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16.° anno UII«NAVUBÂ IMMf A 1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu. S mexes. 900 » Sitos nu 1." ptçin* 100 r*. iTuiso.. 10 » Corpo do Jornal 40 réus. Communicados e eutroa articoa contrita»-»* 1 na administraçle. Sbbado 7 de maio de 1887 AUIfiMIVBA MA» PBOTINCU» I meses pagamento adianUdo.....l*150 réis j ^iimavn 4 correspondência sobre administração a Bo-1 WIIDaiU drigo de Mello Carneiro Zacalto, traTessa da Qurimada, n.« 15. O aumero telepho- nico d'este jornal é 162. * > fir Enlaiitin subscriptores em cumprimento do contracto. f . Irresistível, como irresistível é o espectáculo de amanha: a Lili. " Bartholomeu Prospero Enfan tin, conhecido pelo nome de pêre Enfant in, grão-raestre da egreja industrial, fundana por Saint-Si- moo, nasceu em Paris no dia 8 de fevereiro de 1796 e morreu na mesma cidade no dia 31 de maio <le 1864. f Foi alamno da escola polyte- chnica, passou depois ao commer- cio, viajou como corretor de vi- nhos, esteve n uma casa bancaria em S. Petersburgo, e depois, voM Undo a Paris, empregou-se na feaixa hypothecaria. Quando rebentou a revolução de julho, Enfantin publicou uma proclamação em que reclamava a communidade dos bens, a sup- pressão da herança e a emanci- pação da mulher. Urganisou centros de propagan da em toda a França; nomeado um dos padres supremos, aspirou á supremacia. Queria fazer do saint simonismo uma seita reli- giosa de que se proclamou o mes- sias. A policia dissolveu a associa ção, com a qual Enfantin gastara todos os seus haveres e muitos milhares de francos quepedira emprestados. No entanto não des- animou, e passando para Ménil- montant estabeleceu ali uma asso- ciação modélo, especie de con- vento, que eile governava como um prelado, e de que faziam par- te alguas homens que depois se tornaram distinctissimos nas le- tras, nas sciencias ou nas artes. A policia interveiu de novo e En- fantin foi preso. Quando foi solto, o seu grupo achava-se disperso; no entanto ainda levou alguas dos da asso- ciação ao Egypte, ende queria formar as condições economicas do paiz. Voltando vencido, deveu o não passar o resto dos seus dias ao abrigo da miséria á dedicação de alguns antigos amigos que tinham seguido a vida por caminho regu- lar. __gjjjji Indicações theatraes Tbeatro da Trindade E' hoje aquelle estupendo espe- ctáculo tão ardentemente deseja- do, e composto do Ultimo figurine, que se não valesse por si valeria pelas peteneras cantadas por Anna Pereira; de Boas noites, sr. D. Si- mão, explendidamente representa- do por Leoni, e do Procopio Baeta, uma peça que leva as lam- pas ao celebre Baile de creados, um espectáculo como não ha ou- tro. # €iymna»io Os mais exigentes são os pri- meiros a confessar que não po- dem passar uma noite sem assis- tir aos espectáculos da companhia hespanhola. Nada como uma zar- ala Colyneu Hoje veste-se de gala o Colyseu. E' a noite dedicada a Henrique Diaz, aquelle sympathico rapaz, que é o director da companhia, e que tem conseguido fazer-se ad- mirar pela sua habilidade. Comquanto para que se encha o circo basta o nome do benefi- ciado, sempre diremos que ha quatro novidades—O Fidalgo, Ca- vallo amestrado em liberdade por Henrique Diaz,—A escada japone- za,—Vol au vent, cavallo saltador —O grande salto da batalha. Uma noite cheia. Falsificação A policia da 2.* divisão foi pre- venida hontem de que acabava de se reconhecer que fora levantado da caixa geral dos depositos a quantia de 'l20£000 réis, por meio de falsificação. O caso deu-se assim: Na caixa estava depositada aquella quantia ã ordem do admi- nistrador do Barreiro e prove- nientes d'umas custas de proces- sos. Ernesto Canede, homem de seus quarenta annos, que foi es- crivão de fazenda naquella locali- dade, e que ha tempo foi demitti- do por alcance, sabendo da exis- tência d'aquelle deposito e qual o jroGesso empregado para elle ser .evantado, pensou na maneira de se apoderar do dinheiro. Desempregado, individado, falto de recursos, teve aqaella tentação e pôl-a em pratica. Redigiu a carta precatória, fal- sificando a asôignatura do admi- nistrador, conseguiu d'alguma for- ma alcançar o sello da adminis- tração, e carecendo d'um recibo e houve-o illudindo um pobre ho- mem, que praticou ura crime quando julgava apenas fazer um obsequio. Este ultimo individuo é um commerciante honesto, muito bem conceituado que está agora sendo incommodado devido á sua bondade. Devidamente prevenido com os documentos necessários, levantou a quantia, e passaria a salvo se uma serie de circumstancias não o denunciassem. Apiesentaram-se hontem na cai- xa de depositos os indivíduos a quem o dinheiro de direito per- tencia, munidos da carta precató- ria do administrador. O dinheiro tinha sido levan- tado portanto tratou-se de saber qual fôra o falsificador. Aqui a sorte de Canedo quiz que o indi- viduo que assignára o recibo fosse conhecido na caixa de depositos Mais não foi preciso para que a policia se puzesse no encalço do criminoso. A porta da sua casa foi vigiada até ás o horas da tarde de hontem. A's'4 horas porém era o accusado preso na e.-tação do caminho de ferro pelo proprio commissario da 2.* divisão, o sr. dr. Pedroso Li- A' roda do Figaro Um admirador do Hamlet lendo alguns trechos a dama dos seus pensamentos, deu.com esta phra- se: «Se é forçoso que cases, esco- lhe um tolo.» . —E' essa a tua opinião?—per- gunta ella. —E' sim, menina,—concordou o apaixonado mancebo. D'ahi a poucos mezes casaram. O author de uma arithmetica envia a sua obra a um individuo. D'ali a dias encontra-se com elle. —Recebi o seu livro,—diz-lhe o individuo com ares protectores,— o li todo; achei-o excellente, tem muito interesse; o que é pena é ter tantos algarismos. Feira e tourada» em Badajoz Nos dias 11 e 12 do corrente tem logar em Badajoz a grande feira annual e as concorridas tou- radas onde costumam trabalhar os melhores toureiros do reino; visinho. Ha bilhetes de ida e volta a preços reduzidos entre varias es taçõesdos caminhos de ferro por- tuguezes e Elvas. Tomam parte nas touradas, se- gundo annunciam os cartazes, os bandarilheiros hespanhoes de maior nomeada. Camas novas em Portugal COLCHÕES AMERICANOS DE ARAME 2i5, rua da prata, 217 Fe»ta da» Cruies em Barcello» Lô-se na Aurora do Cavado de 4 do corrente: «O dia tempestuoso que esteve em 2 do corrente, segunda feira, afastou muita gente de vir a esta villa passar os dias da festividade e feira das Cruzes, e fez com que ella não fosse muito concorrida no dia de hontem, o principal da feira, não obstante o tempo se apresentar excellente. E' porém para crer que, se elle assim continuar, no dia d'amanhã, por coincidir com o do mercado semanal, será grande o concurso de povo á feira. Esta não apresenta o aspecto variado e animado de outros an- nos, sendo mais reduzido do que nos annos anteriores o numero de barracas. Também não ha divertimentos por onde distrahir-se a pasmacei- ra. High-life Uma indu»trio»a Sua Alteza a Princeza Real recebe todas as terças feiras, das duas ás quatro horas da tarde, todas as pes- soas que lhe tenham sido apresen- tadas. # * # Fazem ámanhã annos as ex. m * sr.": D. Maria Adelaide da Cunha. D. Leonor Paes. D. Maria Eufemia Damasio. D. Maria da Piedade dos Reis Far- to. D. Rita Fuschini. I E os srs.: ' Marquez de Pomares. Visconde de Bucellas D. Luiz de Mascarenhas. Francisco Pinto Coelho. General Antonio de Azevedo e Cunha. Antonio Maria da Silva Leão (Al- j mofai la). Faz hoje annos a ex. sr.* D. Maria Benedicta Toscano Vaz, filha do dr. Damião Salvador Vaz. ENFANTIN GRANDE BARATEZA SE1PRB NOVIDAI IU Objecto» para brinde» OBRIYESAMA bua mu de lSOOO réi» para cimi V.» SOARES «FILHO H m w m w »» w j w ^ mm » w - ma, que conhecendo Canede, ali foi de proposlto para o mandar deter, no caso d'elle intentar sair de Lisboa por aquella via. zuela e melhor do que ella um bailado com castanholas e tudo mais que é preciso para que a cabeça ande á roda. , t ---. E' o caso de dizer: de manhã |chando umas bagagens anda á roda a ioteria de Hespa- nha e á noite andam á roda as hespanholas no Gyranasio n'um endiabrado bailado. E Dita la gradai Quando foi preso estava despa- b; Roubo Hontem cantou-se entre outras zarzuelas El bazar de Novias, em que a senorita Josephina Moreno, tem um papel importante. A sua figura engraçada e mignonne faz com que Moreno, represente toda esta zarzuela com bastante espi- rito. Tbeatro do» Recreio» Hoje temos o esplendido vau- deville Nitouche, havendo meios preços para os srs. accionistas e Foi hontem preso na rua do Sa- litre José Bernardino Pereira por ser accusado de convivência com um tal Ornellas que está preso no roubo de tabacos a companhia Wimer. ^_____ A Martyr Obteve um grande êxito o cele- bre drama de D'Ennery a Martyr, * % * V A que a companhia do Baquet aca ba de representar em Coimbra A companhia portuense vai repre- sentar a Martyr a Aveiro, Guima- rães, Vianna e Braga, onde é an- ciosamente esperada a famosa pe- ça, que conta as recitas pelas ova- ções. O prolongamento da linba de Cintra Está annunciada para o dia 9 do corrente, a abertura da linha de Lisboa a Torres Vedras., uni- camente para o serviço de merca- dorias em pequena volocidade. Esta linha comprehende alem das estações de Alcantara, Bemfi- ca, Porcalhota, Queluz, Bellas, Ca- cem e Cintra, as Sabuga, Mal- veira, Pero Negro, Dois Portos, Runa e Torres Vedras. Touro» Amanhã é finalmente que se realisa a esplendida corrida de touros tão anciosamente esperada pelos nossos aficionados, e em que toma parte o insigne espada José Campos, Polio, e os bandarilheiros hespanhoes M. Campos e Antol- lin. - 1 Os preços são os usuaes. A venda de bilhetes tem sido I enorme, o que não admira, por- que é irresistível a esplendida corrida. Foi agraciada com o titulo de baroneza de Paulo Cordeiro a sr. a D. Adelaide Cordeiro de Sousa Pereira de Araujo. Os empregados da Estação Te- legraphica Principal, commemo- rando a promoção a 1.° official do seu digníssimo chefe o sr. João Henrique dos Santos, oITertaram- lhe hontem um lindíssimo estojo contendo todos os pertences para escripta, obra de finisimo gosto artístico, em prata e ouro. Coimbra Recita dos quintanistas Realisa-se, 110 dia 48 do corren- te mez a primeira recita do curso do quinto anno jurídico. A peça, original de Carlos Bra- ga e Angelo Ferreira, dois bellos rapazes, cheios de talento e conhecidos no mundo litterario, por algumas publicações de no- me—intitula-se: A fonte da Sabe- doria, operetta em 3 actos, que a uma dição litleraria, allia uma delicada* critica relativa a alguns acontecimentos da vida académi- ca coimbrã. A assignatura dos camarotes ja está coberta o que concorrerá de- certo para que aquella tradiccio- nal festa seja enthusiastica. Guilhermina Adelaide Couto Mello Araujo e Cepa, professora de piano e bordados, entregava-se a uma industria muito criminosa, mas devia produzir-lhe alguns re- sultados. Acompanhada de um filho de 12 annos, José Antonio d'Araujo Cepa, percorria vários estabeleci- mentos de objectos antigos e ou- rivesaria. Escolhia, dizendo que fora en- carregada da escolha por uma pessoa d'alta posição e saia. O pequeno, durante a escolha, ajuste, etc., ia mettendo na algi- beira algumíobjecto de valor. Se o dono do estabelecimento dava pelo furto, a mulher ralhava com o filho, chegando mesmo a bater- lhe, mostrando se- muito indigna- da, pedia desculpa, e retirava-se em paz. Quando não davam pela maroteira punha-se a andar tendo feito um bom negocio. Ha dias subtrahiu um sinete d'agatha com encrustaçoes de prata dourada no valor de 5 libras, do basar do sr. Coimbra, na rua do Alecrim, indo vendel-o ao sr. Abranches, ourives, por 3£000 réis, ficando de ir no dia irame- diato para fazer venda de uma medalha e outros objectos que disse estarem empenhados e que eram de uma senhora muito no- bre. . O sr. Coimbra fez queixa a poli- cia, sendo encarregado o cabo Loureiro de averiguar o caso. Este agente foi encontrar o si- nete a que acima nes referimos na loja do sr. Abfanches. Guilhermina voltou á loja, como prometteu, e o cabo 19 que es- tava combinado com o logista, foi avisado capturando a professora. Foi apalpada por uma mulher no governo civil sendo-lhe encon- trada uma cautella do monte-pio geral onde empenhára um alfinete de ouro cora brilhantes, que se presume ter sido roubado. Ha dias os donos dos estabele- cimentos de ourives das ruas Lar- ga de S. Roque e D. Pedro V sur- prehenderam o filho da accusada a subtrahir abjectos em uma d'a- quellas casas. Guilhermina é uma mulher bem vestida e sympathica. no»»o» pobre» Não tem sido debalde appelar- mos para os corações bondosos dos nossos leitores e se mais uma vez vamos implorar a sua protec- ção é porque os quadros que va- mos apresentar sao dignos de e commiseração. Maria da Nazareth, viuva, com quatro filhos menores moradora na rua da Gloria á Graça n.° 26 loja, e Antonto Francisco Rebora- bo Guedes, de 60 annos, casado e com quatro filhas, morador 'narua do Terreirinho n.° 48, 1.°, vivem na maior miséria. Uma esmola para estas infeli- zes famílias. Fez hontem annos o sr. Carlos de Franciosi Costa. * w Chegou ao Porto a sr.• Viscondes- sa de Negrellos. —Está no Porto o sr. Barao de Fonte Bella. Concertos clássicos Effectuou-se na quarta feira o 3 ° concerto' da Associação Musi- ca 24 de Junho, sob a direcção do exímio maestro allemão Ernest Rudorff. Todos os números foram execu- tados magistralmente, sendo bisa- dos: O Orpheu e Eurydice, dança das fúrias, dois trechos muito caracteriscos de effeitos brilhan- tíssimos e extremamente oppos- tos; a Marcha Turca, um pequeno trecho humorístico, de Beethoven; o allegretto scherzando da 8." sym- phonia de Beethoven, ouvida pela primeira vez em Lisboa e que, pela sua admiravel execução, me- receu enthusiasticos applausos á orchestra, e andante do quartet- to em ré, de Pedro Tchaikowsky, aue faz honra ao auctor. Ernst Rudorff teria firmado a sua reputação como director de concertos clássicos, se não fossem sobejamente conhecidos os seus merecimentos como compositor e como regente. A direcção da 8.* symphonia de Beethoven é um dos melhores attestados da sua muita intelligencia e do seu gran- de mérito. Ernst Rudorff estava enthusiasmado pela magnifica execução, e era tal o seu conten- tamento, que no fim da 2.* parte abraçou alguns dos executantes. Ante-hontem, antes de começar 0 ensaio para o novo concerto, dirigiu-se a orchestra, dizendo: «que não podia deixar de signi- ficar-lhe a sua satisfação pela ma- , neira brilhante como fôra executa- do todo o concerto da vespera es- pecialisando a ouverture da opera 1 Obéron que se não tocava melhor era Berlim, Paris e Londres e que se orgulhava de se apresentar pela primeira voz diante de um publi- co illustrado, como o de Lisboa, á frente de músicos como os da As- sociação 24 de Junho». E' aqui, a nosso ver, que está o verdadeiro elogio áquella asso- ciação, que de dia para dia revela o seu progresso, a ponto de a pôr a par das melhores orchestras do mundo. A'manhã realisa-se o 4.° con- certo e o prograrama consta, a pedido, da repetição da 8.* sym- phonia, de alguns dos números bisados no ultimo concerto e de mais 3 peças novas. Parece-nos não ser preciso di- zer mais para que a casa se en- cha. CABELLEIREIRA, penteia avulso e de partido• Rua de Santa Martha, 46, 4.° andar•

DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1887-05-07/j-1244-g_1887-05-07_item2/j...16.° anno UII«NAVUBÂ IMMf A 1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu. S mexes

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16.° anno

UII«NAVUBÂ ■■ IMMf A

1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu.

S mexes. 900 » Sitos nu 1." ptçin* 100 r*. iTuiso.. 10 » Corpo do Jornal 40 réus.

Communicados e eutroa articoa contrita»-»* 1 na administraçle.

Sbbado 7 de maio de 1887

AUIfiMIVBA MA» PBOTINCU»

I meses pagamento adianUdo.....l*150 réis j ^iimavn

4 correspondência sobre administração a Bo-1 WIIDaiU

drigo de Mello Carneiro Zacalto, traTessa da

Qurimada, n.« 15.

O aumero telepho-

nico d'este jornal é

162.

*■> fir

Enlaiitin

subscriptores em cumprimento do

contracto. f .

Irresistível, como irresistível é

o espectáculo de amanha: a Lili.

" Bartholomeu Prospero Enfan

tin, conhecido pelo nome de pêre

Enfant in, grão-raestre da egreja

industrial, fundana por Saint-Si-

moo, nasceu em Paris no dia 8

de fevereiro de 1796 e morreu na

mesma cidade no dia 31 de maio

<le 1864. f

Foi alamno da escola polyte-

chnica, passou depois ao commer-

cio, viajou como corretor de vi-

nhos, esteve n uma casa bancaria

em S. Petersburgo, e depois, voM

Undo a Paris, empregou-se na

feaixa hypothecaria.

Quando rebentou a revolução

de julho, Enfantin publicou uma

proclamação em que reclamava a

communidade dos bens, a sup-

pressão da herança e a emanci-

pação da mulher.

Urganisou centros de propagan

da em toda a França; nomeado

um dos padres supremos, aspirou

á supremacia. Queria fazer do

saint simonismo uma seita reli-

giosa de que se proclamou o mes-

sias.

A policia dissolveu a associa

ção, com a qual Enfantin gastara

todos os seus haveres e muitos

milhares de francos quepedira

emprestados. No entanto não des-

animou, e passando para Ménil-

montant estabeleceu ali uma asso-

ciação modélo, especie de con-

vento, que eile governava como

um prelado, e de que faziam par-

te alguas homens que depois se

tornaram distinctissimos nas le-

tras, nas sciencias ou nas artes.

A policia interveiu de novo e En-

fantin foi preso.

Quando foi solto, o seu grupo

achava-se disperso; no entanto

ainda levou alguas dos da asso-

ciação ao Egypte, ende queria

formar as condições economicas

do paiz.

Voltando vencido, deveu o não

passar o resto dos seus dias ao

abrigo da miséria á dedicação de

alguns antigos amigos que tinham

seguido a vida por caminho regu-

lar. __gjjjji

Indicações theatraes

Tbeatro da Trindade

E' hoje aquelle estupendo espe-

ctáculo tão ardentemente deseja-

do, e composto do Ultimo figurine,

que se não valesse por si valeria

pelas peteneras cantadas por Anna

Pereira; de Boas noites, sr. D. Si-

mão, explendidamente representa-

do por Leoni, e do Procopio

Baeta, uma peça que leva as lam-

pas ao celebre Baile de creados,

um espectáculo como não ha ou-

tro.

#

€iymna»io

Os mais exigentes são os pri-

meiros a confessar que não po-

dem passar uma noite sem assis-

tir aos espectáculos da companhia

hespanhola. Nada como uma zar-

ala

Colyneu

Hoje veste-se de gala o Colyseu.

E' a noite dedicada a Henrique

Diaz, aquelle sympathico rapaz,

que é o director da companhia, e

que tem conseguido fazer-se ad-

mirar pela sua habilidade.

Comquanto para que se encha

o circo basta o nome do benefi-

ciado, sempre diremos que ha

quatro novidades—O Fidalgo, Ca-

vallo amestrado em liberdade por

Henrique Diaz,—A escada japone-

za,—Vol au vent, cavallo saltador

—O grande salto da batalha.

Uma noite cheia.

Falsificação

A policia da 2.* divisão foi pre-

venida hontem de que acabava de

se reconhecer que fora levantado

da caixa geral dos depositos a

quantia de 'l20£000 réis, por meio

de falsificação.

O caso deu-se assim:

Na caixa estava depositada

aquella quantia ã ordem do admi-

nistrador do Barreiro e prove-

nientes d'umas custas de proces-

sos.

Ernesto Canede, homem de

seus quarenta annos, que foi es-

crivão de fazenda naquella locali-

dade, e que ha tempo foi demitti-

do por alcance, sabendo da exis-

tência d'aquelle deposito e qual o

jroGesso empregado para elle ser

.evantado, pensou na maneira de

se apoderar do dinheiro.

Desempregado, individado, falto

de recursos, teve aqaella tentação

e pôl-a em pratica.

Redigiu a carta precatória, fal-

sificando a asôignatura do admi-

nistrador, conseguiu d'alguma for-

ma alcançar o sello da adminis-

tração, e carecendo d'um recibo

e houve-o illudindo um pobre ho-

mem, que praticou ura crime

quando julgava apenas fazer um

obsequio. Este ultimo individuo é

um commerciante honesto, muito

bem conceituado que está agora

sendo incommodado devido á sua

bondade.

Devidamente prevenido com os

documentos necessários, levantou

a quantia, e passaria a salvo se

uma serie de circumstancias não

o denunciassem.

Apiesentaram-se hontem na cai-

xa de depositos os indivíduos a

quem o dinheiro de direito per-

tencia, munidos da carta precató-

ria do administrador.

O dinheiro tinha já sido levan-

tado portanto tratou-se de saber

qual fôra o falsificador. Aqui a mà

sorte de Canedo quiz que o indi-

viduo que assignára o recibo fosse

conhecido na caixa de depositos

Mais não foi preciso para que a

policia se puzesse no encalço do

criminoso.

A porta da sua casa foi vigiada

até ás o horas da tarde de hontem.

A's'4 horas porém era o accusado

preso na e.-tação do caminho de

ferro pelo proprio commissario da

2.* divisão, o sr. dr. Pedroso Li-

A' roda do Figaro

Um admirador do Hamlet lendo

alguns trechos a dama dos seus

pensamentos, deu.com esta phra-

se: «Se é forçoso que cases, esco-

lhe um tolo.» .

—E' essa a tua opinião?—per-

gunta ella.

—E' sim, menina,—concordou o

apaixonado mancebo.

D'ahi a poucos mezes casaram.

