. — Theatro do Gymnasio.—

Casamento da menina Pimenta—Na

boca do lobo.

8 1/4—Theatro do Principe Real

—Beneficio—ils duas orphãs.

8 1/4—Chalet da Rua dos Condes

—Pontos nos ii. 8 1/2 —Colyseu dos Recreios —

4.* apresentação dos excentricos Re-

nads—Enriquito Diaz nos trapézios

volantes—Os 4 touros amestrados por

D. Enrique Diaz—0 celebre Lêo e

todos os artistas da epmpanhia.

Os srs. accionistas dos Recreios

teem entrada por meios preços.

Jardim Zoologico — Exposição

permanente danimaes—Vendas ga-

rantidas danimaes, ovos, plantas e

sementes, etc. etc. — Recebem-se

animaes para deposito.—Musica aos

domingos e dias* santificados —

Entrada geral, 100 réis.

Typ.

T.

do "Diário (Ilustrado

da Queimada* 35

M

CIRURgião DENTISIA'

I *■

s

Habilitado pela escola

medica cirúrgica de Lisboa

p0LL0CAM-SE dentes desde um

^ até a dentadura completa.

Bua do Arsenal. ÍOO I o

Conselho admi-

nistrativo do

arsenal da ma-

rinha.

e Antonio Castro Freire, pela assi-

duidade, carinho e desvello, que

fer- em empregaram para debellar a

midade a que infelizmente succum-

biu, e íinafmente a todos os que se

interessaram saber do seu estado.

A todos protestam as maiores pro-

vas do seu reconhecimento.

Pedem desculpa de qualquer

omissão que possa ter havido nos

convites e agradecimentos, o que

esperam lhes será revelada esta

falta. 28

MARIA da Conceição Faria e seu iTA filho José Maximiano de Faria,

Antonio José de Faria e sua mulher

Marianna dos Ramos Faria, Agueda

Martins e Henriqueta Martins, cum-

prem o doloroso dever de partici-.

par aos seus parentes e pessoas de

suas relações que foi Deus servido

levar da vida presente o seu presa-

do marido pae, irmão e cunhado o

sr. Vasco José de Faria, e que o

seu funeral terá logar hoje, (6 de

fevereiro, pelas 11 horas da manhã,

saindo o préstito fúnebre da egreja

parochial das Mercês, para o cerni-

terio occidental. Não fazem convites

especiaes pelo estado de consterna-

ção em que se acham.? 27

Pós salicylados para

dentes

OS melhores pós, até hoje co-

nhecidos, do fabricante SDV-

MARZLCFE SOHNE, de Berlim.

Vendem-se unicamente na agen-

cia Bastos & Gonçalves rua dos'Re-

trozeiros 147 e nò deposito de Mar-

çal Pacheco & C.a. Praça de Luiz de

Camões 31 e 32 (esquina da rua do

Norte n.os 1 e 3).

Nota: Pela excellencia do produ-

cto, acima annunciado, responde

a analyse n.® 770 feita no LABORA-

TORY MUNICIPAL DE HYGIENE DE

LISBOA, QUE DECLARA NÃO SEREM

ESTES P0S NOCIVOS PARA A LIMPE-

ZA DOS DENTES. 26

Landau e égua

VENDE- SE na rua das Trinas,

25

pERANTE o referido conselho A se abre praça no d® 1 de mar-

ço proximo futuro, pelas doze ho-

ras da manhã, para se contractar

venda do seguinte:

Duas caldeiras do transporte ín-

dia e duas caldeiras da canhoneira

Douro. contendo estas ultimas tubos

de latão e pesando todas approxi-1

madamente 00:000 kilogrammas.

A licitação terá logar por meio de

era carta fechada,

onente declare que,

sujeitando-se ás condições da arre-

matação, que lhe serão lidas no

acto da praça, promette fazer a

compra pelo preço de...

Para ser admittido á licitação é

condição essencial o deposito de

50*000 réis.

As demais con

entòs p

CdãT

partição.

Conselho administrativo ,do arse-

nal da marinha, em 13 de; feverei-

ro de 1886. - w

Caminhos de ferro

do Sul e Sueste

UUZ-SE publico que até á uma A hora da tarde de 4 do pro-

ximo mez de março, recebem-se na

administração do 2.® bairro de Lis-

boe, propostas em carta fechada

para o fornecimento de 60:000 cu-

nhas, 70:000 cavilhas e 60:000 bu-

xas de madeira.

