Upload
duongthu
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ALTA VARIABILIDADE DA ANATOMIA DO JOELHO EM PACIENTES CANDIDATOS
A ARTROPLASTIA
Gracitelli, Gc1, Luzo, Mvm2, Bugbee, Wd3
1Universidade Federal De São Paulo, 2Universidade Federal De São Paulo, 3The Scripps Clinic- San Diego, California, Eua
Introdução: Alterações da anatomia do fêmur distal e da tíbia proximal devem ser reconhecidos
no pré-operatório para o planejamento cirúrgico adequado.
O objetivo deste estudo consiste em analisar retrospectivamente com tomografia
computadorizada (TC) o Slope Tibial (ST), ângulo de valgismo femoral (AVF) e ângulo de rotação
femoral (ARF) em pacientes candidatos a prótese total do joelho.
Método: Um banco de dados retrospectivo foi utilizado para identificar 13.546 tomografias
computadorizadas de pacientes com artrose e candidatos a artroplastia do joelho mediante o uso
de instrumental personalizado. As aferições foram realizadas com Amira visualization software e
NX computer-aided design software. As tomografias incluiram o quadril, joelho e tornozelo e a
reconstrução 3D foi realizada.
Resultados: Nosso estudo incluiu 13.546 TC de pacientes candidatos a prótese total do joelho.
Foram incluídos 8241 (61%) mulheres e 5305 (39%) homens.
Slope Tibial (ST): A média angular do ST foi de 7.2° ± 3.7° (−5° a 25°). Um número
significativo de pacientes 35% (4149) foram considerados outliers.
Ângulo de valgismo femoral (AVF) e ângulo de rotação femoral (ARF): A média do AVF foi de 5.7
± 2.3° (1 a −16°) com 13.8% dos pacientes considerados outliers. A média do ângulo de
rotação femoral (ARF) foi de 3.3 ± 1.5° (−3 a 11°) com 2.8% dos pacientes considerados
outliers.
Conclusão: Estes dados são úteis para conscientizar os cirurgiões de joelho sobre a variabilidade
anatômica do fêmur distal e tíbia proximal.
ÂNGULO PLATÔ-PATELA NA AVALIAÇÃO DA ALTURA PATELAR NAS
OSTEOTOMIAS DA TÍBIA PROXIMAL
Marcelo Bonadio1, Camilo Helito2, Julio Torres3, Riccardo Gomes Gobbi4, Fábio Janson Angelini5, José Ricardo Pécora6, Gilberto Luis Camanho7, Marco Kawamura Demange8
1Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 2Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 3Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 4Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 5Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 6Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 7Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 8Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp
Objetivo: Avaliar o uso do ângulo platô-patela, comparando aos métodos já consagrados, para
aferição da altura patelar em pacientes submetidos a osteotomia alta da tíbia.
Métodos: Estudo retrospectivo com 13 pacientes submetidos a osteotomia tibial de abertura
medial. A altura patelar foi aferida em radiografias pré-operatorias e em pós-operatório imediato,
pelos métodos de Insall-Salvati, Caton- Deschamps, Blackburne-Pell e ângulo platô-patela, assim
como o slope tibial e o comprimento do tendão patelar. Medidas realizadas por dois avaliadores
em dois momentos diferentes. Comparado o grau de alteração após a osteotomia e correlações
entre os métodos.
Resultados: A média de idade foi de 41.33 ± 9.01 anos. A média dos índices de Caton-
Deschamps, Blackburne-Peel, Insall-Salvati e ângulo platô-patela respectivamente foram 1.00,
0.89, 1.10 e 23.15º no pré-operatório e 0.89, 0.78, 1.11 e 20.46º no pós-operatório. A alteração
média absoluta e percentual de cada método foi de –0.11[-18%], 0.01[2%], -0,11[-22%] e -3,01º[-
38%] respectivamente para Caton-Deschamps, Black-burne-Pell, Insall-Salvati e platô-patela. A
correlação entre a alteração do ângulo platô patela entre o pré e pós-operatório e a alteração do
slope após a cirurgia foi de -0,67(p<0,001). A correlação dos índices de Caton-Deschamps,
Blackburne-Pell, Insall-Salvati e ângulo platô-patela inter-observador foi de 0.72(p<0,001),
0.54(p<0,001), 0.65(p<0,001) e 0.67(p<0,001) respectivamente.
Conclusão: Pelo método do ângulo platô-patela a altura patelar sofre alterações discordantes das
observadas nos métodos clássicos de aferição da altura patelar, sendo que tais alterações tem
correlação com alteração do slope tibial após a osteotomia.
AVALIAÇÃO DA ISOMETRICIDADE DE DIFERENTES PONTOS NA PATELA E
FÊMUR PARA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO PATELO-FEMORAL MEDIAL
Gobbi, Rg.1, Pereira, Cam.2, Sadigursky, D.3, Demange, Mk.4, Helito, Cp.5, Tírico, Lep.6, Pécora, Jr.7, Camanho, Gl.8
1Iot Hcfmusp, 2Iot / Hcfmusp, 3Clínica Ortopédica E Traumatológica, Cot-Martagão, Ba., 4Iot / Hcfmusp, 5Iot / Hcfmusp, 6Iot / Hcfmusp, 7Iot / Hcfmusp, 8Iot / Hcfmusp
OBJETIVO: Avaliar ao longo do arco de movimento do joelho as distâncias entre diferentes
pontos de fixação do ligamento patelofemoral medial (LPFM) na patela e fêmur para identificar os
pares menos anisométricos.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram usados 10 joelhos de cadáveres, montados em um aparato que
simula um arco de movimento ativo de com tração do quadríceps. Em cada joelho 3 marcadores
foram fixados na patela (medial) e 7 marcadores no fêmur ao redor do epicôndilo. As distâncias
entre os pontos foram medidas por um sistema de fotogrametria digital com fotografias
simultâneas por 2 câmeras em intervalos de 15o de flexão.
RESULTADOS: Os pares de pontos com menor variação média das distâncias entre patela e
fêmur foram os pontos anteriores e proximal ao epicôndilo medial. Os pares de pontos com maior
variação média das distâncias entre patela e fêmur foram os pontos posteriores e distal ao
epicôndilo medial. localização da patela não apresentou influência nas medidas.
CONCLUSÃO: O posicionamento do LPFM distal ou diretamente posterior ao epicôndilo medial
devem ser evitados por serem os menos isométricos.
AVALIAÇÃO DO LIGAMENTO ANTEROLATERAL POR RESSONÂNCIA MAGNÉITCA
NOS CASOS DE LESÃO AGUDA DO LCA
Camilo Partezani Helito1, Paulo Victor Partezani Helito2, Hugo Pereira Costa3, Marcelo Batista Bonadio4, José Ricardo Pécora5, Gilberto Luis Camanho6, Marco Kawamura Demange7, Marcelo Bordalo-Rodrigues8
1Iot Hcfmusp, 2Iot Hcfmusp / Hospital Sírio Libanês, 3Iot Hcfmusp / Hospital Sírio Libanês, 4Iot Hcfmusp, 5Iot Hcfmusp, 6
Iot Hcfmusp, 7Iot Hcfmusp, 8Iot Hcfmusp / Hospital Sírio Libanês
Objetivo: O objetivo do presente estudo é avaliar a epidemiologia das lesões ou anormalidades
do LAL por meio de exames de Ressonância Magnética (RM) nos casos de lesão aguda do LCA.
Métodos: Foram avaliados 101 exames de RM de pacientes com lesão aguda do LCA,
considerada quando o paciente referia trauma ha menos de 3 semanas do exame e quando era
observado edema osseo no condilo e/ou planalto tibial. Foram consideradas lesão ou
anormalidade do LAL quando este apresentava desinserção óssea proximal ou distal,
descontinuidade de suas fibras ou contorno irregular associado a edema peri-ligamentar. O LAL
foi divido em porções femoral, tibial e meniscal e a lesão de cada porção em cada caso foi
caracterizada. Também foi avaliada a correlação da lesão do LAL com as lesões do menisco
lateral.
Resultados: O LAL não foi caracterizado em 13 exames, restando 88 para avaliação de suas
lesões. 55 (62.5%) exames apresentaram LAL normal e 33 (37.5%) sinais de lesão. Entre os
casos lesionados, 26 (72,7%) apresentaram lesão proximal, 7 (21,2%) lesão distal, sendo 3
fraturas de Segond, e 2 (6.0%) lesão tanto proximal como distal. O porção meniscal do LAL se
apresentou anormal em 16 (48,4%) casos. Não houve relação entre lesão do LAL e a lesão do
menisco lateral.
Conclusão: A lesão do LAL acontece em menos da metade dos casos de lesão aguda do LCA.
Quando o LAL apresenta anormalidades, na maioria dos casos ela é proximal, perto da inserção
femoral.
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DA PROTEÍNA C-REATIVA APÓS
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO.
Fabrcio Bolpato1, João Maurício 2, Rodrigo Pires3, Filipe Bezerra4, Rafel Faro5, Naasson Cavanellas6
1Into, 2Into, 3Into, 4Into, 5Into, 6Into
Objetivo: avaliar o comportamento da proteína C-reativa (PCR) sérica nas três primeiras semanas
após artroplastia total do joelho e definir os fatores relacionados.
Material e Método: foram avaliados os valores da PCR em 103 pacientes submetidos à
artroplastia total primária do joelho (ATJ). A PCR sérica foi dosada na véspera da cirurgia,
terceiro e vigésimo primeiro dia após o procedimento.
Resultados: não foi encontrada correlação da PCR com índice de massa corporal (IMC), idade,
gênero ou complicações dos pacientes. A PCR apresentou elevação média de 3000% no terceiro
dia após a cirurgia e um terço do pacientes apresentaram normalização na terceira semana.
Conclusão: a PCR sérica permanece elevada na terceira semana após ATJ na maioria dos
pacientes e essa alteração parece estar relacionada essencialmente ao trauma cirúrgico.
