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Amarantha: Diário dos sonhos

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Nesta terra de criaturas fantásticas vive Amarantha Comuwel, uma jovem Guardiã dos Sonhos que, após o desaparecimento de sua mãe, ocorrido quanto ainda era muito pequena, se vê perdida e solitária. A partir de então, esta corajosa protetora do subconsciente teve de assumir importantes tarefas, dentre elas a de ajudar as Almaislins, Tecedoras de Sonhos nascidas do primeiro raio de sol, responsáveis por levá-los à humanidade. Além disso, a vida de Amarantha já esta complicada o suficiente com o casamento arranjado que seu pai conseguira, até que ninguém menos que Donnavan, o Senhor das Sombras, ameaça a sua vida e seu Reino. Sem ver outra saída, ela deverá encontrar na Terra um garoto capaz de ampliar sua magia e que poderá ser a chave para salvar a si mesma e seu mundo, e garantir as mais lindas noites de sono de todos nós.

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AMARANTHA

São Paulo, 2014

TALENTOS DA LITERATURA BRASILEIRA

Amanda Vaz Ciabotti

Diário dos Sonhos

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2014IMPRESSO NO BRASILPRINTED IN BRAZIL

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO ÀNOVO SÉCULO EDITORA LTDA.

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Índices para catálogo sistemático:1. Ficção : Literatura brasileira 869.93

Copyright © 2014 by Amanda Vaz Ciabotti

TexTo adequado às normas do novo acordo orTográfico da Língua PorTuguesa (decreTo LegisLaTivo nº 54, de 1995)

coorDenação eDItorIal

DIagramação

caPa

PreParação

revIsão

Nair Ferraz

Luís Pereira

Renato Klisman

Livia First

Denise de Camargo

Ciabotti, Amanda Vaz Amarantha / Amanda Vaz Ciabotti. ‑‑ Barueri, SP : Novo Século Editora, 2014. ‑‑ ( Talentos da literatura brasileira)

1. Ficção brasileira I. Título. II. Série.

14‑12355 CDD‑869.93

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Dentre todas as pessoas que merecem meus agradecimen‑tos, o mais especial de todos eu deixo a meu Deus, que sempre esteve comigo, me ajudou a ignorar todos aqueles que falavam para eu desistir, me sustentou e nunca me deixou no chão.

Em segundo lugar, aos meu pais, Elisangela e Rodrigo, e à minha irmã Geovana, ou melhor, aos meus anjos, por me ampararem e nunca me deixarem dizer não aos meus sonhos.

Agora, uma pequena grande lista, com a maior parte dos nomes que me inspiraram a criar meus personagens. À mi‑nha grande amiga Nubia, que passou horas ao telefone me ouvindo, me criticando e me ajudando com o livro. Aos meus três grandes amigos, Daniel, Marco e Vitor, por me deixarem roubar algumas cenas pelas quais passamos na vida e salpicá‑‑las com um toque surreal, e me darem sorrisos francos ao me empurrarem adiante.

A uma pessoa que provavelmente não esperava aparecer aqui. Ao meu amigo e irmão Phelipe, por me ajudar com o pontapé inicial do livro. Nunca me esquecerei das suas pala‑vras: “Acredito em você, e sempre vou acreditar”.

E duas pessoas que também não vou deixar de fora são: Eduardo Lopes, por me inspirar a criar uma das melhores cenas do livro, e João, com seu jeito tímido e bochechas vermelhas, que me ajudaram a criar características importantes nos personagens.

E uma lista rápida, mas não menos importante: obriga‑da a Leonardo, Bianca, Samuel, Cristian, Helio Neto, Maria Eduarda, Matheus, Marco, Mariana e muitos outros. Há um pouco de cada um de vocês no livro.

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PRólogo

Citrino não sabia onde estava. Sentia o medo em seu íntimo, o frio preenchia sua alma e os temores refaziam seus sentidos.

Ela queria fugir, sair de onde quer que estivesse e se esconder do mundo, de tudo e de todos, mas principalmente…

– Quer me explicar o que está fazendo?– Narrando uma história. Não ficou claro?– Ou você é burro ou se faz de burro. Como vai começar

uma história pelo fim?– Eu nã… Opa! Está tudo bem, obrigado, mas pode sair

agora?– Só preste mais atenção ou o leitor – provavelmente len‑

to, desculpe ‑me pela sinceridade – vai ficar perdido.– Estou esperando, a porta é bem ali.Desculpe ‑me por essa intromissão e pelo pequeno erro,

que poderia ter me custado a história inteira, já que sinto que ainda não sabe nada sobre Aislin.