As condições da arrematação po-

dem ser examinadas na secretaria

da direcção dos mesmos caminhos

de ferro, todos os dias em que es-

tiver aberta a do ministério das

obras publicas, coramercio e indus-

tria, desde as 10 horas da manhã

até ás quatro da tarde.

Lisboa, 15 de fevereiro de 1886.

0 director';'

(a) ./. P. Tavares Trigueiros. 24

Companhia real dos

caminhos de ferro

portuguezes.

ões e outros es-1 Avisp ao publico

tam-se todos os _ — . * ,' B =

os, das 11 horas I Prorogaçao do prazo de validade

tarde, n esta re-1 da tarifa M L N.° 1 bis pequena

velocidade.

Í^ICA pelo preseute aviso proro-

à1 gado até 14 de dezembro de

1886. o praso de, validade da tarifa 0 secretario

de Amieira

tWCILITAM a digestão e abrem A o apetite. Vedem-se na rua

Augusta, 166, 1.® e pharmacia Avel-

. ... . trigo e legumes seccos, expedidos de qualquer es-

tação das linhas de Leste, fíorte e

Ramal de Caceres, para as de Cace-

is, Plasencia, Talavera, Cabanas res

Lisboa, 27 dé janeiro de 1886.

0 director da companhia

Pedro Ignacio Lopes.

Page 4: 3 mezes pagamento adiantado 1#150 réis - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-16/j-1244-g_1886-02-16_item2/j... · A cantata do costume, que o governo devia decidir-se immediatamente,

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Cesário d'Abreu

"JViTEDICO homceopatha — Consulta ^particular, até ás 11 horas da

manha na sua residencia, Avenida

da Liberdade, 59, e até ás 12 horas

nos dias santificados.—Consulta ge-

ral, das 5 horas da tarde até ás 9

da noite no consultorio, R. Augusta,

234, só nos dias de trabalho.

Gratuita para os pobre»

Ex.ra0 Sr. Pinheiro

Chagas

AS Duas flores de sangue, a A Mantilha de Beatriz. Romances

originaes—á venda nas livrarias.

Eugène Simon

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* Praça da Figueira, 46, 1.° 20

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PharmacentJco de í* CJ&sse em Parjz

Uarca da Fabrica Adaittid* boi loipitiM dl Ptrii.— Apprmdo pelt Justa Mitral de Hjgieni dl Brasil. ■ •

Nutrir os doentet e convalescentes sem cançar-lhes o estomago foi o

problema resolvido por este delicioso alimento; cada cálice contém,

com eíTeito, de* grammas de carne de vaoca completamente dige-

rida, assimilavel e despojada das partes insolúveis indigeriveis. Actua

como reparador em todas as affecções do estomago, fígado e intes-

tinos digestões laboriosas, repugnancia para os alimentos,

anemia, extenuação causada por tumores, affecções cancerosas,

dysenteria, lebres, diabetes e em todos os casos em que é preciso

nutrir o doente, o tisic^, e sustentar-lhe as forças por meio de alimen-

tação reconstituinte que em vão se procuraria obter com extractos de

carne, carne crua e caldos concentrados. O VINHO GHAPOTEAUT

é o nutritivo por excellencia dos velhos e das creanças, assim como

também das amas cujo leite enriquece.

Deposito em Pariz, 8, RUA V1VIENNEe na» principies Pharmacias i Drogarias.

Gotta, Rheumatismo, Dores

Solução do Doutor Clin

Laureado da Faculdade de Medicina de Paris. — Premio Montyon.

A Verdadeira Solução CLIN ao Salicylato de Soda emprega-se para curar:

As Aiiecções Rheumatismaes agudas e chronicas, o Rheumatismo gottoso,

as Dores articulares e musculares, e todas as vezes que é necessário calmar os

soffrimentos occasionados por estas moléstias.

A Verdadeira Solução CLIN é o melhor remedio contra o Bheumatismo,

a Gotta e as Dores.

Uma explicação detalhada acompanha cada fmoo. 1147

Exigir a Verdadeira Solução de CLIN & Gie, de PARIS, que se encontra em

casa dos Droguistas e Pharmaceuticos.