O author de uma arithmetica

envia a sua obra a um individuo.

D'ali a dias encontra-se com elle.

—Recebi o seu livro,—diz-lhe o

individuo com ares protectores,—

já o li todo; achei-o excellente,

tem muito interesse; o que é pena

é ter tantos algarismos.

Feira e tourada»

em Badajoz

Nos dias 11 e 12 do corrente

tem logar em Badajoz a grande

feira annual e as concorridas tou-

radas onde costumam trabalhar

os melhores toureiros do reino;

visinho.

Ha bilhetes de ida e volta a

preços reduzidos entre varias es

taçõesdos caminhos de ferro por-

tuguezes e Elvas.

Tomam parte nas touradas, se-

gundo annunciam os cartazes, os

bandarilheiros hespanhoes de

maior nomeada.

Camas novas em Portugal

COLCHÕES AMERICANOS DE ARAME

2i5, rua da prata, 217

Fe»ta da» Cruies

em Barcello»

Lô-se na Aurora do Cavado de

4 do corrente:

«O dia tempestuoso que esteve

em 2 do corrente, segunda feira,

afastou muita gente de vir a esta

villa passar os dias da festividade

e feira das Cruzes, e fez com que

ella não fosse muito concorrida

no dia de hontem, o principal da

feira, não obstante o tempo se

apresentar excellente.

E' porém para crer que, se elle

assim continuar, no dia d'amanhã,

por coincidir com o do mercado

semanal, será grande o concurso

de povo á feira.

Esta não apresenta o aspecto

variado e animado de outros an-

nos, sendo mais reduzido do que

nos annos anteriores o numero

de barracas.

Também não ha divertimentos

por onde distrahir-se a pasmacei-

ra.

High-life

Uma indu»trio»a

Sua Alteza a Princeza Real recebe

todas as terças feiras, das duas ás

quatro horas da tarde, todas as pes-

soas que lhe tenham sido apresen-

tadas.

# * #

Fazem ámanhã annos as ex.m*

sr.":

D. Maria Adelaide da Cunha.

D. Leonor Paes.

D. Maria Eufemia Damasio.

D. Maria da Piedade dos Reis Far-

to.

D. Rita Fuschini.

I E os srs.: • '

Marquez de Pomares.

Visconde de Bucellas

D. Luiz de Mascarenhas.

Francisco Pinto Coelho.

General Antonio de Azevedo e

Cunha.

Antonio Maria da Silva Leão (Al-

j mofai la).

Faz hoje annos a ex.™ sr.* D.

Maria Benedicta Toscano Vaz, filha

do dr. Damião Salvador Vaz.

ENFANTIN

GRANDE BARATEZA

SE1PRB NOVIDAI IU

Objecto» para brinde»

OBRIYESAMA

bua mu de lSOOO réi» para cimi

V.» SOARES

«FILHO

H • m w m w »» w j w ^ mm » w - — —

ma, que conhecendo Canede, ali

foi de proposlto para o mandar

deter, no caso d'elle intentar sair

de Lisboa por aquella via.

zuela e melhor do que ella só um

bailado com castanholas e tudo

mais que é preciso para que a

cabeça ande á roda. , t ---.

E' o caso de dizer: de manhã |chando umas bagagens

anda á roda a ioteria de Hespa-

nha e á noite andam á roda as

hespanholas no Gyranasio n'um

endiabrado bailado.

E Dita la gradai

Quando foi preso estava despa-

b;

Roubo

Hontem cantou-se entre outras

zarzuelas El bazar de Novias, em

que a senorita Josephina Moreno,

tem um papel importante. A sua

figura engraçada e mignonne faz

com que Moreno, represente toda

esta zarzuela com bastante espi-

rito.

Tbeatro do» Recreio»

Hoje temos o esplendido vau-

deville Nitouche, havendo meios

preços para os srs. accionistas e

Foi hontem preso na rua do Sa-

litre José Bernardino Pereira por

ser accusado de convivência com

um tal Ornellas que já está preso

no roubo de tabacos a companhia

Wimer. ^_____

A Martyr

Obteve um grande êxito o cele-

bre drama de D'Ennery a Martyr, • * % * V A —

que a companhia do Baquet aca

ba de representar em Coimbra

A companhia portuense vai repre-

sentar a Martyr a Aveiro, Guima-

rães, Vianna e Braga, onde é an-

ciosamente esperada a famosa pe-

ça, que conta as recitas pelas ova-

ções.

O prolongamento

da linba de Cintra

Está annunciada para o dia 9

do corrente, a abertura da linha

de Lisboa a Torres Vedras., uni-

camente para o serviço de merca-

dorias em pequena volocidade.

Esta linha comprehende alem

das estações de Alcantara, Bemfi-

ca, Porcalhota, Queluz, Bellas, Ca-

cem e Cintra, as Sabuga, Mal-

veira, Pero Negro, Dois Portos,

Runa e Torres Vedras.

Touro»

Amanhã é finalmente que se

realisa a esplendida corrida de

touros tão anciosamente esperada

pelos nossos aficionados, e em que

toma parte o insigne espada José

Campos, Polio, e os bandarilheiros

hespanhoes M. Campos e Antol-

lin. - 1

Os preços são os usuaes.

A venda de bilhetes tem sido

I enorme, o que não admira, por-

que é irresistível a esplendida

corrida.

Foi agraciada com o titulo de

baroneza de Paulo Cordeiro a sr.a

D. Adelaide Cordeiro de Sousa

Pereira de Araujo.

Os empregados da Estação Te-

legraphica Principal, commemo-

rando a promoção a 1.° official do

seu digníssimo chefe o sr. João

Henrique dos Santos, oITertaram-

lhe hontem um lindíssimo estojo

contendo todos os pertences para

escripta, obra de finisimo gosto

artístico, em prata e ouro.

Coimbra

Recita dos quintanistas

Realisa-se, 110 dia 48 do corren-

te mez a primeira recita do curso

do quinto anno jurídico.

A peça, original de Carlos Bra-

ga e Angelo Ferreira, dois bellos

rapazes, cheios de talento e já

conhecidos no mundo litterario,

por algumas publicações de no-

me—intitula-se: A fonte da Sabe-

doria, operetta em 3 actos, que a

uma dição litleraria, allia uma

delicada* critica relativa a alguns

acontecimentos da vida académi-

ca coimbrã.

A assignatura dos camarotes ja

está coberta o que concorrerá de-

certo para que aquella tradiccio-

nal festa seja enthusiastica.

Guilhermina Adelaide Couto

Mello Araujo e Cepa, professora

de piano e bordados, entregava-se

a uma industria muito criminosa,

mas devia produzir-lhe alguns re-

sultados.

Acompanhada de um filho de

12 annos, José Antonio d'Araujo

Cepa, percorria vários estabeleci-

mentos de objectos antigos e ou-

rivesaria.

Escolhia, dizendo que fora en-

carregada da escolha por uma

pessoa d'alta posição e saia.

O pequeno, durante a escolha,

ajuste, etc., ia mettendo na algi-

beira algumíobjecto de valor. Se o

dono do estabelecimento dava

pelo furto, a mulher ralhava com

o filho, chegando mesmo a bater-

lhe, mostrando se- muito indigna-

da, pedia desculpa, e retirava-se

em paz. Quando não davam pela

maroteira punha-se a andar tendo

feito um bom negocio.

Ha dias subtrahiu um sinete

d'agatha com encrustaçoes de

prata dourada no valor de 5 libras,

do basar do sr. Coimbra, na rua

do Alecrim, indo vendel-o ao sr.

Abranches, ourives, por 3£000

réis, ficando de ir no dia irame-

diato para fazer venda de uma

medalha e outros objectos que

disse estarem empenhados e que

eram de uma senhora muito no-

bre. .

O sr. Coimbra fez queixa a poli-

cia, sendo encarregado o cabo

Loureiro de averiguar o caso.

Este agente foi encontrar o si-

nete a que acima nes referimos

na loja do sr. Abfanches.

Guilhermina voltou á loja, como

prometteu, e o cabo 19 que já es-

tava combinado com o logista, foi

avisado capturando a professora.

Foi apalpada por uma mulher

no governo civil sendo-lhe encon-

trada uma cautella do monte-pio

geral onde empenhára um alfinete

de ouro cora brilhantes, que se

presume ter sido roubado.

Ha dias os donos dos estabele-

cimentos de ourives das ruas Lar-

ga de S. Roque e D. Pedro V sur-

prehenderam o filho da accusada a

subtrahir abjectos em uma d'a-

quellas casas.

Guilhermina é uma mulher bem

vestida e sympathica.

O» no»»o» pobre»

Não tem sido debalde appelar-

mos para os corações bondosos

dos nossos leitores e se mais uma

vez vamos implorar a sua protec-

ção é porque os quadros que va-

mos apresentar sao dignos de dó

e commiseração.

Maria da Nazareth, viuva, com

quatro filhos menores moradora

na rua da Gloria á Graça n.° 26

loja, e Antonto Francisco Rebora-

bo Guedes, de 60 annos, casado e

com quatro filhas, morador 'narua

do Terreirinho n.° 48, 1.°, vivem

na maior miséria.

Uma esmola para estas infeli-

zes famílias.

Fez hontem annos o sr. Carlos

de Franciosi Costa.

* w

Chegou ao Porto a sr.• Viscondes-

sa de Negrellos.

—Está no Porto o sr. Barao de

Fonte Bella.

Concertos clássicos

Effectuou-se na quarta feira o

3 ° concerto' da Associação Musi-

ca 24 de Junho, sob a direcção

do exímio maestro allemão Ernest

Rudorff.

Todos os números foram execu-

tados magistralmente, sendo bisa-

dos: O Orpheu e Eurydice, dança

das fúrias, dois trechos muito

caracteriscos de effeitos brilhan-

tíssimos e extremamente oppos-

tos; a Marcha Turca, um pequeno

trecho humorístico, de Beethoven;

o allegretto scherzando da 8." sym-

phonia de Beethoven, ouvida pela

primeira vez em Lisboa e que,

pela sua admiravel execução, me-

receu enthusiasticos applausos

á orchestra, e andante do quartet-

to em ré, de Pedro Tchaikowsky,

aue faz honra ao auctor.

Ernst Rudorff teria firmado a

sua reputação como director de

concertos clássicos, se não fossem

sobejamente conhecidos os seus

merecimentos como compositor e

como regente. A direcção da 8.*

symphonia de Beethoven é um

dos melhores attestados da sua

muita intelligencia e do seu gran-

de mérito. Ernst Rudorff estava

enthusiasmado pela magnifica

execução, e era tal o seu conten-

tamento, que no fim da 2.* parte

abraçou alguns dos executantes.

Ante-hontem, antes de começar

0 ensaio para o novo concerto,

dirigiu-se a orchestra, dizendo:

«que não podia deixar de signi-

ficar-lhe a sua satisfação pela ma-

, neira brilhante como fôra executa-

do todo o concerto da vespera es-

pecialisando a ouverture da opera

1 Obéron que se não tocava melhor

era Berlim, Paris e Londres e que

se orgulhava de se apresentar pela

primeira voz diante de um publi-

co illustrado, como o de Lisboa, á

frente de músicos como os da As-

sociação 24 de Junho».

E' aqui, a nosso ver, que está

o verdadeiro elogio áquella asso-

ciação, que de dia para dia revela

o seu progresso, a ponto de a pôr

a par das melhores orchestras do

mundo.

A'manhã realisa-se o 4.° con-

certo e o prograrama consta, a

pedido, da repetição da 8.* sym-

phonia, de alguns dos números

bisados no ultimo concerto e de

mais 3 peças novas.

Parece-nos não ser preciso di-

zer mais para que a casa se en-

cha.

