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AMAQ NASF
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MINISTRIO DA SADE
AUTOAVALIAO PARA MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE
DA ATENO BSICA
- NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA-
AMAQ - NASF
Braslia - DF
2013
MINISTRIO DA SADE
Secretaria de Ateno a Sade
Departamento de Ateno Bsica
AUTOAVALIAO PARA MELHORIA DO ACESSO
E DA QUALIDADE DA ATENO BSICA
- NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA-
AMAQ - NASF
Braslia - DF
2013
FICHA CATALOGRFICA
Superviso geral
Hider Aurlio Pinto
Coordenao Tcnica Geral
Allan Nuno Alves de Sousa Aristides Oliveira Eduardo Melo Felipe Cavalcanti Gilberto Pucca Hider Aurlio Pinto Patrcia Constante Jayme Patrcia Sampaio Chueri
Thais Severino da Silva
Reviso Tcnica
Eduardo Alves Melo
Felipe Cavalcanti
Hider Aurlio Pinto
Jos Eudes Barroso Viera
Marcelo Pedra Martins Machado
Patrcia Arajo Bezerra
Slvia Reis
Elaborao Tcnica
Marcelo Pedra Martins Machado
Patrcia Arajo Bezerra
Pauline Cavalcanti
Slvia Reis
Colaborao
Alexandre Trino
Alyne Arajo de Melo
Ana Lcia Sousa Pinto
Anglica Saraiva Rangel de S
Antnio Neves Ribas
Bruna Maria Limeira Rodrigues Ortiz
Camilla Maia Franco
Daniel Miele Amado
Fernanda Ferreira Marcolino
Flvio da Guarda
Francisca Lopes de Souza
Heide Gauche
Janete dos Reis Coimbra
Jorge Ernesto Srgio Zepeda
Jos Miguel do Nascimento Jnior
Karen Sarmento Costa
Kelly Poliany de Souza Alves
Kimielle Cristina da Silva
Maria Ondina Paganelli
Mariana Carvalho Pinheiro
Martim Taborda
Olvia Ugarte
Orlando Mrio Soeiro
Patrcia Sampaio Chueiri
Patrcia Constante Jaime
Paulo Santana
Renata Pella
Rodrigo Cabral da Silva Rosana Ballestero
Sara Arajo da Silva
Sonia Augusta Leito Saraiva
Stefania Santos Soares
Suellen Fabiane Campos
Thas Severino Silva
Thas Titon de Souza
Thiago Pithon
Participao
Secretaria de Ateno Sade
Departamento de Aes Programticas e
Estratgicas
Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos
Estratgicos
Departamento de Assistncia Farmacutica
Secretaria de Vigilncia em Sade
Departamento de Vigilncia Epidemiolgica
Departamento de Apoio Gesto da Vigilncia
em Sade
LISTA DE SIGLAS
AB Ateno Bsica
AMAQ Autoavaliao para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica
CMS Conselho Municipal de Sade
COAP Contrato Organizativo de Ao Pblica
DAB Departamento de Ateno Bsica
EAB Equipe de Ateno Bsica
NASF Ncleo de Apoio Sade da Famlia
PMAQ Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica
PNAB Poltica Nacional da Ateno Bsica
PSE Programa Sade na Escola
RAS Rede de Ateno Sade
SMS Secretaria Municipal de Sade
MS Ministrio da Sade
UBS Unidade Bsica de Sade
Sumrio
APRESENTAO ......................................................................................................................... 7 1 INTRODUO ............................................................................................................................ 8
1.1 Princpios e diretrizes da Ateno Bsica em Sade ............................................................... 8 2 OS NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA ....................................................................... 11 3 AUTOAVALIAO NO MBITO DO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENO BSICA ............................................................................................ 13
3.1 Momentos autoavaliativos ................................................................................................. 15
3.2 Momentos do processo autoavaliativo ............................................................................... 15
3.3 Planejamento e Interveno .............................................................................................. 17 4 A FERRAMENTA - AUTOAVALIAO PARA A MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA (AMAQ-NASF) ......................................................... 18
4.1 Organizao do instrumento de Autovaliao para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica ......................................................................................................................... 18
4.2 Padres de qualidade ......................................................................................................... 19
4.3 Classificao dos padres de qualidade .............................................................................. 21
4.4 Classificao das dimenses e subdimenses ...................................................................... 22
4.5 Instrues para preenchimento do instrumento AMAQ-NASF: ............................................. 25 4.5.1 Instrues Gerais: ............................................................................................................................. 25
4.5.2 Instrues Especficas para cada Dimenso .................................................................................. 25
DIMENSO: GESTO MUNICIPAL .............................................................................................. 26
A SUBDIMENSO: IMPLANTAO E IMPLEMENTAO DO NASF NO MUNICPIO ................... 26 DIMENSO: GESTO DA ATENO BSICA/NASF ...................................................................... 29
B SUBDIMENSO: APOIO ORGANIZAO DO TRABALHO DO NASF ..................................... 29
C SUBDIMENSO EDUCAO PERMANENTE ........................................................................ 32
D - SUBDIMENSO: MONITORAMENTO E AVALIAO .............................................................. 33 DIMENSO: ORGANIZAO DO PROCESSO DE TRABALHO E ATENO INTEGRAL SADE ....... 35
E - SUBDIMENSO: ORGANIZAO DO PROCESSO DE TRABALHO DO NASF ............................... 35
F - SUBDIMENSO: ATENO INTEGRAL SADE .................................................................... 41 FOLHA DE RESPOSTAS E CLASSIFICAO GESTO DO NASF ....................................................... 51 FOLHA DE RESPOSTAS E CLASSIFICAO GESTO DO NASF ....................................................... 52 FOLHA DE RESPOSTAS E CLASSIFICAO EQUIPE NASF .............................................................. 54 REFERNCIAS ........................................................................................................................... 56 MATRIZ DE INTERVENO ...................................................................................................... ..58
APRESENTAO
O Ministrio da Sade tem priorizado a execuo da gesto pblica com base em aes de
monitoramento e avaliao de processos e resultados. So muitos os esforos empreendidos para a
implementao de iniciativas que promovam o acesso com qualidade aos servios de sade sociedade
brasileira e fortalecimento do Sistema nico de Sade nos diversos contextos existentes no Pas.
O presente instrumento compe as aes e atividades desenvolvidas no mbito do Sade
Mais Perto de Voc, conjunto de iniciativas do Departamento de Ateno Bsica (DAB) para cuidar da
populao no ambiente em que vive, no qual se insere o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e
da Qualidade da Ateno Bsica (PMAQ), como uma das estratgias indutoras de qualidade pelo
Ministrio da Sade. Entre os objetivos do programa, destacam-se a institucionalizao da cultura de
avaliao da ateno bsica no Sistema nico de Sade (SUS).
A garantia da qualidade da ateno bsica e o aumento de sua resolutividade tem sido uma das
prioridades do Ministrio da Sade. Os Ncleos de Apoio Sade da Famlia (NASF) surgem nesse
sentido e, agora, no intuito de induzir ainda mais esse movimento, apresentado o documento
Autoavaliao para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica para os Ncleos de Apoio
Sade da Famlia (AMAQ-NASF). Dessa forma, o Ministrio da Sade reafirma seu compromisso com os
processos de melhoria contnua do acesso e da qualidade dos servios da ateno bsica em todo o Pas.
1 INTRODUO
1.1 Princpios e diretrizes da Ateno Bsica em Sade
De acordo com a Poltica Nacional de Ateno Bsica, instituda pela Portaria GM/MS n2.488, de 21
de outubro de 2011, a a teno bsica caracteriza-se por um conjunto de aes de sade, no mbito
individual e coletivo, que abrange a promoo e a proteo da sade, a preveno de agravos, o
diagnstico, o tratamento, a reabilitao e a manuteno da sade com o objetivo de desenvolver uma
ateno integral que impacte na situao de sade e autonomia das pessoas e nos determinantes e
condicionantes de sade das coletividades. desenvolvida por meio do exerccio de prticas de cuidado e
gesto, democrticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populaes de
territrios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitria, considerando a dinamicidade
existente no territrio em que vivem essas populaes. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas
que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de sade de maior frequncia e relevncia em
seu territrio, observando critrios de risco, vulnerabilidade, resilincia e o imperativo tico de que toda
demanda, necessidade de sade ou sofrimento deve ser acolhido.
A ateno bsica desenvolvida com o mais alto grau de descentralizao e capilaridade, prxima da
vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usurios, a principal porta de entrada e centro de
comunicao da Rede de Ateno Sade. Orienta-se pelos princpios da universalidade, da acessibilidade,
do vnculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da ateno, da responsabilizao, da
humanizao, da equidade e da participao social. A a t eno bsica considera o sujeito em sua
singularidade e insero sociocultural, buscando produzir a ateno integral, por meio da promoo de sua
sade, da preveno, do tratamento de doenas e da reduo de danos ou de sofrimentos que possam
comprometer sua autonomia. A A teno Bsica tem como fundamentos e diretrizes (BRASIL, 2011):
Ter territrio adscrito e responsabilidade sanitria sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento,
a programao descentralizada e o desenvolvimento de aes com impacto na situao, nos
condicionantes e determinantes da sade das coletividades que constituem aquele territrio, sempre
em consonncia com o princpio da equidade;
Possibilitar o acesso universal e contnuo a servios de sade de qualidade e resolutivos, caracterizados
como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de ateno, acolhendo os usurios e
promovendo a vinculao e corresponsabilizao pela ateno s suas necessidades de sade. O
estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupe uma lgica de
organizao e funcionamento do servio de sade, que parte do princpio de que a unidade de sade
deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus servios, de modo universal e sem
diferenciaes excludentes. O servio de sade deve se organizar para assumir sua funo central de
acolher, escutar e oferecer uma resposta positiva, capaz de resolver problemas de sade e/ou de
minorar danos e sofrimentos, ou ainda se responsabilizar com a resposta, ainda que ela seja
ofertada em outros pontos de ateno da rede. A proximidade e a capacidade de acolhimento,
vinculao e responsabilizao so fundamentais para a efetivao da Ateno Bsica como contato e
porta de entrada preferencial da rede de ateno.