Semanario, litterario e artístico

40 RS.CADA NUMERO

Cada semana 12 paginas, com 4 gravuras e um brinde gratis

t 2.° ANNO DE PUBLICAÇAO

A IJLLISTBAÇAO PORTtGUEZA é a publicaçao mais barata que «e faz* não

só no paiz, mu* no eNtrangeiro.

Até lia pouco constava de 8 paginas e um brinde, e agora tem 12 paginas

e o brinde do costume. O seu preço é portanto* de 40 réis. em vez de 30 réis

como d'antes.

Relativamente* é tão barata como o era no primeiro volume* e os srs. as-

•ignantes a troco d* uma pequena quantia a mais por semana* terão o bene-

ficio de ter maior quantidade de original* devido todo ás pennas dos nossos

primeiros escriptores.

Continuaremos a publicar* do mesmo modo* os curiosos problemas ma-

tbematicos do nosso illustre collega e amigo Moraes d'Almeida* que tanto

teem agradado* problemas de xadrez* charadas diversas* enigmas pittores-

cos* etc. tornando assim o mais interessante possível* a secção: EH FAMÍLIA.

Esta publicado o numero ~>l

CONDIÇOÊS DA ASSIGNATURA

Em tnrin n Pnrtncrnl Anno* 2*OSOr».—Semestre* 1*040 rs.—Tri-

, ™ wjrr, y mestre. 5tO rs.—Pago no acto da entrega 40 réis cada numero.

Em a Dvq vil Anno, I0#000 réis fracos*—Semestre* 5ftOOO rs.

- ™ 1/UUU U XlIctZ.ll. fracos.—Avulso* too réis fk-acos. Assigna-se no Brazils—BIO DE «IATVEIBO* escriptorió do COBBEIO DA EUBO-

PA* rua 9 de setembro* Y4* sobrado

Toda a correspondência deve ser dirigida a Bodrigo de Mello Carneiro

Zagallo*

ESCRIPTORIO, T. TDA. QTJ^TlsAlJ^JDA. 35

J. Jorge Coelho

Calista pedicuro, que substituiu

desde outubro de 1884, o bem conhe-

cido callista J. M. do Couto, Qá falle-

cido), tem a honra de participar ao

respeitável publico que offerece os

seus serviços no seu consultorio.

que abriu na Rua do Ouro n.° 266

1°D. . 14

MILIA Carlota Monteverde, Al-

fredo Emilio Monterverde, sua

mulher e filhos, Emilio Achilles

Monteverde, sua mulher e filhos,

cumprem o dolorosíssimo dever de

participar a todos os seus parentes

e pessoas das suas relações que foi

Deus servido levar da vida presen-

te sua estremosissima e sempre

chorada mãe, sogra e avô, Carlota

Maria Brandão Monteverde, e que

se ha de sepultar hoje, 16 do

corrente, saindo o préstito fúnebre

da rua do Ferreçial de Cima, n.° 5,

pelas 4 horas da tarde, para o ce-

raiterio oriental. 13

remédio de^R

K contra SEZÕES

(aTIB'S ague core)

CURA RMtOAMEITTT £ com cnmzA I v as

[Feires Intermitentes

lBcmittentes e BHiosas: as

,Maleitas,os Calafrios» t TOQASAS

Paludosas.

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HFígSSK

p^t DtlQYCTaOA^a.llaUaiik

\fENDE-SE nas principaes phar-

* macias e drogarias.

Agentes geraes: James Capod &

C.*, rua do Mousinho da Silveira,

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217 I.® Porto.

O Elixir alimentício bucko é muito agrada vol ao paladar e as pessoas a quem mais repugnara os alimen- tos. o tomam ate por grosto.

CARNE

AGUARDENTE

ALIMENTÍCIO

ídeURiNJiS

AMARGAS Q

É um loníco poderosíssimo, aconselhado para as mulheres e crianças delicadas, o§ velhos, os convalescentes em quem desperta o appetite e resta- belece as forças.

Convemsobretudo nos paizes quentes, onde as forcas dími-

pcla transpiração, se esta sujeito a moléstias nuem pela transpiração, e onde

contagiosas. — Para mais de- talhes, leia-se o prospecto que acompanha cada vidro.

Parla, 2 O .Place des Vosges

' B EM TODAS AS PIIAHMACIAS

Infantil

H0JE, 16, se m o permittes. ^

Companhia real

dos Caminhos

de ferro portu-

guezes.

