4
EAm 13.° anno lllIONAfifllA EH LI0BOA 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l. 1 pagina 100 réis. Avulso.. 10 « Corpo do jornal 40 réis. No corpo do jornal sem signal de pago se- rão contratados unicamente na administração. Segunda leira li de Maio de <884 A««IONAT€BA NAi PROVÍNCIAS 3 meses, pagamento adiantado. è 1*150 réis A correspondência sobre administração a Ro- drigo de Mello Carneiro Zagallo, T. da Qn t - ^ada n.» 35. Numero 3:953 Exped liente 0 numero telephonico d'es- le jornal 6 461 Por conveniência typographica a Secção Util vae a abrir a 3." pa- gina. Custodio Miguel de Ilorja Conhecemol-o ha bons dezoito annos, estudando preparatórios. então revelava o caracter energico de que, roais tarde, havia de dar tantas provas, e um beilo talento promettedor, que se lhe avigorou no convívio da sciencia. Os seus condiscípulos respeita- vam-o e queriam lhe. Não havia um que nào votasse a Custodio de^ Borja profunda estima de ir- mão, admirando-lhe a superiorida- de da intelligencia, a magnanimi- dade da alma, sempre aberta a tu- do quanto fosse bom e generoso, a alegria do génio, a franqueza bisarra com que repartia, pelos companheiros de collegio menos abastados, o dinheiro da sua bol- sa, os seus charutos, os mimos offertados pela sua propria famí- lia, como elle generosa, digníssi- ma e finamente educada. Hoje, que falíamos de Custodio de Borja sem que elle o saiba ou sonhe sequer, e que vamos acom- panhar o seu retrato com algumas notas biograpbicas colhidas aqui e ali, nào podemos fugir à tentação de recordar ao de leve aquella época saudosa e extincta, em que ambos nos assentámos no banco das aulas, resolvendo equa- ções estopantes e fazendo, nas ho- ras vagas, estroinices de rapaz alegre. Elie talvez não sinta grandes saudades d'esse tempo; nós te- mol-as, e profundas, e indeleveis: foi a quadra mais feliz da nossa vida inteira. Mas biographemos consciente- mente, lançando um veu sobre esse passado que não volta. O i.° tenente da armada, Custo-1 dio Miguel de Bona, governador da província de S. Thomé e Prin- cipe por decreto de 3 de abril ul- timo, nasceu na Amóra, aos 25 de dezembro de 1849. contando hoje, portanto, pouco mais de 34 annos de edade. Em novembro de 1866 ali3tou-se no extracto regimento de artilheria n.° 4. Cursando a Escola Polytechnica, passou, em 1867, á classe de aspirante de ma- rinha, e seguiu o curso d'esta nobilíssima arma. O moço official conta, pois, hoje 18 annos de serviço militar. Custodio de Borja foi, no ultimo anno da Escola naval, um estu dante distinctò e dos mais appli- cados. Promovido a guarda mari- nha, teve um largo tirocínio pra- tico nos mares na India, archipe- lago dos Açores, Cabo Verde, S. Thomé, e Angola, fazendo parte da guarnição da corveta de vella, D. João l, na sua ultima via- gem de instrucção a Angola, de- monstrando sempre grande apti- dão para a vida do mar, como bem o comprovam as informações que mereceu dos commandantes com quem serviu, e o seu exame final para 2.® tenente, feito em 1875, a bordo da corveta Bartho- lomew Dias. Promovido a 2.® tenente, foi, em janeiro de 1876, nomeado official im medi ato da canhoneira Rio Mi- nho, estacionada então em S. Tho mé. Governava aquella província o fallecido capitão de fragata, Gre- gorio José Ribeiro, um dos vultos mais distinctos da marinha portu- gueza. Este governador, que então luctava, na província, com odios, intrigas e malquerenças, devidas á promulgarão do trabalho livre, encontrando no joven official os requisitos precisos para aplanar as difilculdades que se lhe anto- lhavam a cada passo, na adminis tração do concelho, chamou-o para terra, confiando lhe, em ju nho de 1876, aquella administra- ção e nomeando o commandante ao corpo de policia da ilha de S. Thomé. Assim começou Custodio de Borja a sua iniciação na carreira administrativa. Retirando-se da província, me- zes depois, o referido governador, o nosso biographado pediu a sua demissão, que lhe foi concedida em termos para elle honrosissimos. Assim o vemos nós agraciado com o grau de cavalleiro da Conceição, por decreto de fevereiro de 1877, pelos relevantes serviços presta- dos como administrador do allu- dido concelho e commandante do corpo de policia, segundo a letra do mesmo decreto. Em juabo de 1877 foi nomeado secreurio geral do governo da referida província de S. Thomé e Principe, cargo que exerceu até abril de 1881, por ter sido nomea- do governador da ilha do Principe por decreto de 27 ds janeiro do mesmo anno. Na portaria que o exonera das suas funeções de se- cretario geral, Uem-se as seguin- tes palavras de louvor: «E querendo dar-lhe uma pro a de consideração publica pelo modo como exerceu as funeções de secretario geral do governo, hei por conveniente louval-o pelo seu zelo e intelligente interesse que mostrou pelo serviço publi co.» Durante o período em que ser- viu como secretario geral, exer- ceu varias comriissões de serviço publico, pelas quaes foi sempre louvado, e que lhe deram jus a ser agraciado com a medalha mi- litar de prata, correspondente á classe de bons serviços. Entre estas commissões, citare- mos, por mais notável, a da sua viagem, em maio de 1880, a co- lonia franceza do Gabão, a fim de estudar ali qual o methodo de ensino adoptado para a propaga- ção da instrucção popular, minis- trada, quer por conta do Estado, quer por intermedio das congre- gações religiosas. O talentoso offi- cial desempenhou-se brilhante- mente d'este encargo, elaborando um magnifico relatorio, conside- rado por grande parte da impren- sa periodica do reino, e que lhe valeu, do governo provincial, a seguinte portaria de louvor: «Tendo o secretario geral do governo d'esta província, Custo- dio Miguel de Borja, ido ao esta- belecimento francez do Gabão, em desempenho d'uma commissão especial, e tendo me este apre- sentado um relatorio, no qual re- vela as suas quHhdades de func- cionario distinctò e intelligente: hei por conveniente significar-lhe a minha appovação e louvor, pela maneira como desempenhou o en- cargo que lhe fôra confiado.» Foi resultante d'essa viagem que o distinctò official introduziu na província de S. Thomé e Prin- cipe a planta da baunilha, até en- tão desconhecida ali, o que deve ser, de futuro, uma fonte de ri- queza para a mesma província. Assira lh'o significou a Camara municipal, em sessão especialmen- te convocada para esse fim. Gerindo os negocios da provín- cia em nome do governador Fer- reira do Amaral, quando este, por doente, teve de se ausentar d'ali para a metropole, houve-se o jo- ven official tão discreta e sensa- tamente, no decurso da sua bre- ve gerencia, que a Camara mu- nicipal de S. Thomé, em sessão extraordinaria de 10 de janeiro de 1880, lhe dirigiu os mais subi- dos votos de louvor, que podem consagrar-se a um funccionario. Esses votos foram assim ex- pressos: «A camara resolveu, por unani- midade, que se consignasse na presente acta um voto de louvor ao ex. -0 sr. Custodio Miguel de Borja, pelo desempenho da sua administração governativa, du rante a ausência do ex-governa- dor, o .ex. -0 sr. Francisco Joa- quim Ferreira do Amaral, no qual se houve com z' lo, intelligencia, e a contento de todos, e que egualmente lhe fosse dirigida uina manifestação d'esta re&olu- çào, nos termos seguintes; «Ex. B * ir. Custodio Miguel de Borja—A Camara municipal d'tste concelho de S. Thomé, seria qua- lificada de ingrata se, na sua pri- meira sessão, que é hoje, depois qne v. ex.* largou as rédeas da governação d'esta província, dei- xasse de consignar na acta das suas sessões um voto de louvor pelo seu bom desempenho na ad miniatração governativa da pro- víncia, durante a ausência do ex- fovernador da mesma, o ex."° cr. ranciaco Joaquim Ferreira do Amaral, na o uai v. ex.* se houve com ztloy intelligencia e tacto go- vernativo : predicados estes não vulgares em homens como v. en •, ainda na flor da edade, e que. de certo, lhe conferem um logar bem merecido entre os benemeritos da pntria que teem jus a uma posição official preeminente; e assim, esta camara, animada pelos sentimen- tos de gratidão e ajfecto, felicita a v. ex. k por tão elevados dotes.» Nomeado governador da ilha do valem como o melhor documento de honra. Quando, em 1873, aportei pela primeira vez a esta ilha de S. Thomé, m l julgaria eu decerto «Senhores Eleitores» que, decor- ridos oito annos, vós me honra- ríeis com o vosso mandato. Será lmmodestia dizel-o, mas sinto-me realmente orgulhoso de assim o ter merecido. E digo—assim—porque de perto conheço a independencia do vosso caracter e a austeridade dos vos- sos priucipios, em tudo que res- peita a materia politica. A 27 d'agosto, para mais de dois mezes antes do acto eleito- ral, escrevia eu desassombrada- mente, assumindo todas as respon- sabilidades que d'ahi me podes- sem advir, que a minha candida- tura— nada devia, não esperava, nem ambicionava dever a quaesquer indicações officiacs ou favores da anctoridade.—Queria a opinião pu- blica livremente consultada pe- CUSTODIO MIGUEL DE BORJA Principe, nunca tomou posse d'es- se cargo, por ter estado exercen- do iuterinamente o de director das obras publicas da província, desde abril de 1881 até principios de outubro do mesmo anno, em virtude do fallecimento do dire- ctor effectivo, o major de enge- nheiros, E. Ferreira dos Santos. Exonerado, a seu pedido, do governo do Príncipe, por se apre- sentar candidato independente a deputado pela proviucia de S. Tho- ep mé, contra o candidato governa- mental, o illustre official da arma- da, Ferreira do Amaral, venceu este seu antagonista por uma gran- de maioria de votos, regressando então á metropole, a fim de tomar assento na camara legislativa. Antes de partir para Lisboa, Custodio de Borja dirigiu, era 16 de novembro de 1881, um mani- festo aos eleitores do seu circulo, dizendo-lhes, entre outras cousas, o seguinte: «Foi renhida a lucta e bastos foram os golpes contra mim vi- brados para me desconceituar no vosso animo; tudo, porém, foi por vós repellido digna e esforçada- mente, até mesmo n'esse reducto, outrora invencível, da ilha do Principe, onde se a victoria não foi absoluta, nem por isso deixou de ficar bem assignalado o valor da vossa força e do nosso vali- mento moral. Não foi, por taes motivos, sem empenhado trabalho, que conse- guistes investir-me em tão honro- sa missão, Assim, os meus esfor- ços serão também incansav- is em bem corresponder á vossa con- fiança e á vossa acrisolada dedi- cação. E firmo tanto mais estas minhas palavras, quanto para mim ellas rante a urna e respeitados os mais santos princípios da soberania po- pular. Tenho a satisfação de poder afíirmar que os meus desejos se realisaram.» Durante a sua estada na cama- ra, ahi o temos visto sempre in- cansável, pugnando pelos interes- ses da província que representa e da marinha de guerra a que per- tence, apresentando vários proje- ctos de lei, d'alta importancia pa- ra a mesma província,—como é, por exemplo, o proj-cto para a mtroducção de braços,—e sendo relator de diversos pareceres so- bre questões coloniaes e maríti- mas. Custodio Miguel de Borja é, também, condecorado com a com- menda do Mérito naval, de Iles- panha; com o grau de cavalleiro da Legião de Honra, de França, e com a medalha militar de prata, da classe «comportamento exem- plar». A ordem hespanhola foi-lhe con- cedida por serviços prestados á goleta de guerra, Ceres, da es- tação naval de Fernando Pó, se- gundo se na carta regia que o agraciou. A ordem franceza foi-lhe con- ferida por serviços prestados â co- lonia franceza do Gabão. Tudo ga- nho, portanto, no serviço colonial. O novo governador de S. Tho- e Principe é socio effectivo da Sociedade de Geographia de Lis- boa. e socio correspondente das sociedades de Geographia do Por- to, Loanda e Paris. # Taes são, em resumo, os traços biographies d'este cidadão pres tantissimo, que, aos 36 annos de edade, chegou a conquistar, pelos seus méritos, pelo seu talento e pelas altas prendas do seu cara- cter, um posto dos mais eminen- tes e dos mais honrosos. Custodio Miguel de Borja parte ámanhà para S. Thomé, a fira de tomar posse do governo que lhe fui confiado. Praza a Deus que a fortuna o siga sempre de perto, n'aquellas paragens, e que o jo- ven governador ali conquiste no- vos triumphos, para juntar aos muitos até hoje alcançados, no de- curso de uma carreira publica brilhantíssima e constellada de glorias. Ora! Foi como quem lhe com um malho! A Tapada despejou a sua enorme concorrência para a Trindade. Uma enchente real hon- tem. Hoje haverá outra com a Noite e o Dia. Uma peça deslum- brante. Isto consola. Consolem-se pois. Faz hoje annos o sr. Joaquim Rodrigues, artista de muito méri- to, actualmente ao serviço da casa Cavalleiros. y. Antonio <ie Andrade Realisou-se a abertura do thea- tro Dal Verme, em Milão, para a nova época de primavera, com a 1." representação da opera Ruy Blas, fazendo o protogonista d'es- te spartito o nosso compatriota e amigo Antonio de Andrade—no qual alcançou um dos maiores triumphos da sua carreira artista sendo enthusiasticamente applau dido por todos os espectadores pela orchestra. Antonio de Andrade tinha cantado esta opera em Veneza, onde também havia colhido prodi gos applausos,.que ainda se con firmaram mais enthusiasticos no segundo theatro de opera de ita- lia. Teve de bizar o duetto d'amor do 3.° acto—e foi apreciado não como canUr muito distinctò mas também com actor exímio que é. Quem reúne estas duas quali- dades essenciaes para a scena, e pela maneira porque tem sido ap plaudido pelo publico e mestres de arte musical de Italia, pode ga- bar-se, de que em toda a parte lhe hão de reconhecer muito ta- lento, e aptidão não vulgar para aquella carreira—e nós esperamos vel 'o ainda no nos so theatro con- firmando o que a imprensa italia no tem dito do nos so compatriota e amigo. Realisou-se, sexta feira ultima, no theatro dos Recreios, a festa artística da actriz Maria do Ceu. O theatro teve uma boa concor- rência e a beneficiada foi muito applaudida, recebendo entre mui- tos brindes, e alguns de valor, um lindo açafate das mais bellas flo- res, delicada cfferta do Real Gym- nasio Club Portuyuez. Grande feita Hieatml E' esplendido o programma da festa artística que na próxima quinta feira 8, se realisa no thea- tro do Principe Real, para benefi- cio da sympathica e applaudida actriz Maria Joanna. Representa-se o notável drama era 3 actos de Emilio Girardin O Supplicio d'uma mulher, desempe nhado por a distincta actriz Emí- lia Adelaide, Cesar de Lacerda, Elvira, Costa e uma menina de 12 annos que n'esta noite se es- treia e mostra muita disposição para a scena; Os dominós bran- cos. engraçada comedia em 3 actos em que toma parte o notaveí actor Taborda e a companhia dos Re- creios, e Carlos Posser recitará uma brilhante poesia. Tem havido muita procura de bilhetes e é grande o empenho por assistir a esta festa. Fizeram-se em S. Vicente de Cabo Verde as exequias por alma da irmã de El-Rei o sr. D. Luiz I. Concorreu muiia gente e as principaes auctoridades, etc. IIHillLiFE Fazem hoje annos as sr."; ex. NI Viscondessa de S. Sebastião. D. Amelia Augusta de Almada Portocarrero da Silva Santa Bar- bara. D. Joanna Benedicta Pinto Ro- cha. D. Adelaide de Castro Sousa Barradas. jE os srs.; Frederico de Brito Pejsioneau, I edro Augusto Ferreira. An t liero Augusto Cordeiro Rosa. Arthur de Freitas Jacome. # # # Houve, como noticiámos, no sab- bado ultimo uma grande soirée em casa da ex.»» sr.* D. Augusta Barradas a qual ha de deixar para sempre gratas recordações a todos que tiveram a honra de ir a casa de s. ex. a Principiaram a entrar os convi- dados e momentos depois estava esta agradavel festa no auge da sua animação sendo interrompida ás 11 horas e meia por um chá esplendidamente servido findo o qual Fe dançou com a mesma ani- mação que ao principio até a uma hora, hora em que foi servida a neve continuando se a dançar até ás 2 horas e meia em que houve uma flua ceia e acabada, dançou- se um cotillon que esteve muito animado devido a um conjuncto de marcas que formaram, distin- guindo se as dos sr3.: D. Manuel de Noronha, Salva- dor da França, Alexandre de Vas- concpllos e (Albufeira), Alfre- do Ferreira Pinto Bastos, Simão Infante de la Cerda (Sabroso), D. Miguel de Vaz de Almada, Igna- cio de Paiva Raposo, João Talo- ne (Ribamar) e D. José de Len- castre (Louzã) acabando ás 4 ho- ras e meia em que os convida- dos saíram penhoradissimos pelas amaveis maneiras de s. ex. 4 e de seu irmão o ex.» 0 sr. dr. Barra- das. Era esplendido o cffeito das sa- las devido á profusão de flores que vieram da quinta de s. ex." em Bemlica as auaes concorreram tanto para a belleza da casa como as ricas toilettes das senhoras. GHÃNIIE BARATEZA ALTA UQVIQAOE Cadeias para relogio, ouro de lei de 7$000 réis para cima QUfilVESARiA C7 V SUES í F* CQ d/RUA AUREaJõ Tauromachla Foi excellente a corrida de hon- tem na praça do Campo de San- t'Anna. O gado, era do sr. Emygdio In- fante e saiu bravíssimo, tendo por isso o lavrador uma chamada. O sympathico amador, o sr. Vi- ctorino Froes, toureou o 4.° toiro da I a parte e o 1.° da segunda. Houve-se em ambos com perícia e arrojo inexcedivel. Foi muito victeriado. José Bento teve o 1.° e o 11.® toiros. Dois animaes bravíssimos que lhe permittiam fazer brilhante tigura. A sorte de gaiola no 1.® e o ferro curto á garupa no 11.° foram duas sortes primorosamente exe- cutadas. José Bento foi muitíssimo applaudido. Os capinhas bem, distinguindo- se Robertos e Peixinho. Assistiu á tourada o sr. Paulo Kruger, presidente doTranswal. O cavalleiro José Bento offereceu-lhe uma sorte, que executou com pe- rícia. A concorrência foi regular. Falleceu hontem o sr. Francisco Rufino de Carvalho Prostes, 1.° official reformado da administra- ção militar e pae do nosso amigo Henrique Prostes, consul era Sião. A toda a família do finado en- viamos o nosso sentido pesame.