Adscrever os usurios e desenvolver relaes de vnculo e responsabilizao entre as equipes e a
populao adscrita garantindo a continuidade das aes de sade e a longitudinalidade do cuidado. A
adscrio dos usurios um processo de vinculao de pessoas e/ou famlias e grupos a
profissionais/equipes, com o objetivo de ser referncia para o seu cuidado. O vnculo, por sua vez,
consiste na construo de relaes de afetividade e confiana entre o usurio e o trabalhador da
sade, permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilizao pela sade, construdo ao
longo do tempo, alm de carregar, em si, um potencial teraputico. A longitudinalidade do cuidado
pressupe a continuidade da relao clnica, com construo de vnculo e responsabilizao entre
profissionais e usurios ao longo do tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das
intervenes em sade e de outros elementos na vida dos usurios, ajustando condutas quando
necessrio, evitando a perda de referncias e diminuindo os riscos de iatrognia decorrentes do
desconhecimento das histrias de vida e da coordenao do cuidado.
Efetivar a integralidade em seus vrios aspectos, a saber: integrao de aes programticas e demanda
espontnea; articulao das aes de promoo sade, preveno de agravos, vigilncia sade,
tratamento e reabilitao e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gesto necessrias a
esses fins e ampliao da autonomia dos usurios e coletividades; trabalhando de forma
multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gesto do cuidado integral do usurio e
coordenando-o no conjunto da rede de ateno. A presena de diferentes formaes profissionais
assim como um alto grau de articulao entre os profissionais essencial, de forma que no s as
aes sejam compartilhadas, mas tambm tenha lugar um processo interdisciplinar no qual,
progressivamente, os ncleos de competncia profissionais especficos vo enriquecendo o campo
comum de competncias ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa
organizao pressupe o deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos
profissionais para um processo centrado no usurio, onde o cuidado do usurio o imperativo tico-
poltico que organiza a interveno tcnico-cientfica.
Estimular a participao dos usurios como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na
construo do cuidado sua sade e das pessoas e coletividades do territrio, no enfrentamento dos
determinantes e condicionantes de sade, na organizao e orientao dos servios de sade a partir
de lgicas mais centradas no usurio e no exerccio do controle social.
2 OS NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA
A expanso da Sade da Famlia (SF), estratgia prioritria para a organizao da ateno
bsica no Brasil, trouxe consigo resultados positivos, mas tambm evidenciou inmeros desafios.
Dentre eles, destaca-se o processo em curso de redefinio e qualificao da ateno bsica na
ordenao das redes de ateno e na sua capacidade efetiva de gesto do cuidado.
Na perspectiva de ampliar a capacidade de responder maior parte dos problemas de sade da
populao na ateno bsica, o Ministrio da Sade criou os Ncleos de Apoio Sade da Famlia
(NASF) por meio da Portaria n 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 04 de maro de 2008.
Isso significou o incio de uma poltica audaciosa, mas que ainda no contemplava grande parcela dos
municpios brasileiros. A fim de possibilitar que qualquer municpio que possua Sade da Famlia
pudesse aderir proposta, e tambm de qualificar o trabalho das equipes NASF j implantadas, novas
regulamentaes foram elaboradas mais recentemente. Atualmente, as portarias vigentes que se
referem ao NASF so a portaria N 2.488 de 21 de outubro de 2011, que aprova a Poltica Nacional de
Ateno Bsica (PNAB), e a portaria N 3.124, de 28 de dezembro de 2012, que redefine os parmetros
de vinculao das modalidades 1 e 2 e cria a modalidade 3.
Na tabela abaixo apresenta as trs modalidades de NASF presentes na portaria 3.124 de 2012 que so financiados e reconhecidos formalmente pelo MS:
Tabela 1 Modalidade de Equipe NASF
MODALIDADES
N DE EQUIPES VINCULADAS SOMATRIA DAS CARGAS HORRIAS
PROFISSIONAIS*
NASF 1
5 a 9 ESF e/ou EAB para populaes especficas (eCR**,
equipe Ribeirinha e Fluvial)
Mnimo 200 horas semanais; Cada ocupao deve ter no mnimo 20h e no mximo 80h de carga horria semanal;
NASF 2
3 a 4 ESF e/ou EAB para populaes especficas (eCR**,
equipe Ribeirinha e Fluvial)
Mnimo 120 horas semanais; Cada ocupao deve ter no mnimo 20h e no mximo 40h de carga horria semanal;
NASF 3
1 a 2 ESF e/ou EAB para populaes especficas (eCR**,
equipe Ribeirinha e Fluvial)
Mnimo 80 horas semanais; Cada ocupao deve ter no mnimo 20h e no mximo 40h de carga horria semanal;
*Nenhum profissional poder ter carga horria semanal menor que 20 horas. **Equipe Consultrio na Rua
Conforme a PNAB (BRASIL, 2011), o NASF se configura como equipes multiprofissionais
compostas por profissionais de diferentes campos de conhecimento, que devem atuar de maneira
integrada e apoiando os profissionais das equipes de Sade da Famlia e de Ateno Bsica para
populaes especficas (Consultrios na Rua, equipes Ribeirinhas e Fluviais) e Academia da
Sade, compartilhando as prticas e saberes em sade nos territrios sob responsabilidade dessas
equipes.
As diretrizes que embasam o trabalho do NASF so as da ateno bsica, j citadas
anteriormente neste documento. A diferena do trabalho do NASF para as demais equipes, no entanto,
que esta se orienta pelo referencial terico-metodolgico do apoio matricial. Isso significa, em
sntese, uma estratgia de organizao do trabalho em sade que acontece a partir da integrao entre
equipes envolvidas na ateno s situaes/problemas comuns um dado territrio. Esta integrao
ocorre na perspectiva de compartilhar as aes de sade, atravs da troca de saberes entre os
diversos profissionais e elaborao de projetos comuns de interveno.
Dessa forma, pode-se dizer que o NASF constitui-se em retaguarda especializada para as equipes
de ateno bsica/sade da famlia, atuando no lcus da prpria Ateno Bsica. O NASF desenvolve um
trabalho compartilhado e colaborativo em pelo menos duas dimenses: clnico- assistencial e tcnico-
pedaggica. A primeira aquela que vai produzir ou incidir sobre a ao clnica direta com os usurios, e
a segunda que vai produzir ao de apoio educativo com e para as equipes. Poderamos ainda identificar
uma dimenso de atuao direta sobre elementos coletivos, como os riscos coletivos e o trabalho
coletivo de uma equipe. Essas dimenses podem e devem se misturar em diversos momentos, guiando-
se de forma coerente pelo que cada momento, situao ou equipe requer (BRASIL, 2009). Isso significa
atuar potencialmente sobre os aspectos sociais, subjetivos e biolgicos dos sujeitos e coletivos de um
territrio, direta ou indiretamente.
3 AUTOAVALIAO NO MBITO DO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENO BSICA
O PMAQ tem como propsito a ampliao da oferta qualificada dos servios de sade no mbito do
SUS. Est organizado em quatro fases que se complementam, formando um ciclo contnuo de melhoria
do acesso e da qualidade da Ateno Bsica (AB).
A primeira fase do PMAQ consiste na adeso ao programa. Ocorre mediante a contratualizao de
compromissos a serem firmados entre as Equipes do NASF e os gestores municipais, e destes com o
Ministrio da Sade. Esse processo implica a gesto dos recursos em funo dos compromissos e
resultados pactuados e alcanados. Envolve a pactuao local, regional e estadual e a participao do
controle social, contribuindo com o aprimoramento da cultura de negociao e pactuao no mbito do
SUS.
A adeso ao PMAQ e a incorporao de processos voltados para a melhoria do acesso e da
qualidade da AB pressupem o protagonismo de todos os atores envolvidos durante o processo de
implementao do Programa. A caracterstica voluntria est associada ideia de que o reforo e a
introduo de prticas vinculadas ao aumento da qualidade da AB somente podero se concretizar em
ambientes nos quais os trabalhadores e gestores sintam-se motivados e se percebam essenciais para o
seu xito.
A segunda fase do programa o momento de desenvolvimento das estratgias relacionadas aos
compromissos com a melhoria do acesso e da qualidade. estruturada em quatro dimenses
consideradas centrais na induo dos movimentos de mudana da gesto, do cuidado e da gesto do
cuidado, produzindo melhorias contnuas da qualidade na Ateno Bsica, quais sejam: autoavaliao,
monitoramento, educao permanente e apoio institucional.
A autoavaliao, objeto deste documento, um ponto importante do processo de desenvolvimento
do PMAQ, sendo entendida como dispositivo de reorganizao da equipe e da gesto. nesse
momento que os sujeitos e grupos implicados avanam na autoanlise, na autogesto, na identificao
dos problemas, bem como na formulao das estratgias de interveno para a melhoria dos servios,
das relaes e do processo de trabalho.
A terceira fase do PMAQ consiste na avaliao externa, em que ser realizado um conjunto de
aes que averiguar as condies de acesso e de qualidade da totalidade de municpios e equipes de
ateno bsica participantes do Programa. Destaca-se que os padres de qualidade presentes no
instrumento de certificao, que ser utilizado nessa etapa, guardam similaridade com os padres de
autoavaliao que sero apresentados neste documento.
A quarta e ltima fase do programa o momento de recontratualizao com a gesto municipal e
as equipes NASF, a partir das realidades evidenciadas na avaliao externa. Essa etapa d concretude
caracterstica incremental da melhoria do acesso e da qualidade adotada pelo programa, prevendo um
processo contnuo e progressivo de melhoramento dos padres e indicadores que envolve a gesto, o
processo de trabalho e os resultados alcanados pelas equipes.
Cabe destacar, no entanto, que essas fases no so estanques: uma no comea apenas
quando a outra termina, mas acontecem simultaneamente.
No mbito do PMAQ, recomenda-se que a autoavaliao seja realizada a partir de ferramenta
composta por um conjunto de padres de qualidade, ou seja, por um conjunto de declaraes acerca da
qualidade esperada quanto ao processo de trabalho e aos resultados das aes do NASF.
