4
Asslgnataras em Lisboa 1 mez... 300 réis Annuncios: linha, 20 ra.; 1." 3 mezes. 900 » pag., 100 ra.; corpo do jor- Avul80.. 10 » nal com traveasâo, 60 réia. Annuncioa mundano8, linha 40 ra. Communicadoa e outroa artigos, contractam-se na administração. FUNDADOR: PEDRO OORREIA DA SILVA TELEPHONE N. # 117 Sabbado 6 de fevereiro de (897 Editor reaponaavel J. Si. Baptista de Carvalho 3 meies, pagamento adiantado 1*150 A correspondência aobre a administração, a rico de Mello Carneiro Zajrallo. taliça na praça da Figueira, at- tingiu um preço fabuloso. Detida- mente o paiz em que se come tu- do mais caro é no nosso. Compa- rem-se os optimos jantares que ha em Paris, por um franco e cin- coente cêntimos, servidos por crea- dos aceiadissimos, e em mesas magnificas, com as refeições ahi de quaesquer tabernas, com gal- legos em mangas de camisa! Cambio do Brazil Está a 8 llfl6 o cambio do Brazil. Dr. Mello taes homceopathicoa. Conaultorio especial de medicina homceopathi- co; da 1. ás 3 hora8. B. das Cha- gas, 22. Thealro D. Amelia Os que desejarem um espectá- culo em cheio e attrahente pelas peça8 que se representam, têm amanhã occasião de aproveitar a a representação das duas lindís- simas peças Perfume e Francillon, que em recita única sobem ama- nhã á noite á scena, a receber os applausoa de todo o publico. O compadre chegadinho Quando canta algum duetto Larga sempre o seu versinho Em honra do Gato Preto. Uvas e maçãs.... Mercae á rapariguinha de olhos ternos todas as uvas e maçãs que ella tem na sua giga. Mercae! Mercae! Mas vede, ao approximar-vos, se ides mercar, em vez dasmaçãs, um beijodos seus lábios roseos; se ides mercar, em vez das uvas, um olhar meigo dos seus ternos olhos! Uvas e maçãs... Quanta frescura n'esse peque- nino grupo, que ^parece cantar alegremente. Mercae! Mercae! Não é por causa da agricultura; n'esta secção é por causa das mu- lheres bonitas, que precisam ir às lojas, q íe sapplicamos bom tem- po. —Pedimos que nos confeccionem menus da Alma, do Espirito e do Coração. -Um tercetto nephelibata: Tem nos lábios a febre dos dese- jos? Dá-me um copo do viriko dos teus beijos, E era uma vez um novo rei de .- :v ThuL —E* possível que a sr.» Ferrani não goste que venha a sr.* Dar- clée. . . E' humano. —Muito papel se está inutilisando na publicsçao de versas que n&3 [ prestam para nada! E' uma questão economica a estu- dar. Cosmopolitas. + Menor abandonado A's 11 lj2 da manhã d'hontem, n'uma escada da rua do Diário de Noticias, foi encontrado pela po- licia o menor de 3 annos, Adol- pho, filho de Helena Custodia, mendiga, sem domicilio certo. A mãe do innocente acha-se no hospital de S. José, onde deu & luz uma creança. Adolpho recolheu a casa dopo- / licia da administrativa, Andrade. Na rua de Marvilla foram hon- tem presos Francisco dos Santos e sua mulher, Alzira Freire, na- turaes de S. Pedro de França, comarca de Viz eu, por estarem pronunciados em Mangualde, pelo crime de offensa corporaes na pessoa de Joaqnim Cardoso. Morte repentina Na rua n 0 2 de Campolide de Cima, falleceu hontem repentina- mente um individuo alli conheci- do ha 11 annos, pelo VeUio Al- meida dos Trapos. O obito foi ve- rificado pelo bt. dr. Jorge Rivottr, sendo o cadaver conduzido para o cemiterio oriental. Roa da Victoria Reapparece hoje o antigo jor nal humorístico intitulado—Mal creado. ». Maria.—E hoje que se realisa a «reprise» do festejado •original de Marcellino Mesquita, «O velho thema». Ha grande interesse em ver novamente esta peça, ha muito retirada da scena, e que é dos originaes mais applaudidos do re- pertório d'este theatro. Rua dos Condes.—Repe- tem se hoje as engraçadas come- dias «Bébé» e «Simão, Simoes & O.'», que tanto agrado têm obtido, « que por certo continuarão a dar enchentes ao elegante theatro. Principe Real.— Um be- neficio de ha muito marcado para •esta noite força a empreza d'este theatro a interromper as repre- sentações do magnifico drama mi- litar «Os martyres da Alsacia». Avenida.—Por motivos im- previstos não pode ter hoje logar n'este theatro o beneficio do actor José de Almeida, ficando para outro dia que opportunamente se annunciará. Real Coliseo.—A «Marsel- lesa», a notável e enthusiastica ;zarzuela de grande espectáculo e extraordinário apparato, que tão .grande successo alcançou na sua «premiòre», volta hoje á scena pela segunda vez. Coliseo dos Recreios» —Hoje, lide de garraios, baile e cantos flamengos e outros attra- •ctivos. —Amanhã realisa-se uma des- lumbrante «matinée» offerecida gratuitamente ás creanças. S. Carlos Chegou hontem a Lisboa a dis- tincta artista sr.* Darclée, que debuta n'um dos proximos espe- ctáculos, na Manon, de Massenet. Da Carta a um regedor. Por essas secretarias Reina justiça de moiro: Aos néscios, oiro e mais oiro; Os outros... ouvem-lhe o som. Além d'isso a intelligencia Em breve se atrophia; Quem faz uma portaria Nunca mais faz nada bom! Antonio db Cabedo. Está marcada definitivamente para quarta feira, 10, a primeira recita da Boheme. Por causa dos ensaios d'esta nova opera, não ha hoje espectáculo, cantando-se amanhã, pela ultima vez, a^ Car- men, em que a sr. Rappini tão ap- plaudida tem sido. Um pensamento por dia De Tobin:—tO homem que ba- te n'uma mulher, é um miserável^ que seria lisongeado se apenaa. lhe chamassem cobarde.» Appoiado! Mas ca* araDes disseram me- lhor: nem com unut. MERCAE! Com o grande alargamento, supérfluo, que se está fazendo na estrada do Lumiar, além do cha- fariz das Mouras—para o qual foi a terra todo o prédio em fren- te da quinta das Conchas, será também demolida grande parte da quinta das Camélias. Era bem melhor que a camara antes alargasse a estreita gar- ganta ao da egreja dos Anjos. Toda a frontaria e a torre da egreja da Penha de França, estão rodeadas de grandes andaimes. Chegou-lhes a vez da sua ses- tauração, Provérbios Os olhos testemunham o que o co- ração deseja. —Xinguem vive feliz com a sua sorte. y—Entre paes e irmãos não met- ias as mãos. —Quem tem telhados de vidro, não atira pedras aos dos visinhos. —Pela bocca morre o peixe. Livra-te de amigos de ao da porta. —O «sempre» vale tanto como o «nunca», em amor SANTARÉM, # 5, ás 12 h. e 50' da t. Começou hoje o julgamento da causa commercial de Canha e Castro, de vendo prolongar-se ama- nhã por todo o dia, sendo certo que ainda amanhã não termine. —Oh! menina vamos ao Villa- Mar, dizia em Pedrouços, n'uma chuvosa tarde o Jovino. Sabem per- feitamente quem é, não é verdade? Todos lhe conhecem a cabelleira, os collarinho8, o monoculo e quelque- fois o lencinho de seda branco ao pescoço, destacandose claramente do rosto. foi ou esteve para ir aos ares, tem ido a Paris, e não sei se foi a Gouveia; agora anda piando por cá. ZlTELLA..' A vacaria da Avenida da Li- berdade, estabelecida no prédio onde está o hotel Matta,é hoje pro- priedade do sr. Conde da Guarda, que com ella conta dez estabe- lecimentos d'este genero na capi- A' roda do "Figaro" Do album de um general. «A guerra é a vida. Nada exís*- te, cresce e multiplica-se na na- tureza, a nao ser por um comba- te. E' preciso comer e ser comid<* para que o mundo viva. As na- ções guerreiras são as únicas qua prosperam. Um paiz morre quan- do está desarmado.» A "Chacota" Publica-se hoje o n.° 233 d'esta folha humorística illustrada, de que é director o nosso collega Eduardo da Cunha e (Pygmeu). fcJJou caçador, nio duvide», Deveras sou caçador; Faço mil tiros p r hora Nas tapadas do amor.

DIABIO ILLUSTPADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-02-06/j-1244-g_1897-02-06_item2/j... · dos aceiadissimos, e em mesas magnificas, com as refeições ahi de quaesquer tabernas,

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Asslgnataras em Lisboa

1 mez... 300 réis Annuncios: linha, 20 ra.; 1."

3 mezes. 900 » pag., 100 ra.; corpo do jor-

Avul80.. 10 » nal com traveasâo, 60 réia.

Annuncioa mundano8, linha 40 ra. Communicadoa

e outroa artigos, contractam-se na administração.

FUNDADOR: PEDRO OORREIA DA SILVA

TELEPHONE N.# 117

Sabbado 6 de fevereiro de (897

Editor reaponaavel J. Si. Baptista de Carvalho

3 meies, pagamento adiantado 1*150

A correspondência aobre a administração, a

rico de Mello Carneiro Zajrallo.

taliça na praça da Figueira, at-

tingiu um preço fabuloso. Detida-

mente o paiz em que se come tu-

do mais caro é no nosso. Compa-

rem-se os optimos jantares que

ha em Paris, por um franco e cin-

coente cêntimos, servidos por crea-

dos aceiadissimos, e em mesas

magnificas, com as refeições ahi

de quaesquer tabernas, com gal-

legos em mangas de camisa!

Cambio do Brazil

Está a 8 llfl6 o cambio do

Brazil.

