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1 Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected] 2 Prof.ª Orientadora, Esp., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected] 1 GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC ALVENARIAS ESTRUTURAIS X ALVENARIAS CONVENCIONAIS UMA ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA Sérgio Henrique de Oliveira Niehues 1 Kamile da C. Tomim 2 RESUMO O presente trabalho relaciona dois dos sistemas construtivos mais utilizados na atualidade, a alvenaria estrutural e a alvenaria convencional, definindo os mesmos, trazendo algumas características individuais e comparando os custos de ambos os métodos para uma determinada edificação. Para tal realização, o trabalho utilizou-se de informações descritivas, relacionadas por artigos e livros da área de abrangência, além de uma análise orçamentária comparando o custo para a construção de um edifício pelo método convencional com blocos cerâmicos e o custo para a realização deste mesmo edifício pelo método de blocos estruturais de concreto, possibilitando a realização de planilhas de quantitativos e preços de todas as composições. Para a tomada de preços, foi utilizada como mecanismo a tabela SINAPI, com referência em 17/09/2018, possibilitando uma comparação sem direcionamentos entre os métodos estudados. A alvenaria estrutural por blocos de concretos se mostrou uma alternativa mais atraente, provocando uma redução significativa nos custos do empreendimento realizado. Palavras-chave: Custos. Blocos Estruturais de Concreto. Quantitativos. Preços. SINAPI. ABSTRACT The present work lists two of the most used construction systems, structural masonry and conventional masonry, defining them, bringing some individual characteristics and comparing the costs of both methods for a certain building. For this purpose, the work was based on descriptive information, related by articles and books of the scope area, as well as a budget analysis comparing the cost for the construction of a building by the conventional method with ceramic blocks and the cost for the realization of this same building by the method of concrete structural blocks, making possible the accomplishment of quantitative worksheets and prices of all the compositions. For the pricing, the SINAPI table was used as a mechanism, with reference on 09/17/2018, making possible a comparison without directives between the methods studied. Structural block masonry proved to be a more attractive alternative, causing a significant reduction in the costs of the project. Keywords: Costs. Concrete Structural Blocks. Quantitative. Prices. SINAPI.

ALVENARIAS ESTRUTURAIS X ALVENARIAS CONVENCIONAIS …€¦ · Nos estudos de Dellatorre (2014), foi feita uma comparação entre os custos dos dois sistemas construtivos: alvenaria

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Page 1: ALVENARIAS ESTRUTURAIS X ALVENARIAS CONVENCIONAIS …€¦ · Nos estudos de Dellatorre (2014), foi feita uma comparação entre os custos dos dois sistemas construtivos: alvenaria

1Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail:

[email protected] 2

Prof.ª Orientadora, Esp., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected]

1

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR

TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC

ALVENARIAS ESTRUTURAIS X ALVENARIAS CONVENCIONAIS

UMA ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA

Sérgio Henrique de Oliveira Niehues1

Kamile da C. Tomim2

RESUMO

O presente trabalho relaciona dois dos sistemas construtivos mais utilizados na atualidade, a

alvenaria estrutural e a alvenaria convencional, definindo os mesmos, trazendo algumas

características individuais e comparando os custos de ambos os métodos para uma

determinada edificação. Para tal realização, o trabalho utilizou-se de informações descritivas,

relacionadas por artigos e livros da área de abrangência, além de uma análise orçamentária

comparando o custo para a construção de um edifício pelo método convencional com blocos

cerâmicos e o custo para a realização deste mesmo edifício pelo método de blocos estruturais

de concreto, possibilitando a realização de planilhas de quantitativos e preços de todas as

composições. Para a tomada de preços, foi utilizada como mecanismo a tabela SINAPI, com

referência em 17/09/2018, possibilitando uma comparação sem direcionamentos entre os

métodos estudados. A alvenaria estrutural por blocos de concretos se mostrou uma alternativa

mais atraente, provocando uma redução significativa nos custos do empreendimento

realizado.

Palavras-chave: Custos. Blocos Estruturais de Concreto. Quantitativos. Preços. SINAPI.

ABSTRACT

The present work lists two of the most used construction systems, structural masonry and

conventional masonry, defining them, bringing some individual characteristics and comparing

the costs of both methods for a certain building. For this purpose, the work was based on

descriptive information, related by articles and books of the scope area, as well as a budget

analysis comparing the cost for the construction of a building by the conventional method

with ceramic blocks and the cost for the realization of this same building by the method of

concrete structural blocks, making possible the accomplishment of quantitative worksheets

and prices of all the compositions. For the pricing, the SINAPI table was used as a

mechanism, with reference on 09/17/2018, making possible a comparison without directives

between the methods studied. Structural block masonry proved to be a more attractive

alternative, causing a significant reduction in the costs of the project.