DIÁRIO ILLUS7RAD0 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-05-05/j-1244-g_1884-05-05_item2/j... · 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DIÁRIO ILLUS7RAD0 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-05-05/j-1244-g_1884-05-05_item2/j... · 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina

EAm

13.° anno

lllIONAfifllA EH LI0BOA

1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis

8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina 100 réis.

Avulso.. 10 « Corpo do jornal 40 réis.

No corpo do jornal sem signal de pago se-

rão contratados unicamente na administração. Segunda leira li de Maio de <884

A««IONAT€BA NAi PROVÍNCIAS

3 meses, pagamento adiantado. è 1*150 réis

A correspondência sobre administração a Ro-

drigo de Mello Carneiro Zagallo, T. da Qnt -

^ada n.» 35.

Numero 3:953

Exped liente

0 numero telephonico d'es-

le jornal 6 461

Por conveniência typographica

a Secção Util vae a abrir a 3." pa-

gina.

Custodio Miguel de Ilorja

Conhecemol-o ha bons dezoito

annos, estudando preparatórios. Já

então revelava o caracter energico

de que, roais tarde, havia de dar

tantas provas, e um beilo talento

promettedor, que se lhe avigorou

no convívio da sciencia.

Os seus condiscípulos respeita-

vam-o e queriam lhe. Não havia

um só que nào votasse a Custodio

de^ Borja profunda estima de ir-

• mão, admirando-lhe a superiorida-

de da intelligencia, a magnanimi-

dade da alma, sempre aberta a tu-

do quanto fosse bom e generoso,

a alegria do génio, a franqueza

bisarra com que repartia, pelos

companheiros de collegio menos

abastados, o dinheiro da sua bol-

sa, os seus charutos, os mimos

offertados pela sua propria famí-

lia, como elle generosa, digníssi-

ma e finamente educada.

Hoje, que falíamos de Custodio

de Borja sem que elle o saiba ou

sonhe sequer, e que vamos acom-

panhar o seu retrato com algumas

notas biograpbicas colhidas aqui e

ali, nào podemos fugir à tentação

de recordar ao de leve aquella

época saudosa e já extincta, em

que ambos nos assentámos no

banco das aulas, resolvendo equa-

ções estopantes e fazendo, nas ho-

ras vagas, estroinices de rapaz

alegre.

Elie talvez não sinta grandes

saudades d'esse tempo; nós te-

mol-as, e profundas, e indeleveis:

foi a quadra mais feliz da nossa

vida inteira.

Mas biographemos consciente-

mente, lançando um veu sobre

esse passado que não volta.

O i.° tenente da armada, Custo-1

dio Miguel de Bona, governador

da província de S. Thomé e Prin-

cipe por decreto de 3 de abril ul-

timo, nasceu na Amóra, aos 25 de

dezembro de 1849. contando hoje,

portanto, pouco mais de 34 annos

de edade. Em novembro de 1866

ali3tou-se no extracto regimento

de artilheria n.° 4. Cursando a

Escola Polytechnica, passou, em

1867, á classe de aspirante de ma-

rinha, e seguiu o curso d'esta

nobilíssima arma.

O moço official conta, pois, hoje

18 annos de serviço militar.

Custodio de Borja foi, no ultimo

anno da Escola naval, um estu

dante distinctò e dos mais appli-

cados. Promovido a guarda mari-

nha, teve um largo tirocínio pra-

tico nos mares na India, archipe-

lago dos Açores, Cabo Verde, S.

Thomé, e Angola, fazendo parte

da guarnição da corveta de vella,

D. João l, na sua ultima via-

gem de instrucção a Angola, de-

monstrando sempre grande apti-

dão para a vida do mar, como

bem o comprovam as informações

que mereceu dos commandantes

com quem serviu, e o seu exame

final para 2.® tenente, feito em

1875, a bordo da corveta Bartho-

lomew Dias.

Promovido a 2.® tenente, foi, em

janeiro de 1876, nomeado official

im medi ato da canhoneira Rio Mi-

nho, estacionada então em S. Tho

mé. Governava aquella província

o fallecido capitão de fragata, Gre-

gorio José Ribeiro, um dos vultos

mais distinctos da marinha portu-

gueza. Este governador, que então

luctava, na província, com odios,

intrigas e malquerenças, devidas á

promulgarão do trabalho livre,

encontrando no joven official os

requisitos precisos para aplanar

as difilculdades que se lhe anto-

lhavam a cada passo, na adminis

tração do concelho, chamou-o

para terra, confiando lhe, em ju

nho de 1876, aquella administra-

ção e nomeando o commandante

ao corpo de policia da ilha de S.

Thomé.

Assim começou Custodio de

Borja a sua iniciação na carreira

administrativa.

Retirando-se da província, me-

zes depois, o referido governador,

o nosso biographado pediu a sua

demissão, que lhe foi concedida em

termos para elle honrosissimos.

Assim o vemos nós agraciado com

o grau de cavalleiro da Conceição,

por decreto de fevereiro de 1877,

pelos relevantes serviços presta-

dos como administrador do allu-

dido concelho e commandante do

corpo de policia, segundo a letra

do mesmo decreto.

Em juabo de 1877 foi nomeado

secreurio geral do governo da

referida província de S. Thomé e

Principe, cargo que exerceu até

abril de 1881, por ter sido nomea-

do governador da ilha do Principe

por decreto de 27 ds janeiro do

mesmo anno. Na portaria que o

exonera das suas funeções de se-

cretario geral, Uem-se as seguin-

tes palavras de louvor:

«E querendo dar-lhe uma pro

▼a de consideração publica pelo

modo como exerceu as funeções

de secretario geral do governo,

hei por conveniente louval-o pelo

seu zelo e intelligente interesse

que mostrou pelo serviço publi

co.»

Durante o período em que ser-

viu como secretario geral, exer-

ceu varias comriissões de serviço

publico, pelas quaes foi sempre

louvado, e que lhe deram jus a

ser agraciado com a medalha mi-

litar de prata, correspondente á

classe de bons serviços.

Entre estas commissões, citare-

mos, por mais notável, a da sua

viagem, em maio de 1880, a co-

lonia franceza do Gabão, a fim

de estudar ali qual o methodo de

ensino adoptado para a propaga-

ção da instrucção popular, minis-

trada, quer por conta do Estado,

quer por intermedio das congre-

gações religiosas. O talentoso offi-

cial desempenhou-se brilhante-

mente d'este encargo, elaborando

um magnifico relatorio, conside-

rado por grande parte da impren-

sa periodica do reino, e que lhe

valeu, do governo provincial, a

seguinte portaria de louvor:

«Tendo o secretario geral do

governo d'esta província, Custo-

dio Miguel de Borja, ido ao esta-

belecimento francez do Gabão,

em desempenho d'uma commissão

especial, e tendo me este apre-

sentado um relatorio, no qual re-

vela as suas quHhdades de func-

cionario distinctò e intelligente:

hei por conveniente significar-lhe

a minha appovação e louvor, pela

maneira como desempenhou o en-

cargo que lhe fôra confiado.»