AVALIAÇÃO EM LONGO PRAZO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À MANIPULAÇÃO
DO JOELHO APÓS ARTROPLASTIA TOTAL
Pedro Guilme Teixeira De Sousa Filho1, Yuri Lubiana Chisté2, Rodrigo Satamini Pires E Albuquerque3, Idemar Monteiro Da Palma4, Hugo Alexandre De Araújo Barros Cobra5, João Maurício Barretto6, Naasson Trindade Cavanellas7
1Into, 2Into, 3Into, 4Into, 5Into, 6Into, 7Into
Objetivo: Comparar o ganho de arco de movimento entre os pacientes manipulados
precocemente, antes de 12 semanas pós artroplastia total do joelho (ATJ), e os manipulados
após esse período. Além disso, avaliar a manutenção em médio e longo prazo do arco obtido na
manipulação do joelho, e fatores relacionados com os piores resultados. Método: O estudo foi
dividido em dois grupos de acordo com o tempo pós ATJ. Os procedimentos ocorreram entre
janeiro de 2008 até dezembro de 2014. Resultados: Quando comparamos os arcos de movimento
entre as manipulações realizadas de forma precoce com as tardias, verificamos resultados
superiores no grupo antes de 12 semanas, porém, sem significância estatística. Foi observado
que 14,3% dos casos mantiveram a mesma amplitude alcançada no momento da manipulação.
Na avaliação ambulatorial após a manipulação, 47,7% da amostra obteve uma amplitude menor
que 90 graus. Os fatores de risco significantes para recidiva de um joelho rígido em longo prazo
são arco de movimento ruim antes da ATJ e antes da manipulação, sexo feminino e artrites
secundárias. Conclusão: A manipulação após uma ATJ deve ser realizada antes de 12 semanas.
No seguimento a longo prazo 14,3% dos pacientes mantiveram a amplitude de movimento
alcançada na manipulação e 47,7% da amostra obtiveram uma amplitude menor que 90 graus.
Os pacientes com os maiores fatores de risco são o sexo feminino e artrites secundárias.
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA ROTAÇÃO DO COMPONENTE FEMORAL EM
RELAÇÃO AO EIXO MECÂNICO INICIAL
Schumacher, F.c.1, Pedro Debieux2, Ferarri, P.m.o3, Castro, A.m.4, Kubota, M.s.5, Ambra, L.f.6, Yamada, R.k.f.7, Luzo, M.v.m.8
1Epm, 2Epm, 3Epm, 4Epm, 5Epm, 6Epm, 7Epm, 8Epm
Objetivos: avaliar a rotação necessária do componente femoral para balanceamento do gap de
flexão e estabelecer se a rotação do componente femoral para obtenção um gap final retangular
em flexão se relaciona com as deformidades prévias do paciente.
Métodos: 40 joelhos, de 33 pacientes com diagnóstico de osteoartrose primária, foram
submetidos a tomografias computadorizadas após artroplastia total do joelho pela técnica do
balanço dos gaps. As imagens obtidas foram avaliadas por dois radiologistas, para definição da
rotação do componente femoral através do cálculo dos ângulos cirúrgico e clínico e os dados
seguiram para a análise estatística.
Resultados: o ângulo cirúrgico foi medido em 52,5% dos joelhos; o ângulo clínico, aferido em
todos os joelhos, teve média de 5°54’. O eixo mecânico inicial encontrado foi varo em 67,5% dos
casos. A rotação do componente femoral variou de maneira independente do eixo mecânico
inicial. Ao comparar joelhos valgos e varos, isolando-se os joelhos valgos, notamos que não
houve correlação entre o desvio de eixo e a rotação do componente femoral, porém sem
relevância estatística. Houve maior amplitude na rotação femoral nos casos valgos, com a média
de 7°48’ nos 10 casos, enquanto nos varos, a média foi de 5°16’.
Conclusão: o balanço do gap de flexão é o fator essencial no sucesso clínico da artroplastia em
detrimento do valor isolado da rotação do componente femoral, desde que seja respeitado o
equilíbrio do joelho em flexão.
AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DINÂMICA PRÉ E PÓS-RECONSTRUÇÃO DO
LIGAMENTO PATELOFEMORAL MEDIAL DE PACIENTES COM INSTABILIDADE
PATELAR RECIDIVANTE.
Gobbi, Rg.1, Demange, Mk.2, Ávila, Lfr3, Helito, Cp.4, Tírico, Lep.5, Pécora, Jr.6, Camanho, Gl.7
1Iot Hcfmusp, 2Iot Hcmfusp, 3Incor Hcfmusp, 4Iot Hcmfusp, 5Iot Hcmfusp, 6Iot Hcmfusp, 7Iot Hcmfusp
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi padronizar o uso da tomografia de 320 fileiras de
detectores para estudo dinâmico patelofemoral em pacientes com instabilidade patelar recidivante
pré e pós-reconstrução do ligamento patelofemoral medial (LPFM), analisando o efeito da cirurgia
no trajeto da patela ao longo do arco de movimento.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionados 10 pacientes com instabilidade patelar e indicação
de reconstrução do LPFM isolada, submetidos à tomografia antes e após um mínimo de 6 meses
da cirurgia. Os parâmetros anatômicos avaliados foram os ângulos de inclinação da patela e
distância da patela ao eixo da tróclea através de um programa de computador desenvolvido
especificamente para esse fim. Foram aplicados os escores clínicos de Kujala e Tegner. O
paciente realizava uma extensão ativa do joelho contra a gravidade e a qualidade dos exames e
medidas foi estudada em 2 protocolos com maior ou menor radiação.
RESULTADOS: Não houve mudança do trajeto da patela após a reconstrução do LPFM, apesar
de não ter havido nenhuma recidiva da instabilidade e os escores clínicos apresentarem melhora
média de 22,33 pontos no Kujala (p=0,011) e de 2 níveis no Tegner (p=0,017). O protocolo de
maior radiação não apresentou vantagens em relação ao de menor radiação.
CONCLUSÃO: Foi possível padronizar a tomografia dinâmica da articulação patelofemoral com
um protocolo de baixa radiação, e a cirurgia de reconstrução do LPFM isolada não melhorou a
inclinação e lateralização da patela, devendo ser considerada uma cirurgia de estabilização e não
de realinhamento.
COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS CLÍNICOS DO POSICIONAMENTO DO TUNEL
FEMORAL APOS RECONSTRUÇÃO DO LCA
Tarso Leal1, Wilson Vasconcelos2, Breno Macedo3, Aloisio Carneiro4, Carlos Borges5, Gustavo Dorea6, Eduardo Alencar7
1Hospital Manuel Victurino, 2Hospital Sao Rafael, 3Hospital Sao Rafael, 4Hospital Sao Rafael, 5Hospital Manuel Victurino, 6Hospital Manuel Victurino, 7Hospital Sao Rafael
Objetivo: Avaliar o posicionamento do túnel femoral com auxílio da Ressonância
Nuclear Magnética, após reconstrução artroscópica do LCA pelas técnicas
Transtibial, Portal Anteromedial e Outside-In e comparar com o resultado clínico pósoperatório.
Métodos: Analisaram-se 75 pacientes, sendo 25 pacientes em cada
grupo de técnica cirúrgica de confecção do túnel femoral (Transtibial, Portal
Anteromedial e Outside-In), com um acompanhamento pós-operatório mínimo de 12
meses. Comparou-se, então, a posição do túnel femoral medido na RNM e os
resultados do IKDC objetivo e subjetivo pós-operatório. Resultados: A maioria dos
pacientes são jovens, do sexo masculino, com lesão do LCA no joelho direito e com
tempo de acompanhamento pós-operatório satisfatório (19 meses). Houve diferença
estatisticamente significativa na relação do ângulo coronal e a técnica empregada,
sendo a Transtibial a que apresentou menores ângulos. Não houve diferença
estatisticamente significativa do IKDC objetivo e subjetivo entre os grupos de técnica
cirúrgica. A maioria dos pacientes tiveram IKDC objetivo A ou B e IKDC subjetivo
acima de 90. Houve correlação positiva moderada, medida pelo Teste de Spearman,
e estatisticamente significativa entre o ângulo coronal nas três técnicas e o IKDC
subjetivo. Conclusão: A partir deste estudo, conclui-se que não há diferenças
estatisticamente significante nos resultados pós-operatórios avaliados pelo IKDC
Objetivo e Subjetivo, em relação a angulação do túnel femoral, aferidos pela RNM,
realizado pelas técnicas Transtibial, Portal Anteromedial e Outside-In. Entretanto,
são necessários estudos prospectivos, randomizados e controlados, com tempo de
acompanhamento a longo prazo para definir se uma técnica cirúrgica gera
resultados clínicos superiores em detrimento das outras técnicas.
COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE TRÊS TÉCNICAS NA RECONSTRUÇÃO DO
LCA - SEGUIMENTO MÍNIMO DE DOIS ANOS
Ricardo De Paula Leite Cury1, Jan Willem Cerf Sprey2, André Luiz Lima Bragatto3, Marcelo Valentim Mansano4, Herman Fabian Moscovici5, Luiz Gabriel Betoni Guglielmetti6, Osmar Pedro Arbix De Camargo7, Alfredo Dos Santos Netto8
1Santa Casa De Sp, 2Santa Casa De São Paulo, 3Santa Casa De São Paulo, 4Santa Casa De São Paulo, 5Santa Casa De São Paulo, 6Santa Casa De São Paulo, 7Santa Casa De São Paulo, 8Santa Casa De São Paulo
Objetivo: Comparar os resultados clínicos objetivo e subjetivo da reconstrução do ligamento
cruzado anterior pelas técnicas transtibial, transportal e “de fora para dentro”.
Casuística e Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 90 pacientes (reconstruções do LCA
com tendões flexores autólogos) operados entre agosto de 2009 e Junho de 2012, pelas técnicas
transportal medial (30), transtibial (30) e “de fora para dentro” (30). Avaliados: IKDC objetivo e
subjetivo, Lysholm, KT1000, Testes de Lachman, Pivot-Shift e Gaveta anterior.
Resultados: A idade média dos pacientes foi de 34,9 anos. Em relação ao exame físico, nos
testes de Lachman e Pivot-Shift, encontrou-se uma discreta superioridade da técnica “de fora
para dentro”, porém sem significância estatística (p=0,132 e 0,186 respectviamente). Gaveta
anterior, KT1000, IKDC subjetivo, Lysholm e iKDC objetivo apresentaram resultados semelhantes
nos grupos avaliados. Ocorreram mais complicações na técnica transportal medial (p=0,033).
Conclusão: Não foram encontradas diferenças com significância estatística nos resultados
clínicos objetivos e subjetivos dos pacientes submetidos a reconstrução do ligamento cruzado
anterior pelas técnicas transtibial, transportal medial e “de fora para dentro”.