Keywords: Costs. Concrete Structural Blocks. Quantitative. Prices. SINAPI.

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1 INTRODUÇÃO

Tendo como objetivo de renovar os empreendimentos imobiliários, é de extrema

importância levar em consideração o aperfeiçoamento das técnicas construtivas, visando

principalmente uma maior eficiência e consequentemente um menor custo de produção.

Considerado o método mais utilizado nas construções brasileiras, a alvenaria é a

estrutura de paredes nas quais são utilizados blocos de cerâmica, de vidro, de concreto,

pedras, tijolos, os quais são ligados entre si, geralmente por argamassa (KALIL, 2007).

Os blocos citados acima podem ser utilizados somente como forma de vedação, sendo

representados nesse trabalho pelas alvenarias convencionais, ou além de vedar, podem

adquirir características de resistência, os quais serão representados pelas alvenarias

estruturais.

A alvenaria é vista apenas como uma necessidade de vedação, divisão de ambientes ou

no caso da alvenaria estrutural como uma necessidade de resistência aos esforços. Fatores

interligados com a melhoria da construtibilidade da obra, principalmente o estudo dos

processos de produção, ficam sempre em segundo plano (KALIL, 2007).

Este trabalho irá comparar a utilização das alvenarias convencionais com as alvenarias

estruturais, descrevendo as vantagens e as desvantagens em relação aos custos nos dois

métodos construtivos. Para fins de comparação, serão relacionados e comparados os custos

diretos para a realização de uma determinada edificação.

Essas comparações têm como objetivo mostrar qual dos dois métodos é o mais

vantajoso, levando em considerações além da análise orçamentária de custos, estudos

realizados por outros autores.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ALVENARIAS ESTRUTURAIS

De acordo com Kalil (2007) a alvenaria estrutural é um sistema construtivo utilizado

há vários anos, porém, foi na década de 80 que a mesma atingiu o auge no Brasil, juntamente

com a construção dos conjuntos habitacionais. Assim, vários produtores e construtores

passaram a investir nessa tecnologia, visando torná-la ainda mais vantajosa.

Pelo fato da inexperiência por parte dos profissionais, há muitas dificuldades na

aplicação do método, ocasionando várias patologias nesse tipo de edificação, fazendo com

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que o processo da alvenaria estrutural volte a desacelerar (KALIL, 2007).

Roman (1999) vê a alvenaria estrutural como um sistema construtivo em que as

paredes são responsáveis por resistirem às cargas da edificação, transportando e

descarregando as mesmas na fundação.

Para Franco (2004), a alvenaria estrutural é o processo construtivo que se usa as

paredes como principais responsáveis pela estrutura de suporte do edifício. Nesse método, a

parede desempenha uma dupla função: vedação vertical e suporte estrutural.

A partir do século XIX, a alvenaria estrutural passa a ser usada de forma mais

abrangente na Europa, passando o bloco estrutural a ter importância própria, já que trazia para

si todo o processo de industrialização da época. Nesse período, deu-se o inicio da

padronização no processo de produção, deixando o tijolo a sua forma quadrada, e passando a

termos uma unificação de formas e tamanhos, até a normalização com a proporção de

comprimento igual ao dobro da largura (ARGILÉS, 1994).

Ferreira (2010) adverte sobre o fato da alvenaria estrutural não ser avaliada apenas

pelo seu desempenho particular, mas na sua essência, deve haver uma compatibilização

juntamente com os projetos elétricos, hidráulicos e principalmente arquitetônicos, visto que os

blocos não podem ser cortados, gerando uma grande economia para a obra.

Segundo a NBR 15.961:2011: Alvenaria estrutural — Blocos para a realização da

alvenaria estrutural; existem vários tipos de blocos que atendem as necessidades técnicas,

como os blocos de concreto, os quais são unidades estruturais vazadas, vibro compactadas e

produzidas por indústrias de pré-fabricação de concreto.

2.2 ALVENARIAS CONVENCIONAIS

Para Thomaz e Helene (2009) as alvenarias convencionais, são aquelas que possuem a

função de determinar espaços, completando os vãos de estruturas de concreto armado, aço ou

outras estruturas. Devem resistir ao peso próprio e não possuem função estrutural.

Segundo Bimbon (2015) a construção convencional tem como principal função vedar

(fechar), separando ambientes e fachadas, sendo assim, a mesma não possui função estrutural,

sustentando apenas o próprio peso.

No sistema convencional, as paredes servem exclusivamente para fechamentos e

separações de ambientes, sendo que os esforços são absorvidos pelo sistema: pilares, lajes e

vigas (FERREIRA, 2015).

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Pianca (1978) define o método construtivo como um sistema formado por pilares,

vigas e lajes de concreto, sendo que os vãos são preenchidos com tijolos cerâmicos para

vedação. Sendo assim, o peso da construção é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações.