Dr. Mello

taes homceopathicoa. Conaultorio

especial de medicina homceopathi-

co; da 1. ás 3 hora8. B. das Cha-

gas, 22.

Thealro D. Amelia

Os que desejarem um espectá-

culo em cheio e attrahente pelas

peça8 que se representam, têm

amanhã occasião de aproveitar a

a representação das duas lindís-

simas peças Perfume e Francillon,

que em recita única sobem ama-

nhã á noite á scena, a receber os

applausoa de todo o publico.

O compadre chegadinho

Quando canta algum duetto

Larga sempre o seu versinho

Em honra do Gato Preto.

Uvas e maçãs....

Mercae á rapariguinha de olhos

ternos todas as uvas e maçãs que

ella tem na sua giga.

Mercae! Mercae!

Mas vede, ao approximar-vos,

se ides mercar, em vez dasmaçãs,

um beijodos seus lábios roseos; se

ides mercar, em vez das uvas, um

olhar meigo dos seus ternos

olhos!

Uvas e maçãs...

Quanta frescura n'esse peque-

nino grupo, que ^parece cantar

alegremente.

Mercae! Mercae!

Não é por causa da agricultura;

n'esta secção é por causa das mu-

lheres bonitas, que precisam ir às

lojas, q íe sapplicamos bom tem-

po.

—Pedimos que nos confeccionem

menus da Alma, do Espirito e do

Coração.

-Um tercetto nephelibata:

Tem nos lábios a febre dos dese-

jos?

Dá-me um copo do viriko dos teus

beijos,

E era uma vez um novo rei de

.-:v ThuL

—E* possível que a sr.» Ferrani

não goste que venha a sr.* Dar-

clée. . .

E' humano.

—Muito papel se está inutilisando

na publicsçao de versas que n&3

[ prestam para nada!

E' uma questão economica a estu-

dar.

Cosmopolitas. +

Menor abandonado

A's 11 lj2 da manhã d'hontem,

n'uma escada da rua do Diário de

Noticias, foi encontrado pela po-

licia o menor de 3 annos, Adol-

pho, filho de Helena Custodia,

mendiga, sem domicilio certo.

A mãe do innocente acha-se no

hospital de S. José, onde deu &

luz uma creança.

Adolpho recolheu a casa dopo-

/ licia da administrativa, Andrade.

Na rua de Marvilla foram hon-

tem presos Francisco dos Santos

e sua mulher, Alzira Freire, na-

turaes de S. Pedro de França,

comarca de Viz eu, por estarem

pronunciados em Mangualde, pelo

crime de offensa corporaes na

pessoa de Joaqnim Cardoso.

♦ —

Morte repentina

Na rua n 0 2 de Campolide de

Cima, falleceu hontem repentina-

mente um individuo alli conheci-

do ha 11 annos, pelo VeUio Al-

meida dos Trapos. O obito foi ve-

rificado pelo bt. dr. Jorge Rivottr,

sendo o cadaver conduzido para o

cemiterio oriental.

Roa da Victoria

Reapparece hoje o antigo jor

nal humorístico intitulado—Mal

creado.

». Maria.—E hoje que se

realisa a «reprise» do festejado

•original de Marcellino Mesquita,

«O velho thema».

Ha grande interesse em ver

novamente esta peça, ha muito

retirada da scena, e que é dos

originaes mais applaudidos do re-

pertório d'este theatro.

Rua dos Condes.—Repe-

tem se hoje as engraçadas come-

dias «Bébé» e «Simão, Simoes &

O.'», que tanto agrado têm obtido,

« que por certo continuarão a dar

enchentes ao elegante theatro.

Principe Real.— Um be-

neficio de ha muito marcado para

•esta noite força a empreza d'este

theatro a interromper as repre-

sentações do magnifico drama mi-

litar «Os martyres da Alsacia».

Avenida.—Por motivos im-

previstos não pode ter hoje logar

n'este theatro o beneficio do actor

José de Almeida, ficando para

outro dia que opportunamente se

annunciará.

Real Coliseo.—A «Marsel-

lesa», a notável e enthusiastica

;zarzuela de grande espectáculo e

extraordinário apparato, que tão

.grande successo alcançou na sua

«premiòre», volta hoje á scena

pela segunda vez.

Coliseo dos Recreios»

—Hoje, lide de garraios, baile e

cantos flamengos e outros attra-

•ctivos.

—Amanhã realisa-se uma des-

lumbrante «matinée» offerecida

gratuitamente ás creanças.

S. Carlos

Chegou hontem a Lisboa a dis-

tincta artista sr.* Darclée, que

debuta n'um dos proximos espe-

ctáculos, na Manon, de Massenet.

Da Carta a um regedor.

Por essas secretarias

Reina justiça de moiro:

Aos néscios, oiro e mais oiro;

Os outros... ouvem-lhe o som.

Além d'isso a intelligencia

Em breve lá se atrophia;

Quem faz uma portaria

Nunca mais faz nada bom!

Antonio db Cabedo.

Está marcada definitivamente

para quarta feira, 10, a primeira

recita da Boheme. Por causa dos

ensaios d'esta nova opera, não ha

hoje espectáculo, cantando-se

amanhã, pela ultima vez, a^ Car-

men, em que a sr. Rappini tão ap-

plaudida tem sido. Um pensamento por dia

De Tobin:—tO homem que ba-

te n'uma mulher, é um miserável^

que seria lisongeado se apenaa.

lhe chamassem cobarde.»

Appoiado! Mas ca*

araDes disseram me-

lhor: nem com unut.

MERCAE!

Com o grande alargamento,

supérfluo, que se está fazendo na

estrada do Lumiar, além do cha-

fariz das Mouras—para o qual já

foi a terra todo o prédio em fren-

te da quinta das Conchas, será

também demolida grande parte

da quinta das Camélias.

Era bem melhor que a camara

antes alargasse a estreita gar-

ganta ao pé da egreja dos Anjos.

Toda a frontaria e a torre da

egreja da Penha de França, estão

rodeadas de grandes andaimes.

Chegou-lhes a vez da sua ses-

tauração,

Provérbios

Os olhos testemunham o que o co-

ração deseja.

—Xinguem vive feliz com a sua

sorte.

y—Entre paes e irmãos não met-

ias as mãos.

—Quem tem telhados de vidro,

não atira pedras aos dos visinhos.

—Pela bocca morre o peixe.

— Livra-te de amigos de ao pé

da porta.

—O «sempre» vale tanto como o

«nunca», em amor

SANTARÉM,#5, ás 12 h. e 50'

da t.

Começou hoje o julgamento da

causa commercial de Canha e

Castro, de vendo prolongar-se ama-

nhã por todo o dia, sendo certo

que ainda amanhã não termine.

—Oh! menina vamos ao Villa-

Mar, dizia em Pedrouços, n'uma

chuvosa tarde o Jovino. Sabem per-

feitamente quem é, não é verdade?

Todos lhe conhecem a cabelleira, os

collarinho8, o monoculo e quelque-

fois o lencinho de seda branco ao

pescoço, destacandose claramente

do rosto.

Já foi ou esteve para ir aos ares,

tem ido a Paris, e não sei se já foi

a Gouveia; agora anda piando por

cá.

ZlTELLA..'

A vacaria da Avenida da Li-

berdade, estabelecida no prédio

onde está o hotel Matta,é hoje pro-

priedade do sr. Conde da Guarda,

que já com ella conta dez estabe-

lecimentos d'este genero na capi-

A' roda do "Figaro"

Do album de um general.

«A guerra é a vida. Nada exís*-

te, cresce e multiplica-se na na-

tureza, a nao ser por um comba-

te.

E' preciso comer e ser comid<*

para que o mundo viva. As na-

ções guerreiras são as únicas qua

prosperam. Um paiz morre quan-

do está desarmado.»

A "Chacota"

Publica-se hoje o n.° 233 d'esta

folha humorística illustrada, de

que é director o nosso collega

Eduardo da Cunha e Sá (Pygmeu).

fcJJou caçador, nio duvide»,

Deveras sou caçador;

Faço mil tiros p r hora

Nas tapadas do amor.

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*

DIABIO ILLUSTPADO

Regeneradores

e progressistas

O folheto de Anvers, em 1885.

A correspondência para um

jornal allemão em 1897.

. Vem a ser como o illustre par-

tido progressista faz programma

de finanças e economia, habili-

tando-se a gerir os negocios pú-

blicos. N'esta synthese: descré-

dito do paiz no estrangeiro, como

vnelhor garantia e fiança do cre-

dito da nação!

D'este processo é que não

usam regeneradores! D'estes

meios é que elles nunca lança-

ram mão, nem hão de lançar.

Porque este systema é infame,

porque este processo chega a

Lulir com a dignidade humana.

E' o que se chama uma grande,

uma enorme, uma tremendíssi-

ma pouca vergonha!

E' um procedimento de sicá-

rios, que por serem políticos,

nem por isso se irresponsabili-

8am moralmente.

A investida ccm a Corôa em

1886.

A Maria da Fonte estampada

Bas suas gazetas e assobiada nas

ruas em 1881.

As indecencias de Vizeu e

Mangualde em 1882. 1

As allianças com os republi-

canos em 1890, 1893 e 1894.

As affrontas ao poder real em

1895, 1896 e 1897.

O titulo de El Rei a encimar

lodos os artigos de jogo politico.

Eis como o illustre partido pro-

gressista guarda a sua fé, a sua

crença, cumpre os seus deveres,

segue a sua dignidade, respeita

a Carta e guarda aquelle acata-

mento digno e honrado que polí-

ticos que se prezam, e que não

são meros aventureiros de um

dia, têm para com o Chefe do

Estado, sem intermittencias, sem

parenthesis, sem reservas, sem

paixões, sem expedientes!

Assim é que nunca procedeu,

joão procede, nem procederá nun-

ca o partido regenerador.

