EAm
13.° anno
lllIONAfifllA EH LI0BOA
1 me* .. 300 réii Annuncios, linha 20 réis
8 meiei. 900 « Ditoa na l.1 pagina 100 réis.
Avulso.. 10 « Corpo do jornal 40 réis.
No corpo do jornal sem signal de pago se-
rão contratados unicamente na administração. Segunda leira li de Maio de <884
A««IONAT€BA NAi PROVÍNCIAS
3 meses, pagamento adiantado. è 1*150 réis
A correspondência sobre administração a Ro-
drigo de Mello Carneiro Zagallo, T. da Qnt -
^ada n.» 35.
Numero 3:953
Exped liente
0 numero telephonico d'es-
le jornal 6 461
Por conveniência typographica
a Secção Util vae a abrir a 3." pa-
gina.
Custodio Miguel de Ilorja
Conhecemol-o ha bons dezoito
annos, estudando preparatórios. Já
então revelava o caracter energico
de que, roais tarde, havia de dar
tantas provas, e um beilo talento
promettedor, que se lhe avigorou
no convívio da sciencia.
Os seus condiscípulos respeita-
vam-o e queriam lhe. Não havia
um só que nào votasse a Custodio
de^ Borja profunda estima de ir-
• mão, admirando-lhe a superiorida-
de da intelligencia, a magnanimi-
dade da alma, sempre aberta a tu-
do quanto fosse bom e generoso,
a alegria do génio, a franqueza
bisarra com que repartia, pelos
companheiros de collegio menos
abastados, o dinheiro da sua bol-
sa, os seus charutos, os mimos
offertados pela sua propria famí-
lia, como elle generosa, digníssi-
ma e finamente educada.
Hoje, que falíamos de Custodio
de Borja sem que elle o saiba ou
sonhe sequer, e que vamos acom-
panhar o seu retrato com algumas
notas biograpbicas colhidas aqui e
ali, nào podemos fugir à tentação
de recordar ao de leve aquella
época saudosa e já extincta, em
que ambos nos assentámos no
banco das aulas, resolvendo equa-
ções estopantes e fazendo, nas ho-
ras vagas, estroinices de rapaz
alegre.
Elie talvez não sinta grandes
saudades d'esse tempo; nós te-
mol-as, e profundas, e indeleveis:
foi a quadra mais feliz da nossa
vida inteira.
Mas biographemos consciente-
mente, lançando um veu sobre
esse passado que não volta.
O i.° tenente da armada, Custo-1
dio Miguel de Bona, governador
da província de S. Thomé e Prin-
cipe por decreto de 3 de abril ul-
timo, nasceu na Amóra, aos 25 de
dezembro de 1849. contando hoje,
portanto, pouco mais de 34 annos
de edade. Em novembro de 1866
ali3tou-se no extracto regimento
de artilheria n.° 4. Cursando a
Escola Polytechnica, passou, em
1867, á classe de aspirante de ma-
rinha, e seguiu o curso d'esta
nobilíssima arma.
O moço official conta, pois, hoje
18 annos de serviço militar.
Custodio de Borja foi, no ultimo
anno da Escola naval, um estu
dante distinctò e dos mais appli-
cados. Promovido a guarda mari-
nha, teve um largo tirocínio pra-
tico nos mares na India, archipe-
lago dos Açores, Cabo Verde, S.
Thomé, e Angola, fazendo parte
da guarnição da corveta de vella,
D. João l, na sua ultima via-
gem de instrucção a Angola, de-
monstrando sempre grande apti-
dão para a vida do mar, como
bem o comprovam as informações
que mereceu dos commandantes
com quem serviu, e o seu exame
final para 2.® tenente, feito em
1875, a bordo da corveta Bartho-
lomew Dias.
Promovido a 2.® tenente, foi, em
janeiro de 1876, nomeado official
im medi ato da canhoneira Rio Mi-
nho, estacionada então em S. Tho
mé. Governava aquella província
o fallecido capitão de fragata, Gre-
gorio José Ribeiro, um dos vultos
mais distinctos da marinha portu-
gueza. Este governador, que então
luctava, na província, com odios,
intrigas e malquerenças, devidas á
promulgarão do trabalho livre,
encontrando no joven official os
requisitos precisos para aplanar
as difilculdades que se lhe anto-
lhavam a cada passo, na adminis
tração do concelho, chamou-o
para terra, confiando lhe, em ju
nho de 1876, aquella administra-
ção e nomeando o commandante
ao corpo de policia da ilha de S.
Thomé.
Assim começou Custodio de
Borja a sua iniciação na carreira
administrativa.
Retirando-se da província, me-
zes depois, o referido governador,
o nosso biographado pediu a sua
demissão, que lhe foi concedida em
termos para elle honrosissimos.
Assim o vemos nós agraciado com
o grau de cavalleiro da Conceição,
por decreto de fevereiro de 1877,
pelos relevantes serviços presta-
dos como administrador do allu-
dido concelho e commandante do
corpo de policia, segundo a letra
do mesmo decreto.
Em juabo de 1877 foi nomeado
secreurio geral do governo da
referida província de S. Thomé e
Principe, cargo que exerceu até
abril de 1881, por ter sido nomea-
do governador da ilha do Principe
por decreto de 27 ds janeiro do
mesmo anno. Na portaria que o
exonera das suas funeções de se-
cretario geral, Uem-se as seguin-
tes palavras de louvor:
«E querendo dar-lhe uma pro
▼a de consideração publica pelo
modo como exerceu as funeções
de secretario geral do governo,
hei por conveniente louval-o pelo
seu zelo e intelligente interesse
que mostrou pelo serviço publi
co.»
Durante o período em que ser-
viu como secretario geral, exer-
ceu varias comriissões de serviço
publico, pelas quaes foi sempre
louvado, e que lhe deram jus a
ser agraciado com a medalha mi-
litar de prata, correspondente á
classe de bons serviços.
Entre estas commissões, citare-
mos, por mais notável, a da sua
viagem, em maio de 1880, a co-
lonia franceza do Gabão, a fim
de estudar ali qual o methodo de
ensino adoptado para a propaga-
ção da instrucção popular, minis-
trada, quer por conta do Estado,
quer por intermedio das congre-
gações religiosas. O talentoso offi-
cial desempenhou-se brilhante-
mente d'este encargo, elaborando
um magnifico relatorio, conside-
rado por grande parte da impren-
sa periodica do reino, e que lhe
valeu, do governo provincial, a
seguinte portaria de louvor:
«Tendo o secretario geral do
governo d'esta província, Custo-
dio Miguel de Borja, ido ao esta-
belecimento francez do Gabão,
em desempenho d'uma commissão
especial, e tendo me este apre-
sentado um relatorio, no qual re-
vela as suas quHhdades de func-
cionario distinctò e intelligente:
hei por conveniente significar-lhe
a minha appovação e louvor, pela
maneira como desempenhou o en-
cargo que lhe fôra confiado.»
Foi resultante d'essa viagem
que o distinctò official introduziu
na província de S. Thomé e Prin-
cipe a planta da baunilha, até en-
tão desconhecida ali, o que deve
ser, de futuro, uma fonte de ri-
queza para a mesma província.
Assira lh'o significou a Camara
municipal, em sessão especialmen-
te convocada para esse fim.
Gerindo os negocios da provín-
cia em nome do governador Fer-
reira do Amaral, quando este, por
doente, teve de se ausentar d'ali
para a metropole, houve-se o jo-
ven official tão discreta e sensa-
tamente, no decurso da sua bre-
ve gerencia, que a Camara mu-
nicipal de S. Thomé, em sessão
extraordinaria de 10 de janeiro
de 1880, lhe dirigiu os mais subi-
dos votos de louvor, que podem
consagrar-se a um funccionario.
Esses votos foram assim ex-
pressos:
«A camara resolveu, por unani-
midade, que se consignasse na
presente acta um voto de louvor ao ex.-0 sr. Custodio Miguel de
Borja, pelo desempenho da sua
administração governativa, du
rante a ausência do ex-governa-
dor, o .ex.-0 sr. Francisco Joa-
quim Ferreira do Amaral, no qual
se houve com z' lo, intelligencia,
e a contento de todos, e que
egualmente lhe fosse dirigida
uina manifestação d'esta re&olu-
çào, nos termos seguintes;
«Ex.B* ir. Custodio Miguel de
Borja—A Camara municipal d'tste concelho de S. Thomé, seria qua-
lificada de ingrata se, na sua pri-
meira sessão, que é hoje, depois
qne v. ex.* largou as rédeas da
governação d'esta província, dei-
xasse de consignar na acta das
suas sessões um voto de louvor
pelo seu bom desempenho na ad miniatração governativa da pro-
víncia, durante a ausência do ex- fovernador da mesma, o ex."° cr.
ranciaco Joaquim Ferreira do
Amaral, na o uai v. ex.* se houve com ztloy intelligencia e tacto go-
vernativo : predicados estes não
vulgares em homens como v. en •,
ainda na flor da edade, e que. de
certo, lhe conferem um logar bem merecido entre os benemeritos da
pntria que teem jus a uma posição
official preeminente; e assim, esta
camara, animada pelos sentimen-
tos de gratidão e ajfecto, felicita a
v. ex.k por tão elevados dotes.»
Nomeado governador da ilha do
valem como o melhor documento
de honra.
Quando, em 1873, aportei pela
primeira vez a esta ilha de S.
Thomé, m l julgaria eu decerto
«Senhores Eleitores» que, decor-
ridos oito annos, vós me honra- ríeis com o vosso mandato. Será
lmmodestia dizel-o, mas sinto-me
realmente orgulhoso de assim o ter merecido.
E digo—assim—porque de perto
conheço a independencia do vosso
caracter e a austeridade dos vos-
sos priucipios, em tudo que res-
peita a materia politica.
A 27 d'agosto, para mais de
dois mezes antes do acto eleito-
ral, escrevia eu desassombrada-
mente, assumindo todas as respon-
sabilidades que d'ahi me podes- sem advir, que a minha candida-
tura— nada devia, não esperava,
nem ambicionava dever a quaesquer
indicações officiacs ou favores da
anctoridade.—Queria a opinião pu-
blica livremente consultada pe-
CUSTODIO MIGUEL DE BORJA
Principe, nunca tomou posse d'es-
se cargo, por ter estado exercen-
do iuterinamente o de director
das obras publicas da província,
desde abril de 1881 até principios
de outubro do mesmo anno, em
virtude do fallecimento do dire-
ctor effectivo, o major de enge-
nheiros, E. Ferreira dos Santos.