Por não possuir função estrutural, as alvenarias convencionais geralmente são cortadas

para a passagem de tubulações hidráulicas e eletrodutos. Existem flexibilidades arquitetônica:

aberturas podem ser relocadas, paredes são dispostas com menores exigências, além de

possíveis trocas de lugares. Não se faz necessário ter um controle rigoroso em relação à

qualidade dos materiais e na execução da mão de obra (PIANCA,1978).

2.3 CUSTOS

Para Cabral (1988), custos são os gastos relacionados com serviços e produtos, os

quais foram necessários para a realização da produção de outro determinado bem ou serviço.

Os custos podem ser classificados em diretos, que são aqueles relacionados

diretamente com o serviço, ou indiretos, que são os que se referem a todos os demais custos,

aplicados aos serviços coletivamente no canteiro de obras (LIBRELOTTO, 1998).

Na construção civil, aplicam-se dois tipos de sistemas administrativos: o sistema de

administração central, onde os custos são denominados custos empresariais e sistemas de

produção, os quais são denominados custos de produção (LIBRELOTTO,1998).

Marchesan (2001) afirma que os custos da construção civil no Brasil, estão

relacionados com um custo padrão, os orçamentos são apenas estimativas e que as margens de

seguranças quando excessivas podem esconder ineficiências dos processos.

Em estudo feito por Geraldo et al. (2017), os autores fizeram um comparativo de custo

dos dois sistemas estruturais: a alvenaria estrutural e a alvenaria convencional, a fim de

verificar qual sistema estrutural tem o melhor custo e maior viabilidade econômica. Os custos

do sistema convencional giraram em torno de 40% mais alto do que do sistema de alvenaria

estrutural, gerando uma economia de 13% somente nos custos diretos dos dois sistemas. Os

autores ainda explicam que se for levado em conta à economia de custos de canteiro devido

ao ganho de cronograma essa economia pode chegar a 20%. A seguir é apresentado um

gráfico comparativo dos autores:

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Figura 1 - Gráfico comparativo de custos

Fonte: Geraldo et al (2017)

Desta forma, a alvenaria estrutural se apresentou menor custo construtivo. O sistema

de alvenaria estrutural em relação ao concreto armado mostrou uma economia de fôrmas,

ganho no prazo final da estrutura, menor desperdício de materiais, o que acabou contribuindo

para a sustentabilidade, redução de revestimentos internos e externos e menor quadro de

funcionários para execução da fase de estrutura, sendo a conclusão dos estudos de Geraldo et

al. (2017).

Nos estudos de Dellatorre (2014), foi feita uma comparação entre os custos dos dois

sistemas construtivos: alvenaria estrutural de blocos cerâmicos com laje pré-moldada e

estrutura de concreto armado convencional, arranjada por pilares, vigas, lajes e com alvenaria

de vedação, analisando seus custos de execução. Para a comparação, o autor utilizou o mesmo

projeto para a formação das planilhas de quantitativos e preços de cada composição existente,

assim como gráficos para indicar a diferença de custos para cada sistema. Na comparação

representada nos quadros a seguir, foi medido os efeitos dos custos do levantamento de

quantitativos das composições de estrutura e paredes do edifício. Com isso, foram obtidos os

valores globais para a estrutura em alvenaria estrutural e para a estrutura em concreto armado

convencional, a seguir:

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Quadro 1 - Comparação de porcentagens

Fonte: Dellatorre (2014).

Quadro 2 - Comparativo de custos

Fonte: Dellatorre (2014)

Com o resultado, ficou claro que a alvenaria estrutural apresentou um custo mais

atraente, sendo que o aço apresentou em torno de 5% mais barato, os blocos cerâmicos e

argamassa de assentamento em torno de 30% mais em conta, as formas em torno de 19% mais

baratas, o concreto, em torno de 12% mais em conta. Assim, utilizando a alvenaria estrutural,

há uma redução grande nos custos no empreendimento estudado por Dellatorre (2014).

De acordo com Nunes e Junges (2008), os métodos construtivos bem escolhidos são

capazes de aumentar a produtividade, reduzir custos e também favorecer o gerenciamento de

obras. Assim, os autores fizeram uma comparação de custo de dois tipos estruturais, a

alvenaria estrutural em blocos de concreto e a estrutura convencional em concreto armado

para servir de referencial para o padrão de edificação que estavam estudando.

Conforme Pilotto e Valle (2011) é preciso sempre procurar um maior rendimento do

investimento no sistema construtivo. Assim, os autores fizeram um estudo comparativo entre

os sistemas de estrutura em concreto armado e alvenaria estrutural na construção de um

edifício residencial de tamanho e padrão médios. A seguir é apresentado um quadro

comparativo do custo do sistema de alvenaria da obra:

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Quadro 3 - Comparação de custos do Sistema de Alvenaria da obra

Fonte: Pilotto e Valle (2011).