E' de um só rosto, é de uma

só fé, não possue guarda-fato de

crenças, não usa de varias toi-

lettes politicas conforme o tempo,

consoante as circumstancias, ía-

mos a dizer— segundo as esta-

ções!

E assim, em resumo, em ques-

tões economicas como em ques-

tões politicas, se marca a diffe-

rença que vai de progressistas

para regeneradores. Differença

que é característica, e que esta-

belece um contraste de princí-

pios, de dignidade, de deveres,

de costumes e de educação!

Pela politics

e pela administração

Progressistas.—Nào con-

correram hontem á gare do Ro-

"•cio, a apresentar as suas home-

nagens a Sua Mage^tade a Rai-

nha, no regresso da sua triste

jornada, de ter ido dar o adeus

de despedida a sua amantíssima

avó!

Podemos affirmar que o facto

era hontem considerado como feia

acção, e que muitos aos partidá-

rios, que não têm a responsabili-

dade do commando, verberavam

indignados o procedimento! .

O não sentir o partido progres-

sista o triste acontecimento, que en-

. iutou o paço do Chefe do Estado.

64

FOLHETIM

CLOTILDE

POR

Alphonse Karr

Traducção de Pedro dos Reys

PRIMEIRA PARTE

XXXIII

UMA QUARTA FEIRA EM CASA

DE MADAME MBUNIER

(Continuado do numero 8:577)

—Eu julgava que semelhante

!r8onagem só existia nas peças

e Scribe; mas, desde que o thea-

tro deixa de ser a pintura dos

costumes, cumpre que os costu-

mes sejam a pintura do theatro.

Ella vem muito a casa d'Alida.

porque estava de mal com o gover-

no regenerador, é absurdo tão

grande, tão aviltante, tão deshu-

mano e fóra dos rudimentos do

senso commum, que chega a ser

repugnante!

E arranjem quantas explica-

ções quizerem, que nenhuma ser-

ve para nada.

Apenas servirão para mostrar

que não ha habilidades que che-

guem para cohonestar um proce-

dimento de tal ordem.

#

# #

O Jornal do Commer-

cio» e as sessões da ca-

ntara dos depuados. —

Não podendo responder ás per-

guntas claras e lógicas que temos

formulado, alarga-se o Jorna', do

Commercio em considerações mal

sabidas acerca da ligitimidade da

camara, deixando assim de con-

fessar que foram importantes as

discussões parlamentares acerca

de assumptos industriaes, com-

merciae8 e agrícolas; e sem de

leve se referir-se ao registro pre-

dial que é, como todos sabem de

reconhecido interesse publico, co-

mo foi posto em relevo pelo mes-

mo Jornal do Commercio em 19 de

dezembro de 1896.

Pois até a discussão d'este ul-

timo assumpto é julgada nulla

pelo nosso collega!

Termina o Jornal do Commer-

cio as suas longas considerações

querendo avaliar o valor das Ca-

maras pelo facto d'estas apoia-

rem o governo e este resolver re-

signar o poder.

E' censurada esta abnegação,

quando devia, ser louvada!...

Pois o governo e os seus adeptos

entendem que acima do interesse

d'um partido está o paiz, e que

perante os processos de opposição

adoptados pelos adversarios do

governo n'este momento historico

nas questões capitaes para o cre-

dito do paiz, é louvável abando-

nar o poder, deixando resolvidas

todas as questões internacionaes,

habilitado o thesouro com os meios

sufficientes para se fazer face aos

encargos, e mantida a ordem pu-

blica como ha muitos annos não

havia memoria no paiz.

Estes factos é que o Jornal do

Commercio não pode contestar com

verdade.

# #

Câmbios e cotações: —

LISfcOA, 5 —Londres; cheque, 36

15)16 (d»p.). 37 1(16 (dinh ); Londres

90|d, 37 3,8 (dinheiro); Pari?: che-

que, 775 (p«p.) 771 (dinheiro).

Bolsas portuguezas.—

Official:

àccõps do B Commercial, 2.® 96,

120^0^0; irções do B L>?boa & Aço-

res, 2° 96, 119iS500; acções do B

de Portugal, 136^000: acções da G 4

de Moçambique, 8£2C0: obrig da

C.» Minis ôp Huelva, 25&600; obrig

AmbacRS. 80$G00; obri* mun. ou

dist. 5 0,0, coup., 90&800; obrig.

pred. 5 0,0 assent. 9!£600; obrig.

pred 4 1.2 0 0, 88£700; insc. aswnt.

t g., 35 0.0;'msc. coup., t. g., 35.01

Commercial:

Acções do B de Portugal, 136*000'

acções da C.» de Moçambique 8$ 100;

acções Norte * Lpste, 13^500; oDric

Am baças- 80&900; obrig. 4 1\2 0,0,

coup., 48$ 500; infc assent, t. g ,

35; insc cotp., t. * . 35 02; insc.

coup., titulo de lOOjgOOO, 35,20.

PORTO. 5, ás 3 h. e 19* da t.—

0 cb'qne sobre Paris regulou

hoje de 770 a 774.

Ainda se ha citar o Século, nas

paginas da Historia, quando se

fallar de gratidão.

—Desciam os fundos? Era por

causa do governo tyranno! Su-

biam? Ainda era por causa da ty-

rannia do governo!

Lógica da politiquice.

—Segundo uma respostajdo Po-

S

—Vem; jantou cá hoje.

—E meu marido também.

—Estou a ver nascerem-lhe no

coração uma alcatéa de tigres que

o vão devorar. Mas já me esque-

cia que estou apaixonado; deixo-a.

Ouvindo aquellas palavras, Clo-

tilde sorriu; e esse sorriso conser-

vou-se lhe nos lábios, emquanto

reflectia profundamente. Seria na

infidelidade d'Arthur? Seria na

constancia de Tony Vatinel?

Carlos foi sentar-se ao lado de

Zoé.

Zoé.—Alida tem sido esta noi-

te d'um ridiculo inexcedivel.

Carlos.—Ouve, Zoé, preciso fa-

lar comtigo. Dá-me o braço e va-

mos para outra sala.

Zoé.—Para quê? Entretanto fi-

carei sem convite para dançar.

Carlos.—Dançarás comigo; além

também se ouve a orchestra. Es-

cuta, Zoé; tu és completamente

livre, e não serei eu que pense al-

guma vez em constranger-te. Mas,

| como bom parente, como amigo,

pular ao. Correio da Manhã, con-

sumiu tres annos e persuadir-se

de que o governo apenas servia

para fazer o mal!

Modéstia.

==A gratidão em verso é dos

casos mais originaes da presente

lição dos costumes.

Mas, quem a verso mata, a ver-

so morre.

Fica feita a prophecia.

—O Popular, que esteve por

um triz a mudar-se para republi-

cano, fez do triz uma ponte para

Conselheiro quotidiano d'El-Kei.

Ninguém percebe, mas é a mes-

ma coisa.

—A que se chamma testamento:

prehenenimento de logares vagos,

sem haver criação d'um novo lo-

gar.

Lexicographia de quem espe-

rava herança jacente!

—Do Popular:

«0 governo decretou sessenta dia»

de luto pela morte da sr.1 Duquesa

de Montpensier. Pela n^orte do Du-

que do mesmo titulo (Diário do Go •.

verno de 7 de fevereiro de 1890 o

iuto official foi de triLta dias. Em

Hespanha foram agora decreta .os

vinte e oito dias de luto pela morie

da sr.* Duquesa porque em Hespa-

uha, sem faltar ao respeito devido à

Família Real, o governo olha pelos

interesses da n«ção.

0 governo português não se im-

portou com as conveniências do

commercio e prejudicou o prolon- gando o luto até quarta feira de cin-

sas, porque deixarão de realisir se,

na alta sociedade, muitas festas que

jà estavam annunciadas »

Esta Dão lembrava ao demonio,

mas lembrou ao Popularl

No entanto, como explicação,

sempre diremos: a Senhora Du-

ueza de Montpensier era tia do

ei de Hespanha e era avó da

Rainha de Portugal.

Ora, pela pragmatica, ora pelas

leis civis, ora pela natureza, ora

pelos usos e costumes avó sempre

foi mais do que tia.

Mas foi para fazer mal ao com-

mercio, embora outros podessem

£

....... , M;|, (mBJ

concluir que era para fazer bem

á economia da nação.

—Explicavsm-se hontem as fú-

rias do Correio da Noite contra o

que elle chama testamento minis-

terial, pelo facto de ser provido o

logar de Bispo de Macau, que os

progressistas destinavam ao sr.

Prior da Lapa.

Pois deviam agradecer, porque

partido progressista sem prior, é

cousa que se não comprehende.

—Realisou-se hontem no minis-

tério da Fazenda o concurso para

provimeoto de dois logares de 2.°

official da direcção geral da the-

souraria.

O jury era composto doa srs.

Pereira Carrilho, director geral

da contabilidade; Luiz Perestrel-

lo, director geral da thesouraria;

Campos de Magalhães, Olival,

Gouveia, Collaço, André Navarro

e Rosado, chefes de repartição.

Os concorrentes foram os srs.

D. Pedro Holstein, Jeronymo de

Sousa, Motta Marques, Gouveia

Pinto, Costa, e Manuel Baptista

de Aguiar. Este ultimo desistiu.

—O sr. ministro das Obras Pu-

blicas levou á assignatura real os

seguintes decretos:

Exonerando, a seu pedido, o

vogal da commissão districtal pro-

motora do commercio de vinhos e

azeites do districto de Braga, sr.

Leopoldo de Sousa Machado e no-

meando para o referido logar o

sr. Visconde de Negrellos.

Exonerando, a seu pedido, o

vogal da 18.a commissão de vigi-

lância da fiscalisaçao do fabrico e

venda de vinhos e azeites do dis-

tricto do Porto, sr. Visconde de

Villarinho de S. Romão, e nomean-

do para o referido logar o sr. ba-

charel Adolpho da Cunha Pimen-

tei;

—O sr. ministro da Marinha le-

vou á assignatura real os seguin-

tes decretos:

cumpre-me avisar-te do que se

passa. Fousseron faz-te a corte.