Sua cara acaba de confirmar minhas expectativas.Começo, começo… Como vou começar um livro?

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Primeiramente, preciso que entre no clima da alma vazia de uma garota; então, preciso fazer esse prólogo tão seco de emoções como era o coração de quem me inspirou a escrever – embora ela ainda não saiba que estou escrevendo.

Mentira, adoro um drama. Vamos lá…

Aislin é uma terra repleta de segredos, um mundo míti‑co, um lugar onde você já esteve e não soube reconhecer. Lá, dragões vivem ao longe nas Terras sombrias do inimigo. Um lugar onde não existe dinheiro ou valor material. Apenas seu sangue, ou o sangue de inimigos que já derramou, pode ter algum poder, além da sua compaixão e habilidade.

No Mar Lívido, que se estende para além de onde a visão alcança, dizem correr ao infinito. Além de onde até mesmo seres com asas já chegaram; e os mitos dizem existir sereias, monstros e medo.

Uma terra rica, bela e pro…Tudo bem, já falei demais sobre Aislin, ao mesmo tempo

que não lhe expliquei nada realmente fundamental para que entenda a história. Sei, com toda certeza, que você já se per‑guntou muitas coisas durante a vida, tais como: Quem eu sou? Quem quero ser? O que vou fazer? Como alcançar o controle sem levantar do sofá? Ou coisas parecidas, só que sei também que nunca, ou provavelmente nunca, se perguntou de onde vêm seus sonhos.

Isso é fácil, deve estar pensando, sonhos são devaneios que temos quando entramos em estado de sono profundo. Só que agora lhe direi uma verdade: você está errado.

Acalme ‑se, acalme ‑se. Não precisa se matar apenas porque sua vida fora criada na base de mentiras; agora, se tiver coragem suficiente para seguir em frente, saberá toda a verdade.

Aislin – não se esqueça jamais desse nome –, mesmo sem que você saiba, nunca mais deixará, ou nunca deixou, de fazer parte de quem você é.

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Preparado para saber por que esse mundo é tão importante?Em Aislin são tecidos os…PARARARAAAAMMMM.Sonhos.Sim, você leu certo. Seus sonhos são, na realidade, tecidos

lá e levados até você.Pelo que sei, ninguém sabe o início de tudo; pelo menos,

não no início destes relatos escritos agora; mas existem algu‑mas teorias acerca do tema que vieram de profetizas ou da imaginação das Almaislins – já lhe explico.

Agora, realmente vou começar do começo.Os deuses estavam preocupados. Suas proles mortais es‑

tavam sem criatividade, o Olimpo não mais aguentava receber sempre as mesmas oferendas, e eles precisavam dar aos ho‑mens uma maneira de criar e inovar.

Queriam dar aos homens uma maneira de imaginar o ir‑real e tornar possível o que antes era inalcançável – é por esse motivo que seus sonhos não fazem sentido. Sim, eu sei que eles não fazem.

Durante séculos, eles mesmos tiveram o cuidado de tecer sonhos e levá ‑los ao mundo, mas estavam cansados, e a terra sentia falta de atenção.

Então, um dos Grandes teve a ideia de criar um novo mundo. Ele sabia que não poderia dar poder aos humanos, porque eles se autodestruiriam. Então, criaram Aislin, uma terra habitada inicialmente pelas Almaislin, seres pratica‑mente místicos que tecem sonhos e os levam ao mundo até que encontrem sua Vivência.

A Vivência de uma Almaislin nada mais é do que o des‑tino para o qual ela nasceu, o que pode variar entre levar es‑perança a um coração que sofre e salvar o mundo da guerra. Mas a parte complicada vem agora: elas não sabem qual é esse objetivo, precisam descobri ‑lo durante a vida para poderem, um dia, encontrar o descanso eterno.

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Sim, você tem vários sonhos durante uma noite, e isso acontece porque os Fios das Carmelindas – você ainda vai en‑tender – não criam longas histórias, o que lhe permite mais espaço para criar ideias loucas. Só que sua mente permite que você se lembre apenas de, no máximo, três deles. Nos outros sonhos, os deuses permitem que sua alma vague pelo Olimpo. Lá você vê o passado e o futuro, só que nem um homem pode viver sabendo sobre as graças divinas desse reino. Então, ele esquece todas as lembranças.

O motivo disso? Assim como o corpo, a alma também pre‑cisa de reparo e, ao entrar no Palácio de Zeus, a energia dos Grandes, por si só, é capaz de restaurar e manter seus espíritos.

Mas toda história, por mais bela que seja, precisa de um vilão, e o vilão desse mundo incrível é Donnovan, Senhor das Sombras, Cara Malvado, Vilão Sem Alma, Assassino Cruel… Ele tem uma variedade de nomes que você pode escolher.