Foi resultante d'essa viagem

que o distinctò official introduziu

na província de S. Thomé e Prin-

cipe a planta da baunilha, até en-

tão desconhecida ali, o que deve

ser, de futuro, uma fonte de ri-

queza para a mesma província.

Assira lh'o significou a Camara

municipal, em sessão especialmen-

te convocada para esse fim.

Gerindo os negocios da provín-

cia em nome do governador Fer-

reira do Amaral, quando este, por

doente, teve de se ausentar d'ali

para a metropole, houve-se o jo-

ven official tão discreta e sensa-

tamente, no decurso da sua bre-

ve gerencia, que a Camara mu-

nicipal de S. Thomé, em sessão

extraordinaria de 10 de janeiro

de 1880, lhe dirigiu os mais subi-

dos votos de louvor, que podem

consagrar-se a um funccionario.

Esses votos foram assim ex-

pressos:

«A camara resolveu, por unani-

midade, que se consignasse na

presente acta um voto de louvor ao ex.-0 sr. Custodio Miguel de

Borja, pelo desempenho da sua

administração governativa, du

rante a ausência do ex-governa-

dor, o .ex.-0 sr. Francisco Joa-

quim Ferreira do Amaral, no qual

se houve com z' lo, intelligencia,

e a contento de todos, e que

egualmente lhe fosse dirigida

uina manifestação d'esta re&olu-

çào, nos termos seguintes;

«Ex.B* ir. Custodio Miguel de

Borja—A Camara municipal d'tste concelho de S. Thomé, seria qua-

lificada de ingrata se, na sua pri-

meira sessão, que é hoje, depois

qne v. ex.* largou as rédeas da

governação d'esta província, dei-

xasse de consignar na acta das

suas sessões um voto de louvor

pelo seu bom desempenho na ad miniatração governativa da pro-

víncia, durante a ausência do ex- fovernador da mesma, o ex."° cr.

ranciaco Joaquim Ferreira do

Amaral, na o uai v. ex.* se houve com ztloy intelligencia e tacto go-

vernativo : predicados estes não

vulgares em homens como v. en •,

ainda na flor da edade, e que. de

certo, lhe conferem um logar bem merecido entre os benemeritos da

pntria que teem jus a uma posição

official preeminente; e assim, esta

camara, animada pelos sentimen-

tos de gratidão e ajfecto, felicita a

v. ex.k por tão elevados dotes.»

Nomeado governador da ilha do

valem como o melhor documento

de honra.

Quando, em 1873, aportei pela

primeira vez a esta ilha de S.

Thomé, m l julgaria eu decerto

«Senhores Eleitores» que, decor-

ridos oito annos, vós me honra- ríeis com o vosso mandato. Será

lmmodestia dizel-o, mas sinto-me

realmente orgulhoso de assim o ter merecido.

E digo—assim—porque de perto

conheço a independencia do vosso

caracter e a austeridade dos vos-

sos priucipios, em tudo que res-

peita a materia politica.

A 27 d'agosto, para mais de

dois mezes antes do acto eleito-

ral, escrevia eu desassombrada-

mente, assumindo todas as respon-

sabilidades que d'ahi me podes- sem advir, que a minha candida-

tura— nada devia, não esperava,

nem ambicionava dever a quaesquer

indicações officiacs ou favores da

anctoridade.—Queria a opinião pu-

blica livremente consultada pe-

CUSTODIO MIGUEL DE BORJA

Principe, nunca tomou posse d'es-

se cargo, por ter estado exercen-

do iuterinamente o de director

das obras publicas da província,

desde abril de 1881 até principios

de outubro do mesmo anno, em

virtude do fallecimento do dire-

ctor effectivo, o major de enge-

nheiros, E. Ferreira dos Santos.

Exonerado, a seu pedido, do

governo do Príncipe, por se apre-

sentar candidato independente a

deputado pela proviucia de S. Tho- ep

mé, contra o candidato governa-

mental, o illustre official da arma-

da, Ferreira do Amaral, venceu

este seu antagonista por uma gran-

de maioria de votos, regressando

então á metropole, a fim de tomar

assento na camara legislativa.

Antes de partir para Lisboa,

Custodio de Borja dirigiu, era 16

de novembro de 1881, um mani-

festo aos eleitores do seu circulo,

dizendo-lhes, entre outras cousas,

o seguinte:

«Foi renhida a lucta e bastos

foram os golpes contra mim vi-

brados para me desconceituar no

vosso animo; tudo, porém, foi por

vós repellido digna e esforçada-

mente, até mesmo n'esse reducto,

outrora invencível, da ilha do

Principe, onde se a victoria não

foi absoluta, nem por isso deixou

de ficar bem assignalado o valor

da vossa força e do nosso vali-

mento moral.

Não foi, por taes motivos, sem

empenhado trabalho, que conse-

guistes investir-me em tão honro-

sa missão, Assim, os meus esfor-

ços serão também incansav- is em

bem corresponder á vossa con-

fiança e á vossa acrisolada dedi-

cação.

E firmo tanto mais estas minhas

palavras, quanto para mim ellas

rante a urna e respeitados os mais

santos princípios da soberania po-

pular.

Tenho a satisfação de poder

afíirmar que os meus desejos se

realisaram.»

Durante a sua estada na cama-

ra, ahi o temos visto sempre in-

cansável, pugnando pelos interes-

ses da província que representa e

da marinha de guerra a que per-

tence, apresentando vários proje-

ctos de lei, d'alta importancia pa-

ra a mesma província,—como é,

por exemplo, o proj-cto para a

mtroducção de braços,—e sendo

relator de diversos pareceres so-

bre questões coloniaes e maríti-

mas.

Custodio Miguel de Borja é,

também, condecorado com a com-

menda do Mérito naval, de Iles-

panha; com o grau de cavalleiro

da Legião de Honra, de França, e

com a medalha militar de prata,

da classe «comportamento exem-

plar».

A ordem hespanhola foi-lhe con-

cedida por serviços prestados á

goleta de guerra, Ceres, da es-

tação naval de Fernando Pó, se-

gundo se lé na carta regia que o

agraciou.

A ordem franceza foi-lhe con-

ferida por serviços prestados â co-

lonia franceza do Gabão. Tudo ga-

nho, portanto, no serviço colonial.

O novo governador de S. Tho-

mé e Principe é socio effectivo da

Sociedade de Geographia de Lis-

boa. e socio correspondente das

sociedades de Geographia do Por-

to, Loanda e Paris.

#

Taes são, em resumo, os traços

biographies d'este cidadão pres

tantissimo, que, aos 36 annos de

edade, chegou a conquistar, pelos

seus méritos, pelo seu talento e

pelas altas prendas do seu cara-

cter, um posto dos mais eminen-

tes e dos mais honrosos.

Custodio Miguel de Borja parte

ámanhà para S. Thomé, a fira de

tomar posse do governo que lhe

fui confiado. Praza a Deus que a

fortuna o siga sempre de perto,

n'aquellas paragens, e que o jo-

ven governador ali conquiste no-

vos triumphos, para juntar aos

muitos até hoje alcançados, no de-

curso de uma carreira publica já

brilhantíssima e constellada de

glorias.

Ora! Foi como quem lhe dá com

um malho! A Tapada despejou a

sua enorme concorrência para a

Trindade. Uma enchente real hon-

tem. Hoje haverá outra com a

Noite e o Dia. Uma peça deslum-

brante. Isto consola. Consolem-se

pois.

Faz hoje annos o sr. Joaquim

Rodrigues, artista de muito méri-

to, actualmente ao serviço da casa

Cavalleiros. y.

Antonio <ie Andrade

Realisou-se a abertura do thea-

tro Dal Verme, em Milão, para a

nova época de primavera, com a

1." representação da opera Ruy

Blas, fazendo o protogonista d'es-

te spartito o nosso compatriota e

amigo Antonio de Andrade—no

qual alcançou um dos maiores

triumphos da sua carreira artista

sendo enthusiasticamente applau

dido por todos os espectadores €

pela orchestra.

Antonio de Andrade já tinha

cantado esta opera em Veneza,

onde também havia colhido prodi

gos applausos,.que ainda se con

firmaram mais enthusiasticos no

segundo theatro de opera de ita-

lia. Teve de bizar o duetto d'amor

do 3.° acto—e foi apreciado não

só como canUr muito distinctò

mas também com actor exímio

que é.

Quem reúne estas duas quali-

dades essenciaes para a scena, e

pela maneira porque tem sido ap

plaudido pelo publico e mestres

de arte musical de Italia, pode ga-

bar-se, de que em toda a parte

lhe hão de reconhecer muito ta-

lento, e aptidão não vulgar para

aquella carreira—e nós esperamos

vel 'o ainda no nos so theatro con-

firmando o que a imprensa italia

no tem dito do nos so compatriota

e amigo.

Realisou-se, sexta feira ultima,

no theatro dos Recreios, a festa

artística da actriz Maria do Ceu.

O theatro teve uma boa concor-

rência e a beneficiada foi muito

applaudida, recebendo entre mui-

tos brindes, e alguns de valor, um

lindo açafate das mais bellas flo-

res, delicada cfferta do Real Gym-

nasio Club Portuyuez.

Grande feita Hieatml

E' esplendido o programma da

festa artística que na próxima

quinta feira 8, se realisa no thea-

tro do Principe Real, para benefi-

cio da sympathica e applaudida

actriz Maria Joanna.

Representa-se o notável drama

era 3 actos de Emilio Girardin O

Supplicio d'uma mulher, desempe

nhado por a distincta actriz Emí-

lia Adelaide, Cesar de Lacerda,

Elvira, Costa e uma menina de

12 annos que n'esta noite se es-

treia e mostra muita disposição

para a scena; Os dominós bran-

cos. engraçada comedia em 3 actos

em que toma parte o notaveí actor

Taborda e a companhia dos Re-

creios, e Carlos Posser recitará

uma brilhante poesia.

Tem havido muita procura de

bilhetes e é grande o empenho

por assistir a esta festa.

Fizeram-se em S. Vicente de

Cabo Verde as exequias por alma

da irmã de El-Rei o sr. D. Luiz I.

Concorreu muiia gente e as

principaes auctoridades, etc.

IIHillLiFE

Fazem hoje annos as sr.";

ex. NI

Viscondessa de S. Sebastião. D. Amelia Augusta de Almada

Portocarrero da Silva Santa Bar- bara.

D. Joanna Benedicta Pinto Ro- cha.

D. Adelaide de Castro Sousa

Barradas.

jE os srs.;

Frederico de Brito Pejsioneau, I edro Augusto Ferreira.

An t liero Augusto Cordeiro Rosa.

Arthur de Freitas Jacome.

#

# #

Houve, como noticiámos, no sab-

bado ultimo uma grande soirée em

casa da ex.»» sr.* D. Augusta

Barradas a qual ha de deixar

para sempre gratas recordações a

todos que tiveram a honra de ir a

casa de s. ex.a

Principiaram a entrar os convi- dados e momentos depois estava

esta agradavel festa no auge da

sua animação sendo interrompida

ás 11 horas e meia por um chá

esplendidamente servido findo o qual Fe dançou com a mesma ani-

mação que ao principio até a uma

hora, hora em que foi servida a

neve continuando se a dançar até

ás 2 horas e meia em que houve

uma flua ceia e acabada, dançou-

se um cotillon que esteve muito

animado devido a um conjuncto

de marcas que formaram, distin-

guindo se as dos sr3.: D. Manuel de Noronha, Salva-

dor da França, Alexandre de Vas-

concpllos e Sá (Albufeira), Alfre- do Ferreira Pinto Bastos, Simão

Infante de la Cerda (Sabroso), D.

Miguel de Vaz de Almada, Igna-

cio de Paiva Raposo, João Talo-

ne (Ribamar) e D. José de Len-

castre (Louzã) acabando ás 4 ho-

ras e meia em que os convida-

dos saíram penhoradissimos pelas

amaveis maneiras de s. ex.4 e de

seu irmão o ex.»0 sr. dr. Barra-

das.

Era esplendido o cffeito das sa-

las devido á profusão de flores

que vieram da quinta de s. ex."

em Bemlica as auaes concorreram

tanto para a belleza da casa como

as ricas toilettes das senhoras.

GHÃNIIE BARATEZA

ALTA UQVIQAOE

Cadeias para relogio, ouro de

lei de 7$000 réis para

cima

QUfilVESARiA

C7 V SUES í F* CQ

d/RUA AUREaJõ

Tauromachla

Foi excellente a corrida de hon-

tem na praça do Campo de San-

t'Anna.