Os processos autoavaliativos devem ser constitudos no apenas pela identificao de problemas,
mas tambm pela realizao de intervenes no sentido de super-los. No sendo possvel intervir em
tudo aquilo que se julga necessrio a considerar tempo, recursos, aspectos polticos etc. ,
fundamental que sejam estabelecidas prioridades de investimento para construir estratgias de ao
com iniciativas concretas para a superao dos problemas identificados.
Desse modo, processos autoavaliativos comprometidos com a melhoria contnua da qualidade
podero potencializar os demais processos da fase de desenvolvimento do PMAQ, na medida em que
contribuiro na identificao das principais necessidades de educao permanente e de apoio
institucional. Nesse sentido, a autoavaliao no deve ser encarada como um momento de pouca
relevncia, tampouco como um momento angustiante que poder resultar em punies ou
desmotivao dos trabalhadores.
Com o objetivo de induzir a implementao de processos autoavaliativos na Ateno Bsica,
10 % da nota para a certificao da equipe vinculada a autoavaliao.
Ressalta-se que a utilizao da AMAQ-NASF no de uso obrigatrio, cabendo aos gestores
municipais e s equipes NASF definir qual(is) o(s) instrumento(s) ou ferramenta(s) que melhor se
adequa(m) suas necessidades e realidades.
O PMAQ no define periodicidade para a realizao das autoavaliaes. No entanto, destaca-se
que, entre uma autoavaliao e outra, deve haver intervalo de tempo suficiente para a execuo de parte
do plano de interveno, permitindo que nos prximos momentos autoavaliativos sejam identificadas
melhorias na qualidade das aes.
3.1 Momentos autoavaliativos
Os processos autoavaliativos na Ateno Bsica devem ser contnuos e permanentes,
constituindo-se como uma cultura internalizada de monitoramento e avaliao pela gesto, coordenao
e equipes/profissionais. Seu intuito verificar a realidade da sade local, identificando as fragilidades e as
potencialidades da rede de Ateno Bsica, conduzindo a planejamentos de interveno para a melhoria
do acesso e da qualidade dos servios.
A dinmica pedaggica dos processos autoavaliativos torna-se efetiva no momento em que
permite aos gestores, coordenadores e profissionais das equipes, identificarem os ns crticos que
dificultam o desenvolvimento das aes de sade no territrio, bem como avaliar as conquistas
alcanadas pelas intervenes implementadas.
Para que esses processos autoavaliativos aconteam, torna-se fundamental que sejam realizados entre pares, coletivamente, considerando todos os atores envolvidos com a ateno bsica e diante dos resultados da autoavaliao, devero ser identificadas as situaes que precisam ser revistas e/ou modificadas.
3.2 Momentos do processo autoavaliativo
Os momentos de construo ou preparao para a implementao de processos autoavaliativos
atingem seu potencial indutor da transformao quando so orientados por mtodos participativos, com
uso de abordagens libertadoras da criatividade, que considera a pluralidade dos atores presentes
promovendo um espao privilegiado para construo do pensamento. nesse momento que os
indivduos produzem sentidos e significados com potencial de mobilizao de iniciativas para o
aprimoramento dos servios.
Nesse sentido, a organizao desses momentos deve contribuir com a induo de atitudes
dos atores envolvidos frente s questes colocadas, proporcionando aos participantes momentos
adequados de reflexo, discusso sobre suas prticas e as possibilidades de mudanas.
Momento I - Sensibilizao e apresentao das estratgias de implementao de processos autoavaliativos
no municpio aos gestores, coordenadores, equipes/profissionais do municpio, ressaltando a importncia
de processos auto reflexivos na identificao das potencialidades, fragilidades e estratgias de
enfrentamento para a melhoria dos servios e da satisfao do profissional com o trabalho;
Momento II - Sensibilizao dos gestores, coordenadores e equipes/ profissionais dado NASF/AB, para
escolha e utilizao de um instrumento orientador da autoavaliao e a importncia do planejamento
para implementao das intervenes identificadas pelos atores responsveis;
Momento III - Discusso dos desafios e aes para o seu enfrentamento com a participao de todos
os atores envolvidos: gestores, coordenadores, equipes/profissionais, comunidade, entre outros.
Momento IV - Elaborao da matriz de interveno e a construo dos planos estratgicos de interveno,
com aes multiprofissionais, interdisciplinares e intersetorias, orientadas para melhoria da organizao e
qualidade dos servios da Ateno Bsica;
Momento V - Avaliao dos resultados alcanados diante das intervenes implantadas e implementadas
no municpio.
3.3 Planejamento e Interveno
Integra-se aos processos autoavaliativos o desenvolvimento de propostas de interveno/planos
de ao, ou seja, a pactuao de aes para a superao dos desafios elencados. O planejamento
favorece o monitoramento e a avaliao das aes implementadas, subsidiando a tomada de deciso
para o reordenamento ou manuteno das aes.
Os processos de planejamento construdos de forma democrtica e pactuados entre os
atores implicados (gestores, coordenadores, equipes, profissionais e usurios) so mais efetivos, pois
possuem maior alinhamento com as necessidades e realidades locais. Favorecem tambm a maior
comunicao entre os atores, com o aumento da capacidade gerencial de tomada de decises e
construo de conscincia coletiva e responsabilizao dos envolvidos (MATUS, 2000).
Nesse sentido, sugere-se que, inicialmente, esse planejamento contemple os problemas
elencados como os mais importantes para o grupo. J as prioridades de aes de interveno a
serem implementadas levam tambm em considerao seu impacto sobre o problema, a governabilidade
dos atores envolvidos, bem como suas capacidades e desejo de mudana.
Alguns passos para o planejamento das intervenes:
Elencar os principais problemas identificados pelos atores na autoavaliao;
Escolher os problemas prioritrios a serem enfrentados;
Refletir sobre as causas dos problemas escolhidos e selecionar os ns crticos;
Buscar estratgias de interveno para superao dos problemas prioritrios;
Traar o plano de ao com uso de uma matriz de interveno identificando responsveis e
prazos de execuo;
Avaliar a viabilidade do plano considerando atores envolvidos e suas competncias,
habilidades, vontades, entre outros;
Pactuar com os sujeitos as aes a serem implementadas;
Definir as estratgias de monitoramento e avaliao das aes a serem implantadas;
Vale ressaltar que, o ato de planejar e a dinmica da sua conduo no se cristalizam em um plano. Os atores envolvidos nesse processo devem estar permanentemente atentos s transformaes que ocorrem no contexto em que se do os esforos de mudana (sujeitos envolvidos, relaes de poder, situaes de sade, entre outros), pois muitas vezes isso implica em novas prioridades e negociaes.
4 A FERRAMENTA - AUTOAVALIAO PARA A MELHORIA DO
ACESSO E DA QUALIDADE NCLEOS DE APOIO SADE DA FAMLIA
(AMAQ-NASF)
A ferramenta AMAQ-NASF foi construda seguindo a lgica da AMAQ direcionada para as
equipes de ateno bsica e a partir de reviso e adaptao da AMAQ-NASF SC, ferramenta
autoavaliativa desenvolvida em 2012 pelo Ncleo de Telessade do estado de Santa Catarina (SANTA
CATARINA, 2012).
Em linhas gerais, a elaborao do instrumento foi norteada pelos princpios e diretrizes da
Ateno Bsica descritas na portaria 2.488/2011. Alm disso, foram consideradas tambm as diretrizes
especficas para o trabalho do NASF descritas em maior detalhamento no Caderno de Ateno Bsica
n 27 e no novo Caderno de Ateno Bsica para o NASF (este ltimo ainda encontra-se em fase de
publicao).
4.1 Organizao do instrumento de Autovaliao para a Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Ateno Bsica
Assim como no AMAQ-AB, os padres do AMAQ-NASF agrupam-se em duas unidades de
anlise gesto e equipes que considera as competncias dos atores nesses mbitos. O conjunto de
padres foi definido pela relao direta com as prticas e competncias dos envolvidos gesto,
coordenao de ateno bsica/NASF e equipes dos NASF e esto organizados em 3 (trs) dimenses
que se desdobram em 6 (seis) subdimenses e estas em padres que abrangem o esperado em termos
de qualidade para o NASF.
Procurou-se, no componente equipe, dar destaque s questes que so de considervel
autonomia desta. Porm, importante ressaltar que o componente gesto corresponsvel por parte
das condies e oportunidades que permitem o componente equipe acontecer.
Tabela 2 Estrutura do instrumento AMAQ NASF
Unidades de Anlise Dimenso
Subdime
nso
GESTO
Gesto
Municipal
A Implantao e implementao do NASF no
Municpio
Gesto da
AB/NASF
B Apoio organizao do trabalho do NASF
C Educao Permanente
D Monitoramento e Avaliao
EQUIPE NASF
Organizao do
processo de trabalho e
Ateno Integral Sade
E Organizao do Processo de Trabalho do NASF
F Ateno Integral Sade
Fonte: AMAQ NASF.
4.2 Padres de qualidade
Conceitualmente, a qualidade ser sempre uma construo social, produzida com base nas
referncias dos sujeitos envolvidos os quais atribuem significados s suas experincias, privilegiando ou
excluindo determinados aspectos segundo uma hierarquia de preferncias.
Assim, ser sempre um grande desafio buscar aproximao do conceito de qualidade em
relao ateno bsica, considerando a pluralidade de suas dimenses (poltica, econmica,
social, tecnolgica) e os sujeitos implicados a sua construo (indivduos, comunidades, grupos, gestores,
usurios e profissionais) (DONABEDIAN, 1985; ARCE, 1998).
Na AMAQ, qualidade em sade definida como o grau de atendimento a padres de
qualidade estabelecidos perante as normas, protocolos, princpios e diretrizes que organizam as aes
e prticas, assim como aos conhecimentos tcnicos e cientficos atuais, respeitando valores
culturalmente aceitos e considerando a competncia dos atores.
