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nhitlà mam iXATI'liA i;u UMIIO.% 300 réis Annuncios, linha, 20 rs. 900 » Publicações no corno do 10 » jornal, por linha, 60 rs. í LISBOA SABBAD0 7 DEZEMBRO 1872 1 mez .. 3 mezes Avulso.. TIRAGEM 12:000 EXEMPLARES BOLETIM DO DIA com o governo, as bases principaes do ser necessaria a previa auctorisação do qual são as seguintes:—O privilegio da governo. Em compensação destas" vanta- emissão de notas no districto de Lisboa por gens o banco cede desde dos seus pre- mais 24 annos, podendo o banco depois de vilegios sobre isempção de impostos c põe 187i elevar a taxa do desconto de accor- á disposição do governo 1:000 contos de do com as fluctuações do mercado, sem réis ao juro de 6 por cento. Depois de I terminado o actual contracto o banco es- tabelecerá succursaes em Coimbra, Évora ! e Faro e cede da hypotheca tacita e do exclusivo dos depositos. Resolveu-se nomear uma commissão para o exame deste contracto, a qual foi nomeada pela mesa e é composta dos se- guintes accionistas: Duque de Palmella, Carlos Bento da Silva, José Joaquim dos Heis e Vascon- cellos, Custodio Kchello de Carvalho, Ma- nuel Antonio de Seixas c Antonio José Pereira Serzedello Junior. Para supplen- tes foram nomeados os srs. João Rebello da Cosia Cabral, Henrique de Barros Go- mes e Francisco Maria da Silva Torres. A ' ommissão reúne na segunda-feira. A assembléa geral presidiu o sr. viscon- de de Porto Corvo. Na segunda-feira 9 do corrente, tem lugar no theatro da Trindade, o beneficio da associação Civilização Popular. Tem esta sociedade prestado relevantes servi- ços ás classes populares, instruindo gra- tuitamente nas suas aulas diurnas, c no- cturnas, em cada anno, cerca de MO alumnos, entre menores e adultos, com reconhecido aproveitamento, por isso que ainda este anno teve 12 í aprovações no lyceu nacional de Lisboa, em instrucção primaria, portuguez e francez. Narrando estes factos, é a melhor re- comendação que podemos fazer d'aquella festa, em que tanto interessa os fi- lhos do povo, porque adquirem ali o pão do espirito, indespensavel para se torna- rem úteis a si c á patria. O monte-pio da casa real paga hoje as suas pensões, relativas ao 3.°trimes- tre do corrente anno, na rasào de 60 por cento. O maestro Bio de Carvalho compoz a musica para a missa que se hade can- tar amanhã na egreja do Soccorro. Di- zem-nos maravilhas desta composição. Chegou hontem o vapor Insulano da carreira dos Açores, o qual vem retarda- do alguns dias por causa do mau tempo que tem feito. No dia 20 começa a novena de Nossa Senhora da Conceição, da Casa, na egre- ja das Mercôs. Poucos serviços ha tão bem organisados no paiz como o dos facultativos militares, e se alguns o pódem egualar em regula- ridade, nenhum o excede decerto. Foi (>ois com assombro que vimos n'uma fo- lia noticiosa a noticia de que um ferido fôra antes de hontem ao hospital militar da Estrella a fim de ser ali curado, e que saíra no mesmo e c tado, por que estando os facultativos todos nas visitas das en- fermarias, não houvera quem lhe podesse fazer o curativo. Surprehendeu-nos o caso e tratámos de indagar; sabendo assim que as coisas se passaram de modo que não cabe a menor responsabilidade aos medi- cos militares, porque o ferido nem sequer quiz esperar o tempo necessário para se ir chamar o facultativo a que incumbia aquelle serviço e que effectivamente es- tava passando visita na enfermaria. D'este modo, se touos os centenares feridos que ali são tratados durante o anno fossem todos tão apressados, seria mister que o facultativo estivesse sempre á porta para lhes prestar os primeiros soccorros apenas assomassem ao vestíbulo do edi- fício. Não se comprehende que um sobresal- tado por um ferimento, torturado pelas dores que elle causa, chegue a um hos- pital, onde encontra soccorro prompto e derto, e que para não esperar alguns minutos que o facultativo chegue, pro- curar Jonge e com incerteza quem o tra- te. E' por isso que, podendo a noticia dada muito laconicamente fazer im- pressão, e julgar-se que houvera menos sollicitudc dos membros da classe medi- co-castrense em prestar soccorros ao fe- rido, tratámos de averiguar o acontecido, folgando em prestar homenagem á nun- ca desmentida dedicação dos medicos que fazem serviço no hospital da Estrella, e á boa vontade e presteza com que soc- corn:m todas as pessoas que ali vão pro- curar o auxilio da sciencia. Reuniu na quinta-feira a assembléa ge- ral do banco de Portugal, para a qual fo- ram convidados todos os accionistas. Es- tiveram presentes 170. A direcção apre- sentou o projecto do novo contracto feito VIEIHA DE CASTRO cia das sombras: etherea, rapida, fu- gaz, como as phosphorocencias dos mar- neis.» 1 Tudo foi rápido e fugaz n'aquella vida febril, agitada e tumultuosa: triumphos, glorias, esperanças, sonhos, enthusias- mos, júbilos Íntimos. Tudo isto passou, turbilhão dourado, como folha levada pelo vento. Era o vento da desgraça. Apa- gou quanto elle tinha de bom, generoso e fecundo no coração, crenças e alTeetos, semente divina de heroísmos e dedica- ções, e encheu com as cinzas da duvida e do desespero o sacrario vasio onde aquelles afTectos e crenças se tinham ge- rado, nascido e crescido. Abriu-lhe em seguida as portas do cárcere, e depois d'um captiveiro de mezes, durante os 1 Vieira de Castro—Discursos parlamentares —18G5-6G. Me. 36. quaes aquella alma, no sinistro isola- mento feito de repente á roda de si, ge- meu, padeceu e consumiu o resto das suas forças n'uma agonia excruciante e demorada, arremessou com elle para lon- ge da patria, dos seus, das recordações da infância, dos sonhos da mocida- de, para longe dos sitios em que elle ti- nha triumphado, amado esido feliz, para longe do céo e das flores da sua patria, para longe deste sol criadora cujos raios se acendera o seu engenho e dilatara a sua alma. Finalmente veiu a morte ele- vou-o. Onde a desgraça passara, estere- lisando tudo como a pata do cavallo hu- no, mocidade, esperanças, chimeras, il- lusões, sentou-se a morte armada da foi- ce, como a pintavam os antigos. Triste, triste, triste ! Que resta hoje dos combates em que o académico consumiu as primeiras for- ças e os primeiros enthusiasmos da sua juventude, dos triumphos que ao orador politico grangeou a sua palavra vigoro- sa e elegante, das esperanças de que o homem se nutriu, das felicidades que so- nhou, do ideal que todo o trabalhador julga entrever ao cabo da sua lide e que incita o sábio a não desesperar da scien- cia e o pobre a não desesperar da ri- queza? E todavia nunca houve, por menos en- tre nós, carreira a que o futuro promet- tesse mais, destino mais brilhantemente começado, fado na apparencia mais fe- liz. Grandes predilecções Iitterarias, que o distinguiram e acompanharam sempre, le- varam Vieira de Castro nos primeiros an- nos a experimentar o seu talento em teti- Da vida deste homem, morto duas ve- zes, morto para o mundo antes da morte o tirar do mundo; da vida deste homem, que acabou a vida antes de morrer, se- gundo a expressão de Seneca, consum- mare vitam ante mortem, pôde escrever- se o que elle do alto da tribuna parla- mentar, d'onde se comprazia em semear de flores de rhetorica o caminho que ha- viam de percorrer os argumentos que des- pedia contra os adversarios, disse uma vez das sombras da lanterna magica, que se succedem, revesam-se «nos panos do muramento, vivendo o minuto da existen-

DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1872-12-07/j-1244-g_1872-12-07_item2/j... · Resolveu-se nomear uma commissão ... comendação que podemos fazer d'aquella

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iXATI'liA i;u UMIIO.%

300 réis Annuncios, linha, 20 rs.