CABELLEIREIRA, penteia

avulso e de partido• Rua de

Santa Martha, 46, 4.° andar•

Page 2: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1887-05-07/j-1244-g_1887-05-07_item2/j...16.° anno UII«NAVUBÂ IMMf A 1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu. S mexes

DIÁRIO ILLUSTRADO

Resposta ao

discurso da Coròa

IV

Com pasmo, com admiração,

com a mais justificável estranhe-

za vimos hontem na cam ara dos

senhores deputados o sr.

Barrow CiomeN

a defender, durante toda a sessão,

os interesses de Roma e da Pro-

paganda Fide contra os interesses

do paiz na questão da concordata!

Por vezes fez os seus períodos

vulgares, de effeito rhetorico,

fallando das nossas tradicçõas glo-

riosas, mas só para mais eviden

temente demonstrar que as tinha

esqpecido!

Primeiramente, fingindo que

respondia ao sr. Dias Ferreira,

fez o elogio das missões. Ora nem

o illustre deputado da opposição

nem pessoa alguma tinha desco-

nhecido esses serviços. Ninguém!

De modo que as suas considera-

ções não podem ser avaliadas em

mais do que em um sermão que

lhe não havia sido encommenda-

do.

Depois poz em parallelo, não

sabemos se para nos envergo-

nhar, as circumstancias da Pro-

paganda e as nossas. Nunca

os seus mais fervorosos adep-

tos fizeram maior elogio da asso

ciação criada em 4627 para pro

Eigar a fé em terras pagans, esco

endo aliaz para essa propaganda

os domínios onde de ha muito os

portuguezes haviam hasteado

bandeira cruz! E' extraordinário!

Aproximando-se um poucochi-

nho do assumpto, ao passo que

affrontava o sr. Dias Ferreira,

chamando-lhe ignorante, embru-

lhava-se em considerações vagas

para demonstrar que o facto de

ficarmos só com o exercido e não

com o direito do padroado era de

somenos importancia, que não va-

lia cousa alguma!

No entanto, com um procedi-

mento incorrectissime, ia sempre

escudando-se atraz do sr. Martens

Ferrão, eobrindo-se com e il-

lustre estadista, como se alguém

tratasse de mais alguma cousa do

Sue deapurar as responsabilidades

o ministro des negocios estran-

geires em especial e do governo

©m geral!

Ainda ministro algum em Por-

tugal, tratando de justificar os

seus actos, procedeu de simi-

lhante forma!

Antes de dizer ao presidente da

camara que lhe reservasse a pa-

lavra para ámanbã, para continuar

as suas divagações, confessou se

reaccionário, como que em res-

posta ao nosso jornal. E' de certo

por esta qualidade que o sr. Nun

cio lhe foi cair nos braços ao fin-

dar a sessão de quinta feira! E de

ser reaccionário tirou argumente

para dizer que era o mais pro-

prio para negociar com Roma!!

De certo que sim, para tratados

leoninos, tanto mais com a com-

prehensão que s. ex * confessou

ter com respeito ás pretenções de

Portugal: é uma nação pequena,

não pode ter o capricho de fazer

vingar os seus direitos, deve con-

tentar-se com o que lhe derem,

com o que lhe reconhecerem, com

a esmolfa com que lhe atirarem!

Simplesmente vergonhoso!

Hoje deve fallar o sr. Julio de

Vilhena. Consta-nos que o sr.

marquez de Thomar tomará a pa-

lavra na camara dos dignos pares

para discutir a importantíssima

questão.

A voz de s. ex.", o notável es-

tadista do período de maior ener-

gia na politica portugueza, é aguar-

dada com grande anciedade. A ge-

ração moderna, que nunca o ou-

viu, espera anciosamente a ses-

são em que o digno par falle

cora aquella auctoridade que lhe

dão a sua intelligencia e larguís-

sima observação.

Noticias do parlamento

Camara dou pare»

Tomaram assento, prestando ju-

ramento, os srs. Adriano Machado,

José Tibério e visconde de Benal-

canfor.

—Foram eleitas as commissões

de instrucção, ultramar, adminis-

tração e obras publicas

Camara doa deputado»

Presteu juramento o sr. D. Jor-

ge de Mello.

—O sr. Avellar Machado pediu

explicações aos srs. ministros do

reino e estrangeiros sobre o facto

inaudito de um hespanhol, de no-

Almoeno, ter sido preso como re-

fractário, e retido na cadeia du-

rante 3 mezes, contra as expres-

sas disposições dos artigos 4.°, 6/

e 12.° e art. 3.° das convenções de

extradicção, reconhecendo-se de-

pois que ta! individuo não estava

incurso no delicto que lhe atri-

buíam.

Alabardeíros de Sagasta!

Com grande pasmo da camara

Pelo estrangeiro

TELEGRAMAS

Tremore* de terra

New-York, 5, L

O tremor de terra annunciado foi

os ministros disseram que tinham também sentido desde a California

idóas vagas ácerca do assumpto ao Mexico. Perto de Tuscon es-

e que tratariam de se habilitar a 25s. pr0"

dar a rpsnrKta! ximidades de Bentson, Arizona, re-

íi cp TqIvoím a* v,o.«n «! bentaram do solo entre-aberto enor- 0 sr. Teixeira de \ asconcel- mes columnas de agua; e côrca de

los apresentou um projecto de lei, Tomstone esgotou-se em 20 minu-

que justificou brilhantemente, com tos um lago de 40 ares. Os abalos

muitos conhecimentos, abolindo o sentiram-se egualmente em toda a

direito de exportação sobre o ga- extensão do caminho de ferro de

do bovino e permittindo o trans- Sonpra- 'Nao 1,a felizmente noticia de r 1 nenhum desastre. As informações

porte gratuito nos caminhos de

ferro de estado.

O sr. Barros Gomes respondeu

que tinha feito instancias perante

a Inglaterra, mas que não tinham

sido attendidas.

Era melhor ficar callado.

recebidas fixam a duração do terre-

moto entre 8 a 4 minutos.

5, n.

uma eru-

New- York.

Continuam os tremores de terra

em Arizona, Mexico, desde hontem

de manliã. Abriu-se uma cratera a

IBT Consigliere p.dro,„ i™ I» RSÍ """""""

e justificou um projecto elevando nçã0 vulcanica.

o direito sobre a exportação da

cortiça em bruto. Ministro marítimo

Pediu informações ácerca do ca- Penianan 5 /

M»ri„Ch,Vel SnCCÍd° D0 ArSeDal d6 0 ™P°r "Aiaccio», da Comp.nl.ia Marinna. Transatlantica. que faz o serviço

O sr. Henrique de Macede res- postal entre Cette e Argel, abalroou

pondeu que aquelle caso tinha ás 2 horas da madrugada fie hoje,

mostrado disciplina, a que pôde na altura de Barcelona, com o va-

limpar as mãos! Empallideceu e por «Asie», da Companhia Fraissi-

tartamudeou quando o sr. Ferrei- "f íe saído de Barcelo-

rk dp Almaida lhanntnn «m ónar na- 0 «Asie» sossobrou immediata-

ti l l i ® em-aPf• mente. 0 «Ajaccio» recolheu a tri- te, que era para admirar nao te- pulação e parte dos passageiros, e

rem sido presos os marinheiros Ievou-os para Port Vendres. Ainda

que iam em reconhecido estado se não sabe o numero dos passagei-

de embriaguez. E mais empallide- r<>s que desappareceram.

ceu ainda quando o mesmo illus- ... .

tre deputado pediu a palavra so- AUemae» e francezeN

bre o incidente, para responder Paris, 5, t.

de certo ás inconvenientes alie- Hontem na recepção diplomática

gações do ministro feitas em atti- do ministro dos negocios estrangei-

tuae de brigão. ros> 0 conde de Munster, embaixa-

Não perde pela demora, porque Allemanha, congratuiou-se

taePdaVcar^ ST -mo* tes da ordem do dia ao t>r. Fer- ção produzida pelo incidente de Pa- ro.ra Almn.,1, I ^ Q manifest()u a conviCÇáO de

que as relações entre os dois pai-

. I zes:hão-de continuar a ser das mais

LOUSaS 03 politica cortezes. 0 sr. Flourens respondeu i affirmando os sentimentos paciflces

Parece que o sr. José Luciano, J™0? iemD cessado de inspirar

quando leu no Diário Popular a S°vern0 da Republica

lisongeria ultra ridícula— deque

havia pulverisado o discurso do sr.

Lopo Vaz, exclamára contente e

satisfeito:

—Digam ao Mariano que fecho

os olhos a duas das suas tramóias.

Caramba! Eu pulvorisei...

Lá contimia, emoldurado na

porta que fica á esquerda da pre-

sidência, o sr. Augusto Ribeiro.

Só lhe falta dar meio passo pa-

ra estar no seio da representação

nacional.

Quando der o passo inteiro,

galga á chefatura.

O «Lolienftrin»

em Parlw

Paris, 5, l.

0 sr. Lamouroux, director do

«Eden-Thíâtre», Idirigiu uma carta

aos jornaes informando-os de que

desiste definit. vãmente .das repre-

sentações do «Lohengrin». O iornal

«La Revanche« foi processado por

haver provocado os ajuntamentos á

porta do theatro.

Paris, 3, n.

Entre as 8 e as 0 horas da noite,

o numero dos passeiantes na praça

da Opera e na rua Auber era muito

maior que de ordinário: a policia

não consentia que se formassem

grupos de gente parada. Pelas

noras alguns rapazes e garotos di-

• , n i rigiram-se para o lado do Eden-Thta Do JJistricto de Aveiro, fallando Ire cantando e gritando: mas a po-

da politica mesquinha que vae licia dispersou-os logo e prendeu

pela localidade: os mais turbulentos, fazendo tam bem retirar os curiosos, que prin-

itr<

IBUlBUomenor j incidente.

«Aveiro teve um filho illustre, que pipiavam a aiiluir. Nos outros pon-

nobilitou e engrandeceu: foi José1 tos da Cldade na0 houve A mon""

Estevam. Tem infelizmente outro

fllho distincto que a persegue: é o

sr. José Luciano.»

* *

Hentem appareceu no Diário

Popular uma local furiosa contra

a companhia do gaz. Quer isto

dizer que o sr. Mariano resolveu

alguma operação bem combinada

com a referida companhia.

Elie nunca descompõe em vão!

Paquete

S. Vicente, 4. I.

Segue para Lisboa o paquete Ne-

va, da Mala Real Ingleza, vindo do

Brazil.

A opinião da Imprensa

Italiana, nobre o ponto

do littoral africano do

mar Vermelho.

Roma, 6, tn.