DOSAGEM DE PROTEOGLICANOS EM OSTEOARTROSE INDUZIDA: ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE INFILTRAÇÕES
Fernando Martins Rosa1, Marcello Zaia Oliverira2, Leandro Vidigal3, Mario Massatomo Namba4, Mauro Batista Albano5
1Universidade Federal Do Paraná, 2Universidade Federal Do Paraná, 3Universidade Federal Do Paraná, 4Universidade Federal Do Paraná, 5Universidade Federal Do Paraná
O objetivo do trabalho é avaliar o efeito de injeções intra-articulares do ácido hialurônico nativo
(Polireumin®), do ácido hialurônico com cadeias ramificadas (Synvisc®) e do corticosteróide
betametasona (Diprospan®) na osteoartrose induzida pela secção do ligamento cruzado anterior
(LCA) dos joelhos de coelhos.
Foram utilizados 44 coelhos, seccionados os LCA com o objetivo de induzir a osteoartrose.
Foram divididos em 4 grupos: grupo 1: controle, injeções com solução salina isotônica; grupo 2:
três infiltrações, com intervalo de uma semana entre cada uma, com Polireumin®; grupo 3: três
infiltrações, com intervalo de uma semana entre cada uma, com Synvisc®; grupo 4: duas
infiltrações, com intervalo de três semanas entre cada uma, com Diprospan®. Foram realizados
lâminas dos platôs medial e lateral, realizado coloração com safranina O com o objetivo de
marcar os proteoglicanos. Como análise estatística, foi realizado a média, mediana, valor mínimo,
valor máximo e desvio padrão. Para comparação dos lados (lateral e medial), dentro de cada
medicamento, foi considerado o teste t de Student para amostras pareadas.
A análise demonstrou diferença nível de significativo. Quando feito a análise estatistica entre os
grupos, obteve valor significativo o Corticóide x Polireumin e Corticóide x Synvisc, assim como o
Placebo x Synvisc e Placebo x Polireumin.
Conclui-se que houve uma maior preservação da quantidade de proteoglicanos nos espécimes
tratados com hialuronatos. A quantidade de proteoglicanos no grupo tratado com corticoesteróide
em duas aplicações com intervalo de 3 semanas foi semelhante ao grupo placebo e mostrou
menor concentração quando comparado ao grupo dos hialuronatos.
EFEITO DA APLICAÇÃO CIRÚRGICA DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS EM
LESÕES CONDRAIS DO JOELHO.
Danieli Mv1, Guerreiro Jpf2, Queiroz Ao3, Pereira Hr4, Cataneo Dc5
1Uniort.e Ortopedia Especializada, 2Uniort.e Ortopedia Especializada, 3Uniort.e Ortopedia Especializada, 4Faculdade De Medicina De Botucatu - Unesp, 5Faculdade De Medicina De Botucatu - Unesp
Introdução. O tratamento das lesões condrais do joelho permanece um grande desafio, pela sua
alta frequência e pela ausência de um método totalmente eficaz. Desde a década de 90, o
Plasma Rico em Plaquetas (PRP) vem sendo empregado com o intuito de estimular uma melhor
cicatrização tecidual, inclusive em lesões de cartilagem. Objetivo: Avaliar o efeito da aplicação do
PRP em pacientes com lesões condrais do joelho, graus III e IV da ICRS, submetidos a cirurgia
por videoartroscopia. Material e método. Foram operados 80 pacientes, divididos em 2 grupos:
grupo A – controle (40 pacientes) e grupo B – tratado, com aplicação de PRP (40 pacientes). Os
pacientes foram avaliados no pré-operatório e com três, seis e 12 meses após a cirurgia por meio
dos questionários IKDC subjetivo, KOOS e de atividade de Tegner. Resultados. Com relação aos
questionários IKDC subjetivo e KOOS, houve evolução dos valores nos diferentes tempos de
avaliação em ambos os grupos, com diferença a favor do grupo tratado (B), estatisticamente
significante. Quanto aos escores do questionário de atividade de Tegner, a evolução dos valores
no grupo controle (A) só foi significativa com 12 meses e, no grupo B, observou-se evolução
significativa já no sexto mês. Conclusão. A aplicação do PRP nos pacientes submetidos à cirurgia
por videoartroscopia do joelho que apresentam lesões condrais graus III ou IV da ICRS levou a
resultados melhores e mais rápidos, quando avaliados pelos questionários IKDC subjetivo, KOOS
e de atividade de Tegner, quando comparados ao grupo controle.
EFEITO DA PST (PULSED SIGNAL THERAPY) NA CARTILAGEM PATELAR.
ESTUDO PROSPECTIVO RANDOMIZADO.
Riccardo Gomes Gobbi1, Adriana Lúcia Pastore Silva2, Marco Kawamura Demange3, Felipe Ferreira De Souza4, Paulo Vitor Partezani Helito5, José Ricardo Pécora6, Gilberto Luis Camanho7
1Iot Hcfmusp, 2Iot Hcfmusp, 3Iot Hcfmusp, 4Iot Hcfmusp, 5Iot Hcfmusp, 6Iot Hcfmusp, 7Iot Hcfmusp
Objetivo: O efeito físico da Terapia de Sinais Pulsáteis (PST) em diferentes tecidos já foi foco de
investigação em vários estudos, sendo o tecido mais estudado o cartilaginoso, no qual mostrou
um aumento da síntese de proteoglicanas e colágeno in vitro. Atualmente a PST vem sendo
utilizada no tratamento de diversas patologias entre elas: artroses de várias articulações,
síndromes dolorosas da coluna, tendinopatias, lesões esportivas e até como adjuvante em
doenças reumáticas. Propomos um estudo randomizado, controlado e duplo cego para avaliar de
forma objetiva e inédita o efeito da PST na sintomatologia e na cartilagem da patela de pacientes
com síndrome patelofemoral.
Material e Métodos: Foram recrutados 41 pacientes com diagnóstico de síndrome dolorosa
patelofemoral. Os pacientes foram randomizados em 2 grupos: placebo (17 pacientes) e PST (24
pacientes). Foi realizada ressonância inicial (controle) com mapa T2 da cartilagem patelar em
todos os pacientes e o preenchimento do protocolo de avaliação Kujala para patologia patelar. Foi
realizada a segunda ressonância com mapa T2 da cartilagem patelar e novo escore Kujala, em
torno de 3 meses após a intervenção.
Resultados: Houve melhora significativa no escore kujala no grupo PST com média de melhora
de 9,6 pontos (p<0,001). O grupo placebo apresentou melhora média de 0,5 pontos, sem
diferença estatística. A análise da ressonância não mostrou diferença entre os grupos, porém a
amostra foi subdimensionada para essa análise.
Conclusão: O tratamento com PST apresentou melhora clínica avaliada pelo escore de Kujala
significativa em pacientes com síndrome dolorosa patelofemoral.
EFEITO DO RLOSAC EM CULTURA PRIMARIA DE CONDROCITOS DE PACIENTES
COM OSTEOARTROSE DE JOELHO
Edgard Pereira Junior1, Myriam Paola Alvarez Flores2, Rose Bosh3, Eliani Antonioli4, Mario Ferretti 5, Moises Cohen6, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi7
1Universidade Federal De Sao Paulo, 2Instituto Butanta, 3Instituto Butanta, 4Hospital Albert Einstein, 5Hospital Albert Einstein, 6Universidade Federal De Sao Paulo,hospital Albert Einstein, 7Instituto Butanta
Losac é um hemolina de lagarta Lonomia obliqua que promove a coagulação do sangue através
da ativação proteolítica do factor X. Em HUVEC, Losac aumentou o numero de células. Para
investigar o potencial de rLosac como um possivel agente condroprotetor foram utilizados
condrócitos osteoartriticos humanos e para analisar a sua capacidade para estimular a produção
de moléculas de matriz extracelular (ECM) e reduzir a senescência. Métodos: As culturas
primárias de condrócitos humanos foram preparados a partir de cartilagem da articulação do
joelho com osteoartrite obtidos a partir de 4 doadores (idade: 68-83) submetidos a cirurgia de
substituição total do joelho. O estudo foi realizado em plena conformidade com as diretrizes do
comite de ética institucional e amostras de cartilagem foram coletadas . Os condrócitos foram
tratados com rLosac e vários parâmetros medidos foram analisados : atividade específica
associada à senescência beta-galactosidase, a viabilidade celular pelo ensaio de MTT, a
produção de moléculas de matriz extracelular por transferência de Western e microscopia de
imunofluorescência, e do ciclo celular por citometria de fluxo. Resultados: rLosac apresenta acao
como agente anti-apoptótica eficaz, como evidenciado pela forte inibição da morte celular.
Observou-se o efeito citoprotector especialmente a partir de 48h e 72h de tratamento, mesmo na
presença de IL-1β (50 ng / ml) para induzir um ambiente inflamatório. rLosac foi capaz de
reduzir a expressão de β-galactosidade após 6 dias de tratamento.Conclusão: rLosac tem o
potencial de se tornar um agente terapêutico para a osteoartrite.
ESTUDO ANTROPOMÉTRICO DO JOELHO EM PACIENTES PORTADORES DE
OSTEOARTRITE: COMPARAÇÃO DA MENSURAÇÃO INTRAOPERATÓRIA E POR
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Fabrício Bolpato1, Renato Carrara2, Rogério Góes3, Rodrigo Pires4, João Maurício 5, Vinicius Schott6, André Kinder7, Edson Marchiori8
1Into, 2Hst, 3Hst, 4Into, 5Into, 6Uff, 7Multimagem, 8Ufrj
Objetivo: comparar a mensuração do joelho realizada por meio de ressonância magnética (RM)
com a medida conseguida intraoperatóriamente a fim de validar o método para estudos
antropométricos.
Material e Método: foram estudados 20 joelhos em 20 pacientes portadores de osteoartrite
submetidos à artroplastia total entre agosto e dezembro de 2013. Realizaram-se seis medidas no
fêmur distal e duas na tíbia proximal. As mensurações nas imagens foram feitas no plano axial,
através do sistema informatizado da instituição. As mensurações intraoperatórias foram obtidas
utilizando-se um paquímetro, após os cortes iniciais da artroplastia. Os parâmetros anatômicas
foram os mesmos. O coeficiente de correlação intraclasses (ICC) foi utilizado para avaliar a
concordância nas medidas antropométricas de joelho realizadas por meio da RM e pelo
paquímetro, de forma intraoperatório.