O gado, era do sr. Emygdio In-

fante e saiu bravíssimo, tendo por

isso o lavrador uma chamada.

O sympathico amador, o sr. Vi-

ctorino Froes, toureou o 4.° toiro

da I a parte e o 1.° da segunda.

Houve-se em ambos com perícia

e arrojo inexcedivel. Foi muito

victeriado.

José Bento teve o 1.° e o 11.®

toiros. Dois animaes bravíssimos

que lhe permittiam fazer brilhante

tigura.

A sorte de gaiola no 1.® e o

ferro curto á garupa no 11.° foram

duas sortes primorosamente exe-

cutadas. José Bento foi muitíssimo

applaudido.

Os capinhas bem, distinguindo-

se Robertos e Peixinho.

Assistiu á tourada o sr. Paulo

Kruger, presidente doTranswal. O

cavalleiro José Bento offereceu-lhe

uma sorte, que executou com pe-

rícia.

A concorrência foi regular.

Falleceu hontem o sr. Francisco

Rufino de Carvalho Prostes, 1.°

official reformado da administra-

ção militar e pae do nosso amigo

Henrique Prostes, consul era Sião.

A toda a família do finado en-

viamos o nosso sentido pesame.

Page 2: DIÁRIO ILLUS7RAD0 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-05-05/j-1244-g_1884-05-05_item2/j... · 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina

DIÁRIO ILLUS7RAD0

Os projectos de fazenda

Currents calamo, ramos apre-

sentar os topicos principaes do

discurso do nobre ministro da fa-

zenda, em resposta ao sr. co&de

de Casal Ribeiro, concluindo as-

sim o artigo de hontem.

Disse que se não occupava em

fazer observações ou comraenta-

rios ã formaçao do novo partido.

Os factos fallariam; diriam dos

homens, dos seus comraettimen-

tos, das suas responsabilidades.

Referira-se o sr. casal Ribeiro,

no prograrama que fizera, á ne-

cessidade de restabelecer o prin-

cipio da moralidade em processos

de governo, com declaração de

que fazia referencia a transacções

e transigências da politica.

Entende que essas transacções

se podem referir a principios ou a

interesses pessoaes; a homens ou

a collectividades.

Áffasta as primeiras do parla-

mento; não podem servir de base

a uma discussão levantada. As

transigências, as conciliações, para

estabelecer uma trégua, para faci-

litar uma administração pratica e

benefica, para evitar um conflicto,

comprehende-as, justiflca-as, são

em bem do paiz^tionrara quem as

Sromove e leva a bom fim; tém

ons exemplos na historia; e mais

diremos que formam uaa das ca-

racterísticas dos partidos verda-

deiramente conserva dores liberaes,

que se inspiram n'uma ideia em

vez de obedecerem a um despeito

ou a um capricho.

Que era provocador, dizendo

que se nào seguiam as boas pra-

ticas do parlamentarismo inglez,

tantas vezes citadas! Que provo-

cava dizendo que o governo era

ameaçado de obstruccionismo para

com uma medida importante de

administração, como é a reforma

do serviço das alfandegas!

Mas formara este juizo depois

de ouvir alguns dignos pares. Por

exemplo, o sr. Valbom; por exem-

plo, o sr. Casal, que chegara a di-

zer que cairia esfalfado para im-

pedir a votação do projecto.

Demos nós aqui largas aos nos-

sos commentarios.

Aquella declaração, aqueila rhe-

torica tragica é mais uma levian-

dade, é mais uma imprudência, é

mais uma inconveniência do sr.

Casal Ribeiro.

Políticos com pretensões a che-

fes de partido, de grupo ou de pa-

trulha nào fazem declarações de

similhante natureza; principalmen-

te quando se caracterisam de ul-

tra-conservadores. Nào tomam es-

tas attitudes de excesso; não as-

sumem esta posição de extremo.

N'aquellas ameaças ha nervo-

sismo e ha irritação; e com o core

dos velhos coaduna-se uma discus-

são serena, tranquilla, sera juve-

nilidades compromettedoras.

Mas adiante.

Disse o sr. Hintze Ribeiro que

não accusara nem provocara. Con-

cluirá sobre o que tinha ouvido;

definira a sua responsabilidade, a

do governo, e a dos adversarios

com respeito á auctorisação que

se pedia. E insistia n'essa respon-

sabilidade, convicto como está da

cenveniencia e urgência da refor-

ma, pela situação a que é neces-

sário dar remedio, em favor do

thesouro e das boas relações eco-

nomicas e commerciaes.

Fez um appello á consciência

des dignes pares; nada mais. Ctna

o parlamento prestes a fechar-se,

lembrou-lhes a necessidade de at-

tenderem a um pedido tão justo;

e, só pela necessidade de abre-

viar o interregno revisionista, não

insistiria pela discussão. Ninguém

podia julgar que se arreceiava

d'ella. Bastante? provas tem dado

de saber cumprir o seu dever, en-

carando de frente o apuramento

das suas responsabilidades, acom-

panhando todas as discussões a

que o chamam.

N'este ponto levantou uma phra-

se inconvenientíssima que o sr.

Valbom soltara.

Superiormente, disse que o pro-

jecto de auctorisação não era

apresentado como empreza com-

mercial de airanjos por grosso e

retalho; era para satisfazer ás ne-

oessídades do thesouro; era para

matar a industria do contrabando;

era para responder ás reclama-

ções do commercio e das direc-

ções aduaneiras.

E nobremente, com a consciên-

cia da rectidão do seu procedi-

mento, que nem todos podem ter,

acrescentou que, quando encontra

d'estas phrases, não lhes respon-

de; arreda-as, e segue o seu ca-

minho!

E faz s. ex.* muito bem. Phra-

ses d'aquelle feitio veem-nos de

quando em vez ao encontro. Ap-

parecem em pasquins; formnla-as

a «ncobinagem, que insulta, mas

que não tem idéas; pelas esquinas

e pela Arcada são repetidas por

gente infima, sem imputação.

Pena é que, por leviandade, sejam

levadas ao parlamento; e sejam

repetidas por quem pude ter mui-

tos erros na sua vida politica, e

tem muitíssimos, mas possue for-

ça intellectual para reprimir in-

conveniências de similhante qua-

lidade.

Expoz muitas roais considera-

ções, em resposta: restabeleceu á

posição do partido regenerador

com respeito ao tratado de Lou-

renço Marques, com que não pro-

cedera incoerentemente pedindo

o seu addiamento em virtude de

acontecimentos que sobrevieram,

pelo reconhecimento da indepen-

dent do Transwaal; desfez uma

pequena intriga nas relações do

partido regenerador cem o sr. An-

drade Corvo, uma das glorias da

regeneração, por quem todos nós

temos o maior respeito e maxima

admiração; evidenciou, com dois

argumentos logicos, as grandes

contradicções que o sr. Casal

amontoara em centos e centos de

palavras com rospeito aos impos-

tos do sal e da aguardente; e por

ultimo insistiu na responsabilida-

de séria em que incorriam os di-

gnos pares com respeito ao pedido

para organisar o serviço das al-

fandegas.

Este discurso foi notável dupla-

mente, pela feição politica e peio

caracter financial.

PELO ESTRANGEIRO

Assumptos Egypcios

Aa questõe« que hão de ser des-

cutidas na Conferencia de Lon-

dres,—caso esta chegue a verifi-

car se.— constituem hoje o therna

obrigado de toda a imprensa eu-

ropea. O assumpto, com effeito,

é de grandíssima importancia pa-

ra todos os paizas interessados

no Oriente, e nào devemos estra

nhar que, o annuneio de que tal

questão chegue a ser deacutida

pelas diversas potencias, agite

os homens da diplomacia e obri

gue a imprensa a fazer longas

considerações sobre o caso.

A questão egypcia, no estado

em que se acha, apresenta um

caracter gravíssimo. Todo o alto

e Baixo Egypto estão em com-

pleta desorganisação. sendo im-

potentes para evitar que cila pro-

grida, tanto as authoridades in-

dígenas como os seus protectores

inrlezes. Noticias d'aquelle paiz assegu-

ram nos que nunca o bandoleiris-

mo se desenvolveu ali por tal

forma. O cofre do tribunal mixto

do Cairo foi roubado, e não se

passa um dia sem que se annun-

ciom assaltos, saques e roubos á

mão armada, tanto no campo como

■as cidades.

Mesmo ás portas de Suakim,

única parte onde as tropas euro- peas quizrram mostrar a sua su-

perioridade, as tribui até hoje

submettidas á authoridade egyp-

cia, fraternizara com os rebeldes

deixando impraticável o caminho

de Berber, que terá de render s#

fatalmente.

Berber está n'umi situação des-

esperada: Khartum, a estas ho-

ras, deve estar governada pelo

Mahdi, como já o estão Senaar e

D*rfour.

E'esta a situação do Egypt.ot,

um mez depois da publicações de

tantos telegrammas optimistas,

annunciando victorias sobre vic-

torias.

A anarchia lavra por toda a

parte. Ha tempos, bastariam

10.000 homens para salvar o Sol-

dão; hoje nem um exercito com-

pleto poderia cons^guil-o. Osman-

Digma cansidera-se senhor indis-

cutível e chefe supremo do Sol-

dão orientai.

Eis, em resumo, qual è o esta-

do material do Egypto; pelo que

respeita á situação da sua Faien-

da, uma verdadeira lastima. *

Em Ilespanba

A ordem publica

Segundo referem os periodicos

madrilenos recebidos hoje, foram

já dissolvidas á viva força as pe-

quenas guerrilhas de insurrectos,

que ha poucos dias se levantaram,

uma penetrando em Navarra, e

outra saindo de Santa Coloma de

Farnés, na Catalunha,

Um novo at tentado

Os manejos dos revolucionários

hespanhoes nào acabaram com o

espantoso crime da ponte de Al-

cudia. Temos hoje que annunciar

outro attentado, tão indigno como

o da linha de Badajoz, se bem

que nào haja n elle a lamentar,

felizmente, nenhuma desgraça

pessoal.

A ponte sobre o rio Fluvia, na

linha de Figueiras, foi cortada por

um bando de dez homens, momen-

tos antes de psssar o comboio de

Barcelona.

A força publica já anda em per-

seguição d'estes malvados,

A imprensa, as sociedade phi-

lantropicas e muitos commercian-

tes de Hespanha vão abrir uma

subscripção para minorar a sorte

das victimas d'estas e outras sel-

vagerias revolucionarias.

O governador de Barcelona ca-

pturou um individuo, encontran-

do-lhe nos boleos quatro cartuxos

de dynamite e vários alicates.

Declarou o preso, no interrogato-

rio, que tiuha o proposito de le-

vantar, com outro socioy os rails

da estação de Saragoça a Barce-

lona.

Uns benemeritos da patria, estes

sectários de Zorrilla!

Pequenas noticia**

Frahçà — Representou-se no

Grand Théatre, de Versailles, um

drama em 4 actos, de Marie Co-

lombier, intitulado Bianca.

A peça teve um successo.

A nossa conhecida Jeanne May

desempenhou na Bianca um papel

adoravel*

Hespanmà—O Progresso, de Ma-

drid, foi novamente denunciado,

pela publicação de um artigo em

que se injuria D. Affonso XII,

sob a epigraphe: El Rey enfermo.

Emilio Castelar venceu a elei-

ção em Huesca, por quinze votos

apenas,

Já é ter popularidade !

O governo francez augmentou

com dois batalhões as forças que

guarnecem a fronteira de Hespa-

nha.

As próximas cortes hespanholas

contarão 314 deputados canovis-

tas, 40 sagastinos, 26 dominguis-

tas, 20 que não pertencem a ne-

nhum grupo parlamentar.

Diz um periodico de Madrid:

«O governo francez deu ordem ao seu embaixador n'esta capital

para pagar ao espada Frascuelo

as quantias em que porventura

ficasse prejudicado, pela prohibi-

ção da corrida de touros que ia

vcrificar-se no Hypodrommo.»

Estados -Unidos — Grannie Jef-

fers, a rainha dos ciganos dos

Estados-Unidos. que acaba de fal-

lecer em Greenfield, foi enterrada

em Dayton (Ohio) com toda a so-

lemnidade devida á sua posição.

Cerca de 1:500 ciganos, proce-

dentes de todos os pontos dos Es-

tados-Unidos, acoinpauharam a

sua soberana á ultima morada.

As ceremocias religiosas foram

dirigidas por um ministro protes-

tante.

A rainha foi sepultada n'uma

cora profunda, dentro de uma es-

pecie do urna de pedra. Sobre a

sepultura levantar-se-ha um gran-

de mausoléu com a estatua da de-

fnncta.

Propaganda Fide

Paris, 3, n.

