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15.° anno A88I6MATLRA EM LISBOA 1 mez... 300 réis. Annuncios, iinha 20 réis. 3 mezes. 900 » Dito» na 1.».pagina 100 rs. Avulso .. 10 Corpo do jornal 40 réis. Communicados e outros artigos contratam-se na administração. Quarta feira 10 de fevereiro de 1886 ASSICSIVAT^JRA NAS PROVÍNCIAS 3 mezes pagamento adiantado l£150 réis A correspendencia sobre administração a Ro- drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queimada, n. # 35. Numero 4:596 0 numero telephonico (Tes- te jornal é 462. 0 Grupo do Leão Dolnmbano Bordallo Pinheiro Uma rica e fina organisação d'artista, indomável a doutrinas académicas, victima da estreiteza do meio e do burguezismo igno- rante da época. Nascido em ou- tros tempos, e n'um meio mais faustoso e artistico, as suas obras seriam hoj« consagradas, como o sào as dos pintores das grandes épocas. As obras que tem produ- zido mostram-nos de quanto era capaz o seu talento servido pelas exigencias do seu temperamento especial. Escrevendo d'elle disse, ainda ha dias, um critico: «Dos quadros que expoz e mes- mo de todos que temos visto d'es- te artista o seu Mendigo è sem du- vida alguma o mais completo; a eabeça é esplendida, pintada com largueza ootavel, e de um senti- mento muito bem comprehendido; a conjuncto de toda a sua ligura é muitíssimo agradavel, porém acontece quando se vae para de- talhar com a vista nota-se logo ura abandono inexplicável em cer- tas partes I porque não lhe poz al- gumas prégas mais no casaco que está ao hombro? O braço e a mão que segura o varapau como ganhariam em per- der aquelle vago que existe não no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono, parece «|ue teve medo do detalhe para não prejudicar a cabeça e no en- tanto enganou-se, sr. Bordallo, o resultado é que a cabeça está feita e o corpo está preparado para o ser; esta é a nossa opi- nião. Pôde ainda fazer d'aquelle quadro, que é bom, uma obra magistral, se o quizer acabar. Nós procuramos ser justos na nossa opinião, por isso se algumas ve- zes formos severos é para bene- fício do artista de que falíamos, o elogio corrompe e desvia, a cri- tica feita sem paixão e com jus- tiça eleva e corrige. Deséjaria- mòs, sabendo as qualidades que o sr. Columbano possue, que elle deixasse de parte o convenciona- lismo eom que trabalha, procure o desenho e a cor com mais cons- ciência e deixe-se de processos de pintura. Não falíamos dos ou- tros seus trabalhos, todos teem os mesmos defeitos e as mesmas qua- lidades." 1 —— Infante D. AugjiNto AVEIRO, 9, ás 10 horas da ma- nha,—A' redacção do Ui-ario lllus- trado. Sua Alteza o Senhor infante D. Augusto chegou bem a esta cida- de. Foi muito festejado nas esta- ções de Coimbra e Oliveira do Bairro. Em Aveiro houve ruidosas ma- nifestações , por occasião da che- gada do comboyo que conduzia Sua Alteza. Muito povo acompanhou o sr. Infante até á residencia do Bispo- Conde. Houve marcha aux flambeaux. Os ofliciaes e auctoridades cum- primentaram Sua Alteteza. Em seguida houve jántar de gala. (Do nosso correspondent e). Homicidio t Entrou para o hospital de S. José, Antonio Rodrigues, calcetei- ro, aggredido na Calçada dos Bar- hadinhos por um individuo que lhe atirou com unia pedra. Tinna um pequeno ferimento na região fron- tal parietal esquerda. Quatro ho- ras depois fallecia. Recebemos o relatorio da di- recção do Banco de Portugal, da gerenria do anno de 188o, balan- ço, documentos e parecer do con- selho fiscal. Agradecemos. Funeraes do aclor Sanlos Realisaram-se hontem os fune- raes do illustre actor José Carlos dos Santos, ornamento da scena portugueza. A cidade de Lisboa, que por tantas vezes apreciara o seu bello talento, prestou, por um espontâ- neo impulso de saudade, a derra- deira homenagem ao grande ar- tista. Nas ruas por onde passou o numeroso acompanhamento, no qual iam representadas todas as classes sociaes, havia muita gente esperando a passagem do feretro. Em todas as physionomias se re- velava uma profunda impressão. Em S. Pedro d'Alcantara ouvimos um rápido dialogo entre dois po- pulares: —Ainda ficam outros, dizia um d'elles. E o mais velho dos dois repli- cava com vivacidade: —Isso siml Como aquelle que ali vai não ha outro. Você não sabe que elle era tào distincto num papel de príncipe como n'um papel de operário! Lembre- se como elle fazia o Luiz XVI, e como fazia um tjpographo n'uma peça do Biester. É' textual. A's quatro horas da tarde, de- pois de feita a encommendaçào pelo reverendo prior da freguezia de S. José, foi collocado o caixão sobre o coche puxado a duas pa- relhas. Sobre o caixão foram depostas difTerentes coroas oíTerecidas pe- los artistas dos theatros, amigos e família- do finado: dos artistas so- cietários do theatro de D. Maria II, de violetas roxas e rosas chá; outra da empreza e actores do theatro do Príncipe Real, também de violetas e rosas chá; outra do sr. José Joaquim Pinto, empreza- rio do theatro do Gymnasio; ou- tra de loiros com bagas e largas fitas de seda azues e brancas, do actor Antonio Pedro e.a este offe- recida quando pela primeira vez representou o Paralytica; uma cruz de flores artificiaes e fita de seda preta, do sr. Eusébio Palmei- rim; uma corôa de violetas dos artí>tas do theatro Chalet; outra do Club dramatico musical; outra do actor Queiroz, e mais duas co- roas de vidrilhos pretos e brancos com largas fitas de seda preta e lettras doiradas, da esposa e filhos do distincto actor. Organisado o préstito, que se compunha de mais de 100 trens, seguiu este da parochial egreja de S. José, pela Avenida, Rocio, Chiado, S. Roque, Principe Real, Rato, até ao cemiterio dos Praze- res, sendo enorme o concurso de povo em todas as ruas do transi- to e mais ainda á entrada do ce- miterio. A's ultimas absolvições, resa- das na capella do cemiterio, as- sistiram todos os actores e actri- zes dos nossos theatros, muitos altos funccionarios, jornalistas, emprezarios e empregados dos theatros de S. Carlos, D. Maria, Trindade, Gymnasio, Principe Real, Recreios, Chalet etc., muitos amigos particulares do eminente artista, professores do Conserva- tory e alguns alumnos, commis- sfio da orchestra do theatro de S. Carlos composta dos srs. Justino e Zenoglio, e muitas outras pes- soas de que nos não recordamos agora. Da egreja de S. Jose para o co- che pegaram ás borlas do caixão os srs. conselheiro Antonio Au- gusto de Aguiar, conde de Rio Maior, Eduardo Coelho, Rosa Araujo, conde de Villa Franca e Bordallo Pinheiro. Da porta do cemiterio para a capella, alternadamente, as actri- zes dos diíTerentes theatros da capital, entre as quaes nos lem- bra ter visto: Rosa Damasceno, Virginia, Gertrudes, Carolina Fal- co, Emilia dos Anjos, Beatriz, Je- suina, Florinda, Emilia Candida e Ermezinda. Da capella para o jazigo os srs. conselheiros Thomaz Ribeiro e Pi- nheiro Chagas, actor Augusto Ro- sa, Gervásio Lobato, Eusébio Pal- meirim e Jayme Victor. Momentos antes do caixão dar entrada no jazigo, o sr. dr. Cunha Bellem fez em breves palavras o elogio do eminente e desventu- rado actor. O corpo ficou depositado no ja- zigo dos actores portuguezes. Diiigiu aceremonia fúnebre um dos bons amigos e constante pro- tector do íinaao artista, o sr. José Gregorio da Rosa Araujo. # # O nosso amigo e collega o sr. Luiz Augusto Palmeirim, director do Conservatorio, onde o finado artista era professor de declama- ção, em signal de sentimento de- terminou que hontem por ser dia do fugeral houvesse feriado em todas as aulas. veis que quasi se esfarelavam com uma pequena pressão. Foi aberto o thorax e o craneo. Era tudo o que restava d'aquel- le corpo, onde outr'ora pulsára um bello coração e irradiára um lumi- noso espirito. Como é triste esta reversão ao nada de que todos, notáveis ou obscuros, procedemos, e para onde vamos caminhando, insensivel- mente, dia a dia I Colyaeu O Colyseu annuncia para esta noite funcção de gala, em que toma parte toda a companhia, apresentando os seus melhores trabalhos. Tomam parte os notáveis ar- tistas: Leo, nos seus engraçados trabalhos de ventriloquia, e o ca- pitão Rossel, nos seus admiraveis exercícios de tiro ao alvo. COLUMBANO BORDALLO PINHEIRO Representando aquelle estabele- cimento de instrucçào assistiram ao funeral os professores sr. Neu- parth, Gazul, e Gervásio Lobato. # Sr. redactor. Motivos imprevistos e indecliná- veis forçaram-me a não prestar hontem o derradeiro preito á me- moria do grande e infeliz actor José Carlos dos Santos, assistindo ao seu funeral. Resta-me porém a consciência a dizer que e menos aos mortos do que aos vivos que se devem as verdadeiras demons- trações de amisade, e que estas nunca me neguei a dar ao artist*, excepcional a quem saudara nos dias da sua desanuviada gloria, e que depois respeitei no seu longo martyrio, quando chegadas as ho- ras das supremas provações. Sou, sr. redactor, De v. L. .4. Palmeirim. * # # A autopsia foi feita, segundo nos consta, pelo sr. dr. Sousa Martins com a assistência de muitas col- legas. O cadaver achava-se em adean- tado estado de decomposição. Os ossos, obseiTados pelos me- dicos, estavam de tal modo fria- Falleceu ante-hontem, em Évo- ra, a irmã do nosso amigo o sr. José Maria de Sousa Mattos, a quem enviamos sentidos peza- mes. Um louro áh *olCaw Escrevem-nos de Sacavém, com data de 8 do corrente; * Hontem, das 7 para as 8 ho- ras da manha, atravessou esta lo- calidade um touro dos que de tarde deviam ser corridos na pra- ça do Campo de Sant'Anna. Não se sabe em que ponto elle se trasmalhou; o que é facto, é que ainda aqui fez as suas trope- lias, deitando por terra um rapaz e uma mulhersinha que condu- ziam um jumento carregado com milho, espalhandorse este pela rua e ficando a mulher e o rapaz levemente contusos. Este caso deu-se na rua Direita, que é mui- to estreita e bastante concorri- da. MH O touro seguiu, atravessando o lar ça .IR.,. .. . sou a ponte e dirigiu-se ao logar da Bobedela. Não consta que por ali fizesse das suas, a não ser o grande sus- to que os habitantes apanharam por tào inesperada visita.» O touro seguiu, atravessando o largo da Saúde, tomando pela cal- çada para Sacavém de.Baixo, pas- OURIVESARIA RUA AIREA GRANDE BARATEZA SEMPRE NOVIDADES Preço* wem competencia menoM £5 por cento do* conhecidos até aqui. V. a SOARES £ FILHO HIGH-LIFE Sua Alteza o sr. Infante D. Afl'on- so visitou hontem o jardim da Es- cola Polytechnica. Fazem ámanhã annos as ex."*' sr. M : Condessa de Castro Marim. Baroneza de Mesquita. D. Etoira Adelaide Nobre de Car- valho. D. Eugenia Telles da Silva. D. Thereza Maria Ferreira do Re- go Freitas. D. Semy Mathilde Buzaglo. D. Gertrudes Guilhermina de Fa- ria Cordoiro da Silva. D. Emilia Roma Barbosa. D. Maria Clementina Pequito Cal- deira. D. Eduarda de Nogueira. D. Julia de Castilho Aboim. D. Candida Pinto d'Almeida. D. Maria da Conceição de Lemos Pereira de La Cerda Santiago. D. Anna Infante de Sequeira Soa- res. E 06 srs.: Conde de Mesquitella. D. Luiz Carlo6 da Costa (Villa Franca). José Homem da Silveira de Sam- paio e Mello. Dr. Antonio Bento Ribeiro Vianna. Dr. Antonio Benevides. Dr. Carlos Mayer. Antonio Azevedo de Yasconcellos. João Carlos de Sousa Minhava de Menezes. Germana Victorino Xavier de Ma- galhães. ; , . Augusto C. Bon de. Sousa. Lazaro dos Santosí Raul Rodrigues d'Azevedo. * Faz hoje annos e sr. Antonio Mar- ques da Silva Lopes, distincto alum- no «do 3.° anno jurídico. i # Chegaram a Lisboa os srs. con- des da Costa e Brandão de Mello, governadores civis de Évora e da Guarda. —Chegou hontem a Lisboa, vindo da Madeira, o sr. deputado dr. Ma- nuel José Vieira. —Chegou d'Evora o sr. Francisco Xavier Rosado. —Esteve em Montemór-o-Novo o sr. visconde da Serra da Tourega. —Estiveram em Évora os srs. An- tonio Laboreiro e se\i genro D. José de Saldanha. —Partiu hontem para o Porto o sr. Ramalho Ortigão. -'-Esta em Madrid o sr. Antonio de Fontes Ganhado, director da com- panhia dos caminhos de ferro, S. ex. 4 foi áquellá cidade acompa- nhar as ex. BM sr.*» D. Marianna Mar- tens Ferrão e sua filha D. Marianna, 1).. Maria da Gloria da Cunha Mene- zes c o sr. Vicente de Castra Gui- marães que tencionam demorar-se ali até domingo proximo em com- panhia da ex. 4 sr. 4 D. Maria Amaliâ Martens Ferrão Thedim e do nosso amigo o sr. Augusto Thedim, pri- meiro secretario da nossa legação naquella côrte. —Regressou de Thomar onde es- teve alguns dias o sr. conde do mesmo titulo. -—Está em Lisboa o sr. dr. Joa- quim Urbano da Costa Ribeiro e sua ex. Ba esposa. —Regressa hoje da Povoa a sr. a marqueza Oldoini e sua filha D. Ma- ria Carlota. Suas ex. as estiveram hospedadas na magnifica vivenda de seu genro e cunhado o sr. D. João de Lencas- tre e Tavora. # Hontem era um pouco mais sa- tisfatório o estado de saúde da sr. a condessa do Bomflm. Fazemos votos pela continuação das melhoras de s. ex.- —Acha-se melhor do incommodo, que ultimamente, soffreu o sr. Achil- les Fontana. —Tem estado bastante doente o distincto maestro Emilio Lami. # Houve hontem um almoço a bor- do d um dos vasos de guerra in- glezes, surtos no nosso porto, oííe- recido pelos officiaes a algumas pes- soas da nossa sociedade elegante e parte do corpo diplomático. # Os five o'clok lea estão este anno mais concorridos e animados que nos annos anteriores. Os srs. viscondes de Tavaro inau- araram hontem as suas reeepções i 2 ás 5 da tarde, com uma con- corrência extraordinaria de gentis senhoras do nosso mundo elegante. Estiveram as ex. mas sr." duqneza d'Avila, D. Leonor Mascarenhas Avi- la, D. Maria do Patrocínio e D. Ma- ria da Luz Barros Lima, marqueza das Minas, D. Joanna Orta Ennes, madame Goyri, condessa d Alte e sua filha D. Vietoria, D. Maria An- tónia e D. Gabriella Ferreira Pinto Basto, ( baroneza de Greindl, condes- sa do Paço do Lumiar, baroneza de Schmidthals, D. Thereza Aranha, 0. Isabel Ferreira Pinto, baroneza da Várzea do Douro. Cbolera Madrid, 9, m. Em virtude das grandes providen- cias hygienicas tornadas em Tarifa vae diminuindo o cholera. Em Ma- drid ha 4:000 pessoas atacadas de pneumonia. (liavas.) Para quem quer dormir bem Caixões americanos de arame 184, Rua da Prata, i.° andar. Manife*tação operaria Londres, 8, t. Os operários faltos de trabatho fizeram hoie uma grande demons- tração em Trafalgar square; pronun ciaram-se violentos discursos con tra os proprietários e capitalistas, exhortando ao saque. Comtudo, até ás 4 horas da tarde não ha noticia de nenhuma desordem. Londres, 8, n. Em consequência das excitacões ao saque feitas gelos oradores mais violentos no comicio dos esfameados em Trafalgar square, os operários faltos de trabalho quebraram os tai- paes de varias lojas e roubaram considerável quantidade de merca- dorias de toda a especie, e destruí- ram as mobílias de alguns clubs. A policia prendeu grande numero de socialistas irlandezes que despeda- çavam as carruagens que encontra- vam, maltratando as pessoas que iam dentro. (Havas). Drama «D. João II» O sr. conde de Villa Franca, auctor do notável drama D. João II, que tanta procura tem tido, acaba de enviar para o Brazil grande numero de exemplares, a pedido de diversas casas impor- tantes d'aquelle império. O sr. conde conta em breve fa- zer nova edição d'esta obra, visto que se acha quasi esgotada a pri- meira edição. Republicano* lienpanboeK Madrid, 9. m. 0 imparcial diz que os republica- nos desistiram da sua idéa de ban- quetes no dia 11 d este mez. (Havas). Celebra-se amanhã 11 na igre- ja dos Caetanos pelas JO ljâ da manhã missa e Libera-me por mu- sica. su(Tragando a alma de D. Feleciana Rita Dias Gomes, por ser o 30.° dia do seu passamento.. Vai adiante o convite. Politica frauceza Paris 8, n. A camara dos deputados discutiu hoje a proposta do sr. Miclielin e d outros intransigentes pedindo um inquérito sobre as respensabilida- des nos negocios do Tonkim. 0 sr. de Freycinet combateu a proposta como tendente a accusar a camara anterior, a estabelecer precedentes perigosos, a impedir a união dos republicanos e a diminuir a forca de auctoridade da França nas suas novas possessões. A proposta fo» rejeitada por 268 votos contra 154. A direita absteve-se de votar. 0 sr. Rochefort declarou á camara que, visto haver sido rejeitada a propos- ta de amnistia, dava a sua demis- são de deputado. (Havas). Teve um parto muito laborioso, em Sacavém, a esposa do sr. Xa- vier Machado. Assistiu-ihe o distincto clinico dr. Graça, que ha tempos se acha n'aaueila localidade, gozando os melhores créditos. A questão daw Carolina* Madrid, 8, n. Os despachos officiaes confirmam que o príncipe Bismarck expediu ordens a um navio de guerra alle- mão para ir arrear a bandeira al- lemã em todas as ilhas Carolinãs onde estivesse arvorada. (Havas). \