Neste item, o custo do sistema em alvenaria estrutural é maior, pois o custo dos blocos

de concreto é muito superior ao dos tijolos cerâmicos. Desta forma, a diferença no valor deste

item específico acaba chegando próximo a 28% a menos no sistema em concreto armado,

conforme mostrado por Pilotto e Valle (2011). A seguir é apresentado um quadro comparativo

do custo do sistema de supra estrutura:

Quadro 4 - Comparação de custos do Sistema de Superestrutura

Fonte: Pilotto e Valle (2011).

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De acordo com os autores, a obra em alvenaria estrutural tem uma diferença de 35,4%

menor de custo em relação ao concreto armado. É uma diferença expressiva e que traz uma

grande participação no valor final do edifício (PILOTTO; VALLE, 2011). A seguir é

apresentado um quadro comparativo do custo do sistema de fundação:

Quadro 5 - Comparação de custos do Sistema de Fundação

Fonte: Pilotto e Valle (2011).

Segundo Pilotto e Valle (2011), na comparação entre os dois sistemas estruturais, a

diferença é de cerca de 10% a menos na alvenaria estrutural. Na soma de todos os itens da

obra, os autores constataram que o sistema em alvenaria estrutural acabou apresentando uma

redução de 8% para o perfil de obra estudado.

De acordo com Klein e Maronezi (2013), nas construções populares, a economia e

rapidez nas construções são itens necessários para a construção de residências populares,

como conjuntos habitacionais. Assim, os autores fizeram um estudo para comparar os custos

da construção de um conjunto habitacional com cem casas de padrão popular a ser executado

na região Sudoeste do Paraná, baseando-se em sistemas construtivos como a alvenaria

convencional, e a alvenaria estrutural. Também compararam estes dois sistemas construtivos

com o sistema Light Steel Frame, ainda pouco utilizado, mas que apresenta uma tendência de

crescer rapidamente. O intuito dos autores é descobrir qual deles é mais viável

economicamente para execução dessas casas. A seguir é apresentada uma figura comparativa

do custo do sistema de superestrutura:

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Figura 2 - Comparação de custos do Sistema de Superestrutura

Fonte: Klein e Maronezi (2013).

No estudo dos autores, o sistema mais vantajoso é o de alvenaria convencional, apesar

do custo elevado com formas e maior necessidade de aço. Isso difere dos estudos de Pillotto e

Valle (2011), que no sistema de Superestrutura conseguiu um preço muito mais vantajoso

para o sistema de alvenaria estrutural. A seguir é apresentada uma figura comparativa do

custo do sistema de fundação:

Figura 3 - Comparação de custos do Sistema de Fundação

Fonte: Klein e Maronezi (2013).

O sistema de alvenaria estrutural, assim como o light Steel Framing, se apresentou

mais vantajosos que o sistema de alvenaria convencional. Isso ocorre porque, segundo os

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autores, as vigas baldrame da alvenaria convencional são mais custosas, já que os outros dois

sistemas não as utilizam. Isso vai de encontro aos estudos de Pillotto e Valle (2011), que

também encontrou custos mais vantajosos para o sistema de alvenaria estrutural no sistema de

fundação. A seguir é apresentada uma figura comparativa do custo do sistema de revestimento

e pintura:

Figura 4 - Comparação de custos do Sistema de Revestimento e Pintura.

Fonte: Klein e Maronezi (2013).

Os autores apresentaram uma vantagem grande no Light Steel Frame, sendo bem mais

barato que a Alvenaria Convencional e a Alvenaria Estrutural. Entretanto, para este estudo

consideraremos apenas a alvenaria convencional e estrutural. Há uma vantagem da alvenaria

estrutural perante a alvenaria convencional já que o serviço de chapisco não é executado na

alvenaria estrutural, pois o bloco de concreto apresenta uma textura similar ao chapisco

(KLEIN; MARONEZI, 2013).

3. METODOLOGIA

O presente trabalho efetuou pesquisas bibliográficas e exploratórias, que segundo Gil

(2002), consiste na concepção de textos com base em materiais já publicados, composto

principalmente de livros, artigos periódicos e, atualmente, materiais disponibilizados na

Internet, possibilitando ao explorador, um maior conhecimento e reflexão sobre o assunto

desejado, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses.

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Para fins de comparação de custos, será realizado um orçamento convencional, no

qual, segundo Andrade e Souza (2003) são obtidos os custos diretos de produção, através do

produto entre a quantidade do serviço e o custo unitário de execução.

Com a finalidade de comparação dos custos entre os métodos explorados, alvenaria

convencional e alvenaria estrutural, serão realizados levantamentos dos valores necessários

para a realização de uma obra residencial, conforme plantas em apêndice, levando em

consideração os valores disponíveis pela tabela SINAPI com referência em 17/09/2018.