A «Riforma» diz que é preciso

saber immediatamente. e primeiro

que tudo, se o ponto do littoral

A. _ . africano do mar Vermelho que a Ainda nao desappareceram os Hespanha comprou, está realmente

boatos de crise; pelo contrario to- fôrado territorio pertencente á Ita-

mam Yulto, dando-se como certa ,ia> se na0 P°de adciuirir importan-

a sahida dos srs. ministros da jus- c,a 4efe a Hespanha tracta

tira e da tnwra <u>ndn «nhctitni simplesmente de estabelecer alli um

s»; aaSBK espera'°que a^taHa°não tertíe^n-

e rran cisco Mana da Cunha. tervir no caso, mas o incidente de-

O sr. Beirão agarra-se aos co- monstra que a Italia deve quanto

digos, para ver se náo cae, mas a antes assentar qual é o seu pro-

maioria dá lhe, por todas as fór- na Africa. A «Tribuna» diz

mas, manifestações de desacra- !*ue no, muusteno dos negocios ex- ,j0

v \ trangelros suppõe se haver em tu- do isto um equivoco, porque não

existe nenhum ponto para occupar

Justíssima ronararnn no litoral africano do mar Verme llllct K|Mld( «10 |h0 A c(Il^,iao expressa.se n estes

Foram mandados despronunciar 11

('rm9s; «Não podemos queixar-nos

s3S?rasa SES

d n í? BeUo e E?^enJ° seu estabelecimento n'aquellas pa- Bello Netto, ex-admimstrador do ragens.»

concelho e presidente da camara o «Popolo Romano diz: «A noticia

municipal de Mação, arbitraria e da occupação hespanhola d'um pon-

abusivamente perseguidos e pro- ?,° da c?8ta do I!iar vermelho pro-

nunciados pelo decantado ex-juiz 2™* Jfc.a surPfreza por causa

d'aauella comarca cnm n falsn segredo de que foram rodeadas nrltov-tn An . as negociacoes; mas não cremos pretexto de prejuros em causa ci- qQe possa isto crear difficuldades

vel, isto nas proximidades das ce- a nós ou a outros Estados Europôos,

lebres eleições municipaes de 14 se, como temos rasão de suppôr, a

de novembro ultimo. occupação não entra pelos limites

Mil parabéns a tão dignos ca- daÇ nossas Iinhas de operação, não

valheiros pela justiça que mais até deixar d« tflcar satis-

uma vez lhe é feita pelos honra- s ?om (l,ie 0Uira potencia nos- ^ G lfmd >'0IUS sa amiga coopere comnosco para a

dos e conspícuos membros da ma- protecção do commercio no mar

gistratura. I Vermelho.

Deputado procennado

Berlim, 5, t.

Foi pedid* auctorisação ao parla-

mento federal do império para ser

processado o sr. Gracl, deputado de

Colmar.

Oriente

Constantinopla, 6, t.

Mo ó exacto que a Sublime Por-

ta consinta n um praso de mais de

três annos para a evacuação do

Egypto pelas tropas britannicas.

A Porta mantém o praso de 18

mezes.

Socego geral em Creta

Constantinopla, 6, t.

Informações de Creta conlirmam

que se vão apaziguando os âni-

mos. A fragata de guerra franceza «Vi-

ctorieuse» voltou já para o Pireo, e os couraçados inglezes preparam-

se par3 partir.

Accordo

Paris, 6, t.

0 «Temps» crê saber que os go-

vernos da Repuhlica franceza e da

Inglaterra estão prestes a chegar a

accordo sobre a abolição da pres-

tação forçada de trabalho no Egy-

pto.

Alliança entre a França

e outran potencias

Paris, 0', t.

0 jornal «Paris» insinua que está

celebrada uma alliança defensiva

entre a França e outras potencias,

e cr£ que d aqui em deante no caso

de guerra a l rança não estaria só-

sinha.

Nenhum outro jornal porém con-

firma esta noticia.

lloeão rejeitada

Londres, 6, m.

A camara dos communs rejeitou

por 297 votos contrra 218 a moção

ao sr. Lewis.

Mota dlplomatlea

Loanda, 6, m.

Afíirma um despacho de Roma

para o «Daily News» que o minis-

tro dos negocios estrangeiros de

Italia pediu já ao governo de Ma-

drid explicações a respeito da oc-

cupação hespanhola d'um ponto da costa do mar Vermelho.

DeMapp&redmento

de $ pe»Moa*

Port- Vendres, 6, t.

Desappareceram 7 passageiros e 1 logueiro do «Asie» na occasião do

abalroamento com o «Ajaccio». Foi

o nevoeiro o que deu causa ao si-

nistro.

inter pellaoão

no parlamento Italiano

Roma, 5, t.

0 sr. De Zerbi annunciou hoje na

camara dos deputados uma pergun-

ta ao governo acerca da occupação

d um ponto do littoral africano do

mar Vermelho pela Hespanha.

Abertura do Blkndag

Stockolmo, 5, t.

Foi hoje a abertura do Riksdag.

0 discurso da corôa annuncia a ap-

presentação do projecto de tratado

de commercio com a Hespanha.

(Havas).

D. Carlota Emilia Barreiros Ar-

robas, agradece a todos os seus

parentes e pessoas de suas rela-

ções, que tanto se interessaram

durante a grave doença que sof-

freu, e participa-lhes que segue

hoje para Queluz, Hotel Ladislau

onde offerece o seu limitado prés-

timo.

Fez ante-hontem exame d'ins-

trucção primaria no Lyceu de

Lisboa" ficando approvada a sym-

pathica menina, Maria do Carmo

Rodrigues, filha do cambista José

Martins Rodrigues, a illustre me-

nina que conta apenas nove annos

é muito intelligente.

Coquelin

Os srs. Eduardo Brazão, Lopes

de Mendonça, João e Augusto

Rosa e D. Luiz Maria Alvaro da

Costa offereceram hontem um al-

moço no hotel Universal ao dis-

tincto e eminente actor Coque-

lin.

O almoço começou ás 11 e meia,

assistindo a elle, além dos offe-

rentes, os srs. Marianno Pina e o

irmão e filho de Coquelin.

O menu foi finíssimo.

HUITRES

Omelette aux cceurs d'Arti-

chauts.

Filets de soles Tartare.

Poulet sauté á la chasseur.

Filet de bceuf piqué roti.

Petits pois au sucre.

Créme liquide á la vanille.

GENOISE

Dessert.

Bucellas, Collares vieux; Porto

et Champagne.

Liqueurs

Café

Fizeram-se vários brindes.

Coquelin partiu hontem no com-

boio da noite para Madrid, onde

vae dar quatro representações.

Na gare estiveram despedindo-

se do illustre actor muitos dos

seus admiradores. #

# # Gostosamente publicamos a car-

ta que mr. Coquelin dirigiu ao sr.

Marianno Pina despedindo-se da

imprensa e do publico de Lis-

boa.

Eis a carta:

Mon cher Pina.

Avant de quitter Lisbonne je

liens à vous dire que la campa-

gne que vous y avez entreprise

restera comme une des plus glo-

rieuses de ma carriére. Vos colle-

gues de la presse ont donné l'é-

lan, le public a suivi avec une

bien veillance inoubliable, et je

pars en exprimant á tons ma pro-

fonde reconnaissance.

Les artistes du théatre de Dona

Maria m'ont fait un accueil plus

que fraternel, et ce qu'ils ont

prouvé hier soir en m'olTrant une

adorable couronne est presqu'aus-

si honorable pour eux que pour

moi qui en ai été l'objet. Dite

leur á tous que je vois la un gaje

d'esperance pour ran prochain,

et j'ose esperer, pour la sympa-

thie témoignée, que je retrouve-

rai tout ce que j'ai trouvé pen-

dant ces dix representations.

Je suis venu, j'ai vu, je pars

ravi et e'est de tout mon cceur

que je vous prie de leur dire

pour moi: au revoir!

Croyez, mon cher Pina, à mes

meilleurs sentiments.

6-5-87.

Coquelin.

Noticias do Porto

nimloria da Revolução

Portugueza de 1820,

por José de Arriaga

O 1.° volume d'esta importante

publicação ficou completo com o

fascículo n.° 11, e com toda a re-

gularidade continuarão a ser pu-

blicados os fascículos para o 2.°

volume, tendo já sido distribuído

o n." lã.

Brevemente terá logar também

a distribuição do brinde offereci-

do pela empreza editora Lopes «5c

C.a, rua do Almada n.0' 121 e 123,

aos seus numerosos assignantes.

Em Lisboa é agente da referida

publicação o sr. Sergio da Silva

Magalhães, com estabelecimento

de ourivesaria e relojoaria na cal-

çada do Combro n.° 20.

Posto de soccorros médicos

ROCIO 26, 1.-

DIRECTORES

Mattos Chaves e Ferrer Farol

No posto ha sempre medicos

para qualquer serviço.

Consulta de Mattos Chaves das

12 ás 2.

Consulta de Ferrer Farol das 2

às 4 da tarde.

Agradou muito a comedia o

Coupé 111, pela companhia do

theatro do Gymnasio.

Valle nas Espertezas de Rato

foi muito victoriado.

—Falleceu no hospital da Mise-

ricórdia e capitão da barca Sant'

Anna Maria, Miguel Tarace, esfa-

queado pelo maritimo duplo Jor-

dano.

—É esperada uma companhia

hespanhola para o theatro do

Príncipe Real.

—Foi addiada para o dia 15 a

exposição de rosas no Palacio de

Chrystal.

—Pediu a exoneração do cargo

de ajudante do regimento de in-

fanteria 18 o sr. tenente Julio Ce-

sar Pimentel Perdigão.

—Foi esmagada por um wago-

nete, proximo á Figueira da Foz,

uma rapariga de 18 annos, filha

de Antonio dos Santos, do Casal

Novo.

—O Commercio do Porto, publi-

ca um erudito folhetim do Vis-

conde de Correia Botelho sobre o

livro do sr. Sanches de Baena—

Memorias de Tolentino.

—Concluiu-se, com o melhor

resultado, experiencia da ponte

metallica sobre o rio Leça. A car-

ga foi de 17 toneladas sobre cada

um dos vãos.

—No hospital dos alienadoo es-

tão em tratamento 151 homens e

145 mulheres.

—O guarda freio que conduzia

um comboyo descendente das

obras do porto de Leixões ficou

entalado entre o wagon e uma

trincheira. Morreu pouco depois.

A leira da Avenida

•Sr. redactor.

Ao ver o silencio que a impren-

sa tem guardado ácerca da deno-

minada feira das Amoreiras, este

anno construída nas terras do Ca-

zalinho da Torrinha, ao extremo

norte da Avenida da Liberdade,

não posso deixar de me dirigir a

v. afim de lhe pedir para que,

com a sua voz auctorisada, peça

ao governo, ou a quem competir,

que mande quanto antes levantar

aquelle agrupamento de trapos

nojentos e paus carunchosos, que

o bom senso reprova, a hygiene

condemna, e a moralidade "repel-

le.

As feiras, com exclusão das de

gado, em nada se recommendam,

principalmente as qqe são feitas

no coração d'uma cidade, como

Lisboa, que a camara municipal

tanto se esforça por embeUezar.

Os frequentadores d'esta especie

de divertimentos são, na sua maio-

ria mandriões e bêbados; d'ahi a

não segurança dos visitantes so-

cegados.

No domingo passado, 1.° dia de

feira, os habitues das feiras, rom-

peram á tapona. As pedras crusa-

vam-se no espaço indo uma d'el-

las ferir no rosto um official de

infanteria que por acaso passava

junto ao locai onde se feria o

comitate. Na segunda feira repe-

tiu se o mesmo espectáculo, e, se

mais pancadaria não temos a re-

gistar é porque Deus, na sua infi-

nita misericórdia fez arrefecer os

ânimos com continuas bategas

d agua; mas assim que o tempo

levante, as scenas de pugilato vol-

tarão, e oxalá nã© tenhamos que

apontar algum crime.

Um jornal da noite, referindo-se

a este assumpto, dizia que a feira

costumava ser frequentada, na sua

maioria, por pessoas que, quando

para la vão, não costumam dei-

xar a navalha em casa. E' certo;

o que, porém, me admirou foi ver

a tal folha progressista não tornar

a fallar em similhante coisa, pe-

dindo ao governo que mandasse

demolir tão vergonhoso agrupa-

mento de immundicies.

Os bancos espalhados por toda

a Avenida servem para as pes-

soas que retiram da feira limpar

a lama dos pés; o trigo é arran-

cado das quintas próximas, pisa-

do e inutilisado! Emfim, um van-

dalismo!