Resultados: A análise estatística revelou que existe uma concordância altamente significativa
entre as medidas antropométricas do joelho conseguidas por meio do uso do paquímetro
intraoperatoriamente e por meio de ressonância magnética.
Conclusão: A mensuração das dimensões do joelhos osteoartríticos por meio de ressonância
magnética apresentou-se como método semelhante a mensuração intraoperatória, sendo
confiável para a realização de estudos antropométricos amplos que permitam a adequação e
melhoria implantes disponíveis.
EVOLUÇÃO DO DIÂMETRO DO ENXERTO DE FLEXORES APÓS RECONSTRUÇÃO
DO LCA EM PACIENTES COM FISE ABERTA
Diego Astur1, Arliani Gg2, Debieux P3, Kaleka Cc4, Amaro Jt5, Cohen M6
1Escola Paulista De Medicina/universidade Federal De São Paulo, 2Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 3Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 4Instituto Cohen, 5Instituto Cohen, 6Escola Paulista De Medicina/ Unifesp
Objetivo: avaliar a evolução do diâmetro do enxerto de tendões flexores do joelho após 1- 11
anos de seguimento em pacientes considerados Tanner estágio II, III, e IV que foram submetidos
a reconstrução do ligamento cruzado anterior.
Material e Métodos: 10 pacientes de ambos os sexos com idade média de 14 anos (12.4 até 15.4
anos) diagnosticados com lesão do LCA enquanto ainda apresentavam a fise aberta do joelho
foram submetidos a reconstrução ligamentar com técnica trans-fisária no fêmur e na tíbia com
enxerto quadruplo de tendões flexores. Durante o procedimento, foi definido o tamanho do
diâmetro do enxerto utilizado, assim como o tamanho do túnel femoral e tibial. Após seguimento
de pelo menos um ano e máximo de onze anos, uma Ressonância Magnética foi realizada para,
através de um corte axial do enxerto ligamentar, definir o diâmetro atual do neo ligamento.
Resultados: Quatro pacientes foram considerados estágio de Tanner II, quatro Tanner III, e dois
Tanner IV. Houve uma diferença estatisticamente significante entre os valores encontrados
durante a cirurgia e no momento de seguimento pós operatório avaliado do diâmetro dos enxertos
utilizados ( em média houve um decrécimo de 25.3 %). O tamanho médio na cirurgia do enxerto
utilizado foi 7.9 mm (+/- 0.87) e o tamanho médio na avaliação da imagem de ressonância
magnética foi de 5.9 mm (+/- 0.65).
Conclusão: O diâmetro do enxerto flexor em pacientes esqueleticamente imaturos diminui em
média 25.3 % do momento da cirurgia até a evolução pós-operatória de pelo menos um ano.
EXPERIÊNCIA INICIAL COM SUBCONDROPLASTIAS NO TRATAMENTO DE
LESÕES DE EDEMA ÓSSEO
Marcelo Bonadio1, Camilo Partezani Helito2, Pedro Nogueira Giglio3, Alipio Gomes Ormond4, Márcia Uchoa Rezende5, José Ricardo Pécora6, Gilberto Luis Camanho7, Marco Kawamura Demange8
1Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 2Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 3Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 4Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 5Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 6Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 7Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp, 8Instituto De Ortopedia Hc-Fmusp
Objetivo: Avaliação da aplicabilidade e resultados iniciais da técnica de subcondroplastia em
lesão de edema ósseo.
Métodos: Avaliados 5 pacientes com dor em um dos joelhos, com lesão hipercaptante em região
subcondral na ponderação em T2 em exame de ressonância magnética. As lesões foram então
mapeadas no plano axial, coronal e sagital, para o planejamento cirúrgico.
Subcondroplastia realizada com cânula de 8G, introduzida com auxilio de fluoroscopia em direção
ao centro da lesão, previamente mapeado. O enxerto é então injetado na região do edema ósseo.
Após o procedimento o protocolo de analgesia foi padronizado em todo período de avaliação.
Os pacientes foram avaliados uma semana antes do procedimento e com 1, 3, 6, 12 e 24
semanas após, segundo escala visual analógica de dor(EVA) e KOOS.
Resultados: A injeção do enxerto foi realizada no côndilo femoral medial em 4 pacientes e em um
no planalto tibial medial. Na avaliação pela escala de KOOS os pacientes obtiveram uma média
de 38.44 pontos no pré-operatório e 62.7(p<0.05), 58.08(p<0.05), 57.92(p<0.05), 63.34(p=0.07) e
71.26(p<0.05) pontos com 1,3, 6, 12 e 24 semanas após a cirurgia, respectivamente. Pela EVA
uma média de 7.8 pontos no pré-operatório e 2.8(p<0.05), 3(p<0.05), 2.8(p<0.05), 1.8(p<0.05) e
0.6(p<0.05) pontos, nos mesmos períodos.
Um paciente apresentou pequeno extravasamento de enxerto para subcutâneo, porém nenhum
caso teve necessidade de procedimentos adicionais.
Conclusão: A técnica de subcondroplastia desenvolvida é segura com melhoras significativas na
capacidade funcional em curto prazo, podendo ser uma nova modalidade de tratamento para a
osteoartrite em estágios iniciais.
FATORES PREDITIVOS DE HEMOTRANSFUSÃO APÓS ARTROPLASTIA TOTAL DE
JOELHO
Alan Mozella1, Hugo Cobra2, Maria Eugênia Duarte3
1Into, 2Into, 3Into
Objetivos: (1) verificar a incidência e o volume de transfusão sanguínea alogênica entre os
pacientes submetidos à ATJ; (2) analisar variáveis pré e peroperatórias que nos permitam
identificar os indivíduos sob maior risco de necessitar de hemotransfusão nas 48h subsequentes
à ATJ; (3) desenvolver modelo para estimar o risco de hemotransfusão após o procedimento.
Métodos: Todos os pacientes submetidos à ATJ por dois cirurgiões do Centro de Cirurgia de
Joelho do Instituto, entre agosto de 2010 e agosto de 2013 constituíram a amostra inicial. Após
aplicação dos critérios de exclusão, permaneceram no estudo 234 voluntários com idade entre 30-
83 anos, portadores de OA primária ou secundária. No pré-operatório, as variáveis pesquisadas
foram: gênero, idade, diagnóstico, índice de massa corporal (IMC), risco cirúrgico (ASA) e
concentração de hemoglobina (Hb) aferida 24h antes do procedimento cirúrgico. O tempo de
isquemia foi o parâmetro intraoperatório avaliado. No pós-operatório, analisamos a menor
concentração de Hb do período, o volume total de hemoconcentrados transfundidos e a variação
da concentração de hemoglobina. Resultados: a incidência de hemotransfusão foi de 33,7%. O
volume médio transfundido foi 480 mL. Concentração de Hb pré-operatória ≤ 12,3 g/dL e
tempo de isquemia ≥ 87 minutos são preditores independentes para hemotransfusão em
ATJ, com risco relativo de 2,48 e 1,78, respectivamente. As demais variáveis analisadas não se
relacionaram a elevação do risco de necessitar hemotransfusão pós-operatória. Conclusão:
Concentração de hemoglobina ≤ 12,3 g/dL e tempo de isquemia ≥ 87 minutos são
fatores preditivos independentes da necessidade de hemotransfusão após ATJ.
IDENTIFICAÇÃO DOS GENES DE REFERÊNCIA PARA A INVESTIGAÇÃO DA
EXPRESSÃO GÊNICA NA LESÃO DO LCA
Astur Dc1, Leal Mf2, Debieux P3, Arliani Gg4, Silveira Cef5, Loyola Lc6, Andreoli Cv7, Cohen M8
1Escola Paulista De Medicina/universidade Federal De São Paulo, 2Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 3Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 4Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 5Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 6Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 7Escola Paulista De Medicina/ Unifesp, 8Escola Paulista De Medicina/ Unifesp
Objetivo: Avaliar a adequação de seis genes de referência frequentemente relatados na literatura
(18S , ACTB , B2M ,GAPDH , HPRT1 , e TBP ) , utilizando amostras de lesão do LCA de
pacientes com ou sem lesão meniscal associada e amostras de um grupo controle (sem lesão
ligamentar) , analisando a estabilidade do gene.
Materiais e Métodos: 39 pacientes com lesão do LCA e 13 pacientes sem lesão do LCA (grupo
controle) tiveram 4 amostras de LCA coletadas e imersas em tubo coletor. Foi extraído de 10-20
mg de RNA total e determinado sua concentração e qualidade. Dois genes alvos foram utilizados
para quantificar a expressão do RNA mensageiro. Diferentes softwares foram utilizados para
comparar a estabilidade dos genes de referência.
Resultados: 18S apresentou o mais elevado nível de expressão gênica. ACTB se mostrou o gene
mais estável. ACTB+TBP e ACTB +18S foram as melhores duplas de genes. ACTB + TBP + 18S
e ACTB + HPRT1 + 18S foram os melhores trios de genes. Foram identificados ainda os
melhores genes de referência para o estudo dos genes alvos avaliados.
Conclusão: O uso de apenas um ou dois genes de referência não parece adequado para
normatização da expressão gênica em estudos envolvendo a lesão do LCA. ACTB + TBP + 18S
+ HPRT1 devem ser os genes usados. Através da avaliação da expressão destes genes,
poderemos propiciar um avanço no diagnóstico do paciente com predisposição a apresentar
lesão do LCA.
INFLUÊNCIA DAS TÉCNICAS TRANSPORTAL E TRANSTIBIAL: UM ENSAIO
CLÍNICO
Oliveira, Sg1, Rezende, Fb2, Bravin, Ls3, Batista, Pr4, Caiado, Nf5, Almeida, V6, Brioschi, Fr7, Filho, Jegr8
1Hospital Vila Velha, 2Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es, 3Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es, 4Universidade Federal Do Espírito Santo, Vitória, Es., 5Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es, 6Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es, 7Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es, 8Hospital Da Santa Casa De Misericórdia De Vitória, Vitória - Es
Introdução: Nos últimos anos observamos um aumento no interesse acerca da
melhor técnica (transtibial ou transportal) de reconstrução cirúrgica do LCA.