Exonerado, a seu pedido, do
governo do Príncipe, por se apre-
sentar candidato independente a
deputado pela proviucia de S. Tho- ep
mé, contra o candidato governa-
mental, o illustre official da arma-
da, Ferreira do Amaral, venceu
este seu antagonista por uma gran-
de maioria de votos, regressando
então á metropole, a fim de tomar
assento na camara legislativa.
Antes de partir para Lisboa,
Custodio de Borja dirigiu, era 16
de novembro de 1881, um mani-
festo aos eleitores do seu circulo,
dizendo-lhes, entre outras cousas,
o seguinte:
«Foi renhida a lucta e bastos
foram os golpes contra mim vi-
brados para me desconceituar no
vosso animo; tudo, porém, foi por
vós repellido digna e esforçada-
mente, até mesmo n'esse reducto,
outrora invencível, da ilha do
Principe, onde se a victoria não
foi absoluta, nem por isso deixou
de ficar bem assignalado o valor
da vossa força e do nosso vali-
mento moral.
Não foi, por taes motivos, sem
empenhado trabalho, que conse-
guistes investir-me em tão honro-
sa missão, Assim, os meus esfor-
ços serão também incansav- is em
bem corresponder á vossa con-
fiança e á vossa acrisolada dedi-
cação.
E firmo tanto mais estas minhas
palavras, quanto para mim ellas
rante a urna e respeitados os mais
santos princípios da soberania po-
pular.
Tenho a satisfação de poder
afíirmar que os meus desejos se
realisaram.»
Durante a sua estada na cama-
ra, ahi o temos visto sempre in-
cansável, pugnando pelos interes-
ses da província que representa e
da marinha de guerra a que per-
tence, apresentando vários proje-
ctos de lei, d'alta importancia pa-
ra a mesma província,—como é,
por exemplo, o proj-cto para a
mtroducção de braços,—e sendo
relator de diversos pareceres so-
bre questões coloniaes e maríti-
mas.
Custodio Miguel de Borja é,
também, condecorado com a com-
menda do Mérito naval, de Iles-
panha; com o grau de cavalleiro
da Legião de Honra, de França, e
com a medalha militar de prata,
da classe «comportamento exem-
plar».
A ordem hespanhola foi-lhe con-
cedida por serviços prestados á
goleta de guerra, Ceres, da es-
tação naval de Fernando Pó, se-
gundo se lé na carta regia que o
agraciou.
A ordem franceza foi-lhe con-
ferida por serviços prestados â co-
lonia franceza do Gabão. Tudo ga-
nho, portanto, no serviço colonial.
O novo governador de S. Tho-
mé e Principe é socio effectivo da
Sociedade de Geographia de Lis-
boa. e socio correspondente das
sociedades de Geographia do Por-
to, Loanda e Paris.
#
Taes são, em resumo, os traços
biographies d'este cidadão pres
tantissimo, que, aos 36 annos de
edade, chegou a conquistar, pelos
seus méritos, pelo seu talento e
pelas altas prendas do seu cara-
cter, um posto dos mais eminen-
tes e dos mais honrosos.
Custodio Miguel de Borja parte
ámanhà para S. Thomé, a fira de
tomar posse do governo que lhe
fui confiado. Praza a Deus que a
fortuna o siga sempre de perto,
n'aquellas paragens, e que o jo-
ven governador ali conquiste no-
vos triumphos, para juntar aos
muitos até hoje alcançados, no de-
curso de uma carreira publica já
brilhantíssima e constellada de
glorias.
Ora! Foi como quem lhe dá com
um malho! A Tapada despejou a
sua enorme concorrência para a
Trindade. Uma enchente real hon-
tem. Hoje haverá outra com a
Noite e o Dia. Uma peça deslum-
brante. Isto consola. Consolem-se
pois.
Faz hoje annos o sr. Joaquim
Rodrigues, artista de muito méri-
to, actualmente ao serviço da casa
Cavalleiros. y.
Antonio <ie Andrade
Realisou-se a abertura do thea-
tro Dal Verme, em Milão, para a
nova época de primavera, com a
1." representação da opera Ruy
Blas, fazendo o protogonista d'es-
te spartito o nosso compatriota e
amigo Antonio de Andrade—no
qual alcançou um dos maiores
triumphos da sua carreira artista
sendo enthusiasticamente applau
dido por todos os espectadores €
pela orchestra.
Antonio de Andrade já tinha
cantado esta opera em Veneza,
onde também havia colhido prodi
gos applausos,.que ainda se con
firmaram mais enthusiasticos no
segundo theatro de opera de ita-
lia. Teve de bizar o duetto d'amor
do 3.° acto—e foi apreciado não
só como canUr muito distinctò
mas também com actor exímio
que é.
Quem reúne estas duas quali-
dades essenciaes para a scena, e
pela maneira porque tem sido ap
plaudido pelo publico e mestres
de arte musical de Italia, pode ga-
bar-se, de que em toda a parte
lhe hão de reconhecer muito ta-
lento, e aptidão não vulgar para
aquella carreira—e nós esperamos
vel 'o ainda no nos so theatro con-
firmando o que a imprensa italia
no tem dito do nos so compatriota
e amigo.
Realisou-se, sexta feira ultima,
no theatro dos Recreios, a festa
artística da actriz Maria do Ceu.
O theatro teve uma boa concor-
rência e a beneficiada foi muito
applaudida, recebendo entre mui-
tos brindes, e alguns de valor, um
lindo açafate das mais bellas flo-
res, delicada cfferta do Real Gym-
nasio Club Portuyuez.
Grande feita Hieatml
E' esplendido o programma da
festa artística que na próxima
quinta feira 8, se realisa no thea-
tro do Principe Real, para benefi-
cio da sympathica e applaudida
actriz Maria Joanna.
Representa-se o notável drama
era 3 actos de Emilio Girardin O
Supplicio d'uma mulher, desempe
nhado por a distincta actriz Emí-
lia Adelaide, Cesar de Lacerda,
Elvira, Costa e uma menina de
12 annos que n'esta noite se es-
treia e mostra muita disposição
para a scena; Os dominós bran-
cos. engraçada comedia em 3 actos
em que toma parte o notaveí actor
Taborda e a companhia dos Re-
creios, e Carlos Posser recitará
uma brilhante poesia.
Tem havido muita procura de
bilhetes e é grande o empenho
por assistir a esta festa.
Fizeram-se em S. Vicente de
Cabo Verde as exequias por alma
da irmã de El-Rei o sr. D. Luiz I.
Concorreu muiia gente e as
principaes auctoridades, etc.
IIHillLiFE
Fazem hoje annos as sr.";
ex. NI
Viscondessa de S. Sebastião. D. Amelia Augusta de Almada
Portocarrero da Silva Santa Bar- bara.
D. Joanna Benedicta Pinto Ro- cha.
D. Adelaide de Castro Sousa
Barradas.
jE os srs.;
Frederico de Brito Pejsioneau, I edro Augusto Ferreira.
An t liero Augusto Cordeiro Rosa.
Arthur de Freitas Jacome.
#
# #
Houve, como noticiámos, no sab-
bado ultimo uma grande soirée em
casa da ex.»» sr.* D. Augusta
Barradas a qual ha de deixar
para sempre gratas recordações a
todos que tiveram a honra de ir a
casa de s. ex.a
Principiaram a entrar os convi- dados e momentos depois estava
esta agradavel festa no auge da
sua animação sendo interrompida
ás 11 horas e meia por um chá
esplendidamente servido findo o qual Fe dançou com a mesma ani-
mação que ao principio até a uma
hora, hora em que foi servida a
neve continuando se a dançar até
ás 2 horas e meia em que houve
uma flua ceia e acabada, dançou-
se um cotillon que esteve muito
animado devido a um conjuncto
de marcas que formaram, distin-
guindo se as dos sr3.: D. Manuel de Noronha, Salva-
dor da França, Alexandre de Vas-
concpllos e Sá (Albufeira), Alfre- do Ferreira Pinto Bastos, Simão
Infante de la Cerda (Sabroso), D.
Miguel de Vaz de Almada, Igna-
cio de Paiva Raposo, João Talo-
ne (Ribamar) e D. José de Len-
castre (Louzã) acabando ás 4 ho-
ras e meia em que os convida-
dos saíram penhoradissimos pelas
amaveis maneiras de s. ex.4 e de
seu irmão o ex.»0 sr. dr. Barra-
das.
Era esplendido o cffeito das sa-
las devido á profusão de flores
que vieram da quinta de s. ex."
em Bemlica as auaes concorreram
tanto para a belleza da casa como
as ricas toilettes das senhoras.
GHÃNIIE BARATEZA
ALTA UQVIQAOE
Cadeias para relogio, ouro de
lei de 7$000 réis para
cima
QUfilVESARiA
C7 V SUES í F* CQ
d/RUA AUREaJõ
Tauromachla
Foi excellente a corrida de hon-
tem na praça do Campo de San-
t'Anna.
O gado, era do sr. Emygdio In-
fante e saiu bravíssimo, tendo por
isso o lavrador uma chamada.
O sympathico amador, o sr. Vi-
ctorino Froes, toureou o 4.° toiro
da I a parte e o 1.° da segunda.
Houve-se em ambos com perícia
e arrojo inexcedivel. Foi muito
victeriado.
José Bento teve o 1.° e o 11.®
toiros. Dois animaes bravíssimos
que lhe permittiam fazer brilhante
tigura.
A sorte de gaiola no 1.® e o
ferro curto á garupa no 11.° foram
duas sortes primorosamente exe-
cutadas. José Bento foi muitíssimo
applaudido.
Os capinhas bem, distinguindo-
se Robertos e Peixinho.
Assistiu á tourada o sr. Paulo
Kruger, presidente doTranswal. O
cavalleiro José Bento offereceu-lhe
uma sorte, que executou com pe-
rícia.
A concorrência foi regular.
Falleceu hontem o sr. Francisco
Rufino de Carvalho Prostes, 1.°
official reformado da administra-
ção militar e pae do nosso amigo
Henrique Prostes, consul era Sião.
A toda a família do finado en-
viamos o nosso sentido pesame.
DIÁRIO ILLUS7RAD0
Os projectos de fazenda
Currents calamo, ramos apre-
sentar os topicos principaes do
discurso do nobre ministro da fa-
zenda, em resposta ao sr. co&de
de Casal Ribeiro, concluindo as-
sim o artigo de hontem.
