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FUNDADOR: JOAQUIM MANSO QUARTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 1969 OIR ECTOR: A. RUELLA RAMOS PICA N. 0 16 604 ANO 48. 0 UM ESCUDO PARIS, 12 - (R.) - A Fran- ça e nfr enta hoje crescen te ten - são soci al e polí rjc a, a seguir à greve-ger al assinal ada por um di scur so duro do presidente de Gau lle e recont r os violentos en- tre a Polícia e estu· dantes. Observad ores políticos ju lgam que o violent o a taq ue do gen eral cont ra diri gentes sindica, is du- rante a alocução que proferiu, a noite passada, pela Rádio e T e I e vi o, produxiri,a igual- mente reacções enérgica s da es- qu erda. Edwin Aldrin será provávelmente o primei ro ser humano a pisar o solo luna r, segundo ontem foi anunciado em Houston. A ldr in é um dos dois tri- pula ntes da «módul o bunar» da m issão «Apolo XI » que em Jun ho ou J ulho pousará 110 satél ite nat ural da Ter ra EDWI N ALDRIN SERÃ P ROVAVELMENTE O PRI MEIRO HOMEM .A PISAR A LUA HOUSTON (Texas), 12 - (F. P.) - A missão do pri- mei ro americano que puser os pés na Lua - provà- velme nte Edwi:n Ald rin, em Junl1 0 ou Julho - cons is- tirá, sobretu do, em fazer uma boa provisão de pe- dras, trazendo-as para a Terr a, declarou aos jorna- listas o dr. John W. Small, chefe dos serviços da N. A. S. A. para o es· tudo da su- perfície lun ar. Small , que se referia ao projectado voo «Apolo-11 », não quis Indicar dlr ect a- mente O nome do prim ei-ro cosmon a ut a a desembarcar ' na Lua. Neil Armsitro:ng e Eld wlin Aldrin estarão am- bos nessa altura a bOII"do do «módulo lunan ( LEM). E n t r e tanto, á. pergunta «Qu em se tr eina actmal- mente pa ra e.,;se efeito?», o dr. S mall respondeu: « Al- drin ». Entr e os primeiros a r es- 1 p onder ao p1·esidente en- co,ntr.a-se Geor.ges Seguy, d i<r ig,e111te da pod erosa e-0n- j fed eração s~nd<ical C. G. T ., I domilnad,a p elo,i; comunis· t as. P or se u la do, a e. F. D. . ~-. agr~.~m ento s Lnüi cal , e da opmiao que as greves , d·e N1.te,m foram ap enas ' um começo. O s·eu di'r ige:n- t e, An dJe~nson, a f.! rmou que a nova acção se.r á. pe- dida, não es, pecLf.icando, por ém, qu.aJ a forma a as- s umir ou qUM1d'o . As g,reves de 24 horas pa- rali sail."am qUJas·e todos os se:cto, r.es d,a indrustria do pais, reduz!:ram os trans- por, tes p, UJblicos a serviços esitruitura.is e f,echaram muiit as re l!) a,rtições govl;["- llJame,n,tals. Regist airam.se grande s ma nife. staçê>es d,e dieze,nas ct·e m!lha,r de op,er,á.rios nas cidades p rov-inciais, paira pedir me J!hore,i; salários , enquanto em P.a~.Ls c ,erca de 200 000 op e.ráa:ios es:fi- Ja,ra,m , através das ru,as até á P1" aça da Bas,t Hh a. Os oPe, rár ios diSII}er s aram se m dlnc ideinteis, ma,s c•erca de 5000 estud, a111>tes extre- (Continua na 13.ª pá:: in d) HOJE 28 PAGIN AS VI SADO PELA CENSURA SISMOS IMPREVISÍVEIS Do Serviço Meteorológico NacionaJ rece·bemos o segui nte comun iioaido : 110 Ser viço Meteorológico Naci ona1 deseja renovar a afi rmaçã o de que o estado actual da ~iê ncia ·sismológica ,não permite a previsão da ocorrência d!e si smos. A si t uação iniciada co m o sismo obse,rvado no dlja 28 dia fe•v·erei:r·o d este ano tem estado a evolu ir normalmente. As réplicas do sismo que se m reg istado nas tr ês estaçõe,s sismogr áfii cas do Contitn,ente têm sido mu.ito fra• cas e cad1 a vez menos freque,ntes, o que co r,responde á prog, e,ssiva esta:bili· zação do fenóme, no, f1adla justific a:ndo qualquer alarme . » Fica assim corroborado o que escrevemos n as nossas ediçõ es de ante- ontem, sob o mesmo tulo genér ico «Sis mos-imprevisíveis »,_ (em eh.amada na pr i mei ra pág i na), acerca do problema. &ublinh.