900 » Publicações no corno do

10 » jornal, por linha, 60 rs. í

LISBOA

SABBAD0 7 DEZEMBRO 1872

1 mez ..

3 mezes

Avulso..

TIRAGEM 12:000 EXEMPLARES

BOLETIM DO DIA

com o governo, as bases principaes do ser necessaria a previa auctorisação do

qual são as seguintes:—O privilegio da governo. Em compensação destas" vanta-

emissão de notas no districto de Lisboa por gens o banco cede desde já dos seus pre-

mais 24 annos, podendo o banco depois de vilegios sobre isempção de impostos c põe

187i elevar a taxa do desconto de accor- á disposição do governo 1:000 contos de

do com as fluctuações do mercado, sem réis ao juro de 6 por cento. Depois de

I terminado o actual contracto o banco es-

tabelecerá succursaes em Coimbra, Évora

! e Faro e cede da hypotheca tacita e do

exclusivo dos depositos.

Resolveu-se nomear uma commissão

para o exame deste contracto, a qual foi

nomeada pela mesa e é composta dos se-

guintes accionistas:

Duque de Palmella, Carlos Bento da

Silva, José Joaquim dos Heis e Vascon-

cellos, Custodio Kchello de Carvalho, Ma-

nuel Antonio de Seixas c Antonio José

Pereira Serzedello Junior. Para supplen-

tes foram nomeados os srs. João Rebello

da Cosia Cabral, Henrique de Barros Go-

mes e Francisco Maria da Silva Torres.

A ' ommissão reúne na segunda-feira.

A assembléa geral presidiu o sr. viscon-

de de Porto Corvo.

Na segunda-feira 9 do corrente, tem

lugar no theatro da Trindade, o beneficio

da associação Civilização Popular. Tem

esta sociedade prestado relevantes servi-

ços ás classes populares, instruindo gra-

tuitamente nas suas aulas diurnas, c no-

cturnas, em cada anno, cerca de MO

alumnos, entre menores e adultos, com

reconhecido aproveitamento, por isso que

ainda este anno teve 12 í aprovações no

lyceu nacional de Lisboa, em instrucção

primaria, portuguez e francez.

Narrando estes factos, é a melhor re-

comendação que podemos fazer d'aquella

festa, em que tanto interessa os fi-

lhos do povo, porque adquirem ali o pão

do espirito, indespensavel para se torna-

rem úteis a si c á patria.

O monte-pio da casa real paga hoje

as suas pensões, relativas ao 3.°trimes-

tre do corrente anno, na rasào de 60

por cento.

O maestro Bio de Carvalho compoz a

musica para a missa que se hade can-

tar amanhã na egreja do Soccorro. Di-

zem-nos maravilhas desta composição.

Chegou hontem o vapor Insulano da

carreira dos Açores, o qual vem retarda-

do alguns dias por causa do mau tempo

que tem feito.

No dia 20 começa a novena de Nossa

Senhora da Conceição, da Casa, na egre-

ja das Mercôs.

Poucos serviços ha tão bem organisados

no paiz como o dos facultativos militares,

e se alguns o pódem egualar em regula-

ridade, nenhum o excede decerto. Foi

(>ois com assombro que vimos n'uma fo-

lia noticiosa a noticia de que um ferido

fôra antes de hontem ao hospital militar

da Estrella a fim de ser ali curado, e que

saíra no mesmo ectado, por que estando

os facultativos todos nas visitas das en-

fermarias, não houvera quem lhe podesse

fazer o curativo. Surprehendeu-nos o caso

e tratámos de indagar; sabendo assim que

as coisas se passaram de modo que não

cabe a menor responsabilidade aos medi-

cos militares, porque o ferido nem sequer

quiz esperar o tempo necessário para se

ir chamar o facultativo a que incumbia

aquelle serviço e que effectivamente es-

tava passando visita na enfermaria.

D'este modo, se touos os centenares dé

feridos que ali são tratados durante o anno

fossem todos tão apressados, seria mister

que o facultativo estivesse sempre á porta

para lhes prestar os primeiros soccorros

apenas assomassem ao vestíbulo do edi-

fício.

Não se comprehende que um sobresal-

tado por um ferimento, torturado pelas

dores que elle causa, chegue a um hos-

pital, onde encontra soccorro prompto e

derto, e que só para não esperar alguns

minutos que o facultativo chegue, vá pro-

curar Jonge e com incerteza quem o tra-

te. E' por isso que, podendo a noticia

dada muito laconicamente fazer má im-

pressão, e julgar-se que houvera menos

sollicitudc dos membros da classe medi-

co-castrense em prestar soccorros ao fe-

rido, tratámos de averiguar o acontecido,

folgando em prestar homenagem á nun-

ca desmentida dedicação dos medicos que

fazem serviço no hospital da Estrella,

e á boa vontade e presteza com que soc-

corn:m todas as pessoas que ali vão pro-

curar o auxilio da sciencia.

Reuniu na quinta-feira a assembléa ge-

ral do banco de Portugal, para a qual fo-

ram convidados todos os accionistas. Es-

tiveram presentes 170. A direcção apre-

sentou o projecto do novo contracto feito

VIEIHA DE CASTRO

cia das sombras: etherea, rapida, fu-

gaz, como as phosphorocencias dos mar-

neis.» 1

Tudo foi rápido e fugaz n'aquella vida

febril, agitada e tumultuosa: triumphos,

glorias, esperanças, sonhos, enthusias-

mos, júbilos Íntimos. Tudo isto passou,

turbilhão dourado, como folha levada pelo

vento. Era o vento da desgraça. Apa-

gou quanto elle tinha de bom, generoso

e fecundo no coração, crenças e alTeetos,

semente divina de heroísmos e dedica-

ções, e encheu com as cinzas da duvida

e do desespero o sacrario vasio onde

aquelles afTectos e crenças se tinham ge-

rado, nascido e crescido. Abriu-lhe em

seguida as portas do cárcere, e depois

d'um captiveiro de mezes, durante os

1 Vieira de Castro—Discursos parlamentares

—18G5-6G. Me. 36.

quaes aquella alma, no sinistro isola-

mento feito de repente á roda de si, ge-

meu, padeceu e consumiu o resto das

suas forças n'uma agonia excruciante e

demorada, arremessou com elle para lon-

ge da patria, dos seus, das recordações

da infância, dos sonhos da mocida-

de, para longe dos sitios em que elle ti-

nha triumphado, amado esido feliz, para

longe do céo e das flores da sua patria,

para longe deste sol criadora cujos raios

se acendera o seu engenho e dilatara a

sua alma. Finalmente veiu a morte ele-

vou-o. Onde a desgraça passara, estere-

lisando tudo como a pata do cavallo hu-

no, mocidade, esperanças, chimeras, il-

lusões, sentou-se a morte armada da foi-

ce, como a pintavam os antigos. Triste,

triste, triste !