Disse que se não occupava em
fazer observações ou comraenta-
rios ã formaçao do novo partido.
Os factos fallariam; diriam dos
homens, dos seus comraettimen-
tos, das suas responsabilidades.
Referira-se o sr. casal Ribeiro,
no prograrama que fizera, á ne-
cessidade de restabelecer o prin-
cipio da moralidade em processos
de governo, com declaração de
que fazia referencia a transacções
e transigências da politica.
Entende que essas transacções
se podem referir a principios ou a
interesses pessoaes; a homens ou
a collectividades.
Áffasta as primeiras do parla-
mento; não podem servir de base
a uma discussão levantada. As
transigências, as conciliações, para
estabelecer uma trégua, para faci-
litar uma administração pratica e
benefica, para evitar um conflicto,
comprehende-as, justiflca-as, são
em bem do paiz^tionrara quem as
Sromove e leva a bom fim; tém
ons exemplos na historia; e mais
diremos que formam uaa das ca-
racterísticas dos partidos verda-
deiramente conserva dores liberaes,
que se inspiram n'uma ideia em
vez de obedecerem a um despeito
ou a um capricho.
Que era provocador, dizendo
que se nào seguiam as boas pra-
ticas do parlamentarismo inglez,
tantas vezes citadas! Que provo-
cava dizendo que o governo era
ameaçado de obstruccionismo para
com uma medida importante de
administração, como é a reforma
do serviço das alfandegas!
Mas formara este juizo depois
de ouvir alguns dignos pares. Por
exemplo, o sr. Valbom; por exem-
plo, o sr. Casal, que chegara a di-
zer que cairia esfalfado para im-
pedir a votação do projecto.
Demos nós aqui largas aos nos-
sos commentarios.
Aquella declaração, aqueila rhe-
torica tragica é mais uma levian-
dade, é mais uma imprudência, é
mais uma inconveniência do sr.
Casal Ribeiro.
Políticos com pretensões a che-
fes de partido, de grupo ou de pa-
trulha nào fazem declarações de
similhante natureza; principalmen-
te quando se caracterisam de ul-
tra-conservadores. Nào tomam es-
tas attitudes de excesso; não as-
sumem esta posição de extremo.
N'aquellas ameaças ha nervo-
sismo e ha irritação; e com o core
dos velhos coaduna-se uma discus-
são serena, tranquilla, sera juve-
nilidades compromettedoras.
Mas adiante.
Disse o sr. Hintze Ribeiro que
não accusara nem provocara. Con-
cluirá sobre o que tinha ouvido;
definira a sua responsabilidade, a
do governo, e a dos adversarios
com respeito á auctorisação que
se pedia. E insistia n'essa respon-
sabilidade, convicto como está da
cenveniencia e urgência da refor-
ma, pela situação a que é neces-
sário dar remedio, em favor do
thesouro e das boas relações eco-
nomicas e commerciaes.
Fez um appello á consciência
des dignes pares; nada mais. Ctna
o parlamento prestes a fechar-se,
lembrou-lhes a necessidade de at-
tenderem a um pedido tão justo;
e, só pela necessidade de abre-
viar o interregno revisionista, não
insistiria pela discussão. Ninguém
podia julgar que se arreceiava
d'ella. Bastante? provas tem dado
de saber cumprir o seu dever, en-
carando de frente o apuramento
das suas responsabilidades, acom-
panhando todas as discussões a
que o chamam.
N'este ponto levantou uma phra-
se inconvenientíssima que o sr.
Valbom soltara.
Superiormente, disse que o pro-
jecto de auctorisação não era
apresentado como empreza com-
mercial de airanjos por grosso e
retalho; era para satisfazer ás ne-
oessídades do thesouro; era para
matar a industria do contrabando;
era para responder ás reclama-
ções do commercio e das direc-
ções aduaneiras.
E nobremente, com a consciên-
cia da rectidão do seu procedi-
mento, que nem todos podem ter,
acrescentou que, quando encontra
d'estas phrases, não lhes respon-
de; arreda-as, e segue o seu ca-
minho!
E faz s. ex.* muito bem. Phra-
ses d'aquelle feitio veem-nos de
quando em vez ao encontro. Ap-
parecem em pasquins; formnla-as
a «ncobinagem, que insulta, mas
que não tem idéas; pelas esquinas
e pela Arcada são repetidas por
gente infima, sem imputação.
Pena é que, por leviandade, sejam
levadas ao parlamento; e sejam
repetidas por quem pude ter mui-
tos erros na sua vida politica, e
tem muitíssimos, mas possue for-
ça intellectual para reprimir in-
conveniências de similhante qua-
lidade.
Expoz muitas roais considera-
ções, em resposta: restabeleceu á
posição do partido regenerador
com respeito ao tratado de Lou-
renço Marques, com que não pro-
cedera incoerentemente pedindo
o seu addiamento em virtude de
acontecimentos que sobrevieram,
pelo reconhecimento da indepen-
dent do Transwaal; desfez uma
pequena intriga nas relações do
partido regenerador cem o sr. An-
drade Corvo, uma das glorias da
regeneração, por quem todos nós
temos o maior respeito e maxima
admiração; evidenciou, com dois
argumentos logicos, as grandes
contradicções que o sr. Casal
amontoara em centos e centos de
palavras com rospeito aos impos-
tos do sal e da aguardente; e por
ultimo insistiu na responsabilida-
de séria em que incorriam os di-
gnos pares com respeito ao pedido
para organisar o serviço das al-
fandegas.
Este discurso foi notável dupla-
mente, pela feição politica e peio
caracter financial.
PELO ESTRANGEIRO
Assumptos Egypcios
Aa questõe« que hão de ser des-
cutidas na Conferencia de Lon-
dres,—caso esta chegue a verifi-
car se.— constituem hoje o therna
obrigado de toda a imprensa eu-
ropea. O assumpto, com effeito,
é de grandíssima importancia pa-
ra todos os paizas interessados
no Oriente, e nào devemos estra
nhar que, o annuneio de que tal
questão chegue a ser deacutida
pelas diversas potencias, agite
os homens da diplomacia e obri
gue a imprensa a fazer longas
considerações sobre o caso.
A questão egypcia, no estado
em que se acha, apresenta um
caracter gravíssimo. Todo o alto
e Baixo Egypto estão em com-
pleta desorganisação. sendo im-
potentes para evitar que cila pro-
grida, tanto as authoridades in-
dígenas como os seus protectores
inrlezes. Noticias d'aquelle paiz assegu-
ram nos que nunca o bandoleiris-
mo se desenvolveu ali por tal
forma. O cofre do tribunal mixto
do Cairo foi roubado, e não se
passa um dia sem que se annun-
ciom assaltos, saques e roubos á
mão armada, tanto no campo como
■as cidades.
Mesmo ás portas de Suakim,
única parte onde as tropas euro- peas quizrram mostrar a sua su-
perioridade, as tribui até hoje
submettidas á authoridade egyp-
cia, fraternizara com os rebeldes
deixando impraticável o caminho
de Berber, que terá de render s#
fatalmente.
Berber está n'umi situação des-
esperada: Khartum, a estas ho-
ras, deve estar governada pelo
Mahdi, como já o estão Senaar e
D*rfour.
E'esta a situação do Egypt.ot,
um mez depois da publicações de
tantos telegrammas optimistas,
annunciando victorias sobre vic-
torias.
A anarchia lavra por toda a
parte. Ha tempos, bastariam
10.000 homens para salvar o Sol-
dão; hoje nem um exercito com-
pleto poderia cons^guil-o. Osman-
Digma cansidera-se senhor indis-
cutível e chefe supremo do Sol-
dão orientai.
Eis, em resumo, qual è o esta-
do material do Egypto; pelo que
respeita á situação da sua Faien-
da, uma verdadeira lastima. *
Em Ilespanba
A ordem publica
Segundo referem os periodicos
madrilenos recebidos hoje, foram
já dissolvidas á viva força as pe-
quenas guerrilhas de insurrectos,
que ha poucos dias se levantaram,
uma penetrando em Navarra, e
outra saindo de Santa Coloma de
Farnés, na Catalunha,
Um novo at tentado
Os manejos dos revolucionários
hespanhoes nào acabaram com o
espantoso crime da ponte de Al-
cudia. Temos hoje que annunciar
outro attentado, tão indigno como
o da linha de Badajoz, se bem
que nào haja n elle a lamentar,
felizmente, nenhuma desgraça
pessoal.
A ponte sobre o rio Fluvia, na
linha de Figueiras, foi cortada por
um bando de dez homens, momen-
tos antes de psssar o comboio de
Barcelona.
A força publica já anda em per-
seguição d'estes malvados,
A imprensa, as sociedade phi-
lantropicas e muitos commercian-
tes de Hespanha vão abrir uma
subscripção para minorar a sorte
das victimas d'estas e outras sel-
vagerias revolucionarias.
O governador de Barcelona ca-
pturou um individuo, encontran-
do-lhe nos boleos quatro cartuxos
de dynamite e vários alicates.
Declarou o preso, no interrogato-
rio, que tiuha o proposito de le-
vantar, com outro socioy os rails
da estação de Saragoça a Barce-
lona.
Uns benemeritos da patria, estes
sectários de Zorrilla!
Pequenas noticia**
Frahçà — Representou-se no
Grand Théatre, de Versailles, um
drama em 4 actos, de Marie Co-
lombier, intitulado Bianca.
A peça teve um successo.
A nossa conhecida Jeanne May
desempenhou na Bianca um papel
adoravel*
Hespanmà—O Progresso, de Ma-
drid, foi novamente denunciado,
pela publicação de um artigo em
que se injuria D. Affonso XII,
sob a epigraphe: El Rey enfermo.
Emilio Castelar venceu a elei-
ção em Huesca, por quinze votos
apenas,
Já é ter popularidade !
O governo francez augmentou
com dois batalhões as forças que
guarnecem a fronteira de Hespa-
nha.
As próximas cortes hespanholas
contarão 314 deputados canovis-
tas, 40 sagastinos, 26 dominguis-
tas, 20 que não pertencem a ne-
nhum grupo parlamentar.
Diz um periodico de Madrid:
«O governo francez deu ordem ao seu embaixador n'esta capital
para pagar ao espada Frascuelo
as quantias em que porventura
ficasse prejudicado, pela prohibi-
ção da corrida de touros que ia
vcrificar-se no Hypodrommo.»