Como o objetivo principal é comparar a parte de alvenaria entre ambos os métodos,

nesse trabalho será desconsiderados os custos com fundações, coberturas, aberturas,

acabamentos e demais custos não relacionados com a superestrututa, podendo assim concluir,

qual a porcentagem de variação nos custos entre os dois métodos, sem que haja valores que

possam distorcer tal realidade.

O empreendimento estudado refere-se a um edifício residencial com área de 75,17 m²

conforme planta baixa representada em apêndice, já para o detalhamento do quantitativo da

alvenaria estrutural, foram executadas planilhas com detalhamento por paredes e para a

execução do quantitativo da alvenaria convencional, foi utilizado o software AltoQI Eberick

2018.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capitulo é apresentado os quantitativos e os custos das composições com a mão

de obra correspondente, compondo as planilhas orçamentarias do sistema construtivo de

alvenaria estrutural e do sistema construtivo de concreto armado convencional, o que torna

possível a comparação de custos do referente estudo realizado.

4.1 Levantamento de Custos Entre os Dois Sistemas Estruturais

4.1.1 Alvenaria Estrutural

Para realização do quantitativo deste método, a planta foi dividida em paredes,

representadas pela sigla PAR, possibilitando assim, a realização do quantitativo dividido por

partes.

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A Figura 5 exemplifica este fato, demonstrando a parede 1 (PAR 1), as demais paredes

estão apresentadas em apêndice.

Figura 5 - Parede 1

Fonte: O autor (2018)

Através do levantamento do quantitativo de todas as paredes, foram realizadas

planilhas com a necessidade total de Blocos de Concretos, Armação e Graute, as quais estão

apresentadas em apêndices.

A divisão dentro de cada material se fez necessária para seguir o parâmetro da tabela

SINAPI, como exemplo, no caso da armação, a tabela diferencia a armação vertical da

armação de cinta.

Para a realização do edifício pelo método da alvenaria estrutural, se faz necessário

166,52m² de blocos de concreto estrutural 14X19X39cm, (espessura 14cm), FCK = 4,5 MPA,

sendo 85,79m² para paredes com área líquidas maior do que 6m², 8,10m² para paredes com

área líquida menor que 6m² possuindo vãos, e 6m² para paredes com área líquida maior que

6m² não possuindo vãos.

Já para a parte de armação serão necessários 217,97Kg, divididos em 145,32kg de

armação com diâmetro 10mm, e 72,65 de armação com diâmetro 8mm.

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No que se diz respeito à grauteamento, serão necessários 1,55m³ de grauteamento

vertical, 0,37m³ de grauteamento de cinta intermediária ou contraverga e 1,31m³ de

grauteamento de cinta superior ou verga.

Como o objetivo principal deste trabalho é a comparação de custos da superestrutura,

após realizado o quantitativo total pelo método da Alvenaria Estrutural com blocos de

concreto, usou-se como ferramenta para obtenção de preços a tabela SINAPI, com referência

em 17/09/2018, chegando as conclusões apresentadas no quadro a seguir.

Quadro 6 - Custo da superestrutura em Alvenaria Estrutural – Blocos de Concreto

Fonte: O Autor (2018)

Item Fonte Discriminação dos Serviços

Unid. Custo

Unitário Quant. Valor Total

do Orçamento

1 SINAPI

1.1 89457

ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO

ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA

14CM), FBK = 4,5 MPA, PARA PAREDES COM

ÁREA LÍQUIDA MENOR QUE 6M², COM

VÃOS, UTILIZANDO PALHETA. AF_12/2014 m² 59,23 8,10 479,76

1.2 89458

ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO

ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA

14CM), FBK = 4,5 MPA, PARA PAREDES COM

ÁREA LÍQUIDA MAIOR OU IGUAL A 6M²,

COM VÃOS, UTILIZANDO PALHETA.

AF_12/2014 m² 54,98 85,79 4.716,73

1.3 89456

ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO

ESTRUTURAL 14X19X39 CM, (ESPESSURA

14CM) FBK = 14,0 MPA, PARA PAREDES COM

ÁREA LÍQUIDA MAIOR OU IGUAL A 6M²,

SEM VÃOS, UTILIZANDO PALHETA.

AF_12/2014 m² 65,63 72,63 4.766,71

1.4 89993

GRAUTEAMENTO VERTICAL EM

ALVENARIA ESTRUTURAL. AF_01/2015 m³ 604,43 1,55 936,87

1.5 89994

GRAUTEAMENTO DE CINTA

INTERMEDIÁRIA OU DE CONTRAVERGA EM

ALVENARIA ESTRUTURAL. AF_01/2015 m³ 492,29 0,37 182,15

1.6 89995

GRAUTEAMENTO DE CINTA SUPERIOR OU

DE VERGA EM ALVENARIA ESTRUTURAL.