Que resta hoje dos combates em que

o académico consumiu as primeiras for-

ças e os primeiros enthusiasmos da sua

juventude, dos triumphos que ao orador

politico grangeou a sua palavra vigoro-

sa e elegante, das esperanças de que o

homem se nutriu, das felicidades que so-

nhou, do ideal que todo o trabalhador

julga entrever ao cabo da sua lide e que

incita o sábio a não desesperar da scien-

cia e o pobre a não desesperar da ri-

queza?

E todavia nunca houve, por menos en-

tre nós, carreira a que o futuro promet-

tesse mais, destino mais brilhantemente

começado, fado na apparencia mais fe-

liz.

Grandes predilecções Iitterarias, que o

distinguiram e acompanharam sempre, le-

varam Vieira de Castro nos primeiros an-

nos a experimentar o seu talento em teti-

Da vida deste homem, morto duas ve-

zes, morto para o mundo antes da morte

o tirar do mundo; da vida deste homem,

que acabou a vida antes de morrer, se-

gundo a expressão de Seneca, consum-

mare vitam ante mortem, pôde escrever-

se o que elle do alto da tribuna parla-

mentar, d'onde se comprazia em semear

de flores de rhetorica o caminho que ha-

viam de percorrer os argumentos que des-

pedia contra os adversarios, disse uma

vez das sombras da lanterna magica, que

se succedem, revesam-se «nos panos do

muramento, vivendo o minuto da existen-

Page 2: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1872-12-07/j-1244-g_1872-12-07_item2/j... · Resolveu-se nomear uma commissão ... comendação que podemos fazer d'aquella

638 DIÁRIO ILLUSTRADO

REVISTA ESTRANGEIRA

PARIS, 1 de dezembro de 1872. —

Assistimos hontcm a uni triste espectá-

culo. Volta o partido bonapartista á to-

na (Tacua; julgavamol-o definitivamente

afíogado na lama de Sedan. Yae longe

o tempo em que a Assembléa fulminava

como um só homem o império, em que

acolhia insolentemente os discursos de

mr. Rouher. Hoje o partido bonapartis-

ta auxiliado pela direita, infligiu um che-

que ao governo. A occasiâo não pare-

cia bem escolhida para essa reconcilia-

ção. Ainda ante-hontem mr. Ernoul, mem-

bro da direita, foliara nos «Cesares de

occasiâo» c o partido bonapartista devia

estar molestado. Mas o sr. Ernoul, re-

vendo as provas do seu discurso, cor-

tou a phrase quesusceptibilisava os seus

novos amigos e a alliança fez-se. Ilon-

tem realisou-se a interpellaçâo de mr.

Prax-Paris, deputado imperialista, acer-

ca das representações das camaras mu-

nicipaes, e accusou o ministro do inte-

rior de ter violado a lei, acceitando-as.

O sr. Victor Lelranc respondeu com di-

gnidade, declarando que sempre que as

representações vinham das camaras mu-

nlcipaes annullava-as, mas não podia im-

pedir os conselheiros municipaes de re-

presentarem depois das sessões como

simples cidadãos. O sr. Prax-Paris in-

sistiu, mas recebeu do sr. Victor Lefranc

unia resposta severa. «E' notável, disse

elle, (pie parta similhanteaccusação dos

homens, que serviram o regimen onde

as camaras municipaes violentavam com

as suas representações a independencia

da Assembléa.

Apezar d esse discurso, o sr. Castel-

lane propoz uma moção d'ordem, encer-

rando uma censura ao ministro do in-

terior. Essa moção d ordem foi votada

por 305 votos contra 298. Diz-se que

em presença d essa votação Victor Le-

franc retira-se.

Na folha ollicial de hontem vem pu-

blicada a carta de confirmação e ratifi-

cação do tratado de commercio e nave-

gação, entre sua magesladc lidellissima

el-rei de Portugal e sua magestade o

imperador da Austria.

A charada do sr. Bernardo Maria da

Costa e Silva, posta hontem a premio

para os nossos assinantes de Lisboa, foi

decifrada em primeiro lugar pelo sr. Luiz

Porlirio da Silva Sampaio, a quem fize-

mos entrega do brinde. A referida chara-

da, cuja significação é Demosthenes, foi

decifrada também pelos seguintes assi-

gnantes nossos:

Ex.,Uâ sr.' condessa de Belmonte, que

se dignou enviar-nos de Belem um tele-

gramma, assim como ossrs. Antonio Pai-

va Pereira da Silva, e D. E. Moreau, o

primeiro de Santa Isabel e o segundo do

caes dos Soldados, conde da Azambuja,

Carlos Borges, Alfredo José Lopes da

Silva, João Henrique Barata, Joaquim da

Silva, A. P. Pinto Goulão, Augusto Pena,

Cesar Augusto dos tteis, Samuel Candido

Correia, Luiz Candido da Silva Patacho,

A. Coutinho, J. M. Garcez Palha, Joa-

quim Moreira. Matheus Ollegario da Cos-

ta e Sousa, José Torgo. Henrique Zefe-

rino d'Albuquerque. Francisco Manuel

Aguas, Ethelberto Rodolpho de Salles

Barbosa, Francisco Cvpriano Pinto, José

Maria Ferreira Mendes, João Frederico

da Fonseca, Felicio José de Sousa, F. L.

da Silva Almeida. A. II. M. de Castro

Telles d'Eça e Cunha, Eduardo T. de

Sampaio, desembargador Sena Fernan-

des e Manuel de Carvalho Ribeiro Vianna.

A ex.m' sr.' I). Guilhermina Roxo não

só advinhou a charada posta a premio,

como também advinhou todas as chara-

das e enigmas publicadas no nosso nu-

mero d'hontem.

HIGH-LIFE

Está em Oeiras, passando alguns dias

com a familia Pombal, a ex."" sr.' I).

Maria A ma li a Figueira.

—O sr. marquez de Pombal e sua fa-

milia, retiram para Lisboa antes do Na-

tal, onde passam o resto do inverno.

—Tem estado gravemente enfermo o

sr. visconde de Azurara, com uma cry-

sepela biliosa. Ha dois dias que apre-

senta comtudo algumas melhoras. Muito

desejamos o seu restabelecimento.

—Este anno, em Paço d'Arcos, varias

das muitas distinctas famílias que ali

costumam residir pela época dos banhos

teem-se demorado. O sr. marquez de

Fronteira retirou um destes dias, mas

ficaram ainda os srs. condes da Torre.