Estados -Unidos — Grannie Jef-
fers, a rainha dos ciganos dos
Estados-Unidos. que acaba de fal-
lecer em Greenfield, foi enterrada
em Dayton (Ohio) com toda a so-
lemnidade devida á sua posição.
Cerca de 1:500 ciganos, proce-
dentes de todos os pontos dos Es-
tados-Unidos, acoinpauharam a
sua soberana á ultima morada.
As ceremocias religiosas foram
dirigidas por um ministro protes-
tante.
A rainha foi sepultada n'uma
cora profunda, dentro de uma es-
pecie do urna de pedra. Sobre a
sepultura levantar-se-ha um gran-
de mausoléu com a estatua da de-
fnncta.
Propaganda Fide
Paris, 3, n.
Le FrançaU publica um despa-
cho de Roma dizendo que o ra-
pa prepara uma nora nota concer-
nente á Propaganda Fide decla-
rando que é impossível qualquer
compromisso com o governo ita-
liano tendo por bases as leis
actnaes.
(Havas),
Da distincta cantora Borghi-Ma-
mo recebemos a seguinte carta: «i f .
«Monsieur le directeur—Au mo-
ment de quitter Lisbonne, ie ne
saurais le iaira sans venir témoi-
Saer de tout coeur lei sentiments
e mon plus vif et légitime do-
vouement, de ma plus profonde
reconnaissance envers le cher pu-
blic de S. Carlos et la bienveil-
lante presse portugaise, qui pour
la troisième fois n ont accueillie
d'une façon plus que flatteuse. Ce
souvenir restera éternellemenl
gravé sur mon áme comme un des
plus doux daos ma carrière d'ar-
tiste, et les saudades qui m'ac-
compagncmt e» partant, ne soroat
adoucies quo par 1'heurenx espoir
de mon retour. En vous remer
ciant, monsieur le directeur, de
1'insertion de ces lignes, veuillez,
je vous prie, agréer encore et toujours Insurance de mes sen-
timents les plus distingués et re
connaissants.
Herminde Borghi-Mamo». ^ i ■ ' . ■ ■ ■ ■
tXaufragio
Ijtndres, 3, n.
Perdeu-se o vapor Stale ef flo-
rida que saiu de New-York para
Glasgow no dia 12 do mez pas>ia
do.
Corre que o sinistro foi causa-
do por explosão accidental do dy-
namite.
{Havas.)
Real Gymnaftio Club
Porlugnez
Activam-se os ensaios para a
realisação do esplendido sarau
gymnastico-equestre que este sym
pathico club effectua no dia 6 do
corrente no Colyseu dos Recreios.
Todos os camarotes, fauteils e
cadeiras para esta magnifica festa
estão vendidos.
Uma commissão do Real Gym
nasio Glub composta dos srs.
Duarte Holbeche, Augusto de Oli
veira e Antonio Pinto Martins, foi
hontem ao Paço da Ajuda convi-
dar a familia real, que aceitou
gostosa o amavel convite que esta
sympathica associação lhe fez por
intermedio d'estes cavalheiros pa-
ra assistir á deslumbrante festa. ■■■——BW————
Teem agradado muito os novos
exercícios executados, pelas ir-
mãs gigantas que estão era expo-
sição na rua Aagusta 187.
A questão do governo
de S. Thomé
(Do livro em preparação pelo ex-
governador o sr. Vicente Pin-
delia).
Hl
O director da alfandega de S.
Thomé, chamado em sessão do
junta de 10 de setembro a entrar
cora o rendimento liquido da al-
fandega do mez anterior, apre-
sentou 6:888£148 réis em nume-
rário e 11:334^271 réis em vales
do thesourciro suspenso. Estes
vales fundavam-se em duas au-
ctorisações da junta, de 1870, pe-
las quaes o director da alfandega
podia no decorrer do mez entre-
gar, por este processo, dinheiro
ao thesourciro. Da referida reso-
lução da junta, filha da escassez
de recursos da província que por
este meio se habilitava a occor-
rer a despezas de expediente,
abusou, certamente, o thesoureiro
suspenso, sem conhecimento da
contadoria da junta de fazenda,
de fórma a esconder o alcance.
Em sessão de 26 de setembro a
junta de fazenda pronunciou ac-
cordão definitivo sobre o alcan-
ce (1), julgando o thesoureiro sus-
penso alcançado para com a fa-
zenda publica, de má fé, em réis
21:2464896.
Durante os dias que mediaram
entre a descoberta do alcance e
a prisão do thesoureiro suspenso
foi este vigiado, e em officio n •
437 de 2< de setembro de 1881
foi recommendada a sua prisão e expostas as suas responsabilida-
des ao administrador do concelho
para que este a effectuasse, logo
que do poder judicial recebesae
os mandados de captura, e assim
succedeu.
(1) Accordam os da junta dt
fazenda publica de S. Thomó e
Principe:
Vista a conta corrente elabora-
da na contadoria, relativa ao pe-
ríodo que decorre de 1 de julho a
9 de setembro do corrente anno;
Visto ter-se dado ao thesourei-
ro geral suspenso Luiz Joaquim
da Cunha Lisboa conhecimento
da conta do seu alcance, que de-
clarou não poder contsstar, por meio de conta corrente;
Visto mo8trar-se da mesma con-
ta que no dia 9 de setembro ha-
via á responsabilidade do the-
soureiro geral a quantia de réis
62:205^536 proveniente das ver-
bas constantes do deve da conta;
Visto mostrair-se que o credito
do thesoureiro reral no referido
dia era do 40:958^640 constantes
do haver da conta;
Visto achar se provado nos ter-
mos expostos que faltava no dia
9 do corrente, por occasiao da vi-
sita de surpreza ao cofre, a quan-
tia de 21:246^896 réis, provenien-
te da comparação do dobito e
credito da conta;
Visto o thesoureiro ger^l não
ter entrado em acío continuo com
a differença entre o debito e o
credito, como lhe facultava o ar-
tigo 68.° do decreto de 28 de ja-
neiro de 1850;
Visto que tal desvio não podia
ter tido logar, na sua maior par-
te, senão em época relativamunt©
próxima, por isso que no fira do
anno economico de 1879 a 1880
só havia, em numerário, no cofre
a quantia de 7:730^468 réis;
Visto que no balanço dado em
25 de maio ultimo, e remettido
para o ministério da marinha e
ultramar em officio n.° 36 de 2 de
junho de 1881, o dinheiro estava
certo, o que mostra que o the-
soureiro geral ou completou a
quantia a sna responsabilidade
n'essa occasiào e a tirou em se-
guida, ou qne o total da subtrac-
ção foi posterior áquelle dia;
Visto estes factos excluírem a
possibilidade de erro, ou de boa
fé, pois que se não trata de des-
peza duvidosa ou mal paga, nos
termos do alvará de 5 de abril de
1691, que aliás se não podia dar,
mas do desvio de avultada quan-*
tia em período muito curto;
Vistos os regulamentos de con-'
tabilidade:
Julgam o referido thesoureiro
gerai suspenso Luiz Joaquim da
Cunha Lisboa alcançado pela sua
gerencia durante o periodo refe-
rido na quantia de 21:246^896
réis, e responsável pela mesma,
alcance de má fé, porque, attenta
a importancia e circumstancias
expostas, não podia ter logar se
não pelo desvio intencional do
dinheiro existente no cofre, e
mandam que este accordão, conta
corrente, documentos, e termo
de posse, sejam enviados ao mi-
nistério publico para os fins lc-
gaes.
Sala das sessões da junta de
fazenda de S. Thomé e Principe,
aos 26 de setembro de 1881.—
Vicente Pinheiro Lobo Machado
de Mello e Almada, governador e
presidente—Augusto Cesar Rapo-
so,, delegado—Alberto Çarlos d!Eça
de Queiroz, secretario— José Au-
gusto Pimenfa de Miranda, the-
soureiro interino.
(Boletim official n.° 40, de 1 de
outubro de 1881).
Ao governo da inetropole foi re-
latado larga e minuciosamente
este importante facto de adminis-
tração pela junta de fazenda, em
officio n.° 65 de 27 de setembro
de 1881 ao qual se refere o officio
n.# 181 de 15 de setembro expe-
dido pela secretaria do governo
da província. As actas das labo-
riosas sessões extraordinarias da
junta de fazenda sobre este as
surapto foram egualmente envia-
das ao governo, e os officios da
junta de fazenda—n.* 70 de 27 de
outubro, explicando o balancete
do cofre geral dos defuntos e au-
sentes relativo ao mez de setem-
bro,—n.* 72 da mesma data e mez,
remettendo e explicando os rnap- pas sobre o alcance,—n.# 74, ain-
da do mesmo mez e dia, expondo
o estado financeiro da província,
—n.° 2 de 27 do outubro, conjun-
ctamente a acta da sessão de 2 do novembro e o officio n.# 424 de
15 de setembro do governo da
província, tudo esclareceu o go-
verno da metropole, pondo o no
conhecimento dos dados suífieien-
tes para julgar do procedimento
do governo local e das resoluções
e providencias tomadas,
Ao ministério publico a acção
eivei e criminal foi recommenda- da em officios consecutivos, dos
quaes for^m enviadas cepias ao
ministério em officio confidencial
n.° 21 de 25 de outubro, para que
a todo o tempo consUsse o zelo e
empenho desenvolvidos n'este as-
sumpto a fim de evitar as delon-
gas e morosidades com que mui-
tas vezes são tratados os nogo-
cios jodiciaes n'aquella comarca.
E de todos os documentos envia-
dos ao poder judicial para funda-
mento das suas acções foram tam-
bém remettidas copias ao gover-
no,
A lei de 1 de dezembro de 186$
faz claviculario8 do cofre da jun-
ta de fazenda o governador, o se-
cretario da junta e o thesoureiro.
Em S. Thomé o cofre da junta
de fazenda nem mesmo material-
mente nunca teve tres chaves. E
que as tivesse? São nos districtos
administrativos do continente
egualmente clavicularios dos co-
fres districtaes, o governador ci-
vil, o delegado do thesouro e o
thesoureiro pagador. Como se
cumpre no reino esta formalidade
de clavicularios? Dosde que nos
balanços dos fins des annos eco-
ncmicos, assignados pelos tres
clavicularios, o cofre está intacto,
a responsabilidade não pode re-
cair senão no thesoureiro no mo-
mento em que é encontrado em
alcance. A lei exigindo, tanto lá
como cá, simplesmente caução ao
thesoureiro, resalva a responsabi-
lidade dos outros, o dando ao go-
vernador o direito de fazer visi-
tas de surpresa ao thesoureiro
claramente indica até aonde vae
a sua responsabilidade e qual o
limite do seu dever.