niARVO ILLI NTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-10/j-1244-g_1886-02-10_item2/j... · só no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono,

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Page 1: niARVO ILLI NTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-10/j-1244-g_1886-02-10_item2/j... · só no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono,

15.° anno

A88I6MATLRA EM LISBOA

1 mez... 300 réis. Annuncios, iinha 20 réis.

3 mezes. 900 » Dito» na 1.».pagina 100 rs.

Avulso .. 10 i» Corpo do jornal 40 réis.

Communicados e outros artigos contratam-se

na administração. Quarta feira 10 de fevereiro de 1886

ASSICSIVAT^JRA NAS PROVÍNCIAS

3 mezes pagamento adiantado l£150 réis

A correspendencia sobre administração a Ro-

drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da

Queimada, n.# 35.

Numero 4:596

0 numero telephonico (Tes-

te jornal é 462.

0 Grupo do Leão

Dolnmbano Bordallo

Pinheiro

Uma rica e fina organisação

d'artista, indomável a doutrinas

académicas, victima da estreiteza

do meio e do burguezismo igno-

rante da época. Nascido em ou-

tros tempos, e n'um meio mais

faustoso e artistico, as suas obras

seriam hoj« consagradas, como o

sào as dos pintores das grandes

épocas. As obras que tem produ-

zido mostram-nos de quanto era

capaz o seu talento servido pelas

exigencias do seu temperamento

especial.

Escrevendo d'elle disse, ainda

ha dias, um critico:

«Dos quadros que expoz e mes-

mo de todos que temos visto d'es-

te artista o seu Mendigo è sem du-

vida alguma o mais completo; a

eabeça é esplendida, pintada com

largueza ootavel, e de um senti-

mento muito bem comprehendido;

a conjuncto de toda a sua ligura

é muitíssimo agradavel, porém

acontece quando se vae para de-

talhar com a vista nota-se logo

ura abandono inexplicável em cer-

tas partes I porque não lhe poz al-

gumas prégas mais no casaco que

está ao hombro?

O braço e a mão que segura o

varapau como ganhariam em per-

der aquelle vago que existe não

só no contorno exterior corno no

modelado; as pernas são tratadas

com o mesmo abandono, parece

«|ue teve medo do detalhe para

não prejudicar a cabeça e no en-

tanto enganou-se, sr. Bordallo, o

resultado é que a cabeça está

feita e o corpo está preparado

para o ser; esta é a nossa opi-

nião. Pôde ainda fazer d'aquelle

quadro, que é bom, uma obra

magistral, se o quizer acabar. Nós

procuramos ser justos na nossa

opinião, por isso se algumas ve-

zes formos severos é para bene-

fício do artista de que falíamos, o

elogio corrompe e desvia, a cri-

tica feita sem paixão e com jus-

tiça eleva e corrige. Deséjaria-

mòs, sabendo as qualidades que

o sr. Columbano possue, que elle

deixasse de parte o convenciona-

lismo eom que trabalha, procure

o desenho e a cor com mais cons-

ciência e deixe-se de processos

de pintura. Não falíamos dos ou-

tros seus trabalhos, todos teem os

mesmos defeitos e as mesmas qua-

lidades."

1 —— Infante D. AugjiNto

AVEIRO, 9, ás 10 horas da ma-

nha,—A' redacção do Ui-ario lllus-

trado.

Sua Alteza o Senhor infante D.

Augusto chegou bem a esta cida-

de. Foi muito festejado nas esta-

ções de Coimbra e Oliveira do

Bairro.

Em Aveiro houve ruidosas ma-

nifestações , por occasião da che-

gada do comboyo que conduzia

Sua Alteza.

Muito povo acompanhou o sr.

Infante até á residencia do Bispo-

Conde.

Houve marcha aux flambeaux.

Os ofliciaes e auctoridades cum-

primentaram Sua Alteteza. Em

seguida houve jántar de gala.

(Do nosso correspondent e).

Homicidio t

Entrou para o hospital de S.

José, Antonio Rodrigues, calcetei-

ro, aggredido na Calçada dos Bar-

hadinhos por um individuo que lhe

atirou com unia pedra. Tinna um

pequeno ferimento na região fron-

tal parietal esquerda. Quatro ho-

ras depois fallecia.