Zoé.—Quero crer.

Carlos.—-E tu não lh'a engei-

ta8... Mas, ouve bem, Zoé, Ro-

berto não casa; compromette-te.

Zoé.—E porque não ha de ca-

sar?

Carlos.—E* um firme proposito

da parte d'elle.

Zoé.—O meu rico primo imagi-

na então que os meus fracos at-

traclivos nunca hão de ter em al-

guém o poder que não tiveram no

primo?

Carlos.—Zoé, estou falando sé-

rio. Roberto é um libertino. Apos-

to que te escreveu? m

Zoé. — Estava-me lembrando

isso; elle teve o meu bouquet na

mão durante alguns minutos. De

facto, cá está um papel enrolado.

Acho um tanto impertinente...

Carlos.—A impertinência au-

ctorisaste-a tu com o teu coquet-

tismo.

Zoé. Parece-te isso, Carlos?

{Continua).

Exonerando o sr. capitão de

mar e guerra Victorino Miguel

Maria das Chagas Roquette do

commando da corveta «Bartholo-

meu Dias» e da estação naval do

Atlântico Sul.

Confirmando o sr. Paulo Corrêa

Garcia no logar de professor da

cadeira de instrucção primaria da

freguezia de S. Lourenço, da ilha

de S. Th ia go, da província de

Cabo Verde.

Nomeando para o logar que se

acha vago de escrivão e tabellião

do primeiro officio do juizo de di-

reito da comarca de Quelimane,

da província de Moçambique, o

sr. Agripino Annibal Lopes An-

tunes Garcia, habilitado em con-

curso para logares de escrivão de

direito e tabellião.

Condecorando com a medalha

de cobre de assiduidade de servi-

ços no ultramar o sargento aju-

dante da companhia de saúde de

Cabo Verde e Guiné, sr. Francis-

co Silvestre dos Reis.

—O sr. ministro do Reino, entre

outros decretos, levou á assigna-

tura real os seguintes:

Exonerando, a seu pedido, o sr.

Francisco de Almeida Corte Real

de administrador do concelho de

Lagos.

Transferindo o sr. D. Carlos Pe-

reira Coutinho, administrador do

concelho de Villa Franca de Xi-

ra, para idêntico logar no de Al-

deia Gallega.

Transferindo o sr. Amadeu In-

fante de Magalhães, administra-1

dor do concelho da Figueira da

Foz, para idêntico- logar no de

Villa Franca de Xira.

Transferindo o sr. Augusto Ce-

sar Marques, administrador do

concelho de Aldeia Gallega, para

idêntico logar no de Lagos.

Determinando que no quadro

do corpo de policia civil do muni-

cípio da Horta se inclua um logar

de cabo com o vencimento de 5(X)

réis, moeda insulana.

Auctorisando a confraria das

Chagas e Passos de Nosso Senhor

Jesus Christo, de Portalegre, alie-

nar uma inscripção do valor no-

minal de XOOsSOOO réis, n.<» 150:774 j

e dois certificados do valor nomi-

nal de 50$ 00 réis cada um, para

com o respectivo producto com-

prar opas e outros objectos indis-

pensáveis ao serviço a seu cargo,

sob a clausula de no orçamento

ordinário da impetrante se incluir

annualmente uma quantia nào in-

ferior a 5$000 réis, até completa

amortisação do capital de pendi-1

do.

Exonerando o sr. Augusto de

Sousa Tavares do logar de reitor

do lyceu nacional de Castello

Branco.

Nomeando o sr. José Maria da

Cunha, bacharel formado em theo-

logia, reitor do lyceu nacional de

Bragança.

Exonerando o sr. Antonio Al-

berto Manuel Pessanha, a seu pe-

dido, do logar de reitor do lyceu

nacional de Braga.

Nomeando o sr. Alfredo Alves

da Motta, bacharel formado em

medicina, reitor do lyceu nacional

de Castello Branco.

—Pelo sr. ministro das Obras

Publicas foi hontem assignade o

regulamento das provas das pon-

tes.

—Ao contrario do que se dizia,

não foi hontem publicada a or-

dem do exercito.

—O Diário publicou hontem

uma portaria louvando os srs.

Conselheiro Wenceslau de Lima,

director da escola medica-cirur-

gica da cidade do Porto, dr. Ma-

ximiliano Augusto de Oliveira

Lemos Junior, lente da mesma es-

cola, e os corpos gerentes da san-

ta casa da misericórdia, pelos ser-

viços scientifice8 e humanitários

que teem prestado.

—O sr. ministro da Marinha

levou hontem á assignatura regia

o decreto nomeando Bispo de Ma-

cau o rev. dr. José Manuel de

Carvalho, professor do seminário

de Vizeu.

—Os srs ministros do Reino e

da Justiça estiveram hontem nas

suas secretarias.

—O sr. Conselheiro José No-

vaes, governador civil do Porto,

foi agraciado com a commenda e

a grã-cruz da Conceição, em at-

tenção aos relevantes serviços

prestados em diversas commissòes

de serviço publico.

—O Diário publicou hontem

effectivamente os decretos exone-

rando o sr. Conselheiro Frederico

Arouca do cargo de ministro de

Portugal em Londres e nomean-

do-o para o logar de vogal do tri-

bunal de contas, vago pela apo-

sentação do sr. Conselheiro Men-

donça Cortez.

Foram também publicados os

decretos exonerando do logar de

overnador civil interino de Lis-

oa o sr. Conselheiro Eduardo Se-

gurado, nomeando-o vogal effecti-

vo do supremo tribunal adminis-

trativo e exonerando do cargo de

governador civil de Castello Bran-

co o sr. Conselheiro Antonio Pe-

droso dos Santos, director geral

das contribuições directas.

Reunião

O governo convida os

membros das duas ca-

sas de parlamento a re-

unirem lioje, as H boras

e meia da noite, no mi-

nistério do Reino,

Demissão do gabinete

Segundo nos consta, o governo

pede a sua demissão. O sr. presi-

dente do conselho fará hoje de-

clarações a este respeito, em am-

bas as camaras.

0 novo mir.isterio

Bem sabemos que é o sr. Con-

selheiro José Luciano que ha de

apresentar a El-Rei os nomes que

hào de constituir o novo ministé-

rio; mas se é conhecida a fran-

queza do génio de s. ex.a, não se

pôde estranhar que já sejam do

domínio publico as suas inten-

ções.

Assim, dá-se já como certo o

seguinte gabinete:

Presidencia e Reino—Conselhei-

ro José Luciano de Castro.

—Fazenda—Pereira de Miran-

da.

— Obras Publicas— Conselheiro

Augusto José da Cunha. •

— Guerra— General Francisco

Maria da Cunha.

—Marinha— Conselheiro Res-

sano Garcia.

A pasta dos Estrangeiros esta-

va destinada para o sr. Conse-

lheiro Barros Gomes e a da Jus-

tiça para o sr. Conselheiro Bei-

rão; hontem á noite, porém, uma

recusa formal do sr. Barros Go-

mes em voltar á vida activa da

politica, parece ter originado uma

modificação que dará em resulta-

do ir o sr. Beirão para os Estran-

geiros, entrando o sr. dr. Antonio

Baptista de Sousa para a Justi-

ça.

Governadores civis

Nos círculos bem informados

indigitavam-8e hontem os seguin-

tes:

Lisboa—Conselheiro Peito de

Carvalho.

—Porto—Conde de Castello de

Paiva.

—Braga—Dr. Macedo Chaves.

— Coimbra—D. João de Alar-

cão.

— Vianna do Castello—Viscon-

de de Alemquer.

—Aveiro—Dr. José Borges de

Faria.

—Leiria—Capitão Machado.

—Évora—Conde da Serra da

Tourega.

-"Beja—Visconde da Ribeira

Brava.

— Portalegre — Dr. Frederico

Laranjo.

—Faro—Dr. Coelho de Carva-

lho, antigo par do Reino electivo.

—Santarém—Dr. José Joaquim

Izidro dos Reis.

— Villa Real—Conselheiro José

Cabral.

—Braganç i - Dr. Pedroso de

Lima.

— Vizeu—Dr. Antonio Tavares

Freitas ou o sr. José Vaz de Sea-

bra.

— Castello Branco—D. Miguel

Pereira Coutinho.

—Guarda—Dr. Nogueira Sou-

to.

— Funchal — Dr. José Paulo

Cancella.

—Horta - O sr. Camelier.

—Angra - M iguel da Silveira.

—Ponta Delgada—Lacerda Ra-

vasco.

Pôde n'esta lista haver algu-

ma inexactidão, mas estas eram

as versões mais auctorisadas en- A tre os amigos da nova situação.

As janella8 de boas e antigas

grades de ferro, que tinha a fa-

chada da egreja de.S. Jorge de

Arroyos, foram substituídas por

umas vidraças com recortes á laia

de velhas guarda-loiças.

Dá-se cabo de tudo quanto é

typico e característico.

Gatunos

Foi preso pela policia Manuel

Duarte, sem domicilio por ter fur-

tado da quinta de S. João d'Ar-

royos, de que é capataz José Mes-

tre, varias peças de roupa e canos

de chumbo.

—Os hespanhoes Antonio de

Brito, João Fernandes e Manuel

Varella, que seoccupavam nos rou-

bos de carteiras com dinheiro, fo-

n am hontem remettidos a juizo.

Aqui e acolá

Ménélick, o négus da Abyssi-

nia, conta visitar Paris em 1900,

por occasião da exposição.

=Um telegramma official de

Vienna desmente os estranhos

boatos espalhados nos últimos

dias, ácerca da Princeza Luiza,

filha do Rei da Bélgica e esposa

do Principe Filippe de Cobourg.