A sr.' D. Engenia Menezes, e seus fi-

lhos. também ainda estão na sua casa

da Terruge, e egualmente a familia d°

sr. I). João de Menezes. As senhoras San"

tares, da illustre casa de Subserra, de-

moram-se até ao fim do mez, vindo de-

pois passar o inverno á capital.

—Está cm Coimbra o sr. marquez de

Sousa.

—Foram nomeadas damas honorarias

de Sua Magestade a Rainha a sr.' D.

Maria Pia, trez formosas e jovens se-

nhoras da alta aristocracia; a sr.* con-

dessa de Villa Real, filha da sr.' con-

dessa de Mello, a sr.' condessa das AI-

caçovas, filha do sr. visconde do Torrão,

e á sr.' viscondessa d'Asseca, filha do

sr. Eduardo Pinto Soveral.

—Casou em Beja a sr." D. Francisca

de Sousa Feio, filha do sr. visconde da

Boa Vista, com o filho do sr. visconde da

Corte. Foram padrinhos os paes dos noi-

vos.

—Já partiu de Vienna d'Austria com

destino a Lisboa o sr. conselheiro Fra-

desso da Silveira.

—O sr. marquez d Avila e de Bolama,

recebeu o titulo de presidente honorário

da sociedade francesa de beneíicencia

dos militares.

—Chegou a Lisboa uma filha do sr.

Saldanha da Gama, nosso consul na

Bahia.

Falla-se em que virá brevemente pa-

ra o circo de Price uma companhia de

zarzuella organisada pelo barítono Cres-

cy, e que a companhia possue bons can-

tores.

tamens de diversos generos; escreveu al-

guns artigos no Racional do Porto, fo-

lhetins na /{evolução de Setembro, e o

Atheneo teve-o por collaborador eflectivo

muito tempo. Todavia a sua obra littcra-

ria de maior significação é a Noticia da

vida e obras de Camillo Castello Branco,

que seria de todo o ponto um bom livro,

assim como é um livro curioso, arriscado

e intrépido, se a tcndencia para o estylo

gongorico, grandes phrases exageradas e

palavras retumbantes não prejudicassem

o sabor da linguagem no que respeita ás

leis do gosto. Era comtudo um livro de

merecimento, e de luta, com referencias

picantes a muitos escriptores conhecidos,

como llodrigo Paganino, Ernesto Biester,

etc., feitas com desassombro se bem que

sem justiça em muitos pontos.

Este livro,—promenor talvez ignorado

da maioria dos que o leram e conhecem,

—foi feito n'um segundo andar da rua

dos Algibebes, onde Vieira de Castro vi-

vera com Camillo Castello Branco ha doze

annos, em 1860. Existência tranquilla,

retirada do inundo, esquiva ao bulício e

ás agitações da sociedade. Nem pensava

em politica, nem lia jornaes. Nenhum dos

dois, nem Camillo nem elle, saia de casa,

a não ser algum bocadinho á noite, e isso

mesmo raras vezes. Como n esse tempo

não havia ainda jornaes de noticias, era

cada qual senhor de chegar e partir quan-

do muito bem queria. Os prélos não di-

ziam nada. Por isso ninguém, ou quasi

ninguém sabia que Camillo e Vieira de

Castro aqui estivessem. Estes dois ho-

mens, tão extraordinários por mais d'um

titulo, passavam na sombra e recreayam-

se com o mysterio em que se envolviam.

Iam apenas á casa da rua dos Algibebes

Julio Cesar Machado,2 que morava nesse

tempo perto d'aquella casa, numa esqui-

na do sexto quarteirão da rua do Oiro, e

João Ignacio da Cunha.

Camillo estava n'uma das suas épocas

de não querer trabalhar. Enfastiado de

tudo, como que fatigado da vida, e quasi

que com asco ás letras, não cjueria ver

livros nem ouvir fallar n'elles; Vieira, que

tinha por elle uma amisade que tocava as

jaias do fanatismo, afinava por aquelle

grande espirito, e também não queria ler.

O resultado era n'aquella casa não fazer-

se outra coisa senão conversar. O leitor

que imagine o que ali iria de philoso-

* Devo á sua obsequiosa amisade estes pre-

ciosos apontamentos inéditos. D aqui lhe agra-

deço.

phia, de ironia, de observação, de criti-

ca, n'aquelles cavacos permanentes!

Vieira tinha a nota do enthusiasmo ou

a da ira; Camillo, a do desdem, a do riso,

a do desprezo. Mesmo quando gracejava,

o primeiro tinha como que lagrimas e

apostrophes nos sens ditos; Camillo, ho-

mem superior e homem experiente, vasa-

va n um sarcasmo um mundo de idéas.

A singelesa de costumes de Vieira de

Castro n essa epocha parecia desmen-

tir os boatos que se haviam espalhado a

respeito dos distúrbios da sua vida de

estudante. Contava-se que elle em Coim-

bra fizera epocha, não só pelo prestigio

da sua palavra e pelo ardor da sua elo-

quência, mas pela coragem dos seus

actos, muitas vezes pela imprudência e

loucura d'elles. Entretanto, ao vel-o,

quasi que não se acreditava em simi-

liiante coisa: eram doces as suas falias,

e no trato com os amigos, meigo e dó-

cil como uma criança. Ninguém diria que

fosse aquelle gentil moço, ceremonioso,

delicado, o terror das noites de Coim-

bra e dos dias do reitor!

Que dillerença entre esta sua passa-

gem em Lisboa ha doze annos, tran-

quilla e ignorada, e a sua entrada 110

parlamento, onde veiu eir 186;> repre-

sentar um circulo da opposição! Que ce-

leuma que se levantou á roda do seu

nome! Que tempestades e que triumphos!

Como foi applaudida com calor pelos

amigos e pelos adversarios acerbamente

criticada a sua estreia parlamentar, es-

treia audaz e brilhante que o sr. Anto-

nio Rodrigues de Sampaio, grande ami-

go de Vieira de Castro, saudava no dia

immediato deste modo na Revolução de

Setembro: «Nem a tribuna antiga nem a

moderna nos ofTereccm melhores mode-

los de eloquencia.»

Esta apreciação, na qual a amisade in-

fluía mais que o juiso recto e imparcial

de quem a fazia, não era comtudo intei-

ramente destituída de fundamento. Vieira

de Castro nascera para fallar. Era fado

seu, como fado seu foi a sorte desgra-

çada que teve. A sua natureza ietrepida

e audaz amava a luta, a embriaguez e

as commoções do combate. A tribuna

era o seu elemenlo. Subia a ella como

o soldado sobe ao assalto. Sentia-sc gran-

de e forte n'aquelle mesmo logardonde

Garrett desfolhara os primores da sua

palavra académica, que realisou entre

nós o ideal antigo, o consorcio da força

e da eloquencia tão amado dos gregos.

Como o auctor do discurso de Porto Pi-

rôo, tinha, ainda que em gráo inferior,

a elegancia e a força, e uma coisa que

mais ninguém teve depois de José Este-

vão: o calor, a chamma interior, a ins-

piração, o chamado fogo sagrado, que

não se sabe donde vem, se desce do

céo como o espirito que illuminou os

apostolos, se se eleva do coração como

o amor, a fé, o enthusiasmo, mas cujo

poder é assombroso e cuja força é irre-

sistível. Onde elle experimentou, de uma

maneira definitiva, esta irresistível força

e este assombroso poder foi n'aquelle

celebre meeting do Porto onde elle fallou

por espaço de quatro horas, e que cons-

tituiu um dos episodios mais notáveis da

nossa vida politica n'estes últimos an-

nos. O seu discurso, diz quem o ouviu,

foi um rugido e uma cólera, uma 111a-

gnetisação e 11111 milagre!3

Foi o canto do evsne, a ultima vibra-

ção d'aquella palavra sonora e eloquente,

0 ultimo som d'aquella voz possante e

inspirada.