Recebemos o relatorio da di-

recção do Banco de Portugal, da

gerenria do anno de 188o, balan-

ço, documentos e parecer do con-

selho fiscal.

Agradecemos.

Funeraes do aclor Sanlos

Realisaram-se hontem os fune-

raes do illustre actor José Carlos

dos Santos, ornamento da scena

portugueza.

A cidade de Lisboa, que por

tantas vezes apreciara o seu bello

talento, prestou, por um espontâ-

neo impulso de saudade, a derra-

deira homenagem ao grande ar-

tista. Nas ruas por onde passou o

numeroso acompanhamento, no

qual iam representadas todas as

classes sociaes, havia muita gente

esperando a passagem do feretro.

Em todas as physionomias se re-

velava uma profunda impressão.

Em S. Pedro d'Alcantara ouvimos

um rápido dialogo entre dois po-

pulares:

—Ainda ficam outros, dizia

um d'elles.

E o mais velho dos dois repli-

cava com vivacidade:

—Isso siml Como aquelle que

ali vai não ha outro. Você não

sabe que elle era tào distincto

num papel de príncipe como

n'um papel de operário! Lembre-

se como elle fazia o Luiz XVI, e

como fazia um tjpographo n'uma

peça do Biester.

É' textual.

A's quatro horas da tarde, de-

pois de feita a encommendaçào

pelo reverendo prior da freguezia

de S. José, foi collocado o caixão

sobre o coche puxado a duas pa-

relhas.

Sobre o caixão foram depostas

difTerentes coroas oíTerecidas pe-

los artistas dos theatros, amigos e

família- do finado: dos artistas so-

cietários do theatro de D. Maria

II, de violetas roxas e rosas chá;

outra da empreza e actores do

theatro do Príncipe Real, também

de violetas e rosas chá; outra do

sr. José Joaquim Pinto, empreza-

rio do theatro do Gymnasio; ou-

tra de loiros com bagas e largas

fitas de seda azues e brancas, do

actor Antonio Pedro e.a este offe-

recida quando pela primeira vez

representou o Paralytica; uma

cruz de flores artificiaes e fita de

seda preta, do sr. Eusébio Palmei-

rim; uma corôa de violetas dos

artí>tas do theatro Chalet; outra

do Club dramatico musical; outra

do actor Queiroz, e mais duas co-

roas de vidrilhos pretos e brancos

com largas fitas de seda preta e

lettras doiradas, da esposa e filhos

do distincto actor.

Organisado o préstito, que se

compunha de mais de 100 trens,

seguiu este da parochial egreja

de S. José, pela Avenida, Rocio,

Chiado, S. Roque, Principe Real,

Rato, até ao cemiterio dos Praze-

res, sendo enorme o concurso de

povo em todas as ruas do transi-

to e mais ainda á entrada do ce-

miterio.

A's ultimas absolvições, resa-

das na capella do cemiterio, as-

sistiram todos os actores e actri-

zes dos nossos theatros, muitos

altos funccionarios, jornalistas,

emprezarios e empregados dos

theatros de S. Carlos, D. Maria,

Trindade, Gymnasio, Principe

Real, Recreios, Chalet etc., muitos

amigos particulares do eminente

artista, professores do Conserva-

tory e alguns alumnos, commis-

sfio da orchestra do theatro de S.

Carlos composta dos srs. Justino

e Zenoglio, e muitas outras pes-

soas de que nos não recordamos

agora.

Da egreja de S. Jose para o co-

che pegaram ás borlas do caixão

os srs. conselheiro Antonio Au-

gusto de Aguiar, conde de Rio

Maior, Eduardo Coelho, Rosa

Araujo, conde de Villa Franca e

Bordallo Pinheiro.

Da porta do cemiterio para a

capella, alternadamente, as actri-

zes dos diíTerentes theatros da

capital, entre as quaes nos lem-

bra ter visto: Rosa Damasceno,

Virginia, Gertrudes, Carolina Fal-

co, Emilia dos Anjos, Beatriz, Je-

suina, Florinda, Emilia Candida e

Ermezinda.

Da capella para o jazigo os srs.

conselheiros Thomaz Ribeiro e Pi-

nheiro Chagas, actor Augusto Ro-

sa, Gervásio Lobato, Eusébio Pal-

meirim e Jayme Victor.

Momentos antes do caixão dar

entrada no jazigo, o sr. dr. Cunha

Bellem fez em breves palavras o

elogio do eminente e desventu-

rado actor.

O corpo ficou depositado no ja-

zigo dos actores portuguezes.

Diiigiu aceremonia fúnebre um

dos bons amigos e constante pro-

tector do íinaao artista, o sr. José

Gregorio da Rosa Araujo.

# #

O nosso amigo e collega o sr.

Luiz Augusto Palmeirim, director

do Conservatorio, onde o finado

artista era professor de declama-

ção, em signal de sentimento de-

terminou que hontem por ser dia

do fugeral houvesse feriado em

todas as aulas.

veis que quasi se esfarelavam

com uma pequena pressão.

Foi aberto o thorax e o craneo.

Era tudo o que restava d'aquel-

le corpo, onde outr'ora pulsára um

bello coração e irradiára um lumi-

noso espirito.

Como é triste esta reversão ao

nada de que todos, notáveis ou

obscuros, procedemos, e para onde

vamos caminhando, insensivel-

mente, dia a dia I

Colyaeu

O Colyseu annuncia para esta

noite funcção de gala, em que

toma parte toda a companhia,

apresentando os seus melhores

trabalhos.

Tomam parte os notáveis ar-

tistas: Leo, nos seus engraçados

trabalhos de ventriloquia, e o ca-

pitão Rossel, nos seus admiraveis

exercícios de tiro ao alvo.

COLUMBANO BORDALLO PINHEIRO

Representando aquelle estabele-

cimento de instrucçào assistiram

ao funeral os professores sr. Neu-

parth, Gazul, e Gervásio Lobato.

#

Sr. redactor.

Motivos imprevistos e indecliná-

veis forçaram-me a não prestar

hontem o derradeiro preito á me-

moria do grande e infeliz actor

José Carlos dos Santos, assistindo

ao seu funeral. Resta-me porém a

consciência a dizer que e menos

aos mortos do que aos vivos que

se devem as verdadeiras demons-

trações de amisade, e que estas

nunca me neguei a dar ao artist*,

excepcional a quem saudara nos

dias da sua desanuviada gloria, e

que depois respeitei no seu longo

martyrio, quando chegadas as ho-

ras das supremas provações.

Sou, sr. redactor,

De v.

L. .4. Palmeirim. *

# #

A autopsia foi feita, segundo nos

consta, pelo sr. dr. Sousa Martins

com a assistência de muitas col-

legas.

O cadaver achava-se em adean-

tado estado de decomposição.

Os ossos, obseiTados pelos me-

dicos, estavam de tal modo fria-

Falleceu ante-hontem, em Évo-

ra, a irmã do nosso amigo o sr.

José Maria de Sousa Mattos, a

quem enviamos sentidos peza-

mes.

Um louro áh *olCaw

Escrevem-nos de Sacavém, com

data de 8 do corrente;

* Hontem, das 7 para as 8 ho-

ras da manha, atravessou esta lo-

calidade um touro dos que de

tarde deviam ser corridos na pra-

ça do Campo de Sant'Anna.

Não se sabe em que ponto elle

se trasmalhou; o que é facto, é

que ainda aqui fez as suas trope-

lias, deitando por terra um rapaz

e uma mulhersinha que condu-

ziam um jumento carregado com

milho, espalhandorse este pela

rua e ficando a mulher e o rapaz

levemente contusos. Este caso

deu-se na rua Direita, que é mui-

to estreita e bastante concorri-

da. ■MH

O touro seguiu, atravessando o

lar

ça .IR.,. .. . ■■ sou a ponte e dirigiu-se ao logar

da Bobedela.

Não consta que por ali fizesse

das suas, a não ser o grande sus-

to que os habitantes apanharam

por tào inesperada visita.»

O touro seguiu, atravessando o

largo da Saúde, tomando pela cal-

çada para Sacavém de.Baixo, pas-

OURIVESARIA

RUA AIREA

GRANDE BARATEZA

SEMPRE NOVIDADES

Preço* wem competencia

menoM £5 por cento

do* conhecidos até aqui.

V.a SOARES

£ FILHO

HIGH-LIFE

Sua Alteza o sr. Infante D. Afl'on-

so visitou hontem o jardim da Es-

cola Polytechnica.

Fazem ámanhã annos as ex."*'

sr.M: •

Condessa de Castro Marim.

Baroneza de Mesquita.

D. Etoira Adelaide Nobre de Car-

valho.

D. Eugenia Telles da Silva.

D. Thereza Maria Ferreira do Re-

go Freitas.

D. Semy Mathilde Buzaglo.

D. Gertrudes Guilhermina de Fa-

ria Cordoiro da Silva.

D. Emilia Roma Barbosa.

D. Maria Clementina Pequito Cal-

deira.

D. Eduarda de Sá Nogueira.

D. Julia de Castilho Aboim.

D. Candida Pinto d'Almeida.

D. Maria da Conceição de Lemos

Pereira de La Cerda Santiago.

D. Anna Infante de Sequeira Soa-

res.

E 06 srs.:

Conde de Mesquitella.

D. Luiz Carlo6 da Costa (Villa

Franca).

José Homem da Silveira de Sam-

paio e Mello.

Dr. Antonio Bento Ribeiro Vianna.

Dr. Antonio Benevides.

Dr. Carlos Mayer.

Antonio Azevedo de Yasconcellos.

João Carlos de Sousa Minhava de

Menezes.

Germana Victorino Xavier de Ma-

galhães. ; , .

Augusto C. Bon de. Sousa.

Lazaro dos Santosí

Raul Rodrigues d'Azevedo.

*

Faz hoje annos e sr. Antonio Mar-

ques da Silva Lopes, distincto alum-

no «do 3.° anno jurídico.

i • #

Chegaram a Lisboa os srs. con-

des da Costa e Brandão de Mello,

governadores civis de Évora e da

Guarda.

—Chegou hontem a Lisboa, vindo

da Madeira, o sr. deputado dr. Ma-

nuel José Vieira.

—Chegou d'Evora o sr. Francisco

Xavier Rosado.

—Esteve em Montemór-o-Novo o

sr. visconde da Serra da Tourega.

—Estiveram em Évora os srs. An-

tonio Laboreiro e se\i genro D. José

de Saldanha. —Partiu hontem para o Porto o

sr. Ramalho Ortigão.

-'-Esta em Madrid o sr. Antonio

de Fontes Ganhado, director da com-

panhia dos caminhos de ferro,

S. ex.4 foi áquellá cidade acompa-

nhar as ex.BM sr.*» D. Marianna Mar-

tens Ferrão e sua filha D. Marianna,

1).. Maria da Gloria da Cunha Mene-

zes c o sr. Vicente de Castra Gui-

marães que tencionam demorar-se

ali até domingo proximo em com-

panhia da ex.™4 sr.4 D. Maria Amaliâ

Martens Ferrão Thedim e do nosso

amigo o sr. Augusto Thedim, pri-

meiro secretario da nossa legação

naquella côrte.

—Regressou de Thomar onde es-

teve alguns dias o sr. conde do

mesmo titulo.

-—Está em Lisboa o sr. dr. Joa-

quim Urbano da Costa Ribeiro e sua

ex.Ba esposa.

—Regressa hoje da Povoa a sr.a

marqueza Oldoini e sua filha D. Ma-

ria Carlota.