Se v., sr. redactor, entender

que deve dar publicidade a estas

mal traçadas linhas creia que terá

prestado um relevante serviço a

todos que, pela menos, gostem de

socego e receiem assistir, como

no anno passado, a outra campa-

nha da espiga.

Vale mais prevenir o mal do

que remedial-o.

Sou de v. etc

Um constante leitor.

As creanças pallidas e de pelle

fina apresentam frequentemente o

pescoço intumescido, tem más di-

gestões, e queixam-se muitas

vezes de suppwação do nariz e

dos ouvidos. Com rasão assus-

tam-se as mães, mas devem tran-

quilisar-se, por que o uso regular

do Xavope de Rábão Iodado de

Grimault e C.â, acompanhado dos

banhos frios no verão, combate

rapidamente essas desordens. Es-

te Xarope exclusivamente recei-

tado por todos os medicos france-

zes, sem ter o gosto nauseabundo

do oleo de fígado de bacalhau,

reúne o iodo e todos os princípios

essenciaes das plantas antiscor-

buticas, que não soffrem a mais

ligeira alteração, visto que é pre-

parado a frio.

Houve hontem um conflicto en-

tre dois cavalheiros conhecidos.

SSCgÃD CSASAIim

Cliarada

Adeus, compadre João,

Como vens assim taful, 2

Todo vestido d azul

Todo janota e pimpão. 2

Trarás acaso o espinho

Do lado do coraçao?

- Usa-se lá no sertão

Você não sabe Chiquinho.

Julia de Magalhães.

Decifração das charadas do nu-

mero antecedente:

Ventarola—Rebolo.

CANCIONEIRO POPULAR

MLXXIII

usente d'um bem que adoro

Não posso ter alegria;

A mais triste saudade

E' que me faz companhia.

Page 3: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1887-05-07/j-1244-g_1887-05-07_item2/j...16.° anno UII«NAVUBÂ IMMf A 1 me*... 100 réis. Annuncics, linhi to réu. S mexes

DIÁRIO ILLL'STRADO

Abuso e escandalo

Na celebre questão do deposito

de enxofre nas visinhanças dos

prédios que ladeiam um dos mais

formosos quarteirões da Avenida

da Liberdade, questão cujo julga-

mento ficou addiado no tribunal

administrativo, tem-6e dado casos

novos que precisamos pôr em sa-

liente relevo para elucidação do

publico, que não do auctorisado

tribunal, que tem de julgar o

caso, porque esse não carece das

nossas modestas indicações.

A fim de que ficasse mais bem

accentuada a justiça da sua pre-

tençào os recorrentes requereram

que o tribunal mandasse proceder

a uma vistoria pelo conselho ge-

ral de saúde publica e ao mes-

mo tempo para que o dito tribu-

nal determinasse a suspensão dos

effeitos da licença passada pelo

administrador do 2.° bairro.

O presidente d'este tribunal de-

feriu este requerimento na parte

que dizia respeito a que fosse ou-

vido o conselho geral de saúde

publica e declarou-se incompe-

tente para resolver a 2." parte,

que se refere ã suspensão, isto

pelo facto de pertencer exclusiva-

mente ás attribuições do adminis-

trador do bairro que passou a li-

cença.

O processo foi portanto com

vista ao conselho geral de saúde

publica e é d'esta respeitabilissi-

ma corporação que está pendente

o informe que deve influir na de-

isão do tribunal administrativo,

orme que ha de ser guiado pe-

las sapientes competências medi-

cas que fazem parte d'essa corpo-

ração scientifica. O tribunal ad-

ministrativo com esta sua resolu-

ção, deferindo ao requerimento

de exm." sr.a condessa de Almedi-

na, procedeu muito correctamente

criando novos títulos aos foros de

independencia, porque sempre se

tem distinguido em todas as de-

cisões dimanadas da sua acção

julgadora.

Ainda não sabemos qual será a

resolução descendente do conse-

selho geral de hygiene, porem

quasi que podemos affirmar que

elle ha de ser em tudo conforme

com os interesses da saúde pu-

blica e portanto que será a conti-

nuação dos seus revelantissimos

serviços em prol doa Ito ministé-

rio de que superiormente está en-

carregado.

Os nossos costumes percisam

profunda reforma e é necessário

não nos consentir por mais tempo

no abandono a que durante um

larguissimo espaço d'annos se tem

conservado.

Todos sabem quant® as refor-

mas são difliceis e quanto tem si-

do demorado e seu inicio pois

agora temos occasião opportuna

para realisar uma importantíssima

e vem a ser acabar de vez com

uma enorme quantidade de depo-

tos de generos da natureza d'a-

a que nos temos referido,

que infestam a capital com gra-

víssimo risco para segurança in-

dividual e para a hygiene publica.

Porque é necessário que se saiba

o nosso trabalho n'esta cruzada a

que não daremos tréguas sem

obter uma sentença ao mesmo

tempo moral e equitativa não se

dirige simplesmente a evitar o es-

tabelecimento de um deposito, na-

da; nós queremos que todos elles

desappareçam dos sítios populo-

sos onde podem occasionar sinis-

tros terríveis como alguns que in-

felizmente temos presenciado.

Os depositos de petroleo agua-

raz e outros líquidos egualmente

inflamaveis e os depositos de en-

xofre e outros productos de com-

bustão espontanea podem perfei-

ente deixar de existir dentro

capital e ser para aqui condu-

zidos em pequenas quantidades,

á medida que o consumo interior

o reclame. Faça-se com estes ge-

neros o que se pratica com o vi-

nho e com os depositos de álcool,

iue estão todos estabelecidos fóra

cidade. Não é porque o vinho

seja o producto de maior con-

umo que entra na capital que

deixa de ter lá fóra os seus gran-

des armazéns apropriados e vem

para aaui em pequenas porções.

Pois póde-se affirmar que o vinho

é o producto que apresenta mais

largo consumo em Lisboa e ape-

zar d'isso o systema de armazena-

gem usado não apresenta incon-

veniente que se torne sensível.

Poderíamos apresentar outros

exemplos mas este é sufficiente

para demonstrar que nenhuma in-

conveniência resulta da mudança

dos depositos de productos cuja

conservação dentro da capital of-

fereça perigo para os seus habi-

tantes, principalmente os deposi-

tos de enxofre, sendo fóra da ci-

dade, dão mais resultado para o

negociante e para o consumidor.

Como os nossos leitores sabem

fiq

o enxofre ó quasi na sua totalida-

de consumido fóra de Lisboa, por

isso quanto mais proximo dos lo-

caes do consumo estiver esse pro-

ducto mais fácil se torna aos la-

vradores a sua acquisição..

Quando mesmo porém não se

importasse o publico, que seja

mais fácil a acquisição do enxofre,

o grande facto ó que o deposito

déssa materia explosiva no seio

da Avenida põe em perigo a vida

dos habitantes, ali moradores, e

por tanto deve ser d'ali removido.

O contra reclamante requereu

o exame do sr. inspector ge-

ral dos incêndios e do delegado

de saúde respectivo. Ora um e ou-

tro foram de opinião que realisan-

do-se certos melhoramentos, o ar-

mazém achar-se-ia em boas con

dições hygienicas

Mas que garantia tem o publico

de que essas condições hygienicas

se achem completamente garanti-

das?

Por exemplo, diz o inspector dos

incêndios que o armazém pôde

funccionar comtanto que tenha

interiormente portas de ferro, que

dividam as diversas secções de

generos armazenados; que seja

retirada a canalisação de gaz e

que só seja permittida a visita no

armazém a indivíduos, munidos

de lanternas de furta-fogo conve-

nientemente preparadas para evi-

tar a communicação do fogo e do

incêndio.

Francamente devemos declarar

ue achamos esta imposição inef-

caz.

A questão é esta: para que os

visinhos do deposito de enxofre

se considerem garantidos contra o

perigo de incêndio é necessário

que o proprietário se compromet-

ia a fazer a visita dos seus arma-

zéns com uma lanterna de segu-

rança. Ora não ha cousa mais fú-

til que este compromisso. Imagi-

nemos que o proprietário do de-

posito delega esta obrigação nos

seus empregados. Nem elfe nem

a auctoridade pode assegurar que

aquella visita será feita nas exigi-

das condições.

A lei de 23 de outubro de i860

diz que os armazéns de materiaes,

susceptíveis combustão inclusivé

o enxofre, são sugeitosjá vigilância

ou auctoridade- mas o que é certo

é que a auctoridade não pode es-

tar ao lado de todos o* emprega-

dos que tem de ir ao armazém.

Logo esta condição Ô completa-

mente exdruxula e ociosa por ine-

xequível.

Consta-nos que o inspector ge-

ral dos incêndios, tendo passado

vistorias ao edifício requisitou:

1.° Que o edifício fosse comple-

tamente dividido por portas de

ferro nas suas diversas secções;

2.° Que se retirasse toda a ca-

òalisacão do gaz;

3.° Que os empregados do de-

Sosito se servissem unicamente

e lanternas, nas condições que

deixamos mencionados.

Ora a primeira e a segunda

d'estas exigencias pode ser verifi-

cado, mas a terceira é completa-

mente inútil.

Pode alguém assegurar que os

empregados do sr. José Joaquim

Ferreira observarão sem a me-

nor discrepância este preceito?

Por certo que não. Os moradores

da Avenida não podem ser força-

dos a sustentar uma policia ex-

traordinaria, no sentido de verifi-

car-se o preceito legal é ou não

cumprido. Quer dizer os visinhos

do deposito ficam da mesma forma

expostos ao perigo de incêndio,

por isso que não ha meio rasoa-

vel de impôr ao proprietário do

armazém a única condição, que

poderia garantil-os.

Ora e obvio que a auctoridade

não pode consentir os estabeleci-

mentos sugeitos a estes perigos,

e sejam quaes forem os remedios

indicados, desde que a auctori-

dade os não pode vigiar; não ga-

rantem a segurança dos visinhos

que elles teem direito a exigir.

Com respeito à canalisaçao do

gaz, perguntamos ao administra-

dor do bairro se por acaso já está

provado perante elle que foi com-

pletamente retirado, e ainda mais

se fica responsável por que não

será novamente utilisada?

E' fóra de duvida que a exis-

tência do gaz n'um estabelecimen-

to d'este genero é um perigo per-

mamente.

Ha annos que se deu um for-

midável sinistro na rua do Corpe

Sahto, o qual teve em resultado

fazer diversas victimas. Este in-

cêndio foi consequente d'uma ru-

tura na canalisação do gaz. Ora

imagine-se que se repete o facto.

Pode o sr. José Joaquim Ferreira

evitar que elle tenha tão graves

consequências como teve o sinis-

tro a que nos referimos? Não po-

de.

Desde o momento que existe

n'um deposito de matérias incen-

diarias e explosivas, o gaz que ó

por si mesmo um perigo perma-

mente para a propriedade, nin-

guém pode assegurar queeste

material não produzirá um incên-

dio.

Não é necessário ter bulias

nem é preciso ser doutorado para

reconhecer., este iminente perigo;

foi por isso que o inspector gerai

dos incêndios passando revista

aos armazéns mandou retirar to-

da a canalisação.

Temos agora a segunda con-

dição imposta por aquelle func-

cionario: que os diversos corpos

do armazém sejam divididos por

portas de ferro.

A utilidade d'esta medida per-

ventiva é absolutamente precepti-

vel. Dado o incêndio n'um artigo,

n'um genero, de drogas, as portas

de ferro isolaríamos os restantes;

mas ainda ninguém sabe que taes

divisões existem, o que quer di-

zer, que o dr. José Joaquim Tei-

xeira pode collocal as ou deixar

de as collocar, como lhe approu-

ver.

Nem os visinhos, nem a aucto-

ridade se pode n'estes termos dar

por satisfeita.