Já Vieira de Castro eslava casado. Ti-

nha visto o novo mundo: percorrera a

America do Sul, no meio dos triumphos

que lhe grangeava diariamente o seu ta-

lento de orador, posto por elle ao servi-

ço da caridade em mais d'uma festa de

beneíicencia; visitara a America do Norte,

no meio das preoccupações politicas de

que a ftepubhca saiu armada como Mi-

nerva da cabeça de Jupiter; dos Estados

Unidos trouxera este livro valoroso e

audaz, a mais ardente profissão de fé

democratica que até então se fizera en-

tre nós; das terras de Santa Cruz trou-

xera o amor, a paz, a felicidade, o lar.

Tudo isto, porém, devia durar pouco.

A estrella funesta que desde os primei-

ros annos disputara, no destino d'aquelle

homem, com assustadora pertinacia, o

iogor á estrella propicia a que elle de-

vêra os seus primeiros triumphos, illumi-

nou subitamente com o seu lugubre cla-

rão os horisontes até ali de oiro e pur-

pura d'aquella feliz e gloriosa existên-

cia. Subitamente, por um capricho ex-

travagante e brutal da sorte, caiu por

terra, como se fora castello de cartas le1-

vantado pela mão débil d'uma criança,

o edifício onde todos julgavam que mo-

rava o amor, a gloria e a felicidade. Foi

uma catastrophe espantosa, ecujo desfe-

* José Cardoso Vieira de Castro, antes e de-

pois do seu julgamento, por seu irmão Antonio

Manoel Lopes Vieira de Castro. Pag. 50.

cho fez lembrar o trágico final d'aquella

peça em que o poeta inglez resumiu, em

versos que hão de sobreviver a todas as

idades e a todos os cataclvsmos, tudo

quanto pôde haver de mais doce no amor

e tudo quanto pôde haver de mais cruel

no ciúme.

Desde este dia Vieira de Castro pôde

dizer-se que morreu.

A's vezes na cadeia, onde eu ia visi-

tal-o frequentemente, — confesso-o sem

pejo nem temor dos udios nue ainda possa

resuscitar a sua desgraçada memoria,—

animava-se com a presença dos poucos

amigos que iam vêl-o, e que pela sua

parte faziam constantes esforços para o

alegrar e distrair, conversava, íallava, ás

vezes discutia até calorosamente; mas

tudo isto era rápido, fugaz, ephemero.

Minava-o a tristeza, o pesar, a nostal-

gia de todas as coisas que lhe tinham sor-

rido na vida e que elle tinha amado.

Olhava melancolicamente atravez das gra-

des para o Tejo, que lhe passava defron-

te da janella tinto do azul voluptuoso

d'este sereno ceu, para o sol que pare-

cia ter modo de entrar n'aquella triste

morada. Todavia supportava tudo com

heróica resignação, com um estoicismo

verdadeiramente antigo. Aquella alma,

açoitada por tempestades que fariam sos-

sobrar os ânimos mais varonis e resolu-

tos, não teve nunca uma hora de des-

falecimento. Estava como aquella arvore

de que falia o padre Antonio Vieira n'um

dos seus sermões: despojada das folhas

que a revestiam, das flores que a guar-

neciam, dos fructos que a enriqueciam,

presa ainda pelas raizes, e sustentando-

se na terra (mas não da terra), espera a

arvore em pé a ultima caída*.

Era uma alma de tempera rija, uma

consciência corajosa e forte, que já-

mais conheceu desfallecimentos covardes

ou condescendencias vergonhosas. De-

pois do julgamento lhe ouvi dizer mais

d'uma vez que não voltaria a Portugal,

mesmo no caso da intercessão d'algum

amigo valioso lhe alcançar uma commu-

tação de pena, sem completar os quinze

annos de degredo a que estava condem-

nado. Este valor na desgraça deve me-

recer algum respeito ásua memoria. Que

respeitem ao menos a memoria os que

não poderam perdoar ao homem.

Samos Nazareth.

4 Segundo sermão da cinza, prégado em Ro

ma no anno de 1673.

Page 3: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1872-12-07/j-1244-g_1872-12-07_item2/j... · Resolveu-se nomear uma commissão ... comendação que podemos fazer d'aquella

DIÁRIO ILLUSTRÀDO 639

Fomos hontem obsequiados com uma

carta do sr. barão do Rio Zezere, digno

commandante geral das guardas munici-

pals dizendo-nos que o facto de que demos

noticia com o titulo de Cutilada de morte

não se acha revestido das circumstancias

aggravantes com que fomos mal informa-

dos. Vamos tanscrever alguns períodos

capitaes da carta do sr. barão, em conse-

quência de a isso nos obrigar a falta de

espaço. E' nosso intento fazer justiça a

cjuem ella de direito pertencer, e por

isso julgamos do nosso dever, demons-

trar ao publico que o sr. barão do Rio

Zezere, sempre exemplar e recto no cum-

primento dos seus deveres, investigou

sobre o assumpto, conforme lhe pedimos,

e reconheceu que além do municipal ter

procedido com a maior prudência, o caso

não dpresenta a supposta gravidade. Eis

como o sr. barão do Rio Zezere nos des-

creve como o facto aconteceu:

«No dia 4 ás 11 horas e 3 quartos da

manhã achavam-se dois soldados inglezes

embriagados, deitados no largo de S. Do-

mingos; o soldado n.° 286 da l.a com-

Sanhia fel-os levantar, e segundo as or-

ens que teem, quer de dia, quer de noi-

te, quando marinheiros ou soldados in-

glezes, sejam encontrados n'aquelle es-

tado, os conduzam ás estações, ou quar-

téis das companhias, afim de que o en-

xame de gatunos de que a capital está

cheia, que vão á Roa Hora quatro, cinco

e mais vezes no mez, os não roubem.

Conduzindo-os pois o soldado para o quar-

tel da 1/ companhia, a poucos passos

um delles, tirando uma navalha, inves-

tiu contra o soldado; este guardando o

corpo á navalhada não teve mais tempo

3ue tirar o terçado e dar-lhe uma panca-

a na cabeça, dando-lhe outra na mão

direita, que fez com que o inglez largas-

se a navalha.»

O digno commandante enviou-nos a se-

guinte nota, que lhe foi remettida pelo

sr. Joaquim Tlieotonio da Silva:

«James Landjon entrou para a enfer-

maria de Santo Amaro do hospital de S.

José com duas feridas na cabeça, uma

na região frontal, e outra na parietal,

tendo a primeira 35 a 45 milímetros de

extensão, e além d'isso tinha 4 pequenas

fendas incisas e transversaes nas raizes

dos quatro últimos dedos, da mão direi-

ta. Todas estas feridas são de pouca gra-

vidade, porque apenas interpõem os te-

gumentos communs.»