Le FrançaU publica um despa-

cho de Roma dizendo que o ra-

pa prepara uma nora nota concer-

nente á Propaganda Fide decla-

rando que é impossível qualquer

compromisso com o governo ita-

liano tendo por bases as leis

actnaes.

(Havas),

Da distincta cantora Borghi-Ma-

mo recebemos a seguinte carta: «i f .

«Monsieur le directeur—Au mo-

ment de quitter Lisbonne, ie ne

saurais le iaira sans venir témoi-

Saer de tout coeur lei sentiments

e mon plus vif et légitime do-

vouement, de ma plus profonde

reconnaissance envers le cher pu-

blic de S. Carlos et la bienveil-

lante presse portugaise, qui pour

la troisième fois n ont accueillie

d'une façon plus que flatteuse. Ce

souvenir restera éternellemenl

gravé sur mon áme comme un des

plus doux daos ma carrière d'ar-

tiste, et les saudades qui m'ac-

compagncmt e» partant, ne soroat

adoucies quo par 1'heurenx espoir

de mon retour. En vous remer

ciant, monsieur le directeur, de

1'insertion de ces lignes, veuillez,

je vous prie, agréer encore et toujours Insurance de mes sen-

timents les plus distingués et re

connaissants.

Herminde Borghi-Mamo». ^ i ■ ' . ■ ■ ■ ■

tXaufragio

Ijtndres, 3, n.

Perdeu-se o vapor Stale ef flo-

rida que saiu de New-York para

Glasgow no dia 12 do mez pas>ia

do.

Corre que o sinistro foi causa-

do por explosão accidental do dy-

namite.

{Havas.)

Real Gymnaftio Club

Porlugnez

Activam-se os ensaios para a

realisação do esplendido sarau

gymnastico-equestre que este sym

pathico club effectua no dia 6 do

corrente no Colyseu dos Recreios.

Todos os camarotes, fauteils e

cadeiras para esta magnifica festa

estão vendidos.

Uma commissão do Real Gym

nasio Glub composta dos srs.

Duarte Holbeche, Augusto de Oli

veira e Antonio Pinto Martins, foi

hontem ao Paço da Ajuda convi-

dar a familia real, que aceitou

gostosa o amavel convite que esta

sympathica associação lhe fez por

intermedio d'estes cavalheiros pa-

ra assistir á deslumbrante festa. ■■■——BW————

Teem agradado muito os novos

exercícios executados, pelas ir-

mãs gigantas que estão era expo-

sição na rua Aagusta 187.

A questão do governo

de S. Thomé

(Do livro em preparação pelo ex-

governador o sr. Vicente Pin-

delia).

Hl

O director da alfandega de S.

Thomé, chamado em sessão do

junta de 10 de setembro a entrar

cora o rendimento liquido da al-

fandega do mez anterior, apre-

sentou 6:888£148 réis em nume-

rário e 11:334^271 réis em vales

do thesourciro suspenso. Estes

vales fundavam-se em duas au-

ctorisações da junta, de 1870, pe-

las quaes o director da alfandega

podia no decorrer do mez entre-

gar, por este processo, dinheiro

ao thesourciro. Da referida reso-

lução da junta, filha da escassez

de recursos da província que por

este meio se habilitava a occor-

rer a despezas de expediente,

abusou, certamente, o thesoureiro

suspenso, sem conhecimento da

contadoria da junta de fazenda,

de fórma a esconder o alcance.

Em sessão de 26 de setembro a

junta de fazenda pronunciou ac-

cordão definitivo sobre o alcan-

ce (1), julgando o thesoureiro sus-

penso alcançado para com a fa-

zenda publica, de má fé, em réis

21:2464896.

Durante os dias que mediaram

entre a descoberta do alcance e

a prisão do thesoureiro suspenso

foi este vigiado, e em officio n •

437 de 2< de setembro de 1881

foi recommendada a sua prisão e expostas as suas responsabilida-

des ao administrador do concelho

para que este a effectuasse, logo

que do poder judicial recebesae

os mandados de captura, e assim

succedeu.

(1) Accordam os da junta dt

fazenda publica de S. Thomó e

Principe:

Vista a conta corrente elabora-

da na contadoria, relativa ao pe-

ríodo que decorre de 1 de julho a

9 de setembro do corrente anno;

Visto ter-se dado ao thesourei-

ro geral suspenso Luiz Joaquim

da Cunha Lisboa conhecimento

da conta do seu alcance, que de-

clarou não poder contsstar, por meio de conta corrente;

Visto mo8trar-se da mesma con-

ta que no dia 9 de setembro ha-

via á responsabilidade do the-

soureiro geral a quantia de réis

62:205^536 proveniente das ver-

bas constantes do deve da conta;

Visto mostrair-se que o credito

do thesoureiro reral no referido

dia era do 40:958^640 constantes

do haver da conta;

Visto achar se provado nos ter-

mos expostos que faltava no dia

9 do corrente, por occasiao da vi-

sita de surpreza ao cofre, a quan-

tia de 21:246^896 réis, provenien-

te da comparação do dobito e

credito da conta;

Visto o thesoureiro ger^l não

ter entrado em acío continuo com

a differença entre o debito e o

credito, como lhe facultava o ar-

tigo 68.° do decreto de 28 de ja-

neiro de 1850;

Visto que tal desvio não podia

ter tido logar, na sua maior par-

te, senão em época relativamunt©

próxima, por isso que no fira do

anno economico de 1879 a 1880

só havia, em numerário, no cofre

a quantia de 7:730^468 réis;

Visto que no balanço dado em

25 de maio ultimo, e remettido

para o ministério da marinha e

ultramar em officio n.° 36 de 2 de

junho de 1881, o dinheiro estava

certo, o que mostra que o the-

soureiro geral ou completou a

quantia a sna responsabilidade

n'essa occasiào e a tirou em se-

guida, ou qne o total da subtrac-

ção foi posterior áquelle dia;

Visto estes factos excluírem a

possibilidade de erro, ou de boa

fé, pois que se não trata de des-

peza duvidosa ou mal paga, nos

termos do alvará de 5 de abril de

1691, que aliás se não podia dar,

mas do desvio de avultada quan-*

tia em período muito curto;

Vistos os regulamentos de con-'

tabilidade:

Julgam o referido thesoureiro

gerai suspenso Luiz Joaquim da

Cunha Lisboa alcançado pela sua

gerencia durante o periodo refe-

rido na quantia de 21:246^896

réis, e responsável pela mesma,

alcance de má fé, porque, attenta

a importancia e circumstancias

expostas, não podia ter logar se

não pelo desvio intencional do

dinheiro existente no cofre, e

mandam que este accordão, conta

corrente, documentos, e termo

de posse, sejam enviados ao mi-

nistério publico para os fins lc-

gaes.

Sala das sessões da junta de

fazenda de S. Thomé e Principe,

aos 26 de setembro de 1881.—

Vicente Pinheiro Lobo Machado

de Mello e Almada, governador e

presidente—Augusto Cesar Rapo-

so,, delegado—Alberto Çarlos d!Eça

de Queiroz, secretario— José Au-

gusto Pimenfa de Miranda, the-

soureiro interino.

(Boletim official n.° 40, de 1 de

outubro de 1881).

Ao governo da inetropole foi re-

latado larga e minuciosamente

este importante facto de adminis-

tração pela junta de fazenda, em

officio n.° 65 de 27 de setembro

de 1881 ao qual se refere o officio

n.# 181 de 15 de setembro expe-

dido pela secretaria do governo

da província. As actas das labo-

riosas sessões extraordinarias da

junta de fazenda sobre este as

surapto foram egualmente envia-

das ao governo, e os officios da

junta de fazenda—n.* 70 de 27 de

outubro, explicando o balancete

do cofre geral dos defuntos e au-

sentes relativo ao mez de setem-

bro,—n.* 72 da mesma data e mez,

remettendo e explicando os rnap- pas sobre o alcance,—n.# 74, ain-

da do mesmo mez e dia, expondo

o estado financeiro da província,

—n.° 2 de 27 do outubro, conjun-

ctamente a acta da sessão de 2 do novembro e o officio n.# 424 de

15 de setembro do governo da

província, tudo esclareceu o go-

verno da metropole, pondo o no

conhecimento dos dados suífieien-

tes para julgar do procedimento

do governo local e das resoluções

e providencias tomadas,

Ao ministério publico a acção

eivei e criminal foi recommenda- da em officios consecutivos, dos

quaes for^m enviadas cepias ao

ministério em officio confidencial

n.° 21 de 25 de outubro, para que

a todo o tempo consUsse o zelo e

empenho desenvolvidos n'este as-

sumpto a fim de evitar as delon-

gas e morosidades com que mui-

tas vezes são tratados os nogo-

cios jodiciaes n'aquella comarca.

E de todos os documentos envia-

dos ao poder judicial para funda-

mento das suas acções foram tam-

bém remettidas copias ao gover-

no,

A lei de 1 de dezembro de 186$

faz claviculario8 do cofre da jun-

ta de fazenda o governador, o se-

cretario da junta e o thesoureiro.

Em S. Thomé o cofre da junta

de fazenda nem mesmo material-

mente nunca teve tres chaves. E

que as tivesse? São nos districtos

administrativos do continente

egualmente clavicularios dos co-

fres districtaes, o governador ci-

vil, o delegado do thesouro e o

thesoureiro pagador. Como se

cumpre no reino esta formalidade

de clavicularios? Dosde que nos

balanços dos fins des annos eco-

ncmicos, assignados pelos tres

clavicularios, o cofre está intacto,

a responsabilidade não pode re-

cair senão no thesoureiro no mo-

mento em que é encontrado em

alcance. A lei exigindo, tanto lá

como cá, simplesmente caução ao

thesoureiro, resalva a responsabi-

lidade dos outros, o dando ao go-

vernador o direito de fazer visi-

tas de surpresa ao thesoureiro

claramente indica até aonde vae

a sua responsabilidade e qual o

limite do seu dever.

Foi este o sexto alcance contra

que tivemos de proceder em vin-

te o um mezes de administração,

e no mez seguinte julgámos em

accordão do conselho de provín-

cia o septimo. Nào se incluem

n'este numero, nem a quantia de

296S010 réis, que o accordão do

conselho de província de 22 de

fevereiro de 1881 condemn ou a

pagar os vereadores responsáveis

pela gerencia de 1 d-e julho a 31

de dezembro de 1879, por mais

propriamente revestir o caracter

de uma divida ao cofre munici

Sal, nem os repetidos extravios

e artigos militares. Esses alcan-

ces dos quaes já escrevemos ou

ainda referiremos, foram: dois na

administração do hospital da pro

vincia; dois no extincto batalhão

de caçadores n.* 2; um no depo-

sito das obras publicas; um na

thesouraria gecal; e outro na the-

souraria da camara municipal.

Zaire

+

IjQndres, 4, m.

Diz a Pall Mall Gazzette que a

França está em negociações para

adquirir todos os interesses que a

Astociaçõo Internacional Africana

tem no alto Zaire.

(Havas).

Espera-se que estejam concluí-

das no proximo mez de setembro

as obras do caminho de ferro de

Salamanca á fronteira portugueza

de Villar Formoso.

Kermeaae

Um grupo de sympathicos ra-

pazes da Azambuja constituídos

em commissão vão offerecer a Sua

Magestade a rainha alguns obje-

ctos para a Kermesse.

Consta nos que entre elles, al-

guns ha, dedelicadissimo gosto.

Honra lhes seja pela feliz ideia

de concorrerem tào expontanea-

mente para esta festa de caridade,

sendo mais uma prova que dão de

nào se esquecerem dos muitos be-

nefícios que Sua Magestade a rai-

nha prestou as classes menos fa-

vorecidas durante as innundações

qua n'aqueila villa se tem dado.

#

# #

Os redactores do Economista,

pediram licença para estabelecer

uma barraca Eclescopio.

0 sr. Slifiinnia <5c Elie Benard

offerocem 200 pãesinhos por dia

durante a festa Kermesse.

#

* ♦

E' provável que a recita offere-

cida pelo sr. conselheiro Freitas

Brito se realise no proximo domin-

go ás 2 horas da tarde no Coly-

seu dos Recreios.

O sr. Herrmann offerece no

caso da festa ter logar á noite, |il-

luminar a luz electrica a barraca

de Sua Magestade a rainha em-

prestando todos os apparelhos que

fossem necessários.

Androldo*

E* na próxima sexta-feira 9, que

se realisa io theatro dos Recreios

a estreia da companhia de fanto-

ches.

E' curioso e engraçadíssimo o

elenco d'esta companhia.

Falleceu o sr. Luiz de Assum-

pção Junior, irmão do nosso par-

ticular amigo o sr. Manuel de As-

sumpção.

Era como seu irmão um cara-

cter nobre e elevadíssimo, e deixa

viva saudade era todos que o co

nheciara.

Adoecera ha cinco annos com

uma tysica pulmonar e falleceu

contendo apenas 26 annos de eda-

de.