==Começou a ser demolido no

dia 2, em Paris, o velho Palacio

da Industria, que occupa uma su-

perfície de 36:000 metros.

A demolição será trabalho para

seis mezes e occupará 350 operá-

rios.

=A Imperatriz Frederico da

Allemanha acha-se ha oito dias

em Osborne, aonde foi, como men-

sageira da paz, reconciliar a cor-

te de Inglaterra com Guilher-

me II e tornar possível a presen-

ça d'este ultimo no jubileu dos GO

annos do reinado da Rainha Vi-

ctoria. r ; . v 3

A causa dos azedumes ingleses

foi, segundo uns, o telegramma de

felicitações enviado pelo Soberano

allemão ao presidente Kruger, por

occasião da expedição do dr. Ja-

meson.

No dizer d'outros, melhor infor-

mados, foi a maneira desprimoro-

sa porque o Imperador Guilher-

me tratava o Principe de Batten-

berg. A esposa d'este, a Princeza

Beatriz, que é adorada por toda

a Família Real ingleza, nunca

perdoon a Guilherme II aquella

de8Cortezia.

Duvida-se de que a Imperatriz

Frederico consiga congraçar seu

filho com sua irmã mais nova.

Festividades na egreja

dos (laetanos

A irmandade de Nossa Senhora

da Conceição, que esteve muitos

annos na egreja do sr. Marquez

de Pombal, na rua Formosa, e

actualmente installada n'aquella

egreja, recebe ámanhã o Sagrado

Lausperenne, tendo logar a festi-

vidade do seu orago pela manei-

ra seguinte:

A's 11 e meia, missa solemne,

por instrumental, e sermão pelo

rev. Napoleão José Thomaz de

Aquino; ás 5 e meia, ladainha e

solemne Te-Deum, e sermão pelo

reverendo Joaquim da Silva Por-

to Curado.

Dia 8—As 6 horas, Hora da

Adoração ao Santíssimo Sacra-

mento.

Dia 9—A's 11 e meia, missa de

reposição do Lausperenne e festa

ao Menino Jesus, e sermão pelo

rev. Napoleão José Thomaz de

Aquino.

VILLA REAL, 5, ás 10 e 40*

da m.—Ao saber-se aqui a noti-

cia da queda do ministério, e da

chamada do sr. Conselheiro Lu-

ciano de Castro, os influentes pro-

gressistas mandaram deitar fo-

guetes.

—O tempo está chuvoso.

M.

Doenças das vias urinarias

Consultas das 2 5, por J.

M. Ribeiro, medi*»' -cirurgião Cal-

çada do Carmo, 6, 1.° (Rocio).

Joaquim Augusto da Gosta

FABRICANTE

fornecedor exclusivo

do ministério dos IVe*

ffocios Estrangeiros,

Sociedade de Cieogra»

pbia. etc.

Com oflicina na rua de S.

Juliao, tlO. 3.°. onde (em

um completo sortimento ne

seu venero e para onde dev§

ser dirigida toda a correspon-

dência.

Succursal no Porto, rui

das Flores, 201 e 205. casa

de Albino Coutinho.

Notas mundanas

DL

Sntendo que t dignidade es-

tá primeiro que tudo, embora

se calaue-tos pé3 o coração.

Se a Perpetua conhecer que

foi um pretexto, e não o ciú-

me o motivo da desintelligen-

cia, seffra, mas caladinha'

Não lhe demontre a sua affei-

ção; sendo constante e firme,

é a maior prova que pode dar

do seu amor.

Assim pensa uma

Idsal.

Page 3: DIABIO ILLUSTPADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-02-06/j-1244-g_1897-02-06_item2/j... · dos aceiadissimos, e em mesas magnificas, com as refeições ahi de quaesquer tabernas,

nn-LiFE

O regresso de Sua Magestade

a Rainha

Sua Magestade a Rtinha regressou

hontem a Lisboa, vinda de Sevilha,

onde esteie alguns dias junto do

cadaver de soa aogusta avó a sr.*

Duquesa de Montpensier.

O comboio real, conduzindo a Au-

gusta Sobe ana, sahiu ante-hontem

de Sevilha ás7 horas da tarde e che-

gou a Badajos ás 4 horas da madru-

gada. De Badajoz para Lisboa veiu

com maicha de expiesso. chegando

a esta estação á hora da tabella, 11

e um quarto da manhã.

No Entroncamento aguardava a che-

cada de Sua Magestade a Rainha,-Si-

tiei o Senhor D. Carlos, acompanha-

do pelos srs.«Conde de Arnoso, vice-

almirante Teixeira de Pinha e capi-

tão Guerreiro, dignitários de servi-

ço, e pelos srs. ministro das Obras

Publicas, fl. Boyer, da Companhia

Real dos caminhos de ferro, e Mo-

raes Sarmento, da flscalisação do

governo.

Na gare era extraordinaria a con-

corrência. As senhoras trajavam de

luto rigoroso e os homens de farda

ou sobrecasaca.

Do corpo diplomático estavam as

sr.*1 Condessa de Brandis, Baronesa

Derenthal, lady Mac-Donnel, Madame

Ruata, Princeza de Caúati, D. Jose

)ha da Costa Motta e Condessa de

-imenez y Moiíni; e os srs. Ajuti,

Nuncio de Sua Santidade; Vico, au-

ditor da Nunciatura: Giovanni, se-

cretario; Conde de Brandis, minis-

tro da Austria; Barão Derenthal, mi-

nistro da Allemanba; Mac Donnell,

ministro de Inglaterra; D. Angel Rua

ta, ministro de.Hespanr>a; Conde de Ormesson, ministro de Frarça; Con-

de de Sonnaz, ministro de Italia; As-

sis Brazil, ministro do Brazil; Barão

Jleeckeren, ministro da Hollanda;

Barão de tfayendorff, ministro da

Russia; Geoi ge Caruth, ministro dos

Estados-Unidos; Conde Cronhielm1

encarregado de negocios da-Suécia

e Noruega, e todos os secretários e

adidos das legações.

O sr Burlet, ministro da Bélgica,

por continuar aoente, não pôle com-

parecer a cumprimentar Sua Mages-

tade a Rainha, mas fez-se represen-

tar polo sr. Delafaille, secretario da

i

legtção.

Lsiav; Jsiavam também na gare da esta-

ção do Rocio, entre outras pessoas,

as sr." Duqueza de Palmella,'Con-

dessa de Villa Real, Condessa de Sa-

bugosa, Condessa de Seisal, Mirque-

sa da Foz, D. Joanna Hintze Ribeiro

e D. Maria Francisca de Menezes; e

os srs, Presidente do Conselho, mi

nistros do Reino, Justiça, Guerra,

Marinha, Negocios Estrangeiros e

Obras Publicas; Arcebispo de Mity-

lene; Monsenhor Serrano, secretario

do sr. Cardeal-Patriarcha, represen-

tando Sua Eminência; Duque de Pai-

mella, Marquez do Fayal, Conde da

Figueira, Conde de .Sabugosa, Conde

de Lagoaça, Conde de S. Miguel,

Conde de Ficalho, Conde de Avila,

Conde de Bertiaudos, Conde de Vtlla

Nova da Cerveira, Conde de Gouveia,

Conde de Bomllm. Conde de Paço de

Arcos, Conde de S. Januario, Conde

ca Ribeira .Grande, Conde de Bur

nay, Conde de Jimenez y Molina,

Conde da louzã, Visconde da Vtrzea,

Barão de S. Pedro, Emygdio Nayar

3-O, Moraes de Carvalho, ferreira do

Amaral, fcá Brandão, Pimentel Pinto,

Pedro Victor, general Francisco Ma-

ria da Cunha, general Sepulveda, ge-

neral Vito Moreira, general Queiroz,

general Galhardo, general Lencas-

tre e Menezes, general José Frede-

rico Pereira da Costa, general Pi-

nheiro, general Olivetra Miranda,

general Vasco Guedes, general Vis-

conde de Villa Nova de Ourem, ge

neral Antonio Candido da Costa, ge-

neral Antonio de Campos, general

Barradas Cuerreiro, engenheiro An

tonio Carraco Bossa, D, Thomas de

Almeida, Antonio izidoro dos Reis,

Abreu Vital, Manuel da Costa Primo,

engenheiro Croneau, general Jacm-

tho éouto, general Craveiro Lopes,

contra-almirante Cardoso de Carva-

lho, contra almirante Duarte Pedro-

so, contra-almirante Rio de Carva-

lho, coronel Duval Telles, coronel

Montalvão, coronel Maia, coronel

Aboim, coronel Avellai Machado, co

ronel Galhardo, coronel Rodrigues

da Costa, coronel Barruncho, coro

nel Cabedo, coronel Alberto de Oli-

veira, coronel Azevedo Coutinho, te-

nente-coronel Jacintho Parreira, te-

nente-coronel Moraes Sarmento, Je

ronymo Pimentel, Jorge O'Neill, K.

Segurado, D. Manuel de Noronha, D.

Manuel de Menezes, Barão de For

nellos, José Parreira, José da Sil-

veira Vianna, Eduardo Pinto Bastos,

Ramalho Ortigão, Carlos Roma du

Bocage, Simões Margiochi. Arthur

Hintze Ribeiro, D. Antonio de Noro

nha (Paraty), major Antonio Costa,

Camello Lampreia. Christovão Pinto,

Alfredo Guedes, Visconde de I lanha,

Jorge Sabugosa, Vieira da Rocha,

Marrecas Ferreira, Jorge Soveral,

Martinho Guimaiães, Abel Botelho,

Gomes de Araujo, Polycarpo Anjos

Charters de Azevedo, dr Manuel de

Castro G limarães. José Ribeiro da

Cunha, Custodio Borja, Alfaro Fer-

reira, Vellez Caldeira, Antonio Pinto

Basto, general Gordilho de Miranda,

etc.