Agradecemos ao sr. barão do Rio Ze-

zere o cuidado e zelo que empregou so-

bre o assumpto, e as informações que se

dignou enviar-nos a esse respeito.

Foram expedidas pelo ministério da

marinha as convenientes ordens para que

a corveta Estepharia receba a seu bor-

do os emigrados hespanhoes que se es-

peravam hontem vindos do Porto. De-

pois serão conduzidos á ilha da Madei-

ra, onde está estabelecido o deposito dos

emigrados.

O sr. duque dePalmella foi eleito pela

irmandade do Santíssimo da freguezia de

S. Mamede, juiz da mesma irmandade.

Já sae a passeio, depois do grave in-

commodo de saúde que solíreu, o sr. Car-

los Barreiros, inspector dos incêndios.

MADRID, 5 ás 11 h. e 50 m. da m. —

Os boatos espalhados n'estes últimos

dias sobre a alteração da ordem publica em

em Madrid, próxima insurreição nas pro-

víncias e crise ministerial, não teem fun-

damento. Em Madrid ha tranquillidade;

a tentativa federal foi suffòcada, e não

ha probabilidade de mudança da situa-

ção. No congresso discute-se o orçamen-

to. Os orçamentos novos hão de come-

çar a vigorar no primeiro de janeiro.

MADRID, 5. — Internos 27,25. —

Externos 30,90.—Cambio sobre Londres,

49,10, idem sobre Paris 5,15. Bonds do

thesouro 78,40.

Fabra.

VERSAILLES, ide dezembro ásiOh.

50 m. dam.—As commissões d'assembléa

elegeram a commissão Dufaure com 361

votos da direita e 336 da esquerda. A

commissão ficou composta de 19 de-

putados pertencentes á direita e 11 á es-

querda. Os candidatos da direita pro-

nunciaram discursos conciliadores. A as-

sembléa discute os orçamentos.

PARIS, o. — 3 p. c. francez 53,15.

5 p. c. id. 1871. 83.53. — 5 p. c. de

1872. 85,55. Coupon cortado. 3 p. c. hes-

panhol interno 26 '/ir,; id. externo 29 '/ig-

a 29 3/«- Portuguez 42'/t.

LONDRES, 5. — Hespanhol externo

29 7/

ANVERS, 5.-3 p. c. hespanhol

28 3/4. Portuguez 41 '/4.

AMSTERDAM, 5. — Hespanhol 29,00.

Portuguez 41 3/g.

Farra.

Tem passado incommodado de saúde

o distincto medico dr. Simas.

Chegou a Lisboa a companhia france-

za que vem dar concertos no Casino Lis-

bonense. O primeiro deve verificar-se

hoje.

Já estão a imprimir na imprensa na-

cional os orçamentos dos differentes mi-

nistérios para serem presentes ao parla-

mento no principio do mez de janeiro.

Diz-sj que o deficit é calculado entre

mil e mil e cem contos.

Está doente em Paço d'Arcos o sr. vis-

conde de Azurara.

Apresentámos hoje no logar compe-

tente o annuncio da casa de modas do

sr. Nuno Machado & C.4 na rua Nova

do Almada, 67, proximo á calçadinhade

S. Francisco. Visitámos o estabelecimen-

to do sr. Machado e vimos o aprimora-

do bom gosto de todas as suas confecções.

Os chapéus sobretudo são da maior no-

vidade e elegancia.

Fomos depois ao atelier do estabele-

cimento, na calçada Nova de S. Francis-

co 10, rez-de-chaussée,que é dirigido por

duas habilissimas modistas, e admirámos

não só a promptidào e gosto com que se

executam todos os trabalhos, mas também

a maneira obsequiosa com que são rece-

bidos os freguezes.

MADRID, 6 dedezsmbro á 6 h. 35 m. t.

—A guerrilha carlista da província de

Valencia foi derrotada, tendo 10 mortos

entre os quaes o chefe, o li lho deste e

3 sub-chefes; 30 feridos, 25 prisioneiros

e muitas armas. A guerrilha federal da

província de Badajoz foi também derro-

tada. Por causa d este incideute esteve

detido por algumas horas o comboio do

norte; todavia já se acha restabelecida

a linha.

MADRID, 6.—Interno 27,26; externo

31,00. Bonds do thesouro 78,40. Cam-

bio sobre Londres 49,05. Id. sobre Pa-

ris 5,11. • \

Conta o Tribuno Popular, de Coim-

bra, que no ultimo paquete transatlanti-

co chegou ali a noticia de se ter decidi-

do favoravelmente o pleito que ha muito

tempo corria no Brasil sobre uma heran-

ça avultuda que reverte em favor d uma

família pobre d'aquella cidade, por via

de um parente que enriqueceu nas ter-

ras inexgotaveis de Santa Cruz. A de-

manda foi sustentada contra dois barões.

O nosso college do Diário da Tarde

do Porto, publica o seguinte improviso

ue o poeta Guilherme Braga recitou

'um camarote de primeira ordem, do

theatro Baquet, despertado pela repre-

sentação do drama os Apóstolos do Mal:

Se o virdes amanhã, na rua, ao jesuíta,

Chamae-lhe alFoitamente Apostolo do Mal!

Dizei-lhe ifessa voz que as multidões agita:

Nào medra n'este solo a arvore maldicta!

Padres de Satanaz, fora de 1'ortugal!

Não houve hontem julgamentos correc-

cionaes no 2.° districlo criminal, por

ter dado parte de doente o juiz d'aquelle

districto o dr. Carlos Maia.

3

Já estão encaixotadas, alim de serem

remettidas para o Rio de Janeiro no pro-

ximo paquete, a riquíssima coroa e al-

mofada ae pedra que foram oíTerecidas

pelo sr. Severiano de Abreu a sua ma-

gestade o imperador do Brasil. Aquella

é trabalho do sr. Jeronymo Gonçalves

e o delicado crochet com que a aímofa-

da figura estar coberta é devido ao bem

manejado cinzel do sr. João Evangelis-

ta da Silva. Trabalhos de tal ordem no-

bilitam não só os operários que os exe-

cutam, como o paiz a que estes porten-

cem.

O sr. ministro da guerra diz que sem

a claresa de registos disciplinares não

pôde haver justiça na apreciação do com-

portamento militar; e por isso recom-

menda aos commandantes dos corpos de

todas as armas que n aquelles registos

se averbem com toda a claresa as faltas

commettidas pelos indivíduos punidos,

alim de que, sob as expressões vagas

de:—transgressão de disciplina, falta de

cumprimento dos seus deveres, falta de

cumprimento de ordens, desobediencia

aos seus superiores, irregularidades com-

mettidas no serviço, etc. senão encubram

faltas tão graves que podem ser crimes,

nem se possa suppôr que foram graves

quando realmente não passaram de ca-

suaes ou insignilicantes.

Arnbou hontem ao nosso porto a escu-

na «Dolphin» que conduzia um carrega-

mento da ilha de S. Miguel para Bris-

tol. Este navio solíreu grandes avarias no

casco, e perdeu o primeiro official, que

uma vaga arrojou ao mar.