AF_01/2015 m³ 575,74 1,31 754,22

1.7 89996

ARMAÇÃO VERTICAL DE ALVENARIA ESTRUTURAL; DIÂMETRO DE 10,0 MM.

AF_01/2015 kg 6,31 56,07 353,80

1.8 89998

ARMAÇÃO DE CINTA DE ALVENARIA

ESTRUTURAL; DIÂMETRO DE 10,0 MM.

AF_01/2015 kg 5,87 89,24 523,84

1.9 90000

ARMAÇÃO DE VERGA E CONTRAVERGA DE

ALVENARIA ESTRUTURAL; DIÂMETRO DE

8,0 MM. AF_01/2015 kg 7,46 10,02 74,75

TOTAL R$ 12.788,83

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4.1.2 Alvenaria Convencional

Para realização do quantitativo do método de construção definido como Alvenaria

Convencional, foi utilizado o Programa AltoQI Eberik 2018, sendo as tabelas com os

demonstrativo dos resultados apresentadas em apêndices.

Como a finalidade é a comparação dos custos entre ambos os métodos trabalhados,

sem que haja direcionamento para determinado método, para o levantamento de custos da

Alvenaria Convencional, utilizou-se a mesma tabela SINAPI com igual referência.

O Quadro 7 detalha os valores encontrados.

Quadro 7 - Custo da superestrutura em Alvenaria Convencional – Blocos Cerâmicos

Item Fonte Discriminação dos Serviços

Unid. Custo

Unitário Quant. Valor Total

do Orçamento

1 SINAPI

1.1 92269

FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA PILARES E

ESTRUTURAS SIMILARES, EM MADEIRA SERRADA, E=25 MM. AF_12/2015 m² 66,79 44,50 2.972,16

1.2 92270 FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA VIGAS, COM MADEIRA SERRADA, E = 25 MM. AF_12/2015 m² 51,67 51,90 2.681,67

1.3 92718

CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25 MPA, COM USO DE BALDES EM EDIFICAÇÃO COM SEÇÃO MÉDIA DE PILARES MENOR OU IGUAL A 0,25 M² -

LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E ACABAMENTO. AF_12/2015 m³ 403,11 2,10 846,53

1.4 94971

CONCRETO FCK = 25MPA, TRAÇO 1:2,3:2,7 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) - PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 600 L. AF_07/2016 m³ 288,58 2,90 836,88

1.5 92777

ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA

EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 8,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015 kg 9,45 230,50 2.178,23

1.6 92778

ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA

EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 10,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015 kg 7,60 203,80 1.548,88

1.7 92780

ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE 16,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015 kg 5,94 81,90 486,49

1.8 92775

ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE UMA ESTRUTURA CONVENCIONAL DE CONCRETO ARMADO EM UMA EDIFICAÇÃO TÉRREA OU SOBRADO UTILIZANDO AÇO CA-60 DE 5,0 MM - MONTAGEM. AF_12/2015 kg 12,10 149,10 1804,11

1.9 87492

ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS FURADOS NA VERTICAL DE 14X19X39CM (ESPESSURA 14CM) DE PAREDES COM ÁREA LÍQUIDA MAIOR OU IGUAL A 6M² COM VÃOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO MANUAL. AF_06/2014 m² 49,89 150,00 7483,50

TOTAL R$ 20.838,44

Fonte: O Autor (2018)

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15

4.2.3 Análise dos Resultados

Através desse estudo, é possível considerar que as construções das superestruturas

realizadas pelo método da alvenaria convencional com blocos cerâmicos, são

aproximadamente 62% mais caras do que as elaboradas pelo método da alvenaria estrutural

com blocos de concretos.

A diferença dos custos entre os métodos analisados se mostraram maiores do que os

apresentados pelos autores citados neste trabalho, fato este que pode ser explicado pelo

simples fato desse estudo não ter levado em consideração alguns processos da construção,

como: fundação, pinturas, revestimentos, coberturas, fatores esses que teriam um valor muito

aproximado em ambos os métodos trabalhados, o que diminuiria significadamente o valor

proporcional dos custos.

5. CONCLUSÕES

Por meio do estudo realizado nesse trabalho, buscando comparar os dois sistemas

construtivos mais utilizados na engenharia, a análise concretizou as referencias já estudas por

diversos autores, avaliando o sistema construtivo de menor custo final. A tabela SINAPI

possibilitou obter os quantitativos e os preços das composições existentes para a estrutura de

cada sistema, tornando possível a comparação sem que haja alguma forma de direcionamento.

No que se diz respeito à parte de alvenaria, o método da alvenaria estrutural por blocos

de concreto, se apresentou como uma forma bem mais econômica do que o método de

alvenaria convencional, além de que o desperdício de materiais, a racionalização e a

velocidade na execução sejam fatores positivos para o empreendimento realizado por este

método.