O padro a declarao da qualidade esperada. O seu sentido afirmativo ou positivo,
expressando expectativas e desejos a serem alcanados. Os padres de qualidade caracterizam-se pela
sua abrangncia, referindo-se a uma viso ampla do sistema e das aes em sade. Refletem o foco da
ateno bsica no usurio, induzindo a transparncia dos processos de gesto, a participao e
controle social e a responsabilidade sanitria dos profissionais e gestores de sade com a melhoria das
condies de sade e satisfao dos usurios.
Os padres possuem carter incremental em si mesmo, cuja avaliao da situao analisada se d
por meio de escala numrica. Esto organizados de modo a possibilitar a quantificao das respostas
autoavaliativas, viabilizando a constituio de classificaes gerais de qualidade.
A estrutura em que os padres de qualidade esto organizados obedece ao formato apresentado
na figura a seguir.
Figura 1 Estrutura de organizao dos padres de qualidade
Exemplo:
Tabela 3 Relao de subdimenses e atribuio de pontos
3.8
Os profissionais do NASF organizam sua agenda
contemplando sua atuao junto a todas as equipes vinculadas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Todos os profissionais do NASF garantem tempo de apoio a cada equipe vinculada, seja atravs de reunies
peridicas para discusso de casos individuais ou comunitrios, atendimentos, grupos ou outras atividades
possveis. A periodicidade destas aes depender da modalidade de NASF implantada e da carga horria semanal
de trabalho dos profissionais, mas dever acontecer, no mnimo, mensalmente.
Os padres de qualidade foram construdos considerando, ainda, as seguintes diretrizes:
I - Refletir os princpios e diretrizes da Poltica Nacional de Ateno Bsica;
II - Refletir os objetivos centrais e diretrizes do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Ateno Bsica;
III - Ser capaz de promover reflexes sobre as responsabilidades, tanto no que se refere forma
de organizao e prtica de trabalho dos atores envolvidos na gesto municipal e equipes
NASF, com vistas a promover o acesso com qualidade aos servios oferecidos;
IV - Estimular a efetiva mudana do modelo de ateno e o fortalecimento da orientao dos
servios em funo das necessidades e satisfao dos usurios.
importante destacar que o AMAQ no pretende esgotar todo o universo das prticas do NASF na
Ateno Bsica, entretanto, compe-se de um determinado conjunto de aes que so consideradas
estratgicas e potenciais indutoras de mudanas no cotidiano dos servios.
4.3 Classificao dos padres de qualidade
O mtodo de anlise adotado na AMAQ permite aos respondentes avaliar o grau de adequao
das suas prticas aos padres de qualidade apresentados. Para tanto, uma escala de pontuao,
variando entre 0 e 10 pontos, atribuda a cada padro. Essa escala classificada como do tipo no
comparativa, pois, nela, cada um avaliado por si s. Essas escalas apresentam as categorias de maneira
absoluta, entre as quais o respondente escolhe a que melhor represente sua atitude em relao
questo avaliada, permitindo, assim, a mensurao das opinies da maneira mais objetiva.
Considerando que o uso de terminologias comumente empregadas na construo de escalas
pode influenciar a percepo do respondente, optou-se pela no classificao da escala presente nos
padres (SANTOS, 2006). Nesse sentido, ao utilizar o instrumento, o respondente deve considerar que o
ponto 0 (zero) indica o no cumprimento ao padro, o ponto 10 a total adequao e os intervalos
entre 0 e 10 so graus de conformidade/atendimento da situao analisada em relao qualidade
desejada.
Muito insatisfatrio _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Muito satisfatrio
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A utilizao de escalas com muitas categorias indicada em instrumentos cujos sujeitos que faro
uso tenham algum grau de apropriao sobre os temas abordados. Outro aspecto que vale ressaltar,
sobre o uso dessas escalas, a possibilidade de se obter coeficientes de correlao mais fidedignos entre
os padres de qualidade, por ser esta uma escala de maior sensibilidade (MALHOTRA, 2002).
4.4 Classificao das dimenses e subdimenses
Ao final da avaliao, ser possvel conhecer a classificao do respondente para cada dimenso e
subdimenso a partir de 05 (cinco) categorias: muito insatisfatrio, insatisfatrio, regular, satisfatrio e
muito satisfatrio. Essa categorizao permite que as equipes identifiquem com maior facilidade, os
desafios ou problemas mais crticos, orientando a definio de prioridades para a melhoria do acesso e
qualidade.
Cada subdimenso representa um conjunto de pontos que variam de acordo com o nmero de
padres de qualidade, sendo a estes atribudos 10 pontos. As tabelas 2 e 3, a seguir, descrevem as
subdimenses do instrumento com seus respectivos nmeros de padres e a pontuao total
atribuda.
Tabela 4 Subdimenses por padres de qualidade
Subdimenso
N
Padres
Pontuao
Mnima Mxima
A Implantao e implementao do NASF no
Municpio
10
0
100
B Apoio organizao do trabalho do NASF 10 0 100
C Educao Permanente 2 0 20
D Monitoramento e Avaliao 4 0 40
E Organizao do Processo de Trabalho do NASF 23 0 230
F Ateno Integral Sade 30 0 300
Fonte: AMAQ NASF
A classificao da subdimenso quanto ao seu nvel de qualidade feita por meio do clculo dos
percentuais dos pontos conquistados em relao ao total de pontos possveis, associando o resultado
observado escala definida. A escala utilizada distribui, de maneira percentual, os pontos das
subdimenses em 5 categorias.
Exemplo:
Tabela 5 Percentual das subdimenses em categorias
Classificao
Muito
Insatisfatrio
Insatisfatrio
Regular
Satisfatrio
Muito
Satisfatrio
Pontos
0 a 19
20 a 39
40 a 59
60 a 79
80 a 100
Fonte: AMAQ - NASF.
Exemplo:
Tabela 6 Exemplo de classificao de subdimenso: Educao Permanente
A subdimenso de educao permanente possui 2 padres, totalizando 20 pontos possveis de serem alcanados.
Durante a autoavaliao o gestor da Ateno Bsica obtm resultado igual a
10 pontos, o que representa 50% classificando o desempenho como regular na subdimenso analisada.
Classificao da Subdimenso Educao Permanente
Subdimenso C: Educao Permanente 20 pontos
N padres 2.11
2.12
Soma total
Resultados obtidos 5 5 10
Classificao Muito
Insatisfatrio
Insatisfatrio
Regular
Satisfatrio Muito
Satisfatrio
Pontos
0 a 3
4 a 7
8 a 11
12 a 15
16 a 20
Fonte: AMAQ NASF.
A classificao da dimenso consiste na mdia das avaliaes de suas subdimenses resultando
em pontuao que varia entre 1 e 5. A mdia dos pontos obtidos a partir da classificao das
subdimenses que compe uma dimenso resulta em um valor que ser aplicado em escala
categrica.
Exemplo: Tabela 7 Exemplo de classificao de subdimenso: Gesto da Ateno Bsica/NASF
Classificao da Dimenso Gesto da Ateno Bsica/NASF
Subdimenses
Muito
Insatisfatrio
Insatisfatrio
Regular
Satisfatrio Muito
Satisfatrio
1 pt 2 pt 3 pt 4 pt 5 pt
B Apoio
organizao do
trabalho do NASF
X
C Educao
Permanente
X
D Monitoramento
e Avaliao
X
Soma dos pontos =
Mdia dos pontos (soma dos pontos/ 3)
Classificao Muito
Insatisfatrio
Insatisfatrio
Regular
Satisfatrio Muito
Satisfatrio
Pontos
1
2
3
4
5
Mdia dos pontos (soma dos pontos/3) = [2+3+4]/[3] = 9/3 = 3
Fonte: AMAQ NASF.
Cumpre destacar que, o mtodo apresentado no induz juzo de valor entre as subdimenses,
pois, no momento de classificar a dimenso usamos uma mdia ponderada das subdimenses. Ressalta-
se, ainda, que esse mtodo de classificao no coincidir com aquele que ser empregado na fase de
Avaliao Externa do PMAQ.
4.5 Instrues para preenchimento do instrumento AMAQ-NASF:
4.5.1 Instrues Gerais:
O(s) responsvel(is) pelo preenchimento de cada dimenso deve(m) responder todos os
padres do instrumento.
O respondente deve considerar que na escala de 0 a 10 pontos, o ponto 0 (zero) indica no
cumprimento do padro (muito insatisfatrio), o ponto 10 a total adequao (muito
satisfatrio) e os intervalos entre 0 e 10 so o grau de conformidade/atendimento da situao
analisada em relao qualidade desejada (graus intermedirios).
Os padres integralmente no atendidos devem ser preenchidos, portanto, recebendo pontuao
0.
A partir do diagnstico obtido atravs do preenchimento do instrumento, deve ser realizada a
priorizao dos padres para os quais sero programadas aes visando superao dos
problemas identificados. Sugere-se o uso da Matriz de Interveno, iniciando-se com os padres
com baixas pontuaes e maiores condies ou possibilidades de serem alvos de interveno
(BRASIL, 2011b, p. 17-18).
4.5.2 Instrues Especficas para cada Dimenso
Dimenso Gesto Municipal o preenchimento desta dimenso deve ser realizado pelo secretrio
municipal de sade.
Dimenso Gesto da AB/NASF a depender de cada realidade, o preenchimento desta dimenso deve
ser realizado pelo coordenador de Ateno Bsica/NASF municipal ou servidor designado
especificamente para coordenar o NASF no municpio ou, ainda, por colegiado de coordenao do NASF
formado por diferentes atores envolvidos com a AB.
Dimenso Organizao do processo de trabalho e Ateno Integral Sade o preenchimento desta
dimenso deve ser realizado por todos os profissionais que integram a equipe NASF, oportunizando a
todos essa discusso sobre o processo de trabalho. Se necessrio, possvel incluir o gestor/coordenador
de cada uma das UBS vinculadas, bem como representantes das equipes de AB apoiadas.