Objetivo: Expor os resultados preliminares da análise comparativados aspectos clínicos e
funcionais de pacientes submetidos à reconstrução do LCA através das técnicas transportal e
transtibial ao longo do seguimento de 15 semanas.
Materiais e Métodos: Realizamos um estudo do tipo ensaio clínico, randomizado e duplo cego em
pacientes com instabilidade provocada pela ruptura do LCA. Os pacientes foram submetidos a
uma avaliação por exame físico, testes funcionais e preenchimento do questionário Lysholm no
pré e pós-operatório de 6 e 15 semanas.
Resultados: No total, 116 pacientes foram incluídos no estudo, sendo 60 no grupo transtibial e 56
transportal. Ambos os grupos apresentaram melhora pós-operatória significativa de todos os
parâmetros avaliados quando comparados ao período pré- operatório. Na avaliação entre os
grupos não houve diferença estatística do Lysholm com 15 semanas e também da dor, ADM,
testes de estabilidade articular, força muscular e perimetrias da coxa e tornozelo com 6 semanas
e 15 semanas.A única diferença encontrada foi das medianas da perimetria do joelho, onde o
grupo Transportal apresentou resultados maiores em relação ao grupo Transtibial na avaliação de
6 semanas (p= 0,003), porém não se manteve com 15 semanas (p=0,962).
Conclusão: Ambos os métodos se mostraram capazes de melhorar os parâmetros estudados,
porém, quando comparados, o grupo transportal apresentou maior perimetria no joelho a curto
prazo, denotando maior edema periarticular no pós operatório de 6 semanas que não
proporcionou relevância clínica nem funcional.
PARAFUSO DE INTERFERENCIA METALICO VERSUS BIOABSORVIVEL NA
RECONSTRUÇAO DO LCA: METAANALISE
Debieux P.1, Franciozi Ces2, Belloti Jc3, Mj Tamaoki4, Lenza M.5, Faloppa F6, Luzo Mvm7, Cohen M8
1Unifesp Epm, 2Unifesp, 3Unifesp, 4Unifesp, 5Unifesp, 6Unifesp, 7Unifesp, 8Unifesp
Introdução: É imperativo que o enxerto utilizado na reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior
(LCA) deva se manter fixo nos túneis femoral e tibial. Parafusos de interferência são muitas vezes
utilizados para este fim. Esta revisão examina se os parafusos de interferência bioabsorvíveis
fornecem melhores resultados do que os parafusos de interferência metálicos, quando utilizados
para fixação do enxerto na reconstrução do LCA. Objetivo: Comparar os efeitos dos parafusos de
interferência metálicos e bioabsorvíveis para a fixação do enxerto na reconstrução do ligamento
cruzado anterior, através de meta-análise. Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados:
Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library,
MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials, the World Health Organization Clinical
Trials Registry Platform. Ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizado comparando
parafusos de interferência bioabsorvíveis com metálicos foram incluídos. Os desfechos primários
foram a função e qualidade de vida, falha de tratamento e nível de atividade. Ao menos dois
autores selecionaram estudos elegíveis, avaliaram de forma independente o risco de viés e os
dados foram cruzados. Os dados foram agrupados sempre que relevante e possível. Resultados:
Doze ensaios (24 publicações) envolvendo 891 participantes foram incluídos na revisão. Em
relação à qualidade de vida, evidências de baixa qualidade a partir de quatro ensaios (220
participantes) não mostraram diferenças entre os dois métodos de fixação em relação ao Lysholm
com 12 ou 24 meses de seguimento: MD -0,26, IC 95% -1,63 para 1,11 e MD 0,35, IC 95% -1,16
a 1,85)
respectivamente. Quatro estudos com 24 meses (RR 1,05, 95% CI 0,90-1,22) e dois estudos com
12 meses de follow-up (RR 1,01, 95% CI 0,93-1,10), não mostraram diferenças no IKDC. Em
relação ao nível de atividade, evidência de baixa qualidade, à partir de dois estudos (117
participantes), com 12 meses, e três com 24 meses de seguimento, concluiu que não houve
diferença entre o grupo bioabsorvível e o grupo que usou parafuso de metal: MD -0.08, 95% CI -
0,39 a 0,55 e MD 0,37, IC 95% -0,04 a 0,77, respectivamente. Em relação as falhas de
tratamento, evidências de baixa qualidade não demonstrou nenhuma diferença entre os dois
métodos de fixação em relação efusão (RR 1,14, 95% CI 0,67-1,94); infecção (RR 1,06, 95% CI
0,43-2,61) ou re-lesões (RR 2,31, 95% CI 0,96-5,55). Na análise de subgrupos, observou-se que
re-lesão foi estatisticamente mais freqüente no grupo que usou parafusos bioabsorvíveis com
enxertos isquiotibiais (RR 5,12, 95% CI 1,19-21,92). Ao considerar o risco global falha do
tratamento, houve uma diferença estatística entre os grupos em favor do parafuso metálico, (RR
2,09, 95% CI 1,42-3,07), que teve menos falhas. Conclusão: Não há clara evidência
demonstrando diferença entre parafusos de interferência metálicos bioabsorvíveis para fixação do
enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior. Há baixa evidência de que parafusos
bioabsorvíveis podem estar associados à mais falhas de tratamento global, quebra do implante,
bem como a ruptura do enxerto de tendões isquiotibiais.
PARÂMETROS ESPAÇOTEMPORAIS DA MARCHA PARA DETERMINAR RETORNO
AO ESPORTE APÓS RECONSTRUÇÃO DO LCA
De Oliveira, Lp1, Leporace G2, Metsavaht L3, De Oliveira, Lp4
1Into, 2Instituto Brasil De Tecnologias Da Saúde(Ibts), 3Instituto Brasil De Tecnologias Da Saúde(Ibts), 4Instituto Brasil De Tecnologias Da Saúde(Ibts)
Objetivo: Comparar os parâmetros espaço-temporais da marcha de sujeitos hígidos e pacientes
submetidos à reconstrução do LCA, classificando o status de normalidade.
Método: Quatorze sujeitos hígidos e oito com reconstrução do LCA há aproximadamente um ano
caminharam enquanto o movimento era capturado por um sistema de câmeras infravermelhas.
Os instantes de contato ini- cial e retirada do pé do solo foram determinados e as seguintes
variáveis dependentes, as quais foram comparadas entre os gru- pos por meio do teste Mann-
Whitney (α=0,05), foram calculadas: percentual de tempo no apoio duplo inicial, percentual
de tempo no apoio simples, percentual de tempo no apoio duplo terminal, comprimento da
passada e velocidade da marcha. Inicialmente, foi aplicada uma regressão logística a todas as
variáveis dependentes para determinar os sujeitos hígidos e aqueles com reconstrução do LCA.
Resultados: Os dois grupos não apresentaram diferenças em nenhum parâmetro espaço-
temporal da marcha (p > 0,05), apesar da cinemática angular do joelho permanecer alterada,
como eviden- ciado por um estudo anterior com a amostra similar.
Conclusão: A regressão classificou todos os sujeitos como hígidos, inclusive aqueles do grupo
com reconstrução do LCA, sugerindo que as variáveis espaço-temporais aplicadas nesse estudo
não devem ser usadas como critério isolado de retorno incondicional às atividades esportivas.
PREVALÊNCIA DE DOR ARTICULAR E OSTEOARTRITE EM PACIENTES
AGUARDANDO CIRURGIA BARIÁTRICA
Gustavo Constantino De Campos1, Sonnewend, Cfr2, Tonelli, Jr3, Zorzi, Ar4, Chaim, Ea5, Miranda, Jb6
1Unicamp, 2Unicamp, 3Unicamp, 4Unicamp, 5Unicamp, 6Unicamp
Objetivo: Definir a prevalência da osteoartrite dos joelhos e quadris de pacientes obesos
aguardando tratamento através de cirurgia bariátrica.
Métodos: Estudo de prevalência (corte-transversal) realizado em pacientes com índice de massa
corpórea acima de 30. Foram aplicados a escala visual da dor e questionário algofuncional, além
de radiografias dos quadris e dos joelhos. O desfecho primário é o diagnóstico de osteoartrite
através dos critérios clínicos e radiológicos do Colégio Americano de Reumatologia.
Resultados: 103 pacientes foram entrevistados (82% mulheres) com idade média de 40 anos. O
índice de massa corpórea médio foi de 47,61. A coluna foi o local mais frequentemente reportado
como doloroso (73%), seguido pelos joelhos e quadris. A prevalência de osteoartrite dos joelhos
ou quadris foi de 65% segundo os critérios clinico-radiológicos. A articulação mais acometida foi o
joelho (56% dos pacientes). Entre os pacientes com o diagnóstico de osteoartrite a média de dor
foi de 67 (0-100), contra 38 no grupo sem osteoartrite. O questionário de WOMAC apresentou
pontuação média de 42 (0-96) nos pacientes com osteoartrite contra 25 no grupo de pacientes
sem osteoartrite. Considerando-se apenas os pacientes com mais de 50 anos de idade, a
prevalência de osteoartrite foi de 89%. Nestes pacientes, a média de dor foi de 68, e a pontuação
média do WOMAC foi de 47.
Conclusão: Encontramos uma prevalência de 81% de sintomas dolorosos e 65% de osteoartrite
nos pacientes obesos aguardando tratamento por cirurgia bariátrica. Quando considerados
apenas indivíduos maiores que 50 anos, a prevalência de osteoartrite foi de 89%.
PREVISIBILIDADE DA AMPLITUDE DE MOVIMENTOS APÓS ARTROPLASTIA DO
JOELHO COM PRÓTESE MEDIAL PIVOT
Carvalho Jr. L.h.1, Bernardes C.o.s.2, Soares L.f.m.3, Gonçalves M.b.j.4, Temponi E.f.5
1Hospital Madre Teresa De Belo Horizonte, 2Hospital Madre Teresa De Belo Horizonte, 3Hospital Madre Teresa De Belo Horizonte, 4Hospital Madre Teresa De Belo Horizonte, 5Hospital Madre Teresa De Belo Horizonte
Osteoarthritis of the knee is a common cause of pain, disability and poor quality of life. Several
factors can influence ROM after TKA, including pre and periop ROM, surgical technique and the
design of the prosthesis. The aim of this study is to evaluate whether there is predictability of the
final ROM achieved by patients undergoing TKA with prosthesis using Medial Pivot design
Material Métodos
Between January and August of 2014 was conducted prospective evaluation of 155 patients with
primary osteoarthritis of knee who underwent to TKA using the prosthesis ADVANCE® Medial
Pivot. All ROM measures were made and recorded before, during and after surgery. All patients
were clinically assessed preoperatively and postoperatively (12 months) as its functional status
using WOMAC questionnaire.