Porém, existe um problema confuso: ele não nasceu as‑sim. Donnovan era um guarda que trabalhava em Aislin – uma curiosidade: no início, antes que o perigo real dos Pesadelos existisse, os guardas apenas serviam de diversão para as Tece‑doras –, mas queria ser soberano de Aislin e fora expulso do reino, condenado a viver no subconsciente dos miseráveis.

Ninguém sabe como ele conquistou o poder das trevas e, muito menos, como ele criava os seus pesadelos. Sabe‑se ape‑nas que a escuridão tentava invadir as florestas do reino e, por isso, muitas Tecedoras passaram dias pedindo ajuda aos deuses. Como resposta às preces, eles deram o poder aos Cromuwel, alegando que eles mesmos não podiam extinguir as trevas.

Os Cromuwel era a família mais leal ao reino e aos deu‑ses. Então, ganharam o dom de comandar as energias e, assim, após serem nomeados Guardiões de Aislin, passaram a prote‑ger as florestas e os muros do reino.

Outra família recompensada foi a dos Herdeiros de Sil‑vam, o primeiro noivo de uma Guardiã e o grande amor da

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vida dela. Ele lutou bravamente por Aislin; enquanto sustenta‑va as próprias responsabilidades, ajudava a esposa a descobrir as dela. Os seus Herdeiros, ao chegarem perto dos Guardiões, ampliavam o poder deles, o que fez com que as duas famílias sempre estivessem unidas.

Porém, existia mais um problema: as Tecedoras continua‑vam sendo atacadas durante as viagens pelo subconsciente – durante o livro, você entenderá como elas fazem isso. Eram trilhas demais para que os Guardiões cuidassem de todas e, dessa vez, unidos às preces da família real, os deuses criaram nada menos que as pedras.

Sim, pedras preciosas e tudo mais.Esses minerais têm o poder de liberar energia de proteção

e força, o que passou a proteger as Almaislins durante as via‑gens pelas trilhas da imaginação.

Mas não se enganem, porque as coisas em Aislin não têm o mesmo valor que têm na Terra; por exemplo, o diamante nada mais é do que uma pedra que cobre pequenos buracos nas barreiras.

Dentre os poderes ganhos pelos Cromuwel, está o de ma‑terializar ou mudar o estado natural de algumas coisas, só que com algumas limitações. Cada Guardião tem um tipo de vín‑culo, como o clima, os elementos, as curas e tudo mais. Criar algo fora desse poder de domínio gasta muita energia, mas existem duas coisas que, mesmo que saiam imperfeitas, ainda não gastavam magia: comida e roupa.

Eles podem fazer infinitas outras magias, mas foram acon‑selhados pelos deuses a evitar usar os poderes sem necessidade.

Cada Guardião tem um ciclo de domínio e, quando al‑guém o quebra por um motivo, a Terra sofre, o que você vai entender melhor mais para frente.

Agora, alguns pontos aleatórios de que também precisa saber.

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Alguns dos guardas, quando mais velhos, assumem a posi‑ção de artesãos e criam tudo de que os moradores de Aislin pre‑cisam: roupas, móveis e, o mais importante de todos, espadas.

Cada espada tem um centro, onde fica guardado o seu nú‑cleo. Os núcleos são feitos da mesma pedra que preenche o cabo da arma e apresentam infinitas funções. Algumas das es‑padas são abençoadas pelos deuses e têm o dom de se alongar. Porém, apenas quem for o dono do coração dela poderá pedir que ela se estique.

No momento, existe apenas uma dessas armas no reino, que vem a ser Sanguis, a espada da Almaislin de proteção da Guardiã.

Agora que sabe o básico sobre a vida em Aislin, acho que posso deixá ‑lo na mente de uma garota diferente.

Ela foi condenada pelo passado e marcada pela vida. Seu poder e sua caridade pareciam não ter fim, e a bondade com que tratava os outros a tornava especial para o seu povo, mas, ainda sim, todos a viam como alguém com o coração frio, sem sentimentos consigo mesma. A única coisa que ela amava era seu reino; sua vida era treinar, estudar e matar.

Queria ela se encaixar na própria vida; queria ela, tris‑temente, descobrir quem realmente era. Queria ela decidir o próprio futuro, a própria vida e comandar o coração que, des‑de que sofrera com a perda, tinha se isolado do mundo. Ela criou para si um lugar sem sentimentos, sem amor e sem feli‑cidade, um lugar que a afastava de tudo, mas que a mantinha protegida das pessoas, da vida e, principalmente, do medo.

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