A's 11 horas e 10 minutos chega-

ram Sua Magestade a Rainha D. Ma-

ria Pia e Sua Alteza o Senhor Infan-

te D. Affonto, acompanhados pela

sr.» Marqueza de Bellas e pelo sr.

Duque de Loulé. Quando o comboio

real deu entrarta nas agulhas da es-

tação, todas as pessoas se descobri-

ram respeitosamente.

Sua Magestade a Rainha vinha mui-

to commovida. Abraçou e beijou sua

augusta scgia, seguindo depois para

a sala de recepção, onde estavam já

os membros do corpo diplomático.

No comboio real vieram os srs

general JoséJ. de Paiva Cabral Cou-

ceiro H. E. Boyer, Horaes Sarmento,

Antonio de Vasconcellos Porto, Fer-

reira de Mesquita, dr. Ariosto de

Moncada e dr. Tierno.

Sua Magestade -El Rei, a Rainha,

a Senhora D. Maria Pia e o Senhor

Infante D. Affonso receberam os cum-

primentos das pessoas que tinham

ido esperar a Soberana. D desfile du-

rou mais de meia hora. Findo elle,

Suas Magestades seguiram para o

Paço das Necessidades, em carrua-

gem descoberta, acompanhados por

um esquadrão de cavallana. Na se-

gunda carruagem tomaram logar os

srs. Condes de Figueiró e na tercei-

ra osj srs. Condes de Arnoso, vice-

almirante Teixeira de Pinha e capi-

tão Guerreiro.

No largo de Cam ões, onde era

grande a concorrência de povo, fa-

zia a guarda de honra o regimento

de infanteria 5

Sua Magestade a Rainha D. Maria

Pia e o Senhor Infante D. Affonso se-

guiram para o Paço da Ajuda, sahin-

do pela porta do lado da calçada do

Carmo.

•#

# -#

Fazem am anui annosas sr.":

D. Antónia Augusta da Silva Leão

(Almofalla).

D. Gertrudes da Piedade Crespo.

D. Eulalia de Abreu.

D. Maria Amalia Nunes.

D. Anna Augusta Botelho Moniz

Teixeira.

D. Aniceta da Cunha Rebello.

D. Carlota Affonso de Castilho.

D. Benedicta Maria dos Santos.

►E os srs.:

Conde de Aurora.

Visconde de Alcochete.

Alfredo do Amaral Sarmento e

Vasconcellos (Almeidinha).

Carlos Vianna Machado.

Ignacio Eugénio 'Guedes Couti-

nho.

Carlos Ricardo de Moraes Sar-

mento.

José Joaquim da Rocha Soares

Barbosa.

#

# *

Chegou de Coimbra o sr. conego

Antonio José da Silva.

—Está em Lisboa o sr. Visconde

do Banho.

—Chegou a Lisboa o sr. Martins

Minotes, nosso consul em Vigo.

—Só boje Darte para,Zanzibar, o

sr. coronel Ferreira de Castro. A

demora resultou do paquete ter en-

trado hontem o Tejo a horas de já

não poder receber a carga e sahir a

barra hontem mesmo.

—Partiu hontem ^ara Beja o go-

vernador civil d'aquelle districto

Conselheiro Augusto Carlos Fialho e Castro.

—Partem hoje para .Loanda os

srs. Bernardino do Conto e Julio da

Costa Pratas.

—Regressou a Lisboa a sr.* D

Carlota Izabel da Camara (Belmon-

te).

—Regressou a Thomar o sr. Ba-

rão de Alvaiazere.

—Chegou de Leiria a sr.* Viscon-

dessa de Faria Pinho.

—Partiu para Elvas o sr. dr. Ca-

molino.

—E' esperada em Lisboa, na pro

xima sexta feira, 12 do corrente, a

sr.* Condessa de Ormesson, esposa

do sr. ministro de França n esta

côrte.

—Chegou hontem do Porto o sr.

Carlos Lopes.

—Regressou hontem á noite a Ei-

vas o sr. dr. Tierno.

—Partiu para Paris o coronel in-

glez mr. Dalton.

—Regressou hontem á sua casa

no Porto o sr. Visconde de Sindello.

—Partiu hontem jpara Venexa,

acompanhado de sua irmã, o sr. dr.

Sousa Martins.

—Para o mesmo destino também

seguiu o sr. dr. Mello fireyner.

—Partiu para Paris o sr. dr. San-

tos Loureiro.

—Seguiram hontem para Biarritz

os cfflciaes do exercito inglez, mrs.

Hall e Hiuson.

—Chegaram a Lisboa e alojaram-

se no Hotel Avenida Palace os srs :

Eu£êne Viroux, Leo Benguiat, M.

Teixeira Gomez, Luiz de Faria Gui

marães, Alves d'Oli veira, J. Hall

general.

*

# #

Consta que se realisa brevemen-

te, o casamento d'um opulento ca-

pitalista, e ex deputado, com uma

distincta e elegante senhora perten-

cente a uma familia muito illustre

e conhecida.

#

# #

Deu á luz uma menina a sr.* D.

Maria Anna Machado de Castello

Branco (Figueirt), esposa do sr.

da Gama Berquó, di( PMro

ofílsial da armada.

erquó, digníssimo

#

Programma do jantar-concerto de

ámanhã no Hotel Borges:

«Toujours ou jamais»» (valse).—

Waldteufel.

«La Serenade».—Gabriel Pierre.

«De Cbicomo a Manjacaze» (passo

doble em homenagem ao coronel

Galhardo).—Matta Junior.

«0 Encanto® (reverie).—Cordeiro

Fialho.

«Nas praias» (polka).—Matta Ju-

nior.

«Preludio».—0. Gallo.

«Dolores» (valse).—Waldteufel.

«Hotel Borges» (galope cfferecido

e dedicado ao ex o# sr. Antonio Bor-

ges).—Cordeiro Fialho.

#

* #

Tem passado incommodado de

saúde o sr. D. Luis Labo da Silveira

(Alvito).

- Está doente o sr. Conde de Vil-

la Franca.

—Contitúa bastante doente a sr.*

Condessa de Almada.

—Está melhor a filha do sr. Ma-

nuel José da Silva, que se acha no Mont'-Estoril.

—Continua doente a sr.* D. Maria

do Carmo de Carvalho Daun e Lo-

rena. filha dos srs. Marqueses de

Pombal.

—Esfá doente com um ataque de

influenza, o sr. Nuno de Sampaio

Mello e Castro.

— Está doente o sr. dr. E iuardo

Motta.

Duqueza

de Montpensier

Chegada do cadaver a Madrid

O cadaver da Infanta D. Maria

Luiza chegou hontem á eBtação

da Atocha, em Madrid, pelas 9

horas da manha, sendo depositado

n'uma das salas da mesma esta-

ção, armada em camara ardente;

e foi transportado ao Escoriai ás

11, chegando alli hora e meia de-

pois

No Escoriai, o prior da Com-

munidade dos Agostinhos, recebeu

o corpo no pateo dos Reis, onde

foi rezado um responso pelo eter-

no descanso da veneranda Prin-

ceza.

Acompanharam o cadaver até

á entrada, no Pantheon de S. Lou-

renço, o chefe superior do Paço, o

ministro da Justiça, o governador

civil e o Bispo de Madrid.

O sr. Duque de Chartres desis-

tiu do seu proposito de partir pa-

ra HeBpanha, por saber que não

chegaria alli a tempo de assistir

ao funeral.

Notas soltas

Visitando ha tres mezes o mos-

teiro do Escoriai, a sr.a Duqueza

de Montpensier perguntou ao in-

tendente que a acompanhava:

—'Qual é o local que destinam

ao meu cadaver?

—E' aquelle, respondeu o in-

tendente.

E designou-lhe um espaço va-

sio, junto do sitio onde está depo-

sitado o corpo do Duque de Mont-

pensier.

Teria a Infanta, n'aquelles mo-

.mentos, o presentimento do seu

proximo fim?

—Foram hontem celebradas

exequias, em Paris, pelo eterno

descanso da alma da Infanta D.

Luisa Fernanda.

O acto religioso realisou-se na

capella de S. Fernando, construí-

da em frente da porta Maillot, no

local onde ha 55 annos cahiu da

carruagem, fracturando a columna

vertebral, o Duque d'Orléans.

*

# #

O testamento da Infanta foi

aberto á 1 hora e meia da tarde

de ante-hontem.

Sua Alteza declara seus únicos

herdeiros a sr.* Condessa de Pa-

ris e o Infante D. Antonio de Or-

leans.

Dispòe da terça em favor de

seu neto o Infante D. Luiz Fer-

nando, filho do Infante D. Anto-

nio e da Infanta D. Eulalia de

Hespanha.

Deixa quantias importantes aos

pobres, aos estabelecimentos de

beneficencia de Sevilha e a di-

versas communidades religiosas.

Antonio, e a terceira para obras de

beneficencia. Dix-se que o palacio

de San Telmo será convertido em

seminário, como era antes da des-

amortisação e de ser comprado pe-

lo Duque.

SOFIA, 4, n.

Serão celebradas ámanhã solem-

nes missas de «requiem» por alma

da Duquesa de Montpensier em So-

fia e em Philippopoli, onde está a

côrte, a qual toma luto por tres se-

manas.

MADRID, 5, t.

0 comboio especial condnsindo o

cadaver da Duqueza de Montpensier

chegou a Madrid á estação do Meio-

dia com uma demora pequena. Os

capellãss do Paço, o governo, as

auctondades e os altos servidores

da côrte esperavam-o, sendo-lhes

prestadas na estação todas as hon-

ras religiosas. A tropa formava alas

desde a estação do Meio-dia até á

do norte. Nas ruas está muita gen-

te. 0 cortejo vai pôr-se em marcha.

MADRID, 5, m.