DIMENSO: GESTO MUNICIPAL
A SUBDIMENSO: IMPLANTAO E IMPLEMENTAO DO NASF NO MUNICPIO
A implantao e a implementao do NASF como forma de aumentar a resolutividade da ateno bsica no municpio so fundamentais para a consolidao e o aprimoramento do SUS. Essa subdimenso objetiva avaliar as condies existentes no municpio para implantao e implementao do NASF efetivamente como equipe de apoio s equipes Sade da Famlia e/ou equipes de Ateno Bsica para populaes especficas.
1.1
A gesto municipal de sade garante o dimensionamento adequado das equipes NASF para as equipes de AB.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
O nmero de equipes de AB vinculadas ao NASF est de acordo com a modalidade de NASF implantado, conforme a legislao vigente. A vinculao a um menor nmero de equipes contribui para a qualificao do cuidado na Ateno Bsica, avanando para um apoio mais efetivo na medida em que possibilita aos profissionais do NASF estarem mais presentes no cotidiano de cada equipe, com maior insero e proximidade com o territrio adscrito e com o processo de trabalho desenvolvido pelas equipes vinculadas.
1.2
A gesto municipal considera as necessidades de sade e a realidade locorregional do territrio de abrangncia do NASF em sua implantao e implementao.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Para a definio da estruturao do NASF incluindo rea de abrangncia, composio e nmero de equipes de AB , a gesto municipal considera as necessidades de sade de sua rea de abrangncia. Para isso, realiza anlise de informaes de fontes diversas (tais como sistemas de informao, estudo de demanda, escuta direta s equipes da AB, disponibilidade de servios e profissionais na rede do territrio, dentre outras) na implantao do NASF e sempre que necessria sua readequao. Desta forma, a gesto busca informaes sobre situaes mais difceis e/ou mais frequentes no territrio, identificando reas que necessitam de maior suporte do NASF. A gesto municipal envolve o controle social (conselhos locais e/ou municipais de sade) neste processo.
1.3
A gesto municipal de sade garante que os
profissionais do NASF desenvolvam suas aes em horrio de trabalho coincidente com o das equipes de AB.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A fim de possibilitar o trabalho integrado e compartilhado na AB, a gesto municipal contempla mecanismos que garantam que todos os profissionais do NASF cumpram a sua carga horria semanal de trabalho na AB, em horrios coincidentes com as equipes apoiadas e de acordo com a modalidade em que o NASF est inserido e a legislao vigente.
1.4
A gesto municipal garante condies para o deslocamento dos profissionais do NASF entre as UBS adscritas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto municipal garante integralmente condies para o deslocamento dos profissionais do NASF entre as UBS adscritas atravs de transporte oficial, ajuda de custo ou vale transporte. Alm disso, considera o tempo para deslocamento entre Unidades no mesmo dia de trabalho como parte da carga horria diria de servio do profissional.
1.5
A gesto municipal disponibiliza informaes sobre NASF populao, aos profissionais da AB e aos demais pontos de ateno da rede de sade.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Buscando fortalecer o NASF na AB, a gesto lana mo de diferentes estratgias para disponibilizar informaes sobre as diretrizes estabelecidas, processo de trabalho e servios ofertados pelo NASF para usurios e profissionais deste e dos demais pontos de ateno.
1.6
A gesto municipal garante estrutura fsica, equipamentos e materiais adequados para o desenvolvimento das aes dos profissionais do NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto garante estrutura fsica no espao das prprias UBS, equipamentos e materiais adequados para o desenvolvimento das atividades dos diferentes profissionais que compem o NASF, como para realizao de atendimentos individuais e coletivos, visitas domiciliares, atividades educativas com a populao, atividades de Educao Permanente, dentre outras.
1.7
Os critrios da SMS para seleo e contratao dos profissionais do NASF valorizam a experincia na AB e/ou a formao prvia na rea.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os critrios para seleo dos profissionais do NASF valorizam a experincia na AB e/ou a formao em nvel de ps-graduao na rea (Sade da Famlia, Sade Pblica ou Sade Coletiva e reas afins), especialmente a modalidade Residncia em reas relacionadas Ateno Bsica em Sade.
1.8 A gesto municipal oferece condies seguras de trabalho aos profissionais do NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto oferece aos profissionais do NASF condies seguras de trabalho por meio de aes de vigilncia de ambientes e processos de trabalho identificando as situaes de riscos e o perfil epidemiolgico das reas em que atuam e da disponibilizao de equipamentos de proteo individual aos profissionais do NASF.
1.9 A gesto municipal garante que a gesto do NASF seja realizada no mbito da coordenao de Ateno Bsica.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto do NASF de responsabilidade da coordenao de AB e deve ser realizada no mbito desta. Pode ser realizada pelo prprio coordenador de AB, por coordenador especfico, por referncia tcnica centralizada ou descentralizada, por gerente de UBS no caso de um NASF cujas equipes apoiadas encontram-se todas numa mesma UBS, ou ainda atravs de colegiado composto por diferentes atores envolvidos com a AB por exemplo, formado por trabalhadores do NASF, das equipes de AB e da gesto municipal. A importncia desta funo garantir o bom desenvolvimento do trabalho dos profissionais, os recursos, estrutura fsica e as informaes/comunicao necessrias ao trabalho das equipes.
1.10 A gesto municipal apoia o desenvolvimento da gesto por resultados pela equipe NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto municipal compreende e respalda a anlise da atuao do NASF por meio de um processo de gesto com foco no alcance de resultados integrados ao planejamento em sade realizado. Para isso, considera que os resultados no esto associados apenas produtividade sob a tica da dimenso assistencial do apoio matricial (por exemplo: nmero de casos atendidos), mas tambm a outros parmetros relacionados qualidade das aes prestadas (tais como melhora da resolubilidade das equipes vinculadas ao NASF).
DIMENSO: GESTO DA ATENO BSICA/NASF
B SUBDIMENSO: APOIO ORGANIZAO DO TRABALHO DO NASF
O apoio organizao do trabalho do NASF pela gesto/coordenao da AB/NASF reconhece a complexidade do trabalho e parte dos problemas concretos, desafios e tenses do cotidiano utilizando-os como matria-prima para o seu trabalho, e sempre que necessrio busca facilitar a converso de situaes paralisantes em situaes produtivas. Esta subdimenso objetiva avaliar a forma de conduo da equipe NASF pela gesto de AB/NASF, que deve ser construda atravs de mecanismos e garantia de espaos de cogesto na Ateno Bsica. Alm disto, busca avaliar a contribuio da gesto na garantia da organizao do processo de trabalho dos profissionais e sua integrao com as equipes vinculadas.
2.1
A coordenao de AB/NASF garante o NASF um perodo semanal ou quinzenal destinado avaliao, acompanhamento, planejamento e programao de aes.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Entende-se como a garantia de no mnimo 2h por semana ou quinzena que devem ser utilizadas, principalmente, para planejamento e programao de aes em equipe NASF. Nestes momentos, possvel realizar anlise da situao de sade do territrio considerando-se as necessidades das equipes vinculadas, definio de cronograma de aes dos profissionais, desenvolvimento de pesquisas e materiais para atividades com a populao e de Educao Permanente voltada aos profissionais das equipes.
2.2 A coordenao de AB/NASF rene-se periodicamente com todos os integrantes da(s) equipe(s) NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
H garantia da realizao de, no mnimo, uma reunio por ms entre coordenao de AB/NASF e todos os profissionais que integram a(s) equipe(s) NASF, com agenda e pauta programadas em comum acordo entre ambas as partes. Pode ser utilizado o espao semanal garantido para planejamento e programao de aes do NASF para a realizao desta reunio, mantendo-se uma relao democrtica, cooperativa e aberta ao dilogo a fim de potencializar a construo de modos mais autnomos e compartilhados de trabalho. A coordenao de AB/NASF deve desempenhar, junto s equipes, as funes de planejamento, apoio e monitoramento, incluindo a mediao de conflitos.
2.3
A coordenao de AB/NASF garante que a construo da agenda de atividades entre profissionais do NASF e das equipes vinculadas seja realizada de forma planejada, dialogada e colaborativa.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao de AB/NASF compreende e garante que a agenda de atividades comuns entre os profissionais do NASF e as equipes vinculadas seja realizada de forma planejada, dialogada e colaborativa, buscando superar a lgica de construo de agendas por meio de encaminhamentos. Alm disto, colabora para que situaes e casos urgentes ou imprevistos tambm sejam contemplados, no tempo adequado atravs de organizao de fluxos de comunicao.
2.4
A coordenao de AB/NASF auxilia nas pactuaes necessrias entre as equipes de AB e os profissionais do NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao de AB/NASF define estratgias para a realizao de pactuaes entre equipes da AB e profissionais do NASF e outras que se fizerem necessrias ao longo do trabalho integrado entre essas equipes, envolvendo critrios e fluxos norteadores, situaes prioritrias e formas de efetuar o apoio. Tais definies podem englobar aspectos gerais do processo de trabalho do NASF e especficos por categoria profissional que dele fazem parte, conforme a realidade de cada local. A coordenao promove, portanto, espaos de discusso e construo conjuntas, fomentando o comprometimento de todos os envolvidos com as pactuaes realizadas.
2.5 A coordenao de AB/NASF garante condies apropriadas para o desenvolvimento das aes dos profissionais do NASF nas Unidades.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao de AB/NASF garante condies para a realizao de encontros peridicos e regulares com as equipes adscritas, assim como espao fsico para o desenvolvimento de aes especficas do profissional do NASF (intervenes diretas com indivduos, famlias ou grupos) na UBS. A coordenao de AB/NASF pode, inclusive, pactuar com os coordenadores/gestores locais de cada UBS vinculada ao NASF, quando houver.
2.6 A coordenao de AB/NASF garante mecanismos para que a equipe NASF atenda situaes urgentes ou imprevistas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Estes mecanismos podem incluir solicitaes de atendimento dos casos, no tempo adequado, lista de e-mails, interconsultas breves por internet/programas de mensagens, telefone, segunda opinio formativa ou outras.