Results:Significant differences (p<0.001) were reported between the means and medians of ROM
in the preop compared with those during periop and in periop compared with those after six
months of postop. No significant differences were found between the means and medians of ROM
between the operative and evaluation after 45 days (ns) and between the means and medians of
ROM between the preop and evaluation after 6 months (ns)
Conlusion:There is predictability of the final ROM achieved by patients that underwent total knee
arthroplasty with medial pivot prosthesis. The preop ROM correlates with the final postop and the
perop ROM correlates with those at 45 days after surgery.
PROTESE DE PLATAFORMA FIXA VESUS PLATAFORMA MOVEL:ENSAIO CLINICO
RANDOMIZADO COM 8 ANOS DE SEGUIMENT
Debieux P.1, Cavenaghi Dn2, Amaro Jt3, Kaleka Cc4, Astur D5, Arliani G6, Cohen M7, Ferreti M.8
1Unifesp Epm, 2Unifesp, 3Unifesp, 4Instituto Cohen, 5Unifesp, 6Unifesp, 7Unifesp, 8Unifesp
A osteoartrose do joelho caracteriza-se por um processo degenerativo da cartilagem articular e do
osso subcondral, sendo uma das principais causas de dor, incapacidade funcional e perda da
qualidade de vida no idoso. A cirurgia de artroplastia total do joelho pode ser utilizada no
tratamento de pacientes idosos com estagios avançados da doença articular degenerativa, com o
objetivo de diminuir a dor, melhorar a função e ganhar qualidade de vida nesta população. Podem
ser divididas, de acordo com o componente tibial, em dois tipos: artroplastia total com plataforma
tibial fixa e artroplastia com plataforma móvel Objetivo: Este é um estudo prospectivo
randomizado que tem como principal objetivo comparar a função e qualidade de vida dos
pacientes que foram submetidos à artroplastia total de joelho com plataforma tibial fixa e
plataforma tibial móvel. Métodos: Foram avaliados 240 pacientes com diagnóstico de
osteoartrose de joelho. Os pacientes elegíveis pelos critérios de inclusão e de exclusão foram
randomizados em dois grupos: grupo A foi composto por 120 pacientes que foram submetidos à
artroplastia total de joelho com plataforma tibial fixa e o grupo B formado por 120 pacientes
submetidos à artroplastia com plataforma móvel. Os pacientes foram avaliados de acordo com a
função e qualidade de vida pelos questionários validados para língua portuguesa de WOMAC e
SF-36, e escores de dor, por meio da Escala Analógica Visual de Dor, no pré-operatório e com 6
meses, 1 ano, 2 anos, 4 anos e 8 anos de cirurgia. Resultados: Não houve diferença na função e
qualidade de vida nos dois grupos entre a avaliação pré-operatória e oito anos de seguimento.
Observou-se diferença apenas no escore do DOMÍNIO DOR do Questionário SF-36, onde com 1
e 2 anos de pós-operatório apresentaram diferença estatística significante entre os grupos (p <
0,001), mas que parece agrupar novamente nos demais momentos. Conclusão: Com oito anos de
seguimento não observamos diferenças clinicamente significante na função e qualidade de vida
em pacientes que foram submetidos a artroplastia total de joelho com plataforma tibial fixa ou
móvel. No entanto, com 2 anos de pós-operatório percebemos que os escores de dor na
qualidade de vida foram menores no grupo com plataforma fixa
RECONSTRUÇÃO COMBINADA INTRA E EXTRA-ARTICULAR DO LCA MELHORA
FUNÇÃO E ESTABILIDADE? UMA METANÁLISE
Fernando Cury1, Vinícius Ynoe2, Carlos Eduardo Franciozi3, Marcus Vinicius Luzo4, João Carlos Belloti5
1Unifesp/epm, 2Unifesp/epm, 3Unifesp/epm, 4Unifesp/epm, 5Unifesp/epm
Realizamos uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados (ECRs) para se determinar se a
reconstrução combinada intra + extra-articular em comparação com a reconstrução intra-articular
isolada do LCA resultaria nas seguintes hipóteses: (1) mesmos resultados em termos de função
(IKDC, retorno ao nível pré-lesão e Tegner); (2) melhor estabilidade (pivot shift, Lachman e KT-
1000/KT-2000); e quaisquer diferenças em termos de complicações e eventos adversos.
Após busca nas principais bases de dados da literatura, foram identificados ECRs comparando a
reconstrução combinada com reconstrução isolada intra-articular do LCA. Os desfechos principais
que buscamos foram função, estabilidade e complicações após reconstrução do LCA. Dos 386
estudos identificados, oito ECRs foram inclusos (n=682 indivíduos)
Quando desfechos funcionais foram comparados, não foram encontradas diferenças entre os
grupos (IKDC, retorno ao nível pre-lesão, Tegner). Entretanto, pacientes submetidos a
reconstrução combinada do LCA tiveram uma melhor estabilidade com base nos testes clínicos
de pivot shift (p = 0.02) e Lachman (p = 0.01). Não houve diferença nos dois tratamentos em
termos de complicações gerais, eventos adversos (p= 0.40) e a taxa de re-ruptura (p = 0.13).
Reconstrução combinada do LCA forneceu uma melhor estabilidade e taxas de falha
comparáveis, porém sem diferença entre os resultados funcionais, complicações e eventos
adversos. Estudos futuros serão necessários para se determinar se essas pequenas diferenças
em termos de estabilidade compensam a morbidade do procedimento extra-articular, determinar
taxas de re-ruptura no longo prazo e quais os possíveis grupos de pacientes com lesão do LCA
podem se beneficiar mais do procedimento combinado.
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR PELA TÉCNICA
"ONLAY: RESULTADOS
Rodrigo Salim1, Felipe Marques Do Nascimento2, Aline Miranda Ferreira3, Fabricio Fogagnolo4, Mauricio Kfuri Junior5
1Unimed, 2Hospital Das Clínicas Da Fmrp- Usp, 3Hospital Das Clínicas Da Fmrp- Usp, 4Hospital Das Clínicas Da Fmrp- Usp, 5Hospital Das Clínicas Da Fmrp- Usp
RESUMO
Introdução
As técnicas mais tradicionais, transtibial e “inlay” de reconstrução do ligamento cruzado posterior
(LCP), são criticadas pelo possível afrouxamento do enxerto e pela dificuldade técnica
principalmente da exposição da região poplítea, respectivamente. Descrevemos um procedimento
como uma alternativa cirúrgica. A reconstrução “onlay” evita a “Curva da Morte”, responsável pelo
afrouxamento do enxerto, ao mesmo permite um acesso cirúrgico seguro, sem morbidade
adicional da exposição cirúrgica e sem a necessidade da mudança de decúbito exigido pela
técnica “inlay”.
Pacientes e métodos
Nós revisamos retrospectivamente todos os pacientes que foram submetidos à técnica de cirurgia
de reconstrução do ligamento cruzado posterior “onlay”, no período de 2000 a 2013.
Resultados
Obtivemos um total de 21 pacientes. A média de idade foi de 35,43 anos. Os questionários
subjetivos de Lysholm e IKDC tiveram os valores das medians de 85,0 e 66,65 respectivamente.
O tempo médio para realizar a cirurgia foi de 168 minutos. A diferença da artrometria entre o
joelho sadio e operado foi 3,14 mm ± 2,80 mm para o KT-2000.
Discussão
Não encontramos diferenças na amplitude de movimento entre o joelho sadio e operado, o tempo
de seguimento médio foi de 4,3 anos. Os questionários mostraram bons resultados e a translação
posterior da tíbia na maioria dos casos ficou menor que 5 mm. A técnica “onlay” de reconstrução
LCP pode ser um procedimento atraente como uma alternativa cirúrgica, pois reduz passos
cirúrgicos críticos.
Conclusão
A técnica “onlay” de reconstrução LCP pode ser uma alternativa cirúrgica, apresenta resultados
clínicos satisfatórios.
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO PATELOFEMORAL MEDIAL PELA TÉCNICA DO
DUPLO-FEIXE COM ÂNCORAS MET
David Sadigursky1, Mathes Laranjeira2, Rogério Jamil3, Marzo Nunes4, Vinícius Aleluia5, Paulo Colavole6
1Hospital Cot / Hospital Manoel Victorino, 2Faculdade De Tecnologia E Ciências - Ftc , 3Clínica De Ortopedia E Traumatologia - Cot, 4Clinica Ortopédica E Traumatologica - Cot , 5Clínica Ortopédica E Traumatológica – Cot, 6Clinica Ortopédica E Traumatologica - Cot
Objetivo: Avaliar, em médio prazo, a reconstrução do Ligamento Patelofemoral Medial (LPFM)
com duplo-feixe com enxerto do tendão semitendíneo e fixação com âncoras metálicas.
Métodos: Estudo prospectivo de corte transversal. No período de Maio de 2010 a Janeiro de
2015, após aprovação do comitê de ética em pesquisa, foram analisados 31 pacientes com
instabilidade patelofemoral, submetidos à cirurgia de reconstrução do Ligamento Patelofemoral
Medial (LPFM) com a técnica anatômica do duplo-feixe com fixação com âncoras metálicas. Para
avaliar a eficácia da cirurgia de reconstrução do LPFM, foram utilizados a Escala de Kujala e o
escore de Tegner-Lysholm, antes do procedimento e após 1 ano, assim como os dados clínicos
como os níveis de dor, arco de movimento e sinal do J. Os dados foram tabulados no programa
Excel® e analisados utilizando o programa SPSS Statistics® versão 21. A análise estatística foi
feita utilizando o Teste T de Wilcoxon e o Teste de McNemar.
Resultados: A média dos resultados obtidos no pré-operatório com o teste de Kujala foi de 45,64
± 1,24 e no pós-operatório de 94,03 ± 0,79 (p<0,001). O Escore do Joelho de Tegner-Lysholm
alcançado foi de 40,51 ± 1,61 no pré-operatório, para 91,64 ± 0,79 (p<0,001) no pós-operatório.