Era este, o capitão Bastos, muito co-

nhecido n'aquella ilha, e que tem com-

mandado differentes navios daquella

praça.

Consta-nos que tinha aqui família, que

a esta hora deve estar bem consternada.

Foi brilhantíssima a recita do theatro

doGvmnasio em que se estreiou o sr.

Augusto Rosa.

Rosa pae e João Rosa, dois dos nos-

sos primeiros actores e o debutante fo-

ram muito victoriados. Augusto Rosa re-

velou grandes tendencias para a scena,

dotes muito apreciaveis, talento e estudo.

Quem sae aos seus não degenera, diz o

provérbio; Augusto Rosa é digno de usar

o appelido de seu pae e de seu irmão.

A estreia foi o mais brilhante possí-

vel e póde-se alToitamente agourar ao no-

vel actor esplendido futuro. Felicitâmol-o

como também ao seu illustre pae e ir-

mão pelo triumpho alcançado hontem. O

theatro estava cheio, e muita gente se

retirou por não encontrar no bilheteiro,

nem nos contractadores um único bilhe-

te. Rosa pae foi ad mi ravel no Morgado

de Fafe e muito applaudido. A actriz

Margarida que ha dias se estreou, des-

empenhou com muita felicidade dois pa-

peis importantes nas duas comedias. Hoje

repete-se o mesmo espectáculo e a mes-

ma enchente.

No domingo, ás 10 horas, manda a

commissão de beneíicencia da freguesia

da Encarnação distribuir na sacristia da

mesma freguesia, 72 esmolas de 500 réis

ás pessoas mais velhas, pobres e doen-

tes da parochia.

Já se apresentou a fazer serviço na

alfandega municipal, o seu director, o

sr. Diogo Antonio Palmeiro Pinto. Está

portanto s. ex.a restabelecido do grave

encommodo de saúde que solíreu.

O sr. José Maria dos Santos, abasta-

do e rico proprietário e lavrador, cele-

brou um contracto com a companhia dos

caminhos de ferro para o transporte de

300 trabalhadores de Coimbra para Lis-

boa, ao preço de 1:400 réis cada ura.

Vão para as vastas propriedades que o

sr. Santos possue no Alemtejo.

O sr. prior da freguezia do Soccorro,

o dr. Rodrigo de Menezes Pereira eVas-

concellos resignou a parochia. Está en-

commendado o coadjutor da mesma

freguezia, padre Manoel da Costa Aze-

vedo.

Consta-nos que os facultativos milita-

res srs. Cunha Bellem e Guilherme En-

nes, teem estudado algumas importantes

modificações a introduzir na maca rodada

de Shostell, de modo a tornal-a própria

principalmente para o serviço dos quar-

téis em tempo ae paz, sendo os doentes

transportados sem virem expostos aos

raios do sol ou á acção da chuva; e que

n'este intento vão sollicitar do ministério

da guerra que seja posta á sua disposi-

ção a única maca modelo que existe no

deposito geral de objectos de cirurgia do

exercito, para em face delle realisarera

os melhoramentos projectados e proporem

a sua adopção para todos os corpos do

exercito, principalmente das guarnições

de Lisboa e do Porto.

Será uma grande vantagem para os

soldados doentes, e para os seus cama-

radas sãos, que teem de os conduzir aos

hospitaes.

O monte-pio oflicial tinha em 30 de no-

vembro um saldo de 968:008^000 (noni-

nalj de inscripções, e 2:502$769 reis em

metal.

Embarcou hontem na ponte do arse-

nal de marinha uma grande leva de de-

gredados, que seguiu para Angola no va-

por Cambridge.

Trata-se de resolver definitivamente o

negocio ha tanto tempo pendente da com-

panhia União Mercantil, procurando rea-

lisar um accordo entre todos os credo-

res preferentes, que são perto de 200. O

governo tem no deposito as quantias des-

tinadas ao pagamento da garantia do ju-

ro, que visto estar em liquidação a com-

panhia, não tem podido ser entregue aos

que a ella tenham direito.

ADVINHAÇAO

oo

Sou um posto nos exercitos ) «

Logo acima de tenente. j 6

Sou um vulto alvo e medonho /

Meto medo a muita gente.

ACTOR JOAQUIM DflLfYIElDfl

Foi elevado á dignidade de grã-cruz

da ordem de Nossa Senhora da Concei-

ção de Villa Viçosa, o conselheiro Manuel

Francisco Correia, ministro do impera-

dor do Brasil, na repartição dos nego-

cios estrangeiros.

O sr. ministro da guerra nomeou uma

commissão para estudar os systemas mo-

dernos de artilheria, tanto dè campanha,

como de sitio e praça; e determinar a

final qual deva ser com mais vantagem

adoptado para cada uma d'estas espe-

cies de bocas de fogo, attendendo para

isso ao modo de carregar, eá qualidade

do metal empregado nas respectivas fun-

dições.

Continua a dar sérios cuidados á sua

extremosa família, a doença do sr. João

Vicente d'Oliveira, que, segundo nos in-

formam, tem peiorado n'estes últimos

dias. Do coração desejamos melhoras ao

illustre enfermo, para descanço seu, eda

virtuosa família que o estremece.

Os srs. Luiz Teixeira de Sampaio e

Duarte Villa Pouca, fizeram uma propos-

ta á camara municipal de Lisboa, ofTe-

recendo um empréstimo de quatro mi-

lhões e quinhentos mil francos. A pro-

posta foi apresentada na sessão de dois

d'este mez e ficou sobre a meza para

ser examinada.

Hoje é o beneficio de Joaquim d'AI-

meida. Poucos bilhetes ha no camarotei-

ro. Apressem-se os amigos do beneficia-

do, emquanto é tempo. Representa-se

pela primeira vez o drama militar de

grande espectáculo em 5 actos e 8 qua-

dros O capitão Fantasma, traducçãodos

srs. Joaquim José Annaya e Carlos Bor-

ges. E' verdadeira noite' de festa.

Page 4: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1872-12-07/j-1244-g_1872-12-07_item2/j... · Resolveu-se nomear uma commissão ... comendação que podemos fazer d'aquella

64°

63? DIÁRIO ILLUSTRADO

Falleceu em Ponta-Delgada o sr. Car-

los Thompson.

Grassa uma epidemia de bexigas em

Ponta-Delgada.

Está em Lisboa o sr. dr. Aniceto Mas-

cará, que regressou da digressão ao es-

trangeiro.

Aiguns amigos do fallecido e distin-

cto engenheiro Joaquim Nunes de Aguiar,

mandaram dizer uma missa no dia 1 '1 pelo

eterno descanso de sua alma.

Falleceu no Porto a sr.' D. Maria Er-

melinda Alves da Cruz, deixando no seu

testamento importantes legados.

CHARADAS

1.*

to — comigo não se casa j t

0 c&osinho o cãozarrâo; ) »ó —comigo faz bem vasa i ^

0 menino folgasão; dc — depois de mim te da t

Com que a secura se vá; S

E atinai com » dou luz; h

E a charada assim traduz \

Com façanhas estrondosas, Verdadeiras, fabulosas,

D'amigos exaltações, IVinimigos invenções,

lieide dar famosos lances

A's historias, aos romances F. Senna ternandes.