2.7
A coordenao de AB/NASF disponibiliza aos profissionais do NASF informaes de sade da rea de abrangncia sob sua responsabilidade e sobre a Rede de Ateno Sade.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao disponibiliza informaes, tais como: bancos de dados e consolidados de informaes por equipe de SF e/ou equipe de AB ou informaes levantadas na elaborao do projeto de implantao do NASF no municpio realizada pela gesto municipal, assim como informaes sobre a Rede de Ateno Sade, programas e fluxos assistenciais, visando subsidiar a organizao do processo de trabalho da equipe NASF e a integrao entre os diversos pontos de ateno.
2.8 A coordenao de AB/NASF disponibiliza documentos tcnicos contendo os princpios e diretrizes sobre o processo de trabalho do NASF para os profissionais.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao disponibiliza documento(s) que contenha os princpios e diretrizes da AB e do NASF. Tal documento acessvel a todos os profissionais da Ateno Bsica e de outros pontos de ateno, subsidiando a organizao do processo de trabalho do NASF e sua articulao com as EAB.
2.9 A coordenao de AB/NASF dispe de estratgias que estimulam a troca de experincias.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao disponibiliza mecanismos presenciais e/ou virtuais, como as comunidades de prticas, Telessade, grupos de discusso, stio virtual interativo ou rede social colaborativa, seminrios, mostras, oficinas, entre outros, a fim de promover o compartilhamento de experincias e a troca de conhecimentos. Tais dispositivos favorecem a cooperao horizontal entre profissionais do mesmo municpio e de outros.
2.10
A coordenao de AB/NASF faz articulaes de forma a propiciar que o NASF e seu processo de trabalho possibilitem espaos de formao e aprendizagem.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Compreendendo a importncia da formao direcionada ao SUS, especialmente para o trabalho na Ateno Bsica, a gesto municipal estabelece parcerias interinstitucionais possibilitando que os profissionais do NASF contribuam com a formao de novos profissionais de sade atravs de orientao, superviso, tutoria ou preceptoria de estudantes de graduao e/ou ps-graduao. So exemplos: os alunos do PET-Sade, dos cursos tcnicos, da graduao, dos estgios de vivncia, das especializaes, de residncias multiprofissionais, etc.
C SUBDIMENSO EDUCAO PERMANENTE
A educao permanente tem a finalidade de colocar em anlise tanto as prticas dos profissionais quanto a organizao do trabalho com o intuito de promover transformao. Baseia-se em um processo pedaggico que contemple desde a aquisio/atualizao de conhecimentos e habilidades at o aprendizado que parte dos problemas e desafios enfrentados no processo de trabalho, envolvendo prticas que possam ser definidas por mltiplos fatores (conhecimento, valores, relaes de poder, planejamento e organizao do trabalho etc.) e que considerem, nas ofertas educacionais, elementos que faam sentido para os atores envolvidos (aprendizagem significativa). Considerando-a como um processo construdo a partir do olhar sobre as questes presentes no cotidiano das equipes de sade, esta subdimenso objetiva avaliar as aes realizadas pela coordenao de AB/NASF no tocante educao permanente. Algumas das aes descritas nos padres desta subdimenso podem ser realizadas, tambm, por apoiadores institucionais designados para a mediao da gesto e da conduo do NASF no municpio, a depender da organizao local.
2.11 A coordenao de AB/NASF desenvolve processos de educao permanente junto ao NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao desenvolve processos permanentes de educao junto aos profissionais do NASF, a partir de situaes problemas do cotidiano de trabalho, para o aprimoramento de competncias e habilidades necessrias ao trabalho na AB. Esses processos acontecem desde o momento inicial de insero destes profissionais no territrio, valorizando os saberes de cada ocupao e do conjunto da equipe, ou seja, no ncleo e campo de atuao dos mesmos.
2.12
As estratgias de educao permanente so construdas baseadas em temas e necessidades definidas com os profissionais do NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os processos de educao so estruturados de modo a identificar e contemplar as necessidades de aprendizado das equipes e os desafios qualificao do processo de trabalho. As ofertas de educao permanente tm sintonia com o momento e contexto das equipes, de modo que faam mais sentido e tenham, por isso, maior valor de uso e efetividade. Essa ao compreendida como contnua, no se restringindo a levantamentos pontuais sobre as necessidades de formao.
D - SUBDIMENSO: MONITORAMENTO E AVALIAO
A incorporao do monitoramento e avaliao (M&A) constitui aspecto fundamental para subsidiar a melhoria das polticas implementadas. Compreende-se como monitoramento um conjunto de aes de levantamento e anlise de informaes de natureza interna, permanente e rotineira. J a avaliao um julgamento de valor, um ato de formar opinio sobre o objeto analisado, constituindo-se em um processo pontual de anlise crtica dos resultados. Nesta subdimenso, objetiva-se avaliar se as aes de monitoramento e avaliao tem carter formativo, de reorientao de polticas e prticas, em uma abordagem de informao para a ao, incorporando-se ao conjunto de atividades dos gestores e das equipes de sade.
2.13 A coordenao de AB/NASF adota estratgias que fortalecem a alimentao e uso dos sistemas de informaes.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto garante a disponibilidade das fichas necessrias para o registro das informaes do NASF (e- SUS ou qualquer outro sistema local de informao que dialogue com o sistema nacional). Promove aperfeioamento dos profissionais para o correto registro das informaes, seja por meio de registro manual ou eletrnico. Verifica a consistncia dos dados e os envia de forma peridica s bases nacionais. Utiliza as informaes para interpretar necessidades de sade dos usurios e toma decises que visam o aprimoramento dos servios com base nessas informaes.
2.14 A gesto de ateno bsica promove a discusso de resultados e estimula o uso da informao pelas equipes do NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A gesto municipal debate e decide junto com os profissionais das equipes as informaes/indicadores de sade a serem acompanhados, considerando as necessidades do territrio, bem como as pactuaes realizadas em mbito regional/estadual e/ou federal (COAP, PMAQ, PSE, entre outros). Realiza discusses peridicas dos resultados, estimulando a reflexo sobre o fazer cotidiano e possveis estratgias de interveno. Promove cursos/oficinas sobre anlise de informaes epidemiolgicas para os profissionais.
2.15 A coordenao de AB/NASF monitora e avalia as aes e prticas desenvolvidas pelo NASF.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao monitora e avalia as aes e prticas dos profissionais do NASF considerando o cumprimento de pactuaes estabelecidas no mbito municipal no tocante s dimenses do apoio matricial (clnico-assistencial e tcnico-pedaggica). Nesse processo, a coordenao considera que o processo de trabalho do NASF dinmico e que sua lgica de atuao difere daquela centrada apenas na produo de consultas.
2.16
A coordenao de AB/NASF avalia o impacto das aes do NASF sobre o processo de trabalho das equipes por ele apoiadas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
H avaliao do impacto das aes desenvolvidas pelo NASF sobre o processo de trabalho das equipes vinculadas, utilizando-se da elaborao de critrios e indicadores especficos. Como exemplo, pode ser avaliado se h mudana na demanda por exames e encaminhamentos das equipes a partir das aes de apoio do NASF. A avaliao ocorre no mnimo anualmente.
DIMENSO: ORGANIZAO DO PROCESSO DE TRABALHO E ATENO
INTEGRAL SADE
E - SUBDIMENSO: ORGANIZAO DO PROCESSO DE TRABALHO DO NASF
A organizao do processo de trabalho do NASF est pautada nos princpios da AB e estruturada a partir das aes de apoio matricial s EAB, fundamentando-se essencialmente na interdisciplinaridade e na integralidade da ateno, considerando as especificidades do territrio de atuao. Nesta subdimenso, objetiva-se avaliar as condies para organizao do processo de trabalho da equipe do NASF, que deve estar centrada na lgica da integrao entre diversos saberes, vises e prticas sobre o processo de sade e adoecimento, atravs do desenvolvimento de aes especficas e compartilhadas com as equipes vinculadas e promovendo interao e corresponsabilizao entre profissionais e usurios envolvidos. Sero considerados os processos de planejamento na Ateno Bsica, as aes de educao, de vigilncia e assistncia sade no territrio, o que inclui as atividades na prpria UBS.
3.1
A coordenao de AB/NASF estabelece mecanismos para facilitar a comunicao entre profissionais do NASF e equipes vinculadas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A coordenao de AB/NASF define que cada profissional do NASF disponibilize seu cronograma mensal de atividades nas UBS - oferecendo informaes claras sobre dias e horrios em que o profissional do NASF estar presencialmente na unidade e/ou onde poder ser encontrado quando necessrio. Em contrapartida, define que o responsvel por cada UBS tambm comunique ao NASF as mudanas nas aes agendadas na UBS, permitindo que a agenda destes profissionais possa ser remanejada.
3.2 Os profissionais do NASF possuem formao complementar que os qualifica para o trabalho na AB.
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Os profissionais do NASF tm formao qualificada para atuarem na AB. Tais qualificaes contribuem para que desenvolvam aes de sade mais resolutivas no territrio, promovendo melhor desempenho tcnico e profissional, novas competncias, bem como melhoria nos processos de trabalho, planejamentos e intervenes da equipe. So exemplos de formao complementar: Residncia Multiprofissional ou Especializao em Sade da Famlia, Sade Coletiva, Curso de atualizao/aperfeioamento com temas referentes ateno bsica, entre outros.
3.3 Os profissionais do NASF tm clareza sobre a estruturao de seu processo de trabalho.
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Os profissionais do NASF compreendem com clareza a forma de organizao preconizada para seu processo de trabalho na AB, que deve estar pautado no apoio matricial s equipes de SF e/ou equipes de AB, envolvendo aes de suporte assistencial e tcnico-pedaggico. O apoio matricial entendido por todos como uma estratgia de organizao do cuidado em sade e dos servios a partir da integrao de equipes envolvidas na ateno s situaes/problemas comuns de sade da populao num certo servio, com outros profissionais e equipes mais especficas.
3.4 Os profissionais do NASF utilizam diferentes ferramentas na prtica do apoio matricial.
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Os profissionais do NASF tm conhecimento e utilizam as diversas ferramentas para a prtica do
apoio, tais como Projeto Teraputico Singular, Projeto de Sade no Territrio, grupos operativos, teraputicos ou de educao em sade, genograma, ecomapa, georeferenciamento, dentre outras.