Venda de sucata de carris

USTA companhia recebe nronos-

^ tas ate ao meio dia do aia 1

de março de 1886 para a venda de

2000 toneladas métricas de carris

de ferro usado de dilTerentes com-

primentos dos systemas Vignole e

Champignon.

As condições para esta venda es-

tão patentes na Repartição Central

dos Armazéns, em Lisboa, todos os

dias, não santificados, das 10 horas

da manhã ás 4 da tarde.

A companhia porem enviará pelo

correio o respectivo caderno de

condições a quem lh o pedir do

estrangeiro.

As propostas indicando o preço

por tonelada deverão ser dirigidas

em carta fechada ao .

Director da Companhia Real dos fa-

mintos de Ferro Portuguezes

Portugal Lisboa

indicando no sobscripo:

Proposta para a compra

de sucata de carris

de cujo resultado a companhia da-

rá conhecimento aos interessados

em tempo opportuno.

Lisboa. 27 de janeiro de 1886.

0 director da companhia

Pedro Ignacio Lopes 9

Exposition Dniverselle 1878

LES PLUS HAUTES

Médaille d'Or. Croix de Chevalier

RÉC0M PENSES

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E. COUDRAY CHAMADA AGUA DE SAÚDE.—Preooiíisndn para o toucador, como oonservando constantemente

as côrea da mocidade, e prcsornnido da Peste e do Cholera morbus.

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[edicaes PERFUMERIA DE LACTEINA Celebridades NCENTRADA8 para o lenço, para a belleza dos cabellos.

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O Goudron Ouyot serre para preparar

Instaotanaemente uma agus de alcatraô, muito effleas • agradarei aos mais delicados estomagos. Purifica o sangue,

augment* o appetite, levanta as forças ô eífica* era todas

as doenças das pulmões, catharros de bexigua e affecçoès

das muco8aa.

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Espanha.

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a com trei cores a assignalara

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PARIS.

Ja»b,

mpanhia real| Salmão

dos caminhos

de ferro portu-

guezes.

Aviso ao publico

OEGUNDA coramunica a compa-

° nliia de Madrid a Zaragoza e

a Alicante aclia-se restabelecida a

circulação da linha das Astúrias, po-

dendo portanto acce/tar-se toda a

classe de mercadorias para as esta-

ções d'aquella linha.

Lisboa, 28 de janeiro de 188G.

0 director da comp.a

Pedro Ignacio Lopes C

Companhia real

dos caminhos

de ferro portu-

guezes.

pOM auctorisaçáo' do governo

^ de S. Mag-estade, podem ter

livre pratica sem beneficiação, as

remessas de fpictas verdes e sec

cas de Hespanlia pora Portugal

quando se prove que procedem de

ponto indemne daquelle paiz ou

quando sejam transportadas em

caixas fechadas etn transito por

Portugal com immediato destino aos

portos estrangeiros.

Lisboa 29 de janeiro de 188G.

0 director da companhia,

(ass) Pedro Ignacio Lopes. 5

e lampreas

frescos

DECEBERAM-SE na mercearia'da 11 Rua Larga de S. Roque, 49 a

53. 4

Para Londres

CADIZ

Chegou e sairá quarta feira 17 do-

corrente. Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sodré, 64, 1.°.

Os agentes

E. Pmto Basto y C.« 3

Para Hamburgo, Bre-

men e Brake

O vapor

BRAKE

Espera-se a 22 do corrente.

Para carga e passagens trata-se-

no Caes do Sodré, 64, T.°

Os agentes

E. Pinto Basto $rC*. 2

Para o Rio de Janeiro, Montevideu,

Buenos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Callau

SAIRÃO OS PAQUETES

MAGELAN, 17 de fevereiro

•BRITANNIA, 3 de março

| VALPARAISO, 17 de marco.

| -PATAGONIA, 31 de março.

• •Os paquetes PATAGONIA e BRITANNIA, farão escala por Pernambuco

e Bahia para onde só recebera malas e passageiros. 4

Faz-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos do Brazil e

Rio da Prata.

Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores, está incluído

vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha criados, cosinheiros portuguezes e medico.

Para Bordeux, Plymonth e Liverpool o

paquete VALPARAISO.

Espera-se a 13 do corrente.

Para carga e passagens trata-se com os agentes

NO PORTO I EM LISBOA Vasco Ferreira Pinto Basto E. Pinto Basto éf 6'.4

10—Largo de S. João Nevo—10 f 64—Caes do Sodré—G4 \