Suas ex.as estiveram hospedadas

na magnifica vivenda de seu genro

e cunhado o sr. D. João de Lencas-

tre e Tavora.

#

Hontem era um pouco mais sa-

tisfatório o estado de saúde da sr.a

condessa do Bomflm.

Fazemos votos pela continuação

das melhoras de s. ex.-

—Acha-se melhor do incommodo,

que ultimamente, soffreu o sr. Achil-

les Fontana.

—Tem estado bastante doente o

distincto maestro Emilio Lami.

#

Houve hontem um almoço a bor-

do d um dos vasos de guerra in-

glezes, surtos no nosso porto, oííe-

recido pelos officiaes a algumas pes-

soas da nossa sociedade elegante e

parte do corpo diplomático.

#

Os five o'clok lea estão este anno

mais concorridos e animados que

nos annos anteriores.

Os srs. viscondes de Tavaro inau-

araram hontem as suas reeepções

i 2 ás 5 da tarde, com uma con-

corrência extraordinaria de gentis

senhoras do nosso mundo elegante.

Estiveram as ex.mas sr." duqneza

d'Avila, D. Leonor Mascarenhas Avi-

la, D. Maria do Patrocínio e D. Ma-

ria da Luz Barros Lima, marqueza

das Minas, D. Joanna Orta Ennes,

madame Goyri, condessa d Alte e

sua filha D. Vietoria, D. Maria An-

tónia e D. Gabriella Ferreira Pinto

Basto,( baroneza de Greindl, condes-

sa do Paço do Lumiar, baroneza de

Schmidthals, D. Thereza Aranha, 0. Isabel Ferreira Pinto, baroneza

da Várzea do Douro.

Cbolera

Madrid, 9, m.

Em virtude das grandes providen-

cias hygienicas tornadas em Tarifa

vae diminuindo o cholera. Em Ma-

drid ha 4:000 pessoas atacadas de

pneumonia.

(liavas.)

Para quem quer dormir bem

Caixões americanos de arame

184, Rua da Prata, i.° andar.

Manife*tação operaria

Londres, 8, t.

Os operários faltos de trabatho

fizeram hoie uma grande demons-

tração em Trafalgar square; pronun

ciaram-se violentos discursos con

tra os proprietários e capitalistas,

exhortando ao saque. Comtudo, até

ás 4 horas da tarde não ha noticia

de nenhuma desordem.

Londres, 8, n.

Em consequência das excitacões

ao saque feitas gelos oradores mais

violentos no comicio dos esfameados

em Trafalgar square, os operários

faltos de trabalho quebraram os tai-

paes de varias lojas e roubaram

considerável quantidade de merca-

dorias de toda a especie, e destruí-

ram as mobílias de alguns clubs. A

policia prendeu grande numero de

socialistas irlandezes que despeda-

çavam as carruagens que encontra-

vam, maltratando as pessoas que

iam dentro.

(Havas).

Drama «D. João II»

O sr. conde de Villa Franca,

auctor do notável drama D. João

II, que tanta procura tem tido,

acaba de enviar para o Brazil

grande numero de exemplares, a

pedido de diversas casas impor-

tantes d'aquelle império.

O sr. conde conta em breve fa-

zer nova edição d'esta obra, visto

que se acha quasi esgotada a pri-

meira edição.

Republicano*

lienpanboeK

Madrid, 9. m.

0 imparcial diz que os republica-

nos desistiram da sua idéa de ban-

quetes no dia 11 d este mez.

(Havas).

Celebra-se amanhã 11 na igre-

ja dos Caetanos pelas JO ljâ da

manhã missa e Libera-me por mu-

sica. su(Tragando a alma de D.

Feleciana Rita Dias Gomes, por

ser o 30.° dia do seu passamento..

Vai adiante o convite.

Politica frauceza

Paris 8, n.

A camara dos deputados discutiu

hoje a proposta do sr. Miclielin e

d outros intransigentes pedindo um

inquérito sobre as respensabilida-

des nos negocios do Tonkim. 0 sr.

de Freycinet combateu a proposta

como tendente a accusar a camara

anterior, a estabelecer precedentes

perigosos, a impedir a união dos

republicanos e a diminuir a forca

de auctoridade da França nas suas

novas possessões. A proposta fo»

rejeitada por 268 votos contra 154.

A direita absteve-se de votar. 0 sr.

Rochefort declarou á camara que,

visto haver sido rejeitada a propos-

ta de amnistia, dava a sua demis-

são de deputado.

(Havas).

Teve um parto muito laborioso,

em Sacavém, a esposa do sr. Xa-

vier Machado.

Assistiu-ihe o distincto clinico

dr. Graça, que ha tempos se acha

n'aaueila localidade, gozando os

melhores créditos.

A questão daw Carolina*

Madrid, 8, n.

Os despachos officiaes confirmam

que o príncipe Bismarck expediu

ordens a um navio de guerra alle-

mão para ir arrear a bandeira al-

lemã em todas as ilhas Carolinãs

onde estivesse arvorada.

(Havas).

\

Page 2: niARVO ILLI NTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-10/j-1244-g_1886-02-10_item2/j... · só no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono,

MARIO ILUSTRADO

ser approvado, o tratado com o

rei de Dahomé.

O referido sr. Consigiieri fez so-

bre o assumpto varias exclama-

ções com a pose de quem declama

sentenças de Salomão. Sempre

aquelle dizer dogmático, de con-

selheiro Accacio com orientações

de jacobinagem!

O sr. Pinheiro Chagas respon-

deu muito á vontade, como quem,

com estudo e trabalho, objecta a

futilidades.

Disse-lhe que iá por mais de

uma vez respondera que- o trata-

do de Dahomé fora notificado; que

mara eleja as commissões de

guerra, diplomatica, marinha, ve-

rificação de poderes, agricultura,

administração e obras publicas,

sendo todas as outras nomeadas

ela meza. Usaram da palavra so-

re este assumpto 'os srs. Henri-

que de Macedo, Costa Lobo e con-

de de Castro.

—Foi approvado o diploma do

sr. conde da Foz.

Camara dos senhores deputados:

O sr. Pereira Carrilho apresen-

tou o parecer sobre o orçamento

■ . ~ • i -v I rectificado. Deve começar a dis- era falso que a naç-ao ingleza se cu^r.se na sexta feira,

lhe tivesse opçosto, embora a sua _q sr Carlos Avila mandou

imprensa lhe íizesse opposiçao, o ra a meza uma representação

que demonstrava a sua importan- da camara da Gollegã para des-

cia; que o tratado nao era apre- yiar cerla quantia do fundo de

sentado ao parlamento porque,- viação,

embora negociado com um poten- v -

tado africano de grande importan- RçuniãO d.1 maÍ0I'Ía

cia, elle não tinha um governo re-

gularisado por forma que com elle Como noticiamos, reuniu hon-

se seguissem os processos diplo- tem á noite, no ministério do rei-

maticos do estylo; que assumia, no, a maioria da camara dos srs.

inteira, a responsabilidade da oc- deputados. Presidiu o sr. Pedro

cupação, que julgava ser de um de Carvalho, e estiveram presen-

granae alcance para o desenvol- tes todos os ministros, á excepção

vimento, pelo trabalho livre, da do sr. Barbosa du Bocage, que

província de S. Thomó. Estas fo- faltou por motivo de doença,

ram as suas affirmações, que de- por parte do governo fallaram

monstróu ou fundamentou com os 0s srs. presidente do conselho e A Asx A AtA • • An.MAm n

0 jacobinismo parlamentar

O sr. Consigiieri Pedroso, com

a sua cabeça vasta, onde se abri-

ga um talento immenso recheiado

de projectos gigantes, propoz na

sessão de segunda feira:

—Que a dotação do Senhor In-

fante D. Augusto fosse reduzida a

4 contos de réis;

—Que fosse diminuída a dota-

ção da Família Real;

—Que o subsidio aos deputa-

dos fosse reduzido em 50 OiO.

Hontem a camara não admittiu

á discussão similhantes propos-

tas: a primeira, em votação no-

minal, obteve 3 votos (Elias Gar-

cia, Consigiieri e Francisco de

Campos); a segunda, também vo-

tada nominalmente, só foi appro-

vada por dois deputados (Consi-

giieri e Elias); a terceira foi re-

geitada egualmente.

O sr. Emygdio Navarro, expli-

cando o seu voto pela regeição,

disse muito nobremente e logica-

mente: que admittiria á discussão

uma proposta para que se acabas-

se com o subsidio aos deputados,

mas que, desde que se reconhe

cia que elles deviam ser subsidia-

dos, não podia admittir que as

suas necessidades se regulassem

por cincoenta mil réis mensaes; . # _ .

que as dotações da realeza nao preceitos constitucionaes ao Acto ministro da fazenda. Ouviam podiam ser discutidas, alei funda- Addicional e com as melhores maioria, de que tiravam força

mental o impedia, e também o de- considerações de doutrina, no sen- constitucional, no momento em

coro da camara. tido de evidenciar quanto seria qUe eram apresentadas as pro-

A verdade é que grande parte difficil. no momento historico.em postas de fazenda, para a solu-

da sessão de hontem foi consumi- que se procura facilmente a ex- çao d'um problema importante:

da com os jacobinismos do illus- pansibilidade nacional pelo conti- esperavam o seu appoio para su-

tre deputado Consigiieri. Caro ja- nente negro, estar a prender a ac- perar quaesquer dificuldades,

cobinismol Çao immediata dos nossos inari- na intenção de se prestar um bom

Entreteve-se, para satisfazer as nheiros e exploradores benemeri- serviço ao paiz: que o governo sa-

exigencias de ' qualquer club do tos com as formulas restrictas das berá cumprir o seu dever, conser-

Falla-só a pedir votações nomi- negociações diplomáticas. vando-se em quanto tiver por seu

nae* para definir a sua responsa- O sr. Consigiieri teve palavras; iad0 as maiorias parlamentares e

bilidade e a do seu collega Elias, o"sr. Pinheiro Chagas teve ídéas. a opinião publica. O illustre minis-

com que afinal o paiz se importa O que é muito diverso ! tro da fazenda deseja que as suas

muito pouco—com a re ponsabi- Parece que o deputado Elvino propostas sejam estudadas, accei-

lidade dos dictos. vai também entrar, com todo o tando todas as emendas • que as

Ora nós admittiamos que elle pezo da sua auctoridade, no as- tornem mais equitativas,

propozesse a abolição da realeza, sumpto. Da maioria tomaram a palavra

Era idéa disparatada, mas era lo- Que tremam ceu, terra emarl 0s srs. Luiz de Lencastre, Marçal

fica. Agora a discussão do preço —— # Pacheco, Correia Barata e João

a realeza, pode ser orientaçao Q nrOjeCtO SObre 0 Limoeiro Arroyo, e no sentido das idéas do

de monarchico sovina, mas nao r I iroverno a assembleia manirestou-

é de republicano puro. A questão Terminou hontem a discussão

das formas de governo, assim en- da especialidade. O sr. Elvino,

carada, deixa de ser uma ques- como cardeal Diabo, representou

tão de princípios para ser uma de jurisconsulto, apresentando di-

lei de mercado. versas emendas, que foram regei-

E depois a democracia d'aquel- tadas.

le republicano, manifestada na Pode dizer-se que a camara

proposta para a reducção do sub- dos senhores deputados approvou

sidio aos deputados! * um projecto humanitario. Não se

Não é proposta de sábio: pare- offendem os princípios, nem se des-

ce proposição de ricasso, que jul troe o regimen penitenciário. Lan-

ca que na camara só devem ter ça-se mão d um expediente, toma-

entrada os felizes da fortuna, ou os se uma providencia provi>oria, e

que juntem ao subsidio um orde- assim se previnem conflictos e se

nado de professor jacobino pago | obsta à continuação de crimes.

pela dotação d'um monarchal | •——

Ora valha-nos Deus Nosso Se-

Doença de um príncipe

Berlim, 8, t.