ávam.os ai, resumindo as declaraçõ es do · àr. Alfredo Mendes, di r ect or dos Se rviços G eof ísicos do Ser- viço Meteorológico Nacional e professor da F,aculdade de Ciências de Lis- boa, que «a previsão d os sism os com rigor científico ainda não é possível.» Desta forma se desmentiu o boato q1te alguns dias , corria em L isboa, segund o o qua l estaria previst o nov o sismo para uma determinada dat a. E, uma vez que o referido boato se f undament ava em va gas afirmações de rim astlo go estrangeiro, com a intençdo de tranquil izar os espíritos mais crédulos, rep rod uzi mos as p, alavras àe um conhecido a strólogo ·por tu.g,uês. que em comen t ário final, e perante a falta de fundamento de quais qu er p re- v'isões, d isse ao n osso jor nal : <<Fica.rei t ranquila ment e em casa á j Spe ra dos meus cl ientes.» A clareza n ll o pod ia se r mai or . AMÃ LIAVA I DA R UM iM Ã Ã Amá li a Rodri; ue~ est~. 1 ua res, !11:1 i ito espe cialmente , os padecL'Uentos de Odete. n e.st~ moment o, a d1.sta nc1 a de Amaha que, de qualque r I e n c a rou-sc séria mente a !f1ID11na d _e un:1ª m_ehndrosa lado onile . encontrass e, p erspectiv a dela ser obs er- !;11terven çao cirur1pca: num telefonava diariame nte a in- vatla por r ep ut ail os clínicos .,e~~o de abneg;a çao verda- dagar _do estado de sa ude j norte-ameri canos. E Odete, deu a men te notavel, ela ofe- da mais nova das suas ir- na compa nh ia de seu ma- receu um dos seus rins pa- mãs. · , __ _ _ ra ser trans plant ado p ara a U 1 t imamentc. agravados (Con tinua na ult , ma gina) Esta foto tem sde a·no. : foi obtida quando :ci nda era vh o o pai de Amá li a Rodri- gues. Neil a es~ reunida toda a fa n>Hia da famos,r fadlsta : da esquecd·a para . a d ireMa, D. Lucinda d <i P,iedade (m ãe de Almália), o pai, as ill"mãs da a:r<bi st a C[)dete e Co,leste) e, de pé, a fan1osa inté rpr,ete do fa do . Entr .e ,todos, os fi - lhos do casal Varela Silva- -Ceol es te Rodrig ues ·irmã, Ode te , que se de bate com a morte num hospital de Boston (Es tados Unidos da América do Norte ). Ali ás, a doe nça de Odete da P iedade Rebor dão se ar rastava algum tempo e provocava as maiores atenções de todos os fami- Guerrilheiros at acaram · Lua~g Prabang VIENTIANE, 12. (R.) - Os gue mi1hei-ro s ataca- r am onitem á. noite a capi- tal rieal àe Lu, a111,g Pr,ab Mlg, danifica;n dl() o aeroporto, que se . encontra a cerca de 3 qur netros, rieve1aram es· ta manh ã círcul os mm- tares governamenta,is. ,R~.MODELAÇAO M IN IS TE- RIAL EM SAIG AO SAIGÃO, 12 - (R.) - O Vietinaim do Su~ af.a&tou hoje um intfl u,ente pa r-ti.dá- rio do v i e é - presid• enté Nguyen Cao Ky e noméou um novo minisbro da Edtu- caçã <> d,u,rante UJma peque- na ,remodelação mililiste- r -ial. Num commlil.cado do ga- b inet >e do p r e s i den te N.g,u,~111 V an Thi el\l nomeià o ministro do Intei l or, ge,ne. ral Tra'11 Thien Khlem, p. ara O , lugar d·e adjUIIlto do primeitro- mlnt st-ro.