Por outro lado, não pode-se levar em consideração que o método estrutural será

sempre mais vantajoso, pois o mesmo se limitará em casos de arquiteturas mais arrojadas,

além da necessidade de possuir projetos associados e integrados entre si, necessitando de um

planejamento mais adequado, proporcionando um controle de qualidade e consumo maior.

Nota-se claramente a necessidade de investimentos na alvenaria estrutural,

principalmente pela falta de conhecimentos e informações, são necessários maiores

conhecimentos específicos pelos profissionais da área, investimentos em treinamentos

específicos para as equipes de trabalho, possibilitando assim, diminuir as patologias que

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16

ocorrem atualmente nas obras e uma redução considerada nos custos, referentes a pouca

experiência na execução.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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– Blocos de Concreto. Rio de Janeiro. 2011.

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KLEIN, R. G.; MARONEZI, V. Comparativo orçamentário dos sistemas construtivos em

alvenaria convencional, alvenaria estrutural e o sistema light steel frame para

construção de conjuntos habitacionais. Trabalho de conclusão de curso apresentado como

requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil, da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco. Pato Branco, 2013. Disponível em

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PIANCA, J. B. Manual do Construtor. Porto Alegre: Globo, 1978.

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Civil da Universidade Federal do Paraná como parte dos requisitos para obtenção do título de Graduado em Engenharia Civil. Curitiba, 2011. Disponível em http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/2/2a/Tfc_2011_Thompson_Gisah.pdf Acesso em 22 julho 2018.

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THOMAZ, E.; HELENE, P. R. L. Requisitos técnicos e operacionais visando à qualidade

na construção de edifícios. São Paulo, 1999.

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18

APÊNDICES

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19

APÊNDICE A – Planta Baixa

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20

APÊNDICE B – Parede 2

Parede 3

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21

APÊNDICE C – Parede 4

Parede 5

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22

APÊNDICE D – Parede 6

Parede 7

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23

APÊNDICE E – Parede 8

Parede 9

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24

APÊNDICE F – Parede 10

Parede 11

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25

APÊNDICE G – Parede 12

Parede 13

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26

APÊNDICE H – Parede 14

Planta de Respaldo

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APÊNDICE I – Alvenaria Estrutural

Quantitativos Blocos de Concreto

Somatório Alvenaria com área líquida maior que 6m², com vãos

Comprimento

(m)

Altura

(m) *Descontos de Aberturas (m) Área (m²)

Par 1 6,19 3,00 4,38 14,19

Par 2 3,34 3,00 0,00 10,02

Par 3 6,19 3,00 0,00 18,57

Par 4 7,84 3,00 2,29 21,23

Par 6 3,69 3,00 2,19 8,88

Par 7 4,30 3,00 0,00 12,90

Total 85,79

Somatório Alvenaria com área líquida menor que 6m², com vãos

Comprimento

(m)

Altura

(m) *Descontos de Aberturas (m) Área (m²)

Par 5 1,55 3,00 0,00 4,65

Par 13 1,15 3,00 0,00 3,45

Total 8,10

Somatório Alvenaria com área líquida maior que 6m², sem vãos

Comprimento

(m)

Altura

(m) *Descontos de Aberturas (m) Área (m²)

Par 8 4,59 3,00 0,00 13,77

Par 9 3,15 3,00 0,00 9,45

Par 10 3,59 3,00 0,00 10,77

Par 11 3,15 3,00 0,00 9,45

Par 12 3,59 3,00 0,00 10,77

Par 14 6,14 3,00 0,00 18,42

Total 72,63

*De acordo com a norma, somente são descontados aberturas com áreas superiores a 2m²

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APÊNDICE J – Alvenaria Estrutural

Quantitativos Armação Quantitativo Armação Vertical Diâmetro 10mm

Quantidade Comprimento (m) Massa Unitária (kg/m) Massa Total (kg)

Par 1 5,00 2,78 0,62 8,58

2,00 2,90 0,62 3,58

Par 2 3,00 2,90 0,62 5,37

Par 3 5,00 2,90 0,62 8,95

Par 4 2,00 2,78 0,62 3,43

3,00 2,90 0,62 5,37

Par 5 4,00 2,78 0,62 6,86

Par 6 1,00 2,78 0,62 1,72

3,00 2,90 0,62 5,37

Par 7 3,00 2,78 0,62 5,15

Par 8 1,00 2,78 0,62 1,72

Total 56,07

Quantitativo Armação De Cinta Diâmetro 10mm

Quantidade Comprimento (m) Massa Unitária (kg/m) Massa Total (kg)