Àcha-se gravemente enfermo com

uma pneumonia o príncipe Leopol-

do, filho do príncipe Frederico Car-

los.

" (Havas).

S. Carlo»

O ensaio geral realisado hontem

á noite da opera Gioconda causou

verdadeiro enthusiasmo.

A opera contem verdadeiras

bellezas musicaes quer na instru-

mentação quer no canto.

No i.° acto que é lindíssimo e

bem cantado sobresae a romanza

de Borlinetto. No 2.°, a canção de

Cotogni, a romanza de De-Bassi-

ni, a grande aria de Novelli e o

duetto de Borghi e Novelli assim

como o ensemble final; o 3.° e 4.°

actos são extraordinários, realçan-

do em toda a opera a parte de Gio-

conda desempenhada por Borghi-

Mamo.

A opera está bem ensaiada e

dirigida pelo sympathico maestro

Manchinelli.

O vistuario e scenario é quasi

todo novo.

O ensaio geral tinha uma en-

chente nos camarotes e platea,

ue applaudiram todos os trechos

'esta opera que deve subir á sce-

na ámanbã. #

3

A AVENIDA

Ao insigne poeta MARIO

Ergue a fronte sombria e triste, infausto Mario,

Conta-me o que te punge, oh louco visionário!

Confia-me os teus ais profandos, dolorosos,

Que eu irei occultar nos cálices mimosos,

Dos lyrios virginaes, das rosas purpurinas

Do teu sentido pranto as gottas crystallinas.

Tu sentes a rasgar-te a alma lentamente,

Essa. garra fatal d'um fundo amor ardente;

E buscas, delirando, a pallida Beatriz,

Que, em sonhos, te afagou phantasticos, febris.

Tu sentes agitar-se em lenta convulsão,

Torcer-se no teu peito exhausto, a —inspiração—,

Essa aguia branca, altiva, indómita, impolluta,

Que rasteja no pó da terra vil, corrupta;

Que se perde do azul nos páramos ignotos;

Que pousa triumphal nos píncaros remotos;

Que encara audaz do sol o brilho singular,

E ri dos vagalhões coléricos do mar...

E vagueias então d'Hecate á luz serena,

Cantando a Gretchen loura e a correcta Helena.

E outras da Grécia antiga—as damas da Avenida I

Sem sonhares, talvez, oh alma dolorida,

nhor, que é pae, com tanta falta

de senso commum!

Noticias do parlamento

Camara dos dignos pares:

O sr. Jeronymo Pimentel reque-

reu diversos esclarecimeutos.

—O sr. conde de Bretiandos

Não sabemos por que fórma, o I pediu documentos sobre os acon-

caso é que se realison hontem, na | tecimentos de Braga e Guima-

lima interpellaçâo

camara a dos senhora deputados,

antes da ordem do dirt; uma espe-

cie de interpellação do sr. Consi-

giieri Pedroso—o que falia sempre,

diluindo a decima millionessima

parte de uma idéa em dez milhões

de palavras—ao illustre ministro

da marinha, a proposito de não ser

apresentado ao parlamento, para

174

FOLHETIM

SM ALTEZA 0

(TradUr lo de Pedro d«s Reys

raes.

O sr. Fontes respondeu que o

governo diligenciará enviar os

documentos pedidos, e que assu-

mirá, sobre o conflicto, todas as

responsabilidades que constitu-

cionalmente lhe pertencerem.

—Foi approvada uma proposta

do sr. Barros e Sá para que a ca-

MECIOÍDA PABTE

(Continuado do numera 4:594)

A donzella chegou a pensar em

retirar-se sem voltar a cabeça, e

cm fugir d'essa casa onde a es-

perava uma tão pungente humi-

lhação, um golpe tão profundo.

Ella queria, ou julgava que-

rel-o; mas não teve animo.

O monologo de Genoveva dei-

xou o doutor impassível.

—Minha rica menina,—respon-

deu elle—eu não ponho de modo

algum em duvida as suas boas

intenções; o que creio, porém, é

que o seu zelo, n'esta conjunctu-

ra, seria pernicioso era vez de ser

utii.

N'esse caso persiste nas ordens

dadas?

—Absolutamente...

—Quer então, — proseguiu a

cortezã com os dentes cerrados,

—provocar um rompimento?

O doutor encolheu os hom-

toros.

—Palavra de honra! — volveu

elle,—começo a desconfiar de que

a minha boa amiga não esta em

si! Eu não tenho nada que ver

com os seus negocios, nem sei a

que diacho vem essa insistência

em querer discutir as prescri-

pções de um medico no exercício

do seu ministério :.—Como está,

barão?—continuou Frébault es-

tendo a mão que se conservava a

distancia.—Se quizer ver o nosso

amigo ainda esta manhã, não se

afiaste para longe... Mandal-o

hei chamar depois da minha vi-

sita ...

E, voltando-se Lucília, o dou-

tor ajuntou:

—Venha, minha menina.

Genoveva ia responder sem du-

vida, mas ficou estarrecida e mu-

da ao ver Frébault pegar na mão

d'aquella rapariga simplesmente

vestida em quem até áquelle mo

mento não fizera maior reparo,«

encaminbar-se com ella para os

aposentos do príncipe.

—Que significa isto? exclamou

a cortezã com desespero,-r-recu-

sam-me a entrada a mim, e intro

duzem outra mulher a minha vis-

ta/

Cesar de Fossaro não estava

menos surprehendido nem menos

intrigado que a sua cúmplice.

XXXII

O barão approximou-se de Ge-

noveva.

—Eu também não percebo na-

da—lhe disse elle em voz baixa

governo

se em solidariedade com ellas.

Estiveram presentes 75 depu

tados.

E aqui está em que deram as

crises annunciadas pelos jornaes

progressistas!

Reunião dos progressistas

Os pares e deputados, maca-

queando a maioria, reunlram-se

hontem. Trataram das propostas

de fazenda, e resolveram... revo-

lucionar o paiz!

Que trema Bysancio!

Canta-se hoje o Rigoleto.

Mais uma enchente nos annun-

cia para esta noite a empreza do

Gymnasio com a representação

do applaudido drama Os Lazaris-

tas, peça palpitante de interesse

Que vela alguém por ti, nos barathros da vida.

Lisboa, 4 de fevereiro de 1886.

Vestal.

Eduardo dos Santos, solicitador e que, depois de ter feito bfilhan- encartado. Rua da Prata, 173, 1.»

te carreira em todas as épocas

em que se tem representado está ~ , priga.. na nova uro.

Sr alV0 d0S mai0res en- va da reconh^da effliScia do

Mesmo para os que assistiram S^tor£ Q"Z7 ^vendem

outr-ora aos brilhantes triumphos ™ das

do notável drama não é demais Lf e em frJscofSe

que o vejam novamente, nao so r;ooe im cannulas

pela excellencia da peca, mas por-1 i00,

de íoaSSVaSS. V™ I 1" ™a™. lér 0

senta o mesmo personagem, uma

O» chineiev

e on EmtadoN Unidos

New- York, 8, t.

A população de Seattle, no terri-

tório cie Washington, obrigou todos

os chinezes ali residentes a embar-

carem n um vapor que partiu para

S. Francisco.

(Havas).

A livraria do sr. J. Mesquita,

na rua de Borges Carneiro, 17, em

Coimbra, expõe á venda a Lei e

rPQuhmento do imposto do sello, a

mai«»r até hoje transcripta do Diá-

rio do Governo.

O preço é baratíssimo. Brocha-

do 200 réis, e cartonado 300

réis.

—em todo o caso acho isto muito

extraordinário...

—Quem poderá ser aqueila mu-

lher?

—Eu sei!...

—Será alguma rival?...

—Sabel-o-hemos.. .—Volta pa-

ra casa que eu já lá vou ter...

—Ficas aqui?

—Fico.. .—julgo a minha pre-

sença necessaria...—o doutor

disse que me mandava chamar, e

eu tenho empenho em estar com

o príncipe...

Muito inquieta, pois que ja co-

meçava a ver em risco a realisa-

ção das suas esperanças, Genove-

va subiu para a carruagem em

que tinha vindo.

Heitor passara uma boa noite.

—Em seu pálido semblante devi-

sava-se uma expressão de con-

tentamento.—Os olhos fulgura-

vam, mas o seu brilho não era

o da febre.

Acabava de dar meia hora de-

pois das dez.

O criado abriu a porta.

—Mande entrar...—ordenou o

príncipe com viveza.

Antonio Frébault apresentou-se

á entrada do quarto.

Vendo-o sosínho, Heitor ficou

dolorosamente surprehendido.

—E* escusado perguntar-lhe

como se acha esta manhã, meu

caro amigo!—exclamou o medico

—O parecer é excellente...

—Ah! doutor,—murmurou

príncipe,—esqueceu-se da sua

promessa?

—Não me esqueci de coisa al-

seguinte trecho da carta que es-

Ha, Qna« nnfivpk rrpaoòes I creveu o sr. J. J. Wallaston, ir.em-

é dicno de vêr-se creaÇues' bro do Real Collegio dos cirur- 6 dlgno e e gíões de Londres, pedindo um

• O vapor Portugal, que entrou frasco de 100 capsulas: «Tenho o

hontem vindo dos portos de Afri- prazer de annunciar-vos que as

ca, traz 39 passageiros para Lis- vossas capsulas obtiveram um re-

boa. I sultado completo: estou livre da

febre e dos suores nocturnos, e

TirO 80S Pombos I da inchação edematosa dos mem- bros inferiores; tudo desappare-

São por este meio avisados os ceu com o uso das Capsulas Pelle-

srs. socios de que haverá tiro no tier. Como porém se approxima o

dia 11 ás 2 horas—100 pombos— outono, época em que reinam as

podendo tomar parte n'elle as pes- fevres, desejo possuir o meio de

soas apresentadas e os offlciaes sahir victorioso, se novamente a

da esquadra ingleza. O preço dos | moléstia accommetter-me.» Não

pombos será de 200 réis.

O secretario.

L. de S. Oliva.

Entraram hontem os vapores

podem haver palavras mais expli-

citas,

Convénio tu-rco-bulgaro

Constantinopla, 8, t.

sueco Tretebay e norueguez Kron\ A recusa da Russia a approvar o

Príne Yitomie, procedentes de SnSa ,mP

Bordeaux, e o paquete inglez | Ha tençao relações entre a

Middles Brongh, de Dunkerque. Persia e a* sub'ime Porta.

(liavas).

E*pon*ae* principesco» . ^ ger ^ brevemente à

Londres. 8> t. venda um bello romance do sr.

dJS-S to- Si oW&f deiro do throno da Russia com uma ta ,N , v *

filha do príncipe do Montenegro. E edição da antiga casa por-

(Havas). tuense de Ernesto Chardron.

Principe real portu^uec

Paris 8, n.

0 duque de Bragança vae na ter-

ça feira para Eu, onde assistirá a

uma grande caçada que lhe é c-ffe-

recida pelos príncipes d Orleans. A

condessa de Paris partirá no dia 20

para Madrid, a fim de assistir ao

casamento da infanta Eulalia.