Foi este o sexto alcance contra
que tivemos de proceder em vin-
te o um mezes de administração,
e no mez seguinte julgámos em
accordão do conselho de provín-
cia o septimo. Nào se incluem
n'este numero, nem a quantia de
296S010 réis, que o accordão do
conselho de província de 22 de
fevereiro de 1881 condemn ou a
pagar os vereadores responsáveis
pela gerencia de 1 d-e julho a 31
de dezembro de 1879, por mais
propriamente revestir o caracter
de uma divida ao cofre munici
Sal, nem os repetidos extravios
e artigos militares. Esses alcan-
ces dos quaes já escrevemos ou
ainda referiremos, foram: dois na
administração do hospital da pro
vincia; dois no extincto batalhão
de caçadores n.* 2; um no depo-
sito das obras publicas; um na
thesouraria gecal; e outro na the-
souraria da camara municipal.
Zaire
+
IjQndres, 4, m.
Diz a Pall Mall Gazzette que a
França está em negociações para
adquirir todos os interesses que a
Astociaçõo Internacional Africana
tem no alto Zaire.
(Havas).
Espera-se que estejam concluí-
das no proximo mez de setembro
as obras do caminho de ferro de
Salamanca á fronteira portugueza
de Villar Formoso.
Kermeaae
Um grupo de sympathicos ra-
pazes da Azambuja constituídos
em commissão vão offerecer a Sua
Magestade a rainha alguns obje-
ctos para a Kermesse.
Consta nos que entre elles, al-
guns ha, dedelicadissimo gosto.
Honra lhes seja pela feliz ideia
de concorrerem tào expontanea-
mente para esta festa de caridade,
sendo mais uma prova que dão de
nào se esquecerem dos muitos be-
nefícios que Sua Magestade a rai-
nha prestou as classes menos fa-
vorecidas durante as innundações
qua n'aqueila villa se tem dado.
#
# #
Os redactores do Economista,
pediram licença para estabelecer
uma barraca Eclescopio.
0 sr. Slifiinnia <5c Elie Benard
offerocem 200 pãesinhos por dia
durante a festa Kermesse.
#
* ♦
E' provável que a recita offere-
cida pelo sr. conselheiro Freitas
Brito se realise no proximo domin-
go ás 2 horas da tarde no Coly-
seu dos Recreios.
O sr. Herrmann offerece no
caso da festa ter logar á noite, |il-
luminar a luz electrica a barraca
de Sua Magestade a rainha em-
prestando todos os apparelhos que
fossem necessários.
Androldo*
E* na próxima sexta-feira 9, que
se realisa io theatro dos Recreios
a estreia da companhia de fanto-
ches.
E' curioso e engraçadíssimo o
elenco d'esta companhia.
Falleceu o sr. Luiz de Assum-
pção Junior, irmão do nosso par-
ticular amigo o sr. Manuel de As-
sumpção.
Era como seu irmão um cara-
cter nobre e elevadíssimo, e deixa
viva saudade era todos que o co
nheciara.
Adoecera ha cinco annos com
uma tysica pulmonar e falleceu
contendo apenas 26 annos de eda-
de.
Ao nosso amigo o sr. Manuel de
Assumpção e a toda a sua familia,
os nossos sentidos pezames.
Espera-se com anciedade em
Cabo Verde a nova pauta das al-
fandegas.
Consta-nos que os bombeiros
muDicipaes offerecem-se para fazerr
serviço de graça nos dias de fes-
ta' ——_ Os srs. W. B. Wilkinson «5c C.*-
annunciam hoje mais uma vez na
nossa folha o seu belon granito que
actualmente se está adoptando
com os mais satisfatórios resulta-
dos para o revestimento de pas-
seios, cavallariças, hospitaes, etc.
Este belon que é de uma rije-
za considerável e de grande du-
raçãe foi approvado pela camara
municipal de Lisboa para os pas-
seios d \ rua Áurea, Rocio, praça
dts Restauradores e ultimamente
nas obras da Avenida da Liber-
dade.
Os srs. Vilkinson & C.* exfor-
sam-se por vender pelo menos
preço possível o seu granito que
igualmente ó muito recommenda-
vel para tanques, adegas, e todas
as casas que se quizerem preser-
var da umidade.
0 escriptorio da companhia é
na rua da Magdalena 36, 1.° ©nde
se dào todas as explicações que
se isegirem.
Veja-se o annuneio na secção>
competente.
A* roda da poSitioa
A publicação d'esta revista ori-
ginal do nosso collega sr. Julio>
Rocha tem chamado a attenção do
publico, que tem ido voluntaria-
mente assignar aos èstabelecimen-
tos onde está ainda aberta a assi-
gnatura para os poucos exempla-
res que restam da edição.
Hontem distribuiu-se já a al-
guns assignantes de Lisboa a 2.*
folha.
No Bazar Commercial, rua da
Escola Polytechnica, 73 e 75, e li-
vraria do sr. Marques da Silva,
travessa de S. Domingos, 39, i.V
continuam a receber-se assignan-
turas.
No dia 7 do corrente realisa se
no theatro do Principe Real o be-
neficio do actor Alfredo Maggioll^
filho do conhecido actor Maggiol-
li, que está no Brazil. •
O beneficiado ó por todos o»
motivos digno de protecção, e ©
nosso publico que é bom e gene-
roso, por certo o auxiliará.
Abriu-8e hontem na nave cen-
tral do Palacio de Crystal do Por-
to o bazar de prendas em benefi-
cio do real hospital de creanças
denominado Maria Pia.
Ao passarem pelo chafariz de
Entre-Campos os soldados n.°* 8
e 12 da 3." companhia de cavalla-
ria da guarda municipal, que no
sabbado á noite acompanhavam
os toiros para a praça do Campo
de SanVAnna, foram apedreiados.
Os aggressores não poderam
ser presos.
Não houve ferimentos.
Cancioneiro popular
CLIII
enho dentro do meu peito,
Chegadas ao eoração,
Duas letras que só dizem:
—Amar sim, deixarte não!
DIÁRIO [LLSÍÍRAD
SSCCAO UTIL
ALBÂMACK
MAIO (31 »IAS)
Qiinta feira
feira. .
1
2
Rabbado
8 15
9 16
••••! 3 10 17
U.uljj
Beguada feira j 5 12
Domingo.
inj512
Terça feira 6:13
Quarta feira 1 7)24
18
19
20
22 29
2330
24 31
*jl
26 j
27"
^'28'
8 1/2 h.— Petocipr Real — (Be-
neficio) — Os intrujòt8 — Garoto
dos jornaes — Vou ver os leoés.
8 1/2 h.— C0LY8EU nos Recbeiob.
—Companhia franceza de opera-
comica—A Noite e o Dia.
N. B. — Os srs. accionistas e
subscriptores dos Recreios teem
entrada com 50 por cento de aba-
timento.
Chalet Vbauktico — (Na feira
das Amoreiras)—As circassianas,
em 3 actos.
Infantil —(Na feira das Amo- reiras — De dia: variados espe-
ctáculos — A' noite: A Mascotte.
Exposição das Irmãs Gigantes —
Rua Augusta, 187 e 189 - Entrada
100 réis.
etagères circulares ao eentro da
sala.
PHASES DA LT7À
Quarto cresceu .o a 2.— Lua
eneia a 10. — Quarto ma^uante a 18.—-Lua nova a 24.
Abertura da exposição
agrícola
CHRBHICl uQ Di»
Segunda feira, 5. — S. Pi«.
Paramntos brancos.
Lausperenne na ermida de Nos-
sa Senhora do Resgate.
Principio da aurora, 3 b. e 25 m.
Nascimento do sol, 5 h. e4 m. Occaso, 6 h. e 57 m.
Primeiro preamar, 5 h. e 24 m. m.
Begundo preamar, 5 h. e 49 m. t.
Primeirabaixamar, 11 h. 3G m. m.
oegunda baixamar, 1J h. e 11 m. t.
JUNTA DO CREDITO PUBLICO
Pela contadoria geral da junta do credito publico se annuncia
que o pagamento dos juros do 2.°
semestre do corrente anno dos ti- tulos de divida interna se deverá
enectuar quanto as relações de
juros que se acham numeradas, no
dia constante da seguinte tabel-
Dia 6 de maio
4201
42*6
4219
4220
4222
4231
42d3
h a
4249
4251
4253
4255
42*58
4260
4284
4286
4290
4292
4296
4298
4303
4305
4310
4312
4328
4331
4333
4336
4338
4354
4356
43S60
4362
43^2
4374
43*76
4Ò'78
4397
Outrosim se annuncia que nos lo de maio e 19 de junho proxi-
mos futuros, serão admittidas a
sorteio as relações que deixarem ae ser apresentadas durante e
praso indicado no annuncio de 12
ae íevereiro ultimo, as qnaea te-
rão pagamento depois do ultimo
aia comprehendido n'este annun-
cio, conforme for designado.
As relações de coupons serào
igas nos proprios dias destina-
los pelo sorteio.
Os juros em atrazo pagam-se ás
Sextas-feiras. O pagamento começa ás dez ho-
fas da manhã e acaba ás duas ho-
ras e meia da tarde.
Contadoria geral da junta do
credito publico, 24 de março de
18W.
O contador geral interino
José Pedroso Gomes da Silva.
§
RECEITAS
LXV1II
Remedio canira a tonne
Em 500 grammas de calda de
atosucar dissolvem-se:
25 grammas de succo de alca-
çuz.
25 ditas de agna coneentrada de
«ammilla.
Reduz se a fogo, a metade apro-
ximadamente, e toma-se ás colhe- res de chá, na occasiào dos ac-
oes8os de tosse.
Com um belle dia de primave-
ra, um céo muito azul e um sol
| muito brilhante, inaugurou-se,
hontem as duas horas e meia da
tarde, a exposição agrícola, na
Tapada da Ajuda.
Assistiram a este acto El-Rei o
sr. D. Luiz, El-Rei o sr. D. Fer-
nando, * príncipe D. Carlos e os
infantes D Alfonso e D. Augusto,
de casaca e gravata branca, e a
Hainha a Sr.a D. Maria Pia, que
trajava uma elegantíssima toilette
de damassé branco enfeitado com
velludo da mesma cor, e chapéo
de velludo roxo cora uma grinalda
violeta.