AMÃLIAVAI DAR UM iM

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Page 1: AMÃLIAVAI DAR UM iM

FUNDADOR: JOAQUIM MANSO

QUARTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 1969

OIRECTOR: A. RUELLA RAMOS PICA N.0 16 604 ANO 48.0 UM ESCUDO

• PARIS, 12 - (R.) - A Fran ­

ça enfrenta hoje crescente ten­são social e polírjca, a seguir à greve-geral assina lada por um discurso duro do presidente de

Gau lle e recontros violentos en­tre a Políc ia e estu·dantes.

Observadores políticos julgam que o violento a taque do general contra dirigentes sindica,is du -

rante a aloc ução que proferiu, a noite passada, pela Rádio e T e I e vi sã o , produxiri,a igual­mente reacções enérgicas da es­querda.

Edwin Aldrin será provávelmente o prim eiro ser humano a p isar o solo lunar, segundo ontem foi anunciado em Houston. Aldr in é um dos dois tri­pulantes da «módulo bunar» da m issão «Apolo XI» que em Junho ou Julho pousará 110 satél i te

natural da Ter ra

EDWIN ALDRIN SERÃ PROVAVELMENTE O PRIMEIRO HOMEM .A PISAR A LUA

HOUSTON (Texas), 12 -(F. P.) - A missão do pri­meiro americano que puser os pés na Lua - provà­velmente Edwi:n Aldrin, em Junl10 ou Julho - consis­t irá, sobretudo, em fazer uma boa provisão de pe­dras, t razendo-as para a Terra, declarou aos jorna­listas o dr. J ohn W. Small, chefe dos serviços da N. A. S. A. para o es·tudo da su­perfície lunar.

Small, que se referia ao projectado voo «Apolo-11», não quis Indicar dlrecta­mente O nome do primei-ro cosmon auta a desembarcar ' na Lua. Neil Armsitro:ng e Eldwlin Aldrin estarão am­bos nessa altura a bOII"do do «módulo lunan (LEM). E n t r e tanto, á. pergunta «Quem se treina actmal­mente para e.,;se efe ito?», o dr. Small respondeu : «Al­drin».

Entre os primeiros a r es- 1 ponder ao p1·esidente en­co,ntr.a-se Geor.ges Seguy, d i<r ig,e111te da poderosa e-0n- j federação s~nd<ical C. G. T ., I domilnad,a pelo,i; comunis· t as.

Por seu lado, a e. F. D . . ~-. agr~.~m ento sLnüical , e d a opmiao que as greves , d·e N1.te,m foram apenas ' um começo. O s·eu di'r ige:n­te, André J e~nson, af.! rmou que a nova acção se.r á. pe­dida, não es,pecLf.icando, porém, qu.aJ a forma a as­sumir ou qUM1d'o.

As g,r eves de 24 horas pa­ralisail."am qUJas·e todos os se:cto,r.es d,a indrustria do pais, reduz!:ram os trans­por,tes p,UJblicos a serviços esitruitura.is e f,echaram muiitas r el!) a,rtições govl;["­llJame,n,tals.

Registairam.se grandes manife.staçê>es d,e dieze,nas ct·e m!lha,r de op,er,á.rios nas cidades p rov-inciais, paira pedir meJ!hore,i; salários, enquanto em P.a~.Ls c,erca de 200 000 ope.ráa:ios d·es:fi­Ja,ra,m ,através da s ru,as até á P1"aça d a Bas,tHha.

Os oPe,rários diSII}ersaram sem dlncideinteis, ma,s c•erca de 5000 estud,a111>tes extre-

(Continua na 13.ª pá::ind)

HOJE 28 PAGIN AS VISADO

PELA CENSURA

SISMOS IMPREVISÍVEIS Do Serviço Meteorológico NacionaJ r ece·bemos o seguinte comuniioaido : 110 Serviço Meteorológico Naciona1 deseja renovar a afirmação de que

o estado actual da ~iência ·sismológica ,não permite a previsão da ocorrência d!e sismos.