(Havas.)

No theatro do Principe Heal

volta hoje á scena A Morgadinha

de Valflor. Teem entrada por

meios preços os srs. accionistas

dos Recreios.

No sabbado reapparece o ap-

plaudido drama Maria Antonietta,

em recita de casa, e não em be-

neficio do actor Brandão como

por engano disseram alguns jor-

naes, o beneficio d'este estimado

artista deve eíTectuar-se no mez

de Abril.

SECÇÃO CMAIISTICA

Charada

Se a uma consoante

Nome de mulher jantar—4

Encontrará nos jardins

0 que junto liade formar.

Tretritro.

Decifrações das charadas de

mero antecedente:

Torpedo—Pardo.

nu-

CANMEIRO POPULAR

DCCXXXIV

á os passarinhos teem

Outro novo som de cantar,

Aprenderam de me ouvirem

Sempre, sempre a suspirar.

guma, o meu amigo ê que se es- Ao ver entrar a orfa, que ja ti-

queceu da sua promessa de estar nha levantado o véo, e>tendeu-lhe

socegado... os braços, e, com voz tremula, bal-

—Não esqueci... creia que es- buciou duas vezes seguidas:

tou e estarei sereno...—Lucília —Lucília... querida Luciha !...

veíu? Ouvindo aqueila voz, a Tutine-

—Vou, sim, vel-a-ha dentro de gra sentiu deixar de pulsar-lhe o

alguns minutos. coração—pelas faces^deslisaram-

—Oh! meu querido amigo, que lhe duas grossas lagrimas, e a po-

seja ja, supplico-lhe... bre acercou-se do leito...

—Se só a idéa de a ver lhe cau- Heitor agitava os lábios sem po-

sa tão grande agitação retiro-me, der articular sons perceptíveis,

e levo-a sem que a veja. A li vida pallidez do enfermo as-

—Ah! não a vér é que me fa- sustava e consternava á órfã que,

zia mal, bem o sabe... profundamente commovida con-

—Aqui para nós, que ninguém templava em silencio o príncipe,

nos ouve, creio que sim,—repli- O amor suffocava-os a ambos,

cou Frébault sorrindo,—e passo De pé a alguns passos d'elles e

a cumprir os seus desejos sem muito commovido também, Anto-

mais demora... nino Frébault compartilhava a fe-

Ao mesmo tempo abria a porta licidade de que era testemunha,

da saleta contigua. Volvidos dois ou tres >egundos

—Entre, minha menina... dis- Heitor tomou a palavra

se eiie> —Não encontro expre>sões com

Lucília deu alguns passos, mas que agradecer lhe o ter vindo

a sua commoção era tal que mal aqui... A sua presença completa

podia suster-se. Foi assim que a obra do nosso bom doutor... E

parou, quasi sem forças, antes de a vida que me restitue... Dê-me

chegar junto da porta. a sua mão...

O doutor proseguiu: Lucília estendeu-lhe a mao tre-

—Então! coragem, minha filha! mula.

Lembre-se que a sua presença O príncipe levou-a aos lahios e

pode ser mais efllcaz para o com- cerrou os olhos para melhor sabo-

pleto restabelecimento do nosso rear aqueila embriaguez,

querido doente do que todasj as — Assente-se aqui, ao pó de

prescripções da sciencia' mim.. .—continuouelle designan-

Estas palavras produziram o ef- do uma cadeira que estava ao pó

feito que era de esperar.—A don- do leito.

zella encheu-se de animo e apre- —Tenho que fazer uma receita,

sentou se no limiar da porta. —interrompeu Antonino Frébault,

O príncipe tinha nos olhos toda 1 deixo-os sósinhos por cinco mi-

a sua alma. I autos.

Lucilia fez um movimento e re-

tirou a mão.

—Não, não, doutor,—replicou o

doente,—não se retire...—O que

tenho a dizer a Lucilia... e o que

Lucilia houver de dizer-me, pode,

deve o meu amigo ouvil-o...—

Peço-lhe que fique.

—Seja, tícarei já que assim o

quer... Mas mais uma vez lhe re-

pito:

nada de commoções violentas;

quero-os ambos muitos serenos !

Heitor inclinou a cabeça em

signal de affirmação e sorriu-se.

—Tem soffrido muito, não é

verdade ?...—perguntou Lucilia.

—Tenho, mas isso já lá vae...

Os meus soffrimentos só me lem-

bro d'elles para os bemdizer pois

que me dão o direito de repetir-

lhe n'este momento:—Lucilia...

querida Lucilia... amo-a t /—Foi

porque estive a morrer que vem

aqui, sim ?

—Vim,—balbuciou a Tutinegra,

cuja perturbação ó mais fácil de

comprehender que de descrever,

—vim porque tinha vontade de

me ver, e também porque queria

restituir o deposito que me con-

fiou na vespera d'esse horrível

duello...

—Esse deposito, — respondeu

Heitor,—tem de ficar em seu po-

poder...

fC ontinúaj.

Xavier de Montéfin.

í

Page 3: niARVO ILLI NTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-10/j-1244-g_1886-02-10_item2/j... · só no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono,

I niARVO ILLI NTRADO

Bonbo na caixa filial do

Banco de Portugal* no

Porto

A este respeito, diz a Província:

«A casa forte estava violada e

havia-se praticado um roubo dos

mais audaciosos de que reza a

chronica policial dos últimos tem-

pos.

Desde sabbado até á manhã de

hoje praticou-se o assalto. A casa

forte era abobadada de tijollo; os

ladrões fizeram um rombo de 40

centímetros de comprimento por

20 de largura; e por ahi penetra-

ram.

Para realisar o arrombamento

tiveram de cortar a barbequim

uma trave que havia no tecto, na

parte em que foi atacado.

Introduzidos na casa forte reti-

raram de la 10:000 libras em ou-

ro que estavam encaixotadas para

assim sahirem, se fosse necessá-

rio.

Foi também aberto um caixote

de madeira, dentro do qual havia

uma outra caixa de folha de Flan

dres, contendo jóias pertencentes

á sr.* baroneza de Gamboa. As

jóias foram retiradas dos estojos,

que appareceram no vào da ar-

mação com uma toalha e uma fla-

nella em que estavam envolvidos.

Não foi possível averiguar até

agora com exactidão se os ladroes

levaram outros volumes porque,

por impedimento do juiz respecti-

vo, até á hora em que escreve-

mos não se levantou ainda o au-

to, e só depois de cumprida essa

formalidade indispensável, a ad-

ministração procederá ao balanço

geral para reconhecer a falta real

dos valores existentes na casa

forte. %

Podemos no entanto asseverar

desde já que ficaram intactos os

valores mais consideráveis ali exis-

tentes.

A casa forte é dividida por um

tapamento em duas secções; o

rombo deu para aquella em que

costumam ser guardados os ob-

jectos em que se não toe í diaria-

mente. Assim toda a reserva rne-

iallica, que era importantíssima,

não foi sequer mexida, porque es-

tava no compartimento onde os

ladrões não penetraram.

Devidamente avisados compa-

receram no estabelecimento da

caixa fiscal do Banco de Portu-

gal os commissarios de policia,

o governador civil, o juiz dr. Hen-

rique Pinto e Claro da Fonseca;

e, de accordo com a administra-

ção combinaram o plano das in-

vestigações para descobrir os au-

ctores d'esta arrojada empreza.

Quando se chamou um trolha

para examinar, como perito, o

rombo praticado no telhado e na

abobada da casa forte, o que ap-

pareceu, antes de qualquer inter-

rogators, muito tremulo e pallido,

começou por declarar que era

muito fiel, que nunca tinha dado

motivo para que d'elle deconíias-

aem e que não conhecia cousa al-

guma do interior do edifício.

Foi preso para averiguações.

Chama-se Manuel Martins Matta.

O que se pode desde já conje-

cturar com probabilidades de

acerto, é que o roubo foi delinea-

do e praticado por quem não só

linha audacia mas também co-

nhecimento perfeito e exacto do

que ia fazer. Sabia o ponto que

devia atacar.

Enganou-se na primeira tenta-

tiva, iniciando um roubo que

abandonou, mas a segunda em-

prehehdeu-a com toda a seguran-

ça.

Não está por emquanto averi-

guado se o roubo foi feito pelo te-

lhado. N'este caso é indispensá-

vel acreditar no auxilio, conscien-

te ou inconsciente, dos morado-

res visinhos.

Se o roubo foi feito por um ho-

mem só tem de admittir-se que

elle gastou muito tempo para o

realisar e que por mais de uma

vez desceu á casa forte, porque o

peso de 10:000 libras em ouro

carrega dois homens valentes.

A digna e zelosa administração

da caixa filial do Banco de Portu-

gal, profundamente impressiona

da por este acontecimento, tem

recebido da parte do publico os

mais inequívocos testemunhos de

sympathia.

E' de crer que as diligencias da

policia entreguem aos tribunaes

os , verdadeiros auctores d'este

me.

Fazemos votos porque assim

succeda e breve, para minorar o

profundo desgosto dos nossos es-

timáveis amigos.

sue

Dentro de uma sacca de prata,

d'onde os ladrões tiraram algum

dinheiro, encontrou-se uma chave

a que falta a arte que entra na fe-

chadura. Suspeitou-se de que essa

chave fosse a da porta que dá

communicação para o sotão, e, na

verdade, arrancada a fechadura

encontrou-se dentro o bocado que

faltava à chave.

O balanço não está ainda con-

cluído; mas desde já se pode as-

severar que não é superior a 45

contos de réis o roubo praticado

em dinheiro e que além d'isso só

foram roubadas as jóias da sr.* ba-

roneza de Gamboa."

A policia trabalha activamente

na descoberta dos criminosos.

Devem ter já chegado ao Porto

dois dos directores do Banco.

A revolta ao Humbe

Lé-se no Mercantil, de 19 de

de janeiro passado:

«Não sabemos ao certo ha quan-

tos dias, foram recebidas na Huilla

tristes noticias do Humbe, que

aterraram todo o districto. O mo-

rador do Humbe, Antonio José de

Almeida indo com destino a esta

localidade aonde tinha proprieda-

des suas, e aonde tem um irmão

bem estabelecido, encontrou os ca-

minhos interceptados pelo gentio.

Souberam os moradores do Hum-

be da estada de Almeida ali, e

conseguiram fazer-lhe chegar ás

mãos cartas e um officio do chefe

para o chefe da Huilla afim de

Almeida tudo fazer seguir para a

Huilla ou sen»o proprio portador

visto não poder entrar no Humbe.

O emissário enviado a Almeida

com as cartas e officio caiu sob a

a azagaia assassina na sua volta

á fortaleza por ter o gentio sabido

que elle havia levado cartas a Al-

meida, e este foi atacado no ca-

minho na sua vida para a Huilla;

felizmente poude passar a salvo

por entre as azagaias e tiroteio

do gentio que até grande distan-

cia o perseguiu. Valeu-lhe o va-

lente animal em que montava.

Fizeram correr lagrimas as pa-

lavras com que aquella infeliz

gente contava a sua triste situa-

ção. Soccorro! soccorro! soccor-

ro! pediam a cada momento mo-

radores e chefe do Humbe. O cerco

permanente, o gentio em numero

infinito fazendo fogo quasi cons-,

tantemente, queimando casas e

devastando ar imos, os moradores

e chefe poupando munições de

guerra por ignorarem quando lhes

chegariam soccorros, a fome ba-

tendo á porta dos brancos mora-

dores, um branco já preso e met-

tido em um tronco soffrendo tor-

turas constantes, tudo isto im-

pressionou deveras a todos logo

que as noticias chegaram.