Suas Magestades El-Rei o Sr. D.
Luiz, e Rainha a Sr.a D. Maria Pia
e Suas Altezas o príncipe D. Car-
los e infante D. Alfonso foram re-
cebidos por El-Rei D. Fernando,
infame D. Augusto e pela corn-
missão.
Os alumnos da quinta regional
de Cintra, com a sua bandeira,
formavam alas pela escada princi-
pal, e em cima tocara a sua cha-
ranga.
Do ministério estavam os srs-
presidente do conselho, ministros
das obras publicas, da fazenda, da
marinha e dos estrangeiros. Vimos
também ali os srs. governador ci-
vil, muitos lentes das escolas su-
periores, vários titulares, e escri-
ptores entre elles os srs. Ramalho
Ortigão, Antonio Ennes, Meli-
cio, Thomaz Bastos, Castanheira,
Eduardo Guimarães, Lamare, Bri-
to Aranha, Albino Pimentel, etc.
Algumas senhoras assistiram ao
acto da inauguração.
El-Rei o sr. D. Fernando leu
um discurso acerca das vantagens
da exposição, a que respondeu o
sr. D. Luiz, a quem se seguiu o sr.
Antonio Augusto de Aguiar, que,
em nome e por ordem de El-Kei,
declarou estar aberta a exposi-
ção.
No logar onde as pessoal reaes
se sentaram estavam 7 cadeiras
de espaldar, sendo uma para o sr.
Paulo Kruger, presidente da re
publica de Transwaal, que El Rei
mandara convidar e que ali com-
pareceu acompanhado do sr. Smith. 0 sr. Paulo Kruger vestia sobre-
casaca.
Acabada a ceremonia a família
real foi comprimentada por todos
as pessoas presentes, e visitou em
seguida minuciosamente a exposi-
ção, demorando-se por vezes, dean-
te de alguns magníficos produ-
ctos.
A' esquerda do palacio está o
estabulo, á direita a cavallariça
que tem capacidade para 28 ani-
maes. São feitos dê tijolo e telha.
Os cavallos são bonitos, sobresain-
do um preto que não sabemos a
quem pertence.
Na parte superior acha-se um
magnifico restaurant e um pouco
abaixo o coreto da musica, onde
tocava a banda da guarda muui-
cipal. Na mesma linha se encon-
tra um aviario onde contemplámos
com admiração um soberbo gálio
amarello, e um lindíssimo pavão.
Junto a estrada vé-se uma ele-
gante cabana pertencente ao Com-
mercio de Portugal, e que esta re-
dacoão pôí a disposição da im-
prensa.
Descendo do palacio encontra-
se um pavilhão de productos de
ferro da officina do sr. Almeida,
uma barraca de productos cera-
I micos e um telheiro onde está uma
enorme e exceliente machina de
descortigar a ortiga branca, per-
tencente ao governo.
Continuando a descer vamos
ter a una pocilga circular de coi-
mo, mais abaixo á barraca para
colmeeiro e por fim a um chalet
elegantíssimo que está muito bera
arranjado interiormente onde se
acha a exposição agrícola e flores-
tal do distncio de Lisboa.
A direita d'este chalet está uma
exposição de cereaes, lãs, corti-
ças, vinhos e azeites pertencentes
ao sr. Simões Margiochi.
Na mesma linha se encontra
uma barraca, coberta de colmo,1
pertencente ã empreza industrial
de Lisboa.
Ha mais vários recintos onde se
acham bois, cavallos, machos,
burros, carneiros etc.
#
# #
No palacio da Exposição veem-
se muitas qualidades de vinhos,
azeites, cereaes, doces em caixa,
bolachas, machines de costura,
amostras de madeira, generos co-
loniaes etc.
Além dos objectos da ilha da
Madeira que, n um dos nossos nú-
meros já mencionámos, merece-
ram-nos particular attençãoos ma-
gníficos productos de barro de Es-
tremoz da fabrica Alíaciuha. São :
duas jarras e uma especie de po
te que tonam magnificamente de-!
senhados e executados. Bastante!
elegantes apresentam uma forma j
inteiramente nova e que é deve-
ras apreciável.
As duas enormes jarras foram
offerecidas á sr.# duqueza de Pal-
mella e o reservatono para agua
a El-Rei o sr. D. Fernando.
Da Extremoz também admirá-
mos um precioso mármore das pe-
dreiras pertencentes ao sr. André
Gonçalves.
neira em que hoje se acha, preju
dica as condições acústicas da
sala.
Terminar as obras do salão no-
bre para poder servir para con-
certos.
Melhorar as condições de ven-
tilação de que bastante carece
aquella saia.
Pede ao governo que contribua
com uma quantia para ajuda de
! compra de instrumentos tanto de
metal como de madeira para a
orchestra poder estabelecer o dia-
pasão normal, lembrando que pa-
ra esse fim poderá ser applicado
o saldo da 900Í000 réis.
Achamos justas estas reclama-
ções, per serem indispensáveis no
primeiro theatro da capital que é
frequentado per a nossa primeira
sociedade e grande numero de es-
trangeiros.
•
# #
A companhia de opera cómica
parte hoje de Bordéus, devendo
chegar a Lisboa no dia 8 de ma-
nhã.
A sua estreia effectua-se com a
opera Guilherme Tell, que terá
logar no dia 9 do corrente.
Hontem ja muitas pessoas foram
marcar os logares de platéa para
essa noite.
Substituindo a palavra musieay
pela palavra primavera, o brilhan- te romancista teria feito uma
phrasa muito mais eloquente, e
sobre tudo muito mais verdadei-
ra.
Graças a Deus, a Kermesse, ini- ciada em uma sublime vibração
de sensiblidade, compreheudida
em uma lúcida visào de materni-
dade, por Sua Magestade a Rai-
nha; a Kermesse, que absorve
neste momento, todas as sjm-
I pathias do paiz e que vae ser a
primavera dc todas asprimaveras,
o cântico de todos os cânticos, a
realidade viva e humana de tudo que a caridade, despertada ao
doce chilrear das creanças, ave-
sitas do ceu que passam pela
terra do fugida, illuuiinaudo-a
com o fulvo reflexo dos seus ca-
bellos de oiro e purificando a com
o hálito puro das suas boquinhas
de açucena, pode realisar de mais
formoso e de mais util: a Kermcs-
sey vinculada á Creche, nào nos
deixa duvidar do amor.
Sim, mas o leilão...
! Afugentemos essa penosa som-
bra 110 diluculo do sol; oiçamos,
encantados, a grande symphonia da vida. aspiremos, inebriados, o
coração das rosas; e á noute.
quando as flores dormem e o sol íaz chassé croisé com a pai ida lua
nimbada no azul, vamos ao Coly- seu applaudir a graça picaute e
ítfenbt
Caixa geral de
depositos
IJMPRESTA-SE dinheiro sobre penhor de titulos da divida
publica portugueza e obrigações
da Companhia Geral de Credito
Predial Portuguez. Desconta os juros de inscripçòes completamen-
te livres. Taxa de juro cinco por
cento ao anno. Operações todos
o» diai não feriados até ás 2 ho-
ras da tarde.
J. F. Pinto Bastos.
Dia a dia
Os francezes— Theatro e Templo—
Balões e leilões—A Primavera e
a Kermesse.
Belem
TEWPQ
Conforme o boletim do Obser
vatorio do infante D. Luiz, a
temperatura maxima ante-hontem em Lisboa foi de 22,4; a minimw
11.4.
O tempo provável hoje é:
Vento moderado do quadrante
NE.
Ceu de algumas nuvens.
Com respeito ao estado geral
do tempo diz o seguinte:
Baixou o barometro entre 1 e 4
millimetros, com diminuição de
temperatura e vento predominan- te pelo quadrante NW.
Os dados de que dispomos mos-
tram as pressões mais fracas para
sendo porém diminuto o gra- diente.
Faltam boletins do estrangeiro.
ESPECTÁCULOS
8 1/4 h. — Trindade — A noite
e o dia.
8 h. — Gymnasio — A estação
calmosa — O dr. Sovina — Amor
c veneno.
A guarda de honra era feita pe-
lo regimento de infaníeria 16, o
serviço interior feito por soldados
de infanteria 1, de grande unifor-
me, e o serviço exterior feito por
patrulhas de cavallaria da gjiarda
municipal e policias civis de Lis-
boa, ãs ordens do sr. administra-
dor de Belem.
A Associação de Soccorros Mu-
tuos 17 de junho de 1874, reúne
hoje 4 pelas 5 horas da tarde na
sala das suas sessões, em assem-
bléa geral funccionando com qual-
quer numero por ser a segunda
convocação e nào ter funccienado
no primeiro chamamento, 30 do
passado, por falta de numero le- j
gal. , —^——M^ii
Fagundo Gonçalves, caixeiro,!
foi preso ás 7 horas da tarde de
hontem na travessa das Vaccas •
por aggredir seu patrão, fazendo- (
lhe dois ferimentos na cabeça.
0 ferido foi pensado no hospi-,
tal de S. José.
Por entre os grandes aconteci-
mentos que se preparam, e que,
juntamente com as suggestòes, um tudo nada anacreoncicas da
primavera, trazem os nervos em
urna vibraçào continua, os france- zes, e os seus comicos espectácu-
los, sào a nota alegre, arrancan-
do nos, por algumas horas, a mo-
notonia, inevitavelmente triste,
de uma existencia em que todos
os dias se assimelham.
Nào tem havido, é certo, n'es- tes últimos tempos, uma absoluta
esterilidade, da parte d'essa ve-
lha matrona, que se chama Chro-
nica. Ella tem sido fecunda, co-
mo as mulheres dos patriarchas
bíblicos, dando á luz uma respei-
tável prole de factos e aventu-
ras.
A different, é que as aventu-
ras não sào iuteressantes e os fa-
ctos nào sào alegres.
Fiascos nos templos, n'aquelles
cm que impera a foliona deusa
Thalia, e no outro, onde se ergue
a palida e macerada figura do
Christo; balões que sobem só pa-
ra terem o esquisito capricho de
cair, e leilões, um leilão, que cae,
arrastando pelas barracas immun
das dos ádeios a purpura e o sce-
ptro de uma gloriosa rainha da
Arte, só pelo sordido prazer de
emeartuchar, em troca, uma mào
cheia de sterlinas, de um tinir so-
noro.