Sabemos que o sr. José Joa-

quim Ferreira assegura que essas

divisões metalicas podem spr as-

sentes no logar que lhe está desi-

gnado; mas o grande caso é que

por emquanto essas portas de fer-

ro ainda não foram assentes, e

portanto nós podemos julgar que

nunca o serão.

Posto isto é em primeiro Ioga

fóra de toda a duvida que a au-

ctoridade administrativa não pode

dar licença para o estabelecimen-

to nem mesmo quando se prove

que todas as condicções exigidas

foram cumpridas. Ora ainda se

não cumpriram, logo a auctorida-

de não pode nem deve conceder a

licença requerida Isto ó perfeita-

mente tanigivel.

Já dissemos com respeito á ter-

ceira condicção, que o sr. inspe-

ctor dos incêndios exije o que se

nos olíerecia.

As indicações do sr. inspec-

tor dos incêndios são contrapro-

ducentes no sentido em que o

proprietário do armazém as pro-

duziu.

Não ha perigo—diz elie—dadas

certas e determinadas condicções;

logo, faltando ellas, o perigo exis-

te e é de ordem superior.

O proprietário do deposito pro-

duzindo o parecer do sr. inspector

dos incêndios suppoz que melho-

rava a sua cansa: erro completo:

erro crasso: porque a allegação

dos proprietários prova a nenhu-

ma razão que lhe assiste.

O facto é este. E* perigoso para

a visinhança um deposito de en-

xofre?

Não ha duvida que é.

11a meios de annullar o perigo?

Ha até certo ponto, se forem

executadas as indicações dos pe-

ritos competentes.

Existe a prova de que foram

aproveitadas essas indicações?

Não existe, nem officialmente

nem extra official mente. E quando

existissem o perigo permanecia.

Logo o perigo fica de pé com

manifesto prejuízo dos proprietá-

rios e das companhias de segu-

ros.

Admira realmente que a aucto-

ridade não tenha tomado em con-

sideração esta circumstancia.

Se houver incêndio no deposito

de enxofre, os magníficos prédios

da Avenida, que fazem o orgulho

dos seus possuidores, e consti-

tuem uma das mais gentis partes

da cidade; esses prédios devora-

dos pelas chammas representarão

para a capital um dos seus maio-

res prejuízos e para as compa-

nhias de seguros os mais onerosos

encargos, porque terão de recons-

truir propriedades no valor de

muitas centenas de contos de

róis.

Mas a par d'isto temos as vidas,

que se não garantem.

As companhias de seguros res-

pondem pela propriedade, mas

não podem tomar responsabilida-

des pelas existencias. O prédio

reconstruo se, mas não se resti-

tuo a vida ás victimas de taes si-

nistros.

Além d'isso torna-se sobrema-

neira exdraxulo e obnoxio o aíTan

com que se tem pretendido impu-

gnar uma reclamação justíssima,

por isso que uma das recorrentes

é senhora de tantas virtudes, que

bem merece a publica considera-

ção.

A illustre viuva do acreditado

negociante Antonio José Marques

Leal é uma dama de tantas ma-

neiras caritativa e virtuosa que

bem merece a attenção dos pode-

res públicos.

Esta senhora, grande proprie-

tária na Avenida, e consequente-

mente uma das partes interessa-

das no recurso, reparte entre os

habitantes da capital tão grande

numero de benefícios, esta sem-

pre tão prompta a acudir aos des-

validos, que merece por esta cir

cumstancia especial ser attendida,

em primeiro logar, por isso que a

virtude, a caridade e a beneme-

rencia sobrelevam-se a todas as

outras circumstancias recommen-

daveis; em segundo, porque é

insuspeita de parcialidade.

E' claro que quem consagra a

existencia a beneficiar os infortú-

nios que se lhe deparam, nãe mo-

ve guerra acintosa a quem quer

que seja.

O que esta senhora e os demais

recorrentes reclamam é que se

lhes faça justiça; é que se não

exponham os habitantes—e nume-

rosos que esses são—dos seus

prédios aos perigos d'um incên-

dio que pôde ser duplamente ne-

fasto, quer pelo desenvolvimento

d'esse elemento destruidor, quer

pela evolação dos gazes que a

queima do enxofre produz, gazes

que combinados com o elemento

liquido produzem o mais destrui-

dor dos ácidos—o vitríolo ou aci-

do sulphurico.

Ha poucos dias deu se'em Lis-

boa uma occorrencia q ue prova

quanto este ingrediente é devas-

tador e nocivo. Certo individuo de

má nota e peior porte incumbio

um vadio qualquer de deteriorar

o semblante de um cavalheiro que

detestava. O instrumento do cri-

me foi um frasco de acido sulphu-

rico, e se a tentativa não foi co-

roada de bom êxito, resultou isso

da imperícia do executor que

ãueimou o fato da victima em vez

e lhe queimar o rosto.

Tudo isto nos deve servir de

exemplo.

Dado o caso de incêndio em en-

xofre, a agua que absorver os va-

pores evolados pode, conforme a

quantidade de gazes de que esti-

ver saturada, tornar-se acido sul-

phurico, com maior ou menor for-

ça e portanto em vez de ser um

instrumento de combate, irá inci-

tar o desenvolvimento de incên-

dio.

Mas, diz o sr. Ferreira e para

evitar esse perigo existem as por-

tas de ferro, que dividirão os di-

versos depositos. Ora é necessá-

rio ser demasiadamente ingénuo

para admittir esta allegação.

Ha alguém tão summamente igno-

rante que supponha valida a ga-

rantia de uma divisão de folha de

ferro.

O excessivo calor, que resulta-

ria do incêndio, em qualquer ou-

tro compartimento, bastaria para

incendiar o enxofre, e este incên-

dio produziria a explosão pela di-

latação dos gazes, o que é supe-

rior em força a todas as divisões

metalicas imaginaveis.

Portanto é esta a principal con-

dição que milita contra a licença

requerida.

Mas além d estas existem ou-

tras muitas, que se impõem fatal-

mente aos julgadores e que exi-

gem a revogação da licença.

somes osmL

POR

ALBERTO PIMENTEL

A' venda nas livrarias Tavares

Cardoso, Pereira, Ferin Ferreira

Lisboa.

Preço OOO réis

Joaquim Augusto da Cosia

Fornecedor excloMivo do

Mininterio cio* Nego-

cio» Estrangeiro*. So-

ciedade de «eograpliia

etc.

Com dflicina ua rua de S.

Julião, 110, 4j, onde (em

um completo sortimento no

seu genero e deve ser dirigi-

da toda a correspondência.

Caridade

Anna d'Assumpção é umas das

pobresinhas para quem mais de

uma vez temos implorado a cari-

dade dos nossos leitores. Vive na

maior miséria, não tendo muitos

dias os meios indispensáveis para

se sustentar e a uma filha.

HISTORIA DA PROSTITUIÇÃO

Continua a publlcar-

«e com a maxima regu-

laridade. Emttt publica-

da a caderneta «O.

Rendimento d'alfandega

de Lisboa

Rendimento até 5 163:835*639

Geral 23:880/572

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Tabaco.... 6:442*760

Total 194:158*971

Alfandega do consumo

Rendimento até l

Em 6

• • 5 27:693*947

2:939*024

Total 30:633*371

Alfandega do Forio

Rendimento até 4.. 52:211*365

Em 5 16:081*780

Total 68:293*145

SapectAcuiON

8 h. — Theatro da Trindade—

O idlimo figurino—lious noites sr.

D. Simão—O sr. Procopio Baeta fica

em casa na noite d...

8 h.—Theatro do Gymnasiú—

12.® recita dassignatura pela Com-

panhia de zarzuella e baile.

Touros de Punta—Bazar de Nomas

—Novo Baile.

Os srs. assignantes que deseja-

rem os seus logares teem que de-

clarar no camaroteiro até à 1 ho-

ras da tarde.

8 h.— Theatro do Príncipe Real—

A Madaglcna.

Beneficio.

8 74 h. —Theatro dos Recreios—

NUouche.

Us srs. accionistas e portadores

de obrigações da empreza dos Re-

creios, teem entrada pagando me-

tade dos preços.

8 1/4 h.— Theatro Chalbt da Roa

dos Condes.—Manuel Mendes En-

xúndia—GasamerUo Simulado—Dia-

plianorama. 8 1i2 h.—COLY8EO dos Recreios.—

Grande Festa Artística em Bene-

íicio de D. Enrique Dias, Director

da companhia—Espectáculo dedica-

do ao Turf-Club.

Pela 1.' vez—Fidalgo Cavallo

amestrado em liberdade por Enri-

que Dias.

Pela 1.» vez—A Escada Japoneza.

Pela l.a vez—Vol-an-vent, cavallo

saltador.

Pela 1.» vez—O Grande Salto da

batalha.

O Grão Moaol de Cantão—Os cele- bres excentricos Donatos—Mr. Di-

reck e a troupe de papagaios e pe-

riquitos sábios e todos os artistas da

companhia.

Praça do Campo de Sant Anna—

Domingo 8 de maio de 1887, ás 4

horas e meia da tarde. Grande e

explendida corrida de 13 touros per-

tencentes ao abastado lavrador o

ex.»g sr. Carlos Marques e em que

tomam parte o insigne e festejado

espada José Campos (el Polio) e os

seus applaudidos bandarilheiros Pedro Campos e Manuel Antolin.

Cavaileiros: Manuel Mourisca e

José Bento de Araujo. Bandariliiei

ros: Roberto da Fonseca, José Pei-

xinho, ^alabaça, Saocho, João Ro-

berto, Raphael Peixinho, José da

Costa, e o applaudido toureiro hes-

panliol Filippe Aragon (El Minuto).

Preços do costume:—Os bilhetes

estão desde já á venda na colchoa-

ria Clímaco, rua da Bistega, a.® 67.

Jardim ZooLOGico-r-Exposição per-

manente d'animaes. — vendas ga-

rantidas d'&nim&es, ovos. plantas, €

sementes, etc., etc. — Recebem-se

animaes para deposito.— Musica aos

domingos e dias sanctiflcados—

Entrada geral 100 réis

íyp. do "Diário Mostrado"

T. da Queimada.

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PAAA ACCRA DC CtfSTVatfa.

Tosse, Asthma,Bronchite.

Coqueluche ou Tosse Convulsa

Tisica Pulmonar.

ATENDE-SE nas principaes phar- v macias e drogarias.

Agentes geraes: James Casse à

C.», rua do Mousinho da Silveira,

127 t.o. Porto. 21

CESAR A. PAIVA

Cirnrgião dentista

de suas raagestades e altezas

pOLLOCAM-SK dentes desde um

^ até a dentadura completa. Tra-

tamento especial em moléstias da

bocca.

Bua do Arsenal IOO

Attenção

[ TMA senhora dá lições em toda ^ a qualidade de bordados e tlo-

rert em coilegio ou casa particular

a mesma se encarrega de bordado

a ouro, emblemas ou outro genero,

desenha-se em cima de qualquer

peça, para bordar, que convém

muito aos coliegios, pelo preço ser

commodo. Calcada de Sant'Anna,

158, 3.® * 10

pEDRO Celestino da Costa e D. x Eliza Augusta do Carmo Lopes,

participam ás pessoas das suas re-

lações o fallecimento de sua extre-

mecida esposa e prima, D. Maria

iza Amelia Pires Costa e que o

seu funeral se realisa hoje, 7. no

cemiterio dos Prazezes, sahindo o

préstito fúnebre da sua casa, Ram-

a das Necessidades n.® 63, pelas 3

oras da tarde. 18 E

Companhia Real

dos Caminhos

de ferro portu-

guezes.