Ao nosso amigo o sr. Manuel de

Assumpção e a toda a sua familia,

os nossos sentidos pezames.

Espera-se com anciedade em

Cabo Verde a nova pauta das al-

fandegas.

Consta-nos que os bombeiros

muDicipaes offerecem-se para fazerr

serviço de graça nos dias de fes-

ta' ——_ Os srs. W. B. Wilkinson «5c C.*-

annunciam hoje mais uma vez na

nossa folha o seu belon granito que

actualmente se está adoptando

com os mais satisfatórios resulta-

dos para o revestimento de pas-

seios, cavallariças, hospitaes, etc.

Este belon que é de uma rije-

za considerável e de grande du-

raçãe foi approvado pela camara

municipal de Lisboa para os pas-

seios d \ rua Áurea, Rocio, praça

dts Restauradores e ultimamente

nas obras da Avenida da Liber-

dade.

Os srs. Vilkinson & C.* exfor-

sam-se por vender pelo menos

preço possível o seu granito que

igualmente ó muito recommenda-

vel para tanques, adegas, e todas

as casas que se quizerem preser-

var da umidade.

0 escriptorio da companhia é

na rua da Magdalena 36, 1.° ©nde

se dào todas as explicações que

se isegirem.

Veja-se o annuneio na secção>

competente.

A* roda da poSitioa

A publicação d'esta revista ori-

ginal do nosso collega sr. Julio>

Rocha tem chamado a attenção do

publico, que tem ido voluntaria-

mente assignar aos èstabelecimen-

tos onde está ainda aberta a assi-

gnatura para os poucos exempla-

res que restam da edição.

Hontem distribuiu-se já a al-

guns assignantes de Lisboa a 2.*

folha.

No Bazar Commercial, rua da

Escola Polytechnica, 73 e 75, e li-

vraria do sr. Marques da Silva,

travessa de S. Domingos, 39, i.V

continuam a receber-se assignan-

turas.

No dia 7 do corrente realisa se

no theatro do Principe Real o be-

neficio do actor Alfredo Maggioll^

filho do conhecido actor Maggiol-

li, que está no Brazil. •

O beneficiado ó por todos o»

motivos digno de protecção, e ©

nosso publico que é bom e gene-

roso, por certo o auxiliará.

Abriu-8e hontem na nave cen-

tral do Palacio de Crystal do Por-

to o bazar de prendas em benefi-

cio do real hospital de creanças

denominado Maria Pia.

Ao passarem pelo chafariz de

Entre-Campos os soldados n.°* 8

e 12 da 3." companhia de cavalla-

ria da guarda municipal, que no

sabbado á noite acompanhavam

os toiros para a praça do Campo

de SanVAnna, foram apedreiados.

Os aggressores não poderam

ser presos.

Não houve ferimentos.

Cancioneiro popular

CLIII

enho dentro do meu peito,

Chegadas ao eoração,

Duas letras que só dizem:

—Amar sim, deixarte não!

Page 3: DIÁRIO ILLUS7RAD0 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-05-05/j-1244-g_1884-05-05_item2/j... · 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina

DIÁRIO [LLSÍÍRAD

SSCCAO UTIL

ALBÂMACK

MAIO (31 »IAS)

Qiinta feira

feira. .

1

2

Rabbado

8 15

9 16

••••! 3 10 17

U.uljj

Beguada feira j 5 12

Domingo.

inj512

Terça feira 6:13

Quarta feira 1 7)24

18

19

20

22 29

2330

24 31

*jl

26 j

27"

^'28'

8 1/2 h.— Petocipr Real — (Be-

neficio) — Os intrujòt8 — Garoto

dos jornaes — Vou ver os leoés.

8 1/2 h.— C0LY8EU nos Recbeiob.

—Companhia franceza de opera-

comica—A Noite e o Dia.

N. B. — Os srs. accionistas e

subscriptores dos Recreios teem

entrada com 50 por cento de aba-

timento.

Chalet Vbauktico — (Na feira

das Amoreiras)—As circassianas,

em 3 actos.

Infantil —(Na feira das Amo- reiras — De dia: variados espe-

ctáculos — A' noite: A Mascotte.

Exposição das Irmãs Gigantes —

Rua Augusta, 187 e 189 - Entrada

100 réis.

etagères circulares ao eentro da

sala.

PHASES DA LT7À

Quarto cresceu .o a 2.— Lua

eneia a 10. — Quarto ma^uante a 18.—-Lua nova a 24.

Abertura da exposição

agrícola

CHRBHICl uQ Di»

Segunda feira, 5. — S. Pi«.

Paramntos brancos.

Lausperenne na ermida de Nos-

sa Senhora do Resgate.

Principio da aurora, 3 b. e 25 m.

Nascimento do sol, 5 h. e4 m. Occaso, 6 h. e 57 m.

Primeiro preamar, 5 h. e 24 m. m.

Begundo preamar, 5 h. e 49 m. t.

Primeirabaixamar, 11 h. 3G m. m.

oegunda baixamar, 1J h. e 11 m. t.

JUNTA DO CREDITO PUBLICO

Pela contadoria geral da junta do credito publico se annuncia

que o pagamento dos juros do 2.°

semestre do corrente anno dos ti- tulos de divida interna se deverá

enectuar quanto as relações de

juros que se acham numeradas, no

dia constante da seguinte tabel-

Dia 6 de maio

4201

42*6

4219

4220

4222

4231

42d3

h a

4249

4251

4253

4255

42*58

4260

4284

4286

4290

4292

4296

4298

4303

4305

4310

4312

4328

4331

4333

4336

4338

4354

4356

43S60

4362

43^2

4374

43*76

4Ò'78

4397

Outrosim se annuncia que nos lo de maio e 19 de junho proxi-

mos futuros, serão admittidas a

sorteio as relações que deixarem ae ser apresentadas durante e

praso indicado no annuncio de 12

ae íevereiro ultimo, as qnaea te-

rão pagamento depois do ultimo

aia comprehendido n'este annun-

cio, conforme for designado.

As relações de coupons serào

igas nos proprios dias destina-

los pelo sorteio.

Os juros em atrazo pagam-se ás

Sextas-feiras. O pagamento começa ás dez ho-

fas da manhã e acaba ás duas ho-

ras e meia da tarde.

Contadoria geral da junta do

credito publico, 24 de março de

18W.

O contador geral interino

José Pedroso Gomes da Silva.

§

RECEITAS

LXV1II

Remedio canira a tonne

Em 500 grammas de calda de

atosucar dissolvem-se:

25 grammas de succo de alca-

çuz.

25 ditas de agna coneentrada de

«ammilla.

Reduz se a fogo, a metade apro-

ximadamente, e toma-se ás colhe- res de chá, na occasiào dos ac-

oes8os de tosse.

Com um belle dia de primave-

ra, um céo muito azul e um sol

| muito brilhante, inaugurou-se,

hontem as duas horas e meia da

tarde, a exposição agrícola, na

Tapada da Ajuda.

Assistiram a este acto El-Rei o

sr. D. Luiz, El-Rei o sr. D. Fer-

nando, * príncipe D. Carlos e os

infantes D Alfonso e D. Augusto,

de casaca e gravata branca, e a

Hainha a Sr.a D. Maria Pia, que

trajava uma elegantíssima toilette

de damassé branco enfeitado com

velludo da mesma cor, e chapéo

de velludo roxo cora uma grinalda

violeta.

Suas Magestades El-Rei o Sr. D.

Luiz, e Rainha a Sr.a D. Maria Pia

e Suas Altezas o príncipe D. Car-

los e infante D. Alfonso foram re-

cebidos por El-Rei D. Fernando,

infame D. Augusto e pela corn-

missão.

Os alumnos da quinta regional

de Cintra, com a sua bandeira,

formavam alas pela escada princi-

pal, e em cima tocara a sua cha-

ranga.

Do ministério estavam os srs-

presidente do conselho, ministros

das obras publicas, da fazenda, da

marinha e dos estrangeiros. Vimos

também ali os srs. governador ci-

vil, muitos lentes das escolas su-

periores, vários titulares, e escri-

ptores entre elles os srs. Ramalho

Ortigão, Antonio Ennes, Meli-

cio, Thomaz Bastos, Castanheira,

Eduardo Guimarães, Lamare, Bri-

to Aranha, Albino Pimentel, etc.

Algumas senhoras assistiram ao

acto da inauguração.

El-Rei o sr. D. Fernando leu

um discurso acerca das vantagens

da exposição, a que respondeu o

sr. D. Luiz, a quem se seguiu o sr.

Antonio Augusto de Aguiar, que,

em nome e por ordem de El-Kei,

declarou estar aberta a exposi-

ção.

No logar onde as pessoal reaes

se sentaram estavam 7 cadeiras

de espaldar, sendo uma para o sr.

Paulo Kruger, presidente da re

publica de Transwaal, que El Rei

mandara convidar e que ali com-

pareceu acompanhado do sr. Smith. 0 sr. Paulo Kruger vestia sobre-

casaca.

Acabada a ceremonia a família

real foi comprimentada por todos

as pessoas presentes, e visitou em

seguida minuciosamente a exposi-

ção, demorando-se por vezes, dean-

te de alguns magníficos produ-

ctos.

A' esquerda do palacio está o

estabulo, á direita a cavallariça

que tem capacidade para 28 ani-

maes. São feitos dê tijolo e telha.

Os cavallos são bonitos, sobresain-

do um preto que não sabemos a

quem pertence.

Na parte superior acha-se um

magnifico restaurant e um pouco

abaixo o coreto da musica, onde

tocava a banda da guarda muui-

cipal. Na mesma linha se encon-

tra um aviario onde contemplámos

com admiração um soberbo gálio

amarello, e um lindíssimo pavão.

Junto a estrada vé-se uma ele-

gante cabana pertencente ao Com-

mercio de Portugal, e que esta re-

dacoão pôí a disposição da im-

prensa.

Descendo do palacio encontra-

se um pavilhão de productos de

ferro da officina do sr. Almeida,

uma barraca de productos cera-

I micos e um telheiro onde está uma

enorme e exceliente machina de

descortigar a ortiga branca, per-

tencente ao governo.

Continuando a descer vamos

ter a una pocilga circular de coi-

mo, mais abaixo á barraca para

colmeeiro e por fim a um chalet

elegantíssimo que está muito bera

arranjado interiormente onde se

acha a exposição agrícola e flores-

tal do distncio de Lisboa.

A direita d'este chalet está uma

exposição de cereaes, lãs, corti-

ças, vinhos e azeites pertencentes

ao sr. Simões Margiochi.

Na mesma linha se encontra

uma barraca, coberta de colmo,1

pertencente ã empreza industrial

de Lisboa.

Ha mais vários recintos onde se

acham bois, cavallos, machos,

burros, carneiros etc.

#

# #

No palacio da Exposição veem-

se muitas qualidades de vinhos,

azeites, cereaes, doces em caixa,

bolachas, machines de costura,

amostras de madeira, generos co-

loniaes etc.

Além dos objectos da ilha da

Madeira que, n um dos nossos nú-

meros já mencionámos, merece-

ram-nos particular attençãoos ma-

gníficos productos de barro de Es-

tremoz da fabrica Alíaciuha. São :

duas jarras e uma especie de po

te que tonam magnificamente de-!

senhados e executados. Bastante!

elegantes apresentam uma forma j

inteiramente nova e que é deve-

ras apreciável.

As duas enormes jarras foram

offerecidas á sr.# duqueza de Pal-

mella e o reservatono para agua

a El-Rei o sr. D. Fernando.

Da Extremoz também admirá-

mos um precioso mármore das pe-

dreiras pertencentes ao sr. André

Gonçalves.

neira em que hoje se acha, preju

dica as condições acústicas da

sala.

Terminar as obras do salão no-

bre para poder servir para con-

certos.

Melhorar as condições de ven-

tilação de que bastante carece

aquella saia.

Pede ao governo que contribua

com uma quantia para ajuda de

! compra de instrumentos tanto de

metal como de madeira para a

orchestra poder estabelecer o dia-

pasão normal, lembrando que pa-

ra esse fim poderá ser applicado

o saldo da 900Í000 réis.

Achamos justas estas reclama-

ções, per serem indispensáveis no

primeiro theatro da capital que é

frequentado per a nossa primeira

sociedade e grande numero de es-

trangeiros.

# #

A companhia de opera cómica

parte hoje de Bordéus, devendo

chegar a Lisboa no dia 8 de ma-

nhã.

A sua estreia effectua-se com a

opera Guilherme Tell, que terá

logar no dia 9 do corrente.

Hontem ja muitas pessoas foram

marcar os logares de platéa para

essa noite.

Substituindo a palavra musieay

pela palavra primavera, o brilhan- te romancista teria feito uma

phrasa muito mais eloquente, e

sobre tudo muito mais verdadei-

ra.