Oh! mundo, eu tenho obrigação
de saber, por isso que ha muito
deixei de ignorar, que tu ha« ae
ser sempre um pouco Syloch. .
Mas n'esta incomparável esta-
ção, em que a terra estremece,
como um seio namorado, desata1!!-
do-se em caricias de flores que
desabrocham, vermelhas e perfu-
madas, como lábios sedentos de
beijos; n este momento em que o
sol aquece, sein queimar, e pelo
azul ineffavel passam, batendo as
azas, as Candidas andorinhas, ®u
sinto a necessidade de acreditar
que a vida é mais de que uma
simples questão de interesses, e
que se os Pharaós adoraram o be-
zerro de oiro, nós, os homens do
século XIX, baptÍ8ados na cor-
, Al 9 \J viva de Elisa Tautfenberger, uma
8cintillaute rapariguinha que tem a habilidade de combler te vide
cantando sem voz e fazendo ad- mirar o entrain do conuplet, pre-
cisamente na oeeasiào em que eí-
la o não canta!
E o Guillien, uma voz encanta-
dora, o Achard, uma graça iuex-
gotavel!
Oa francezes!.. Vejam se não
Ines pertence, na sua restricta
acepção, a prase que elles inven-
taram para definirem o Heine:
«Ce rossignol qui a fait ua uid dans la perruque de Voltaire.»
Gabriel Cláudio.
Uãe amacia
Na rua Formosa n.° 129, agua
I furtada, porta em frente, mora
I uma viuva doente de cama, pade-
cendo moléstia de peito, sem ter
já que vender para se poder ali-
mentar, e mais uma filha que saiu
de um asylo só cora o fato que
trazia no corpo, e sua infeliz mãe
sem ter meios para lh'o comprar,
e devendo também a renda da
casa; pede a todos 1 s seus bem-
feitores que lhe acudam n'este
quadro de miséria, pelo amor de
Deus.
fyogrty'ui to ílliilnuo'
T. rtm «1; *
A NACIONAL
Estabelecimento de Mercador
38, RUA DA PRATA, 40
Xiiftboa
RECEBEU completo sortimente de fazendas nacionaes e es«
traageiras. Tudo novidade e de
preços Iimitadis8im08.
Cortezia internacional
entre Portugal e
Hespanha
Foi enorme a quantidade de po-
vo que foi visitar a exposição.
Na rua do Arsenal e largo do
Corpo Santo grande numero de
pessoas esperava os carros ame-
ricanos e Rippert que passavam
cheios de passageiros, sendo diffl-
cilirao arranjar logar.
Na Tapada estavam muitos
trens e viam-se espalhadas por
todo aquelle immenso recinto mi-
lhares de pessoas.
E lindíssimo o aspecto exterior
do palacio da exposição ao longo
do qual corre uma varanda cor-
tada por três escadas. Ao centro
e nas extremidades acham-se tres
elegantes pavilhões.
Ja, outro dia, fizemos a descrip-
çao do interior do palacio, por
isso não nos demoraremos agora
neste ponto. Tecto alto, todo em-
bandeirado, as paredes sào em
parte envidraçadas estão colloca-
dos tropheus com os nomes dos
agronomos e botânicos mais cele-
bres, e ao centro um tanque ro-
deado de flores e pequenos arbus-
tos. Etagères d'um lado e outro e
Falleceu era Penafiel o abasta-
tado capitalista Antonio José Leal,
que ha tempos fundou n'aquella
cidade um asylo para iutrevados..
Colyseu
Hoje é recita por meio preço
•para os srs. accionista» e subscri- j
ptores que pediram para a empre-1
za lhes dar a Noite e o Dia. Lá
vae pois a graciosa opereta mais
uma vez e nunca mais a veremos, i
Amanhã ó o espectáculo do Real
Gymnasio Club e na quarta feira I
sobe á scena a Grã Duqueza de
Gerolstem que é esperada com
geral anciedade.
S. Carlo»
0 sr. Antonio de Campos Val-
dez, emprezario do theatro de S.
Carlos, apresentou ha dias o seu
relatorio como commissario régio
durante a sua administração por
conta do governo, e no qual ha
um saldo de 900^000 réis appro-
ximadamente.
O sr. Valdez n'esses documen-
tos expõe a necessidade de se
proceder a alguns melhoramen-
tos n'aquelle theatro, taes como:
Prolongar o proscénio como es-
tava antigamente, e que da ma-
El
^ —— 1 f V» w « V W «Al» vvt rente lustral da grande e emanei
padora Revolução, reunidos na
divina commuuhào dos espíritos
que se elevam e das almas que
se purificam, temos obrigação de
preferir-lhe o amor, a amisade, a
dedicação.
O dinheiro é bonito, e eu juro
ue não deixarei de ser grato á
Providencia, essa vaga esperança
de quem nào possuo nenhuma di-
tosa realidade, se eUa deixar cair
na minha pobre sacola de pere-
grino, um bom par de contos de
réis.
Aflirmo mesmo que o meu reco-
nhecimente attingira a heróica
abnegação de trocar, sem um mo-
mento de hesitação, a penna e o
tinteiro, por um rolo de inscri-
ções da Junta do credito pu-
lico.
E se duvidam, leitores, expe-
rimentem. ..
No momento; porém, em que
nas harpas do infinito resoam os
melodiosos epithalamios, no ins
tau te em que se celebram as nup
cias da primavera, e em que uma
nova vida escorre em borbotòes
dos troncos das arvores, irrompe, em de8abrochamentos colossaes
das entranhas de terra, e aquece
nos peitos carinhosos da fecunda
mãe universal, todos os seres,
mesmo aquelles a quem se pode
applicar a eloquente phraee de
Thereza de Jesus;—deixem me
reflorir, no rejuvenescedor con-
tacto da boa mãe, o ramilhete de
illusões, com que me brindou um dia essa olympica seductora que
se chama—Mocidade!
Edrnond Goncourt escreveu ha
dias, no seu admiravel romance
Cherié: «A musica é o haschisch
1 dbs mulheres»,
Em quanto o governo portuguez
continua negando ha mais de 15
annos a validade dos fitulos pro-
feseionaes hèspanhoes em Portu- f;al e processa e tributa, contra a
ei moral, aos que o possuem, ve-
ja-s« o que dizem os periodicos
de Paris ha pouco chegados a Lis-
boa:
-O ministro dos negocios es-
trangeiros da republica franceza acaba de fazer um tratado com
as chancellarias da Europa para
que os medicos francezes sejam
auctorÍ8ados a exarcer a sua pro-
fissão no estrangeiro.
«A titulo de reciprocidade os
medicos de todas as nações po-
darão exercer a medicina em
França.
"Supulica se a todos os hèspa-
nhoes dignos que influam junto
do seu governo para que cumpra
com o seu dever, defendendo de-
veras uma questão de decoro na-
cional. Aos portuguezes honrados
e briosos se lhes pede o seu con-
curso para exigir do governo de
Portugal qne sejam trancadas as
causas criminaes instauradas com
de8preso da moralidade publica
e da seriedade da sua patria.
Quem quizer proceder collecti-
vamente, ou conhecer os promeno-
res de tão escandalosa questão,
pódc dirigir-se a D. A. Mascaró,
medico occulista, rua do Ferre- gial de Baixo, 31, 1.° andar.
Folhetins e artigos
• scientificos
pESSOA competente encarre-
ga-se da sua redacção para
qualquer jornal mediante retri-
buição resoavel. Carta com as ini-
ciaes P. P. P. á agencia de an
Manuel d'Assum-
pção, Rosa Motta Mar-
ques dAssumpçâo, Joa-
quina d Assumpção e
Maria d'Assumpçãof
participam ás pessoas
da sua amisade, que
foi Deus servido cha-
mar a sua divina pre-
sença seu querido ir-
mão e cunhado Luiz
d'Assumpção Junior,
que se ha de sepultar
hoje, 5 de maio, saindo
o préstito fúnebre da
egreja de Santos-o-
Veího, pela uma hora
da tarde; erogam-lhes
o favor de honrar com
a sua presença este
acto. Pedem desculpa
por não fazer convites
especiaes.
A almofada
DE
'.v-
w,..
T&&UB
. ou ueues, iu<. z."
nuncios liavas, rua de Ouro, 34. | Augusta), Lisboa,
URA todas as MOLÉSTIAS
FÍGADO E DO ESTO- M AGrO quando este não esteja in-
teiramente estragado pelo uso ex-
cessivo de remédios. Isto é um
FACTO POSITIVO attestadopor
milhares de medicos da aristocra-
cia, clérigos, negociantes, e outros
cujo testemunho ninguém pôde
duvidar.
Quaei todos os males que affli-
S»m a humanidade tem a sua ORI-
•EM NO ESTOMAGO; aqui está
o meio de combatel-os SEM RE-
MEDIO INTERNO.
Não ha um único caso conheci-
do em que alguém que use a Al-
mofada seja atacado por febre.
Remette-se pelo correio envian-
do 2^500 réis.
Agentes geraes JAMES CAS-
SEL & C.a, rua do Mousinho da
Silveira. 127, 1.»—Porto e H. W.
ROBERTS & C.«, rua dos AI&-
bebes, 107. 2.° (proximo da rua
o
fci^ãlG ILLUSlúADO
JOÃO CANDIDO DA SILVA
229, Rua do Ouro, 231
Hoje,
O
5 de maio de 1884
BETON GRANITO
Dos Srs. W. B. Wilkinson & (',
Grande loteria de Madrid
250:000 pesetas
WLLWYWS B.E1S
LEILÃO
F* UNIVERSALM ENTE considerado o melhor systema de pavi-
* mento para CAVALLAR1ÇAS, adegas,, eiras, cosinhas, terra-
ços,, armazéns, eelleiros e depositos d'agua, etc. etc. etc.
E de uma duração extraordinaria, sem clittiro algum, e perfeita-
mente impremeavel á humidade.
Preços reduzidos e obras garantidas
Para esclarecimentos — J. P. HORNING JUNIOR
VU>. A\ui\ daMagdalcna
DE
Direcção das obras publicas
do districto de Lisboa
Secção de estradas n.° 3
Posto medico
Lttrgo do Intendente. 1®
tíoccorros medicos a qualquer
bora; analyses clinicas e vaccina-
çào.
Consultas aos pobres ás 9 d*
manhã.
Consultas de Francisco Stromp
da 1 ás 3; de A. d'Ordaz das 3 a>
da 5 tarde.