O Arco de Movimento obteve média de 125,96 ± 2,11 no pré-operatório e 138,38 ± 1,49 no pós-
operatório (p<0,05).
Conclusão: A reconstrução do LPFM com duplo-feixe é uma técnica de fácil reprodução, sem
episódios de recidiva, com resultados adequados para a restauração da estabilidade e função da
articulação femoropatelar.
RECONSTRUÇÃO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR EM DUPLA BANDA COM
TENDÕES FLEXORES: SEGUIMENTO DE 2 ANOS
Ricardo Cury1, Marcos Mestriner2, Daniel Akira Sadatsune3, Davi Ribeiro Do Prado4, Rômulo De Castro Neves5, Ricardo Gonçalves6, Victor Marques De Oliveira7, Osmar Pedro Arbix De Camargo8
1Santa Casa De Sp, 2Santa Casa De Sp, 3Santa Casa De Sp, 4Santa Casa De Sp, 5Santa Casa De Sp, 6Santa Casa De Piracicaba, 7Santa Casa De Sp, 8Santa Casa De Sp
Objetivo: Apresentar os resultados de uma série de casos de reconstrução do ligamento cruzado
posterior em dupla banda utilizando tendões flexores autólogos, com seguimento mínimo de 2
anos.
Materiais e Métodos: Avaliação de 16 casos de lesão do ligamento cruzado posterior submetidos
a reconstrução em dupla banda com tendões flexores autólogos entre 2011 e 2013. Realizada
avaliação clínica e do retorno à atividade esportiva, aplicação de escores e mensuração com uso
do KT-1000.
Resultados: Amostra final de 16 pacientes, 15 homens e 1 mulher, com idade média de 31 anos
(21-49). Mecanismo predominante envolveu acidentes motociclísticos. Houve um intervalo médio
de 15 meses entre a lesão e a cirurgia e a patologia associada mais frequente foi a lesão do
canto póstero-lateral. Nos escores encontramos uma avalição pela “Tegner Lysholm Scoring
Scale” pré operatória média de 50 pontos (Ruim), evoluindo para 94 pontos (Excelente). O IKCD
também demonstrou melhora, com 6 casos classificados como A e 10 como B. Houve
negativação da gaveta posterior em 11 casos e o KT-1000 não revelou diferença em 12 casos.
Dez (10) pacientes retornaram às atividades esportivas, sendo 6 no mesmo nível prévio a lesão.
Conclusão: A utilização do auto-enxerto dos tendões flexores é uma opção viável na reconstrução
do ligamento cruzado posterior em dupla banda, apresentando bons resultados clínicos com um
seguimento mínimo de 2 anos.
TÉCNICA TRANSTIBIAL X TRANSPORTAL MEDIAL NA RESCONSTRUÇÃO DO
LCA - SÉRIE PROSPECTIVA E RANDOMIZADA
Luiz Gabriel Betoni Guglielmetti1, Nilson Roberto Severino2, Patrícia Maria Moraes De Barros Fucs3, Ricardo De Paula Leite Cury4, Victor Marques De Oliveira5, Osmar Pedro Arbix De Camargo6, Fabrício Roberto Severino7, Marcos Barbieri Mestriner8
1Santa Casa De Sao Paulo, 2Santa Casa De São Paulo, 3Santa Casa De São Paulo, 4Santa Casa De São Paulo, 5
Santa Casa De São Paulo, 6Santa Casa De São Paulo, 7Santa Casa De São Paulo, 8Santa Casa De São Paulo
Objetivo: Comparar os resultados clínicos objetivos e subjetivos da reconstrução do LCA em duas
técnicas: transtibial X transportal medial.
Métodos: Oitenta pacientes foram submetidos à reconstrução do LCA, operados pelo mesmo
cirurgião, de forma prospectiva e randomizada, com 40 pacientes pela técnica transtibial e 40
pela técnica transportal medial. Ocorreram 9 perdas, sendo avaliados 34 do grupo transtibial e 37
do grupo transportal medial, após dois anos de seguimento. A Avaliação utilizou o exame físico,
KT1000TM, escores de Lysholm e IKDC (objetivo e subjetivo).
Resultados: Nos testes de Lachman e Pivot Shift, foram observados mais casos de instabilidade
no grupo transtibial, porém sem significância estatística (p=0.003 e p=0.634 respectivamente).
Em relação ao teste de Gaveta Anterior, os resultados foram semelhantes. A avaliação com
KT1000TM apresentou resultado médio de 1,44 no grupo transtibial e 1,23 no grupo transportal,
sem diferença estatística (p=0.548). Os resultados do IKDC objetivo foram separados em 2
grupos: 1- IKDC a, e 2- IKDC b, c ou d, sem diferenças ao compará-los (p=0,208). Em relação ao
escore de Lysholm, o grupo transtibial teve uma pontuação média de 91,32, e o grupo transportal
medial teve 92,81. O escore médio do IKDC subjetivo foi de 90,65 no grupo transtibial e de 92,65
no grupo transportal medial. Em relação a rerrupturas, foram três casos no grupo transtibial e três
casos no grupo transtibial.
Conclusões: Não foram encontradas diferenças com significância estatística nas avaliações
objetivas e subjetivas, ao comparar pacientes submetidos a reconstrução do LCA pelas técnicas
transtibial e transportal medial.
TRANSPLANTE HOMÓLOGO OSTEOCONDRAL (TOF) A FRESCO NO JOELHO:
PRIMÁRIO VERSUS SECUNDÁRIO
Gracitelli, Gc1, Luzo, Mvm2, Bugbee, Wd3, Belloti, Jc4
1Universidade Federal De São Paulo, 2Universidade Federal De São Paulo, 3The Scripps Clinic- San Diego, California, Eua, 4Universidade Federal De São Paulo
Objetivo: Comparar os desfechos clínicos de uma coorte retrospectiva de pacientes submetidos a
TOF primário versus TOF após falha de procedimento prévio de cartilagem.
Materiais e Métodos: Foram identificados numa coorte retrospectiva 46 joelhos que foram
submetidos a TOF primário (Grupo 1) e 46 joelhos submetidos a TOF após falha de procedimento
prévio de cartilagem (Grupo 2). Os pacientes em cada grupo foram pareados para idade (65
anos), por diagnóstico (lesão osteocondral, lesão degenerativa, lesão traumática), tamanho do
enxerto (pequena:<5cm2, Média: 5-10cm2, grande:>10cm2). Os desfechos clínicos utilizados
foram a escala de Merle d’Aubigne´ -Postel (18-point), International Knee Documentation
Committee (IKDC) subjetivo, escore Knee injury and Osteoarthritis Outcomes (KOOS) e a escala
Knee Society function (KS-F).
Resultados: O Grupo 1 apresentou menor tempo de seguimento (7,8±5.1 anos) do que o grupo 2
(11,3±6,6 anos). Onze dos 46 joelhos (24%) do grupo 1 necessitaram de nova operação em
comparação com 20 dos 46 joelhos (44%) do grupo 2. O TOF foi classificado como falha em 5
joelhos (11%) do grupo 1 e 7 joelhos (15%) do grupo 2. Em 10 anos de seguimento, a taxa de
sobrevida do enxerto osteocondral foi de 87.4% e 86% no grupo 1 e 2 respectivamente.
Resultados demonstram que 87% dos pacientes no grupo 1 e 97% do grupo 2 estavam satisfeitos
ou extremamente satisfeitos com o resultado do TOF.
Conclusão: Resultados favoráveis foram demonstrados em ambos os grupos com melhora
significativa dos desfechos clínicos após o TOF.
TRANSPLANTE OSTEOCONDRAL A FRESCO NO JOELHO NO BRASIL: MÍNIMO DE
DOIS ANOS DE SEGUIMENTO
Tirico, Lep1, Demange, Mk2, Santos, Lau3, Pécora, Jr4, Croci, At5, Camanho, Gl6
1Iot-Hc-Fmusp, 2Iot - Hc - Fmusp, 3Iot - Hc - Fmusp, 4Iot - Hc - Fmusp, 5Iot - Hc - Fmusp, 6Iot - Hc - Fmusp
Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar os resultados dos primeiros casos de transplante
osteocondral a fresco na articulação do joelho no Brasil com um mínimo de seguimento de dois
anos.
Métodos: Foi realizado um protocolo de captação, processamento e utilização de transplantes
osteocondrais a fresco na articulação do joelho, iniciando com modificações na legislação
vigente, técnicas de captação de enxertos, processamento imediato, armazenamento a fresco
dos enxertos e utilização de duas técnicas cirúrgicas de transplante osteocondral. Oito pacientes
foram transplantados e acompanhados com mínimo de dois anos de seguimento.
Resultados: Os pacientes foram avaliados através dos questionários de IKDC subjetivo, KOOS e
índice de Merle D’Aubigne e Postel modificado. A média da pontuação da escala IKDC subjetiva
pré-operatória foi de 31,99 ± 13,4 e de 81,26 ± 14,7 no pós-operatório, e da escala KOOS pré-
operatória foi de 46,8 ± 20,9 e de 85,24 ± 13,9 no pós-operatório, com melhora significativa ao
longo do tempo (p<0,01). A média da pontuação pelo índice de Merle D’Aubigne e Postel
modificado foi de 8,75 ± 2,25 no pré-operatório e de 16,1 ± 2,59 no pós-operatório. O resultado
do teste de Friedman para amostras não-paramétricas demonstrou melhora significativa ao longo
do tempo (p<0,01).
Conclusões: Concluimos que o transplante osteocondral a fresco no Brasil é um procedimento
seguro com bons resultados clínicos a curto e médio prazo para o tratamento de lesões
osteocondrais maiores que 4cm2 na articulação do joelho.
Descritores: 1.Traumatismo do joelho 2.Cartilagem articular 3.Transplante homólogo 4.Ortopedia
USO DO ÀCIDO TRANEXÂMICO EM ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO
Ari Zekcer1, Nilson2, Ricardo Soares3, Del Priori4, Tieppo5
1Hospital Albert Einstein, 2Fcm Santa Casa De São Paulo, 3Clinica Ortopedica Tatuapé, 4Clinica Ortopédica Santa Maria, 5Clinica Ortopédica Campo Belo
Resumo: o uso do Ácido Tranexâmico(ATX) reduz perdas sanguíneas nas cirurgias de
artroplastia total do joelho(ATJ), mas estudos não definem qual a menor dosagem e qual o
melhor método de administração para conseguir uma redução do sangramento de forma segura.