Pelas cartas já referidas é que

Antonio soube que já nada tinha

no Humbe; tudo lhe havia sido

queimado e devastado pelo gen-

tio : contava-lhe seu irmão este

triste acontecimento.

Posteriormente novas e mais

tristes noticias fizeram saber que

ao gentio do Humbe se havia reu-

dido o gentio do Cuamáto, Camba,

Mulondo, etc. e que toda esta im-

mense massa de gente apertava

a cada momento mais e mais o

cerco á fortaleza e oasas dos mo-

radores. Diziam mais as noticias,

haverem ja dez mortes entre mo-

radores brancos e soldados, e

achar-se ferido de uma azagaida

na cabeça e um tiro no pescoço

o morado* Francisco José de Al-

meida, irmão de Antonio de Al-

meida.

Agora, cada dia se tem accen-

tuado^ mais as apprehensões com

relação aos acontecimentos do

Humbe. A falta que tem havido

de noticias d'aquelle ponto tem

conduzido muitos á supposição de

de que aquella pobre gente se

acha cada vez em maiores difi-

culdades, por isso que não deixa-

riam o chefe e moradores de fa-

zer parted pações no caso de o

gentio haver abandonado o campo.

Immediate mente a chegada das

primeiras noticias traziuas por

Antonio de Almeida, o chefe da

Huilla capitão de segunda linha

Pedro Augusto Chaves, fez d'es-

tes acontecimentos as necessá-

rias communicações ao governa-

dor do districto, e pediu auxilio

immediato de fórma a poderem

ser soccorridos os moradores do

Humbe e castigados os crimino-

sas, enviando logo doze serviçaes

para .levarem cartuxame d'aqui

de Mossamedes. E, julgando, co-

mo era de esperar, que este au-

xilio não se fazia demorar, tratou

ao mesmo tempo de preparar tudo

pelo interior, de fórma a poder con-

seguir uma expedição bôa, attenta

a força do inimigo. Conseguiu de

accordo com o tenente Arthur de

Paiva, chefe do concelho da Hum-

pata, que 30 hollandezes acompa-

nhassem a expedição.—Dos colo-

nos do Lubango foram escolhidos

42 que havendo já sido militares

na Madeira, de boa vontade se

prestaram a ir, e obteve que 12

carros dos hollandezes conduzis-

sem para o Humbe as munições

de guerra, generos de comida, e

outras cargas da expedição.

O tenente de segunda linha

Joaquim AfTonso Lage encarrega

do da colonia do Chipampunhim

pela sua parte conseeuiu que to-

dos os bastards e hollandezes es-

tabelecidos proximo da colonia

acompanhassem também a expe-

dição, e obteve que três carros

d'estes conduzissem mantimentos

para a força militar da expedição

e auxiliares.

Pedro Chaves providenciou tam-

bém para que uma peça de cam-

panha completamente municiada,

das que se acham na fortaleza da

Huilla, partisse para os Gambos

para d'esta localidade seguir para

o Humbe com a expedição.

O chefe do concelho do Bumbo

(Capangombe), capitão de segun-

da linha José da Costa Alemão

Coimbra, também não se conser-

vou impassível perante os acon-

tecimentos do Humbe. Ao ter co-

nhecimento das tristes noticias

trazidas por Almeida, e das pro-

videncias que Chaves estava to-

mando para organisar a expedi-

ção, immediatamente embargou

vinte e quatro jumentos que se

achavam em Capangombe de uma

récoveira que anda entre esta vil-

la e o interior, e enviou-os aqui

para levarem cartuxame.

Os soccorros pedidos para aqui

também não se fizeram esperar.

No dia vinte e seis do corrente

de madrugada chegou á Huilla

uma força de setenta e duas pra-

ças, commandada pelo alferes

Joaquim da Silva Leite, para se-

guir tudo para o Humbe, sob as

ordens de Pedro Chaves, com-

mandante da expedição. Com esta

força foram logo doze mil cartu-

xos e uma peça de campanha

completamente municiada, e o

concelho do Humbe foi immedia-

tamente considerado em estado

de guerra.

No dia 29 chegaram á Huilla

43 serviçaes obtidos dos agricul-

tores d'aqui conduzindo cartuxa-

me e pólvora.

No dia 4 de dezembro pelas 10

horas da noite checaram á colo-

nia da Chibia (Chipampunhime)

Pedro Chaves, commandante da

expedição acompanhado do facul-

tativo dr. Joaquim Sanches Rolão

Preto e padre Antunes acompa-

nharam a expedição ao Humbe

para ali prestarem os soccorros

de que alguém careça.

Chegou pela mesma occasião

á Chibia, em companhia de Pedro

Chaves, o cidadão Luiz José de

Oliveira Junior nue também

acompanhou a expedição ao Hum-

be, e mais foram ao Humbe, os

cidadãos, habitantes da Huilla,

Francisco da Silva, Antonio José

de Almeida, Augusto de Souza,

Oscar Vicente da Silva, Domingos

de Paiva Africano, Martin Lopes,

e Julio Marques dos Santos. São

dignos de toda a admiração estes

homens qne deixando suas casas,

famílias, interesses, tudo, tudo,

não pensam no perigo a que se

só se le vao expor para lembrarem

de que a G5 léguas da Huilla (100

de Mossamedes) os desgraçados

habitantes do Humbe chamam por

soccorro.

Pedro Chaves ao chegar á Chi-

bia mostrou verdadeiramente

quanto se achava desgostoso pela

demora que se estava dando na

artida da expedição para o Hum-

e. Deu causa a esta demora o

tardarem dois carros que iam d'a-

ui com cartuxame e uma peça

e artilheria, e esta só chegou a Ki l\ir\ n r\ rlí n Cl A a a

l

3

Chibia no dia 6 de manhã. Não

seguiu logo a expedição porque

era domingo e os hollandezes na-

da fazem n'este dia.

Valioso auxilio prestou n'esta

occasião o tenento de 2." linha,

Lage, encarregado da colonia da

Chibia, mandando de motu pro-

prio, e desinteressadamente, os

seus carreiros e bois de carro

buscar as peças de artilheria que

haviam ficado atraz, por haver

desapparecido quando andava no

pasto, o gado que as conduzia.

Pedro ' Chaves levou para o

Humbe noventa e tres praças de

pret, sob o seu commando.

Noticias ultimas recebidas em

6 dão os acontecimentos muito

peiores: que o sobba dos Gambos

se acha mancommunado com o

do Humbe para soccorrer este

contra a expedição e mais ainda

avisal-o do momento em que a

expedição chegar aos Gambos,

que o sobba do Humbe mandou

alguns bois de presente aos bas-

tards vindos de Caconda e se

acham nos Gambos para estes o

auxiliarem, mas ao contrario do

que o sobba esperava os bastards

havendo recebido os bois, e pro-

mettido o auxilio pedido aguar-

davam comtudo a chegada da ex-

pedição ali para a ella se reuni-

rem e combaterem tambetn o

Humbe; que o gentio do Humbe

reunido ao de Cuamáto, etc., se

acha no Chicúbe, (20 léguas

áqúem do Humbe) esperando a

Amnistia em Hespanba

Madrid, 9, m.

Os militares que se sublevaram

em Badajoz e La Seo de Urgel, vão

ser brevemente amnistiados.

(Havas).

A navalha

A Lisboa, a terra da gente pa-

cifica, de boa indole, passa de vez

em quando por um dissabor, ine-

vitável, fatal: um faquista que es-

faqueia o proximo.

Ante-hontem deu-se uma d'es-

passagem da columna em opera-

ções para a atacar.

O gentio do Cuamáto possue

armas Martiny Henry, e Sneyder

e são magníficos atiradores e

muito atrevidos.

Foi imponente a saida da for-

ça militar, aqui da villa de Mos-

samedes. Foi uma verdadeira ma-

nifestação de regosijo o que pra-

ticaram os habitantes d'aqui acom-

panhando ate fóra da villa a força

militar. E' que ella ia engrossar a

fileira dos que se achavam já

aprestados para irem em soccorro

dos moradores do Humbe, e se

havia sido grande o terror ao sa-

ber-se dos acontecimentos d'ali,

maior foi depois o regosijo por

verem que se procurava a todo o

transe salvar aquella gente devé-

ras ameaçada.

A nova banda de musica tocou

pela primeira vez em publico

acompanhando também a força

até fóra da villa.

Foi, emfim, um momento de

enthusiasmo que muito enobrece

os que se associaram á manifes-

tação.

Foi também devéras brilhante

e ao mesmo tempo commovente a

manifestação que por parte dos

habitantes da colonia da Chibia

foi feita á expedição por occasião

da sua partida, na manhã de 7

de dezembro. Junto do acampa-

mento da expedição estabelecido

em uma das formosas margens

do Chipampunhime e a meia hora

de viagem da colonia, o encarre-

gado da mesma colonia, tenente

de segunda linha Joaquim Affonso

Lage dirigiu uma aliocução á dis-

tincta expedição e em particular

ao commandante d'ella Pedro Cha-

ves.

Outras pequenas allocucões fo-

ram dirigidas por Lucio d'Oliveira,

Manoel José Trindade, e Jorge

Luiz de Nóbrega.

O tenente Lage em nome da

Colonia da Chibia de que é en-

carregado, entregou nas mãos de

Pedro Chaves um pequeno estan-

darte, no qual ein fórma ellipe e

em letras bordadas se lia:

— A' expedição ao Humbe. de-

dica a coloniu da Chibia.—5—12.°

—85.

Pedro Chaves, agradecendo as

tocantes provas de amizade que

lhe eram dadas e á expedição, e

abraçando os seus amigos, rece-

beu commovido, como todos se

achavam, o pequeno estandarte,

e, a cavallo e empunhando a vara

que sustentava este emblema da

amizade tributada aos expedicio-

nários, assim deu ao longe a sua

entrada na povoação dos bastasds

e da mesma fórma seguiu d'ali.

Dentro em pouco os lenços que

continuamente d'urna e outra par-

te se agitavam no ar, deixaram

de se mover: a expedição longe

já como estava havia-se occultaao

aos olhos dos que ficavam.

Todos os colonos da Chibia se

dirigiram ao local do acampamen-

to a assistirem á despedida e par-

tida da expedição.

Durante as tres noutes em que

a expedição se demorou, mau gra-

do seu, na Chibia, esperando a

chegada da'artilheria, os colonos

foram tocar e dançar junto á re-

sidência de Pedro Chaves, seu

amigo dedicado. Que alegria, que

verdadeira novidade vér-se a qua-

renta léguas do littoral, no sertão,

entre matos e gentios uma sere-

nata e dança de gente branca, —

e, novos e velhos, homens e mu-

lheres, em harmonicapromiscuida-

de, manifestarem assim a sua ale-

gria! E' encantador.

No dia 6 de dezembro chegou

a Huilla o governador do distri-

cto, coronel Sebastião Nunes da

Matta acompanhado do major Pe-

dro Rodrigues Barboza e do alfe-

res Bernardo Peixoto Coelho. Diz-

se que vae visitar as colonias do

interior, e ao mesmo tempo, e

principalmente, estar na Huilla

durante o tempo que durar a guer-

ra do Humbe para mais de prom-

pto providenciar sobre qualquer

caso que exija providencias im-

mediatas.