A sit uação iniciada com o sismo obse,rvado no dlja 28 dia fe•v·erei:r·o deste ano tem estado a evoluir norma lmente. As réplicas do sismo que se têm registado nas três estaçõe,s sismográfii cas do Contitn,ente têm sido mu.ito fra• cas e cad1a vez menos freque,ntes, o que cor,responde á prog, e,ssiva esta:bili· zação do fenóme,no, f1adla justifica:ndo qualquer alarme .. »

F ica assim corroborado o que escrevemos n as nossas edições de ante­ontem, sob o m esmo tít u l o genérico «Sismos-imprevisíveis»,_ (em eh.amada na primei ra página), acerca do problema. &ublinh.ávam.os ai, resumindo as declarações do ·àr. Alfredo Mendes, director dos Serviços Geof ísicos do Ser­viço Meteorológico Nacional e professor da F,aculdade de Ci ências de Lis­boa, que «a previsão dos sism os com rigor científico ainda não é possível.» Desta forma se desmentiu o boato q1te há alguns dias, corria em L isboa, segundo o qual estaria previsto novo sismo para uma determinada dat a. E, uma vez que o referido boat o se f undamentava em vagas afirmações de rim astró logo estrangeiro, com a intençdo de tranquil izar os espíritos mais crédulos, r eproduzimos as p,alavras àe um conhecido astrólogo ·p or tu.g,uês. que em comentário final, e perante a falta de fundament o de quaisquer pre­v'isões, d isse ao n osso jornal : <<Fica.rei t ranquilamente em casa á j Spera dos meus cl ientes.» A clareza n llo podia ser mai or .

AMÃLIAVAI DAR UM iM Ã Ã

Amália Rodri; ue~ est~.1

uares, !11:1i ito especialmente , os padecL'Uentos de Odete. ne.st~ momento, a d1.stanc1a de Amah a que, de qualquer I e n c a rou-sc sériamente a !f1ID11na d_e un:1ª m_ehndrosa lado onile ~~ . encontrasse, perspectiva dela ser obser­!;11ter vençao cirur1p ca: num telefonava diariamente a in- vatla por reputailos clínicos .,e~~o de abneg;açao verda- dagar _do estado de saude j norte-americanos. E Odete, deu amente notavel, ela ofe- da mais nova das suas ir- na companhia de seu ma-receu um dos seus rins pa- mãs. · , ___ _ ra ser transplantado para a U 1 t imamentc. agravados (Con tinua na ult,ma p á gina)

Esta foto tem sde a·no. : foi obtida quando :cinda era vh o o pai de Amália Rodri­gues. Neila es~ reunida toda a fan>Hia da famos,r fadlsta : da esquecd·a para . a d ireMa, D. Lucinda d<i P,iedade (m ãe de Almália), o pai, as ill"mãs da a:r<bista C[)dete e Co,leste) e, de pé, a fan1osa intérpr,ete do fado . Entr.e ,todos, os fi­lhos do casal Varela Silva-

-Ceoleste Rodrig ues

·ir mã, Odete, que se debate com a morte num hospital de Boston (Estados Unidos da América do Norte ) .

Aliás, a doença de Odete da P iedade Rebordão já se arrastava há algum tempo e provocava as maiores atenções de todos os fami-

Guerrilheiros atacaram · Lua~g Prabang

VIENTIANE, 12. (R.) - Os guemi1hei-ros ataca­r am onitem á. noite a capi­tal rieal àe Lu,a111,g Pr,abMlg, danifica;ndl() o aeroporto, que se . encontra a cerca de 3 quUórnetros, rieve1aram es·ta manhã círculos mm­tares governamenta,is. ,R~ .MODELAÇ AO M IN ISTE-

RIAL EM SAIG AO SAIGÃO, 12 - (R.) - O

Vietinaim do Su~ af.a&tou

hoje um intfl u,ente par-ti.dá­rio do v i e é - presid•enté Nguyen Cao Ky e noméou um novo minisbro da Edtu­caçã<> d,u,rante UJma peque­na ,remodelação mililiste­r-ial.

Num commlil.cado do ga­binet>e do p r e s i den te N.g,u,~111 Van Thiel\l nomeià o ministro do Inteilor, ge,ne.ral Tra'11 Thien Khlem, p.ara O ,lugar d·e adjUIIlto do primeitro-mlntst-ro.