Graças a Deus, a Kermesse, ini- ciada em uma sublime vibração

de sensiblidade, compreheudida

em uma lúcida visào de materni-

dade, por Sua Magestade a Rai-

nha; a Kermesse, que absorve

neste momento, todas as sjm-

I pathias do paiz e que vae ser a

primavera dc todas asprimaveras,

o cântico de todos os cânticos, a

realidade viva e humana de tudo que a caridade, despertada ao

doce chilrear das creanças, ave-

sitas do ceu que passam pela

terra do fugida, illuuiinaudo-a

com o fulvo reflexo dos seus ca-

bellos de oiro e purificando a com

o hálito puro das suas boquinhas

de açucena, pode realisar de mais

formoso e de mais util: a Kermcs-

sey vinculada á Creche, nào nos

deixa duvidar do amor.

Sim, mas o leilão...

! Afugentemos essa penosa som-

bra 110 diluculo do sol; oiçamos,

encantados, a grande symphonia da vida. aspiremos, inebriados, o

coração das rosas; e á noute.

quando as flores dormem e o sol íaz chassé croisé com a pai ida lua

nimbada no azul, vamos ao Coly- seu applaudir a graça picaute e

ítfenbt

Caixa geral de

depositos

IJMPRESTA-SE dinheiro sobre penhor de titulos da divida

publica portugueza e obrigações

da Companhia Geral de Credito

Predial Portuguez. Desconta os juros de inscripçòes completamen-

te livres. Taxa de juro cinco por

cento ao anno. Operações todos

o» diai não feriados até ás 2 ho-

ras da tarde.

J. F. Pinto Bastos.

Dia a dia

Os francezes— Theatro e Templo—

Balões e leilões—A Primavera e

a Kermesse.

Belem

TEWPQ

Conforme o boletim do Obser

vatorio do infante D. Luiz, a

temperatura maxima ante-hontem em Lisboa foi de 22,4; a minimw

11.4.

O tempo provável hoje é:

Vento moderado do quadrante

NE.

Ceu de algumas nuvens.

Com respeito ao estado geral

do tempo diz o seguinte:

Baixou o barometro entre 1 e 4

millimetros, com diminuição de

temperatura e vento predominan- te pelo quadrante NW.

Os dados de que dispomos mos-

tram as pressões mais fracas para

sendo porém diminuto o gra- diente.

Faltam boletins do estrangeiro.

ESPECTÁCULOS

8 1/4 h. — Trindade — A noite

e o dia.

8 h. — Gymnasio — A estação

calmosa — O dr. Sovina — Amor

c veneno.

A guarda de honra era feita pe-

lo regimento de infaníeria 16, o

serviço interior feito por soldados

de infanteria 1, de grande unifor-

me, e o serviço exterior feito por

patrulhas de cavallaria da gjiarda

municipal e policias civis de Lis-

boa, ãs ordens do sr. administra-

dor de Belem.

A Associação de Soccorros Mu-

tuos 17 de junho de 1874, reúne

hoje 4 pelas 5 horas da tarde na

sala das suas sessões, em assem-

bléa geral funccionando com qual-

quer numero por ser a segunda

convocação e nào ter funccienado

no primeiro chamamento, 30 do

passado, por falta de numero le- j

gal. , —^——M^ii

Fagundo Gonçalves, caixeiro,!

foi preso ás 7 horas da tarde de

hontem na travessa das Vaccas •

por aggredir seu patrão, fazendo- (

lhe dois ferimentos na cabeça.

0 ferido foi pensado no hospi-,

tal de S. José.

Por entre os grandes aconteci-

mentos que se preparam, e que,

juntamente com as suggestòes, um tudo nada anacreoncicas da

primavera, trazem os nervos em

urna vibraçào continua, os france- zes, e os seus comicos espectácu-

los, sào a nota alegre, arrancan-

do nos, por algumas horas, a mo-

notonia, inevitavelmente triste,

de uma existencia em que todos

os dias se assimelham.

Nào tem havido, é certo, n'es- tes últimos tempos, uma absoluta

esterilidade, da parte d'essa ve-

lha matrona, que se chama Chro-

nica. Ella tem sido fecunda, co-

mo as mulheres dos patriarchas

bíblicos, dando á luz uma respei-

tável prole de factos e aventu-

ras.

A different, é que as aventu-

ras não sào iuteressantes e os fa-

ctos nào sào alegres.

Fiascos nos templos, n'aquelles

cm que impera a foliona deusa

Thalia, e no outro, onde se ergue

a palida e macerada figura do

Christo; balões que sobem só pa-

ra terem o esquisito capricho de

cair, e leilões, um leilão, que cae,

arrastando pelas barracas immun

das dos ádeios a purpura e o sce-

ptro de uma gloriosa rainha da

Arte, só pelo sordido prazer de

emeartuchar, em troca, uma mào

cheia de sterlinas, de um tinir so-

noro.

Oh! mundo, eu tenho obrigação

de saber, por isso que ha muito

deixei de ignorar, que tu ha« ae

ser sempre um pouco Syloch. .

Mas n'esta incomparável esta-

ção, em que a terra estremece,

como um seio namorado, desata1!!-

do-se em caricias de flores que

desabrocham, vermelhas e perfu-

madas, como lábios sedentos de

beijos; n este momento em que o

sol aquece, sein queimar, e pelo

azul ineffavel passam, batendo as

azas, as Candidas andorinhas, ®u

sinto a necessidade de acreditar

que a vida é mais de que uma

simples questão de interesses, e

que se os Pharaós adoraram o be-

zerro de oiro, nós, os homens do

século XIX, baptÍ8ados na cor-

, Al 9 \J viva de Elisa Tautfenberger, uma

8cintillaute rapariguinha que tem a habilidade de combler te vide

cantando sem voz e fazendo ad- mirar o entrain do conuplet, pre-

cisamente na oeeasiào em que eí-

la o não canta!

E o Guillien, uma voz encanta-

dora, o Achard, uma graça iuex-

gotavel!

Oa francezes!.. Vejam se não

Ines pertence, na sua restricta

acepção, a prase que elles inven-

taram para definirem o Heine:

«Ce rossignol qui a fait ua uid dans la perruque de Voltaire.»

Gabriel Cláudio.

Uãe amacia

Na rua Formosa n.° 129, agua

I furtada, porta em frente, mora

I uma viuva doente de cama, pade-

cendo moléstia de peito, sem ter

já que vender para se poder ali-

mentar, e mais uma filha que saiu

de um asylo só cora o fato que

trazia no corpo, e sua infeliz mãe

sem ter meios para lh'o comprar,

e devendo também a renda da

casa; pede a todos 1 s seus bem-

feitores que lhe acudam n'este

quadro de miséria, pelo amor de

Deus.

fyogrty'ui to ílliilnuo'

T. rtm «1; *

A NACIONAL

Estabelecimento de Mercador

38, RUA DA PRATA, 40

Xiiftboa

RECEBEU completo sortimente de fazendas nacionaes e es«

traageiras. Tudo novidade e de

preços Iimitadis8im08.

Cortezia internacional

entre Portugal e

Hespanha

Foi enorme a quantidade de po-

vo que foi visitar a exposição.

Na rua do Arsenal e largo do

Corpo Santo grande numero de

pessoas esperava os carros ame-

ricanos e Rippert que passavam

cheios de passageiros, sendo diffl-

cilirao arranjar logar.

Na Tapada estavam muitos

trens e viam-se espalhadas por

todo aquelle immenso recinto mi-

lhares de pessoas.

E lindíssimo o aspecto exterior

do palacio da exposição ao longo

do qual corre uma varanda cor-

tada por três escadas. Ao centro

e nas extremidades acham-se tres

elegantes pavilhões.

Ja, outro dia, fizemos a descrip-

çao do interior do palacio, por

isso não nos demoraremos agora

neste ponto. Tecto alto, todo em-

bandeirado, as paredes sào em

parte envidraçadas estão colloca-

dos tropheus com os nomes dos

agronomos e botânicos mais cele-

bres, e ao centro um tanque ro-

deado de flores e pequenos arbus-

tos. Etagères d'um lado e outro e

Falleceu era Penafiel o abasta-

tado capitalista Antonio José Leal,

que ha tempos fundou n'aquella

cidade um asylo para iutrevados..

Colyseu

Hoje é recita por meio preço

•para os srs. accionista» e subscri- j

ptores que pediram para a empre-1

za lhes dar a Noite e o Dia. Lá

vae pois a graciosa opereta mais

uma vez e nunca mais a veremos, i

Amanhã ó o espectáculo do Real

Gymnasio Club e na quarta feira I

sobe á scena a Grã Duqueza de

Gerolstem que é esperada com

geral anciedade.

S. Carlo»

0 sr. Antonio de Campos Val-

dez, emprezario do theatro de S.

Carlos, apresentou ha dias o seu

relatorio como commissario régio

durante a sua administração por

conta do governo, e no qual ha

um saldo de 900^000 réis appro-

ximadamente.

O sr. Valdez n'esses documen-

tos expõe a necessidade de se

proceder a alguns melhoramen-

tos n'aquelle theatro, taes como:

Prolongar o proscénio como es-

tava antigamente, e que da ma-

El

^ —— 1 f V» w « V W «Al» vvt rente lustral da grande e emanei

padora Revolução, reunidos na

divina commuuhào dos espíritos

que se elevam e das almas que

se purificam, temos obrigação de

preferir-lhe o amor, a amisade, a

dedicação.

O dinheiro é bonito, e eu juro

ue não deixarei de ser grato á

Providencia, essa vaga esperança

de quem nào possuo nenhuma di-

tosa realidade, se eUa deixar cair

na minha pobre sacola de pere-

grino, um bom par de contos de

réis.

Aflirmo mesmo que o meu reco-

nhecimente attingira a heróica

abnegação de trocar, sem um mo-

mento de hesitação, a penna e o

tinteiro, por um rolo de inscri-

ções da Junta do credito pu-

lico.

E se duvidam, leitores, expe-

rimentem. ..

No momento; porém, em que

nas harpas do infinito resoam os

melodiosos epithalamios, no ins

tau te em que se celebram as nup

cias da primavera, e em que uma

nova vida escorre em borbotòes

dos troncos das arvores, irrompe, em de8abrochamentos colossaes

das entranhas de terra, e aquece

nos peitos carinhosos da fecunda

mãe universal, todos os seres,

mesmo aquelles a quem se pode

applicar a eloquente phraee de

Thereza de Jesus;—deixem me

reflorir, no rejuvenescedor con-

tacto da boa mãe, o ramilhete de

illusões, com que me brindou um dia essa olympica seductora que

se chama—Mocidade!

Edrnond Goncourt escreveu ha

dias, no seu admiravel romance

Cherié: «A musica é o haschisch

1 dbs mulheres»,

Em quanto o governo portuguez

continua negando ha mais de 15

annos a validade dos fitulos pro-

feseionaes hèspanhoes em Portu- f;al e processa e tributa, contra a

ei moral, aos que o possuem, ve-

ja-s« o que dizem os periodicos

de Paris ha pouco chegados a Lis-

boa:

-O ministro dos negocios es-

trangeiros da republica franceza acaba de fazer um tratado com

as chancellarias da Europa para

que os medicos francezes sejam

auctorÍ8ados a exarcer a sua pro-

fissão no estrangeiro.

«A titulo de reciprocidade os

medicos de todas as nações po-

darão exercer a medicina em

França.

"Supulica se a todos os hèspa-

nhoes dignos que influam junto

do seu governo para que cumpra

com o seu dever, defendendo de-

veras uma questão de decoro na-

cional. Aos portuguezes honrados

e briosos se lhes pede o seu con-

curso para exigir do governo de

Portugal qne sejam trancadas as

causas criminaes instauradas com

de8preso da moralidade publica

e da seriedade da sua patria.

Quem quizer proceder collecti-

vamente, ou conhecer os promeno-

res de tão escandalosa questão,

pódc dirigir-se a D. A. Mascaró,

medico occulista, rua do Ferre- gial de Baixo, 31, 1.° andar.

Folhetins e artigos

• scientificos

pESSOA competente encarre-

ga-se da sua redacção para

qualquer jornal mediante retri-

buição resoavel. Carta com as ini-

ciaes P. P. P. á agencia de an

Manuel d'Assum-

pção, Rosa Motta Mar-

ques dAssumpçâo, Joa-

quina d Assumpção e

Maria d'Assumpçãof

participam ás pessoas

da sua amisade, que

foi Deus servido cha-

mar a sua divina pre-

sença seu querido ir-

mão e cunhado Luiz

d'Assumpção Junior,

que se ha de sepultar

hoje, 5 de maio, saindo

o préstito fúnebre da

egreja de Santos-o-

Veího, pela uma hora

da tarde; erogam-lhes

o favor de honrar com

a sua presença este

acto. Pedem desculpa

por não fazer convites

especiaes.