0 cortejo fúnebre passou pelas

ruas e praças conforme o itinerário

anteriormente fixado. As tropas com

, as bandeiras cobertas de crepe,

j abriam a marcha. Eram seguidas

pelos Bispos, pelo Nuncio do Papa e

pelos padres c&pellães da Casa Real

. O carro fúnebre puchado por oito

cavallos ia coberto de corôts. 0 go-

verno e os dignitários do Reino e o

resto do cortejo seguiam o corpo.

Ao passar por defronte do Paço a

Família Real chegou por dentro dos

: vidros das Janellas. Ao entrar na

estação do norte foi rezada um res-

ponso e o caixão collocado n'um four eon armado em camara arden-

te. A's 11 h. e 30 m. o comboio fú-

nebre partiu para o pantheon do

Escoriai acompanhado pelo ministro

da Graça e Justiça e outros func-

cionaiios.

Pão de Santo Antonio

Na próxima terça feira, 9 do

corrente mez, será inaugurada na

egreja parochial de Nossa Senho-

ra das Merces, esta piedosa e sym-

pathica instituição.

"A Monarchia Portugueza"

Este jornal que ha tempo sus-

pendeu a sua publicação, reappa-

rece hoje, consideravelmente me-

lhorado, pois augmentou de for-

mato e passará a ser illustrado.

Sobre o feretro da sr.* Duqueza

de Montpensier foram depostas

soberbas coroas offerecidas pelos

Reis de Portugal, pelos filhos e

netos da finada, pela Rainha Re

gente, pela Rainha Izabel II, pe-

los membros da familia de Or-

leans, etc.

#

# #

PORTO, 5, ás 8 h. e 52' da n.—

Ao Diário lUustrado.

A Mesa da Ordem do Carmo

resolveu hoje enviar um tele-

gramma dando os pezames a Suas

Magestades pelo fallecimento da

sr.* Duqueza de Montpensier.

M.

#

# #

PARIS, 4, n.

Ceiebrou-se esta manhã em Nsuil-

Jy um officio fúnebre pela Duqueza

de Montpensier, ao qual assistiram

vários membros da familia Oiléms

e diversas notabilidades.

SEVILHA, 4, n.

0 cadaver da Infanta Duqueza de

Montpensier foi hoje depositado na

estação do caminho de ferro ás 4

horas e meia da tarde, sendo lhe

prestadas as devidas honras milita-

res. 0 sahimento constituiu uma

grande manifestação de luto em Se-

vilha, onde a lafanta gosava de

rotundas ^ympathias. A Infanta

eixa a sua fortuna dividida em

tres partes: uma para a Condessa

de Paris, outra para o Infante D.

"SPORT"

A direcção do Real Gymnasio

Club Portuguez estava já prepa-

rando uma «matinée», que se de-

via realisar na séde do Club, e

para a qual seriam convidadas

Suas Magestades e Altezas, que

sempre têm mostrado o maior in-

teresse por aquella collectividade.

Foi, porém, posto de parte o pro-

I jecto, em vista do fallecimento de

Sua Alteza a Duqueza de Mont-

pensier; triste acontecimento que

enlutou a Familia Real e a côrte

portugueza.

Era deslumbrante e grandioso

o projecto de ornamentação espe-

cial no grande salão do Club, on-

de os socios, que o publico teve

ultimamente ensejo de phreneti-

j camente applaudir, executariam,

na presença de Suas Magestades,

alguns números de esgrima e

gymnastica artistica..

Esta festa será, segundo nos

consta, substituída por uma ses-

são nocturna de esgrima, a que

assistirão, além dos socios e fa-

mílias, os representantes da im-

prensa e a oficialidade de terra e

mar.

#

No proximo carnaval realisa-se

o costumado sarau, para o qual a

direcção não fará convite algum,

assistindo somente os socios e fa-

mílias e a imprensa.

Clip.

§

Banco Luzitano

Recebemos o relatorio e contas

da direcção e parecer do conselho

fiscal, em 31 de dezembro de 1896.

A direcção, com um alto crité-

rio e bom senso administrativo,

patenteia a situação financeira

d'esta sociedade, esperançosa de

que os seus alvitres a desembara

cem do8 difficeis encargos em que

está collocada, restabelecendo-lhe

todo o credito a execução do con-

vénio que se propoz e foi acceite,

pela commissao dos credores e

pelo conselho fiscal.

No balanço apresenta o sr. Ri-

cardo de Sá, chefe da contabilida-

de, o lucro de 80:613^801 rs.

A direcção conclue o relatorio

pedindo para ser auctorisada de

accordo com o conselho fiscal e

commissao de credores, a realisar

qualquer transacção sobre os ter-

renos disponíveis do prédio do

largo do Conde Barão, para o fim

de alli se construir um bairro ope-

rário, de modo que alienando-os,

fique o banco compartilhando dos

interesses futuros d'essa construc-

ção e sem desembolso de numerá-

rio.

O prédio e terrenos alludidos

são a propriedade onde está ins-

talada a companhia Nacional Edi-

tora.

Pelo estrangeiro

TELEGftÃMHAS

BOMBAIM, 2, m. (Por ampliação).

Corre aqui que se deram alguns

casos de peste em Gôa e Damão, e

que as auctoridades portuguesas

ordenaram a incineraçao dos mor-

tos sem distincção de religião, sen-

do queimados os seus vestuários e

habitações. Também se diz que foi

estabelecido um cordão sanitario

rigorosíssimo á roda dos logares infeccionados. Estas noticias, porém,

não estão oficialmente confirmadas.

As quarentenas são de rigor, tan-

to para os passageiros que chegam

por terra como por mar.

PARIS, 4, n.

A camara dos deputados appro-

vou por 282 votos contra 239 o pro-

jecto de lei creando prémios em fa-

vor do assucar exportado.

MADRID, 4, n.

E' completamente destituído de

fundamento o boato de que o gene-

ral Polavieja tenha pedido mais re-

forços miLtares para as Filippinas.

LONDRES, 4, n.

Camara dos communs.—0 sr. Bro- drick, secretario parlamentar do

ministério da Guerra, declarou que

o orçamento da guerra que ha de

ser apresentado ámanhã, pre?ê um

augmento de tropas, principalmen-

te nas estações navaes do Mediter-

râneo. 0 sr. Curaon, secretario par-

lamentar do ministério dos Nego-

cios Estrangeiros, disse que as no-

ticias recebidas pelo governo an-

nnnciam a continuação dos comba-

tes na bahia do sul de Creta, mas

que, a instancias dos consoles, os

insurrectos promettem suspender a

lucta se as trepas também a sus-

penderem.

BOMBAIM, 4, t.

0 total dos casos de oeste fóbe a

5:098, o dos obitos a 3:841. e a mor-

talidade da semana a 1:045.

ALEXANDRIA, 4, n.

a prohibição de desembarque pa-

ra as proveniências dos portos con-

taminados de peste comprehende

trapos, tapetes, roupas, fatos, coi-

ros verdes, pelles frescas, restos

frescos de animaes e plantas ver-

des.

ROMA, 5, m.

Os estudantes de varias universi-

dades continuam as suas manifes-

taçõos. H mtem á noite em Nápoles

houve lucta entre os estudantes e a

policia, resultando varias ptssoas

feridas.

MADRID, 5, t.

A questão relativa á divida publi-

ca de Cuba não é comprehendiaa no

projecto das reformas cubanas, por-

que será objecto d'um projecto es-

oecial, que deve ser apresentado ás

côrtes na sua próxima sessão le-

gislativa.

VIEENNA, 5, t.

Ui a avatanche nas montanhas de

Berticsa destruiu uma fabrica de

serração, deixando mortos 2 operá-

rios e feridos 14.

(Havas).

Telegrammas do Porto

PORTO, 5, á 1 h. e 50' da t.

—Ao Diário Illustrado.

O governador civil chegou esta

manhã, reassumindo as suas fun-

cções.

—A' missa de hoje no Terço,

em acção de graças pelas melho-

ras do Cardeal D. Américo, assis-

tiu a mesa, alumnos da Ordem e

muitas outras pessoas.

—Seguiu esta manhã para Lis-

boa a leva de condemnados.

—Succumbiu hoje na cadeia, de

febre typhoide Francisco Manuel,

condemnado por furto.

—Foram presos José Ferreira

de Sousa e Domingos Ferreira de

Sousa por terem assaltado para

roubar um estabelecimento em

Contimil e aggredido dois caixei-

ros os quaes foram recolhidos no

hospital, em estado grave.

M.

PORTO, 5, ás 8 h. e 5' da n.

—Ao Diário lUustrado.

Os irmãos Sousas, que foram

enviados a juizo negam que sal-

tassem em Contumil a mercearia

e ferissem os caixeiros; estes,

quando a visinhança os encontrou

prostrados, declararam terem si-

do os Sousas os aggressores.

A prisão dos Sousas foi effe-

ctuada em sua casa quando esta-

vam deitados.

—Entrou esta tarde na Rela-

ão vindo de Villa Real, Antonto

arvalho condemnado prisão cel-

lular por homicídio.

M.

í

Grande espectáculo a favor

dos soldados feridos na

guerra de Cuba

Deve ser imponente por todos

os motivos, o grande espectáculo

ue se realisa na segunda feira,

, no elegante Coliseo da rua da

Palma a favor dos soldados feri-

dos na guerra de Cuba.

A companhia de zarzuela que

alli trabalha, desempenhará um

dos seus melhores espectáculos,

levando á scena pela 1.* vez a

Cadiz, peça com que em Hespa-

nha se tem efíectuado muitos ou-

tros benefícios para os mesmos

soldados.

A Cadiz tem todaí a annalogia

n'um espectáculo d'estes, porque

ao som da enthusiastica marcha

d'esta zarzuela é que tem mar-

chado para guerra os valentes

soldados hespanhoes.

O restante espectáculo também

será escolhido.

Os bilhetes acham-se desde já

á venda.

í

Cosinhas economicas

Na dos Anjos, distribuíram-se

2:262 rações, média 733 jantares

completos, ccnstando de sopa de

massa com grão, bacalhau cosido e

salada de batatas, pão, vinho, quei-

jo, laranjas e maçis.