2.a

Suando tu chegaste á quinta— i

ã eu te ficava atraz — 1 Volta de cima para baixo

E meu todo encontrarás.

Lamego A. Lucena.

3.a

Na escripta —2 ISa escripta —2

Na escripta.

6.a

Vegetal — 1

Mineral — 1

Animal.

3.-

Põe uma nota de clave

Antes de mim cauteloso

Verás que abriga navios

Contra vendaval damnoso

Antes outra, não de clave, )

Com que tique bem segura,^

E n'um instante apparece l

Nos jardins, entre verdura. ]

Idem.

Vivia com meus irmãos

Em paizes mais de trinta, Descalço de pó e perna,

E presa uma corda á cinta. V. de Almada.

4/

Diz-me, leitor meu, tens visto,

Quando o sol nos vae deixar,

As nuvens acastelladas

Que se doiram sobre o mar?

E o reflexo nas aguas Quando o mar 6 socegado, Brilhando n'ellas o oiro

Como n'um manto bordado?!

Pois bem; este panorama

Que então t'olTerece o mar,

Não te convida, leitor,

A que esta vás procurar? —2 Q'importa que ahi tão só

Não tenhas n'esse deserto,

Aquella que tu nos campos

Podias ouvir de perto? —2

Ainda assim; se tu triste

A dôr tens no coração,

E d'esse teu soíTrimento

Sentes no peito opressão,

Não esmoreças, amma-te,

Não queiras ao mal penar;

Tens distracção: ouve, escuta

Quem o todo te cantar!

D. X. L. Vieira.

Charadas: l.a Raia — 2.* Pevide — 3.

Pevide—4.â Inventario — 5.4 Antonio

— G." Vicio.

Enigmas — Roma — Hellesponto.

Pergunta innocente — Iria (ir ia).

ESPECTÁCULOS

HOJE

THEATRO DE S. CARLOS — Opera, Ruy Blas.

A's 8 e 1 um quarto.

THEATRO DE 1). MARIA — 0 louco d Évora ou

Portugal restaurado.

A's 8 horas . ,

THEATRO DA TRINDADE—A mosouinha morta

— Escalda favaes — Amazonas do Tormes.

A's 8 horas. , , „ .

THEATRO DO GYMNASIO —0 morgado de Fafe

— Caprichos — Amores em ninho d aguias.

A's 8 horas ^ „ . , THEATRO DO PRINCIPE REAL — Beneficio do

actor J. d'Almeida. Primeira representação do drama —O capitão Fantuama.

A's 8 horas

THAETR0 DA RUA DOS CONDES —0 corsário.

A's 7 horas e tres quartos. .•

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1 — ComlioyoH uMcendente»

H«l-Partida de Lisboa ás 6 horas

t 45 minutos da manhã, chegada a v N. de Oaya ás 9 horas e 15 minutos

da tarde.

jjo j.23—Partida de Lisboa as 0

horas e 45 minutos da manha, che-

gada a Baiaioz ás 10 horas e 30 mi-

nutos da tarde.

N • 3 — Partida dc Lisboa ás 11 ho-

ras da manhã, chegada ao Entronca-

mento ás 6 horas e 15 minutos da

jarde. , , t

N • 5—Partida de Lisboa as 4 horas

ç 40 minutos da tarde, chegada a San-

tarém ás 8 horas e 55 minutos da

tarde.

n • 7—Partida de Lisboa ás 8 horas

da tarde, chegada a V N. dc Gaya, as 7 horas e 35 minutos da manna.

A® 7-21 —Partida de Lisboa ás 8

horas da tarde, chegada a Badajoz as

7 horas e 20 minutos da manha.

N • 9—Partida de Coimbra as 4 ho-

ras e 20 minutos da manhã, chegada a V. N. de Gaya ás 11 horas e 40 mi-

nutos da manhã.

H^Coniboyos deacendentea

N.o 2—Partida de V. N. de Gaya ás

6 horas e 30 minutos da manhã, che-

gada a Lisboa ás 9 horas e 10 minu-

tos da tarde. _ N o 24-2 —Partida de Badajoz as 6

horas da manhã, chegada a Lisboa ás

9 horas e 10 minutos da tarde. N.o 4—Partida do Entroncamento

ás 5 horas e 35 minutos da manhã, chegada a Lisboa á 1 hora e 45 minu-

tos da tarde. jio 6—Partida de Santarém as 5 ho-

ras e 40 minutos da manhã, chegada

a Lisboa ás 9 horas e 10 minutos da

manhã. m

N.° 8—Partida de V. N. dc Gaya as

5 horas e 30 minutos da tarde, che-

gada a Lisboa ás 5 horas e 30 minutos

da manhã. . , ,

N.° 22-8—Partida de Badajoz as 5

horas e 45 minutos da tarde, chegada

a Lisboa ás 5 horas e 30 minutos da

Tm0—Partida de V. N. de Gava ás

9 horas da manhã, chegada a i.oim-

bra ás 3 horas e 45 minutos da tarde. ji, it. Para mais esclarecimentos,

vejam-se os cartazes afiliados nas es-

tações, e nos demais logares do cos-

nuie.

LIVRARIA

45, Rua do Ouro, 45

C0MPKAM-SE livros raros e antigos,

de auctores portuguezes, que se pa-

gam bem. Historia de Cesar Cantu pa

pa-se por 22*500 réis; e na mesma li-

vraria ha para vender livros raros e

clássicos dos melhores auctores por-

tuguezes e estrangeiros; sermões de

bons auctores, bem como differentes

1 romã nces, poesias, ejc. etc. 5

OS abaixo assignados de-

claram, para todos os

effeitos legaes, que, desde a

presente data, deixou de fa-

zer parte (de commum accor-

do) da agencia de annuncios,

que usa a fiama supra, o pri-

meiro signatario, ficando por-

tanto o activo e passivo da

mesma agencia pertencendo

ao socio Gonçalves, por vir-

tude da liquidação a que se

procedeu. Declaram egual-

mente que a agencia conti-

nua sob a mesma firma na

rua dos Retrozeiros, 159, 2.°

andar.

Lisboa, 1 de dezembro de

1872. '

F. E. de Bastos.

E. A. Q. Emauz Gonçalves.

ANNUNCIOS

DE

Alfredo Valadim

TRAVESSA DE SANTA JUST\ 65 2.*

Recebe annuncios, correspondên-

cias e assignahiras para o iHario ii- lu«trado assim como para diversos

outros jornaes da capital, e para o *o-

(IcIomo de Valença e Jornal dc Ko»

(iciaM de Ponta-Delgada.

0 escriptorio está aberto das 9 ho- ras da manhã ás 7 da tarde todos os

dias não santificados. 10

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vemdem-se na typographia de Castro

Irmão, rua da Cruz de Pau, 31. 11

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de porte a quem mandar a impor-

tância em estampilhas ao editor da

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ma sairá depois

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boa o vapor in-

glez ' ha hai:n*e, capitão Hellyer,

que se espera de Liverpool de 9 a 10

do corrente. Para cargas e passagens trata-se

com Os agentes Pereira* e la Hocque.

120, Rua dos Capellistas, 120, 2.»

Não se expedem conhecimentos cu-

jos fretes não sejam pagos antes da

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