Nós estudamos os diferentes índices de avaliação do sangramento nas administrações com uso
tópico e intravenoso(IV) comparativamente entre si e com grupo controle , bem como a
ocorrência de fenômenos tromboembólicos e a necessidade de transfusões sanguíneas. Material
e métodos: 90 pacientes foram submetidos à 90 artroplastias totais do joelho, no período de junho
à novembro de 2014 e divididos de forma randomizada em 3 grupos : grupo controle : 30
pacientes que receberam infusão de 100 ml de solução fisiológica(SF) à 0,9% na indução
anestésica, grupo intravenoso : em 30 pacientes foi administrado o ATX na dosagem de 20
mg/kg, diluído em 100 ml de solução fisiológica à 0,9% na indução anestésica e grupo tópico: em
30 pacientes utilizamos 1,5 gr de ATX diluídos em 50 ml de SF envolvendo toda região do joelho
por 5 min antes da soltura do garrote. Avaliamos comparativamente a dosagem de
hemoglobina(Hb) e hematócrito(Ht) pré operatório(pré op) e após 48 horas de pós operatório(pós
op), razão normalizada internacional(INR) e tempo de tromboplastina parcial ativada(TTPA) no
pré op e em 24 horas de pós operatório. Avaliamos o débito do dreno portovac com 48 hs de pós
op e a necessidade de transfusão sanguínea, quando o Hb diminuía abaixo de 8 g/dl. Avaliamos
a presença de trombose venosa profunda(TVP) realizando ultrassonografia doppler colorido
venoso com 15 dias de pós operatório.
Resultados: Os 90 pacientes foram divididos de forma aleatória em 3 grupos. Os três grupos
foram comparados entre si e avaliados estatisticamente utilizando-se do teste de ANOVA ( índice
de significância p < 0,05) mostrando não haver diferença significativa entre os grupos. Em relação
ao sexo dos 90 pacientes 70 eram do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 65,7
anos. Em relação a comparação da hemoglobina pré e 48 hs pós op, tivemos uma diminuição
27,40% no grupo controle, no tópico houve uma diminuição de 23,18% e no grupo IV de 22,30%.
Em relação ao hematócrito tivemos queda semelhante ao Hb. Em relação aos índices de TTPA e
INR pré e 24 hs pós op não houve alterações significativas. O dreno mostrou drenagem de 609
ml no grupo controle, 442 ml no grupo tópico e 421 ml no grupo IV, mostrando diferença
significativa entre o grupo controle e os grupos tópico e IV. Em relação a necessidade de
transfusões sanguíneas tivemos que realizar transfusão em 6 casos (20%) somente no grupo
controle, não havendo necessidade nos grupos tópico e IV. Em relação a presença de alterações
tromboembólicas tivemos um caso de TVP (1,33%) no grupo tópico e 4 casos (13,33%) no grupo
controle.
Conclusão: a utilização do ácido Tranexâmico de forma intravenosa ou tópica reduziram de forma
eficaz e segura o sangramento e as dosagens utilizadas foram suficientes para reduzir a
necessidade de transfusões sanguíneas.
USO DO ACIDO TRANEXÂMICO ENDOVENOSO EM PROTESES TOTAIS DE
JOELHO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Pedro Debieux Vargas Silva1, Diego Pires2, Camila Cohen Kaleka3, Diego Astur4, Joicemar Amaro5, Gustavo Arliani6, Thiago Parente7, Moises Cohen8
1Unifesp Epm, 2Instituto Cohen, 3Instituto Cohen, 4Unifesp, 5Uinfesp, 6Unifesp, 7Instituto Cohen, 8Unifesp
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação do ácido tranexâmico como fator adjuvante na
diminuição da perda sanguínea e consequente redução das hemotransfusões no pós-operatório
dos pacientes submetidos a artroplastia total do joelho. Os desfechos avaliados foram os
seguintes: débito do dreno; queda da hemoglobina (aferida pelo valor incial pré operatório
subtraído do valor pós operatório aferido 48h após a cirurgia); número de dias internado em
unidade de terapia intensiva; numero de dias de internação; número de bolsas transfundidas;
complicações (número de casos em que foram identificados trombose venosa profunda,
tromboembolismo pulmonar, infecção, óbito, etc). Após o fim da fase de coleta de dados, o
material foi enviado para análise estatistica.Pacientes do gruo experimental receberam 10 mg/kg
dose of TXA EV vinte minutos antes de passado o garrote, e uma segunda dose idêntica após a
soltura do mesmo. No pós operatório todos os pacientes receberam analgesia multimodal, sob o
mesmo protocolo. Este trabalho é um ensaio clinico randomizado, em que os 48 pacientes foram
submetidos a dois medicamentos, Sendo um grupo (n=25) controle e outro grupo (n=23)
submetido a um remédio Acido tranexamico. A idade média no geral é de 69 anos (DP. = ±8,1), a
média de internação é de 4,8 dias (±1,68) e permanência na UTI em média 1,52 (±0,94). A idade
média no grupo outro é de 70 anos (DP. = ±10) e a do grupo Transamin a média é de 69 anos
(±5). A internação no grupo outro é de 5 dias (±2) e no Ttransamin é de 4 dias (±1) e
permanência na UTI em média 2 dias no grupo outro e no grupo Transamin é de apenas 1 dia.
Idade, HB pre e HB pós operatório e para as demais variáveis do estudo como: Dreno (24 horas),
dias internado e dias UTI não apresentaram normalidade (p<5%).
Para idade em ambos os grupos não há diferença idem para HB pre, respectivamente (p=0,702 e
p=0,814), mas para HB Pos operatporio o teste aponta que há indícios de diferença
estatisticamente significante, p=<0,0001), onde no grupo trasamin tem maior valor médio, ou seja
tem mais HBpos op, vide os gráfico do intervalo de confiança da média. oral.
O acido tranexamico evidenciou melhora estatística em todos os desfechos avaliados neste
ensaio clinico randomizado. Assim, foi observado menor sangramento pelo dreno, menor queda
da hemoglobina, menor taxa e menor quantidade de transfusão (apenas um paciente do grupo
estudo foi transfundido), menor tempo de UTI e menor tempo de internação. Ainda, não houve
complicações relacionadas ao uso da medicação. A incidência de complicações e falhas foi a
mesma em ambos os grupos
USO DO CURATIVO COM PRESSÃO NEGATIVA EM CASOS DE INFECÇÃO E
DEISCÊNCIA PÓS ATJ
Camilo Partezani Helito1, Marcelo Batista Bonadio2, Pedro Nogueira Giglio3, Riccardo Gomes Gobbi4, Roberto Freire Da Mota E Albuquerque5, José Ricardo Pécora6, Gilberto Luis Camanho7, Marco Kawamura Demange8
1Iot Hcfmusp, 2Iot Hcfmusp, 3Iot Hcfmusp, 4Iot Hcfmusp, 5Iot Hcfmusp, 6Iot Hcfmusp, 7Iot Hcfmusp, 8Iot Hcfmusp
Introdução: A terapia de feridas por pressão negativa (TPN) é cada vez mais usado para incisões
cirúrgicas, apesar da escassez de evidências. Os objetivos desse estudo foram avaliar o uso de
TPN em casos de infecção e feridas complexas pós artroplastia total do joelho (ATJ)
Métodos: Foram avaliados 8 pacientes que foram submetidos ao uso de TPN com PICO (Smith e
Nephew) pós ATJ, sendo três casos de artroplastia primária e cinco casos de artroplastia de
revisão. Em 4 casos os pacientes apresentaram infecção associada a deiscência de ferida e em 4
casos somente infecção. Consideramos como desfecho favorável os pacientes que apresentaram
resolução da infecção e fechamento da ferida.
Resultados: Todos os pacientes tratados com uso de TPN apresentaram resultados favoráveis
tanto para o controle da infecção como para fechamento da lesão de pele. Em três pacientes
foram necessários 14 catorze dias de tratamento e em 5 pacientes 7 dias. Nenhum paciente
apresentou recidiva da deiscência de pele ou da infecção.
Conclusão: O uso de TPN parece ser eficiente no tratamento de infecção e deiscência pós ATJ.
Apesar dos resultados iniciais favoráveis, estudos clínicos com maior nível de evidência devem
ser realizados.
“VANTAGENS DO TECIDO ADIPOSO COMO FONTE DE CÉLULAS-TRONCO PARA
O TRATAMENTO DE LESÕES DA CARTILAGEM
Zorzi, Ar1, Ferretti, M2, Antonioli, E3, Amstalden, Emi4, Plepis, Amg5, Luzo, Acm6, Miranda, Jb7
1Unicamp, 2Hospital Israelita Albert Einstein, 3Hospital Israelita Albert Einstein, 4Unicamp, 5Usp, 6Unicamp, 7Unicamp
Objetivo: Avaliar o tratamento de lesões condrais focais no joelho de ovelhas, preenchidas com
células-tronco do tecido adiposo cultivadas em uma membrana de colágeno e quitosana.
Métodos: Trinta joelhos de ovelhas adultas foram alocados aleatoriamente em um grupo teste
(Grupo Células: membranas contendo células-tronco mesenquimais) e dois grupos controles:
Grupo Membrana (membranas sem células) e Grupo Vazio (grupo controle com as lesões vazias,
sem implantes). Uma lesão, com dez milímetros de diâmetro e profundidade parcial, foi criada no
côndilo femoral medial. Este defeito foi tratado conforme um dos três grupos descritos
anteriormente. Depois de seis meses, os animais foram sacrificados. Foram realizadas avaliações
macroscópicas e histológicas. O desfecho principal foi a escala histológica da International
Cartilage Repair Society (ICRS).
Resultados: Todos os animais completaram o seguimento. Não houve eventos adversos graves.
O Grupo Células apresentou o maior valor da escala ICRS (8,3 ± 3,1 DP) em relação aos dois
grupos controle (Esponja = 5,6 ± 2,2 DP; Vazio = 5,2 ± 2,4 DP; p = 0,033).
Conclusão: O uso das células-tronco do tecido adiposo melhora o resultado do tratamento de
lesões condrais em joelhos de ovelhas.