#

Na de Alcantara, distribuíram-se

1:972 rações, média 607 jantares

completos, constando de sopa de

feijão encarnado e arroz, bacalhau

com batatas, pão, vinho, laranjas,

nozes, figos, imçãs e queijo.

# Na de Xabregas, distribuiram-se

1:831 rações, média 607 jantares

completos, constando de sopa de

arroz com hortaliça, atum com ba-

tatas, pão, vinho, queijo, maçãs, la-

ranjas, figos e bananas.

Pequenas noticias

Festeja-se amanhã, com toda a so-

lemnidade a imagem do Senhor dos

Quartéis, assim denominada por

eàtar exposta á veneração dos fieis

dentro d'um oratorio na parada do

quartel do regimento d infanteria 3,

em Vianna.

—Vai brevemente fazer-se a liga-

ção dos descarregadores do colle-

ctor de esgoto da rua Vinte e Qua-

tro de Julho entre Santos e a Rocha

do Conde de Óbidos.

—Vai ser construído um lavadou-

ro na calçada de Marv lia.

—Foram s^bmettidos hontem a

despacho 346:000 kilos de trigo es-

trangeiro, por José Antonio dos Reis,

631:906 kilos por Castro & Irmã}, e

415:309 kilos por Bello & C *.

—A alfandega rendeu nontem réis

26 760£071.

—Sjlemnisou-se com toda a pom-

pa na capella de Santo Homem Bom»

de Vianna. na terça feira, a Virgem

das Candeús.

—Não tem fundimento a notic a

publicada hontem por um collega,

de que ia suspender a sua publica-

ção o Correio dc Cintra.

—Chegou hontem a Lisboa v nda

de Nice, a festejada cantora Dar-

cjé3.

—Nos comboios da noite seguiram

hontem para o Porto 60 emigrantes;

que voltam do Pprá a suas casas.

Secção util

Estado geral do tempo

Hontem pelas 8 h. e 15 m. p.

m. mandou-se içar o signal n.° z,

no Arsenal de Marinha, em con-

sequência de continuar a descida

barométrica e começar a refrescar

o vento do SSE. e S., com raja-

das tortes, indicando a approxí-

mação da depressão indicada.

Nos postos do Reino o barome-

tro subiu cerca de 2 millimetros

ao S. e desceu outro tanto ao N.

Na Madeira subiu 8 millimetros e

nos Açores entre 1 e 3.

As pressões mais fracas estão

sobre a Irlanda.

Faltam boletins de França o

alguns de Hespanha.

Dia 4 — Temperatura maxima,

15,9; temperatura minima, 11,5.

Dia 5 ás 9 horas — Temperatu-

ra 11,8.

Pressão ao nivel do mar 766,7.

Dia 6 — Tempo provável: ven-

to fresco d'entre SW. e NW.

Céo nublado.

Espectáculos

A'S 8 lj4 —D. MARIA.

0 Velha Thema.

.A's 8 Ií4—1TRINDADE.

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rs.; geral, 100 réis.

A's 8 ti2—COLISEO DOS RECREIOS.

Espectáculo pela companhia eques-

tre dirigida por D Enrique Dias.

Typda" Trdá^QúêimãdíTSS

Page 4: DIABIO ILLUSTPADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-02-06/j-1244-g_1897-02-06_item2/j... · dos aceiadissimos, e em mesas magnificas, com as refeições ahi de quaesquer tabernas,

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Y^RIADO sortimento de fa-

* zendas de novidade, n'es-

te atelier. O córte e feitio de

fatos são executados pelo sys-

tema ingles.

NO ca ma roteiro estuo alierf as as folha» para

os quatro espectáculos com bailes de mas-

caras do proximo carnaval. Vende-se para as

«luatro noites ou para cada uma separadamente.

MORRHUOL

de CHAPOTEAUT

Substitue o oleo de fígado de bacalhao, do

qual contem todos os princípios activos, livres

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pitaes provaram que o Morrhuol é muito efficaz

nas Bronchites, Constipações, Catarrhos, e

Moléstias do peito, ao começo. Modifica promp-

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Fornecimento de fer

ro diverso e cliapas

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1^0 dia 27 de fevereiro pela 1

hora da tarde, na estaçáo

central de Lisboa (Rocio) perante a

commissão executiva d'esta compa-

nhia, serão abertas as propostas re-

cebidas para o fornecimento de

171:000 kilogrammas de ferro diver-

so e chapas.

Às condições e desenhos estão pa-

tentes em Lisboa., na repartição

central dos armazéns (edifício da

estação de Santa Apolonia) todos os

dias úteis das 10 horas da manbã

ás 4 da tarde e em Paris, nos es-

criotorios da companhia, 28, rue de

Gtâteaudun.

Lisboa, 28 de janeiro de 1897.

O administrador-director da C \

II. E. Boyer.

Julgava-se antigamente que estas doenças eram

incuráveis, mas, felizmente para a humanidade, as pernas

tortas, as feridas suppurosas, as cabeças que criam casco,

as glandulas inchadas, as erupções da pelle e todos os

outros soffrimentos que constantemente torturam as

pessôas fracas, pallidas e anemicas podem ser absoluta-

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Um volume de 1:600 paginas

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le, qae se espera de Bordeaux, se-

gunda feira. 1 de marçj.

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cala por Pernambuco e Ba ua.

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Mantos» Hontevidea a

Buenos-Ayres*

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Íue se esp ra de Borieau de 27 a

8 do corrente.

Para Bordeaux, ena di-

reitura

8«hirão os segu.ntei paquetes:

C0RD1LLERE, comraandante Baule,

que se espera do Brasil em 8 a 10

fevereiro.

PORTUGAL, commaníaTite Rossi-

gnol, que se espera do Brazil de 23

a 24 de fevereiro.

Para mail informações trata-se no

eteriptorio de Toriaáes & G.*, onde

>e icha -stabeieàda a agencia, rua

áurea, 32, l.«

Pela Agencia da Compagnie des Mes-

sagerias Maritimes.

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S. JoNepli» B. Augusta»

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Serviço «em trasbordo

na estação de Porto

Campanhã

O KGUNDOaviso recebido da admi-

° nistração dos Caminhos de fer-

ro do Minho e Douro, desde 27 do

corrente deixará de haver trasbordo

em Porto Campinbã para os passa-

geiros e bagagens que, pelos com-

boios n 1, 3, 5 e 15, se dirijam a

Porto-Terminus e para os que de ali

procedam pelos comboios n.°'A2, 4,

6 e 16.

Lisboa, 23 de janeiro de 1896.

0 administrador-director da Compa-

nhia,

U. E. Boyer.

^CtOCOM P0S-fr

Espera-se a 6 do corrente, para

sahir depois de indispensável de-

mora.

Para carga, trata-se no Oaes do

Sodré, 64, 1.».

Os agentes,

E. Pinto Basto & C\

Para a cura efficaz e prompta das

Moléstias provenientes da impu-

reza do Sangue.

E' uma loucura andar a fazer experiencias

com misturas inferiores compostas de drogas

ordinarias ou de plautas indigenas cuja efficacia

não é confirmada pela sciencia, emquanto que a

inolestia cada vez vai ganhando terreno.

Lancem mão, sem demora, de um remedio

garantido cuja efficacia seja facto assignalado e

inquestionável!

O Extracto Composto Concentrado de

Salsaparrilha de Ayer (s conhecido e re-

commendado pelos medicos mais intelligentes

dos paizes adiantados, já durante 40 annos.

Centenas de milhares de doentes tem

colhido benefícios do seu emprego e são outras

tantas testemunhas da sua efficacia positiva o

incomparável.

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«Moda Racional,» com moldes cor-

tados.

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des cortados.

Custam o mesmo preço quando

levem moldes de capas ou de saias.

Assignam-se na casa Midões, rua

da Padaria, 32, 2» .D., Lisboa.

Mais um premio

O LICOR depurativo vegetal ioda-

do do medico Quintella, tão

conhecido e importante na cura das

doenças syphiliticas e escrofulo-

sas, rheumaticas e de pelle, foi mais

uma vez premiado na exposição de

Paris 1890.

Ha frascos de 1*000 e 1*600 réis.

Deposito geral em Lisboa, phar-

macia Pires, rua dos Fanqueiros,

126, e encontra-se em todas as

pharmacias de Lisboa, principal-

mente na pharmacia de A. F. A

de Azevedo & F lhos, praça de D. Pe-

dro; Estácio & C.\ Rocio, 59: naa

drogarias de Vicente Pimentel & Quin-

tans, rua da Prata, 194; Ribeiro da

Costi & C.*, rua do Arsenal, e em

Belem, pharmacia Franco & Filhos.

Também ahi se encontra o Elixir

anti-escrofuloso do medico Quintella.

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800jtonelladis.

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De Lisboa para Londres, l.« classe 1. 6.6.0.

Ida e volta para Londres, 1.* elasse 1. 10.10.0. Sahidas de Lisboa para Londres todas as quartas feiras ou quintal

jeiras. _________

PARA LONDRES

O vapor GA LÍGIA

C.egou e sahe sabbado ao meio dia.

Braz Mouzinho de Albu-

querque, participa a todos os

seus parentes e amigos que

foi Deus servido levar da vi-

da presente a sua muito pre-

sada esposa, e que o seu fu-

neral se realisará amanhã,

pela 1 hora da tarde, sahindo

o préstito fúnebre da capella

do hospital Estephania, para

o cemitério oriental.

O vapor CADIZ

Espera-se de 8 a 9 do corrente.

Para carga e passagens trata-se noJCaes do Sodré, 64, 1.

*s agentes,

I Pinto Basto ft C.«

Lowell, Mass., Est.-Unidos.

A' venda nas prlncipaes pharmacias e droga-

Mas do reino.

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•Orissa a 3 de março. | «Liguria a 31 de março.

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