Par 1 2,00 7,05 0,62 8,70

Par 2 2,00 4,28 0,62 5,28

Par 3 2,00 7,13 0,62 8,80

Par 4 2,00 8,78 0,62 10,83

Par 5 2,00 2,63 0,62 3,25

Par 6 2,00 4,68 0,62 5,78

Par 7 2,00 5,41 0,62 6,68

Par 8 2,00 5,56 0,62 6,86

Par 9 2,00 4,26 0,62 5,26

Par 10 2,00 4,50 0,62 5,55

Par 11 2,00 4,23 0,62 5,22

Par 12 2,00 4,50 0,62 5,55

Par 13 2,00 2,23 0,62 2,75

Par 14 2,00 7,08 0,62 8,74

Total 89,24

Quantitativo Armação De Verga e Contraverga Diâmetro 8mm

Quantidade Comprimento (m) Massa Unitária (kg/m) Massa Total (kg)

Par 1 6,00 6,15 0,62 22,77

Par 2 3,00 1,95 0,62 3,61

Par 3 3,00 4,25 0,62 7,87

Par 4 3,00 3,30 0,62 6,11

Par 5 6,00 1,65 0,62 6,11

Par 6 3,00 3,65 0,62 6,76

3,00 2,35 0,62 4,35

Par 7 3,00 3,55 0,62 6,57

3,00 3,35 0,62 6,20

Par 13 3,00 1,25 0,62 2,31

Total 72,65

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29

APÊNDICE K – Alvenaria Estrutural

Quantitativos Grauteamento Vertical

Áreas dos Furos (m²)

Somatório

das Áreas

(m²)

Altura

(m)

Volume

Total

(m³)

Par 1 0,0138 0,0138 0,0138 0,0138 0,0081 0,0081 0,0081 - 0,08 2,80 0,22

Par 2 0,0138 0,0138 0,0081 0,0063 - - - - 0,04 2,80 0,12

Par 3 0,0138 0,0138 0,0081 0,0081 0,0081 0,0063 0,0063 0,0294 0,09 2,80 0,26

Par 4 0,0138 0,0081 0,0081 0,0081 0,0081 0,0063 - - 0,05 2,80 0,15

Par 5 0,0138 0,0138 0,0294 - - - - - 0,06 2,80 0,16

Par 6 0,0138 0,0138 0,0138 0,0081 0,0063 - - - 0,06 2,80 0,16

Par 7 0,0138 0,0138 0,0138 - - - - - 0,04 2,80 0,12

Par 8 0,0138 - - - - - - - 0,01 2,80 0,04

Par 9 0,0224 - - - - - - - 0,02 2,80 0,06

Par 10 - - - - - - - - 0,00 2,80 0,00

Par 11 0,0224 - - - - - - - 0,02 2,80 0,06

Par 12 0,0081 0,0224 - - - - - - 0,03 2,80 0,09

Par 13 0,0063 - - - - - - - 0,01 2,80 0,02

Par 14 0,0081 0,0294 - - - - - - 0,04 2,80 0,11

Total 1,55

Quantitativos Grauteamento Cinta Intermediária ou Contraverga

Quantitativos Grauteamento Cinta Superior ou Verga

Áreas de

Grauteamento (m²) Somatório das Áreas (m²) Espessura (m) Volume Total (m³)

Par 1 1,2070 1,2070 2,41 0,14 0,34

Par 2 0,3781 - 0,38 0,14 0,05

Par 3 0,8151 - 0,82 0,14 0,11

Par 4 0,1580 0,6346 0,79 0,14 0,11

Par 5 0,2261 0,3211 0,55 0,14 0,08

Par 6 0,7011 - 0,70 0,14 0,10

Par 7 0,7391 0,6821 1,42 0,14 0,20

Par 8 0,7581 - 0,76 0,14 0,11

Par 12 0,3021 - 0,30 0,14 0,04

Par 13 0,1881 - 0,19 0,14 0,03

Par 14 1,0526 - 1,05 0,14 0,15

Total 1,31

Áreas de Grauteamento (m²) Espessura (m) Volume Total (m³)

Par 1 1,2070 0,14 0,17

Par 5 0,3211 0,14 0,04

Par 6 0,4541 0,14 0,06

Par 7 0,6441 0,14 0,09

Total 0,37

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30

APÊNDICE L – Alvenaria Convencional

Quantitativo Aço e Concreto

Elemento

Peso do aço

+10 % (kg)

Volume de

concreto (m³)

Área de forma

(m²)

Consumo de

aço (kg/m³)

Vigas 176.4 2.9 51.9 59.9

Pilares 261.3 2.2 44.5 26.4

Total 437.7 5.1 96.4 86.3

Quantitativo e Detalhamento Aço

Aço Diâmetro

(mm)

Peso + 10 % (kg)

Vigas Pilares Total

CA50 8.0 230.5 230.5

CA50 10.0 24.6 179.2 203.8

CA50 16.0 81.9 81.9

CA60 5.0 83.4 65.7 149.1

Quantitativo Blocos Cerâmicos

Elemento Blocos

Cerâmicos (m²)

Alvenaria de

Vedação 150