A almofada

DE

'.v-

w,..

T&&UB

. ou ueues, iu<. z."

nuncios liavas, rua de Ouro, 34. | Augusta), Lisboa,

URA todas as MOLÉSTIAS

FÍGADO E DO ESTO- M AGrO quando este não esteja in-

teiramente estragado pelo uso ex-

cessivo de remédios. Isto é um

FACTO POSITIVO attestadopor

milhares de medicos da aristocra-

cia, clérigos, negociantes, e outros

cujo testemunho ninguém pôde

duvidar.

Quaei todos os males que affli-

S»m a humanidade tem a sua ORI-

•EM NO ESTOMAGO; aqui está

o meio de combatel-os SEM RE-

MEDIO INTERNO.

Não ha um único caso conheci-

do em que alguém que use a Al-

mofada seja atacado por febre.

Remette-se pelo correio envian-

do 2^500 réis.

Agentes geraes JAMES CAS-

SEL & C.a, rua do Mousinho da

Silveira. 127, 1.»—Porto e H. W.

ROBERTS & C.«, rua dos AI&-

bebes, 107. 2.° (proximo da rua

o

Page 4: DIÁRIO ILLUS7RAD0 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-05-05/j-1244-g_1884-05-05_item2/j... · 1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis 8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina

fci^ãlG ILLUSlúADO

JOÃO CANDIDO DA SILVA

229, Rua do Ouro, 231

Hoje,

O

5 de maio de 1884

BETON GRANITO

Dos Srs. W. B. Wilkinson & (',

Grande loteria de Madrid

250:000 pesetas

WLLWYWS B.E1S

LEILÃO

F* UNIVERSALM ENTE considerado o melhor systema de pavi-

* mento para CAVALLAR1ÇAS, adegas,, eiras, cosinhas, terra-

ços,, armazéns, eelleiros e depositos d'agua, etc. etc. etc.

E de uma duração extraordinaria, sem clittiro algum, e perfeita-

mente impremeavel á humidade.

Preços reduzidos e obras garantidas

Para esclarecimentos — J. P. HORNING JUNIOR

VU>. A\ui\ daMagdalcna

DE

Direcção das obras publicas

do districto de Lisboa

Secção de estradas n.° 3

Posto medico

Lttrgo do Intendente. 1®

tíoccorros medicos a qualquer

bora; analyses clinicas e vaccina-

çào.

Consultas aos pobres ás 9 d*

manhã.

Consultas de Francisco Stromp

da 1 ás 3; de A. d'Ordaz das 3 a>

da 5 tarde.

Phaeton-Break

VENDE-SE um muito elegan-

~ te. Paço da Rainha. 62.

LUZ ELECTRICA

De diversos syslemas pa-

ra illuminação de salas de re-

uniões, thealros, trabalhos ao

ar livre, jardins, casas de ha-

bitação, etc. etc."

6. Calçada do Lavra, 8

Figueira

i\ ALMANACH ÍLLUSTRA-

DO de Francisco Pastor está

á venda no estabelecimento doa

Bru. Costa & C ". .

■M8KÇO 2QO nfeis

GÕMPAGNLE

DES

MESSAGERIES HARITIHBS

PaquebotN ponte françaft»

Lin^a quinzenal

LISBOA

Mobília Dianovertical etivrosl 'sssssmssítttóisás.ísrAesfíim.bemih&iin IIIUUIIIU9IJIUIIU BUI UUUI U 11 ■ I \J\J\ procederá á arrematação da empreitada de pintura na barraca da es-

■ I fn A /í A A Am DAIa«V\

A s pessoas que quizerem

fazer uso da illuminação ele-

ctrica mostra-se praticamente

o systema que fôr escolhido c

toma-se a responsabilidade

das condições economicas que

se indicarem.

Agente-Casimiro C. da Cunha

NA RIA DIREITA DO RATO, 17,1.° ANDAR

(PROXIMO DO LARGO)

Segunda feira, j de maio, <ts 11 horas da manhã

rONTINUA o leilão de mobilia de sala de estofo de reps, repos-

teiros, consollos, piano vertical de 7/8, author Mayer, mobilia

de gabinete reposteiros e outros objectos.

Lívtob, litteratura, historia, francezes, inglez^s e portuguezes.

Para Hamburgo, Brake e

Bremen, levando carga pa-

ra S. Peterburg com tras-

taçao de saúde em Bolem.

As condições acham-se na secretaria da referida direcção todos

os dias não santificados desde as 10 da manhã ás 4 da tarde.

Lisboa, 21 de abril de 1884. O chefe da secção

Joaquim Pedro Xavier da Silva.

Para Dakar, Rio de

Janeiro, Montevi-

deu e Buenos Ayres

SAÍRA' DEPOIS DE POUCA

DEMORA n'este porto o paquete

francez CONGO.

Commandantc Grou.

Que se espera de Bordeaux em

do corrente.

Para mais informações trata-se

no escriptorio da agencia, traves-

sa d* Sequeiro das Chagas, l.j

Os agentes TorCades & C.a

BRONCHITES, TOSSES, Catarros Pulmonares

DEFLUXOS DobiIid?dlNdoEPEITO TÍSICA, AMI

CURA RAP1DA E CERTA POR MEIO DAS

l&H iA\ G9TTM L1¥0

d.© TROUBTTE-PERRET

com CREOSOTE de FAIA, ALCATRÃO de NORUEGA e BALSA MO do TOLU,

Este preparado, infallivel para curar radicalmente todí:^ as Mol*+-

tius d4is Vias respiratórias, é recommendado pelas O lebrldades

mcdícas como o unlco efQcaz. É o único que, alem de uáo fatigar o es- ^ tomago.o fortiQca, reconstituo e despetta o appetite; duas gotlaapela (

e á tarde triumpham dos casos mais tenazes.

Deposito principal: TRODETTE-PERRET, 165, roa Saiat-Antomo, Pari!

E NAS PRINCIPALS PHARMAC5AS

Afta do eTlUr *s watrificçéès diY*-s« «liflr que 05 íwsm» talus* lello do ftovint rrinciz.

bordo em Hamburgo

O vapor

WS*«3

OLDENBURG

Chega e 6 do corrente, para sair depois de

curta demora.

Para carga e passagens trata-se no Caes

do Sodré, 64, l.°.

OS AGEXTES

IS». Pinto Rasto & C.a

COMPANHIA

DE

MOAGEM DE SANTA IRIA

NA POVOA

Escriptorio, rua da Magdalena, n.° 85, l.°

Tabella de preços

flARINHA de trigo superfina, flor por kilog. 90 réis * 9 fina n.° 1 * * ^8 »

o » n.° 2 » » 86 » 0 » n.# 3 » » 84 »

» o n.° 4 » » 82 »

» n n.° 5 » » 80 »

» » n.° 6 » » 76 o

» » n.° 7 » » 72 »

Cabeçinha " * ot *

Semea superfina » * *

Dita fina » » 31 »

Dita grossa 0 0 *

Alimpadura ; ; u . » 1° »

Recebem-8e eneommendas no escriptorio e na tabnea.

COMPANHIA

DAS

Caminhos de ferro do

Sul e Sueste

Inauguração da exposição

™ agrícola de Lisboa r> *'

Bilhete* de ida e volta

a preço» reduzido»

______

Das estações abaixo

designadas a Lisboa

Preços do ida e volta

2» cl. 3.' cl.

Serpa

Beja

Cuba

Alvito

Casa Branca..

Estremoz

Évora Monte-mór ...

Vendas Novas

Setúbal

8*500

35000

2*700

2*000

1*900

3*200

2*300

1*600

1*300

900

2*500

2*200

1*900

1*800

1*500

2*800 1*700

1*200

900

600

Gasa 110 campo

ARRENDA-SE uma com quin-

ta para passear na estrada

da Luz.

Rua Áurea. 208, se diz.

llarlaiina de Cárneo

ProNteMi Henrique Pro*-

tent* ftua mulher e fllli«.

Carolina Vicencla de

Carvalho Pro*tes (au-

•ente). cumprem o dolo-

roso dever de participar

a todo* ON «teu* parente*

e ã* pe**oa* de «uaN re

laçòe*. que falleceu *eu

prêuadiftklmo marido,

pae. mo;t«, avo e irmáo

FranciNCO Rufino de Carr

valho Pro*te* que ha de

•er «epultado* hoje 6.

no cemiterio do Alto de

8. João, *aindoo prentito

fúnebre da parochial

egreja da Pena pela* 4

e mela horas da tarde.

Não havendo convite*

especlae*. esperam rom

tudo a fineza da compa

rencia a e*te acto» da*

pewsoas de suns rela-

çôe* e amizade.

Batalhão de enge

nheria

17AZ SE publico que até ao 1 dia 22 do corrente, pelas 12

e meia horas, em que terá logar

a sbertura das propostas em car-

ta fechada, se recebem estas pa-

ra o fornecimento de mil metros

cúbicos de cal com destinos ás

obras de defeza em CaxiaB. Os

coucorrentes devem apresentar

amostras de cal e fazer previa-

mente o deposito ce 80*000 réis. — 9

No mesmo dia d meia hora de-

pois ee procederá á abertura das

propostas que forem presentes ao

conselho do indicado corpo para

o fornecimento de 60:000 tijolos

d alrenario com destino á mesma obra. Os concorrentes devem ]

apresentar para amostra dois ti- :

jolos e fazer o deposito de 30*000

réis.

As condições estão patentes na

sala das sessões do mesmo con-

selho. ,

Quartel em Lisboa, 3 de maio

de 1884.

O secretario

João A. Xavier da Trindade

Tenente.

Sociedade anonyma

de responsabilidade limitada

Capilal réis G50:000$000

PREVINEM-SE os srs. accionistas de que o pagamento da 5.» 1 prestação na razão de 10 0/0 ou 5*000 réis por acção, deve ter

logar nos dias 21, 23 e 24 do corrente m^z de maio, nos seus es-

criptorios em Lisboa na rua da Prata, n.° 234, l.#, e no Porto na rua

de Sá Bandeira, n.# 217. Lisboa, 5 de maio, de 1884. ^ ,

Pela Companhia das Minas de Gondomar Os directores

Antonio Pereira Ferraz.

J. M. Pereira de Lima.

Companhia carris de ferro

de Lisboa

ES2A companhia venderá em leilão, convindo-lhe o preço offere-

cido, dentro da estacão em Santo Amai o, no dia 8 do corrente,

á 1 hora da tarde, 12 muares peninsulares.

Santo Amaro, 1 de maio de 1884. O chefe de serviço

J. P. Corrêa.

A venda dos bilhetes começa no

dia 3 e termina no dia 11 do cor-

rente, sendo validos para o re-

gresso por qualquer comboio até

ao dia 13 iDclusivé.

Não se concedem meios bilhe-

tes, nem transporte gratuito de

baeaffens.

Todo o bilhete encontrado em

outra data ou estação é reputado

sem valor, e o portador será con-

siderado como passageiro sem bi-

lhete.

As differenças por mudanças de

classe serão cobradas em confor-

midade com os preço da tarifa

geral.

Lisboa, 1 de maio de 1884.

O director

J. P. Tavares Trigueiro9.

Compagnis Havraise

Peninsulaire de Na-

vigation á vapeur

Para0ran,Alger

e Marselha por

tresbordo

O vapor EMMA, esperado do

Havre em 5 do corrente, sairá de-

pois de curta demora.

Para fretes e passagens, trata-

se com os consignatários

Juhel & Garay•

19, L. do Pelourinho 1.°.

The Pacific Steam Na-

vigation Company

Para Bordeaux

e Liverpool

O paquete

GALICIA

Espera-se de 7 a 8 do corrente.

Sara sair depois da indispensável

emora.

Para carga e passageiros tiata-

se no Caes do bodré, 64, 1.* 2

Os agentes

E. Pinto Basto & C.»

The Pacific Sisam Navigation Company

Para o Rio de Janeiro, Montevideo

BusQos-Ayrss, Valparaizo, Arica, ls!ays Callau

SAIKAO OS PAQUETES

Valparaiso a 13 de maio. | Galicla a 10 de junho.

«Araucania a 28 de maio | «Cotopaxl a 2o de junho.

#Os paquetes Araucania e Cotopaxi farão «scali Pug

naubuco e Bahia para onde só recebem malas t pass&goirof;

Faz-se abatimento áo familia* qne viajarem para 01 portei IQ

Brazil e Rio da Prata.

Na passagem de 3.* classe por estes magnifico! Yftpcrjf* (SttéQllfl

elnido vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha eriadosr cosinheiros portugueses • nodicocj

Para oarga o panacea* trata-se com 01

Aj5«mt«íP

So Porto Eas TMho»

Vascê Ferreira Pinto Ba*lo0 R. Pisâi, .jok A Q*

Lareo d« S' Jofto Novo, 10. Omi Bodré. U l,t