3.5 Os profissionais do NASF dedicam um perodo da semana ou quinzena para reunio de equipe NASF.
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O NASF dedica um perodo da semana ou quinzena para reunio com todos os seus membros. Esta reunio utilizada para planejar, programar e avaliar aes, fluxos e modo de organizar seu processo de trabalho, alm de utilizar o espao para discusso de casos e como momento de Educao Permanente da prpria equipe, versando sobre temas de interesse comum.
3.6 As aes desenvolvidas pelo NASF so discutidas e acordadas com os profissionais das equipes vinculadas.
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Considerando que a atuao do NASF se fundamenta no apoio matricial s equipes vinculadas, as aes desenvolvidas por estes profissionais so discutidas com as equipes de AB, produzindo a corresponsabilidade pelo cuidado e evitando-se que a equipe apoiada se desresponsabilize pelo usurio, famlia ou comunidade em questo e buscando responder as necessidades ou lacunas das equipes apoiadas.
3.7 As agendas e aes dos profissionais do NASF so integradas e/ou complementares.
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Os cronogramas de atividades de cada profissional do NASF so discutidos conjuntamente, de modo a favorecer a integrao entre eles, permitindo, quando necessrio, a realizao de aes conjuntas e/ou complementares entre a equipe NASF tanto na ateno direta ao usurio quanto em outras aes de apoio s equipes vinculadas. Essa articulao pode promover a configurao do NASF enquanto equipe de apoio e no apenas como diferentes profissionais isolados em seus ncleos disciplinares que atuam sob a lgica de apoio matricial. Isso no significa que os profissionais do NASF tenham que atuar todos juntos e ao mesmo tempo sempre.
3.8
Os profissionais do NASF organizam sua agenda contemplando sua atuao junto a todas as equipes vinculadas.
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Todos os profissionais do NASF garantem tempo de apoio a cada equipe vinculada, seja atravs de reunies peridicas para discusso de casos individuais ou comunitrios, atendimentos, grupos ou outras atividades possveis. A periodicidade destas aes depender da modalidade de NASF implantada e da carga horria semanal de trabalho dos profissionais, mas dever acontecer, no mnimo, mensalmente.
3.9
Os profissionais do NASF possuem cronograma de atividades que contemplem as necessidades do territrio, da equipe de sade e dos usurios.
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Os profissionais do NASF possuem cronograma de atividades que considere as demandas dos diferentes pblicos-alvo das aes do NASF, a saber: as equipes de AB e os usurios, considerando as especificidades dos territrios e seus recursos. Dessa forma, o NASF mantm, em seu cronograma, um equilbrio dinmico entre momentos de atividades com as equipes vinculadas, turnos para ateno direta aos usurios e perodos para planejamento, programao, registro e anlise das aes realizadas.
3.10
Os profissionais do NASF tm conhecimento e participam de discusses sobre o processo de trabalho e a forma de organizao da(s) UBS(s).
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Os profissionais do NASF conhecem e contribuem para a qualificao do processo de trabalho da(s) UBS(s) fluxos de atendimento, avaliao de risco e vulnerabilidade, marcao de consultas para equipes de SF e/ou equipes de AB para populao especfica, marcao de consultas e exames especializados, grupos realizados, reunies de equipe realizadas, aes intersetoriais institudas, rotina de enfermagem, fluxos estabelecidos por programas estratgicos, dentre outros.
3.11
O NASF realiza apoio ao planejamento, anlise e gesto do processo de trabalho das equipes de ateno bsica/sade da famlia vinculadas.
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O apoio anlise e organizao dos processos de trabalho das equipes vinculadas permite que o NASF colabore na identificao de problemas, desconfortos e conflitos existentes no cotidiano dos servios. Alm disso, auxilia na anlise das prticas desenvolvidas e nas relaes entre profissionais. Possuem como objetivo colaborar na superao das dificuldades e na construo e utilizao de ferramentas e tecnologias para realizao/experimentao de novas prticas de sade. So exemplos de atividades de apoio ao planejamento, anlise e gesto dos processos de trabalho: escuta acolhedora aos problemas trazidos pelos profissionais das equipes vinculadas, discusso de organizao e construo de agendas de trabalho, auxlio anlise do funcionamento da unidade, facilitao e suporte aos processos de planejamento das atividades a serem desenvolvidas, ajuda e colaborao nas reunies de equipe, suporte implementao de novos servios na UBS (tais como acolhimento), entre outros.
3.12
Os profissionais do NASF oferecem apoio s equipes vinculadas no atendimento s situaes urgentes ou imprevistas.
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O NASF no restringe sua atuao apenas aos casos previamente agendados e/ou discutidos, mas tambm atende situaes urgentes ou imprevistas, quando necessrio. Isto inclui atender os casos no tempo adequado conforme as solicitaes e fluxos estabelecidos entre profissionais ou, na impossibilidade do contato presencial, responder e-mails, realizar interconsultas breves por internet/programas de mensagens, telefone, etc. Essa flexibilidade de agenda e disponibilidade para contato importante para garantir ateno a questes que no foram pactuadas previamente, com a finalidade de no burocratizar demais a agenda do NASF.
3.13
Os profissionais do NASF conhecem a rede de ateno servios diversos, instituies e aparelhos sociais que pode ser acionada para parcerias intra e intersetoriais.
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Os profissionais do NASF conhecem a rede de ateno a qual pode referenciar os casos que necessitam de diferentes aportes tecnolgicos ou sociais buscando maior resolubilidade, considerando as pactuaes com as EAB no sentido de garantir a continuidade do cuidado. Tal articulao pode ocorrer, por exemplo, atravs dos Centros de Ateno Psicossocial (CAPS), Centros de Referncia de Assistncia Social (CRAS), escolas, hospitais, redes sociais e comunitrias (como associaes de moradores).
3.14 Os profissionais do NASF registram as aes realizadas em instrumentos comuns s EAB.
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Os profissionais do NASF utilizam os instrumentos disponveis para registro do acompanhamento longitudinal dos usurios e famlias na AB, tais como pronturios e sistemas de informao vigentes.
3.15 Os profissionais do NASF monitoram as solicitaes de apoio recebidas das EAB.
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Os profissionais do NASF registram e monitoram a demanda pelas diferentes formas de apoio (atendimentos individuais especficos, atendimentos coletivos especficos, atendimentos coletivos em conjunto com as EAB, consultas conjuntas, discusso de casos, discusso de temas, articulao intersetorial, visitas domiciliares, construo de PTS, dentre outras demandas), identificando assim as demandas mais frequentes e monitorando-as. Essas informaes so utilizadas como subsdio para o planejamento e programao de aes de cada profissional e da equipe NASF como um todo, buscando qualificar o apoio oferecido.
3.16
O NASF realiza anlise dinmica e peridica de seus territrios adscritos em conjunto com as equipes vinculadas.
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Os profissionais do NASF realizam anlise dos territrios com todas as equipes vinculadas ao menos anualmente, conhecendo em ato a realidade das populaes pelas quais so corresponsveis, dando nfase s suas caractersticas socioeconmicas, psicossociais, demogrficas e epidemiolgicas. Desta forma, ampliam suas possibilidades de atuao, reconhecendo riscos coletivos e fomentando redes sociais.
3.17
O NASF contribui para a elaborao e atualizao do diagnstico da situao de sade do territrio de cada EAB vinculada.
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Os profissionais do NASF incentivam a utilizao de dados de sistemas oficiais de informao e outros levantados a partir da territorializao e de sua prtica com as equipes, auxiliando na identificao de problemas de sade mais comuns e de situaes de risco s quais a populao est exposta, bem como de potencialidades existentes nos territrios.
3.18 O NASF planeja e programa aes para a rea de abrangncia sob sua responsabilidade sanitria abordando riscos e agravos individuais e coletivos.
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O NASF, a partir da anlise das informaes sobre o territrio, da identificao dos riscos e agravos individuais e coletivos e das necessidades da populao, planeja e programa aes (clinico- assistenciais e/ou tcnico-pedaggicas) priorizando situaes de maior risco, e de forma conjunta ou combinada com as equipes apoiadas, podendo desenvolver aes intersetoriais e/ou Projetos de Sade no Territrio.
3.19 Os profissionais do NASF desenvolvem aes no mbito do Programa Academia da Sade.
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O NASF considera os polos do programa Academia da Sade (ou similares) existentes no territrio das UBS como espaos que ampliam a capacidade de interveno coletiva para aes de promoo da sade e que fortalecem o protagonismo de grupos sociais em condies de vulnerabilidade na superao de sua condio e, por isso, desenvolve aes nesse mbito periodicamente.
3.20 O NASF participa do planejamento em sade de cada UBS vinculada.
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A insero dos profissionais do NASF no processo de planejamento local da(s) UBS(s) possibilita integrao e articulao mais efetiva com o processo de trabalho das equipes, alm de potencialmente promover a ampliao do olhar a partir das diversas perspectivas dos diferentes profissionais que compem o NASF. Para isso, pelo menos um profissional do NASF participa do planejamento local de cada UBS vinculada, sempre que o mesmo for construdo e reavaliado. Este profissional tambm compartilha com os demais membros da equipe do NASF o relato de sua participao e os encaminhamentos acordados.
3.21
Os profissionais do NASF elaboram, implantam e avaliam Projeto Teraputico Singular na Ateno
Bsica, em conjunto com as EAB.
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O NASF e as equipes vinculadas elaboram, implantam e avaliam Projetos Teraputicos Singulares individuais ou familiares, por meio de discusses de casos selecionados com as equipes apoiadas. realizado o acompanhamento das propostas e anlise dos resultados da interveno. O projeto reavaliado periodicamente e conjuntamente por ambos os segmentos (equipe de referncia e NASF) para a construo de novos acordos a fim de avanar para a qualificao do cuidado.