Phaeton-Break
VENDE-SE um muito elegan-
~ te. Paço da Rainha. 62.
LUZ ELECTRICA
De diversos syslemas pa-
ra illuminação de salas de re-
uniões, thealros, trabalhos ao
ar livre, jardins, casas de ha-
bitação, etc. etc."
6. Calçada do Lavra, 8
Figueira
i\ ALMANACH ÍLLUSTRA-
DO de Francisco Pastor está
á venda no estabelecimento doa
Bru. Costa & C ". .
■M8KÇO 2QO nfeis
GÕMPAGNLE
DES
MESSAGERIES HARITIHBS
PaquebotN ponte françaft»
Lin^a quinzenal
LISBOA
Mobília Dianovertical etivrosl 'sssssmssítttóisás.ísrAesfíim.bemih&iin IIIUUIIIU9IJIUIIU BUI UUUI U 11 ■ I \J\J\ procederá á arrematação da empreitada de pintura na barraca da es-
■ I fn A /í A A Am DAIa«V\
A s pessoas que quizerem
fazer uso da illuminação ele-
ctrica mostra-se praticamente
o systema que fôr escolhido c
toma-se a responsabilidade
das condições economicas que
se indicarem.
Agente-Casimiro C. da Cunha
NA RIA DIREITA DO RATO, 17,1.° ANDAR
(PROXIMO DO LARGO)
Segunda feira, j de maio, <ts 11 horas da manhã
rONTINUA o leilão de mobilia de sala de estofo de reps, repos-
teiros, consollos, piano vertical de 7/8, author Mayer, mobilia
de gabinete reposteiros e outros objectos.
Lívtob, litteratura, historia, francezes, inglez^s e portuguezes.
Para Hamburgo, Brake e
Bremen, levando carga pa-
ra S. Peterburg com tras-
taçao de saúde em Bolem.
As condições acham-se na secretaria da referida direcção todos
os dias não santificados desde as 10 da manhã ás 4 da tarde.
Lisboa, 21 de abril de 1884. O chefe da secção
Joaquim Pedro Xavier da Silva.
Para Dakar, Rio de
Janeiro, Montevi-
deu e Buenos Ayres
SAÍRA' DEPOIS DE POUCA
DEMORA n'este porto o paquete
francez CONGO.
Commandantc Grou.
Que se espera de Bordeaux em
do corrente.
Para mais informações trata-se
no escriptorio da agencia, traves-
sa d* Sequeiro das Chagas, l.j
Os agentes TorCades & C.a
BRONCHITES, TOSSES, Catarros Pulmonares
DEFLUXOS DobiIid?dlNdoEPEITO TÍSICA, AMI
CURA RAP1DA E CERTA POR MEIO DAS
l&H iA\ G9TTM L1¥0
d.© TROUBTTE-PERRET
com CREOSOTE de FAIA, ALCATRÃO de NORUEGA e BALSA MO do TOLU,
Este preparado, infallivel para curar radicalmente todí:^ as Mol*+-
tius d4is Vias respiratórias, é recommendado pelas O lebrldades
mcdícas como o unlco efQcaz. É o único que, alem de uáo fatigar o es- ^ tomago.o fortiQca, reconstituo e despetta o appetite; duas gotlaapela (
e á tarde triumpham dos casos mais tenazes.
Deposito principal: TRODETTE-PERRET, 165, roa Saiat-Antomo, Pari!
E NAS PRINCIPALS PHARMAC5AS
Afta do eTlUr *s watrificçéès diY*-s« «liflr que 05 íwsm» talus* lello do ftovint rrinciz.
bordo em Hamburgo
O vapor
WS*«3
OLDENBURG
Chega e 6 do corrente, para sair depois de
curta demora.
Para carga e passagens trata-se no Caes
do Sodré, 64, l.°.
OS AGEXTES
IS». Pinto Rasto & C.a
COMPANHIA
DE
MOAGEM DE SANTA IRIA
NA POVOA
Escriptorio, rua da Magdalena, n.° 85, l.°
Tabella de preços
flARINHA de trigo superfina, flor por kilog. 90 réis * 9 fina n.° 1 * * ^8 »
o » n.° 2 » » 86 » 0 » n.# 3 » » 84 »
» o n.° 4 » » 82 »
» n n.° 5 » » 80 »
» » n.° 6 » » 76 o
» » n.° 7 » » 72 »
Cabeçinha " * ot *
Semea superfina » * *
Dita fina » » 31 »
Dita grossa 0 0 *
Alimpadura ; ; u . » 1° »
Recebem-8e eneommendas no escriptorio e na tabnea.
COMPANHIA
DAS
Caminhos de ferro do
Sul e Sueste
Inauguração da exposição
™ agrícola de Lisboa r> *'
Bilhete* de ida e volta
a preço» reduzido»
______
Das estações abaixo
designadas a Lisboa
Preços do ida e volta
2» cl. 3.' cl.
Serpa
Beja
Cuba
Alvito
Casa Branca..
Estremoz
Évora Monte-mór ...
Vendas Novas
Setúbal
8*500
35000
2*700
2*000
1*900
3*200
2*300
1*600
1*300
900
2*500
2*200
1*900
1*800
1*500
2*800 1*700
1*200
900
600
Gasa 110 campo
ARRENDA-SE uma com quin-
ta para passear na estrada
da Luz.
Rua Áurea. 208, se diz.
llarlaiina de Cárneo
ProNteMi Henrique Pro*-
tent* ftua mulher e fllli«.
Carolina Vicencla de
Carvalho Pro*tes (au-
•ente). cumprem o dolo-
roso dever de participar
a todo* ON «teu* parente*
e ã* pe**oa* de «uaN re
laçòe*. que falleceu *eu
prêuadiftklmo marido,
pae. mo;t«, avo e irmáo
FranciNCO Rufino de Carr
valho Pro*te* que ha de
•er «epultado* hoje 6.
no cemiterio do Alto de
8. João, *aindoo prentito
fúnebre da parochial
egreja da Pena pela* 4
e mela horas da tarde.
Não havendo convite*
especlae*. esperam rom
tudo a fineza da compa
rencia a e*te acto» da*
pewsoas de suns rela-
çôe* e amizade.
Batalhão de enge
nheria
17AZ SE publico que até ao 1 dia 22 do corrente, pelas 12
e meia horas, em que terá logar
a sbertura das propostas em car-
ta fechada, se recebem estas pa-
ra o fornecimento de mil metros
cúbicos de cal com destinos ás
obras de defeza em CaxiaB. Os
coucorrentes devem apresentar
amostras de cal e fazer previa-
mente o deposito ce 80*000 réis. — 9
No mesmo dia d meia hora de-
pois ee procederá á abertura das
propostas que forem presentes ao
conselho do indicado corpo para
o fornecimento de 60:000 tijolos
d alrenario com destino á mesma obra. Os concorrentes devem ]
apresentar para amostra dois ti- :
jolos e fazer o deposito de 30*000
réis.
As condições estão patentes na
sala das sessões do mesmo con-
selho. ,
Quartel em Lisboa, 3 de maio
de 1884.
O secretario
João A. Xavier da Trindade
Tenente.
Sociedade anonyma
de responsabilidade limitada
Capilal réis G50:000$000
PREVINEM-SE os srs. accionistas de que o pagamento da 5.» 1 prestação na razão de 10 0/0 ou 5*000 réis por acção, deve ter
logar nos dias 21, 23 e 24 do corrente m^z de maio, nos seus es-
criptorios em Lisboa na rua da Prata, n.° 234, l.#, e no Porto na rua
de Sá Bandeira, n.# 217. Lisboa, 5 de maio, de 1884. ^ ,
Pela Companhia das Minas de Gondomar Os directores
Antonio Pereira Ferraz.
J. M. Pereira de Lima.
Companhia carris de ferro
de Lisboa
ES2A companhia venderá em leilão, convindo-lhe o preço offere-
cido, dentro da estacão em Santo Amai o, no dia 8 do corrente,
á 1 hora da tarde, 12 muares peninsulares.
Santo Amaro, 1 de maio de 1884. O chefe de serviço
J. P. Corrêa.
A venda dos bilhetes começa no
dia 3 e termina no dia 11 do cor-
rente, sendo validos para o re-
gresso por qualquer comboio até
ao dia 13 iDclusivé.
Não se concedem meios bilhe-
tes, nem transporte gratuito de
baeaffens.
Todo o bilhete encontrado em
outra data ou estação é reputado
sem valor, e o portador será con-
siderado como passageiro sem bi-
lhete.
As differenças por mudanças de
classe serão cobradas em confor-
midade com os preço da tarifa
geral.
Lisboa, 1 de maio de 1884.
O director
J. P. Tavares Trigueiro9.
Compagnis Havraise
Peninsulaire de Na-
vigation á vapeur
Para0ran,Alger
e Marselha por
tresbordo
O vapor EMMA, esperado do
Havre em 5 do corrente, sairá de-
pois de curta demora.
Para fretes e passagens, trata-
se com os consignatários
Juhel & Garay•
19, L. do Pelourinho 1.°.
The Pacific Steam Na-
vigation Company
Para Bordeaux
e Liverpool
O paquete
GALICIA
Espera-se de 7 a 8 do corrente.
Sara sair depois da indispensável
emora.
Para carga e passageiros tiata-
se no Caes do bodré, 64, 1.* 2
Os agentes
E. Pinto Basto & C.»
The Pacific Sisam Navigation Company
Para o Rio de Janeiro, Montevideo
BusQos-Ayrss, Valparaizo, Arica, ls!ays Callau
SAIKAO OS PAQUETES
Valparaiso a 13 de maio. | Galicla a 10 de junho.
«Araucania a 28 de maio | «Cotopaxl a 2o de junho.
#Os paquetes Araucania e Cotopaxi farão «scali Pug
naubuco e Bahia para onde só recebem malas t pass&goirof;
Faz-se abatimento áo familia* qne viajarem para 01 portei IQ
Brazil e Rio da Prata.
Na passagem de 3.* classe por estes magnifico! Yftpcrjf* (SttéQllfl
elnido vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.
A bordo ha eriadosr cosinheiros portugueses • nodicocj
Para oarga o panacea* trata-se com 01
Aj5«mt«íP
So Porto Eas TMho»
Vascê Ferreira Pinto Ba*lo0 R. Pisâi, .jok A Q*
Lareo d« S' Jofto Novo, 10. Omi Bodré. U l,t