Aviso ao publico

Serviço provisorio para transpor-

te de mercadorias na linha de Lis-

boa a Torres Vedras. Desde 9 do

corrente é aberta provisoriamente

para serviço de mercadorias em pe-

quena velocidade, a linha de Lis-

boa a Torres Vedras, comprehenden-

do as estações de: Alcantara, Bemfica, Porcalhota,

Queluz-Bellas, Cacem, Cintra, Sabu-

go, Malveira, Pero-Negro, Dois Por-

tos, Runa, Torres Vedras, em con-

formidade com os preços e condi-

ções das respectivas tarifas publi-

cadas e afflxadas nas Estações.

Lisboa, 1 de Maio de 1887.

0 Director da companhia

Pedro Ignacio Lopes. 17

Companhia real

dos caminhos

de ferro portu-

guezes

Aviso ao publico

Feira e touradas em Badajoz, nos

dias lie 12 de Maio de 1187, bi-

lhetes de ida e volta, por preços

reduzidos.

Em consequência da feira e tou-

radas em Badajoz, nos dias supra

indicados, os bilhetes de ida e vol-

ta com 20 por cento de reducção,

vendidos pelas estações de EntreD-

camento a Santa EnfaUa. para Elvas

nos dias 10 a 12 de iTaio serão va-

lidos para a voita nos dias 12 a 14

inclusivé.

Lisboa, 5 de maio de 1887.

O Director da Companhia.

Pet Ir o Ignacio Lopes. 16

Marie Tudor

IE ne veux pas que tu fasses ce 0 que tu me dis, dans la lettre.

C est imppossible, c est une cala-

mité pour tous. Je t aime toujours,

ie suis le méme, je técris ume feuil-

le chaque jour et je te conseille la

force, le courace, dont je me suis

possedé. Le futur sera notre sou-

tien et j'espére que nous serons,

un jour, encore heureux; mais il

fout savoir attendre. Je t adore. The

last rase of summer. Le 2 Mai. Bi-

chaninho. 15

Companhia de Credito

Edificadora Portugueza

Sociedade anonyma

de responsabilidade limitada

l^AO se havendo reunido hoje, por falta de numero legal de accio-

nistas, aassembléa geral d'esta companhia, por ordem do ex.010 sr.

presidente da meza da mesma assembléa, é convocada uma nova reu-

nião extraordinaria no dia 16 do corrente, pelas 8 horas da noite, no

escriptorio da Companhia, travessa de Santa Justa, 61, 2 #, atlm de ser

apresentado e discutido o relatorio da commissão encarregada de dar parecer sobre a opportunidade da reforma dos estatutos. São validos to-

das as resoluções tomadas, qualquer que entáo seja o numero de accio-

nistas presentes.

Lisboa, 2 de maio de 1887.

O 1.® secretario

Paulo d'Azevedo Chaves. 14

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DIA BIO ILLUSTRADO

AGUAS MINERAES ALCALINO-GAZOZAS-LITHINAES

DE

VIDAGO

TESTAS aguas, cuja reputação é já immensamcnte conhecida, obtiveram nas exposições universaes de Vienna d Austria.J^e Philadelphia

1876 diploma- de mérito, na de Paris 1878 MEDALHA DE OURO, na do Rio de Janeiro 1879 diploma de medalha de OURO, e |na Bordeaux

1885 diploma de HONRA, e na de Madridl com a medalha de PRATA. Analysadas

ch mica organica da escola polytechnica de Lisboa, etc., etc., empregam-se

cas hepsthicas, cálculos biliares e urinários, catliarros da bexiga, rins, gotta

to°* A empreza garante a pureza e legitimidade das suas açuas vendidas dos seus depositos_ procedentes das seguintes n^ejites:

VIDAGO—Ja áltamente reconhecida pelos seus maravilhosos effeitos e a sua composição é muito similhante as de \ ichy, nascente dos Celes-

tÍnS' COCRO—Muito similhante á d^Hauterive, embora um pouco mais nobre em bicarbonato de soda e acido carbonico livre, é comtudo preferí-

vel áquella porque, tendo uma composiçãô muito similhante á de Vicny, «Hauterive» dilTere comtudo d ella por conter mais Protoxido de ferro e

bicarbonato de mhina que a de Hauterive não contém. Tomada interna e externamente, tem-se obtido bom resultado nas anemias, nas moléstias

de pelle, engorgitamentos de ílgado e baço e com especialidade no rheumatismo articular e gottoso em que tem havido casos de curas maravi-

Aiosas

expenencia

CMChsSRSlr»íi™íâS KSSSAifSfSSÍMÍSiÃ-» falta de qualquer "eta, sobrelud. ,»ndo aej, —rio «. t„. tamento^das p^es^oas em tinta tem na rolha a marca E. A. DE VIDAGO, e na capsula á roda da coròa portugueza, DEPOSITO

DAS AGUAS fife VIDAGO—EMPREZA AUCTORISAUA PELO GOVERNO.

CorrSpondencia'' ao °gerente "da emprezaSem ™id^o, Miguel Augusto de Carvalho, e em Lisboa a Erancisco Justino Marques Nogueira, rua

J« SiF,a,ci,co, 3», 2DEPÓSITOS

Lisboa-Azevedo Irmão & Veiga, rua Larga de S. Roaue, 32—Porto-Mignei Augusto Moreira Vaz, praça de Carlos .Alberto.—Braga-Vei^-

Pharmacia do hospital—Coimbra—Manuel da Costa Baptista Nazareth—Pharmacia Calçada, Rio de Janeiro—Carvalho Junior de barros, rua Saúde,

E na* prnclpae* terraw do reino e império do llraul!

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Para Londres

O vapor

W.

siátd

8v'Hll±svd BQ 013q0^

CADIZ

Espera-se sabbado 7 do corrente.

Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sodré, 64, 1.° Os agentes

E. Pinto Basto V C.» 9

Para Hamburgo,

Bremen e Bra-

ke.

O vapor

Semanario, litteraria e artística

40 RS. CADA NUMERO

Cada semana 12 paginas, com 4 gravuras e um brinde gratis

Á empreck tem cumprido religiosamente o «eu contracto com o» aenlio-

re« anMignante*. o * doiw volume» Já publlcadow «ião a prova do que afllrma.

A maxima regularidade e a maxima barateza. Junta Á excellencia do ori-

ginal e das gravura*» que melhoram constantemente tem sido a norma da

empreza. que viu coroados os seus esforços pela notável acceltaç&o que

recebeu do publico quer em Portugal quer no Brazil.

Entrando o terceiro anno d'essa publicação* asseguramos novamente aos

«eus assignantes. que continuará a empregar todos os esforços para aper-

feiçoar este semanario. introduziu-lbe todos os melhoramentos compatí-

veis com uma IllUMtraçao d'este genero e d'este preço.

BRAKE

Espera-se de 7 a 8 do corrente.

Para carga trata-se no Caes do

Sodré, 64, l. Os agentes

E. Pinto Bosio 61 g.» 8

Para Bordeos

O vapor

/XAROPE de QUItM e ferro

de GRIMAULT & C,#> preparado por CHAPOTEAUT, Pharmaceutics

Admittido na nova pharmacopóa official de França. Approvado pela Junta central de Hygiene do Brazil.

Fazem 25 annos que o Ferro, elemento principal do sangue, a

Quina Real, tonico superior do systema nervoso e o Phosphato

reconstituinte dos ossos, foram combinados intimamente pelo Snr

Grimault em un xarope de côr límpida e sabor agradavel.

Suas qualidades tónicas e reparadoras dão exceílentes resultados na anemia, chlorose, leucorrhea, irregularidades de

menstruação, caimbras de estomago consecutivas á essas enfermidades, lymphatismo e todas as moléstias provenientes de

empobrecimento do sangue. Excitando o appetite, estimu-

lando o organismo e reconstituindo osossose o sangue,o XAROPE

de QUINA e FERRO de GRIMAULT & O, desenvolve abatidas.

mãos e

. con-

valescenças difficeis e sustenta as pessôas idosas.

0 VINHO de QUINA e FERRO de GRIMAULT AG'S

que possue as mesmas propriedades do XAROPE, ô preparado

com un vinho de Malaga, rico e generoso e é preferível para as

pessoas que nào toleram xaropes.

PARIS, 8, Rae Vifíenne,

MEMORIAS DE II SAPATINHO

Pelo auctor das scenasde Lisboa

Editor D THOMAZ DE MELLO)

268, RUA DO OURO, 270

Quarteirão contíguo ao Rocio

LU VARIA

D. ROCHA & C.A

GRANDS sortimento de luvas de pellica de primeira qualidade

que é exclusiva fabricação d este estabelecimento. 3

Para o Rio de Janeiro

Directamente

0 paquete

/-

AR AU GANIA

Que se espera a 11 do corrente,

ainda tem algum logar para carga.

Os agentes

E. Pinto Bastos & C.a

Está publicado o numero 42

CONDIÇÕES DA 1SSSIGNATURA

Era Ia/Ia a "Dnv+nrrol Anno. tíOSO rs.-Semefltre, 1*040 m 111 tUtlU U 1 UI tUgCli* menlre. MO m.—Pa «o no acto da entrega

40 réft» cada numero.

Em Ia/Ia a "Dvnr*il Anno. IO«OOOréi* fraco».—Semewtre. SâOOO r». m l/UUU U Dlctáli. fracoN.—Avulso. ZOO réft* fraco».

Aftftiffna-ne no Brazils—BIO DE JANEIRO, eacriptorfto do COBBEIO DA EURO-

PA. rua 9 de fielembre. 94. «obrado

Toda a correspondência deve ter dirigida a Bodrigro de Mello Carneiro

Zagallo.

ESORIPTORIO, T. IDA. GtXTElJns/LAJDA. 35

DEESIDE

Espera-se sabbado, 7 do corren-

te. Para carga trata-se no Caes do

Sodré, 64, 1.°. Os agentes

E. Pinto Daslo « C* 7

COMPAGNIE

DES

MESSAGE RI ES IMARITIHES

PAQUEBOTS POSTE FRAtfÇAIS

Linha quinzenal

The pacific steam navigation

company

Para o Rio de Janeiro, Montevideu,

Buenas-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Callau

HISTORIA DE FRANÇA

Estão publicadas as folhas 38 e 39 do 6.° volnme

Para Dakar, Rio de

Janeiro, Montevi-

deu e Buenos-Ay-

res.

Sairá depois de pouca demora

n'este porto o paquete francez Equa-

teur, commandante Moreau, que

se espera do Bordeaux em 8 do

corrente.

Para mais informações trata-se

no escriptorio da agencia, travessa

do Sequeiro daí Cbagas, n.° 1. Os agentes

Torlaclcs ff C.K 6

SAIU\© OS PAQUETES

ARAUCAN1A, 11 de maio. I SORATA. 8 de junho.

•ACONCAODA, 25 de maio. I «BRITAN1A, 22 de junho.

••Os paquetes cAGONGAQUAí e «BRlTANIA» íaráo esetia por Perntmba-

ot e Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Fas-se abatimento is famiUas que ria]aram para os portando Brasil •

Rio da Prata.

Ha passagem de J.» classs por estas maçniGcoí tesU] meios®

Tinho à hora da comida, cama, roupa, ott.

1 bordo ha criados, cosinhsiros portela * * 0 aa5i««.

Para Bordeos Plimouth e Liverpool

O P AQ13E.TE

BR J T ANNI A

Espera-se a 13 do corrente.

Para carga e passagens trata-se com os agentes

EM LISBOA

E. Pinto Basto & C*

i 64—Caes do Sodré—64

NO PORTO

Vasco Ferreira Pinto Basto

10—Largo de S. João Novo—40