Durante- a auzencia de Pedro

Chaves, chefe do concelho da Huil-

la, ficou exercendo este cargo o

tenente de 2.a linha Joaquim Af-

fonso Lage, encarregado da colo-

nia da Chibia.»

sas scenas repugnantes no Poço

do Bispo.

Albano Ramos e eutro indivi-

duo envolveram-ser em desordem,

ficando o primeiro com um largo

ferimento na mão direita produ-

zido com uma navalha.

O ferido veiu para o hospital de

S. José.

Quanto ao íaquisla cremos que

ainda anda á solta. •

Pedimos aos nossos bondosos

leitores uma esmola para a infe-

liz Maria das Dores Mendonça,

que, com quatro filhinhos, se vé

na maior miséria e desamparo.

Esta desgraçada, que em tem-

pos alguma cousa teve, agora está

sem recursos, nada tem já que

vender, e, para eumulo de infeli-

cidade, vae sair no dia 31 do cor-

rente da casa onde habita, no

beco do Jardim, á Estrella, n.° 11,

loja, lado esquerdo, por não ter

com que pagar.

* *

Posto de soccorros medicos

ROCIO 26, 1.»

DIRECTORES

Mattos Chaves e Ferrer Farol

No posto ha sempre medicos

para qualquer serviço.

Recompensa nacional

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Capello e Ivens

SubBcrípcão destinada a

comprar aos iflustres explorado-

res o direito de publicar uma

única edição popular do livro da

sua viagem atravez da Africa

austral, edição que será vendida

ao publico por preço ao alcance

de todos, sendo o producto da

venda applicado á educação dos

filhos de portuguezes falleeidos

no ultramar no desempenho de

relevantes serviços coloniaes.

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Predial^ assentamento. 5 por cento

845500.

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Rendeu até 8 31:2835693

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cebem-se quaesquer quantias na

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L. do Intendente—J. J. P. Maga-

lhães, armazém de perfumarias,

etc., Chiado, 57 e 59—A. Ferin,

livraria, R. N. do Almada, 70 a 74

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58 e 60—Tavares; Bastos & C.*,

chapellaria, Chiado 32 a 34—For-

tunato das Neves, tabacaria, Ro-

cio, 42 e 43—V.* de Caetano J.

da Costa & Filho: correeiro e sel-

leiro, R. N. do Òarmo, 68 a 72—

Eduardo Rosa, typographia, R. N.

da Palma, 142 a 154 F. M. Perei-

ra, loja de chá e café, R. N. da

Palma, 123 a 125—J. Baptista,

pharmacia, R. Augusta, 137—Pe-

dro Moreira, R. do Ouro, 103—

Bolsa Commercial, Rua Augusta,

24—Monaco, tabacaria, Rocio, 21

—iMora, camisaria, R. do Ouro,

112 e 116—Callado & C.-, R. N.

do Almada, 102 e 104—Pereira,

oculista, R. do Ouro, 90—Guima-

rães «5c Alves, loja de modas, R.

N. do Almada, 71 e 73.

SECÇ10_ ÚTIL

Chronica do dia

Quarta 10—S. Escolastica.

1'aramentos brancos.

Lausperenne na ermida de Nossa Senhora da Oliveira, da corporacão

dos confeiteiros.

Principio da aurora ás 5 h. e 8 m.

Nascimento do sol ás 6 h. e47 m.

Occaso do sol ás 5 e 13 m.

Primeiro preí^aar ás 7 e 18 m.

da tarde.

Baixamar ás 1 h. e 30 m. da tar-

de

Secundo preamar ás 7 h. e 42 m.

da manhã

Baixamar ás 1 h. e 54 m. da tar-

de. <•

Tempo

Conforme o boletim do Observa-

tório do infante D. Luiz, a tempe-

ratura maxima, ante-hontem em

Lisboa, foi de 12,7, a minima 7,3.

Vento fresco do quadrante NE.

Ceu dalgumas nuvens.

Com respeito ao estado geral de

tempo, diz:

Pequenas alterações na pressão e

na temperatura com vento geral-

mente moderado do quadrante NE.

Houve geada e gelo na maioria

dos postos do reino.

As isobaras indicam uma zona de

pressão elevada ao NW. da Franca,

e, -as pressões mais fracas ao SE.

da peninsula.

Typ. do "Diário llliistrado"

T. da Queimada. .15

Cirurgião oeNTISTA'

3 2

2

s

Habilitado pela escola

medica cirúrgica de Lisboa

/"^OLLOCAM-SE dentes desde um ^ até a dentadura completa.

Rua do Arftenal* IOO 1.° .

Companhia real

dos caminhos

de ferro portu-

• guezes.

Aviso ao publico

Q EGUNDA communica a compa-

^ nhia de Madrid a Zaragoza e

a Alicante acha-se restabelecida a

circulação da linha das Astúrias, po-

dendo portanto acceitar-se toda a

classe de mercadorias para as esta-

ções d'aquella linha.

Lisboa. 28 de janeiro de 1886.

0 director da comp.B

Pedro Ignacio Lopes 24

MISSA

me

Maria Angelica Dias Rodrigues da

Sjlva Lapa e Manoel Joaquim da

Silva Lapa, convidam todos os seus

parentes e pessoas da sua amisade

a assistir a uma missa e Lebera-me

gando a alma de sua sempre cho-

rada mãe, sogra e avô D. teleciana

Rita Dias Gomes. 23

^Landau

' VENDE SE um, pintado e guar-

necido de novo, e um coupé

uzado, e uma victoria pequena

propria para um garrano, um dog-

càrt usado e um tilbury em bom

uzo.

Rua dos Caetanos. n 0 4 22

r^OMPADECEl-VUS oh almas can-

^ dozas, da miséria em que vi-

ve a infeliz ceguinha Victoria Ma-

ria, sem pão e prestes a não ter

casa. R. do Cardai, 74, loja. 21

Page 4: niARVO ILLI NTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1886-02-10/j-1244-g_1886-02-10_item2/j... · só no contorno exterior corno no modelado; as pernas são tratadas com o mesmo abandono,

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0 mysterio da estrada

de Cintra

pELEBRE romance de Eça de

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volume, 600 rs. Elegantemente en-

cadernado á ingleza. 900 rs.

A acção d este esplendido roman-

ce principia em Cintra, depois em

Lisboa, desenvolve-se a bordo d um

paquete, depois em Malta, Gibraltar na Índia, em Paris, e por fim nova-

mente em Lisboa.

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^ assembléa geral ordinaria, no dia 22 de fevereiro corrente, pelas 7

1/2 horas da noite, para cumprimente do § 1.® art.® 24.® dos estatutos.

Lisboa, 6 de fevereiro de 1886. 0 secretario

A. J. Gomes Nello. 19

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Cada semana 12 paginas, com 4 gravuras e um brinde gratis

2.° ANNO DE PUBLICAÇÃO

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J. Jorge Coelho

Calista pedicuro, que substituiu

desde outubro de 1884, o bem conhe-

cido callista J. M. do Couto, (já faile-

cido), tem a honra de participar ao

respeitável publico que oflerece os

seus serviços no seu consultorio.

ue abriu na Rua do Oure n.° 266

D.

Companhia real

dos Caminhos

de ferro portu-

guezes.

Venda de sucata de carris

USTA companhia recebe propos-

tas ate ao meio dia ao aia 1

de março de 1886 para a venda de

2000 toneladas métricas de carris

de ferro usado de differentes com-

primentos dos systemas Vignole e

Champignon.

As condições para esta venda es-

tão patentes na Repartição Central

dos Armazéns, em Lisboa, todos os

dias, não santificados, das 10 horas

da manhã ás 4 da tarde.

A companhia porem enviará pelo

correio o respectivo caderno de

condições a quem lho pedir do

estrangeiro.

As propostas indicando o preço

por tonelada deverão ser dirigidas

em carta fechada ao

Director da Companhia Real dos Ca-

minhos de Ferro Portugueses

Portugal LiMboa

indicando no sobscripo:

Proposta para a compra

de sucata de carris

de cujo resultado a companhia da-

rá conhecimento aos interessados

em tempo opportuno.

Lisboa, 27 de janeiro de 1886.

0 director da companhia

Pedro Ignacio Lopes

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▲pprorado pela Juneta Central de Hyaiane do Brasil.

As pessoas, que soíTrem ao peito, as qHe alo. acoiniii.-Uidas de Tosse, Constipares,

, Sol wot, C'lfiry/i'/.s, Uronchites, Rouquidões. Exr\nrmáo de ooz, e Asma, podem ticar

;<i «vrtií- do eiiv'«iiiirar um proinpto allivio. e cura eoinpleia com o uso

im iiu'J<puis baisamlcos »lo pinho ma- i no. çof.i: in ratios uo Xarope e na - ,«tn tie seiví* «le pinho marítimo

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para impedir novos ataques e obter a cura radicai. Para premumr-se contra a* falsi- ficações, deve-se exigiroSellodo Governo trances e a ase ign»tura _ - , - - T. -

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guezes.

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livre pratica sem beneficiação, as

remessas de fmctas verdes e see-

cas de Hespanlia para Portugal

quando se prove que procedem de

ponto indemne daquelle paiz ou

quando sejam transportadas em

caixas fechadas em transito por

Portugal com immediato destino aos

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Lisboa 29 de janeiro de 1886.

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res, instructivas e|do Sodrç, 64,

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de instrucção publica, para leitura

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e o brinde do costume. O seu preço é portanto, de 40 réis. em vez de 30 réis

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Para Hamburgo, re- Buenos_/ures Valparaiso, Arica, Islay e Callau

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como d'antes.

Relativamente, é tão barata como o era no primeiro volume, e os srs. as-

«ienantes a troco d'uma pequena quantia a mais por semana, terão o bene-

ficio de ter maior quantidade de original, devido todo ãs pennas dos nossos

primeiros escriptores.

Continuaremos a publicar, do mesmo modo, os curiosos problemas ma-

thematicos do nosso illustre collega e amigo Moraes d'Almeida, que tanto

teem agradado, problemas «le xadrez, cbaradas diversas, enigmas pittores-

cos, etc. tornando assim o mais interessante possivel, a secção: KM FAMÍLIA. — ——^^— •

Esta publicado o numero 50

O vapor

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Kspera-se de 11 a 13 do corrente.

Para carga e passagens trata-se

no Caés do Sodré, 64, 1.®

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Assigna-se no Brazilt—BIO DE JANEIRO, escriptorio do CORREIO DA EURO-

PA. rua 1 de setembro, 14. sobrado

Toda a correspondência deve ser dirigida a Rodrigo de Mello Carneiro

Kagallo.

ESCRIPTORIO, T- IDA. G^TJZEIIM!-AJD-A. 35

CADIZ

Espera-se sabbado 13.

Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sodré, 64, í>. Os agentes

E. Pinto Basto Sf C.» C

SAIR AO OS PAQUETES

MAGKLÀN, 17 de fevereiro

•BK1TANNIÀ, 3 de março

| VALPARAISO, 17 de março.

| -PATAGONIA, 31 de março.

••Os paquetes PATAGONIA e BRITANNIA, farão escala por Pernambuco

e Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Faz-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos do Brazil e

Rio da Prata.

Na passagem de 3.â classe por estes magníficos vapores, está incíuido

vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha criados, cosinheiros portuguezes e medico.

Para Bordeux, Plymonth e Liverpool o

uete VALPARAISO,

spera-se a 13 do corrente.

Para carga e passagens trata-se com os agentes

paqi

NO PORTO

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10—Largo de S. Joào Nevo—10

EM LISBOA

B. Pinlo Basto $f C.k

64-Caes do Sodró-44