3.22 Os profissionais do NASF oferecem apoio s equipes vinculadas para o trabalho com grupos.
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Os profissionais do NASF oferecem apoio no planejamento, programao e/ou execuo de grupos (preveno, promoo e tratamento) desenvolvidos na UBS ou em espaos comunitrios diversificados. O apoio ocorre sempre que demandado pelas equipes ou a partir da identificao da necessidade de qualificao dos grupos j realizados (em que o saber especfico de algum profissional do NASF possa servir como um instrumento para melhoria do cuidado).
3.23
Os profissionais do NASF oferecem apoio s equipes vinculadas para a realizao de aes de educao em sade.
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Os profissionais do NASF oferecem apoio no planejamento, programao e/ou execuo de aes de educao em sade com abordagem problematizadora, utilizando o referencial da Educao Popular em Sade. Atravs destas aes, busca-se promover a discusso sobre sade, seus condicionantes e modos de cuidado/interveno, a partir da realidade vivenciada cotidianamente pela populao adscrita, por meio do estabelecimento de relaes dialgicas na Ateno Bsica, construindo solues conjuntas para o enfrentamento de problemas que afetam a vida da comunidade.
F - SUBDIMENSO: ATENO INTEGRAL SADE
Em situaes que exijam ateno do ncleo de saber de um profissional do NASF, pode ser programada uma srie de intervenes especficas deste profissional, individuais ou coletivas, a partir de pactuao prvia e mantendo-se contato com a EAB por meio de discusso de casos, da construo de Projetos Teraputicos ou da definio de fluxos para a troca de informaes. A ateno integral sade envolve, assim, o acolhimento, tanto da demanda programada, quanto da espontnea, em todas as fases do desenvolvimento humano (infncia, adolescncia, adultos e idosos), por meio de aes de promoo sade, preveno de agravos, vigilncia sade, tratamento e reabilitao. Esta subdimenso objetiva avaliar tais aes, inclusive a resposta s demandas oriundas de outros nveis de ateno e setores da sociedade. Desta forma, evita-se que a equipe vinculada se descomprometa com o usurio, famlia ou comunidade em questo, procurando redefinir um padro de seguimento complementar e compatvel ao cuidado oferecido diretamente pelo profissional do NASF.
3.24 Todos os profissionais do NASF realizam visitas domiciliares, sempre que necessrio.
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A visita domiciliar um importante instrumento para produo de cuidados. Possibilita conhecer melhor a comunidade e os riscos associados conformao do territrio, fortalecer o vnculo e qualificar o acesso sade de pacientes acamados/com dificuldades de locomoo. Cumpre ainda outras funes importantes como: identificar os moradores por faixa etria, sexo, raa, condio de sade e situao de risco e vulnerabilidade; conhecer as condies de moradia e trabalho, do entorno, hbitos, crenas e costumes; identificar situaes de risco que demandem atendimento domiciliar ou atendimento com encaminhamento oportuno UBS; estimular a reflexo sobre hbitos prejudiciais sade, orientando sobre medidas de preveno de doenas e promoo sade; informar sobre o funcionamento da UBS e as atividades oferecidas; orientar e acompanhar a populao quanto ao uso correto de medicamentos e atividades de autocuidado; registrar adequadamente os dados relevantes para os sistemas de informao no mbito da AB. Para o NASF as visitas devero ser realizadas de forma programada e planejada a partir dos critrios de risco e vulnerabilidade e negociada com as equipes vinculadas, na perspectiva de complementar as prticas de cuidado.
3.25
Os profissionais do NASF realizam atendimentos individuais aos usurios de forma compartilhada com as equipes apoiadas, quando pertinente e necessrio.
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Os profissionais do NASF dispem de momentos de atendimentos individuais compartilhados (consultas conjuntas) com os profissionais das equipes vinculadas em casos pertinentes e em que se faz necessria uma interveno conjunta entre diferentes categorias profissionais, utilizando o momento tambm como uma potente ferramenta de Educao Permanente.
3.26
Os profissionais do NASF realizam atividades assistenciais diretas aos usurios quando pertinente e necessrio
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O NASF desenvolve atividades assistenciais diretas aos usurios sempre que necessrio, na perspectiva da promoo, preveno, tratamento e reabilitao da sade. Pode ser realizada de forma compartilhada ou no com outros profissionais e se d por meio de atendimentos nas UBS, nos domiclios, grupos teraputicos, dentre outras. O NASF, no entanto, no restringe sua agenda apenas para esse tipo de atividade, pois, parte de um conjunto de outras ofertas desenvolvidas.
3.27 Os profissionais do NASF discutem periodicamente com as EAB os casos acompanhados.
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A discusso peridica dos casos acompanhados pelo NASF (principalmente aqueles acompanhados em aes especficas) facilita a coordenao e a continuidade do cuidado pela equipe de referncia. Essa troca entre os profissionais se d, preferencialmente, nos espaos de reunio, mas tambm pode ser realizada por meio dos registros nos pronturios, do monitoramento de listas de usurios acompanhados pelo NASF, dentre outras.
3.28
Os profissionais do NASF promovem aes de Educao Permanente, de acordo com seu ncleo especfico de saber ou com o seu campo de atuao.
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Os profissionais realizam, por exemplo, momentos de atendimento em conjunto, discusso de casos, oficinas temticas, realizao de grupo em conjunto, discusses de temas especficos da sua rea de atuao. Essas aes ocorrem sistemtica e periodicamente e so, na maioria das vezes, direcionadas a todos os membros da equipe vinculada.
3.29
Os profissionais do NASF auxiliam as EAB na qualificao dos encaminhamentos realizados para outros pontos de ateno.
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Sempre que necessrio, os profissionais do NASF realizam junto s equipes discusso sobre casos que podero gerar encaminhamentos para outros pontos de ateno. Essa discusso envolve os casos em que h dvidas sobre o encaminhamento e as possibilidades de resoluo pela ateno bsica, inclusive pelo prprio NASF. A partir disso, so estabelecidas estratgias que buscam aumentar a resoluo da maioria dos problemas de sade na AB e definir critrios e fluxos para encaminhamentos a outros nveis de ateno.
3.30 Os profissionais do NASF atuam considerando todas as faixas etrias e fases do ciclo de vida.
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Os profissionais do NASF atuam, atravs de aes clnico-assistenciais e/ou tcnico- pedaggicas, em aes que envolvem todas as fases do ciclo de vida e faixas etrias.
3.31
Os profissionais do NASF apoiam, realizam e desenvolvem com as equipes de AB estratgias de cuidado s pessoas com doenas crnicas.
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Fazem parte da estratgia de cuidado do NASF a promoo, a preveno, o tratamento, a reduo de danos e a reabilitao das pessoas com doenas crnicas. O desenvolvimento de estratgias inclui a adeso ao tratamento e a gesto dos casos mais complexos, tais como: mltiplas internaes, dificuldade de controle da doena, complicaes crnicas severas, baixa capacidade de autocuidado e ausncia de rede de apoio familiar e social. Alm disto, dentro do plano teraputico e a partir de suas especificidades, colaboram e atuam na avaliao da condio motora, respiratria, nutricional, psicossocial das pessoas com doenas crnicas e na reabilitao ou encaminhamento para o servio de referncia especializado, de acordo com linha de cuidado estabelecida localmente, sempre que se fizer necessrio.
3.32 Os profissionais do NASF incentivam e desenvolvem aes de apoio ao autocuidado e ampliao da autonomia das pessoas com doenas crnicas.
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O NASF incentiva e desenvolve aes para apoiar o autocuidado e ampliar a autonomia das pessoas com doenas crnicas, buscando reduzir a tutela e dependncia (sempre que possvel e no grau vivel a cada momento de vida dos usurios). O apoio ao autocuidado inclui avaliao do grau de motivao e capacidade de cuidar-se do usurio, o suporte familiar e social, o conhecimento e o comportamento frente doena; prope/orienta possveis mudanas comportamentais; estimula a pactuao de metas factveis no plano de cuidado, considerando grau de confiana e recursos individuais para mudana de comportamento, sempre que necessrio.
3.33 Os profissionais do NASF incentivam e desenvolvem estratgias de suporte aos familiares e cuidadores de pessoas com doenas crnicas.
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O NASF incentiva e desenvolve estratgias de suporte aos familiares e cuidadores de pessoas com doenas crnicas, compreendendo as relaes sociais e afetivas estabelecidas e envolvidas no processo de cuidado da pessoa com doena crnica. As estratgias incluem a orientao para cuidado compartilhado, empoderamento da famlia, identificao de outros membros vulnerveis deste contexto e apoio integral para a famlia e cuidadores.
3.34
O NASF identifica as pessoas com deficincia no territrio, mapeia a rede de ateno sade existente, utiliza mtodos de classificao de risco e vulnerabilidade, e pactua fluxos de forma conjunta com as equipes vinculadas.
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Os profissionais do NASF identificam e mapeiam a Rede de Ateno existente em conjunto com as equipes vinculadas na perspectiva da garantia da continuidade do cuidado em reabilitao. Podem instituir-se de mtodos de classificao de risco, fluxos e padres de cuidado, afim de: realizar/orientar encaminhamento responsvel a outros pontos de ateno; identificar a necessidade de apoio intersetorial; identificar necessidades de aes especficas e incluso no planejamento do cuidado e monitorar a eficcia e eficincia das aes executadas ou em execuo.
3.35
Os profissionais do NASF apoiam e desenvolvem com as equipes de AB estratgias de ateno sade das pessoas com deficincia, assistindo, coletivamente ou individualmente, os usurios que necessitam de cuidado.
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A equipe do NASF, em conjunto com AB, identifica as pessoas com deficincia no seu territrio de atuao e desenvolve estratgias de acolhimento, tratamento e acompanhamento dos indivduos, visando a diminuio de barreiras e maior autonomia. As atividades desenvolvidas podem ocorrer de forma individual, em grupos ou por meio de abordagem familiar, identificando a necessidade de reabilitao a cada caso. A promoo da incluso escolar, laboral, social e o retorno das atividades de vida diria devem estar atreladas a todas as estratgias de cuidado para a garantia da ateno integral e humanizada. A AB e o NASF devem acolher e priorizar a deteco precoce